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Filosofia
■ Felicidade
■ Realidade
■ Pensamento
■ Eu
■ Liberdade
■ Desejo
■ Amor
■ Psicologia
O que é filosofia?
■ Percebemos a vida... Pensamos sobre a vida...
■ Nos percebemos percebendo a vida
■ Nos pensamos pensando a vida
■ Temos consciência de ter consciência
■ Distância
■ O que nos leva a pensar sobre a vida?
■ Como nos sentimos quando pensamos sobre a vida?
■ Admiração
■ Espanto
■ Questionamento
■ Contestação
■ Sócrates: “Sei que nada sei”
O que é a atitude filosófica?
■ Nossa vida cotidiana é toda feita de crenças
silenciosas, da aceitação tácita de evidências que
nunca questionamos porque parecem naturais,
óbvias.
■ Exemplo: que dia é hoje?
■ Cremos no espaço, no tempo, na realidade, na
qualidade, na quantidade, na verdade, na diferença
entre realidade e sonho ou loucura, entre verdade e
mentira, entre objetividade e subjetividade.
■ Imaginemos, agora, que tomássemos uma decisão
muito estranha e começássemos a fazer perguntas
inesperadas.
■ Em vez de “que horas são?” ou “que dia é hoje?”,
perguntássemos: “O que é o tempo?”.
“A atitude filosófica inicia-se dirigindo
essas indagações ao mundo que nos rodeia
e Às relações que mantemos com ele.
Pouco a pouco, porém, descobre que essas
questões se referem, afinal, à nossa
capacidade de conhecer, à nossa
capacidade de pensar.
Por isso, pouco a pouco, as perguntas da
Filosofia se dirigem ao próprio
pensamento: o que é pensar, como é
pensar, por que há o pensar?
A Filosofia torna-se, então, o pensamento
interrogando-se a si mesmo.
Por ser uma volta que o pensamento
realiza sobre si mesmo, a Filosofia se
realiza como reflexão”.
(Chauí, 2000, p. 12)
Reflexão filosófica
■ Por que pensamos o que pensamos, dizemos o que
dizemos e fazemos o que fazemos?
– Quais são nossos motivos, razões e causas?
■ Sobre o que pensamos, sobre o que desejamos, sobre
o que falamos?
– Qual é o conteúdo, o sentido?
■ Para que pensamos, para que dizemos, para que
fazemos?
– Quais são as intenções, as finalidades?
Reflexão filosófica
■ Essas indagações fundamentais não se realizam ao
acaso, segundo preferências e opiniões de cada
pessoa.
■ Não é um “acho que...” ou “gosto de...”.
■ As indagações filosóficas se realizam de modo
sistemático.
“A Filosofia se interessa por aquele
instante em que a realidade natural
(o mundo das coisas) e a histórica (o
mundo da relação entre as pessoas)
tornam-se estranhas, espantosas,
incompreensíveis e enigmáticas”.
(Chauí, 2000, p. 16)
A origem da filosofia
■ “Conhece-te a ti mesmo”
■ O autoconhecimento é a condição de todos os outros
conhecimentos verdadeiros
■ Período filosófico centrado no conhecimento do
humano
■ Capacidade humana para conhecer a verdade
■ Platão, discípulo de Sócrates, retratou seu mestre
como alguém que andava pelas ruas e praças de
Atenas fazendo perguntas sobre o que as pessoas
acreditavam e por que pensavam como pensavam.
Platão
O que é uma vida bem vivida?
Sócrates e Platão
■ É o que vemos?
■ É o que ouvimos?
■ É o que cheiramos?
■ É o que degustamos?
■ É o que apalpamos?
■ É o que experimentamos?
■ É o que percebemos?
■ É o que pensamos?
O que é a realidade?
■ Conhecimento intuitivo
■ Sabemos que a ordem física dos eventos cerebrais
altera estados mentais
■ Quando tomamos bebidas alcoólicas
■ A ingestão de álcool altera quimicamente o cérebro
■ Reações diversas
■ Não sabemos como essas alterações passam aos
nossos pensamentos, emoções, percepções
René Descartes
(1596-1650)
Filosofia e Psicologia
Todos os grandes sistemas filosó ficos desde a
Antiguidade incluíam noçõ es e conceitos relacionados
ao que hoje faz parte do domínio da psicologia científica,
como o comportamento, o “espírito” ou a “alma”.
Na Idade Moderna, particularmente no sé culo XIX,
começaram a se constituir as ciê ncias sociais, como a
Economia, a Política, a Histó ria, a Antropologia, a
Sociologia e a Linguística.
Os temas da psicologia estavam dispersos entre
especulaçõ es filosó ficas, ciências físicas e bioló gicas e
ciê ncias sociais.
A experiência da subjetividade
Ter uma experiê ncia da subjetividade bem nítida é para nó s
muito fá cil é natural
Todos sentem que parte de suas experiê ncias é íntima, que mais
ningué m tem acesso a ela.
Podemos experimentar alegrias e tristezas intensas mas
procurar escondê -las.
A possibilidade de mantermos nossa privacidade é altamente
valorizada por nó s e relacionada ao nosso desejo de sermos
livres para decidir nosso destino.
Temos a sensaçã o de que aquilo que estamos vivendo nunca foi
vivido antes.
Nossa vida é ú nica.
O que sentimos e pensamos é original, quase incomunicável.
A experiência da subjetividade
Essa compreensã o é historicamente situada.
Nos primó rdios de nossa histó ria eram poucas as
pessoas que podiam se reconhecer como
moralmente autô nomas, capazes de iniciativa,
dotadas de sentimentos e desejos pró prios.
Hoje, ao contrá rio, essa se tornou a ideia
generalizada que temos de nó s mesmos.
Subjetividade e histó ria
A experiência medieval faziam com que a pessoa se
sentisse parte de uma ordem superior que a amparava e
constrangia ao mesmo tempo.
No Renascimento, a perda desse sentimento de comunhã o
com uma ordem superior trouxe uma grande sensaçã o de
liberdade e uma grande insegurança ao mesmo tempo.
O surgimento da imprensa proporcionou uma das
experiências mais decisivas da modernidade: a da leitura
silenciosa.
O trabalho intelectual passa a ser progressivamente um
ato individual e mesmo a religiosidade pô de se tornar uma
questã o íntima.
Iluminismo
Movimento filosó fico do século XVII
Ser humano como centro
Liberdade para criar o pró prio destino
Crise
A subjetividade privatizada entra em crise quando se descobre
que a liberdade e a diferença sã o, em grande medida, ilusõ es,
quando se descobre a presença forte, mas sempre disfarçada, das
Disciplinas em todas as esferas da vida, inclusiva nas mais íntimas
e profundas.
Estado, burocracia, forças armadas
Cresce a grande indú stria baseada na produçã o padronizada e
mecanizada, cresce o consumo de massa para os produtos
industriais. Onde ficava, entã o, aquela idéia de que cada um é
ú nico e diferente dos demais?
As pessoas nã o sã o tã o livres e tã o singulares quanto imaginavam.
Os tempos estã o ficando maduros para uma psicologia científica.
O que somos, quem somos, como somos?
Regime disciplinar
Como lidar melhor com os sujeitos individuais?
Como educá -los de forma mais eficaz, treiná -los,
selecioná -los para os diversos trabalhos?
Como padronizá -los, normalizá -los, colocá -los a
serviço da ordem social?
Psicologia Aplicada
Técnicas de controle
Síntese
Somos pessoas livres, diferentes, ú nicas, dotadas de
uma intimidade singular
Nã o somos tã o livres assim, nem tã o diferentes
como imaginávamos
Projetos de previsã o e controle do comportamento
individual
Projetos de conhecer sobre o que escapa à previsã o
e ao controle
Desencantamento do mundo
A realidade nã o encerra mistérios
É possível desvendá -la plenamente pelo
conhecimento
É possível dominá -la e modificá -la pela técnica
A razã o é nosso principal instrumento
A ciê ncia é nossa referência mais segura
Desejo
Mística contemporâ nea
Mutaçõ es
De conceito metafísico a conceito psicoló gico
De motor e mó vel do universo para recolher-se no
interior da alma
De misteriosa potência có smico-teoló gica para uma
potência psíquica cujo enigma cabe à razã o decifrar
Desejo
Desidero
Sidus, sidera
Conjunto de estrelas, de astros, constelaçõ es
Sideratus: atingido por um astro – influência dos
astros sobre o destido humano
Desiderare – cessar de olhar os astros
Desiderium – desejo, decisã o de tomar o destino em
nossas pró prias mã os
No português: desejantes, desejosos(as)
Desiderium é o desejo ou apetite de possuir
alguma coisa cuja lembrança foi preservada
(...).
Aquele que se recorda de uma coisa com que
se deleitou deseja possuí-la nas mesmas
circunstâ ncias em que na primeira vez com
ela se deleitou.
(...) se aquele que ama descobrir que alguma
dessas circunstâ ncias falta, ficará triste, pois
imagina algo que exclui a existência da coisa
amada.
Ora, como deseja por amor essa coisa ou essa
circunstâ ncia, imaginá -la faltando entristece.
Essa tristeza, enquanto referida à ausência do
que amamos, chama-se desiderium.
Fenomenologia do Espírito
Hegel
O desejo é o desejo do desejo
Desejo como falta, ausência e carência
Desejo que deixa de ser desejo das coisas naturais e
torna-se desejo humano
Desejo de reconhecimento de si por um outro que
também é consciência de si
A consciência desejando afirmar-se pela supressã o
da exterioridade imediata que a sustenta
Aristó teles
“Como haverá movimento, se nã o houver causa
motriz em ato?”
Movimento é mudança
A causa primeira do movimento é o Primeiro Motor
Imó vel, princípio exterior e transcendente ao
cosmos
O desejo move
O desejo é a força có smica que organiza os laços
com os quais os quatro elementos – a terra, o fogo,
o ar e a á gua – produzem todos os seres e suas
mudanças
Filó sofos há que concebem os afetos em
nó s conflitantes como vícios em que caem
os homens por sua pró pria culpa.
Por isso costumam ridicularizá -los,
deplorá -los, censurá -los e (quando querem
parecer mais santos) detestá -los.
Acreditam proceder divinamente e elevar-
se ao cume da sabedoria proclamando todo
tipo de louvor a uma natureza humana que
em parte alguma existe, machucando com
seus ditos aquela que realmente existe.
Concebem os homens nã o como sã o, mas
como gostariam que fosse.
Tomei todo o cuidado para nã o ridicularizar
as açõ es humanas, nem lamentá -las ou
detestá -las, mas entendê-las.
Considerei os afetos humanos, tais como o
amor, o ó dio, a có lera, a invejar, a gló ria, a
misericó rdia e outras comoçõ es do â nimo
nã o como vícios da natureza humana, mas
como propriedades que lhe pertencem,
assim como o calor, o frio, as tempestades e
trovoadas pertencem à natureza da
atmosfera e que, embora incô modos, sã o
contudo necessá rios, têm causas certas
pelas quais nos esforçamos de entender sua
natureza.
Imaginaçã o
Campo das imagens
Sensaçã o, percepçã o, memó ria, fantasia e
linguagem
Lugar enigmá tico
Passividade e atividade
É pela imaginaçã o que o desejo realiza seus
movimentos
Espinosa
O desejo nã o é somente operaçã o imaginativa e
paixã o
É um afeto originá rio que pode ser passivo ou ativo
Nossa razã o precisa ser vivida por nó s como um
afeto ou um desejo ativo cuja força suplanta a de
afetos passivos ou paixõ es
Assim, em lugar de o desejo tornar-se racional,
como toda a tradiçã o filosó fica prometera, é a razã o
que precisa tornar-se desejante para ser racional
Nã o há nada em que melhor apareça quã o
defeituosas sã o as ciências que recebemos dos
antigos do que naquilo que escreveram sobre
as paixõ es; pois embora seja esta uma matéria
cujo conhecimento foi sempre muito
procurado, e ainda que nã o pareça ser das
mais difíceis, porquanto cada qual, sentindo-
as em si pró prio, nã o necessita tomar alhures
qualquer observaçã o para lhes descobrir a
natureza, todavia o que os antigos ensinaram
é tã o pouco, e na maior parte tã o pouco crível,
que posso alimentar qualquer esperança de
me aproximar da verdade, senã o
distanciando-me dos caminhos que trilharam.
Eis por que serei obrigado a escrever aqui
como se tratasse de uma matéria que antes de
mim ninguém houvesse tocado.
Antes de Espinosa
Imaginaçã o x Razã o
As imagens, produtos corporais da sensaçã o e da
percepçã o, sã o vivências subjetivas, obscuras,
parciais e abstratas
As ideias sã o objetivas, claras, distintas, evidentes e
universais
Crítica de Espinosa ao império da vontade sobre o
desejo
Para Espinosa
Nã o desejamos nem fazemos coisas porque as
julgamos boas, belas, justas ou verdadeiras, mas
porque as desejamos e as fazemos, as julgamos
assim.
O juízo sobre as coisas nã o determina o desejo, mas
é determinado por ele.
A imaginaçã o tende a inverter a relaçã o.
Paixã o
Uma paixã o, afirma Espinosa, nunca é vencida por
uma razã o, mas apenas por outra paixã o mais forte
e contrá ria
Uma paixã o forte só é vencida por uma açã o mais
forte e contrá ria
A açã o é sempre mais forte ou potente do que uma
paixã o
A razã o enquanto razã o nã o tem poder algum para
frear ou coibir a paixã o
Paixã o
Um conhecimento verdadeiro somente vence uma
paixã o se ele pró prio for experimentado como um afeto
O conhecimento do bom e do mau nada mais é do que
o afeto de alegria ou de tristeza quando dele somos
conscientes
Se o trabalho do pensamento for experimentado por
nó s afetivamente, será mais forte do que o afeto
passional
Pensar, portanto, nã o significa deixar de desejar, e sim
saber por que desejamos o que desejamos
Os mesmos desejos que experimentamos como paixõ es
podemos experimentar como açõ es
Ninguém pode desejar ser feliz, agir bem e
viver bem que nã o deseje, ao mesmo tempo,
ser, agir e viver, isto é, existir em ato.
O que é evidente por si e pela definiçã o do
desejo, pois o desejo de viver feliz, isto é, de
ser, agir e viver, é a pró pria essência do
homem ou o conatus pelo qual cada um se
esforça para conservar seu ser.
Uma ética da felicidade
Buscar os meios para adquirir a força do â nimo
Para que muitas pessoas também possam adquirir
É uma ética liberada de duas tradiçõ es:
A da transcendência teoló gica-religiosa ameaçadora,
fundada na ideia de culpa originá ria e na imagem de
um Deus juiz;
A da normatividade moral, em que a pessoa que age,
para ser moralmente virtuosa, deve submeter-se a
fins e valores externos nã o definidos por ele.
Uma ética da felicidade
■ É o que vemos?
■ É o que ouvimos?
■ É o que cheiramos?
■ É o que degustamos?
■ É o que apalpamos?
■ É o que experimentamos?
■ É o que percebemos?
■ É o que pensamos?
O que é o mundo?
■ Realidade psíquica
■ Inconsciente
■ Desejo
Filosofia e Subjetividade
■ Ligado à Igreja
■ Defesa de reformas, enfrentamento à burocratização
e à hipocrisia
■ Humor
■ Desconstrução de um sistema de valores tomados
como óbvio
■ Desnaturalização dos costumes
Descartes
■ Alguém que buscou a verdade e não encontrou: cada filósofo
dizia uma coisa!
■ Iniciou um processo de dúvida metódica
■ Refletir sobre cada coisa que há no mundo, procurando refletir
se ela poderia fornecer uma verdade segura
■ O mais semelhante possível com a matemática e a geometria:
uma vez firmado um ponto de referência, tudo mais deverá vir
por dedução.
■ Falso é falso, incerto é incerto. Só seria tomado como certo o
que fosse seguramente certo.
■ Órgãos dos sentidos não proporcionam informações seguras.
■ Sentimentos, quando interrogados, não transmitem nada de
objetivo.
■ E a própria sensação de ter certeza de algo? Também não.
■ Recuo metódico.
Descartes
■ Depois de duvidar de todas as coisas, Descartes
percebe que tem certeza que duvida.
■ Enquanto duvidava, ao menos existia a atividade de
duvidar. Se havia a atividade de duvidar, deveria ter
alguém que duvidava.
■ O único ponto de segurança e referência, é, então, o
“eu” que duvida.
■ Eu penso, logo existo.
■ O ponto máximo do humanismo enquanto valor do
homem no mundo e sua posição enquanto centro.
■ O homem já era reconhecido como centro do mundo;
agora, ele mesmo tem um centro, sua razão, sua
autoconsciência.
Thomas Hobbes
■ Como seria o homem fora da sociedade, em um virtual
estado de natureza.
■ Em um estado de natureza, sem poder, contratos e
compromissos, todas as pessoas teria o direito de fazer tudo
o que quisesse, e cada um buscaria o que é bom para si.
■ Sem uma referência externa, a busca é do bem para si.
■ O homem é um ser egoísta, movido pela busca por prazer e
pela fuga dos perigos da morte.
■ Nesse estado de coisas, haveria uma guerra de todos contra
todos.
■ Ninguém se sentiria seguro para manter seu bem maior, a
vida.
■ O convívio social é, então, necessário para a sobrevivência,
embora a sociabilidade não faça parte da natureza humana.
Romantismo
■ Philia – vontade
■ Eros – desejo
■ Eros nos faz amar por vontade dele, não nossa
Oi
Oi
Oi
Oi
Oi
Oi
Oi
Oi
Oi
Oi
Oi
Oi
Oi
Oi
Oi
Oi
Oi
Oi
Oi
Oi
Oi