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Tecla Geraldo Linda

AVALIAÇÃO DA ADAPTABILIDADE DE 8 CLONES DE BATATA RENO NAS


CONDIÇÕES AGRO-ECOLÓGICAS NO PLANALTO DE LICHINGA

Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2024
Tecla Geraldo Linda

AVALIAÇÃO DA ADAPTABILIDADE DE 8 CLONES DE BATATA RENO NAS


CONDIÇÕES AGRO-ECOLÓGICAS NO PLANALTO DE LICHINGA

(Licenciatura em Agro-pecuária com habilitações em Extensão Rural)

Projecto de pesquisa a ser apresentado no


Departamento de Ciências Alimentares e Agrárias
como requesito na elaboração de Monografia, para a
obtenção do grau Académico de Licenciatura em
Agro-Pecuária com Habilitações em Extensão Rural.

Supervisor: Luís Matavela Muloi

Co-Supervisor: Lourenço João Caunganha

Universidade Rovuma

Extensão de Niassa

2024
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I.INTRODUÇÃO

1.1. Generalidades

A batata reno (Solanum tuberosum L.), é a quinta cultura principal mais produzida no mundo
depois da cana-de-açúcar (Saccharumofficinarum), trigo (Triticumaestivum), arroz (Oryzasativa)
e milho (Zeamays) (FAO, 2018). É considerada uma dicotiledónea da família Solanácea
pertencente ao género Solanum, que contém mais de 2000 espécies. Destas, cerca de 160
produzem tubérculos. Entretanto, apenas cerca de 20 espécies de batata são cultivadas. Existem
muitas espécies que são silvestres e de grande importância nos programas de melhoramento
(EMBRAPA, 2015).

O maior produtor mundial é a China, cuja produção em conjunto com a da Índia corresponde a
mais de um terço da produção mundial (FAO, 2009). No continente Africano, o maior produtor é
o Egipto, onde o cultivo ocorre principalmente no delta do Nilo e boa parte da produção é
destinada à exportação, principalmente para a Europa. Na África Subsaariana, o maior produtor é
o Malawi, onde o clima húmido e a altitude favorecem o cultivo, que geralmente é produzido
junto com outros cereais, como milho e feijão (Tavores et al., 2010).

Em Moçambique a batata reno é produzida em todas regiões (norte, centro e sul),


maioritariamente em pequenas explorações que cobrem uma área de 26 136 ha em todo território
nacional, com destaque para as províncias da Tete com 22 950 ha, Niassa com 1 168 ha,
Zambézia com 628 ha, Maputo Província 528 ha, Gaza com 318 ha, Nampula com 251 ha e
Manica com 140 ha respectivamente (MADER, 2020).

1.2.Problema
A batata Reno (Solannum tuberesum) é uma cultura amplamente cultivada em diferentes partes
do mundo devido ao seu alto valor nutricional e potencial económico. No entanto, a produção de
batata pode ser afectada por diversos factores, incluindo a adaptação entre os clones de batata e o
ambiente em que são cultivados. Em Moçambique as principais variedades importadas vem da
Africa do Sul que é a BP1 e Mondial, o seu rendimento varia de 30 t/há a 40. Recentemente o
IIAM Nordeste liberou novas variedades que temos a destacar as seguintes: Lulimile, Calinga,
Chitukuko, Laldas, Angónia e Kholophet. Essas variedades têm tolerância em zonas frias, são
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tolerantes a míldio, a doença que é muito limitante na época chuvosa para a produção de batata, o
seu rendimento em Lichinga ronda entre 20 a 39 ton (Nhate, 2008).

A variedade Calinga é mais produzida em Lichinga, e resistente a condição climáticas do local, e


é também conhecida como uma variedade de alta produção e produtividade em comparação com
as outras variedades produzidas no planalto de Lichinga. Porem a escacez da semente pois a sua
propagacao carece de estudos de adaptabilidade em diferentes locais do planalto de lichinga, o
estudo da adaptabilidade ou avaliacao da adaptabilidade consiste em averiguar o melhor clone
nas condicoes edafoclimaticas do planalto de lichinga tendo base da informacao obtida no
estudo. Portanto, o problema deste estudo é:

Qual é a adaptabilidade dos 8 clones de batata reno nas condições agro-ecológicas no planalto
de Lichinga?

1.3.Justificativa

Entender a adaptabilidade dos clones de batata reno é crucial para maximizar a produtividade e a
qualidade dos cultivos de batata. A capacidade de adaptar e seleccionar variedades adequadas
para este tipo de ambiente é essencial para os produtores, contribuindo para a segurança alimentar
e a criação de oportunidades económicas sustentáveis. Isso fornecerá informações valiosas para
produtores, agrónomos e pesquisadores, permitindo a tomada de decisões mais embasadas no que
diz respeito à selecção de clones viáveis para o cultivo.

A falta de estudos relacionados a produção e adaptabilidade da batata reno é uma questão que
precisa ser resolvida, pois as características do solo, temperatura, precipitação e práticas de
maneio diferentes estão em défice nesta região de Lichinga. Além disso, as características
genéticas das variedades também podem influenciar sua resposta ao ambiente. Portanto, é
fundamental avaliar a interacção clone-ambiente para melhorar a produtividade e a qualidade das
batatas Reno nessa localidade.

O presente estudo contribuirá para o conhecimento científico e práticos relacionados à produção


de batata Reno, fornecendo dados confiáveis sobre a adaptação e o desempenho das cultivares
nesse ambiente. Os resultados obtidos poderão ser utilizados para melhorar a produtividade e a
rentabilidade das produções.
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1.4.Objectivos

1.4.1.Geral
Avaliar a adaptabilidade de 8 clones de batata reno nas condições agro-ecológicas no
planalto de Lichinga.

1.4.2.Específicos
 Caracterizar a produção de batata reno no planalto de Lichinga pelas comunidades locais;
 Comparar o estado de crescimento dos diferentes clones de batata;
 Determinar o rendimento de cada clone.
1.5.Hipóteses

Hipótese nula H0:A adaptabilidade de 8 clones de batata reno não apresenta diferenças
significativas entre senas condições agro-ecológicas no planalto de Lichinga.

Hipótese alternativa H1:Pelo menos 1 clone de batata reno adapta-se apresenta diferenças
significativas entre senas condições agro-ecológicas no planalto de Lichinga.
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CAPÍTULO II: REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. Origem e Distribuição

A origem da batata reno (Solanum tuberosum L.), é nativa da América do Sul, e foi consumida
por populações nativas em tempos remotos há mais de 8 000 anos. Por volta de 1 570 foi
introduzida na Europa, pelos colonizadores espanhóis e por volta de 1 620, foi levada da Europa
para a América do Norte, onde tornou-se um alimento popular (EMBRAPA, 1999).

O centro de origem da cultura da batata para Hawkes (1993) citado por Perreira et al. (2003),
pode ter sido os Andes, do sul do Peru ao norte da Bolívia, onde outros tipos silvestres ainda
existem. Restos arqueológicos de batata e de outra cultura de tubérculos, foram doptados, por
meio de carbono radioactivo, como estando presente há mais de 7 000 anos.

O cultivo da batata reno tem sido praticado pelos indígenas nos últimos oito milénios, havendo
oito espécies botânicas cultivadas e mais de 200 espécies tuberíferas silvestres. A batata reno teve
como centro de origem a vizinhança do lago Titicaca, próximo a actual fronteira entre o Peru e a
Bolívia nos Andes. A batata andina foi levada para a Espanha em 1 570, após a conquista do
Império Inca pelos espanhóis. No entanto, somente duzentos anos depois se tornou um alimento
básico para os europeus, (Filgueira, 2003).

2.2 Classificação taxonómica da batata rena


Divisão: Angiospermae;
Classe: Dicotyledonae;
Ordem: Gentianalis;
Família: Solanaceae;

Gênero: Solanum Lineais;

Subgênero: Solanum;
Seção: Petota;
Série: tuberosa.

Fonte: https://www.embrapa.br/hortalicas/batata/origem-e-botanica
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2.3. Produção Mundial da Batata Reno

De acordo com Tavores et al. (2010), a produção da batata sempre esteve concentrada nos países
da Europa e da América do Norte, sendo que até a metade do século XX, noventa por cento da
produção mundial estava concentrada no continente europeu. A partir de 1990 quando a produção
dos países da América Latina, África e Ásia começou a crescer drasticamente, superando a
produção dos países do Norte em 2005.

Em 2007 foram produzidos 325 milhões de toneladas do tubérculo, sendo a China o maior
produtor mundial, e cerca de um terço de todas as batatas produzidas no mundo são colhidas
somente em dois países: China e Índia. A produção na América Latina e África representa menos
de vinte por cento da produção mundial, apesar de estar crescendo a níveis recordes (Tavoras et
al., 2010).

A China, colheu 73 milhões de toneladas, a Rússia 37 milhões, a Índia 25 milhões e os Estados


Unidos 19 milhões de toneladas. Porém, os maiores produtores mundiais por área são a Holanda
com 43 t/ha-1, Estados Unidos 43 t/ha-1, Inglaterra 42 t/ha-1, França 42 t/ha-1 (FAO, 2009).

Segundo Tavores et al. (2010), O maior produtor do continente africano é o Egipto, onde o
cultivo ocorre principalmente no delta do Nilo e boa parte da produção é destinada à exportação,
principalmente para a Europa. Na África Subsahriana, o maior produtor é o Malawi, onde o clima
húmido e a altitude favorecem o cultivo, que geralmente é feito junto com cereais, como milho e
feijão.

2.4. Produção da batata reno em Moçambique

Em Moçambique, esta cultura é maioritariamente produzida pelos pequenos produtores do sector


familiar, sendo que os maiores produtores se distribuem pelo país da seguinte maneira: Tete 19
821 ton/ha-1; Niassa 6 955 ton/ha-1; Zambézia 1 294 to/ha-1; Nampula 397 ton/ha-1 e Maputo 397
ton/ha-1 (INE, 2011 citado por Manjate, 2013).

A FAO (2013) citada pelo IIAM (2013) ressalta que, a produção da batata reno em Moçambique
é estimada em cerca de 102 2 ton/ha -1, provenientes de uma área de cerca de 7.6 ton/ha -1. Feitos
os cálculos pode-se observar que os rendimentos são relativamente baixos se comparados com a
média do potencial da cultura (20-50 ton/ha-1).
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Segundo Vasconcelos (2006), em Moçambique, os rendimentos de batata chegam a atingir entre


10 a 30 ton/ha-1 quando produzida sob altos insumos, uso de irrigação e na época apropriada.

2.5. Importância da cultura de batata reno

Segundo Letzemberger (2005) a batata Reno tem grande importância na culinária. Esta cultura
tem um grande grau de aceitabilidade como alimento em todos os países do mundo onde esta é
cultivada. Pode ser consumida cozida, frita e ensopada e muitas das vezes consumida quente no
acompanhamento de refeição principal. Seus tubérculos são uma importante fonte de amido para
quem os consome.

2.6. Benefícios da batata reno

No ponto de vista nutricional a batata só contém carbohidratos, seus tubérculos contêm proteínas
de alta qualidade, além de considerável quantidade de vitaminas e sais mineiras. O teor de
proteínas é duas vezes superior ao da mandioca; 100 kg de batata cozida consegue suprir até 13%
da qualidade diária de proteínas recomendada para crianças e até 7% para adultos. Além disso, a
batata possui um balanço adequado de proteína e energia (Letzemberger, 2005).

Quem consome batata suficiente para o seu suprimento de energia recebe também quantidade
significativa de proteína. Adicionalmente, a batata é boa fonte de vitaminas C e de algumas
vitaminas do complexo, especialmente, niacina, tianina, e vitamina B6, entre os alimentos
energéticos, a batata é mais rica em nianina (CIB, 2008).

2.7. Características botânicas da cultura

Segundo Perreira et al. (2003), a batata é uma planta dicotiledónea, pertencente a família
Solanaceae, género Solanum, na qual contém mais de 2 000 espécies, das quais pouco mais de
150 produtoras de tubérculos. Cerca de 200 espécies silvestres de batata e 20 cultivadas são
conhecidas, embora se acredite que existem muitas silvestres que, mesmo sendo espécies
tuberíferas, nem sempre formam tubérculos.

Entre as cultivadas, a mais importante economicamente produzida no mundo é a espécie Solanum


tuberosum ssp. tuberosum, que é cultivada em pelo menos 140 países. As espécies silvestres têm
grande importância em programas de melhoramento pela sua variabilidade e são utilizadas,
normalmente, em cruzamentos, como objectivo de introduzir genes de interesse agronómico em
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espécies cultivadas como, por exemplo, os de resistência a pragas e doenças (Perreira et


al.,2003).

2.7.1. Raiz

De acordo com Lovato (2012), raiz da batata reno se origina a partir de gemas subterrâneas e
surge entre o tubérculo-semente e superfície de solo. Apresenta um rápido crescimento nos
primeiros estágios de desenvolvimento da planta até o momento que começa a formação de
tubérculos. Sistema radicular é fibroso, ramificado estende-se mais superficialmente, podendo
penetrar até 80 centímetros de comprimento.

2.7.2. Caule

Para Letzenberguer (2005), o caule da batata reno tem duas partes (uma aérea e a outra
subterrânea). A parte aérea é herbácea, com altura que varia de 30 a 90 cm e, a altura da batata
reno depende das condições ambientais (precipitação, humidade relativa, fertilidade de solos e
variedade) podendo variar de 40 a 70cm.

De acordo com Silva et al. (2007), o maior número de hastes ou maior número de folhas da
batata Reno proporciona maior número de foto assimilados que são translocados para o
crescimento da cultura subsequente maior será altura.

Para Almeida (2006) e Santaella (2015), aos caules subterrâneos podem ser divididos em dois
tipos: os estolões e os tubérculos. O número de hastes ou caules por planta variam de 2 a 5 por
planta, dependendo da brotação, da idade fisiológica dos tubérculos (semente), da região de
cultivo e das condições climáticas de cultivo.

2.7.3. Folhas

A planta da batata Reno é constituída por folhas compostas, formadas por folíolos irregulares,
alguns profundamente recortados, em número e tamanho variáveis, de acordo com a cultivar e até
mesmo com as condições de crescimento (Pereira, 2003).

2.7.4. Flores

As flores da batata Reno apresentam coloração branca ou rosa, dependendo de variedade e tem
autopolinização, produzindo frutos que contem sementes que são utilizadas para propagação. As
flores são hermafroditas reunidas em inflorescência tipo cimeira (Pereira e Fortes, 2004).
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2.7.5 Inflorescência

A inflorescência é do tipo cimeira. As flores são hermafroditas e se localizam na extremidade


superior do caule. Podem ser de coloração branca, rosada ou arroxeada e possuem as quatro
partes essenciais de uma flor: cálice, corola, androceu (estames) e gineceu (pistilo). O cálice, em
geral de cor verde, piloso e persistente, possui cinco sépalas que se unem na base em forma de
sino de baixo da corola (Baeukema e Zaag, 1990).

Os lóbulos são partes desunidas das sépalas são cinco e sua forma e tamanho variam de acordo
com a cultivar. A corola é formada por cinco pétalas (gamopétalas), cuja cor varia entre branco,
rosado, lilás e azul. As pétalas ligam-se na base, formando uma superfície plana de cinco lóbulos.
Quanto a forma, a corola é geralmente redonda, embora cultivares mais primitivas apresentam
corolas pentagonais ou com formato de estrela (Perreira e Daniel, 2003).

2.7.6. Frutos e sementes

Para Almeida (2006) e Santella (2015), o tubérculo é um caule modificado que se forma nas
extremidades de um estolão, acumula amido como substancia de reserva e possui entrenós cujas
gemas se distinguem por olhos.

Segundo Lovato (2012), afirma que os tubérculos que correspondem aos talos subterrâneos
modificados, se originam do engrossamento na extremidade dos rizomas, e começam a se formar
5 semanas do surgimento do caule acima da superfície do solo. O número de hastes esta
directamente proporcional ao número de tubérculos, ou seja, quanto maior for o número de
hastes, maior é o número de tubérculos.

2.8. Ciclo e fases de desenvolvimento da cultura da batata

O ciclo de desenvolvimento da cultura da batata reno pode ser precoce (menos de 90 dias), médio
(entre 90 a 110 dias) ou longo (mais de 110 dias), dependendo da variedade, (Pereira e Fortes,
2004).

Segundo Tavares (2002) a cultura de batata reno apresenta cinco estádios que se descrevem da
seguinte maneira: emergência, estolonização, tuberização, crescimento de tubérculos e
maturação:

 Fase I- Emergência (Desenvolvimento da brotação)


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É o período que vai entre o plantio e a emergência das plântulas, que ocorre normalmente em
torno de 10 dias após o plantio. Nesse estádio a plântula sobrevive das reservas contidas no
tubérculo-mãe.

 Fase II- Estolonização (Crescimento vegetativo)

Corresponde ao período de desenvolvimento vegetativo compreendido entre a emergência e a


formação de estruturas denominadas de estolões, que normalmente ocorre em torno dos 20 dias
após o plantio.

Os estolões desenvolvem-se a partir de gemas axilares presentes no caule, estas, quando


diferenciadas em estolões apresentam crescimento horizontal. Isso gera preocupação extra para o
produtor na ocasião da amontoa, pois quando é realizada de maneira adequada resulta em maior
número de tubérculos, já quando esta é feita de maneira inadequada há maior número de ramos
ladrões.

 Fase III- Tuberização

Ocorre o processo de tuberização que é a formação dos tubérculos de batata. No início dessa fase
a planta deve estar com seu máximo desenvolvimento vegetativo. A maioria dos tubérculos com
tamanho adequado para a colheita é formada dentro de um período de duas semanas.

Nos estádios III e IV deve-se ter cuidado especial com a quantidade de água no solo,
principalmente em área irrigadas com terrenos muito planos, pois níveis excessivos de água no
solo favorecem o aparecimento de podridões radicular e o surgimento de lenticelose.

 Fase IV- Crescimento de tubérculos

Corresponde ao crescimento dos tubérculos. O crescimento de tubérculos apresenta carácter


exponencial, ou seja, a proporção de foto assimilados exportados da folha é duplicado, sendo a
maior parte dirigida para os tubérculos. Nesse estádio, a planta encontra-se no seu máximo
desenvolvimento vegetativo, o que ocorre em torno dos 60 dias após o plantio. O aumento da
massa seca dos tubérculos deve-se ao movimento de carbohidratos das folhas para os órgãos de
reserva.

 Fase V- Maturação dos tubérculos


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A maturação dos tubérculos, que corresponde ao estádio V do desenvolvimento da batata, dá-se


quando a película se encontra em grau máximo de brilho. Quando os tubérculos amadurecem
ocorre a senescência e abcisão foliar da parte aérea, indicando o início da colheita. O tubérculo
maduro apresenta maior capacidade de armazenamento e pele melhor aderida e mais espessa.

2.9. Exigências agro-ecológicas para o cultivo da batata reno


Segundo Tavares et al. (2002), o sucesso da cultura da batata depende inicialmente do clima. Os
factores climáticos que influenciam na produção e qualidade dos tubérculos são os seguintes:

2.9.1. Temperatura

A cultura de batata reno responde melhor quando a média de temperatura diurna é de 2025 oC
durante o dia e de 10-16 oC durante a noite. Temperaturas elevadas estimulam a planta a um
maior desenvolvimento vegetativo diminuindo a produção e baixas temperaturas promovem a
formação dos tubérculos (Tavares et al.,2002).

Variações bruscas na temperatura também afectam o desenvolvimento da cultura, pois além de


diminuir a produção ocasionam vários distúrbios fisiológicos nos tubérculos destacando-se o
crescimento secundário e rachaduras (Tavares et al., 2002).

2.9.2. Precipitação e Humidade

De acordo com Tavares et al. (2002) a cultura da batata é uma cultura moderadamente sensível a
salinidade do solo e precisa de 150 a 300 mm de água para completar o seu ciclo, quando irrigada
ou a uma precipitação bem distribuída de 500 a 750 mm a quantidade de humidade no solo
influencia diversos processos fisiológicos da planta, principalmente o crescimento, fotossíntese e
absorção de nutrientes.

O excesso de humidade no plantio favorece o apodrecimento dos tubérculos-semente e, no


período próximo à colheita, o aparecimento de doenças que causam o apodrecimento dos
tubérculos recém-falecidos. A falta de água no solo diminui drasticamente a produtividade da
cultura devido à diminuição do número de tubérculos por planta e além de afectar, também, o
desenvolvimento (enchimento) destes (Tavares et al., 2002).
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A humidade relativa do ar quando elevada ou em regiões sujeitas a nevoeiros, limita a


produtividade, pois favorece a incidência de doenças, principalmente a requeima e a pinta preta
causadas pelos fungos Phytophtora infestants e alternaria solani, respectivamente (Tavares et al.,
2002).

2.9.3. Fotoperíodo

Segundo Tavares et al. (2002) o fotoperíodo influência vários processos fisiológicos da planta,
especialmente o crescimento das ramas, estalões, floração, e a tuberização. A produção de
tubérculos esta directamente proporcional ao crescimento dos estalões. Crescimento dos estolões
é favorecido por dias longos, ao passo que condições de dias curtos reduzem a formação do
tubérculo.

2.9.4. Ventos

A ocorrência de ventos fortes aumenta o risco de contacto da cultura com o solo até mesmo antes
da amontoa, eleva a transpiração e o consumo de água pela planta e contribui para a disseminação
de patógenos na lavoura, (Tavares et al., 2002).

2.9.5. C1ima

A batata é uma cultura cultivada num largo espectro de climas, desde climas frios a relativamente
frios, temperados e tropicais. Esta cultura produz alto rendimento a baixo custo de produção nas
condições de cultivo da Europa e menor rendimento com maior custo nos países de clima tropical
(Juscafresa, 1982).

Ela exige dias quentes, noites frias e abundância de água; conotou-se que um dos principais
componentes sólidos da batata é o amido, produzido a partir da fotossíntese da folha, logo é
necessária muita luz para que este processo ocorra (características estas reunidas que justificam
em parte a alta produtividade das terras europeias) (Faria, 1999).

2.9.6. Solos

A cultura de batata reno cresce bem em solos leves a pesados, bem drenados e de boa fertilidade
possibilitando que a planta de batata desenvolva tubérculos bem formados devido a boa aeração.
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Solos argilosos e pesados que quando secam formam fortes crostas na superfície, são poucos
apropriados (Vasconcelos e Ecole, 2008).

A matéria orgânica do solo é importante na determinação física da estrutura do solo, propriedades


químicas, relação com água e actividades biológicas e confere produtividades particulares que
podem afectar a fertilidade e a produtividade dos solos (Pires et al., 2001).

A batata requer solos areno-argilosos ou de aluviar, ricos em matéria orgânica e bem drenados.
Pois previnem o apodrecimento das batatas sementes antes que consigam germinar, bem como
poderá afectar a formação dos pequenos tubérculos caso esta semente tenha já germinado; o solo
com características argilosas melhora sensivelmente se lhe for acrescido boa quantidade de
matéria orgânica ou esterco de qualquer origem (Tavares et al., 2002).

O sucesso da cultura de batata depende da disponibilidade dos nutrientes no solo: N, P, K, Ca,


Mg, B, S, Zn, Fe, Mo, Cu e Mn. A aplicação de fertilizantes químicos depende de nutrientes
contidos no solo (Pires et al., 2001).

A cultura da batata exige solos com pH entre 5.5 a 6.0. Não é recomendável elevar o pH do solo a
valores acima de 6.0, uma vez que isto pode contribuir para a ocorrência de sarnacomum.
Portanto, a calagem deve ser feita de acordo com o resultado da análise química do solo,
corrigindo o solo adequadamente e garantindo teores de cálcio e magnésio de conformidade com
as exigências da cultura (Tavares et al., 2002).

2.10. Época de plantio

Em Moçambique, o cultivo da batata é feito em duas épocas, uma no sequeiro e a outra em


regadio (nas baixas ou horta). Nos meses de novembro a março, tendo em conta a humidade do
solo. Em regadio a sementeira vai de maio a agosto semente utilizada é geralmente local
(Martinho et al., 2006).

2.11. Necessidades hídricas da batata Reno

Segundo Nogueira et al. (2015), as plantas de batata reno de diversas cultivares podem consumir
de 300 a 800 mm de água durante o ciclo da cultura.
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A demanda de água pelas plantas é dependente das condições climáticas, do cultivar


principalmente e do sistema de cultivo, principalmente. A necessidade total da cultura, varia de
250 mm a 550 mm, podendo superar 600 mm para cultivares de ciclo longo e em regiões quentes
e secas.

Dependendo do ambiente de cultivo (solo, clima, maneio de água) e da cultivar utilizada (ciclo
curto ou longo). Se considerarmos o ciclo da cultura variando de 90 a 120 dias. Obtemos um
consumo médio diário variando entre 2.5 e 8.9 mm de água, entretanto, estes valores não devem
ser utilizados para o cálculo do tempo de irrigação uma vez que o consumo de água é variável
durante o ciclo da cultura e pode causar erros grosseiros no cálculo de quanto de água deve ser
introduzida ao solo. O consumo máximo de água pela planta geralmente ocorre em torno de duas
semanas após a máxima cobertura do solo (Nogueira et al., 2015).

2.12. Adubação

De acordo com Malavolta (1981) citado por (Filgueira, 2008), os fertilizantes minerais são
substâncias sólidas, fluidas ou gasosas, contendo um ou mais elementos fertilizantes
(principalmente N, P e K) sob uma forma inorgânica disponível, mais ou menos rápida, para a
planta.

Os fertilizantes não melhoram a estrutura do solo, mas enriquecem o solo fornecendo nutrientes e
melhorando os aportes de compostos orgânicos ao solo. Os fertilizantes químicos são
relativamente dispendiosos, porém do ponto de vista de facilidade de liberação de nutrientes e em
maior quantidade, em algumas situações é necessário o seu uso e, pode tornar-se menos
dispendioso do que o uso dos estercos (Borchartt, 2010).

De acordo com Primavesi (1981) citado por Borchartt (2010), a falta de nutrientes ou excesso
pode prejudicar o bom desenvolvimento da cultura afectando a produção de forma significativa.
O excesso de NPK diminui a absorção de micronutrientes e pode se tornar tóxico, levando a um
desequilíbrio nos teores de nutrientes absorvidos e metabolizados, já que a máxima produção
alcançada pelo vegetal reside, fundamentalmente, no equilíbrio entre a taxa de absorção e de
metabolização.
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A exigência nutricional de uma cultura vária de acordo com as fases de seu ciclo de
desenvolvimento. No caso da batata, o máximo de absorção para nitrogénio, potássio, magnésio e
enxofre, ocorre entre 40 e 50 dias após a emergência da planta (Borchartt, 2010).

Para o fósforo e o cálcio a absorção ocorre durante todo o ciclo vegetativo, até aos 80 dias do
plantio. Baseando-se nessas informações, pode-se efectuar a aplicação de fósforo e potássio por
ocasião do plantio e para os nitrogenados, o recomendado seria a aplicação de pequena parcela no
plantio e o restante em cobertura, antes da amontoa (Tavares et al., 2002).

2.12.1. Influência dos nutrientes minerais na produção da cultura da batata

Para (Filgueira 2008), a batata apresenta crescimento variando de 50 a 60 cm de altura com


sistema radicular superficial, sendo nutrida nos primeiros 30 dias pelas reservas presentes nos
tubérculos. A partir daí, inicia a extracção de nutrientes da solução do solo. Essa cultura exporta
grande quantidade de nutrientes da solução do solo, chegando a retirar aproximadamente 146.4
Kg de potássio e 28.8 Kg de fósforo, estimado para uma produção de 30 toneladas por hectare.

Segundo Ribeiro et al. (1999) citado por Borchartt (2010), a quantidade de nutrientes a ser
aplicadas é baseada na fertilidade do solo, variando de baixa a muito alta. No momento do plantio
é feita a aplicação total do fósforo e metade do nitrogénio e de potássio recomendada, o restante
do potássio é aplicado em cobertura na fase II do desenvolvimento da cultura que ocorre 30 a 35
dias após o plantio, juntamente com o restante do nitrogénio, sendo esse o momento ideal para
adubação em cobertura por ocasião da amontoa e por haver aumento significativo na extracção de
nutrientes no solo, devido ao intenso desenvolvimento vegetativo das plantas e seus sistemas
radiculares.

Segundo Filgueira (2008) nutrientes como o fósforo, potássio e nitrogénio tem grande
importância para cultura, por estarem envolvidos em diversos processos metabólicos e
fisiológicos, interferindo directamente na produtividade e na qualidade dos tubérculos. O fósforo
acelera o ciclo das plantas de batata, tornando-as mais precoces, favorecendo o enraizamento, e a
tuberização, aumentando o tamanho dos tubérculos.

a) Nitrogénio

Segundo Bregagnoli (2006), o nitrogénio (N) é um importante elemento envolvido na síntese


proteica e de compostos como clorofila, enzimas, hormónios e vitaminas. A deficiência de
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nitrogénio (N) na batateira, mais corrente em solos arenosos, ocasiona plantas cloróticas de
crescimento lento, com caules fracos e folhas erectas. A disponibilidade de nitrogênio no solo é
altamente dependente do teor de matéria orgânica e de sua taxa de mineralização. A actividade
microbiana do solo é quem determina a taxa de mineralização e que por sua vez é dependente da
temperatura, aeração e humidade do solo, entre outros factores.

Segundo Nava et al. (2007), as maiores exigências da cultura em nitrogénio ocorrem no início do
período vegetativo, especialmente em torno dos 30 dias após o plantio, porém tanto a deficiência
quanto o excesso desse nutriente afecta significativamente a produção.

O fornecimento de nitrogénio para a cultura da batata promove até certo ponto, aumento no teor
de matéria seca dos tubérculos, já a sua disponibilização em excesso produz efeito contrário. Por
outro lado, altas doses de nitrogénio acompanhadas por irrigação com fornecimento de água em
demasia promovem excessivo desenvolvimento da folhagem em detrimento do teor de matéria
seca dos tubérculos, que diminui (Nava et al., 2007).

b) Fósforo

Segundo Borchartt (2010), o fósforo apresenta grande importância na produção de tubérculos,


podendo apresentar respostas até maiores que o nitrogénio. A sua aplicação ao solo junto com o
nitrogénio, melhora a absorção pelas plantas implicando em maiores rendimentos.

O aumento da produção de tubérculos comerciais com a adubação fosfatada pode ser explicado
pelo facto de o fósforo estar envolvido na síntese de amido. Esse elemento é responsável pela
formação das estruturas reprodutivas e pelo desenvolvimento radicular das plantas (Borchartt,
2010).

Segundo Borchartt (2010), em solos com baixos teores de fósforo, a produção das culturas pode
ser limitada, mesmo que outros nutrientes se encontrem em condições satisfatórias. Em cultivos
de batata, a deficiência de fósforo é verificada pelo aparecimento da cor verde escura ou azul-
esverdeada como primeiros sintomas nas folhas de muitas espécies, desenvolvendo pigmentos
vermelhos, purpúreos e marrons, especialmente ao longo das nervuras das plantas.

c)Potássio

O potássio é um dos nutrientes mais extraídos pela cultura da batata, essa cultura responde muito
bem a adubação potássica, por apresentarem baixos teores desse nutriente, (Filgueira, 2008).
18

Segundo (Borchartt, 2010), esse nutriente é considerado um dos elementos essenciais para cultura
da batata por estar envolvido em diversas reacções bioquímicas dentro das plantas. Este nutriente
favorece a formação de raízes, activa a tuberização, potencializa o processo da fotossíntese, e está
ligado à translocação de açúcares pelo floema e na síntese de amido, desta forma, favorece o
crescimento e a qualidade dos tubérculos, implicando na produção de tubérculos grandes em
detrimento a produção de tubérculos menores.

2.12.2. Adubação de batata com esterco de bovino

O esterco de gado aumenta a capacidade de troca catiônica, a capacidade de retenção da água, a


porosidade do solo e a agregação do substrato. A eficiência do esterco depende do grau de
decomposição, da origem do material, os teores de elementos essenciais às plantas e da dosagem
empregada (Konzen, 2003).

A composição dos estercos é muito variável dependendo de factores, tais como: espécie do
animal, idade, raça, alimentação, material usado como cama, tratamento da matéria-prima inicial
e distribuição do esterco no campo, também proporciona uma redução nos custos de produção
pelo menor uso de adubos sintéticos (Silva, 2004).

O esterco bovino é o material usado com maior frequência para composição de substratos; no
entanto, observa-se que seu teor de N é baixo (0.77%) e essa carência precisa ser compensada por
outros componentes do substrato ou com fertilizantes químicos.

Deve-se considerar, ainda, que a composição do esterco bovino pode variar em função da dieta
dos animais, tendo-se encontrado esterco de vacas leiteiras com até 5.1% de N, (Silva, 2004).

2.13. Maneio de Irrigação da batata reno

O maneio de irrigação entende-se determinar quando e quanto irrigar. A resposta para tais
questões depende de diversos factores, como tipo de solo, condições climáticas, sistema de
irrigação e estádio de desenvolvimento da cultura. As irrigações devem ser realizadas quando as
plantas utilizarem toda a água facilmente disponível no solo. A quantidade de água a ser aplicada
deve ser suficiente para o solo retornar à condição de capacidade de campo (Fontes et al., 2011).
19

Segundo Fontes et al. (2011), os métodos para maneio da irrigação na cultura da batata. Todos
demandam informações relacionadas a um ou mais componentes do sistema solo-planta-
atmosfera são citadas abaixo:

2.13.1. Maneio de Irrigação com base na planta

Segundo Fontes et al. (2011), o momento da irrigação pode ser determinado com base na planta,
seja pela avaliação da aparência visual, do potencial de água na folha ou da temperatura da folha.
Este método é pouco confiável para indicar quando irrigar, pois não permite estimar a lâmina de
irrigação.

Os produtores têm definido quando irrigar com base na aparência visual de deficiência hídrica na
planta. Contudo, quando tais sintomas aparecem, as actividades fisiológicas da planta já podem
ter sido comprometidas. Por exemplo, irrigar quando se verifica sintomas de murchamento e
folhas com coloração verde mais escuro acarreta queda de produtividade acima de 20%
(Marouelli et al., 2011).

2.13.2. Maneio de irrigação com base no status da água no solo

A avaliação do status de água no solo é realizada, muitas vezes, pelo tato e aparência visual do
solo. A precisão é baixa, sobretudo para agricultores sem a devida destreza. De qualquer forma, a
amostragem do solo deve ser realizada entre 40% e 50% da profundidade efectiva das raízes, em
pelo menos três pontos da área. O factor de reposição de água ao solo para batateira varia de 0.30
a 0.50, sendo o menor valor para solos de textura fina e estádios mais críticos à falta de água
(estolonização/início de tuberização e formação da produção) (Fontes et al., 2011).

2.14 Doenças

2.14.1 Causadas por bactérias

 Podridão mole
 Murcha bacteriana, Podridão parda
 Sarna comum (Streptomyces spp.)
 Ponto preto

2.14.2 Causadas por fungos


20

 Requeima
 Rosa vermelha
 Sarna poeirenta
 Cancro de Rhizoctenia e Caspa preta
 Descamação da epiderme
 Mofo branco

2.14.3 Causadas por vírus

 Vírus murcha manchado do tomate


 Vírus do enrolamento da folha da batata
 Mosaico

1.15 Pragas

 Ácaro vermelho (Tetranychus ludeni)


 Afídios
 Gafanhotos e Grilos
 Cigarrinhas
 Traça da batata
 Verme da batata
 Tripes
 Joaninha

CAPITULO III: METODOLOGIA


21

2.1.Descrição da área de estudo

A cidade de Lichinga situa-se na parte Oeste da província do Niassa nas coordenadas 130 18’2l’
de latitude Sul e 340 14’ 00’’ de longitude Este. É limitada em todas as suas direções pelo distrito
com o mesmo nome (Lichinga). A cidade de Lichinga ocupa uma extensão territorial de 257 km 2
(Caomba, 2018).

Fonte: Autor (2023)

2.2 Densidade populacional

Segundo o Instituto Nacional de Estatística [INE] (2023), com base nos dados do censo de 2017,
a densidade populacional (hab./km2) é de 85 e quanto a população, o INE com base os 15 dados
do censo acima citado apurou 242,204 de habitante no Distrito de Lichinga, sendo 124,042
mulheres e 118,162 homens e por conseguinte, a população estimada para 2024 é de 508,836
habitantes dos quais 172,572 são mulheres e 336,264 são homens

2.1.1.Clima

O território de Lichinga são as de um clima tropical temperado influenciado pela altitude, pois a
temperatura média anual é de cerca de 18.6°C e ao longo do ano as temperaturas absolutas
variam entre os 10,9°C e 30,6°C. As temperaturas mais baixas são registadas nos meses de junho
a agosto e as mais altas entre os meses de novembro a janeiro. A humidade relativa do ar é de
74.4%. A época chuvosa na cidade de Lichinga vai de novembro a abril e a precipitação média
22

mensal é de cerca de 118 mm. Nos meses mais chuvosos – dezembro, janeiro, fevereiro e março
– a precipitação total mensal atinge os 200 mm e de acordo com a classificação de Gaussen, o
período seco (P<2T) e fresco vai de maio a outubro (INE, 2023).

2.1.2 Solos

Ocorrem na cidade de Lichinga solos argilosos vermelhos óxicos. estes que são solos profundos,
de boa drenagem e de matéria orgânica entre baixa a moderada. As suas limitações agro-
ecológicas são a fixação de fósforos e a baixa fertilidade. Nas formações geológicas com
predomínio de superfícies montanhosas, ondulações superiores a 30% e zonas erosionadas
ocorrem solos líticos (leptossolos, solos franco-arenosos, castanhos e pouco profundos (0-30 cm),
possuem uma drenagem excessiva e matéria orgânica entre baixa a moderada. As suas principais
limitações são a pouca profundidade e o risco maior de erosão (Caomba, 2018).

2.1.3 HIdrologia

O balanço hídrico do planalto de Lichinga apresenta um valor médio anual da precipitação


superior a 1200 mm podendo exceder este valor e atingir os 1400 mm de chuva. É caracterizada
pela ocorrência de solos argilosos vermelhos das zonas planálticas, embora possam ainda
aparecer associados a solos ferralíticos de cores alaranjadas, amarelas e cinzenta dependendo da
sua posição do terreno. As deficiências hídricas são geralmente baixas (um a três meses) e a
evapotranspiração potencial é igual ou inferior a 1300 mm. Compreende as terras altas, acima dos
1000 metros de altitude onde se encontram as zonas altiplanalticas e montanhosas com destaque
para o planalto de Lichinga, (MAE,.2019)

3.2. Materiais

Para a montagem e a implementação do ensaio foi extremamente necessário o uso dos seguintes
materiais:

 Batata-semente
 Adubos (N-P-K e Ureia);
 Estacas;
 Régua graduada (1metro);
 Tractor;
23

 Etiquetas;
 Marcador;
 Enxada;
 Fio;
 Catanas
 Planilha para recolha de dados.
 Plasticos
 Balança
 Sacos
 Cestos
 Esfrografica
 Moto-bomba
 Tubos para montagem de sistema de rega

2.3.Métodos

2.3.1.Desenho experimental

O ensaio será conduzido em um Delineamento de Blocos completos Causalizados (DBCC), com


três (3) repetições ou blocos e onze (11) tratamentos. O ensaio será constituído por 33 unidades
experimentais no total.

2.3.2.Arranjo espacial do ensaio

Compasso: Entre Linha: 90cm, Na Linha: 30cm, Plantas /covacho: 1

Dimensões do talhão: Nº de linhas: 4, Cumprimento da Linha: 3,6 metros

N.º de covachos/linha: 10 (12, isto é 3,6/0,3), N.º Covachos /talhão: 40 Área do (sub)-talhão:
3.6x3.6=12.96 m2No Total de talhões: 33

Dimensões da área útil do (sub) talhão:3,6 x0,9x3.6 =6.48m2, N.º de linhas úteis: 2

Cumprimento da linha útil 3,6 m, Faixa de isolamento: 2 m

Área do Util12,96x33=426.69 m2
24

Área total do Ensaio = 634.88 m2

No total de tubérculos por talhão: 1320 tubérculos (40 tubérculos) = N.º Covachos

No tubérculos/ por repetição= 120 tubérculos

Historial do campo: Indicar as culturas prévias; último ano que foi plantado batata no local,
quantidade e tipo de fertilizante aplicado, tipo de solo, georreferenciar o local.

2.3.3. Condução do ensaio


Preparação do solo

1. Lavoura sera entre 15 a 30 cm de profundidade, e de seguida fez-se a gradagem com tractor


agrícola.
2. Adubação de fundo: a razão de 1000Kg de 12-24-12 (NPK)/ha o que corresponde a 324
g/linha
Sementeira: A semente sera colocada a uma profundidade de 7 a 15 cm

1. Irrigação: A irrigacao sera feita 2 vezes por semana ou quando necessário até a
saturação dos solos. Diminuirei a frequência depois dos 75 dias depois da sementeira ou
quando iniciar a senescência
2. Controlo Fitossanitário: Para o controlo de míldio farei a pulverizacao de todos os
talhões com o fungicida de contacto (Mancozeb (g/lt)) e intercalar com dithane a
intervalos 7 dias. Outras aplicações irão depender das condições climatéricas.
3. Sachas e amontoa
A primeira sacha sera feita antes da adubação de cobertura logo depois da emergência das
plantas, a segunda sera feita na altura da adubação de cobertura e a terceira sera feita um
mês antes da colheita. A amontoa devera ser bem-feita para evitar que os tubérculos
fiquem expostos ao sol.
4. Adubação de cobertura: Efectuarei aos 30 a 45 dias depois da sementeira, na altura da
amontoa aplicarei 300 kg de ureia (46%) /ha o que corresponde 92.2 g/linha
3. Colheita
Farei a colheita da batata-reno depois das folhas secarem completamente.
25

2.2.5. Parâmetros a medir

Para a concretização do trabalho será necessário seguir os seguintes parâmetros:

1. Número de plantas colhidas por talhão: Contar o número de plantas por talhão
antes da colheita.
2. Altura da planta: Medir-se a altura das plantas na base de uma régua.
3. Número de caule: Contar-se a o número de caule de plantas selecionadas como
amostra.
4. Número de Hastes: Contar-se a o número de hastes das plantas selecionadas como
amostra.

5. Número de tubérculos comerciáveis (ntc): Separar os tubérculos colhidos por talhão


em tubérculos comerciáveis (>35 mm de diâmetro) e dos não comerciáveis (<35 mm
de diâmetro). Contar o número de cada.
6. Número de tubérculos não comerciáveis (ntnc): Separar os tubérculos colhidos por
talhão em tubérculos não comerciáveis (<35 mm de diâmetro). Contar o número de
cada.
7. Peso de tubérculos: pese os tubérculos comerciáveis e não comerciáveis.
 Peso de tubérculos comerciáveis (PTC)
 Peso de tubérculos não comerciáveis (PTNC)
8. Rendimento: é a razão entre o peso de tubérculo da área útil em relação a área útil.
Conforme a seguinte fórmula:
ton PT area util
Rend = x 1000
ha Areautil
2.3.Análise de dados

Os dados do presente estudo serão organizados no Microsoft Excel 2010, em seguida, importados
para o pacote estatístico Rstudio versão 4.0.5 para análise de variância (ANOVA) e o teste de
Tukeypara a comparação das médias a 5% de significância, e para a normalidade dos resíduos
26

recorrendo ao teste deShapiro-Wilk. Como forma de analisar a relação dependente entre as


variáveis submeter-se-á ao teste de correlação de Pearson. Para melhor:

CAPITULO IV: CUSTOS E CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES

4.1 Custos

Tabela: 2 Materias e Custos

Ordem Material Quantidade Unidade Preço Qtd/634.88m² Sub-Total


1 Urea 3000 kg 55, 00 75 4.125,00
2 Batata-semente ------------ kg ------------ ------------
3 Adubos (N-P-K e 1000 kg 65,00 50 3,250.00
Ureia);
4 Estacas; ------------ Unid ------------ ------------ ------------
5 Régua graduada 1 Metros 75,00 ------------ 75,00
6 Tractor; ------------ Unid ------------ ------------ ------------
7 Etiquetas; ------------ Unid ------------ ------------ ------------
8 Marcador; ------------ Unid ------------ ------------ ------------
9 Enxada; ------------ Unid ------------ ------------ ------------
10 Fio; 1 Metros 300,00Mt ------------ 300,00Mts
s
11 Catanas ------------ Unid ------------ ------------ ------------
13 Sacos plásticos 200 Unid 5,00 250 1,250.00
14 Balança 1 Unid ------------ ------------ ------------
15 Sacos 10 Unid 15,00 ------------ 150,00
16 Cestos 4 Unid 250,00 ------------ 1000,00
17 Esfrografica 2 Unid 10,00 ------------ 20,00
18 Moto-bomba ------------ Unid ------------ ------------ ------------
19 Tubos para sistema Metros ------------ ------------ ------------
de rega
20 Transporte ------------ Unid 1000,00 ------------ 1000,00
27

Total 11.170Mts
Fonte: Autor (2024)

4.2 Cronograma de actividades

Tabela:3 Actividades realizadas

Meses

Actividades Junho Julho Agosto Setembr Outubro Novembr


o o

Semanas Semanas Semanas Semanas Semanas Semanas

1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4

Identificação da área

Limpeza do terreno

Lavoura e gradagem

Nivelamento e arrumação

Sementeira

Observação da plantas

Adubação de fundo

Amanhos culturais

Rega

Colheita

Pesagem dos tuberculos


28

Contagen do tuberculos

Correcção e entrega do
projecto

Fonte: Autor(2024)

RESULTADOS ESPERADOS

Dados os objectivos específicos do Futuro estudo espera-se atingir ou alcançar os seguintes


resultados:

 Caracterizar a produção de batata reno no planalto de Lichinga pelas

comunidades locais;

 Comparar o estado de crescimento dos diferentes clones de batata;

 Determinar o rendimento de cada clone;

 Responder todas as variáveis como número de hastes por planta, peso de tubérculos
comercias e não comerciais, de cada clone colhido.
29

CAPITULO VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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31

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1m

T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9
T1

1m

10.8 m
T7 T8 T9 T1 T3 T5 T6 T4
T2 12.8 m

23.8

T4 T7 T1 T2 T9 T8 T9 T6
T3

Anexos

40.4 m

_____________________________________________________________________________

Legenda:

T1 - 398098.70

T2 - 304350.100

T3 - 398208.570
36

T4 - 398190.59

T5 - 3992797.23

T6 - 398098.99

T7 - 396033.102

T8 - 398190.605

T9 - CALINGA

QUESTIONÁRIO . DIRIGIDO AOS AGRICULTORES FAMILIARES

O presente questionário tem como objectivo registar às opiniões de agricultores familiares, acima
de tudo as percepções destes sobre a produção da cultura de batata reno da variedade Calinga, em
diferentes locais do planalto de Lichinga.Neste contexto trata-se simplesmente de um trabalho
académico que se destina a fins científicos, daí que há garantia de total sigilo e anonimato das
opiniões proferidas, e que o sucesso desta pesquisa depende da sua colaboração por isso
agradece-se que responda as questões com a sinceridade. Das sugestões que seguem, marque com
X as que achar conveniente.
1. Dados pessoais:

Sexo___________________________________________________________Idade:
________Local da entrevista:________________________________ Data:
___/___________/______

2. Nível de escolaridade

Elementar( ) básico( ) médio( ) superior( )

3. Quais são os desafios que tem enfrentado durante a produção da batata reno?

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

4. Qual é a dimensão da área de produção de batata reno?

Acima de 1ha ( ) A baixo de 1ha ( )


37

5. Qual é a melhor época de produção da batata reno?

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

6. Qual é o rendimento que tem tido durante o período de ano da

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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