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Produção Textual

Professor

Caderno de Atividades
Pedagógicas de
Aprendizagem
Autorregulada - 01
6° Ano | 1° Bimestre

Curso Bimestre Série


Disciplina
Leitura e Produção
Ensino Fundamental 1° 6°
Textual

Habilidades Associadas

1. Utilizar adequadamente marcas do registro coloquial.

2. Estabelecer relação de referência entre substantivos e adjetivos.

3. Usar o vocativo.
Apresentação

A Secretaria de Estado de Educação elaborou o presente material com o intuito de estimular o


envolvimento do estudante com situações concretas e contextualizadas de pesquisa, aprendizagem
colaborativa e construções coletivas entre os próprios estudantes e respectivos tutores – docentes
preparados para incentivar o desenvolvimento da autonomia do alunado.
A proposta de desenvolver atividades pedagógicas de aprendizagem autorregulada é mais uma
estratégia pedagógica para se contribuir para a formação de cidadãos do século XXI, capazes de explorar
suas competências cognitivas e não cognitivas. Assim, estimula-se a busca do conhecimento de forma
autônoma, por meio dos diversos recursos bibliográficos e tecnológicos, de modo a encontrar soluções
para desafios da contemporaneidade, na vida pessoal e profissional.
Estas atividades pedagógicas autorreguladas propiciam aos alunos o desenvolvimento das
habilidades e competências nucleares previstas no currículo mínimo, por meio de atividades
roteirizadas. Nesse contexto, o tutor será visto enquanto um mediador, um auxiliar. A aprendizagem é
efetivada na medida em que cada aluno autorregula sua aprendizagem.
Destarte, as atividades pedagógicas pautadas no princípio da autorregulação objetivam,
também, equipar os alunos, ajudá-los a desenvolver o seu conjunto de ferramentas mentais, ajudando-o
a tomar consciência dos processos e procedimentos de aprendizagem que ele pode colocar em prática.
Ao desenvolver as suas capacidades de auto-observação e autoanálise, ele passa ater maior
domínio daquilo que faz. Desse modo, partindo do que o aluno já domina, será possível contribuir para
o desenvolvimento de suas potencialidades originais e, assim, dominar plenamente todas as
ferramentas da autorregulação.
Por meio desse processo de aprendizagem pautada no princípio da autorregulação, contribui-se
para o desenvolvimento de habilidades e competências fundamentais para o aprender-a-aprender, o
aprender-a-conhecer, o aprender-a-fazer, o aprender-a-conviver e o aprender-a-ser.
A elaboração destas atividades foi conduzida pela Diretoria de Articulação Curricular, da
Superintendência Pedagógica desta SEEDUC, em conjunto com uma equipe de professores da rede
estadual. Este documento encontra-se disponível em nosso site www.conexaoprofessor.rj.gov.br, a fim
de que os professores de nossa rede também possam utilizá-lo como contribuição e complementação às
suas aulas.
Estamos à disposição através do e-mail curriculominimo@educacao.rj.gov.br para quaisquer
esclarecimentos necessários e críticas construtivas que contribuam com a elaboração deste material.

Secretaria de Estado de Educação

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Caro(a) Tutor(a),
Neste caderno, você encontrará atividades diretamente relacionadas a algumas
habilidades e competências do 1° Bimestre do Currículo Mínimo de Produção Textual do 6ª ano
do Ensino Fundamental. Estas atividades correspondem aos estudos durante o período de um
mês.
A nossa proposta é que você atue como tutor na realização destas atividades com a
turma, estimulando a autonomia dos alunos nessa empreitada, mediando as trocas de
conhecimentos, reflexões, dúvidas e questionamentos que venham a surgir no percurso. Esta é
uma ótima oportunidade para você estimular o desenvolvimento da disciplina e independência
indispensáveis ao sucesso na vida pessoal e profissional de nossos alunos no mundo do
conhecimento do século XXI.
Neste Caderno de Atividades, os alunos vão aprender o que é um bilhete. Na primeira
parte deste caderno, eles conhecerão o gênero de texto bilhete, para compreender como a
utilização desse texto se relaciona a nossa vida. Na segunda parte, vão aprender mais sobre a
estrutura e a produção de um texto do gênero bilhete.
Para os assuntos abordados em cada bimestre, vamos apresentar algumas relações
diretas com todos os materiais que estão disponibilizados em nosso portal eletrônico Conexão
Professor, fornecendo diversos recursos de apoio pedagógico para o Professor Tutor.
Este documento apresenta 04 (quatro) Aulas. As aulas podem ser compostas por uma
explicação base, para que você seja capaz de compreender as principais ideias relacionadas às
habilidades e competências principais do bimestre em questão, e atividades respectivas.
Estimule os alunos a ler o texto e, em seguida, resolver as Atividades propostas. As
Atividades são referentes a dois tempos de aulas. Para reforçar a aprendizagem,
propõe-se, ainda, uma pesquisa e uma avaliação sobre o assunto.
Um abraço e bom trabalho!

Equipe de Elaboração

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Sumário

Introdução ............................................................................................... 03
Objetivos Gerais ...................................................................................... 05
Materiais de Apoio Pedagógico ............................................................... 05
Orientação Didático-Pedagógica ............................................................. 05
Aula 01: Produzindo um bilhete .............................................................. 06
Aula 02: Você tem uma nova mensagem ................................................ 12
Aula 03: Posto ou não Posto? .................................................................. 16
Avaliação ................................................................................................ 21
Referências ............................................................................................... 24

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Objetivos Gerais

No 6ª ano do Ensino Fundamental, a disciplina Produção Textual tem enfoque


no reconhecimento do gênero textual, de sua funcionalidade e na elaboração de
textos dos gêneros estudados. Para atingir tal objetivo, vamos, inicialmente, trabalhar
o gênero discursivo Bilhete.

Materiais de Apoio Pedagógico

No portal eletrônico Conexão Professor, é possível encontrar alguns materiais


que podem auxiliá-los. Vamos listar estes materiais a seguir:

Teleaulas Teleaula N° 14

Orientações Pedagógicas do http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br


CM
Mais Educação Plano de Aula 6ºano - 01

Orientação Didático-Pedagógica

Para que os alunos realizem as Atividades referentes a cada dia de aula,


sugerimos os seguintes procedimentos para cada uma das atividades propostas no
Caderno do Aluno:

1° - Explique aos alunos que o material foi elaborado que o aluno possa compreendê-lo
sem o auxílio de um professor.
2° - Leia para a turma a Carta aos Alunos, contida na página 3.

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3° - Reproduza as atividades para que os alunos possam realizá-las de forma individual
ou em dupla.
4° - Se houver possibilidade de exibir vídeos ou páginas eletrônicas sugeridas na seção
Materiais de Apoio Pedagógico, faça-o.
5° - Peça que os alunos leiam o material e tentem compreender os conceitos
abordados no texto base.
6° - Após a leitura do material, os alunos devem resolver as questões propostas nas
ATIVIDADES.
7° - As respostas apresentadas pelos alunos devem ser comentadas e debatidas com
toda a turma. O gabarito pode ser exposto em algum quadro ou mural da sala para
que os alunos possam verificar se acertaram as questões propostas na Atividade.
Todas as atividades devem seguir esses passos para sua implementação.

Atividades Comentadas

Professor(a), nas atividades de produção textual espera-se que os alunos não


só produzam textos dos gêneros em foco neste bimestre, mas que também
interpretem e reflitam sobre os conteúdos apresentados.

Aula 1: Produzindo um bilhete

Caro(a) aluno(a),

Nesta atividade conheceremos um pouco mais sobre o gênero textual Bilhete.


Você já escreveu ou recebeu um bilhete? Para que serve um bilhete? Você sabe de que
forma bilhetes são geralmente enviados?

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Leia
a tirinha
abaixo para
pensarmos
melhor sobre esse
gênero de texto!

Fonte: http://www.willtirando.com.br/?b=bilhete

O que causa o humor na charge acima? Como ela não teve tempo para apagar
o fogo por estar atrasada, se encontrou tempo para escrever o bilhete?
Note com atenção o bilhete que a esposa escreveu para seu marido. O texto é
curto e objetivo. O vocativo, isto é, a palavra por meio da qual chamamos ou
interpelamos o nosso interlocutor (que é como chamamos as pessoas que participam
de um diálogo), real ou imaginário, é, neste caso, representado pelo apelido carinhoso
“Amor”. A pessoa para quem enviamos o bilhete chama-se destinatário. O vocativo é
uma das partes fundamentais do bilhete.
Na maioria dos bilhetes aparece também a data, o local e o nome do
remetente (quem escreve). No exemplo acima, essas partes não fazem falta porque se
imagina que apenas o casal more na casa, então já dá para perceber que só pode ser a
mulher quem o enviou, não é? A linguagem usada no bilhete é informal, também
chamada de coloquial.

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Colóquio significa conversa, bate papo. A expressão linguagem
coloquial tem origem, a partir dessa associação de sentido. O bilhete
não deixa de ser uma conversa por escrito, você não acha?

Fonte: http://www.amigosdofuturo.org.br/links/voce_sabia.htm

Atividade 1

O texto, a seguir, apresenta a correspondência entre dois irmãos, através do


gênero bilhete. É bem original e divertido! Leia com atenção e veja o que está
diferente no texto. Em seguida, tente reler como se tivesse escrito na norma padrão,
do ”jeitinho” normal de nos expressarmos cotidianamente em situações que não
exigem grandes cuidados com a linguagem. Aproveite, também, para perceber a
finalidade do bilhete!

Correspondência

Querido mano,

Anteontem futebolei bastante com uns amigos. Depois cigarrei um pouco e nos
divertimos montanhando, até que o dia anoiteceu. Então desmontanhamos, nos
amesamos, sopamos, arrozamos, bifamos, ensopadamos e cafezamos. Em seguida,
varandamos. No dia seguinte, cavalamos muito.

Maninho

O irmão respondeu:

Maninho,

Ontem livrei-me pela manhã, à tarde cinemei e à noite, com papai e mamãe,
teatramos. Hoje colegiei, ao meio-dia me leitei e às três papelei-me e canetei-me para
escriturar-te. E paragrafrarei finalmente aqui porque é hora de adeusar-te, pois ainda

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tenho que correiar esta carta para ti e os relógios já estão cincando.

De teu irmão,
Fratelo

(Millôr Fernandes)

Fonte: http://www.edukbr.com.br/celeirodeprojetos/correspondencia.htm

1. No texto, os irmãos resolveram brincar e criaram novas palavras (neologismos) para


contar um para o outro as ações que fizeram quando não estavam juntos. Ficou bem
diferente, não é?
Você reparou que, nesse processo de inovação com a linguagem, os irmãos
transformaram os substantivos em verbos? Usamos, geralmente, o registro coloquial
nas nossas conversas com amigos e familiares. Quando não temos intimidade ou nos
comunicamos com autoridades, devemos usar o registro padrão, denominado nível
culto. Escreva um bilhete contando para um(a) amigo(a) o que você fez hoje. Para esta
atividade, use a língua padrão. Não se esqueça de reproduzir em seu texto as
características que estruturam um texto do gênero bilhete.

Resposta Comentada

Professor, nas atividades de produção textual, espera-se que os alunos façam uso
dos conhecimentos construídos, em relação à estrutura do gênero e às normas de
correção ortográfica e gramatical, assim como compreendam a necessidade de
adequar o nível de linguagem à situação de comunicação e ao interlocutor. Leia o
bilhete produzido pelo aluno e observe na estrutura do texto, se há data, local,
destinatário, vocativo, mensagem no corpo do texto, despedida e remetente.
Verifique se a linguagem está adequada e se há erros ortográficos. Essa questão
permite averiguar se houve a apropriação da habilidade de utilizar adequadamente
marcas do registro coloquial.

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2. Leia com atenção o texto a seguir:

O bilhete

Escrevi e reescrevi,
mil vezes busquei palavras,
acrescentei e cortei coisas,
até o lixo encher-se de papel.

Na declaração de amor
nada podia faltar
ou sobrar.
As palavras seriam música
e passariam inteira a paixão.

Escrevi mil vezes o bilhete


de amor.
E ele virou poema,
provocou delírios,
arrepiou meus cabelos
e ferveu meu corpo todo.

Acho que ninguém escreveu ainda


tão belo poema-bilhete de amor.
Só que não tive coragem de enviá-lo.

Elias José

JOSÉ, Elias. Cantigas de Adolescer. 16ª ed. São Paulo: Atual, 2003, p. 52.

a) Embora o título do texto seja Bilhete, o gênero a que ele pertence é um poema.
Aponte os elementos básicos do gênero bilhete que faltam no texto lido.

Resposta Comentada:

No texto lido para esta atividade faltam os seguintes elementos estruturais do


gênero bilhete: data, local, vocativo, corpo do texto, despedida, remetente. Essa
questão permite o reconhecimento da estrutura do bilhete e o desenvolvimento da
habilidade de usar o vocativo.
b) A linguagem utilizada no texto “Bilhete” identifica-se com o nível culto ou
coloquial? Justifique sua resposta.

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Resposta Comentada:
O texto usa a linguagem coloquial, visto que o gênero discursivo bilhete é usado
para a comunicação entre pessoas que possuem certo grau de intimidade. Essa
questão desenvolve a habilidade de utilizar adequadamente marcas do registro
coloquial.

c) O texto não nos permite afirmar quem seria o remetente, isto é, quem
escreveu o bilhete. Pense um pouco a respeito, crie um nome para esse
personagem, suas características físicas (alto, baixo, loiro, moreno, negro...),
psicológicas (tímido, ousado, determinado, inseguro...), se é do sexo feminino
ou masculino. Descreva esses detalhes nas linhas a seguir.

Resposta Comentada:

Resposta pessoal. Professor(a), verifique se há adequação ao tema, se a organização


do texto obedece à lógica interna quanto a aspectos de coesão, coerência, correção
gramatical, evidência de uso/domínio da norma culta, com emprego da concordância
e se o texto atende às convenções morfossintáticas e ortográficas. Esta questão
possibilita ao aluno desenvolver a habilidade de estabelecer relação de referência
entre substantivos e adjetivos.

d) O eu lírico, a voz que fala na poesia, comenta que escreveu um bilhete de amor,
mas que ficou com vergonha de enviá-lo. Imagine como esse bilhete seria e
escreva-o. Não se esqueça dos elementos fundamentais desse gênero textual:
local, data, vocativo, o corpo do texto, despedida e o nome do remetente. Use
e abuse de sua criatividade e escreva um texto bem interessante! Você é capaz!

Resposta Comentada:

Professor(a), verifique se o bilhete produzido pelo aluno reproduz a estrutura do


gênero, se há data, local, destinatário, vocativo, mensagem no corpo do texto,
despedida e remetente. Verifique se a linguagem está adequada e se há erros

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ortográficos. Esta questão possibilita o desenvolvimento da habilidade de utilizar
adequadamente marcas do registro coloquial, bem como o uso do vocativo.

Aula 2: Você tem uma nova mensagem!

Na correria do dia-a-dia, muitas vezes precisamos nos comunicar rapidamente.


Quem nunca enviou um torpedo? Por que essa forma de comunicação é chamada
assim? Porque é um dos meios mais usados para nos comunicar rapidamente? Nesta
aula, vamos conhecer um pouco mais desse gênero de texto.

Fonte: http://www.techtudo.com.b

Os torpedos são mensagens curtas (até 160 caracteres), também conhecidas


como SMS, sigla que, em inglês, significa Short Message Service, isto é, o serviço de
mensagens curtas que usamos pelo celular. O termo Torpedo é utilizado em
associação à ideia de velocidade com que conseguimos enviar essas mensagens de
texto.
Há inúmeras situações em que o envio de um SMS é útil, como em emergências
médicas, cancelamentos de reuniões ou de encontros em cima da hora, enviar um
pedido de ajuda urgente, dentre outras finalidades.
É um gênero textual muito inovador e, a cada dia, é mais usado por todos.
Outra característica interessante nessa tipologia textual é a necessidade de abreviação
de palavras a fim de obter um maior aproveitamento do tempo.

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Atividade 2

1. Vamos fazer um exercício de imaginação e criar dois torpedos:

I. Você está na rodoviária esperando o ônibus para voltar para sua casa depois
das férias, e como resolve voltar antes do previsto, pretende avisar seus pais.

II. Seus pais estão aguardando sua chegada ansiosamente, mas o ônibus quebra!
Envie um torpedo para sua mãe avisando que chegará atrasado e o porquê
desse atraso.

Resposta Comentada:
A resposta é pessoal. Professor(a), neste tipo de texto é permitida a abreviação de
palavras. Verifique se há coerência na elaboração da mensagem, se há adequação à
estrutura do gênero e se não há erros ortográficos. Esta questão possibilita
desenvolver a habilidade de utilizar adequadamente marcas do registro coloquial.

III. Você foi jogar bola com os amigos em um sítio distante de sua casa. No meio do
jogo, você cai e torce o pé. Seus amigos o levam para um hospital. Envie um
torpedo para seu pai avisando- o do ocorrido e dizendo o nome do hospital
onde você está.

Resposta Comentada:
Resposta pessoal. Verifique se há coerência e se a estrutura do texto está adequada
ao gênero em questão. A questão possibilita aprofundar o desenvolvimento da
habilidade de utilizar adequadamente marcas de registro coloquial.

Agora você vai ler dois textos muito interessantes do autor Moacyr Scliar. Moacyr foi
um famoso cronista de nossa literatura e escrevia semanalmente, às segundas-feiras,
em uma coluna no site UOL, textos de ficção baseados em notícias publicadas em
jornal.

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1. Notícia - O torpedo no vestibular

A polícia do Rio de Janeiro prendeu quatro estudantes que tentavam fraudar o


vestibular de medicina da Universidade Gama Filho. Uma quadrilha teria
cobrado entre R$ 10 mil e R$ 15 mil pela transmissão do gabarito do exame por
meio de mensagens de texto.
Cotidiano, 31 de janeiro de 2006.

Fragmento da Crônica

TORPEDOS

Apesar do fracasso dos quatro vestibulandos que haviam tentado fraudar a prova
mediante mensagens pelo celular, ela decidiu fazer a mesma coisa. (...) Não tinha outra
opção: não sabia quase nada, e era certo que seria reprovada. Por último, havia uma
coincidência favorável: estava com o antebraço esquerdo engessado. Nada
preocupante, e na verdade ela até poderia ter tirado o gesso, mas não o fizera e agora
contava com um ótimo esconderijo para o celular. Quem mandaria o gabarito? O
namorado, claro. Rapaz inteligente (já estava cursando a faculdade), ele só teria de
perguntar as questões para alguém que tivesse terminado a prova e enviar o gabarito
por torpedo. Quando ela fez a proposta ao rapaz, ele pareceu-lhe um tanto relutante,
incomodado mesmo. E no dia do vestibular ela descobriu por quê. Quarenta minutos
depois de iniciada a prova, ela recebeu o tão esperado torpedo. Para sua surpresa, não
continha o gabarito, e sim uma mensagem: "Sinto muito, mas não posso continuar
namorando uma pessoa tão desonesta. Considere terminada a nossa relação. PS: boa
sorte no vestibular". Com o que ela foi obrigada a concluir: tão importante quanto o
torpedo é aquele que dispara o torpedo.
Moacyr Scliar

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2. Notícia - O torpedo na literatura

Escritor transforma torpedos em gênero literário. Depois de tentar em vão


moderar a paixão de seus compatriotas pelos celulares, o escritor francês Phil
Marso, 43, se rendeu a essa onda e decidiu propor que as mensagens enviadas
por esses aparelhos virem um gênero literário.

Folha Online, 30 de janeiro de 2006.

Durante anos ele tentou, em vão, divulgar seus trabalhos literários. Procurou
editoras, ofereceu-os a jornais e revistas. Nada. Ninguém queria saber de seus contos,
e até aconselhavam-no a tentar outra coisa. Mas ele teimava.
(...) Foi então que leu sobre Phil Marso, o escritor francês que havia lançado a
ficção como mensagem de celular. Aquilo deixou-o entusiasmado: era exatamente a
solução que procurava. Seus contos - na verdade minicontos, alguns não passavam de
uma frase - tinham o tamanho ideal para se transformarem em torpedos. E nada
impedia que os leitores, entusiasmados, repassassem as mensagens literárias, que
acabariam chegando a um grande crítico ou a um grande editor. Quando então o
caminho do sucesso estaria aberto para ele.
Preparou cinco textos, que lhe pareciam os melhores. E aí chegou o grande dia,
o dia em que o mundo tomaria conhecimento de seu talento. Apanhou o celular,
respirou fundo...
Infelizmente, o aparelho estava sem bateria. Os torpedos não foram
disparados. Foi dormir, convencido de que o Destino, e os celulares, não queriam que
ele se transformasse em escritor.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2002200605.htm

1. O que as crônicas têm em comum?

Resposta Comentada:

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Os dois textos apresentam em comum o fato de terem sido criados, a partir de uma
notícia de jornal e se referirem a torpedos que tratavam do assunto que serviu de
tema para as crônicas.
2. O que você achou da atitude do namorado da personagem da 1ª crônica? Você
agiria da mesma forma? Comente.

Resposta Comentada:
Resposta pessoal. Verifique apenas se há o emprego de letra maiúscula onde é
necessário, se não há erros ortográficos e se a resposta apresenta coesão, quanto a
aspectos gramaticais, e coerência, em relação ao sentido. Esta questão desenvolve a
habilidade de utilizar adequadamente marcas do registro coloquial.

3. O personagem da segunda crônica criou cinco torpedos literários e não conseguiu


inventar. Vamos escrever esses torpedos? Crie um sobre a importância da família,
outro sobre o valor da amizade, um sobre ecologia, um terceiro sobre o fato de a
felicidade estar nos pequenos detalhes e outro sobre o amor. Não se esqueça de
que os torpedos não podem ultrapassar o limite de 160 caracteres!

Resposta Comentada:
Resposta pessoal. Verifique apenas se há o emprego correto da letra maiúscula, se
não há erros ortográficos e se a resposta está coerente com o tema estabelecido
para a elaboração dos torpedos. Essa questão visa o desenvolvimento da habilidade
de utilizar adequadamente marcas do registro coloquial.

4. Tudo na vida tem seus prós e contras. Pense e escreva três pontos positivos desse
meio de comunicação e três pontos negativos.

Resposta Comentada:

Resposta pessoal. Observe se a ortografia está adequada. Essa questão aprimora a


habilidade de utilizar adequadamente marcas do registro coloquial.

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Aula 3: Posto ou não posto?

Além do SMS, enviado pelo celular, há uma outra forma de enviarmos mensagens
instântaneas. Você já ouviu falar nas redes sociais? E em blog? Tudo que escrevemos
nas redes recebe o nome de postagem ou post.
Blog é uma espécie de diário virtual onde escrevemos, “postamos”, nossas ideias e
opiniões. Blog vem da abreviação de weblog: web (tecido, teia, também usado para
designar o ambiente de Internet) e log (diário de bordo). O blog é, então, uma
ferramenta do mundo virtual que permite aos usuários colocarem conteúdo na rede e
interagirem com outros internautas. Voce já postou em algum blog? Que tipo de
postagem você costuma fazer na internet?
Post também pertence ao gênero textual denominado de mensagem instantânea.
Sua característica principal é o fato de ser um texto virtual, isto é , escrito na internet e
que pode ser lido por muitas pessoas ao mesmo tempo, em em toda parte do mundo,
bastando que os leitores estejam conectados à Internet.
Se possível, acesse em casa o site Conexão Aluno da Secretaria de Estado de
Educação do Rio de Janeiro, em que há muitos assuntos interessantes para você,
aluno(a) da rede estadual. Ao clicar no link Interatividade,você terá acesso a vários blogs
de diversas escolas. Procure saber se a sua já possui um blog , caso não tenha procure o
grêmio e estimule-o a criar um.

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Atividade 3

Para que as pessoas saibam mais sobre você nas redes sociais, é importante que você
se apresente, descreva suas preferências e forneça características sobre sua
personalidade, ou seja, tudo o que você considerar importante para que o outro o(a)
conheça
Vamos lá, então?

1. Escreva um texto se apresentando, comente sobre o que você gosta, de que você
não gosta,suas características psicólogicas, o que você faz no seu dia a dia, seus
sonhos e o que mais julgar importante.
Resposta Comentada:

Professor(a), verifique se há adequação ao tema, se a organização do texto obedece


à lógica interna quanto a aspectos de coesão, coerência, correção gramatical,
evidência de uso/domínio da norma culta, com emprego da concordância e se o
texto atende às convenções morfossintáticas e ortográficas. Esta questão possibilita
ao aluno desenvolver a habilidade de estabelecer relação de referência entre
substantivos e adjetivos.

Leia com atenção o texto a seguir:

O Sentido da Vida

Não é nenhuma novidade que dinheiro, viagens, status, beleza e outras coisinhas
mundanas são sonhos de consumo de muita gente, mas não dão sentido à vida de
ninguém. A única coisa que justifica nossa existência são as relações que a gente
constrói. Só os afetos é que compensam a gente percorrer uma vida inteira sem saber
de onde viemos e para onde vamos. Diante da pergunta enigmática - por que estamos
aqui? - só nos consola uma resposta: para dar e receber abraços, apoio, cumplicidade,
para nos reconhecermos um no outro, para repartir nossas angústias, sonhos, delírios.

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Para amar, resumindo.
Piegas? Depende de como essa história é contada. Se for através de um filme
inteligente, sarcástico, tragicômico como Invasões Bárbaras, o piegas passa à condição
de arte.
(...) E a gente se pergunta: há algo mais nesta vida pra sobrar? Quando chegar a
nossa hora, o que realmente terá valido a pena?
(...) Mas, Pais e filhos, maridos e esposas, amigos: são eles que sustentam a nossa
aparente normalidade, são eles que estimulam a nossa funcionalidade social. Se não for
por eles, se não houver um passado e um presente para com eles compartilhar, com
que identidade continuaremos em frente, que história teremos para carregar, quem
testemunhará que aqui estivemos? Só quem nos conhece a fundo pode compreender o
que nos revira por dentro, qual foi o trajeto percorrido para chegarmos neste exato
ponto em que estamos, neste estágio de assombro ou alegria ou desespero ou seja lá
em que pé estão as coisas pra você.
(...) Todas as pessoas querem deixar alguns vestígios para a posteridade. Deixar
alguma marca. É a velha história do livro, do filho e da árvore, o trio que supostamente
nos imortaliza. Filhos somem no mundo, árvores são cortadas, livros mofam em sebos. A
única coisa que nos imortaliza - mesmo - é a memória daqueles que nos amaram e
foram fiéis. (Recebido de Ana Cristina Rosado)
Martha Medeiros

PARTICIPAÇÃO DOS USUÁRIOS DO SITE

6/22/2009 10:33:03 PM - Autor(a)

Amei este artigo... ele nos mostra o valor que tem os nossos familiares e amigos...
e, principalmente, nossas ações... seremos lembrados mediante o que fazemos, o
que somos hoje e se as nossas relações de amizade forem sólidas. E isso se
constrói, penso eu, com respeito mútuo, um abraço apertado nos momentos de
alegria ou de tristeza e um sorriso que diga ao outro que ele é especial... para que
você também se torne especial... vale a pena ler os textos de Martha Medeiros,
ela nos faz pensar.... um abraço a todos....

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9/8/2005 3:34:50 AM - Autor(a)

Vocês são demais, me emocionei com a matéria, todos deveriam ler e refletir
sobre os seus sonhos e correr atrás deles. mais valem as lágrimas da derrota, do
que a vergonha de nao ter lutado!!! estamos aqui somente de passagem,
devemos viver cada minuto que nosso deus nos dá de graça. coloque tudo em
deus, coloque deus em tudo... beijos!!!

Fonte: http://somostodosum.ig.com.br/blog/blog.asp?id=249

2. Imagine que você acessou o blog e leu o texto. Agora, escreva um comentário sobre
o que achou do texto como se estivesse postando no site.

Resposta Comentada:
A resposta para esta questão é pessoal. Professor(a), neste tipo de texto é permitida
a abreviação de palavras. Verifique se há coerência e se há adequação à estrutura
do gênero e se não há erros ortográficos. Esta questão desenvolve a habilidade de
utilizar adequadamente marcas do registro coloquial.

3. Imagine que um colega postou numa rede social uma crítica ao uso de uniforme
nas escolas. Escreva você também um comentário a favor ou contra o uso do
uniforme. Analise bem essa questão, lembrando-se de que tudo tem seus prós e
contras. Defenda bem sua opinião!

Resposta Comentada:
Resposta pessoal. Professor(a), observe se o texto apresenta coerência, se há
adequação à estrutura do gênero e se não há erros ortográficos. Esta questão
desenvolve a habilidade de utilizar adequadamente marcas do registro coloquial.

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Avaliação

Caro(a) aluno(a),

Agora que você já conhece os gêneros de texto Bilhete e Mensagem Instantânea, e sabe
como produzi-los conforme a estrutura que apresentam, chegou a hora de mostrar tudo
o que você aprendeu sobre o assunto! Vamos lá?

Leia o texto com atenção:

A BOA ESCOLA

Primeiro, a escola tem de existir. No Brasil há incrivelmente poucas escolas em


relação à necessidade real. Tem de existir escolas para todas as crianças, em todas as
comunidades, as mais remotas, com qualidades básicas: não ultrapassar o número de
alunos bem acomodados, e que eles não tenham de se locomover para muito longe;
instalações dignas, que vão das mesas as paredes, telhado, pátio para diversão e
recreio, lugar para exercício físico e esportes; instalações sanitárias decentes, cozinha
para alimentar os que não comem suficientemente em casa; alguém com experiência
médica ou de enfermagem para atender os que precisarem.
Em cada sala de aula, naturalmente, uma boa prateleira com livros sem dúvida
doados pelos governos federal, estadual, municipal. E que ali se ensine bem o
essencial: aritmética, bom uso da linguagem, noções de história e geografia para que
saibam quem são e onde no mundo se situam.
(...) No chamado segundo grau, além de livros, quem sabe computadores, mas
– ainda que escandalizando alguns – creio que esses objetos maravilhosos, que eu
mesma uso constantemente, não substituem um bom professor. E que, nesse degrau
da vida, todos sejam preparados para a universidade, desde que queiram e possam.
Pois nem todos querem uma carreira universitária, nem todos têm capacidade
para isso: para eles, excelentes Escolas Técnicas, depois das quais podem ter mais
ganho financeiro do que a maioria dos profissionais liberais.
(...) O que aqui escrevo é mero, simples, bom-senso. Todos têm direito de
receber a educação que os coloque no mundo sabendo ler, escrever, pensar, calcular,
tendo ideia do que são e onde se encontram, e podendo aspirar a crescer mais.
Isso é dever de todos os governos. E é nosso dever esperar isso deles.

Lya Luft

Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tag/lya-luft/

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1. Que comentário você faria sobre o texto? Para você, o que seria uma boa escola?

Resposta Comentada:
A resposta é pessoal. Observe se a organização do texto produzido obedece à lógica
interna, quanto a aspectos de coesão, coerência, correção gramatical, evidência de
uso/domínio da norma culta, com emprego da concordância e se o texto atende às
convenções morfossintáticas e ortográficas. Essa questão possibilita ao aluno
desenvolver a habilidade de estabelecer relação de referência entre substantivos e
adjetivos.

2. Imagine que você possui um blog e escreva um post sobre a sua escola. Não se
esqueça da ética, nada de citar o nome dela. Aponte o que gosta, isto é, os aspectos
positivos e cite o que poderia melhorar quanto tempo você estuda nessa escola, e o
que mais considerar importante para o seu texto ficar criativo!

Resposta Comentada:
Verifique se a organização do texto obedece à lógica interna quantos a aspectos de
coesão, coerência, correção gramatical, evidência de uso/domínio da norma culta,
com emprego da concordância e se o texto atende às convenções morfossintáticas e
ortográficas. Essa questão desenvolve a habilidade de utilizar adequadamente
marcas do registro coloquial.

3. Produza um bilhete dirigido a sua mãe explicando o porquê de não estar em casa na
hora que ela chegou do trabalho. Não se esqueça dos elementos que constituem
esse gênero. Use e abuse de sua criatividade!

Resposta Comentada:
Professor, nas atividades de produção textual, espera-se que os alunos façam uso
dos conhecimentos construídos em relação à estrutura do gênero, às normas, assim
como compreendam a necessidade de adequá-los à situação de comunicação e ao
interlocutor. Leia o bilhete produzido pelo aluno e observe a estrutura do texto, se
há data, local, destinatário, vocativo, corpo do texto, despedida e remetente.

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Verifique se a linguagem está adequada e se há erros ortográficos. Essa questão
permite averiguar se houve a apropriação da habilidade de utilizar adequadamente
marcas do registro coloquial.

4. Você marcou uma reunião com três colegas de turma para confeccionarem uma
maquete para um trabalho escolar. Um dos colegas, justamente o responsável por
trazer o material necessário para a construção da maquete, não aparece. Envie um
torpedo perguntando por que ele ainda não chegou e lembrando- o de trazer o
material.

Resposta Comentada:
Resposta pessoal. Verifique se há coerência e se a estrutura do texto está adequada
ao gênero em questão. A questão possibilita o aprofundamento da habilidade de
utilizar adequadamente marcas de registro coloquial.

Caro(a) Professor(a) Aplicador(a),

Sugerimos algumas diferentes formas de avaliar as turmas que estão utilizando este
material:
1° Possibilidade:
As disciplinas nas quais os alunos participam da Avaliação do Saerjinho, pode-se utilizar
a seguinte pontuação:
 Saerjinho: 2 pontos
 Avaliação: 5 pontos
 Pesquisa: 3 pontos
As disciplinas que não participam da Avaliação do Saerjinho, podem utilizar a
participação dos alunos durante a leitura e execução das atividades do caderno como
uma das três notas. Neste caso teríamos:
 Participação: 2 pontos
 Avaliação: 5 pontos
 Pesquisa: 3 pontos

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Referências

[1] CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Texto e interação: uma
proposta de produção textual a partir de gêneros e projetos.São Paulo: Atual, 2000.

[2] KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e escrever: estratégias de
produção textual. São Paulo: Contexto. 2009.

[3] MARCUSCHI, Luiz Antonio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão.


Parábola Ed., 2009.

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Equipe de Elaboração

COORDENADORES DO PROJETO

Diretoria de Articulação Curricular

Adriana Tavares Maurício Lessa

Coordenação de Áreas do Conhecimento

Bianca Neuberger Leda


Raquel Costa da Silva Nascimento
Fabiano Farias de Souza
Peterson Soares da Silva
Ivete Silva de Oliveira
Marília Silva

Professores Colaboradores

Heloisa Macedo Coelho


Ivone da Silva Rabello
Rosa Maria Ferreira Correa

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