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Avaliação do desempenho de 5 variedades de batata-doce [Ipomoea batatas (L.) Lam.

] nas
condições agro-ecológicas do distrito de Mutarara

CAPITULO I: INTRODUÇÃO

1.1 Generalidades
A Batata-Doce [Ipomoea batatas (L.) Lam.], constitui uma das culturas mais importantes para
alimentação em todo o mundo, particularmente nos países em vias de desenvolvimento. A
batata-doce é extremamente cultivada em pequenas parcelas em muitas partes de Moçambique e
serve como cultura de segurança alimentar (Minde e Jumbe, 1997).

A batata-doce é uma cultura rústica, pouco exigente em fertilidade de solos, de ampla adaptação,
fácil cultivo, tolerância à seca e de baixo custo de produção (Miranda et al., 1987). Segundo
Hahn, (1977) esta cultura requer pouca atenção durante o crescimento e os custos de produção
são baixos quando comparados com outras culturas.

É uma cultura muito popular e apreciada em todo o mundo, é boa fonte de energia, minerais e
vitaminas C e do complexo B. Algumas variedades são ricas em vitamina A tem grande
importância social, contribuindo decisivamente para o suprimento alimentar das populações mais
pobres (Anon, 2005).

O facto de muitos agricultores moçambicanos não possuírem dinheiro suficiente para o uso de
insumos agrícolas, faz com que a batata-doce seja uma componente importante no sistema de
cultivo, dado que esta cultura possui capacidade de produzir altos rendimentos nas terras
marginais sem grandes investimentos (Devies et al., 1994).

Segundo Bertin et al., (1971) a batata-doce de Polpa Alaranjada é uma importante fonte de beta-
caroteno, a precursora para Vitamina A. Apenas 125g de uma batata-doce frescas das raízes da
maioria das variedades de polpa laranja contêm uma quantidade suficiente de beta-caroteno.
Também é uma valiosa fonte de vitaminas B, C, e E que contém moderados teores de ferro e
zinco.

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Há vários factores que limitam a produção da batata-doce em toda esfera terrestre. Entre eles
estão as pragas, doenças, infestantes, factores ambientais (seca, fertilidade do solos, cheias) e
falta de material de propagação (Jansson & Raman, 1991).

As baixas produtividades podem ser ocasionadas pelo desconhecimento de práticas culturais


adequadas, e atribuídas à utilização de materiais genéticos (variedades) obsoletos, susceptíveis a
pragas e doenças de solo, principalmente a insectos crisomelídeos e à broca da raiz (Monteiro,
2007).

Segundo Segeren et al., (1994), os principais problemas da batata-doce em Moçambique são


pragas e gorgulho pequeno (Cylas formicarius e Cylas puncticullis), vírus e rato de campo
(Praomys natalensis), distribuídos por todo o país. Os nemátodos de galha (Meloidogyne spp) e
as infestantes, principalmente gramíneas podem constituir problemas a batata-doce,
principalmente na terceira e oitava semanas, após o plantio.

As variedades “tradicionais” de batata-doce levam entre 8 a 10 meses, para o seu


desenvolvimento e apresentam em média índices de produção de 2-5 ton/ha (MADER, 2001).

Apesar destas constatações, são poucos os estudos realizados, e, para o caso de Mutarara,
nenhum estudo terá sido feito sobre a introdução de novas variedades. É nesta perspectiva que
objectivou-se avaliar o desempenho de 5 variedades de batata-doce e que proporcionem maiores
rendimentos, visto que, a batata-doce, por ser uma cultura já cultivada na região e com várias
possibilidades de uso, pode ser uma excelente alternativa de produção para a agricultura familiar.

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1.2 Definição do Problema do Estudo


O Distrito de Mutarara é propenso a cheias e secas cíclicas que tem levado perdas de culturas
significativas nas campanhas agrícolas e afectando a produção de grande parte da população,
facto que favorece a baixa produção das famílias camponesas tornando-as susceptíveis à
insegurança alimentar, causada pela ocorrência de bolsas de fome em determinados períodos de
ano, agravando a situação de mal nutrição de que o distrito se caracteriza.

Mutarara conta com 40 Bairros de Reassentamento da população que maioritariamente pratica as


suas culturas nas zonas baixas e nas ilhas dos rios Zambeze e Chire, que pela característica da
zona, forçou ao Governo a fazer constar no seu plano de contingências a massificação de culturas
de rápido crescimento para os momentos entre as estações chuvosas e que se ajustam nas
condições de escassez das chuvas.

O historial das famílias das zonas onde foram estabelecidos os Bairros de Reassentamento,
relatam a batata-doce como sendo uma das culturas bem adaptada para as condições locais e que
fazem parte do seu regime alimentar, chegando a constar na lista dos alimentos básicos das
famílias, com recurso as variedades locais. No entanto, quando comparado com os dados
reportados ao nível do país pelo (MADER, 2001), estas variedades têm-se revelado na fraca
produtividade devido a factores de pragas e doenças, factores ambientais (seca e cheias) e falta
de material de propagação.

A batata-doce de polpa alaranjada é reconhecida pela sua capacidade em suprir nutrientes


essenciais, principalmente vitamina A, carbohidratos para as comunidades, ampla adaptação a
diferentes regiões agro-ecológicas em todo o país, alta tolerância à seca e altos rendimentos.
Contudo, a sua produção é limitada e, consequentemente, o seu consumo devido a sua pouca
divulgação das variedades bem adaptadas, resistentes a pragas e doenças, tolerantes à condições
adversas e de alto potencial produtivo ao nível do país. Neste contexto, questiona-se neste
estudo, qual (ou quais) das 5 variedades ensaiadas apresenta(m) um bom desempenho nas
condições agro-ecológicas do distrito de Mutarara?

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1.3 Justificativa e relevância do estudo


O conhecimento das potencialidades produtivas das diferentes variedades de batata-doce pelas
comunidades locais pode contribuir para o aumento da sua produção, comercialização e
consumo, contribuindo para melhoramento da renda familiar e dieta alimentar dos agregados
familiares da área de estudo. É neste sentido que, o presente estudo pretende avaliar o potencial e
a adaptabilidade de algumas variedades seleccionadas, de acordo com as recomendações do
Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM), nas condições agro-ecológicas do
distrito de Mutarara.

Este trabalho pode influenciar em grande medida nas estratégias de suplementação alimentar
para as famílias residentes nos Bairros de Reassentamento e circunvizinhas coadjuvado pelo
facto de nos Bairros de Reassentamento existirem os Comités Locais de Gestão de Risco de
Calamidades que desempenham o papel de difusores de mensagens a nível das comunidades na
adopção de medidas que possam mitigar os efeitos dos fenómenos desfavoráveis para a criação
de condições de bem-estar nos bairros, por um lado; por outro lado, academicamente, o estudo
servirá de base para o provimento de recomendações sábias e científicas a todos quantos queiram
produzir a cultura de batata-doce nas condições locais e arredores, bem como nas zonas com
condições similares às da área de estudo, visando o incremento dos almejados níveis de
produtividade desta hortícola.

O presente estudo vai também produzir informações que podem ajudar as autoridades do
Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) - Delegação de Tete, na tomada de decisão
no seu processo de reabilitação das populações reassentadas como plano de acção para a redução
e mitigação dos efeitos destas calamidades.

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1.4 Objectivos

1.4.1 Geral
Avaliar o desempenho de 5 variedades de batata-doce [Ipomoea batatas (L.) Lam.] nas
condições agro-ecológicas de Mutarara.

1.4.2 Específicos
Avaliar o “Stand” Inicial (número de plantas brotadas (estabelecidas) nos primeiros 20
dias depois da plantação) e “Stand” Final (número de plantas que se desenvolveram desde
a plantação até o fim do ciclo vegetativo, aos 115 dias depois da plantação) nas diferentes
variedades de batata-doce em estudo;

Determinar o número de raízes tuberosas por planta e o peso médio da raiz tuberosa;

Comparar o rendimento da cultura de batata-doce nas diferentes variedades.

1.5 Hipóteses
H0: µ1 = 0, isto é, espera-se que não haja diferenças significativas de desempenho entre as 5
variedades de batata-doce [Ipomoea batatas (L.) Lam.].

H1: µ1 0, isto é, espera-se que pelo menos uma das 5 variedades de batata-doce [Ipomoea
batatas (L.) Lam.] tenha melhor desempenho em relação as outras variedades.

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CAPITULO II: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Botânica Sistemática da Batata-Doce


A batata-doce [Ipomoea batatas (L.) Lam.] é uma planta dicotiledónea, membro da família
convolvulaceae, na qual há cerca de 400 espécies Ipomoea distribuídas ao longo dos trópicos.
Embora algumas dessas espécies tenham raízes frescas, são usualmente impalatáveis e Ipomoea
batatas é a única de importância económica (IITA, 1982).

2.1.1 Classificação sistemática


A batata-doce, cujo nome científico é Ipomoea batatas (L.) Lam., é uma hortícola que obedece a
seguinte classificação taxonómica: Reino: Plantae, Divisão: Magnoliophyta, Classe:
Magnoliopsida, Ordem: Solanales, Família: Convolvulaceae, Género: Ipomoea, Espécie:
Ipomoea batatas (L.) Lam (Huaman, 1992)

Segundo IAC, (2000), a batata-doce é uma planta produtora de raízes de reserva doces e
suculentas. É uma herbácea de caule rastejante, que alcança 2 a 3 metros de comprimento, com
rama de coloração verde ou arroxeada e pecíolos longos.

As variedades diferem uma do outra pela cor da epiderme radicular (branca, creme, amarela e
vermelha), na cor da polpa das raízes, no tamanho e forma das raízes. A flor é complexa, axilar,
solitária, com a corola normalmente branca e com o bordo rosado ou púrpuro (Kay, 1973; Clark
& Moyes, 1988).

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2.2 Origem e Distribuição


Toda evidência arqueológica, linguística ou histórica até a data estabelece como origem da
batata-doce, nas zonas baixas da América do Sul e Central. Entretanto, não há certeza da sua
domesticação (Engil, 1970) tem sido sugerida que a batata-doce teve origem na região cercada
pela península de Yucatam ao Norte e o rio Orinoco ao Sul do Peru (Austin, 1977).

Outro estudo de batata-doce indica diversidade máxima na área compreendida entre a Colômbia,
Equador e Norte de Perú. A batata-doce foi introduzida na Europa pelo Coulombo (Yen, 1982).
O movimento em África e Ásia foi feito nos séculos XVI, XVII através dos espanhóis e
portugueses (Folquer, 1978; IITA, 1982). Entretanto, O’brien (1972) revê evidências que
sugerem que foi introduzida em Moçambique e possivelmente em Angola no século XVI,
directamente de Portugal.

2.3 Importância e sua utilização


Consumos regulares de 100 gramas por dia ou meio copo de raiz de batata-doce de polpa
alaranjada proporcionam a quantidade diária recomendada de vitamina A para crianças com
menos de 5 anos de idade que é de 400 µg Retinol Equivalentes (RE) (Tsou& Hong, 1992).

A batata-doce pode ser utilizada como produto fresco ou processado. As raízes podem ser
cozidas em água, assadas, estufadas, fritas ou consumidas directamente cruas e podem também
ser cortadas em pedaços com ou sem casca, e deixadas a secar ao sol, depois os pedaços pilados
para a produção de farinha que pode ser misturada com a de trigo para fazer pão (FAEF, 1983)

As raízes podem ser cortadas ou esmagadas, tratadas com dióxido de enxofre, e secas ao sol ou
com ar quente. O produto obtido fornece alimento para bovinos, ovinos, caprinos, suínos e
animais de pequena espécie. As folhas podem ser cozidas em água quente para fazer sopa ou
caril. As folhas podem constituir alimento para os animais, seja na forma fresca ou em silagem
(FAEF, 1983).

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2.4 Crescimento e Desenvolvimento da Planta


O crescimento da batata-doce segue a típica curva sigmoide e a produção de caules ocorrendo
mais rapidamente que a produção das raízes de reserva durante os primeiros 100 dias depois da
plantação (Agata, 1982).

Segundo Woolfe (1992), após o plantio, a batata-doce possui 3 fases de crescimento e


desenvolvimento mais ou menos distintas, apesar de não haver uma separação clara entre as
fases. Distinguem-se as fases: inicial, intermédia e afinal. A duração de cada fase varia de acordo
com o cultivar e ambiente. A primeira fase pode demorar desde o plantio até 9,5 semanas mais
tarde. A segunda de 9,5 até 16 semanas e a terceira fase o resto da época (Woolfe, 1992).

A fase inicial compreende a plantação até a formação das raízes de reserva (Ramirez, 1991). A
fase inicial é caracterizada por um crescimento de ramas e um rápido crescimentos das raízes
adventícias que emergem do caule subterrâneo. Essas raízes podem eventualmente penetrar no
solo até uma profundidade de 2 metros ou mais, dependendo das condições do solo em
consideração. Esta penetração profunda permite que a cultura resista às condições de seca.
Entretanto, na ocorrência de seca, verifica-se uma redução de rendimento, se a seca ocorrer 6
semanas depois do plantio ou no início da formação das raízes de armazenamento (Woolfe,
1992).

Fase intermédia compreende o período que vai desde a formação das raízes até ao período
máximo de desenvolvimento foliar (Ramirez, 1991). A fase final vai desde o desenvolvimento
foliar máximo até ao desenvolvimento total das raízes de reserva. Nesta fase o crescimento das
ramas cessa e ocorre um rápido aumento do volume das raízes de reserva (Ramirez, 1991).

O ciclo de crescimento das variedades pode ser alterado por excesso de humidade no solo
durante os primeiros três meses. Isto produz um desenvolvimento foliar intenso e um atraso na
formação de raízes de reserva. Frequentemente nestes casos o número de raízes formadas é
reduzido (Ramirez, 1991).

Em condições tropicais a iniciação da raiz pode começar tão cedo como 4 semanas depois do
plantio sendo mais frequente 4-7 semanas depois do plantio. O resto da época é reservado ao
alargamento da raiz. De acordo com Wilson (1970) a tuberização da batata-doce é caracterizada

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pelo aumento lateral localizado em certas raízes do sistema radicular. Esse processo consiste
basicamente nas fases de iniciação e desenvolvimento da batata.

De acordo com a origem, o sistema radicular da batata-doce é composto basicamente por três
tipos de raízes: adventícias, laterais e raízes de reserva. No grupo de raízes adventícias, as mais
importantes e que se originam nos entrenós das ramas, encontram-se as raízes geotrópicas
positivas, podendo apresentar: raízes finas, grossas, fibrosas, delgadas e raízes capazes de
formarem batatas.

As raízes fibrosas, delgadas e capazes de formarem batatas são derivadas das raízes grossas
(Wilson, 1970; 1982). Segundo Togari (1950) e Wilson (1970, 1982) as raízes grossas diferem
das raízes finas no tamanho, na taxa de crescimento, na origem e principalmente, na propensão
das raízes grossas para a iniciação da tuberização, numa região subtropical específica.

O processo de iniciação dos tubérculos é influenciado pelos factores ambientais, tais como:
fotoperíodo, luz, água e suprimento de nitrogénio (Fujise e Tsuno, 1967). O desenvolvimento das
raízes tuberosas é promovido pela actividade do câmbio primário (Wilson, 1969).

O número de raízes por planta é limitado pelo número de nós enraizados e pelo número de raízes
que iniciam e desenvolvem raízes ou mesmo pelo número de raízes capazes de desenvolverem
batatas (Wilson, 1970).

O número de raízes por planta é um factor muito importante e usado pelos melhoradores de
raízes e tubérculos para prever o rendimento (Opeña e Sun, 1988).

Segundo De Souza (2000), as características mais importantes da batata-doce, com efeito


significativo são o número e peso médio de raiz, as quais, a população de plantas na parcela,
produtividade e sabor são determinadas pelas variedades. Elas apresentaram maior número de
raízes/parcela e, em virtude disso, apresentado menor peso médio de raiz que em muitos casos
apresenta peso de raiz inferior a 120g. Considerando-se assim, as condições de solo de média a
baixa fertilidade natural.

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De acordo com Peixoto et al.; (1989), o peso médio de raízes de batata-doce varia de 183,3g a
232,1g.
Para melhor entendimento do comportamento diferenciado das cultivares de batata-doce,
convém conhecer um pouco de sua fisiologia.

Segundo Folquer (1978), as limitações fisiológicas na utilização da energia solar que repercutem
no rendimento da batata-doce são:

1. Baixa eficiência na captação da luz solar devido a superfície foliar limitada desde o
plantio até o momento em que o solo esteja coberto pela folhagem; superfície foliar
limitada desde a senescência das folhas até a colheita; escassez de luz nas camadas
inferiores da folhagem, nas quais predomina o processo respiratório (índice de área foliar
maior que 3).
2. Distribuição relativa das substâncias elaboradas, entre a folhagem e as tuberosas, devido
a excessiva formação de folhagem em detrimento das batatas; iniciação tardia da
tuberização; proporção de substâncias elaboradas que se translocam para as raízes
tuberosas.
3. Ineficiência na conversão da energia solar em carbohidratos.

Segundo Woolfe (1992), o crescimento da batata-doce é classificado pelo tempo no qual se


atinge o estado de maturação em: cultivares precoces (90-120 ddp), intermédias (120-150 ddp) e
tardias (depois de 150 ddp). Para cultivares precoces o crescimento terminal e das raízes de
reserva da cultura declinam, enquanto que para cultivares tardias o volume das raízes aumentam
com o tempo. Os sinais de maturidades são: senescência da parte apical, aumento decrescente do
tamanho das raízes e a floração.

A planta da batata-doce não apresenta um ponto específico de colheita. A época da colheita


depende em grande parte da variedade e o teor da humidade do solo durante o primeiro mês do
crescimento da planta (Ramirez, 1991).

O momento de colheita é definido pelo tamanho ou peso das raízes, que devem ter
aproximadamente 300g. A colheita pode ser antecipada ou retardada, dependendo da
oportunidade de comercialização. Em condições ideais de cultivo, a colheita pode se iniciar aos

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90 dias, mas em geral, a colheita ocorre entre 120 e 150 dias; com o amarelecimento da parte
aérea e queda de grande parte das folhas. A antecipação geralmente corresponde a uma menor
produtividade, devido à colheita de raízes de menor tamanho. A prorrogação do ciclo pode
implicar em maior dano por insectos, por permitir maior número de ciclos das pragas, além de se
formarem raízes grandes e frequentemente mais defeituosas. Deve-se também atentar que a
mesma deve ser realizada antes que comece novo período de chuvas (EMBRAPA, 2004).

2.4.1 Matéria Seca nas Raízes da Batata-Doce


Como todas as raízes e tubérculos, em geral, a batata-doce tem maior teor de humidade que por
consequência apresenta um teor de matéria seca relativamente baixo. O teor médio de matéria
seca nas raízes de reserva é de aproximadamente 30%, mas varia dependendo de factores tais
como cultivar, clima, comprimento do dia, tipo de solo, incidência de pragas e doenças e as
práticas de cultivo (Bradbury et al., 1988). A composição média de matéria seca nas raízes de
batata-doce é mostrada na Tabela 1. Na prática a composição é exactamente variável e a
concentração de cada componente depende dos factores que influenciam o conteúdo da matéria
seca.

Tabela1: Composição média da matéria seca nas raízes de batata-doce

% na matéria seca da raiz


Constituintes Valor médio Intervalo
Amido 70 30 – 85
Açúcar total 10 5 – 38
Proteína total (Nx6,25) 5 1,2 – 10
Lípidos 1 1 – 2,5
Cinzas 3 0,6 – 4,5
Fibra total (PNA+Lignina)* 10
Vitaminas, ácidos orgânicos e componentes em concentrações baixas <1
*PNA – Polissacarídeos não amídicos calculados por diferença.

Fonte: Adaptado de Woolfe (1992).

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2.4.2 Raízes e tubérculos


Em Moçambique, a mandioca é a cultura mais importante de raízes e tubérculos, seguida da
batata-doce e batata-reno. O “stand” inicial refere-se ao número de plantas iniciais existentes
dentro do ensaio em cada unidade experimental, resultante dos genótipos de culturas de raízes e
tubérculos para adaptação a ambientes diversos (IIAM, 2011).

Netafim, (2012) estudando melhores práticas agrícolas para batata na sua avaliação de plantio
para melhor “stand”, produtividade e qualidade, concluiu que baixo “stand” de plantas registam
baixas produtividades.

Segundo Castro et al.; (1985), o ácido giberélico incrementa o “stand” inicial de plantas de
várias espécies vegetais.

Há o efeito físico que limita a passagem de luz e forma uma barreira, inibindo a germinação de
sementes e dificultando o crescimento inicial das plântulas. Existem os efeitos químicos,
oriundos da decomposição da fitomassa e/ou exsudação, pelas raízes, de substâncias dominadas
alelopáticas que podem exercer efeito inibitório na germinação das sementes ou interferir em
algum processo do seu desenvolvimento, de tal modo que o crescimento é retardado ou
paralisado (Alvarenga et al,; 2001).

2.4.3 Diversidade genética


A batata-doce por ser uma cultura de multiplicação essencialmente vegetativa, apresenta elevada
taxa de heterozigose para todos os caracteres com larga base genética, que permitirá aos futuros
programas de melhoramento genético obter novas variedades mais produtivas e resistentes a
pragas e doenças (SILVA, 1991).

Segundo Jones (1965), a variabilidade dentro desta espécie é muito alta, provavelmente devido
ao alto nível de ploidia. Sementes botânicas derivadas da mesma planta são geneticamente
diferentes umas das outras, cada uma sendo, potencialmente, uma nova cultivar.

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Conforme Daros & Amaral Júnior (2000), a recomendação de cultivares com elevada capacidade
de adaptação é dos principais propósitos importantes de para o melhoramento genético.

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2.4.4 Deficiência hídrica

Segundo Miranda et al., (1995) a batata-doce tem boa resistência a seca, pois esta cultura possui
um sistema radicular profundo (75 a 90 cm), o que lhe possibilita explorar maior volume de solo
e absorver água em maiores profundidades do que a maioria das hortaliças. Entretanto, possui
também uma superfície foliar relativamente abundante que lhe impõe maior perda de água por
meio da transpiração.

O aminoácido prolina é um componente proteico cujos teores na forma livre elevam-se quando
as plantas são submetidas a um déficit hídrico (ARACY, 1975).

Há correlação positiva entre acumulo de prolina e resistência à seca de várias espécies. Segundo
Páfit & Juhasz (1971), citado por Aracy (1975), o acumulo de prolina em plantas submetidas à
seca está correlacionado com o carácter genético que confere a tolerância ao déficit hídrico em
várias plantas.

Os estudos fisiológicos assumem real importância nos diversos tipos de vegetação encontrados
na natureza, pois a produtividade está estreitamente relacionada à água disponível para as plantas
(SALISBURY & ROSS, 1991). Portanto, a capacidade das plantas manterem túrgidas torna-se
característica necessária para a garantia da produção em locais onde ocorre o deficit hídrico
(NOGUEIRA et al., 2001).

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2.5 Condições de Cultivo


A batata-doce é extensivamente adaptada às zonas agro-ecológicas adversas e produz algum
rendimento agronómico, mesmo em condições marginais (Woolfe, 1992).

A batata-doce é uma hortaliça tropical e subtropical, rústica, de fácil manutenção, boa tolerância
à seca e ampla adaptação. É cultivada na faixa compreendida entre 40° latitude Norte e 40º
latitude Sul, em altitudes que alcançam até 2.700 metros acima do nível do mar (De Miranda et
al., 1995).

2.5.1 Temperatura
A temperatura para o cultivo de batata-doce situa-se entre 15-33° C e durante o ciclo vegetativo,
a temperatura ideal varia entre 23 a 30° C. os rendimentos mais elevados são obtidos quando as
temperaturas são elevadas durante o dia (25-30° C) e baixas pela noite (15-20° C). Baixas
temperaturas durante a noite favorecem a formação de raízes de reserva, enquanto que altas
temperaturas durante o dia favorecem o desenvolvimento vegetativo. O desenvolvimento das
raízes de reserva ocorre somente dentro do intervalo de temperatura compreendido entre 20-30°
C, sendo a temperatura óptima de 25° C e é interrompido abaixo de 10° C (Ramirez, 1991).

2.5.2 Humidade
A humidade tem uma influência decisiva no crescimento e na produção de batata-doce. Neste
âmbito é importante saber o teor de água nas folhas (86%), nas ramas (70,6%) e nas raízes
(88,4%). É importante ter o solo húmido durante a plantação para garantir uma boa germinação.
O Solo deve também ser mantido húmido durante o período de crescimento (60-120 dias)
(Ramirez, 1991).

A batata-doce tolera a seca, a precipitação óptima é de 750-1000mm por ano, com


aproximadamente 500mm durante a época de crescimento. O resto da precipitação durante a
época diferente de crescimento, permite a propagação e manutenção das ramas para serem
usadas como material de propagação (Onwene, 1978).

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A batata-doce possui um sistema radicular profundo (75-90 cm) o que possibilita explorar maior
volume de solo e absorver água em maiores profundidades do que a maioria das hortaliças, mas
possui também uma superfície foliar relativamente abundante, que impõe maior transpiração
(Ramirez, 1991).

2.5.3 Luz
A planta exige alta luminosidade. É uma planta de dias curtos, a formação de raízes de reserva
exige dias de 11 - 12 horas. Fotoperíodo de 11 horas ou menos promove a floração. A floração e
a formação de raízes de reserva são promovidas por regiões com comprimentos de dias curtos
como nos trópicos (Onwene, 1978).

Entretanto, o desenvolvimento das raízes parece não ser influenciado apenas pelo fotoperíodo. É
provável que a temperatura e as flutuações na temperatura em conjunto com os dias curtos
possam favorecer o desenvolvimento das raízes e limitar o desenvolvimento das folhas (Youg,
1962).

2.5.4 Solos
A batata-doce desenvolve e produz bem em qualquer tipo de solo, desde os franco-arenosos até
os mais argilosos (podzólicos). Entretanto, prefere solos limo arenosos com elevado conteúdo de
matéria orgânica e com um subsolo permeável (Onwene, 1978).

Solos com textura leve contribuem para obtenção de raízes de reserva com polpa lisa. A
produção é muito prejudicada em solos alagados e muito húmidos, pois a aeração retarda a
formação de raízes de armazenamento. O excesso de humidade, de matéria orgânica e nitrogénio
acelera a formação da parte aérea e retarda a formação de raízes de reserva. Solos compactados,
muito argilosos e/ou mal preparados causam alterações no formato e uniformidade das raízes de
armazenamento e a queda na produtividade. A batata-doce é uma planta muito tolerante às
variações de acidez no solo. Pode crescer e produzir bem em solos com pH de 4,5 a 7,5; mas o
nível ideal está entre 5,6 a 6,6 (Onwene, 1978).

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condições agro-ecológicas do distrito de Mutarara

Solos excessivamente ácidos ou alcalinos promovem infecções por bactérias influenciando


negativamente o rendimento (Cairo, 1980).

2.5.5 Principais variedades da cultura de batata-doce estudadas


A recomendação de variedades de batata-doce está relacionada com local, época de plantio,
finalidade da produção e referência de mercado. Segundo (FAO, 2001) a escolha de variedades
no concernente aos factores que influenciam no desempenho está estritamente relacionada com
as condições de cultivo, conjugadas com alguns factores, dos quais, o ciclo da variedade, o seu
rendimento potencial, a tolerância a seca e a resistência a pragas e doenças e no cultivo em
sequeiro, deve-se optar por variedades do ciclo curto, quando o local de cultivo tiver um curto
período de chuvas.

Segundo IIAM (2011), quinze novas variedades de batata-doce tolerantes à seca, de polpa
alaranjada, foram introduzidas pelo CIP em parceria com o Instituto de Investigação Agrária de
Moçambique, em Sussundenga, centro do país, para suprir a cegueira precoce, desnutrição e
insegurança alimentar.

Estas variedades já estão sendo experimentadas em vários países africanos e com um bom
desempenho. De acordo com a fonte, a batata tem um alto teor nutricional de vitamina A, que
ajuda a prevenir a cegueira prematura que ocorria em crianças de tenra idade, e vai melhorar a
economia da população, porque tem maior rendimento produtivo.
Das 15 variedades libertadas, seis têm adaptação ampla, resistem à seca e podem ser produzidas
em regiões áridas, intermédias e frias. As variedades agora libertadas, com género imunológico
recomendável para portadores de HIV/SIDA, são resistentes a pragas e doenças, o que reduz as
necessidades de aquisição de fertilizantes, outra vantagem tendo em conta o baixo poder
económico dos camponeses.

No nosso país, estas variedades estão a ser disseminadas através de Programa Acelerado de
Mitigação de Seca e Cheias em sessenta distritos das províncias de Maputo, Gaza, Inhambane,
Manica, Sofala, Zambézia e Nampula. As 15 variedades, são nomeadamente Ininda, Tio Joe,

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Namanga, Bela, Lourdes, Irene, Cecília, Erica, Delvia, Melinda, Amélia, Sumaia, Esther, Jane
e Glória (IIAM, 2011) (Vide Anexo 2).

2.5.6 Informações Técnicas de Cultivo


A época de plantação varia em função das condições locais nomeadamente a temperatura,
chuvas, luminosidade e fotoperíodo (Woolfe, 1992). Segundo Barreiros (1986), em Moçambique
os meses mais comuns para a plantação são os de Fevereiro e Setembro. De acordo com os
resultados do 1° estudo provincial da evolução de 19 variedades de batata-doce de polpa
alaranjada em 14 ambientes de Moçambique, constatou-se que muitos camponeses plantam
batata-doce nos meses de Janeiro a Julho (Andrade et al.; 1999).

Os espaçamentos mais utilizados para o plantio de batata-doce variam de 80 a 100cm entre


camalhões e de 25 a 40cm ente plantas, que facilitam a drenagem, a abrasão do solo. Usa-se
rama com 30cm de comprimento com material de plantio devendo ser enterrado até 2/3 do seu
comprimento total e plantada a 30 cm de intervalo no mesmo camalhão (Bias et al., 1999). Com
relação a profundidade para Pereira (1976) a desuniformidade da profundidade de plantio pode
acarretar a desigualdade de altura no stand final, o que poderá acarretar prejuízos à colheita. A
fertilização possibilita a um melhor desenvolvimento da planta e a produção de batata-doce de
melhor qualidade.

As exigências minerais da cultura de batata-doce são em ordem decrescente: potássio, nitrogénio,


fósforo, cálcio e magnésio. As quantidades de nutrientes extraídas do solo variam segundo as
cultivares, solo, clima, ciclo da cultura e principalmente produção (considerando a parte aérea
mais as raízes). Quando a batata-doce é plantada em sucessão a outra cultura, em geral não é
necessário usar adubação no plantio, fazendo-se então o uso do efeito residual do adubo da
cultura anterior. Se isso não acontecer, deve-se adubar preferencialmente de acordo com as
recomendações dadas pelos técnicos da região, a partir da análise do solo (Bias et al.; 1999).

Durante o crescimento vegetativo as necessidades de água da cultura são moderadas, pese


embora durante o primeiro mês de crescimento quando as raízes estão a desenvolver as

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exigências em humidade aumentem. As necessidades de água decrescem na fase final do ciclo de


crescimento. O total de água a ser aplicado durante a rega varia entre 200 a 250 m3/ha em cada 7
a 10 dias. Contudo, a rega deverá cessar aproximadamente 15 dias antes da data da colheita
(INRA, 1972).

2.5.7 Limitantes da Produção de Batata-Doce


A planta da batata-doce é conhecida pela rusticidade, sendo possível cultivá-la sem aplicação de
agro-químicos. Apesar de ser bastante rústica, a batata-doce é susceptível a um grande número
de doenças causadas por fungos, vírus, nemátodos bem como ao ataque de numerosas pragas
(Huang et al., 1986). Em condições favoráveis para a ocorrência de pragas e doenças,
recomenda-se inspeccionar periodicamente as plantas no viveiro e procedendo o devido controlo.

As pragas constituem um dos principais constrangimentos da produção da batata-doce, sendo as


mais frequentes o rato do campo (Praomys natalensis), Gorgulho pequeno (Cylas formicarius,
Cylas punticollis), Nemátodo-de-galha (Meloidogyne spp) e Gorgulho grande (Alcidodes spp). A
utilização de insecticidas de solo na cultura da batata-doce não tem sido recomendada como
prática, por ser ineficiente e antieconómica (Miranda et al.; 1987).

Na cultura de batata-doce plantada de porte rastejante, as ervas daninhas apenas são problema na
fase inicial da cultura, antes de esta recobrir o terreno o que acontece entre a 3ª e 8ª semana
(Segeren et al.; 1994). As espécies mais importantes são as gramíneas tais como: Eleusine
indica, Panicum máximum, Sorghum arundinaceu e algumas ervas de folha larga de grande
estatura como por exemplo a Parthenium hysteophorus, Argemone mexicana, Xanthium
strumarium e Chenopodium spp.

2.5.8 Formas de Propagação


Segundo De Miranda et al., (1995) a batata-doce é uma planta perene, mas é cultivada como
anual. Pode ser multiplicada por meio de semente botânica, pedaços de batatas, ramas e cultivo

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de meristemas apicais ou outros tecidos vegetais. A semente botânica é empregue apenas nos
programas de melhoramento genético, para a obtenção de novos cultivares.

O cultivo de meristemas apicais é usado para fins comerciais, com a obtenção de plantas livres
de vírus. A cultura de meristemas e outros tecidos vegetais também é empregue na obtenção de
plantas para estudos genéticos ou indução de manutenções (De Miranda et al.; 1995).

O uso de pedaços de batatas na multiplicação de batata não deve ser prática geralmente
recomendável uma vez que resulta em rendimentos muito baixos. Quando se usa as ramas como
material de propagação um dos problemas que se pode ter enfrentar é a falta desta na altura da
plantação (FAEF, 1983).

2.6 Produção e Rendimento em algumas províncias de Moçambique


Segundo MADER (2001), foram produzidas na Zambézia no período 2000/1, 16.311 toneladas
de batata-doce. A província da Zambézia é depois de Gaza, a maior produtora de batata-doce,
com cerca de 21% (9,900 ha) da área total com culturas alimentares básicas (INE, 2001).

Segundo a mesma fonte, Inhambane é das províncias com menor área de cultivo, realizando
apenas 4% (1.766 ha).

A nível do país, Gaza, é a província com maior área de cultivo com cerca de 30% (13.834 ha)
(INE, 2001). Em Gaza, a produção total de batata-doce no período 2000/1 foi de 50.012
toneladas.

Segundo INE (2001), a província de Maputo é a quarta maior produtora de batata-doce com
3.813 há (8%) da produção nacional.

De acordo com IIAM (2011), as novas variedades da batata-doce de polpa alaranjada têm alto
rendimento, chegando a produzir 15 a 40 toneladas por hectare, o que poderá melhorar a receita
das famílias.

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CAPITULO III: MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Descrição da área de estudo


O ensaio foi conduzido durante a campanha agrícola 2012/2013, precisamente entre Fevereiro a
primeira quinzena de Junho de 2013, no Posto Administrativo de Nhamayábuè, Localidade-Sede
de Nhamayábuè, no Distrito de Mutarara, Província de Tete, região Centro de Moçambique,
localizado no Sudeste da província de Tete entre os paralelos 16° 22´ e 17º 45´ da Latitude Sul
entre os meridianos 34º 00´ e 35º 20" de Longitude Este e dista cerca de 310 Km da capital
provincial de Tete.
O distrito faz fronteiras a Norte com República do Malawi, ao Sul pelo rio Zambeze que o separa
das províncias de Manica Distrito de Tambara, Sofala distrito de Chemba e Caia
respectivamente, a Este pela província da Zambézia pelo rio Chire através do distrito de
Morrumbala e a Oeste pelo distrito de Moatize. Segundo o censo populacional de 1997, o distrito
tem uma população total de 130.743 habitantes, destes 68.362 habitantes são mulheres e ocupa
uma superfície total de 6.295Km². A densidade populacional é de 21 habitantes por Km² (PEDD,
2007-2011) (Vide Anexo 3).

3.1.1 Condições agro-ecológicas do local da realização do estudo (experimento)

3.1.1.1 Clima
O Distrito o clima tropical, com duas estações: Quente e fria. A temperatura média anual varia
entre 22°c à 36ºc, assemelhando-se a do clima modificado pela altitude. De Abril à Setembro é a
época do verão e Outubro à Março é a época das chuvas, onde a precipitação média anual oscila
entre os 1000 a 1400mm. A zona alta do distrito é mais chuvosa e subdivide-se em duas regiões
distintas de acordo com a precipitação anual: uma de 1200 a 1400 mm e a outra com um défice
de água (PEDD, 2007-2011).

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3.1.1.2 Relevo
O relevo é predominantemente apresentado por uma única região física de planícies com altitude
média de 200m, sendo o ponto mais alto do distrito Mulaca situado na localidade de Dzambaué-
Posto Administrativo de Nhamayabué, com cerca de 779,92 metros de altitude (PEDD, 2007-
2011).

3.1.1.3 Solos
Predominam diversos tipos de solos, sendo os mais comuns os solos vermelhos arenoso e
franco–argiloso. É possível encontrar também os vertissolos e ferralíticos aluvionares (PEDD,
2007-2011).

3.2 Materiais
Para a execução do experimento foram utilizadas 5 variedades de batata-doce (Ipomoea batatas),
das quais, 4 variedades de polpa alaranjada provenientes da Estação Agrária do IIAM, Centro
Zonal Centro em Sussundega, província de Manica e 1 variedade Local, 4 Enxadas, 2 Catanas,
150 Estacas de 0.5 m, 1 Corda de 100m, 1 Fita métrica de 50m e 1 Balança de 100 kg.

Tabela 2. Descrição das características das variedades de batata-doce em estudo

Cor Descrição das características potenciais


Ciclo Hábito de predominante Rendimento Matéria Beta-caroteno Sabor
Nome da Variedade Vegetativo crescimento na rama Médio (ton/ha) Seca (%) (mg/100g) (1-5)*
43–IIAM–CIPBD005 (Irene) 150 dias Erecto Purpura 19.63 28.78 6.06 3.75
49–IIAM–CIPBD006 (Melinda) 150 dias Semi-erecto Purpura-verde 27.09 23.56 5.71 3.44
10–IIAM–CIPBD015 (Esther) 150 dias Prostrado Verde 18.60 29.61 4.72 3.93

59–IIAM–CIPBD014 (Glória) 150 dias Erecto Verde 14.90 33.52 5.38 4.03

Fonte: Adaptado do IIAM, 2011.

NB: Variedade Local sem informação.

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3.3 Metodologia

3.3.1 Delineamento Experimental do Ensaio


O delineamento experimental utilizado foi o de Blocos Completos Casualizados (DBCC) num
esquema monofactorial disposto em 5 tratamentos e 3 blocos (Vide Apêndice 1).

A área total do experimento foi de 392m2 e a área útil do ensaio foi de 300m2. Cada uma das
variedades foi plantada em 3 canteiros com as dimensões de 5m de comprimento e 4m de largura
composto por 5 camalhões, numa área útil de 20m2 por cada canteiro. O espaçamento entre
camalhões foi de 1m e entre plantas 0,3m; em cada camalhão foram plantadas 13 plantas, o que
corresponde a 65 plantas na área útil, com uma planta por covacho, perfazendo uma população
total de 975 plantas em todo ensaio.

3.3.1.1 Codificação dos tratamentos:

T1 – Controlo (Batata-Doce, Var. Local);

T2 - Batata-Doce de Polpa Alaranjada, Var. 43–IIAM–CIPBD005 – Irene;

T3 – Batata-Doce de Polpa Alaranjada, Var. 49–IIAM–CIPBD006 - Melinda;

T4 - Batata-Doce de Polpa Alaranjada, Var. 10–IIAM–CIPBD015 - Esther;

T5 - Batata-Doce de Polpa Alaranjada, Var. 59–IIAM–CIPBD014 - Glória.

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3.4 Condução do Ensaio


O ensaio experimental foi estabelecido no Bairro de Reassentamento de Báuè 3 (arredores da
Vila–Sede de Nhamayábuè).

A preparação do terreno compreendeu a limpeza, uma lavoura e uma gradagem na primeira


semana do mês de Fevereiro, seguida da preparação de camalhões.

A plantação foi feita no dia 19 de Fevereiro 2013 e a colheita foi efectuada no dia 13 de Junho de
2013 aos 115 dias depois da plantação.

Foram feitas sachas à medida que os infestantes iam surgindo para o seu respectivo controlo. A
rega foi superficial mediante as necessidades da cultura. Não foram usados químicos.

3.5 Variáveis estudadas

3.5.1 “Stand” Inicial

Para esta variável foram contadas as plantas que se estabeleceram passados 20 dias depois do
plantio por cada canteiro e calculada a sua respectiva percentagem usando a seguinte expressão:

“Stand” Inicial (%) = * 100

Pb = Plantas brotadas durante os 20 dias depois do plantio

Pp = Plantas previstas por canteiro (65 plantas) (VideApêndice2).

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3.5.2 “Stand” Final


Nesta variável, foi efectuado o mesmo procedimento do “stand” inicial para a fase final do ciclo
vegetativo aos 115 dias depois da plantação (ddp) nas diferentes variedades em estudo
distribuídas por cada canteiro e calculada a percentagem usando a expressão:

“Stand” Final (%) = * 100

Pb = Plantas brotadas durante os 115 dias depois do plantio

Pp = Plantas previstas por canteiro (65 plantas) (Vide Apêndice 2).

3.5.3 Número de Raízes Tuberosas por Planta


O número de raízes tuberosas por planta foi determinado através da identificação aleatória de 5
plantas por cada canteiro nas variedades em estudo, tendo sido colhido e contado o número de
raízes tuberosas por cada planta aos 115 dias depois da plantação e de seguida obteve-se a média
de tubérculos por planta para cada canteiro e variedade (Vide Apêndice 2).

3.5.4 Peso Médio do Raízes Tuberosas


O peso médio de raízes tuberosas foi obtido mediante o quociente entre o peso de total de raízes
tuberosas e o número de raízes tuberosas colhidas em cada tratamento/canteiro (Vide Apêndice
2).

3.5.5 Rendimento da cultura nas diferentes variedades em estudo


A colheita foi realizada aos 115 dias após o plantio, quantificando-se o número total de raízes. O
rendimento foi obtido pela colheita e pesagem de todas as raízes tuberosas de cada
canteiro/variedade em kg e, finalmente, os resultados foram convertidos e expressos em ton/ha
(Vide Apêndice 2).

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3.6 Dados complementares

Para auxiliar as análises, foram usados dados de precipitação do Distrito do Mutarara referentes
ao período de execução das actividades de campo. Estes dados foram fornecidos pelo Serviço
Distrital de Actividades Económicas (SDAE) de Mutarara e estão disponíveis no Anexo 3.

3.6.1 Precipitações decorridas durante o ciclo da cultura


O registo deste factor abiótico (precipitação), num experimento igual ao de actual estudo é
imprescindível dada a influência positiva e ou negativa que exerce sobre o desempenho da
cultura e subsequentemente na sua produtividade (rendimento). Assim, apresenta-se nesta
secção, o gráfico das precipitações médias registadas durante o decurso do ensaio experimental.

Gráfico 1: Precipitações médias registadas no local do ensaio (Posto Administrativo de


Nhamayàbué).

18
Precipitações mensais (mm)

16
14
12
10
8
Série1
6
4
2
0
Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar. Abr. Maio
Meses

Fonte: SDAE-Mutarara

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É aparente que durante os 115 dias em que a cultura esteve no campo, a precipitação foi de
316.2mm. Contudo, em termos comparativos, o valor da precipitação obtido estive abaixo do
valor requerido pela cultura dentro do período de crescimento conforme advoga Onwene (1978),
que a precipitação óptima é de 750-1000mm por ano, com aproximadamente 500mm durante a
época de crescimento facto que faz com que possa se admitir ter havido uma distribuição de
precipitação e quantidade menos requerida pela cultura, mas que foram supridas com regas
periódicas para o sucesso da mesma.

3.7 Análise Estatística de Dados

Para a análise de dados, foram usados os procedimentos de análise de dados para experimentos
disponíveis no pacote estatístico SAEG. A escolha deste pacote deveu-se ao facto de ser
facilmente disponível. Foram executados os seguintes testes e procedimentos:
 Verificação da normalidade de distribuição dos dados nas variáveis (Teste de Lilliefors)
(Vide Apêndice 3);
 Verificação da homogeneidade de variâncias nas variáveis (Cochran & Bartlett) (Vide
Apêndice 4);
 ANOVA, análise de variância, para verificar se há diferenças reais entre as médias dos
diferentes tratamentos nas diferentes variáveis medidas (“stand” inicial, “stand” final,
número de tubérculos por planta, peso médio do tubérculo e rendimento da cultura) nas
diferentes variedades em estudo. (Vide Apêndice 5);

Tabela 3. Esquema da ANOVA

Fonte ou origem de SQ g.l QM F calculado


variação
Tratamentos (variedades) SQT t-1 QMT = SQT/glT QMT/QME
Blocos (r) SQB b-1 QMB = SQB/glB QMB/QME
Resíduo (Erro) SQE (b-1)(t-1) QME = SQE/glE
TOTAL TSQ bt-1
QME
CV  *100%
Y
Fonte: Ott & Longnecker (2001:862)

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Legenda: g.l. – Grau de liberdade, SQ – Soma de quadrados, QM – Quadrados médios, CV –


Coeficiente de variação, F – F calculado, Y – Média geral do ensaio.

A avaliação do coeficiente de variação baseou se na metodologia de Gomes (1985), citado por


Carvalho et al., (2003), onde estes autores afirmam que, o C.V. nos experimentos agrícolas são
considerados de baixo quando a taxa ronda nos 10%; Médio, quando as taxas encontram se nos
10 – 20%; Alto entre 20 – 30% e Muito alto quando os valores são maiores que 30%. (p:187)

 Parâmetros julgados estatisticamente como tendo diferenças significativas, foram


submetidos ao teste de Duncan, para comparar as médias (Vide Apêndice 6).

O nível mínimo de significância usado foi de 5% e as análises basearam-se no modelo linear


proposto por Mlay et al.; (2003).

O Microsoft Office Excel foi usado para achar as médias, desenho de gráficos constantes no
presente trabalho.

3.8 Limitações do estudo


A falta de precipitação nas primeiras três semanas após o plantio da cultura que influenciou a
brotação de algumas ramas e a invasão do experimento pelo gado caprino aos 93 dias depois da
plantação, foram os principais constrangimentos de desenvolvimento do ensaio.
O primeiro constrangimento foi ultrapassado com a humidade residual existente no solo da
precipitação anterior e regas periódicas com a frequência de duas regas por semana, após a
observância de precipitações as necessidades hídricas das plantas foram compensadas. O
segundo foi ultrapassado mediante o reforço da vedação do experimento.
A falta de estacão meteorológica para o registo das temperaturas da região e medição da
humidade relativa e laboratório para análises do solo (pH). Adicionalmente, a escassez de
literaturas que descrevem as características das variedades estudadas limitou neste estudo, a
apresentação das mesmas, principalmente, “stand” inicial e “stand” final, no capítulo da revisão
bibliográfica que consequentemente limitou a discussão abrangente, concentrando-se apenas em
certas variedades cuja sua informação é existente.

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CAPÍTULO IV: RESULTADO, ANÁLISE E DISCUSSÃO

Neste capítulo, apresentam-se os resultados do estudo experimental obtidos através da análise


estatística, bem como a sua respectiva discussão.

4.1. Resultado das variáveis estudadas

4.1.1 “Stand” Inicial


A tabela 4 abaixo, mostra as médias nas diferentes variedades estudadas, obtidas na fase de
estabelecimento das ramas de batata-doce (“stand” inicial, aos 20 ddp).

Tabela 4. Efeito das variedades no estabelecimento das ramas de batata-doce (“stand” inicial)
Tratamento Média*
T5 - Batata-Doce de Polpa Alaranjada, Var. 59–IIAM–CIPBD014 – Glória 82.5641 a
T2 - Batata-Doce de Polpa Alaranjada, Var. 43–IIAM–CIPBD005 – Irene 77.4359 ab
T3 - Batata-Doce de Polpa Alaranjada, Var. 49–IIAM–CIPBD006 – Melinda 62.5641 bc
T1 - Controlo (Batata-doce, Var. Local) 57.4359 c
T4 - Batata-Doce de Polpa Alaranjada, Var. 10–IIAM–CIPBD015 – Esther 57.4359 c
C.V. = 10.015%
*Médias seguidas pela mesma letra na coluna não apresentam diferenças significativas entre si.
Fonte: Resultados do ensaio
Decisão de significância (Pr>0,05 há diferenças significativas).

Conforme se pode ver na tabela acima a variedade 59–IIAM–CIPBD014 – Glória, melhor se


destacou para a variável “stand” inicial (82.5641%) comparativamente a variedade 10–IIAM–
CIPBD015 – Esther que teve resultados baixos (57.4359%).

A análise estatística não revelou diferenças significativas (P<0,05) entre as variedades Local e
10–IIAM–CIPBD015 – Esther para esta variável, mas, registou-se diferenças significativas
(P<0,05) entre as variedades 59–IIAM–CIPBD014 – Glória, 49–IIAM–CIPBD006 – Melinda e
43–IIAM–CIPBD005 – Irene em termos de valores absolutos, estas variedades apresentaram

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maiores percentagens (82.5641, 77.4359 e 62.5641%, respectivamente) enquanto que as


variedades Local e 10–IIAM–CIPBD015 – Esther apresentaram menor percentagem do “stand”
inicial comparativamente com as outras.

Ramirez (1991) aponta que a fase inicial compreende desde a plantação até a formação das raízes
de reserva. Defende ainda que a fase inicial é caracterizada por um crescimento de ramas e um
rápido crescimentos das raízes adventícias que emergem do caule subterrâneo, sendo nesta fase
em que o crescimento das ramas cessa e ocorre um rápido aumento do volume das raízes de
reserva. Adicionalmente, Wilson, (1970) advoga que em condições tropicais a iniciação
(estabelecimento) da raiz pode começar tão cedo como 4 semanas depois do plantio sendo mais
frequente 4-7 semanas depois do plantio.

Segundo a revista Netafim, (2012) o baixo “stand” de plantas registam baixas produtividades.

O facto do “stand” inicial ser inferior em algumas variedades em relação as outras, deve se
provavelmente a susceptibilidade das variedades em causa ao “stress” de transplante, as
condições do solo (humidade) como ilustra o gráfico de precipitações, e, possivelmente, pelo
efeito físico que limita a passagem de luz e forma uma barreira, inibindo a germinação de
sementes e dificultando o crescimento inicial das plântulas na fase de estabelecimento conforme
(Alvarenga et al,; 2001).

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4.2.2 “Stand” Final


Na tabela 5 a seguir afiguram-se resultados referentes aos valores médios de desenvolvimento
das plantas que compreende de plantio até a colheita (115 ddp) extraídas em cada variedade.

Tabela 5. Efeito das variedades no desenvolvimento das ramas de batata-doce (“Stand” Final)
Tratamento Média*
T5 - Batata-Doce de Polpa Alaranjada, Var. 59–IIAM–CIPBD014 – Glória 83.5897 a
T2 - Batata-Doce de Polpa Alaranjada, Var. 43–IIAM–CIPBD005 – Irene 76.9231 ab
T3 - Batata-Doce de Polpa Alaranjada, Var. 49–IIAM–CIPBD006 – Melinda 63.0769 bc
T4 - Batata-Doce de Polpa Alaranjada, Var. 10–IIAM–CIPBD015 – Esther 58.9744 bc
T1 - Controlo (Batata-doce, Var. Local) 55.8974 c
C.V. = 10.538%
*Médias seguidas pela mesma letra na coluna não apresentam diferenças significativas entre si.
Fonte: Resultados do ensaio
Decisão de significância (Pr>0,05 há diferenças significativas)

Conforme se pode ver na tabela acima a variedade 59–IIAM–CIPBD014 – Glória, melhor se


destacou para a variável “stand” final (83.5897%) comparativamente a variedade Local que
obteve resultados baixos (55.8974%).

A análise estatística não revelou diferenças significativas (P<0,05) entre as variedades 49–IIAM–
CIPBD006 – Melinda e 10–IIAM–CIPBD015 – Esther para esta variável, mas, registou-se
diferenças significativas (P<0,05) entre as variedades 59–IIAM–CIPBD014 – Glória, 43–IIAM–
CIPBD005 – Irene e Local em termos de valores absolutos.

Em suma a variedade 59–IIAM–CIPBD014 – Glória destacou-se com a maior média para esta
variável e a variedade Local foi a que menor média obteve. Assim, Ramirez (1991) diz que o
ciclo de crescimento das variedades pode ser alterado por excesso de humidade no solo durante
os primeiros três meses. Para Pereira (1976), a desuniformidade da profundidade de plantio pode
acarretar a desigualdade de altura no “stand” final. ARACY, (1975) admite que o aminoácido
prolina é um componente proteico cujos teores na forma livre elevam-se quando as plantas são
submetidas a um déficit hídrico. No entanto, segundo Páfit & Juhasz (1971), citado por Aracy

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(1975), o acumulo de prolina em plantas submetidas à seca está correlacionado com o carácter
genético que confere a tolerância ao déficit hídrico em várias plantas.

Pressupõe-se que provavelmente as condições abióticas (temperatura e precipitação), registadas


no decurso do ensaio experimental tenham influenciado para o pleno ou não desenvolvimento
das plantas, facto que fez com que algumas variedades tivessem um “stand” final maior e outras
não, para às condições agro-ecológicas submetidas. De igual modo, segundo Páfit & Juhasz
(1971), citado por Aracy (1975), pode se admitir que o acumulo de prolina em plantas
submetidas à seca está correlacionado com o carácter genético que confere a tolerância ao déficit
hídrico em várias plantas.

4.2.3 Número de Raízes Tuberosas por Planta


Na tabela 6 a seguir encontram-se ilustrados os resultados médios da variável Número de Raízes
Tuberosas por Planta

Tabela 6. Efeito das variedades de batata-doce no Número de Raízes Tuberosas por Planta
Tratamento Média*
T4 - Batata-Doce de Polpa Alaranjada, Var. 10–IIAM–CIPBD015 – Esther 5.6667 a
T2 - Batata-Doce de Polpa Alaranjada, Var. 43–IIAM–CIPBD005 – Irene 5.6667 a
T5 - Batata-Doce de Polpa Alaranjada, Var. 59–IIAM–CIPBD014 – Glória 5.3333 a
T3 - Batata-Doce de Polpa Alaranjada, Var. 49–IIAM–CIPBD006 – Melinda 4.6667 b
T1 - Controlo (Batata-doce, Var. Local) 3.6667 b
C.V. = 10.328%
*Médias seguidas pela mesma letra na coluna não apresentam diferenças significativas entre si.
Fonte: Resultados do ensaio
Decisão de significância (Pr>0,05 há diferenças significativas).

Com respeito ao número de raízes tuberosas por planta, no geral, as variedades 10–IIAM–
CIPBD015 – Esther e 43–IIAM–CIPBD005 – Irene destacaram-se com a máxima média
(5,6667) comparativamente a Var. Local com a mínima média de 3,6667.

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A análise estatística não revelou diferenças significativas (P<0,05) entre as variedades 10–IIAM–
CIPBD015 – Esther, 43–IIAM–CIPBD005 – Irene e 59–IIAM–CIPBD014 – Glória para esta
variável, igualmente, não revelou diferenças significativas (P<0,05) entre as variedades 49–
IIAM–CIPBD006 – Melinda e Local. Contudo, as mesmas variedades Esther, Irene e Glória
foram as que apresentaram em termos de valores absolutos, maior número de raízes tuberosas,
aproximadamente a 6 e, em contrapartida, o baixo número de raízes tuberosas foi observado na
variedade Local. Segundo Fujise e Tsuno (1967), o processo de iniciação dos tubérculos é
influenciado pelos factores ambientais, tais como: fotoperíodo, luz, água e suprimento de
nitrogénio; Wilson (1970), defende que o número de raízes por planta é limitado pelo número de
nós enraizados e pelo número de raízes que iniciam e desenvolvem raízes ou mesmo pelo
número de raízes capazes de desenvolverem batatas. De acordo com Opeña & Sun (1988), o
número de raízes por planta é um factor muito importante e usado pelos melhoradores de raízes e
tubérculos para prever o rendimento.

Assim, pode-se admitir que a baixa média do número de raízes tuberosas produzidos pela
variedade Local que anteriormente foi descrita como a que produziu poucas raízes tuberosas por
planta, deveu-se provavelmente para além da sua natureza genética mas também pelos factores
ambientais, tais como: fotoperíodo, luz, água que as plantas foram sujeitas. Todavia, a variedade
43–IIAM–CIPBD005 – Irene com maior número de tubérculos por planta, destacou-se como
uma das variedades com maior rendimento eventualmente por causa do seu potencial genético,
aliada a boa capacidade de resposta as condições agro-ecológicas a que foi submetida.

Em suma, as características de cada variedade, tipo de solo, precipitação, disponibilidade de


nutrientes, etc., poderão ter feito com que algumas variedades pudessem conseguir ter maior
adaptabilidade em relação as outras.

4.2.4 Peso Médio da Raiz Tuberosa


Outro elemento não menos importante na avaliação de desempenho da cultura batata-doce é o
peso médio da raiz tuberosa.

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Tabela 7. Efeito das variedades de batata-doce no Peso Médio da Raiz Tuberosa

Tratamento Média*
T5 - Batata-Doce de Polpa Alaranjada, Var. 59–IIAM–CIPBD014 – Glória 247 a
T2 - Batata-Doce de Polpa Alaranjada, Var. 43–IIAM–CIPBD005 – Irene 190 b
T3 - Batata-Doce de Polpa Alaranjada, Var. 49–IIAM–CIPBD006 – Melinda 189 b
T4 - Batata-Doce de Polpa Alaranjada, Var. 10–IIAM–CIPBD015 – Esther 188 b
T1 - Controlo (Batata-doce, Var. Local) 185 b
C.V. = 11.548%
*Médias seguidas pela mesma letra na coluna não apresentam diferenças significativas entre si.
Fonte: Resultados do ensaio
Decisão de significância (Pr>0,05 há diferenças significativas).

De modo geral, para a variável do peso médio da raiz tuberosa, a variedade 59–IIAM–CIPBD014
– Glória destacou-se com máximo de 247g em relação a variedade Local com o mínimo de
185g.

A análise estática não revelou diferenças significativas entre as variedades 43–IIAM–CIPBD005


– Irene, 49–IIAM–CIPBD006 – Melinda, 10–IIAM–CIPBD015 – Esther e Local; em termos
de valores absolutos foram as que produziram menor peso médio da raiz tuberosa relativamente
entre si. Contudo, o maior peso médio da raiz tuberosa foi registado na variedade 59–IIAM–
CIPBD014 – Glória para esta variável.

Segundo De Souza (2000), as características mais importantes da batata-doce, com efeito


significativo são o número e peso médio de raiz, as quais, a população de plantas na parcela,
produtividade e sabor são determinas pelas variedades. Elas apresentam maior número de
raízes/parcela e, em virtude disso, apresentando menor peso médio de raiz que em muitos casos
apresenta peso de raiz inferior a 120g. De acordo com Peixoto et al., (1989), o peso médio de
raízes de batata-doce varia de 183,3g a 232,1g. Neste contexto, todas as variedades em estudo,
enquadram-se nos parâmetros estabelecidos pelo Peixoto et al., (1989) com maior destaque para
a variedade 59–IIAM–CIPBD014 – Glória, que obteve o peso médio da raiz tuberosa superior a
232,1g. Este facto deve-se provavelmente como foi descrito noutras variáveis, as condições agro-
ecológicas que a área de estudo oferece para o cultivo da cultura de batata-doce.

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4.2.5 Rendimento das variedades

Na tabela 8 apresentam-se os resultados da variável rendimento de campo em ton/ha produzido


pelas variedades. Para esta variável, as variedades em estudo apresentaram diferenças
significativas entre si (P>0,05).

Tabela 8. Efeito das variedades de batata-doce no Rendimento

Tratamento Média*
T5 - Batata-Doce de Polpa Alaranjada, Var. 59–IIAM–CIPBD014 – Glória 35.50 a
T2 - Batata-Doce de Polpa Alaranjada, Var. 43–IIAM–CIPBD005 – Irene 26.52 b
T4 - Batata-Doce de Polpa Alaranjada, Var. 10–IIAM–CIPBD015 – Esther 20.28 c
T3 - Batata-Doce de Polpa Alaranjada, Var. 49–IIAM–CIPBD006 – Melinda 17.85 c
T1 - Controlo (Batata-doce, Var. Local) 12.10 d
C.V. = 10.203%
*Médias seguidas pela mesma letra na coluna não apresentam diferenças significativas entre si.
Fonte: Resultados do ensaio
Decisão de significância (Pr>0,05 há diferenças significativas)

Quanto ao rendimento, conforme se pode observar na tabela acima a variedade 59–IIAM–


CIPBD014 – Glória destacou-se melhor com (35.50 ton/ha) comparativamente a variedade
Local que obteve resultados baixos (12.10 ton/ha).

A análise estatística não revelou diferenças significativas (P<0,05) entre as variedades 10–IIAM–
CIPBD015 – Esther e 49–IIAM–CIPBD006 – Melinda para esta variável, mas, revelou-se
diferenças significativas (P<0,05) entre as variedades 59–IIAM–CIPBD014 – Glória, 43–IIAM–
CIPBD005 – Irene e Local em termos de valores absolutos, numericamente, o rendimento mais
elevado foi observado nas variedades 59–IIAM–CIPBD014 – Glória, 43–IIAM–CIPBD005 –
Irene e 10–IIAM–CIPBD015 – Esther, e, o menor rendimento nas variedades 49–IIAM–
CIPBD006 – Melinda e Local.

Contudo, o rendimento das variedades 43–IIAM–CIPBD005 – Irene e 10–IIAM–CIPBD015 –


Esther, segundo mostra a tabela 8, não apresenta diferenças significativas quando comparado

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com o rendimento médio ao nível do país. Em Moçambique, o rendimento médio reportado para
estas variedades é de 19.63 e 18.60 ton/ha respectivamente (IIAM, 2011).

Pelo contrário, o rendimento das variedades 59–IIAM–CIPBD014 – Glória e 49–IIAM–


CIPBD006 – Melinda, segundo a tabela 8, apresenta diferenças significativas quando
comparado com o rendimento médio ao nível do país. Em Moçambique, o rendimento médio
reportado para estas variedades é de 14.90 e 27.09 ton/ha respectivamente, segundo (IIAM,
2011).

Para SILVA, (1991) a batata-doce por ser uma cultura de multiplicação essencialmente
vegetativa, apresenta elevada taxa de heterozigose para todos os caracteres com larga base
genética. Assim, pode se afirmar que o desempenho favorável ou não das variedades de batata-
doce depende da sua base genética bem como das condições de cultivo (temperatura, humidade,
luz, nutrientes no solo, etc.) a que são submetidas para a manifestação do seu potencial
produtivo.

Assim, de acordo com IIAM, (2011) as novas variedades da batata têm alto rendimento,
chegando a produzir 15 a 40 toneladas por hectare; numa outra vertente, Devies et al., (1994)
advogam que esta cultura possui capacidade de produzir altos rendimentos nas terras marginais
sem grandes investimentos, ao que se pode afirmar que os resultados dos rendimentos obtidos no
presente estudo, encontram se dentro dos parâmetros estabelecidos por estes autores.

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4.2.6 Relação entre Stand Inicial, Stand Final, Número de Raízes Tuberosas por Planta,
Peso Médio da Raiz Tuberosa e Rendimento da cultura

Tabela 9: Análise de Correlação de Person

Nome X Nome Produto cruzado Correlação

STAND1 X STAND1 2091.677 1.0000


STAND1 X STAND2 2132.544 .9886
STAND1 X NRTUB 63.07693 .3981
STAND1 X PMRTUB 2.847984 .4994
STAND1 X RENDT 1305.692 .8943

STAND2 X STAND2 2224.852 1.0000


STAND2 X NRTUB 70.76923 .4331
STAND2 X PMRTUB 3.010404 .5118
STAND2 X RENDT 1387.846 .9217

NRTUB X NRTUB 12.00000 1.0000


NRTUB X PMRTUB -.7995130 -.1851
NRTUB X RENDT 64.20000 .5806

PMRTUB X PMRTUB .1554769 1.0000


PMRTUB X RENDT 2.390120 .6005

RENDT X RENDT 1019.000 1.0000

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Os resultados da correlação na tabela 9, mostram uma relação perfeita e positiva entre “stand”
inicial para com outras variáveis em estudo, o mesmo acontecendo com o “stand” final, a mesma
relação observa-se em número de raízes tuberosas por planta ao rendimento e peso médio da raiz
tuberosa em relação ao rendimento.

Mas observa-se uma correlação negativa e forte entre o número de raízes tuberosas por planta e o
peso médio da raiz tuberosa.

É importante salientar que a independência positiva na correlação das variedades em termos de


peso médio da raiz tuberosa nota haver uma relação positiva e muito forte na determinação do
rendimento da cultura, nota-se também a relevância da relação positiva e forte entre o “stand”
inicial e “stand” final na determinação do rendimento.

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CAPÍTULO V: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

5.1 Conclusões

Em conformidade com os resultados obtidos à luz dos objectivos e ou variáveis pressupostos na


realização do presente trabalho, conclui-se que:

riedades testadas situaram-se entre 82.56% de máximo e


57.44% de mínimo nas variedades Glória e Esther e para o “stand” final enquadrou-se entre
83.59% máximo e o mínimo de 55.90% para as variedades Glória e Local nas condições agro-
ecológicas do distrito de Mutarara.

máxima média de Número de Raízes Tuberosas por Planta foi de 5.67 e a mínima foi de
3.67 nas variedades Esther e Local, para a variável Peso Médio da Raiz Tuberosa, as médias
foram de 247g máxima e 185g mínima nas variedades Glória e Local, respectivamente.

O maior rendimento foi de 35.50 ton/ha e o menor foi de 12.10 ton/ha para as variedades
Glória e Local.

Estatisticamente, o desempenho das variedades testadas apresentou diferenças significativas,


havendo evidências para rejeitar a hipótese nula e aceitar a hipótese alternativa, deste modo,
conclui-se que das variedades testadas, adequam-se melhor ao cultivo nas condições agro-
ecológicas do distrito de Mutarara as variedades 59–IIAM–CIPBD014 – Glória, 43–IIAM–
CIPBD005 – Irene e 10–IIAM–CIPBD015 – Esther.

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5.2 Recomendações

Aos investigadores singulares e/ou instituições de pesquisa:

estudos similares de continuidade noutros locais do país, dando maior destaque


a melhoria da % do “stand” inicial, visto que a maior % do “stand” inicial é boa para a melhoria
de rendimento.

mações em relação ao
comportamento das variedades ao longo de todo o ano no mesmo local.

das variedades estudadas ao nível do sector familiar


em Moçambique; isto é; em sequeiro.

os prévios antes de se estabelecer experimentos das


potencialidades produtivas das variedades de batata-doce.

À rede de extensão agrária do SDAE-Mutarara:

Mutarara, como forma de massificar a disponibilidade da semente.

Ao INGC-Delegação de Tete:
ités Locais de Gestão de Risco e Calamidades, que haja a difusão
massiva destas variedades para outras comunidades dos Bairros de Reassentamento.

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CAPÍTULO VI: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Anexos e
Apêndices

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Índice

Página
Declaração de Honra i
Dedicatória ii
Agradecimentos iii

Resumo iv
Lista de tabelas v
Lista de anexos vi
Lista de apêndices vii
Lista de gráficos viii
Lista de abreviaturas, siglas e acrónimos ix

CAPITULO I: INTRODUÇÃO ................................................................................................1


1.1 Generalidades ....................................................................................................................1
1.2 Definição do Problema do Estudo ......................................................................................3
1.3 Justificativa e relevância do estudo ....................................................................................4
1.4 Objectivos .........................................................................................................................5
1.4.1 Geral ...........................................................................................................................5
1.4.2 Específicos ..................................................................................................................5
1.5 Hipóteses ...........................................................................................................................5
CAPITULO II: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................................6
2.1 Botânica Sistemática da Batata-Doce .................................................................................6
2.1.1 Classificação sistemática .............................................................................................6
2.2 Origem e Distribuição ........................................................................................................7
2.3 Importância e sua utilização ...............................................................................................7
2.4 Crescimento e Desenvolvimento da Planta .........................................................................8
2.4.1 Matéria Seca nas Raízes da Batata-Doce ................................................................... 11

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2.4.2 Raízes e tubérculos .................................................................................................... 12


2.4.3 Diversidade genética ................................................................................................. 12
2.5 Condições de Cultivo ....................................................................................................... 15
2.5.1 Temperatura .............................................................................................................. 15
2.5.2 Humidade .................................................................................................................. 15
2.5.3 Luz ............................................................................................................................ 16
2.5.4 Solos ......................................................................................................................... 16
2.5.5 Principais variedades da cultura de batata-doce estudadas.......................................... 17
2.5.6 Informações Técnicas de Cultivo ............................................................................... 18
2.5.7 Limitantes da Produção de Batata-Doce .................................................................... 19
2.5.8 Formas de Propagação ............................................................................................... 19
2.6 Produção e Rendimento em algumas províncias de Moçambique ..................................... 20
CAPITULO III: MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................ 21
3.1 Descrição da área de estudo ............................................................................................. 21
3.1.1 Condições agro-ecológicas do local da realização do estudo (experimento) ............... 21
3.1.1.1 Clima .................................................................................................................. 21
3.1.1.2 Relevo ................................................................................................................. 22
3.1.1.3 Solos ................................................................................................................... 22
3.3 Metodologia..................................................................................................................... 23
3.3.1 Delineamento Experimental do Ensaio ...................................................................... 23
3.4 Condução do Ensaio ........................................................................................................ 24
3.5 Variáveis estudadas.......................................................................................................... 24
3.5.1 “Stand” Inicial ........................................................................................................... 24
3.5.2 “Stand” Final ............................................................................................................. 25
3.5.4 Peso Médio do Tubérculo .......................................................................................... 25
3.5.5 Rendimento da cultura nas diferentes variedades em estudo ...................................... 25
3.6 Dados complementares .................................................................................................... 26
3.6.1 Precipitações decorridas durante o ciclo da cultura .................................................... 26
3.7 Análise Estatística de Dados ............................................................................................ 27
3.8 Limitações do estudo ....................................................................................................... 28

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CAPÍTULO IV: RESULTADO, ANÁLISE E DISCUSSÃO ................................................ 29


4.1. Resultado das variáveis em estudadas ............................................................................. 29
4.1.1 “Stand” Inicial ........................................................................................................... 29
4.2.2 “Stand” Final ............................................................................................................. 31
4.2.3 Número de Raízes Tuberosas por Planta .................................................................... 32
4.2.4 Peso Médio da Raiz Tuberosa.................................................................................... 33
CAPÍTULO V: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES .................................................... 39
5.1 Conclusões ...................................................................................................................... 39
5.2 Recomendações ............................................................................................................... 40
CAPÍTULO VI: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................... 41
Anexos e Apêndices ................................................................................................................. 47

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