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Professor
Caderno de Atividades
Pedagógicas de
Aprendizagem
Autorregulada - 02
9º Ano | 2° Bimestre
Habilidades Associadas
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Caro Tutor,
Neste caderno, você encontrará atividades diretamente relacionadas a algumas
habilidades e competências do 2° Bimestre do Currículo Mínimo de Produção Textual da
9º Ano do Ensino Fundamental. Estas atividades correspondem aos estudos durante o
período de um mês.
A nossa proposta é que você atue como tutor na realização destas atividades
com a turma, estimulando a autonomia dos alunos nessa empreitada, mediando as
trocas de conhecimentos, reflexões, dúvidas e questionamentos que venham a surgir no
percurso. Esta é uma ótima oportunidade para você estimular o desenvolvimento da
disciplina e independência indispensáveis ao sucesso na vida pessoal e profissional de
nossos alunos no mundo do conhecimento do século XXI.
Neste Caderno de Atividades vamos conhecer contos e crônicas. Aprenderemos
a reconhecer o narrador, personagens, conflitos, o espaço e tempo em que os textos se
passam. Vamos aprender também a produzir esses tipos de texto.
Para os assuntos abordados em cada bimestre, vamos apresentar algumas
relações diretas com todos os materiais que estão disponibilizados em nosso portal
eletrônico Conexão Professor, fornecendo diversos recursos de apoio pedagógico para o
Professor Tutor.
Este documento apresenta 03 (três) Aulas. As aulas podem ser compostas por
uma explicação base, para que você seja capaz de compreender as principais ideias
relacionadas às habilidades e competências principais do bimestre em questão, e
atividades respectivas. Estimule os alunos a ler o texto e, em seguida, resolver as
Atividades propostas. As Atividades são referentes a dois tempos de aulas. Para reforçar
a aprendizagem, propõe-se, ainda, uma avaliação sobre o assunto.
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Sumário
Introdução: ............................................................................................... 03
Objetivos Gerais: ...................................................................................... 05
Materiais de Apoio Pedagógico: .............................................................. 05
Orientação Didático-Pedagógica:............................................................. 06
Aula 01: Fazendo crônica.......................................................................... 07
Aula 02: Quem conta um conto ............................................................... 13
Aula 03: Contando e refletindo................................................................. 17
Avaliação: ............................................................................................ 21
Referências .............................................................................................. 26
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Objetivos Gerais
http://www.conexaoprofessor http://www.conexaoprofessor.rj.gov
Aula 3 EF –28, 29, .rj.gov.br/downloads/cm/cm_ .br/downloads/cm/cm_72_9_9A_2.p
41, 44, 45,
11_9_9A_2.pdf df
71, 77
5
Orientação Didático-Pedagógica
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Aula 1: Fazendo crônica
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Cônica humorística - expressa uma visão cômica ou irônica dos fatos:
MINHAS FÉRIAS
Eu, minha mãe, meu pai, minha irmã (Su) e meu cachorro (Dogman) fomos
fazer camping. Meu pai decidiu fazer camping este ano porque disse que estava na
hora de a gente conhecer a natureza de perto, já que eu, a minha irmã (Su) e o meu
cachorro (Dogman) nascemos em apartamento, e, até cinco anos de idade, sempre
que via um passarinho numa árvore, eu gritava “aquele fugiu!” e corria para avisar um
guarda; mas eu acho que meu pai decidiu fazer camping depois que viu os preços dos
hotéis, apesar da minha mãe avisar que, na primeira vez que aparecesse uma cobra,
ela voltaria para casa correndo, e minha irmã (Su) insistir em levar o toca-disco e toda
a coleção de discos dela, mesmo o meu pai dizendo que aonde nós íamos não teria
corrente elétrica, o que deixou minha irmã (Su) muito irritada, porque, se não tinha
corrente elétrica, como ela ia usar o secador de cabelo? Mas eu e o meu cachorro
(Dogman) gostamos porque o meu pai disse que nós íamos pescar, e cozinhar nós
mesmos o peixe pescado no fogo, e comer o peixe com as mãos, e se há uma coisa
que eu gosto é confusão. Foi muito engraçado o dia em que minha mãe abriu a porta
do carro bem devagar, espiando embaixo do banco com cuidado e perguntando “será
que não tem cobra?”, e o meu pai perdeu a paciência e disse “entra no carro e vamos
embora”, porque nós ainda nem tínhamos saído da garagem do edifício. (...)
LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO
Fonte: Veríssimo, Luis Fernando. O Santinho. Rio de Janeiro. Objetiva
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Crônica lírica - expressa as emoções do cronista, seu estado de espírito:
EXISTÊNCIA ÚNICA
Afague tua doce solidão. Não tenhas medo deste eco quando gritas no escuro.
Se está só, então, não está só. Tua companhia é a melhor companhia. Pegue o
próximo trem que te levará para lugares onde nunca esteve. Solte o ar que te mantém
aprisionada. Levite ao dançar. Convide o mar. Livre-se destes paradigmas, desta
mania de sempre acreditar no tolo e ingênuo coração. Aprenda amar teu brilho, tua
existência única. Vá além. Um passo a mais. Vá tão longe a ponto de perguntar se será
capaz de encontrar o caminho de volta pra casa. Aprenda a dizer não. Aprenda a sorrir
além. Aprenda a confiar em mim.
JULIANO MARTINZ
Fonte: http://corrosiva.com.br/textos-pequenos/existencia-unica/
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Atividade Comentada 1
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bicho. Depois disse que era apenas uma lesma de alface", reclama.
RESPOSTA - O McDonald's se desculpou pelos transtornos e informou que se
trata de um caso isolado. A assessoria disse que reforçou os procedimentos com o
fornecedor.
Segundo o restaurante, as alfaces utilizadas são cultivadas e processadas dentro
dos mais rigorosos padrões.
(Folha de S.Paulo, em 01 de janeiro de 2001)
Agora, veja a crônica criada por Moacyr Scliar a partir dessa curiosa notícia.
Sonho de lesma
Ela nasceu lesma, vivia no meio de lesmas, mas não estava satisfeita com sua
condição. Não passamos de criaturas desprezadas, queixava-se. Só somos conhecidas
por nossa lentidão. O rastro que deixaremos na História será tão desprezível quanto a
gosma que marca nossa passagem pelos pavimentos.
A esta frustração correspondia um sonho: a lesma queria ser como aquele
parente distante, o escargot. O simples nome já a deixava fascinada: um termo
francês, elegante, sofisticado, um termo que as pessoas pronunciavam com respeito e
até com admiração. Mas, lembravam as outras lesmas, os escargots são comidos,
enquanto nós pelo menos temos chance de sobreviver. Este argumento não
convencia a insatisfeita lesma, ao contrário: preferiria exatamente terminar sua vida
desta maneira, numa mesa de toalha adamascada, entre talheres de prata e cálices de
cristal. Assim como o mar é o único túmulo digno de um almirante batavo, respondia,
a travessa de porcelana é a única lápide digna dos meus sonhos.
Assim pensando, resolveu sacrificar a vida por seu ideal. Para isso, traçou um
plano: tinha de dar um jeito de acabar em uma cozinha refinada. O que não seria tão
difícil. Perto dali havia uma horta onde eram cultivadas alfaces: belas e selecionadas
alfaces, de folhas muito crespas. Alfaces destinadas a gourmets, sem dúvida. Uma
dessas alfaces, raciocinou a lesma, me levará ao destino que almejo. Foi até a horta, à
doida velocidade de meio quilômetro por hora, e ocultou-se no vegetal. Que, de fato,
foi colhido naquele mesmo dia e levado para ser consumido.
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Infelizmente, porém, a alface não fazia parte de um prato francês, mas sim de
um popular e globalizado lanche. Quando a consumidora foi comê-lo constatou,
horrorizada, a presença da lesma. Chamado, o gerente a princípio negou a evidência:
disse que aquilo era um vestígio de óleo queimado. O que deixou a lesma indignada:
eu não sou óleo queimado, bradava, eu sou uma criatura, e uma criatura com um
sonho, respeitem meu sonho ou será que, para vocês, nada mais é sagrado, só o
direito do consumidor?
Ninguém a ouviu, claro. Foi ignominiosamente jogada no lixo, junto com suas
ilusões de grandeza. E assim descobriu que, quem nasceu para lesma nunca chega a
escargot, mesmo viajando de carona em certas alfaces, principalmente viajando de
carona em certas alfaces.
(Scliar, Moacyr. Sonho de lesma. In: Cotidiano, Folha de S. Paulo, 08 de janeiro de 2001).
d. Dentre os tipos de crônica que vimos na aula de hoje, em qual se enquadra a crônica
“Sonho de lesma”?
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Resposta comentada: Certamente, os alunos não terão dificuldade de perceber que a
crônica lida se enquadra no tipo humorístico.
3. Agora, é a sua vez! A partir da mesma notícia que inspirou a crônica “Sonho de
lesma”, crie você a sua própria crônica. Dessa vez, porém, não explore o humor, mas
produza um texto mais reflexivo. Para isso, discuta em seu texto questões como: o
preparo dos alimentos nos restaurantes, a importância da vigilância sanitária, os
hábitos de comer fast food etc. Não se esqueça do título. Mãos à obra!
Comentário: Professor, é importante que os alunos não percam de vista a notícia que
inspirou a crônica de Moacyr Scliar. A mesma notícia também deve inspirá-los.
Entretanto, em vez de produzir algo cômico, eles devem escrever algo mais reflexivo.
Para isso, o importante é orientá-los a usar a notícia como ponto de partida para a
criação de um texto, que, neste caso, não necessariamente tem que ser uma
narrativa, mas um texto de perfil dissertativo-argumentativo. Além disso, vale
sempre observar o comprometimento com a ortografia, a pontuação, a coerência e
coesão do texto.
Caro aluno, já ouviu o ditado que diz que quem conta um conto aumenta um
ponto? Esse ditado vem do tempo em que os contos eram transmitidos oralmente
como os contos de fadas e que ao longo do tempo foram sendo modificados, pois cada
pessoa que o recontava mudava um pouco a história.
O conto é um tipo de narrativa curta, no qual a ação é o mais importante e por
isso a caracterização das personagens, do espaço e do tempo é restrita. A intenção do
conto é emocionar, levar você a refletir sobre o comportamento humano. O conto
pode ser publicado em jornais, revistas, sites, blogs e livros. Existem variados tipos de
contos: de fadas, de terror, fantásticos, etc.
Vejamos:
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CARACTERÍSTICAS DOS CONTOS
Narração em 1ª ou 3ª pessoa;
Predomínio do tempo cronológico;
Linguagem concisa (objetiva ou poética);
Poucos personagens;
Construção pouco detalhada dos personagens;
Um conflito apenas;
Tempo e espaço reduzidos;
Presença ou não de diálogos.
ELEMENTOS
CONTO O PEQUENO POLEGAR
DO ENREDO
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muito andar, as crianças avistaram um lindo castelo e para lá se
dirigiram em busca de abrigo e alimento.
Um ogro malvado, que ali residia, resolveu que iria devorá-los. Mas
Polegar, percebendo a intenção do malvado, durante a noite, trocou
Complicação
o seu chapéu e os chapéus dos irmãos pelas coroas das filhas do
ogro, que as devorou pensando que fossem os rapazes.
Fonte:http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=O_Pequeno_Polegar&oldid=34825305
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Atividade Comentada 2
Conta-se que uma moça estava muito doente e teve que ser internada em um
hospital. Desenganada pelos médicos, a família não queria que a moça soubesse que
iria morrer. Todos seus amigos já sabiam. Menos ela. Para todo mundo que ela
perguntava se ia morrer, a informação era negada.
Depois de muito receber visitas, ela pediu durante uma oração que lhe
enviassem flores. Queria rosas brancas se fosse voltar para casa, rosas amarelas se
fosse ficar mais um tempo no hospital e estivesse em estado grave, e rosas vermelhas
se estivesse próxima sua morte.
Certa hora, bate à porta de seu quarto uma mulher e entrega à mãe da moça
um maço de rosas vermelhas murchas e sem vida. A mulher se identifica como "mãe
da Berenice". Nesse meio tempo, a moça que estava dormindo acordou, e a mãe
avisou pra ela que a mulher havia deixado o buquê de rosas, sem saber do pedido que
a filha havia feito em oração.
Ela ficou com uma cara de espanto quando foi informada pela mãe que quem
havia trazido as rosas era a mãe da Berenice. A única coisa que a moça conseguiu
responder era que a mãe da Berenice estava morta há 10 anos.
A moça morreu naquela mesma noite. No hospital ninguém viu a tal mulher
entrando ou saindo.
Fonte:http://www.sobrenatural.org/conto/detalhar/11732/10_contos_de_terror/
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c. Em que parágrafo vemos o clímax da história?
Resposta: 4º parágrafo.
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costumes. A crônica ainda é resultante de uma visão particular do cronista sobre um
fato e escrito em linguagem coloquial para se aproximar do leitor.
O conto, por sua vez, é uma narrativa imaginada por seu autor e tem um só
conflito, sendo uma história fechada. Nele, as ações podem se desenrolar num tempo
maior como dias, meses e anos, enquanto, na crônica, é apresentado um breve
momento do cotidiano. No conto, as personagens são amplamente caracterizadas,
fisica e psicologicamente. Já na crônica, não há espaço para tanto detalhamento.
O desfecho do conto é geralmente a resolução de um conflito e, na crônica,
muitas vezes, o desfecho fica para a imaginação do leitor, para que ele mesmo tire
suas conclusões sobre os fatos.
Observe as diferenças entre os contos da aula 2 e a crônica de Luis Fernando
Veríssimo, que fala sobre como o casamento mudou com o passar do tempo:
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Mais tarde, veio a era do Bom Partido. As moças não eram mais negociadas,
grosseiramente, com maridos que podiam garantir seu futuro. Eram condicionadas a
escolher o Bom Partido. Podiam namorar quem quisessem, mas na hora de casar...
— Vou me casar com o Cascão.
— O quê?!
— Nós nos amamos desde pequenos.
— O que que o Cascão faz?
— Jornalismo.
— Argk!
A era do Bom Partido acabou quando a mulher ganhou sua independência.
Paradoxalmente, foi só quando abandonou a velha ideia romântica do ser frágil e
sonhador que a mulher pôde realizar o ideal romântico do casamento por amor,
inclusive com o Cascão. Só havendo o risco de o Cascão preferir casar com o Rogério.
Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2013/06/13/casamento-por-luis-fernando-
verissimo-499889.asp
Atividade Comentada 3
Como já foi dito, quem conta um conto aumenta um ponto! Chegou a sua vez de
contar seu conto. Responda primeiro ao nosso plano de produção e observe que, para
ajudá-lo, a pergunta (b.) já foi respondida. Partindo dos personagens e do
planejamento abaixo, escreva sua história. Vamos lá. Dê asas a sua imaginação!
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a. O narrador será observador ou personagem?
Resposta pessoal
i. Produção do Conto
Comentário: O aluno deve ser capaz de estabelecer o tempo, o espaço, o tipo de
narrador, uso ou não de diálogos, o tema e conseguir contextualizar em um conto
coerente e coeso personagens tão diferentes. A redação deve seguir a norma padrão
e tamanho mínimo de um conto (sugerimos 1 página, pelo menos). Importante que
o aluno se paute no seu plano de produção para elaboração do conto e consiga
demonstrar, através da produção, que aprendeu a diferenciar um conto de uma
crônica.
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Avaliação
1° Possibilidade:
As disciplinas nas quais os alunos participam da Avaliação do Saerjinho, pode-se utilizar
a seguinte pontuação:
Saerjinho: 2 pontos
Avaliação: 5 pontos
Pesquisa: 3 pontos
Participação: 2 pontos
Avaliação: 5 pontos
Pesquisa: 3 pontos
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O QUE SIGNIFICA ORÉGANO
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- Notamos que, mais de uma vez na gravação, o senhor diz “sem orégano, sem
orégano”. Deduzimos que há uma divergência dentro do complô entre vocês e a máfia,
uns a favor de se usar “orégano” no atentado, outros contra. O que, exatamente,
significa “orégano”?
Finalmente, me dou conta.
- Orégano significa orégano. Eu estava pedindo uma…
- Por favor, não faça pouco da nossa inteligência, Mr.Verissimo. Não gastamos
milhões de dólares para ouvir que orégano significa orégano.
Fonte: http://contobrasileiro.com.br/?p=1540#more-1540
Comentário: O aluno deve ser capaz de relacionar os trechos do texto com as opções
abaixo, identificando quais argumentos são logicamente válidos. Além disso, ele
precisa identificar que se trata de uma crônica de humor, que o narrador é
personagem e não observador e que a história se passa no Brasil. Finalmente, é
importante estabelecer o tempo e espaço de desenvolvimento da crônica,
reconhecer qual o conflito do personagem e a proximidade do texto com o leitor
através do uso da 1ª pessoa do discurso.
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( V ) No trecho ‘Você eu não sei, mas eu estou preocupadíssimo’ o narrador estabelece
proximidade com o leitor
( V ) A intenção do cronista foi levar o leitor à uma reflexão sobre um tema importante
através do humor
Sua mão era quente e gordinha. Imóvel na minha mão. Nós dois olhando pra
tela, lendo os diálogos traduzidos do inglês, e enquanto isso havia era um mundo
enorme de ideias passando pela minha cabeça: beijo ou não beijo? Assim de repente?
E se ela brigar? Olho pra ela? Olho pro filme? Abraço ela? Abraço e agarro ela e beijo e
que se lasque se ela não gostar?
– Está gostando do filme? – Marta me perguntou, aproximando o rosto. O seu
hálito veio quente, leve sabor de chiclete.
– É legal, né?
O branco do olho dela tão perto do meu rosto. Puxei seu rosto para perto de
mim, pra ficar apoiado no meu peito. Agora, estávamos abraçados. Sua mão brincou
com um botão na minha camisa. Apertei mais os seus ombros. O filme, que se lascasse
o filme. A gente estava muito mais interessado nessa nossa história. Meu corpo todo
tremia e aquelas ideias cortavam pela minha cabeça, como se fossem gaviões me
perseguindo.
– Ciro... você me diz uma coisa? – de novo, o hálito fresco perto do meu rosto.
– Fala...
– Por que você me convidou para sair? – os dedos dela mexendo na minha
camisa.
Por quê? Ah, eu podia dizer que por nada. Porque ela conversava legal. Porque
eu tinha poucos amigos. Porque nunca tinha saído com uma garota. Porque precisava,
desejava e ansiava por uma namorada. Ou por nada disso: que foi só um convite. Ela
era apenas uma colega de escola, e só isso. (...) Na hora eu pensei todo esse milhão de
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coisas, mas só pensei. Porque na minha boca estava era outra resposta, e essa sim,
veio sem pensar:
– Porque eu gosto de você.
E o beijo veio fácil, limpo, gostoso.
(In: KUPSTAS, Marcia. Eu te gosto, você me gosta. São Paulo: Scipione, 1993)
b. Quem está contando essa história? Como esse tipo de narrador é classificado?
Resposta comentada: É o próprio Ciro que está contando a história, configurando o
caso de um narrador personagem.
2. Agora, é a sua vez! Imagine como seria o segundo encontro desse jovem casal e
escreva um pequeno conto a respeito. Pense onde eles se encontrariam, se novos
personagens surgiriam, o que poderia acontecer etc. Use sua criatividade e mãos à
obra!
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Referências
[1] CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Texto e interação: uma
proposta de produção textual a partir de gêneros e projetos. São Paulo: Atual, p. 192-
195, 2000.
[2] KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e escrever: estratégias de
produção textual. São Paulo: Contexto, p. 102-125, 2009.
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Equipe de Elaboração
COORDENADORES DO PROJETO
PROFESSORES ELABORADORES
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