Você está na página 1de 8

Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrarias-UFRN

Universidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN


Escola Agrícola de Jundiaí
Matéria: Processamento de Frutas e Hortaliças
Professor: Robson Coelho
Alunas: Rafaela Bezerra e Taís Dantas

Processamento da Mandioca

Macaíba/RN 2015
Rafaela Bezerra

Taís Cristina da Silva Dantas

Processamento da Mandioca

Trabalho apresentado à disciplina de:

Processamento de Frutas e Hortaliças

do curso Técnico em Agroindústria da

Universidade Federal do Rio Grande


do Norte, como requisito de obtenção
da 3ª nota.
Professor: Robson Coelho
INTRODUÇÃO

A mandioca é uma planta que faz parte da cultura dos povos americanos
desde antes da chegada dos europeus. Com sua difusão pelo mundo, a
mandioca se tornou uma importante fonte de carboidratos nos países de clima
tropical, clima este para o qual está admiravelmente bem adaptada.

É cultivada por cerca de 500 milhões de pessoas no mundo, por ser a


principal fonte de alimentos energéticos, especialmente nos países em
desenvolvimento, onde é produzida em pequenas áreas com baixo nível
tecnológico. Mais de 80 países cultivam mandioca, sendo o Brasil o segundo
maior produtor. Entretanto, é um alimento pouco estudado (EMBRAPA, 2006).

A mandioca apresenta uma série de vantagens em relação a outros


cultivos, tais como: fácil propagação, elevada tolerância a longas estiagens,
rendimentos satisfatórios mesmo em solos de baixa fertilidade, pouca exigência
em insumos modernos, potencial resistência ou tolerância a pragas e doenças,
além de outras vantagens.

IMPORTÂNCIA ECONOMICA

O Brasil ocupa a segunda posição na produção mundial de mandioca


(12,7% do total). Cultivada em todas as regiões, tem papel importante na
alimentação humana e animal, como matéria-prima para inúmeros produtos
industriais e na geração de emprego e de renda. Estima-se que, nas fases de
produção primária e no processamento de farinha e fécula, é gerado um milhão
de empregos diretos e que a atividade mandioqueira proporciona receita bruta
anual equivalente a 2,5 bilhões de dólares e uma contribuição tributária de 150
milhões de dólares; a produção que é transformada em farinha e fécula gera,
respectivamente, receitas equivalentes a 600 milhões e 150 milhões de
dólares.

Em função do tipo de raiz a mandioca pode ser classificada em: de


“mesa” - é comercializada na forma in natura; e para a indústria, transformada
principalmente em farinha, que tem uso essencialmente alimentar, e fécula
que, junto com seus produtos derivados, têm competitividade crescente no
mercado de amiláceos para a alimentação humana, ou como insumos em
diversos ramos industriais tais como o de alimentos embutidos, embalagens,
colas, mineração, têxtil e farmacêutica.

APRESENTAÇÂO E PROCESSAMENTO DA MANDIOCA

FARINHA BOLINHOS BEJUS FAROFÁ PÃO TAPIOCA

A agroindústria é um segmento de elevada importância econômica, por


sua participação na cadeia produtiva e pelas ligações que mantém com os
demais setores da economia. Para enfrentar a competitividade nos negócios
relacionados ao processamento de produtos ou matérias-primas de origem
agrícola, pecuária ou florestal, é preciso encontrar soluções no âmbito da
gestão e da inovação tecnológica.

Processo de Produção – contém as várias etapas do processamento da


mandioca, da colheita ao resultado final, bem como o controle de qualidade, a
fim de oferecer um produto competitivo de alta qualidade.

Análise de Mercado, o empreendedor irá conhecer as estratégias de


marketing – da pesquisa de mercado ao lançamento dos produtos – para
ingressar nesse mercado.

Análise Financeira, que contém um roteiro completo de um plano de


negócio, iniciando com a definição do volume de produção, passando pela
estimativa dos investimentos físicos, do cálculo dos custos e das despesas, e
finalizando com o investimento necessário para implantar uma agroindústria de
processamento da mandioca.

O segmento de processamento da cadeia da mandioca no Amapá está


intimamente relacionado com a transformação das raízes em farinha. A escala
de processamento de farinha vai desde as pequenas unidades artesanais de
processamento conhecidas por "retiros" (comunitários ou familiares) existentes
no Brasil como um todo, até as unidades agroindustriais comunitárias de
pequeno porte que processam, em média, 20 sacas de farinha por dia. Na
cadeia da mandioca existem ainda outros produtos de importância econômica e
que são comercializados de forma informal, como é o caso da "goma" e do
"tucupi".

As deficiências energéticas e proteicas constituem grave problema para


alimentação humana em muitas partes do mundo. No Brasil, algumas regiões
consomem a farinha de mandioca como base alimentar e como consequência
as dietas caracterizam-se por um desequilíbrio do nitrogênio decorrente da
alimentação deficiente em proteínas e excessiva em carboidratos, o que
justifica a utilização da planta integral incluindo as folhas para complementar os
produtos obtidos a partir das raízes.

No Brasil as folhas de mandioca são consideradas como resíduos, pois


apenas na região norte é consumido como hortaliças, como a maniçoba onde
as folhas são fervidas em água por alguns dias e em seguida temperadas a
gosto. A farinha de folhas de mandioca (FFM) permite concentrar a fração
proteica, mas conduz a outros problemas, como perda de vitaminas, a retenção
do cianeto e a manutenção dos fenólicos (ORTEGA, F., 1995).

A proteína das folhas, assim como da planta toda é deficiente em


aminoácidos sulfurados, mas apresentam nessa composição teores
consideráveis de carotenos e vitamina C, que enquanto parte da vitamina A se
conserva, a vitamina C é perdida durante o processamento. Sabe-se também
que as folhas contêm elevados teores de minerais (cálcio, potássio e ferro).

FLUXOGRAMA DO PROCESSAMENTO DA MANDIOCA

RECEPÇÃO E PESAGEM DA MATÉRIA-PRIMA (RAÍZES)

LAVAGEM
DESCASCAMENTO

LAVAGEM COM ÁGUA CLORADA COM 50 PPM DE CLORO ATIVO CORTE EM


RODELAS COM 2 CM DE ESPESSURA

SECAMENTO EM SECADOR TÚNEL À TEMPERATURA DE 150°C POR 30


MINUTOS

MOAGEM EM MOINHO DE DISCO ELÉTRICO

REFINO EM MOINHO DE FACA EM PENEIRA DE 0,5 CM DE MALHA

ENSACAMENTO EM SACOS DE 400 G DE POLIVINILIDENO ENVASE EM CAIXA


DE PAPELÃO

ESTOCAGEM

COMERCIALIZAÇÃO

CURIOSIDADES DA MANDIOCA

Na Indústria Têxtil: na Engomagem, para reduzir ruptura e desfibramento


nos teares; na Estamparia, para espessar os corantes e agir como suporte das
cores; no Acabamento, para aumentar a firmeza e o peso de papel, papelão e
tecidos.

Na Indústria de Papel: para dar Corpo, aumenta a resistência a dobras;


no Acabamento, melhora a aparência e a resistência; Goma, para sacos
comuns de papel, papel laminado, ondulado e caixas de papelão. No Brasil, o
uso de amidos e féculas modificados é recente e restrito.
CONCLUSÃO

A mandioca é uma planta que faz parte da cultura dos povos americanos desde
antes da chegada dos europeus. Com sua difusão pelo mundo, tornou-se uma
importante fonte de carboidratos nos países de clima tropical, clima este para o
qual está admiravelmente bem adaptada.

Porém, não se pode restringir a cadeia da mandioca a apenas uma


forma de subsistência por parte de seus atores; ela pode, como já comprovado
nos maiores pólos produtores, ser responsável pelo desenvolvimento
econômico de toda uma região, por vezes até marcada pela inserção
internacional de suas empresas. Neste contexto, micro e pequenos
empresários têm seu papel a desempenhar e, com o apoio adequado, têm
condições de contribuir significativamente para a prosperidade do país.
Referências Bibliográficas

 EMBRAPA. Sistemas de produção de mandioca. Disponível em


<http://sistemasdeprodução.cnptia.embrapa.br/#mandioca >Acesso em:
10 Jan. 2006;
 Carlos . Dias Camargo. Livro Mandioca;
 J.A. Vilella – Cultura da Mandioca;
 Livro: Mandioca Alimentação E Energia. Embrapa Cnpmf Anos 1980

Você também pode gostar