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INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO DA FRELIMO

-SOFALA
CURSO: AGRO- PECUÁRIA

DISCIPLINA: AGROTECNIA

1- SEMESTRE

TURMA: G

TEMA: CULTURA DE MANDIOCA

NOMES DOS ESTUDANTES:

Felizberta Jaime

Alimone Xavier

Xarica Mamudo Ambar

Marta Matangue

Marta Tequeteque

Rabeca Lesardo

Rui Horácio António

Luís Manuel Duarte

Fausia Augusto

Luísa Duarte

Joaquim Vilanculo

Docente: Dr.Domingos Garneth

Beira, aos 20 de outubro de 2023


INDICE
1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................3

2. Desenvolvimento........................................................................................................4

2.1. Origem e Distribuição da Mandioca...................................................................4

2.2. Classificação taxonomia da mandioca................................................................4

2.3. Importância.........................................................................................................4

2.4. Morfologia..........................................................................................................4

2.4.1. Raiz..............................................................................................................4

2.4.2. Caule............................................................................................................5

2.4.3. Folhas..........................................................................................................5

2.4.4. Inflorescência..............................................................................................5

2.4.5. Fruto............................................................................................................5

2.4.6. Semente.......................................................................................................5

2.5. Condições Edafo-climaticas...............................................................................5

2.6. Produção em Moçambique.................................................................................6

2.7. Variedades..........................................................................................................6

2.8. Adubação............................................................................................................7

2.9. Propagação..........................................................................................................7

2.10. Época de plantio..............................................................................................8

3.Referencia bibliografica.................................................................................................9
1. INTRODUÇÃO
A cultura da mandioca (Manihot esculenta Cranzt) está estabelecida mundialmente
entre as latitudes 30º N e 30º S, principalmente nas zonas tropicais das Américas, África
e Ásia. É uma espécie rústica que possui capacidades de produzir em regiões de solos
pobres e com escassez de água, nas quais poucas espécies conseguem se estabelecer. A
mandioca constitui num dos principais alimentos energéticos da refeição de cerca de 1
bilhão de pessoas em 105 países, sobretudo naqueles em desenvolvimento (SANTOS et
al., 2009; FIALHO & VIEIRA, 2011).
Segundo CHICUELE (2005), em Moçambique esta cultura é praticada por 16% da
população agrícola nacional, por acarretar baixos custos de produção e tolerar a seca, é a
principal cultura de raízes praticada pelo sector familiar para a sua alimentação. A
mandioca é propagada vegetativamente, a partir de estacas. A propagação em campo é
muito lenta, sendo produzidas a cada ano, sob condições adequadas de cultivo
(VILARINHOS et al., 2000).
1.1. Objectivo
1.1.1. Objectivo geral
 Falar da cultura de mandioca (Manihot esculenta Cranzt).
1.1.2. Objectivos especificos
 Descrever morfologicamente a cultura de mandioca (Manihot esculenta Cranzt);
 Falar da classificacao taxonomica da mandioca (Manihot esculenta Cranzt);
 Caracterizar as condicoes ideias para o desenvolvimento da mandioca (Manihot
esculenta Cranzt).
2. Desenvolvimento
2.1. Origem e Distribuição da Mandioca
A mandioca (Manihot sculenta Crantz) é uma planta originária do nordeste de Brasil,
onde é cultivada desde antes da colonização (FIALHO & VIEIRA, 2011). Foi
introduzido em África pelos Portugueses por volta do séc. XVI e XVII procedendo da
região de Amazónia no Brasil. A cultura constitui uma das mais importantes na região
Subsariana de África (ALMEIDA, 2004).
A sua expansão para o interior do continente africano deveu-se provavelmente a sua
capacidade de resistência a pragas, seca, baixa fertilidade do solo e pelos poucos
cuidados culturais que necessita, hoje a mandioca encontra-se difundida em todas as
regiões do mundo (MATTOS & GOMES, 2004).
2.2. Classificação taxonomia da mandioca
Segundo MENEZES (2012), a taxonomia da cultura de mandioca é:
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophita
Classe: Equisetopsida
Ordem: Malpighiales
Família: Euphorbiaceae
Género: Manihot
Espécie: Manihot esculenta Crantz
2.3. Importância
A mandioca é rica em carbohidratos, é usada tanto na alimentação humana quanto na
animal. Sua principal parte útil é a raiz túberosa, onde se concentra maior quantidade de
fécula. Por isso serve como base para a alimentação humana de forma in natura, na
fabricação de farinhas e polvilhos, entre outros (FIALHO & VIEIRA, 2011).
2.4. Morfologia
A mandioca é uma planta perene de porte arbustivo, rústica, adaptada às condições
marginais de clima e solo. A altura da planta vária de 1 a 2 m, podendo atingir até 5 m
(MINAG, 2010).
2.4.1. Raiz
As raízes são ricas em fécula, apresentando-se sob várias conformações: cilíndricas;
cilindrocônicas; cônicas; fusiformes. O número de raízes oscila de 5 a 12 por planta.
Independente da forma, podem ocorrer raízes tortuosas, esta característica é indesejável
para aproveitamento industrial (ANCÉLIO, 2012).
2.4.2. Caule
O caule é subarbustivo erecto. Pode ser indiviso no ciclo vegetativo e ramificado no
ciclo produtivo. Quando adulto é lenhoso, quebradiço e dotado de nós salientes,
apresentando ramificação baixa ou alta (caule ereto), dicotômica, tricotômica,
tetracotômica e tipos intermediários. Entre nós bem definidos e o crescimento é
contínuo, a partir do crescimento activo do meristema apical. Nas axilas dos nós
encontra-se uma gema característica, responsável pela propagação vegetativa da espécie
(MINAG, 2010).
2.4.3. Folhas
São simples, inseridas no caule em disposição alterna-espiralada, lobadas e longamente
pecioladas. Os lóbulos apresentam variação na cor, variando de verde-claro ao roxo; a
forma pode ser espatulado, lanceolados, oblongos etc. Em número geralmente de 5 a 7,
podendo ocorrer folhas com 3 ou 9 (depende da idade da planta). O pecíolo é de
comprimento variável com o cultivar e com a idade da planta. Pode ser verde, rosado ou
vermelho (MOREIRA, 2013).
2.4.4. Inflorescência
As flores estão dispostas em inflorescências cimosas. As flores masculinas, localizadas
na extremidade da ramificação da inflorescência são maiores em número e tamanho que
as femininas na base. São unissexuadas por aborto, monoclamídeas (perianto com um só
verticilo) e apresentam pré-floração calicina. As flores femininas amadurecem alguns
dias antes das masculinas (dicogamia protogínica), numa mesma inflorescência e,
também na mesma planta, admitindo-se, por isso que a mandioca seja do grupo das
plantas alógamas (MOREIRA, 2013).
2.4.5. Fruto
É uma cápsula com três sementes, que se abre quando completamente madura. A
abertura ocorre na planta mas pode também ocorrer no solo. Há cultivares com frutos
providos de asas bem desenvolvidas e sinuosas e outros, sem essas formações
(MOREIRA, 2013).
2.4.6. Semente
São carunculadas, com testa, micrópila, hilo, rafe e calaza. O embrião é central, com
folhas cotiledonares grandes, maiores que a radícula. O endosperma é abundante e
oleaginoso (MOREIRA, 2013).
2.5. Condições Edafo-climaticas
A cultura é capaz de alcançar produções satisfatórias sob condições adversas de clima.
Possui desenvolvimento ideal em regiões com altitude entre 600 e 800 metros,
temperaturas anuais entre 20°C e 27°C e precipitação entre 1.000 a 1.500 milímetros
por ano (SILVEIRA & PASCOAL FILHO, 2012). As temperaturas baixas, em torno de
15oC, retardam a germinação e diminuem ou mesmo paralisam sua actividade
vegetativa, entrando em fase de repouso (KURUDA & OTSUBO, 2003).
O período de luz ideal está em torno de 12 horas/dia. Dias com períodos de luz mais
longos favorecem o crescimento da parte aérea e reduzem o desenvolvimento das raízes
tuberosas, enquanto que os períodos de dias de luz mais curtos promovem o crescimento
das raízes tuberosas e reduzem o desenvolvimento da parte aérea (GOMES & LEAL,
2003). Em relação ao solo, é importante observar que o desenvolvimento das raízes é
melhor em solos de textura arenosa e média, solos leves, que facilitam a colheita e são
livres de encharcamento. Devido ao seu desenvolvimento inicial mais lento, é
importante escolher áreas com inclinação menor que 8% (SILVEIRA & PASCOAL
FILHO, 2012). A cultura necessita de solos profundos e soltos, sendo ideais os solos
arenosos ou de textura média, por possibilitarem um fácil crescimento das raízes. A
faixa favorável de pH é de 5,5 a 7, sendo 6,5 o ideal (SILVEIRA & MOURA, 2013).
2.6. Produção em Moçambique
Em Moçambique os níveis de produção da mandioca, tem superado as necessidades do
consumo nacional. A produção actual situa-se à volta de 9,7 milhões de toneladas de
mandioca fresca. A produção supracitada é praticada na sua maioria pelo sector
familiar, embora encontremos algumas associações de camponeses e pequenos privados
a praticarem esta cultura, mas em pequena escala (CEPAGRI, 2014).
A província de Nampula é a maior produtora, chegando a registar uma produção de
cerca de 3,7 milhões de toneladas, de um universo de pouco mais de 9,7 milhões de
toneladas da produção nacional, com rendimento em 8 toneladas por hectare em média.
No país, as províncias que contribuem com maior produção são as de Cabo Delgado,
Nampula, Zambézia e Inhambane (CEPAGRI, 2014).
2.7. Variedades
Segundo SILVEIRA & PASCOAL FILHO (2012), as variedades representam um dos
principais componentes tecnológicos do sistema de produção, por sua capacidade de
adaptar-se às mais diferentes condições de cultivo, pouca exigência em água e
fertilidade. Na escolha das variedades, é importante levar em consideração as seguintes
características gerais: alta produtividade; resistência a pragas e doenças; primeira
ramificação alta; raízes com facilidade de destaque. Segundo a utilização específica
considera-se as características seguintes:
Variedade para mesa – conhecida também como mandioca mansa, devido ao baixo
teor de ácido cianídrico nas raízes; com poucas fibras, com sabor e cor apreciados pelos
consumidores; raízes uniformes, tanto no comprimento como no diâmetro, de fácil
cozimento, boa durabilidade na pós-colheita e facilidade de descasque (SILVEIRA &
PASCOAL FILHO, 2012).
Variedade para indústria – conhecida também como mandioca brava, apresenta raízes
com cor da película branca; alta produção e produtividade, bom rendimento e qualidade
de farinha e fécula. As variedades mansas também podem ser utilizadas na indústria
(SILVEIRA & PASCOAL FILHO, 2012).
Variedade para alimentação animal – toda a planta pode ser empregada na
alimentação para os diversos tipos de animais domésticos, como: bovinos, caprinos,
suínos e aves, sendo as características principais destas variedades a alta produtividade
de raízes, elevada produção de massa verde e alto teor de proteína. É importante utilizar
plantas de baixo teor de ácido cianídrico (SILVEIRA & PASCOAL FILHO, 2012).
verdes e outros), que devem ser preferidos como fonte de nitrogénio. Esses adubos
devem ser aplicados na cova, sulco ou a lanço, no plantio com alguns dias de
antecedência para que ocorra a sua fermentação (FUKUDA & OTSUBO, 2003).
2.8. Adubação
A adubação de cobertura com nitrogénio na multiplicação rápida promove a
produtividade, e evidencia a importância da adubação para a cultura (PIZETTA et al.,
2002). A adubação mineral é recomendada na dose de 30 kg de N/ha, com ureia ou
sulfato de amónio. Essa aplicação deve ser efectuada ao redor da planta, no período
após a brotação das manivas, com o solo húmido (ZACARIAIS et al., 2010). A
adubação de cobertura com ureia também pode ser feita por metro quadrado, neste caso
a quantidade utilizada é de 10 g/m. A primeira aplicação é feita logo após o pagamento
(CARVALHO & SILVEIRA, s/d).
2.9. Propagação
A baixa taxa de multiplicação da mandioca é um dos obstáculos à sua propagação em
larga escala. De cada planta obtêm-se 5 a 10 manivas de 20 cm de comprimento, num
período de 12 meses, o que equivale dizer que a taxa de propagação da mandioca varia
de 1:5 a 1:10. A mandioca apresenta sementes viáveis, entretanto a propagação via
sementes somente é utilizada em trabalhos de melhoramento genético, uma vez que as
sementes possuem baixa taxa de germinação. A estaca-semente serve como semente
vegetativa para produção da mandioca (CURY, 2008; ZACARIAS et al., 2010).
2.10. Época de plantio
O cultivo da mandioca em sequeiro, deve ser plantada no início da época chuvosa,
podendo-se também plantar durante todo o ano em condições de rega. Para região semi-
árida destacam-se os meses de Agosto a Outubro. A selecção da época de plantio tem
como objectivo maximizar as fases de crescimento, permitir o bom estabelecimento e
desenvolvimento da planta, assim como reduzir o ataque de pragas e doenças e garantir
um bom rendimento (URIYO, 2006; HENRIQUE, 2014).

2.11. Espaçamento e plantio


Plantio direto, semeadura, transplante, espaçamento
De maneira geral, recomenda-se os espaçamentos de 1,00 x 1,00 m, em fileiras simples,
e 2,00 x 0,60 x 0,60 m, em fileiras duplas. Em solos mais férteis deve-se aumentar a
distância entre fileiras simples para 1,20m. Em plantios destinados à produção de ramas
para ração animal recomenda-se um espaçamento mais estreito, com 0,80 m entre linhas
e 0,50 m entre plantas. Quando a colheita for mecanizada, a distância entre as linhas
deve ser de 1,20m, para facilitar o movimento da colhedeira. Se o mandiocal for
capinado com equipamento motomecanizado, deve-se adotar espaçamento mais largo
entre as linhas, para facilitar a circulação das máquinas.

2.12. O sistema de plantio em fileiras duplas oferece as seguintes vantagens:


a) aumenta a produtividade;
b) facilita a mecanização;
c) facilita a consorciação;
d) reduz o consumo de manivas e de adubos;
e) permite a rotação de culturas na mesma área, pela alternância das fileiras;
f) reduz a pressão de cultivo sobre o solo;
g) facilita a inspeção fitossanitária e a aplicação de defensivos.

Quanto ao plantio da mandioca, em solos não sujeitos a encharcamento pode ser feito
em covas preparadas com enxada ou em sulcos construídos com sulcador à tração
animal, motomecanizados e à enxada. Tanto as covas como os sulcos devem ter
aproximadamente 10 cm de profundidade. As plantadeiras mecanizadas disponíveis no
mercado fazem simultâneamente as operações de sulcamento, adubação, corte da
maniva, plantio e cobertura das mesmas. Em solos argilosos recomenda-se plantar em
cova alta ou matumbo, que são pequenas elevações de terra, de forma cônica,
construídas com enxada, ou em camalhões, que são elevações contínuas de terra, que
podem ser construídos com enxada ou arados.

2.13. Sistema de plantio em fileiras simples


O plantio de uma ou mais culturas entre as fileiras simples de mandioca apresenta o
inconveniente da concorrência intra e interespecífica e da impossibilidade de se fazer
mais de um cultivo intercalar durante o ciclo da mandioca. Nesse caso, aconsorciação
reduz as produtividades das culturas componentes dos sistemas.

2.14. DOENÇAS

2.14.1. A podridão ataca a cultura na fase adulta, causando podridões “moles”, cuja
característica é a presença de odores muito fortes, semelhante ao que se observa em
matéria orgânica em decomposição; mostram uma coloração acizentada que se constitui
dos micélios ou mesmos esporos do fungo nos tecidos afetados. O aparecimento de
sintomas visíveis é mais freqüente em raízes que completaram a sua maturação
fisiológica; entretanto, existem casos de manifestação de sintomas na base das hastes
jovens ou em plantas recém-germinadas, resultando em murcha e morte total.

2.14.2. Bacteriose caracterizam-se por manchas angulares, de aparência aquosa, nos


folíolos, murcha das folhas e pecíolos, morte descendente e exsudação de goma nas
hastes, além de necrose dos feixes vasculares e morte da planta. Os prejuízos causados
pela bacteriose variam com as condições climáticas, suscetibilidade ou tolerância dos
genótipos, práticas culturais empregadas, épocas de plantio e nível de contaminação do
material de plantio.
2.14.3. Superalongamento os principais sintomas da doenças caracterizam-se pelo
alongamento exagerado das hastes tenras ou em desenvolvimento, provocado pelo ácido
giberélico induzido pelo fungo, formando ramas finas com longos entrenós. Em casos
severos as plantas afetadas podem ser identificadas pelas lesões típicas de verrugoses
nas hastes, pecíolos e nervuras; também é comum observar retorcimento das folhas,
desfolhamento e morte dos tecidos. Durante a estação chuvosa, a disseminação da
doença é bastante rápida, pois os esporos são facilmente transportados a longa distância
pela ação do vento e da chuva.
As medidas de controle ao superalongamento são basicamente a seleção de ramas
sadias para o plantio, eliminação de plantas infectadas, uso de cultivares tolerantes ou
resistentes e rotação de culturas nas áreas anteriormente afetadas.

2.15. Virose
Existem três tipos de doenças viróticas na mandioca (mosaico das nervuras, couro de
sapo e mosaico comum) que podem influenciar indiretamente na redução da
produtividade da cultura.
O “couro de sapo” tem sido observado de modo muito restrito em algumas lavouras.
Atualmente a doença não tem sido observada nas áreas de produção de mandioca, não
constituindo problema para a cultura. Entretanto, a doença é considerada como
potencialmente importante, pois sua manifestação severa em plantios de mandioca pode
inviabilizar economicamente as atividades relacionadas com a produção de matéria-
prima.
Estima-se que um ataque severo do vírus pode provocar uma redução em torno de 70%
na produtividade ou até mesmo perdas totais em genótipo suscetível. O vírus pode
também reduzir drasticamente a qualidade do produto, especialmente quanto aos teores
de amido nas raízes, cuja redução pode variar de 10 a 80%. Como métodos de controle
das viroses são sugeridos a seleção de material de plantio

2.16. Pragas
Mandarová
O mandarová, Erinnys ello é É uma das pragas de maior importância para a cultura da
mandioca, não somente por sua ampla distribuição geográfica, como também devido à
sua alta capacidade de consumo foliar, especialmente nos últimos ínstares larvais. A
lagarta pode causar severo desfolhamento, o qual, durante os primeiros meses de
cultivo, pode reduzir o rendimento e até mesmo, ocasionar a morte de plantas jovens.
Ácaros
Os ácaros são as pragas mais severas que atacam a cultura da mandioca, sendo
encontradas em grande número na face inferior das folhas, freqüentemente durante a
estação seca do ano, podendo causar danos consideráveis, principalmente nas regiões
Nordeste e Centro-Oeste. Alimentam-se penetrando o estilete no tecido foliar
succionando a seiva das plantas.
Os sintomas típicos do dano são manchas cloróticas, pontuações e bronzeamento no
limbo, morte das gemas, deformações e queda das folhas. Em conseqüência, a área
foliar e a taxa fotossintética são reduzidas.
O controle cultural dos ácaros deve ser utilizado e consiste na realização de certas
práticas que dificultam o desenvolvimento populacional da praga e retardam a sua
dispersão, tais como:
1. destruição de plantas hospedeiras;
2. inspeções periódicas na cultura para localizar focos;
3. destruição dos restos de cultura, prática indispensável naquelas plantações que
durante seu desenvolvimento apresentaram altas populações de ácaros;
4. seleção do material de plantio (para obter manivas livres de ácaros, insetos e
enfermidades); e
5. distribuição adequada das plantas no campo para reduzir a disseminação dos ácaros.

Cupins
Apresentam o corpo branco-cremoso e asas maiores que o abdome. Atacam o material
de propagação armazenado, as plantas jovens e raízes das plantas em crescimento.
Quando atacam as manivas armazenadas, penetram pela parte seca, podendo invadí-las
e destruí-las totalmente; nas plantas jovens, constroem galerias entre a medula e o
córtex, impedindo assim o transporte de nutrientes. Por este motivo, as plantas
apresentam um secamento progressivo descendente e logo depois morrem.
Quando esses insetos atacam as raízes de plantas desenvolvidas, observam-se, na
epiderme, agregações de terra cristalizada sob as quais se localizam os cupins. Acredita-
se que o maior dano é causado quando atacam as manivas, embora possam afetar
seriamente as plantas adultas, podendo também afetar o estabelecimento do cultivo,
especialmente durante épocas de secas prolongadas.

Formigas
Podem desfolhar rapidamente as plantas quando ocorrem em altas populações e/ou não
controladas. Fazem um corte semi-circular na folha, podendo também atingir as gemas
quando os ataques são severos. Os formigueiros podem ser distinguidos facilmente no
campo, pelos montículos de terra que são formados em volta do orifício de entrada. Em
geral os ataques ocorrem durante os primeiros meses de desenvolvimento da cultura.
Sabe-se que a acumulação de carboidratos nas raízes depende da atividade
fotossintética que ocorre no sistema foliar e, assim, qualquer distúrbio nessa parte da
planta pode prejudicar a quantidade de substâncias amiláceas elaboradas. Deve-se
efetuar o controle logo que se observem plantas com folhas e pecíolos cortados.
Os insetos podem ser destruídos dentro do ninho, através de fumigação, feita nas épocas
chuvosas. O uso de isca granulada, colocada ao longo dos caminhos deixados pelas
formigas, durante épocas secas, é uma boa medida de controle. De uma maneira geral, a
escolha de um formicida vai depender das condições climáticas por ocasião do controle;
os inseticidas líquidos devem ser utilizados nas épocas chuvosas, enquanto os produtos
em pó e as iscas granuladas são indicados para as épocas secas.

2.15. CONSÓRCIACÃO

2.15.1. Sistema de plantio em fileiras simples


Mandioca + feijão Vigna
O feijão é plantado intercalado às fileiras de mandioca. Em geral, planta-se o feijão no
mês de maio, variando o espaçamento de 0,50m x 0,50m a 0,50m x 0,30 m, com três
sementes por cova. Duas semanas após o plantio do feijão, entra a mandioca, em
consorcio, no espaçamento de 1,00mx a 1,00m.
Mandioca + milho
O consórcio mandioca + milho é também bastante usado . Normalmente é feito o
plantio de uma fileira de milho intercalada com a mandioca plantada no espaçamento de
1,00 m x 1,00m. O milho é plantado no espaçamento de 1,00 m entre linhas e 0,50 m
entre covas.
Mandioca + milho + feijão Vigna
Esse sistema de consórcio triplo também é muito utilizado. Geralmente, o espaçamento
entre fileiras de mandioca varia de 1,00 x 0,50 m até 2,00 x 1,00 m, usando-se uma ou
duas fileiras de milho entre duas de mandioca, alternadas com fileiras de feijão. Para
garantir uma melhor germinação, usam-se três sementes por cova, tanto para o milho
como para o feijão.

2.16.2. Sistema de plantio em fileiras dupla.


Tem a vantagem de racionalizar o consórcio, pelo uso dos espaços livres queexistem
entre cada fileira dupla da mandioca, nos quais é possível se fazer até dois plantios de
culturas de ciclo curto durante o ciclo da mandioca. O melhor espaçamento em fileiras
duplas é de 2,00 x 0,60x 0,60 m.
Mandioca + milho
Colocar duas fileiras de milho entre cada fileira dupla de mandioca, no espaçamento de
1,00 m entre fileiras e 0,20 m entre plantas. Não se recomenda o segundo plantio de
milho durante o ciclo da mandioca, pois prejudica muito a produtividade desta cultura.
Mandioca + amendoim
Colocar três fileiras de amendoim entre cada fileira dupla de mandioca, no espaçamento
de 0,50 m entre fileiras e 0,10 m entre plantas.

2.17. Colheita
O início da colheita da mandioca depende de fatores como:

1) técnicos
 ciclo das cultivares (precoces - 10-12 meses; semi-precoces – 14-16 meses; e
tardias-18-20 meses);
 ocorrências observadas ao longo do ciclo de cada cultivar ou de cada gleba,
como é o caso do ataque de pragas ou doenças que podem antecipar ou retardar
a colheita;
 condições em que se encontram as diferentes áreas de mandioca na ocasião da
colheita, como o grau de infestação de plantas daninhas e a recuperação das
plantas, por exemplo, do ataque de mandarovás e/ou de ácaros, já tendo ocorrido
a reposição do amido consumido na reconstituição da parte aérea danificada;
 sistema de plantio em relação às condições de umidade do solo, desde quando
nas culturas instaladas em covas ou camalhões, as raízes de reserva
sedesenvolvem mais superficialmente em relação ao nível do solo, o que não
acontece quando o plantio em sulcos;
2) ambientais
 condições de solo e clima, que determinam as facilidades e dificuldades ao
arranquio das plantas. Nas regiões em que se destacam indústrias deprodutos de
mandioca, os agricultores definiram os períodos secos e quentes ou secos e frios,
entre as estações chuvosas, para a realização da colheita das raízes, uma vez que
elas apresentam suas qualidades desejáveis em seu mais alto grau. Esta condição
não é respeitada nas Regiões Norte e Nordeste do Brasil, desde quando a
mandioca, como produto de subsistência, é colhida o ano inteiro, para atender ao
consumo e à comercialização nas feiras livres;
 estado das estradas e dos caminhos de acesso ao mandiocal;
3. CONCLUSÃO
Depois de analisar o trabalho o grupo conclui que,A mandioca (Manihot sculenta
Crantz) é uma planta originária do nordeste de Brasil, onde é cultivada desde antes da
colonização. E também mandioca é rica em carbohidratos, é usada tanto na alimentação
humana quanto na animal. Sua principal parte útil é a raiz túberosa, onde se concentra
maior quantidade de fécula. Por isso serve como base para a alimentação.
4.Referencia bibliografica
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Culturas Estratégicas. Moçambique.
CARVALHO, S. P. SILVEIRA, G. S. R. (s/d) Cultura da Alface. Departamento
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GOMES, J. LEAL, E.C. (2003). Cultivo da Mandioca para a Região dos Tabuleiros
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Moçambique. Colecção de Transferência de Tecnologia. Série Agricultura
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