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IRMA MELU JAMBOSSE

Cultura de Mandioca

Eng. Agro - Pecuária

UNIVERSIDADE ALBERTO CHIPANDE

Beira, 2024

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IRMA MELU JAMBOSSE

Cultura de Mandioca

Trabalho a ser apresentado ao curso de


Engenharia Agropecuária, com requisito parcial
de avaliação da disciplina de culturas alimentares

Docente: Msc. Lucuman agy

Beira, 2024
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Índice

Capitulo I: INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4

1.1. Introdução ................................................................................................................................ 4

1.2. OBJECTIVO ............................................................................................................................ 5

1.2.1. Geral ...................................................................................................................................... 5

1.2.2. Especificos ............................................................................................................................ 5

1.3.Metodologia .............................................................................................................................. 5

CAPITULO II. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................ 6

2.1. Contextualização ...................................................................................................................... 6

2.2 Classificação da Cultura ........................................................................................................... 7

2.3.Características ........................................................................................................................... 7

2.4.Variedades da Mandioca ........................................................................................................... 7

2.5.Variedades de mandioca mais cultivadas em África ................................................................ 8

2.6. Importância económica da cultura da mandioca ...................................................................... 8

2.7.Ciclo de crescimento da mandioca ........................................................................................... 9

2.8 Sistema de produção da cultura de mandioca ........................................................................... 9

2.9 Etapas do sistema produtivo da cultura de mandioca ............................................................. 10

3. Factores que afectam a produção da mandioca......................................................................... 13

3.1. Principais doenças da mandioca ............................................................................................ 14

3.1.2.Principais pragas da mandioca ............................................................................................. 14

3.1.3. Métodos de controlo de pragas e doenças de mandioca ..................................................... 15

CAPITULO IV: CONCLUSÃO ................................................................................................... 16

CAPITULO V: REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA .................................................................... 17

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Capitulo I: INTRODUÇÃO

1.1. Introdução

E com muita satisfação que apresento o presente trabalho de culturas alimentares, na qual irei
debruçar em torno da cultura da mandioca, tendo como balizamento as conceptualizações teóricas
defendidads pelos principais defensores temporâneos. No entanto, busca-se desenvolver os
conceitos e aspectos fundamentais a partir da perspectiva social defendida na sua maioria por
visionários e pensadores da atualidade. Ademais, é com o propósito de “buscar”, entender ao
estudo do cultivo da cultura em epígrafe que se propõe o desenvolvimento destas linhas, no entanto,
acredita-se que o desenvolvimento só é possível com a plena garantia dos direitos e liberdade aos
direitos educacionais e culturais

Não obstante, a mandioca é uma das culturas alimentares mais importante na região da África.
Esta cultura denominada por mandioca em países de expressão portuguesa e kassave em países de
expressão inglesa e de yuca no norte de América do sul e América central. Mundialmente, a
produção de raiz de mandioca concentra-se na Tailândia, Brasil e Nigéria, sendo este o maior
produtor mundial, seguido pelo Brasil.1

Sem muito de longa, o trabalho está estruturado em três capítulos. No primeiro capítulo, temos
nota introdutória, constituído dos objetivos da presente pesquisa e as metodologias usadas em prol
o desenvolvimento do trabalho. No Segundo capitulo, caracteriza-se pela revisão da literatura,
onde apresentamos as principais abordagens referente a temática em questão, no terceiro e ultimo
capítulo, traçamos as conclusões, ou seja, as considerações finais em torno da pesquisa, seguidos
pelas referências bibliográficas.

De salientar que constitui os objectivos centrais do presente trabalho os seguintes,

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MELO (1995) O crescimento da produção de mandioca na África e na Ásia decorreu do grande incentivo
que a cultura teve em países como a Nigéria e Tailândia, respectivamente.

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1.2. OBJECTIVO

1.2.1. Geral

O trabalho tem como objectivo geral, promover um breve estudo entorno da cultura da mandioca.

1.2.2. Especificos

 Breve contextualização face ao tema em apresso;

 Identificar variedades de mandioca mais cultivadas em África;

 Caracterizar ciclo de crescimento da mandioca;

 Importância económica da cultura da mandioca;

 Factores que afectam a produção da mandioca;

 Identificar as etapas do sistema produtivo da cultura de mandioca;

 Descrever variedades da Mandioca;

 Identificar o sistema de produção da cultura de mandioca;

 Caracterizar as principais pragas da mandioca;

 Descrever métodos de controlo de pragas e doenças de mandioca.

1.3.Metodologia

A Metodologia segundo Rodrigues (2007)

É um conjunto de abordagens, técnicas e processos utilizados pelo


pesquisador para formular e resolver problemas de aquisição observando
conhecimento de uma maneira sistemática (Rodrigues (2007)

A metodologia aplicada para elaboração do presente trabalho é de caracter pesquisa bibliográfica-


documental, onde foram feitas várias consultas em diversos artigos, livros e legislações publico na
internet e com auxílio de alguns relatórios oficias, que tem como importância nos reencaminhar
no desenvolver de informações em torno do tema em questão

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CAPITULO II. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. Contextualização

A mandioca (Manihot esculenta crantz) é originária da América do sul. Introduzida em África


pelos portugueses por volta do século XVI E XVII procedente da região de Amazónia no Brasil.
(IIAM, 2010)

Não obstante, a mandioca é uma das culturas alimentares mais importante na região da África.
Esta cultura denominada por mandioca em países de expressão portuguesa e kassave em países de
expressão inglesa e de yuca no norte de América do sul e América central.

Mundialmente, a produção de raiz de mandioca concentra-se na Tailândia, Brasil e Nigéria, sendo


este o maior produtor mundial, seguido pelo Brasil. Contudo, o crescimento da produção de
mandioca na África e na Ásia decorreu do grande incentivo que a cultura teve em países como a
Nigéria e Tailândia, respectivamente (MELO, 1995).

Todavia, o continente mais produtivo é o africano responsável por 42% da produção mundial,
seguido da Ásia com 37% e 21% para América do Sul (FASINMIRIN e REICHERT, 2011). Em
Moçambique a mandioca é a cultura mais importante depois de milho, a cultura de mandioca
desempenha um papel importante na segurança alimentar, é uma fonte de rendimento para as
famílias rurais e podem emprega-la na alimentação humana e animal. Embora cultivada em todo
o país, a mandioca se reveste de maior importância nas regiões Centro e Norte onde desempenha
um papel social muito importante.

Estima-se que as províncias de Zambézia, Nampula e Cabo Delgado apresentam cerca de 85% da
produção total nacional. É maioritariamente produzida pelo sector familiar em áreas que variam
de 0.25 aos 2.0 hectares. Na zona norte, a mandioca serve de alimento básico e de segurança
alimentar para mais de 50 % da população. Dada a sua disponibilidade ao longo de todo ano,
tolerante a seca, possibilidade de armazenamento no solo até cerca de três campanhas consecutivas
e de colheitas parciais, aumenta o seu valor como cultura de reserva alimentar (IIAM, 2010).

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2.2 Classificação da Cultura

A mandioca é classificada como sendo de ciclo precoce a tardio quanto ao seu desenvolvimento.
Para as de ciclo precoce o crescimento ocorre até aos 8 a 15 meses, altura em que são colhidas e
são as mais adequadas para o consumo humano. As variedades do ciclo tardio o desenvolvimento
ocorre até aos 18 a 24 meses e são mais usadas em plantações para fins industriais ou forrageiros
(LOZANO, 1985).

2.3.Características

A mandioca (Manihot esculenta Crantz) é uma planta alógama, a altura da planta vária de 1 à 2
m, podendo atingir até 4 m. É um arbusto perene, pertencente à família botânica Euphorbiaceae.
Exerceu papel relevante para as populações nativas, mantendo a sua posição de principal fonte de
carboidrato do continente (Siane, 2021)

2.4.Variedades da Mandioca

As variedades representam um dos principais componentes tecnológicos do sistema de produção,


por sua capacidade de adaptar-se às mais diferentes condições de cultivo, pouca exigente em água
e fertilidade. Na escolha das variedades, é importante levar em consideração as seguintes
características gerais: alta produtividade; resistência a pragas e doenças; primeira ramificação alta;
raízes com facilidade de destaque da touceira.

Para a utilização específica, considerar as seguintes características:

 Variedade para mesa – conhecida também como mandioca mansa ou macaxeira, devido
ao baixo teor de ácido cianídrico nas raízes; com poucas fibras, com sabor e cor apreciados
pelos consumidores; raízes uniformes, tanto no comprimento como no diâmetro, de fácil
cozimento, boa durabilidade na pós-colheita e facilidade de descascamento.

 Variedade para indústria – conhecida também como mandioca brava, raízes com cor da
película branca; alta produção e produtividade, bom rendimento e qualidade de farinha e
fécula. As variedades mansas também podem ser utilizadas na indústria.

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 Variedade para alimentação animal – toda a planta pode ser empregada na alimentação
para os diversos tipos de animais domésticos, como: bovinos, caprinos, suínos e aves,
sendo as características principais destas variedades a alta produtividade de raízes, elevada
produção de massa verde e alto teor de proteína. Importante utilizar plantas de baixo teor
de ácido cianídrico (Siane, 2021)

2.5.Variedades de mandioca mais cultivadas em África

Em conformidade com o mesmo pensamento, as variedades de mandioca mais cultivadas em


África são as destinadas para o processamento com o ciclo vegetativo, normalmente, de oito a
quinze meses e são bem identificados em solos cuidadosos.

Conforme estudos recentes, os cultivos mais utilizados são: cascuda, vassourinha, fécula branca,
com teor amilífero ao redor de 35%. De acordo com ALLEN (1994), a mandioca apresenta
diversas variedades de cultura e geralmente são classificadas da seguinte forma:

Quanto ao sabor:

 Em doces ou Amargas.

Quanto a toxidade:

 Não tóxicas a muito tóxicas de acordo com o conteúdo de glicosídeos contidos nas raízes.

2.6. Importância económica da cultura da mandioca

A cultura da mandioca desempenha uma importância económica muito vasta, no que diz respeito
a sua utilização no consumo, e comercialização do produto. Muitos países da África e do mundo
conseguem satisfazer as suas necessidades do mercado através do intercâmbio com os outros
Países que não conseguem produzir, mesmo com capitais financeiros, e muitos deles não produzem
a mandioca devido as suas condições climáticas desfavoráveis. Para o caso de Moçambique em
particular está virada ao mercado de consumo e comercialização do produto. E hoje em dia, muitas
populações conseguem resolver os seus problemas graças a comercialização do produto
(BELLOTTI, etal 1994).

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Nos estudos feitos pelo IIAM (2008), a mandioca é um alimento importante para várias regiões do
País, as folhas servem para o consumo humano (hortícolas) e alimentação animal (fresca, silagem,
e fenos), as hastes servem como material de plantio, e alimentação animal (fresca, silagem e fenos),
as raízes servem para alimentação humana, em forma fresca, cozida ou assada, em forma de farinha,
para a confecção de chima, e em forma de produtos da indústria pasteleira, doces e salgados, na
alimentação animal, fresca, e desidratada em forma de farinha e raspas na indústria para o fabrico
de amido, e as raízes também são usadas para o fabrico de amido fermentado para culinária e
confeitarias e álcool etílico (combustível, desinfectante, bebidas e perfumaria).

2.7.Ciclo de crescimento da mandioca

De acordo com LOZANO (1985), o ciclo de crescimento da mandioca compreende 4 fases


nomeadamente: enraizamento, tuberização, engrossamento e acumulação de matéria seca.

 Enraizamento é a fase de estabelecimento da planta, as estacas brotam, surgem as


primeiras raízes fibrosas de absorção, dá-se a formação das primeiras folhas e o início do
crescimento vegetativo;

 Tuberização inicia com a formação da raiz de reserva e competição em acumulação de


assimilados;

 Engrossamento é a fase de acumulação de assimilados (amido) nas raízes de reserva, que


ocorre quando a área foliar alcança seu máximo;

 Acumulação de matéria seca é a fase de recuperação de produção de folhas.

2.8 Sistema de produção da cultura de mandioca

De acordo com FURLANETO et al (2006), o sistema de produção da mandioca é um processo


longo que é realizado com base nas técnicas, etapas, métodos, dentre quais, é aplicado tendo em
conta o preparo, o maneio, a poda, a consorciação, a densidade, a colheita, e vários outros
procedimentos necessários para que ocorra normalmente a produção. Quando se faz a consorciação
da mandioca é preciso ter em conta o compasso entre as plantas da mandioca que varia entre 1
metro x 1.5 metros aos 2 x 2 metros respectivamente. E para a cultura em estudo pode ser feita a

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consorciação com o cruzamento de feijão nhemba, feijão bóer, feijão jugo, amendoim, e a
consorciação é muito aconselhável porque garante melhora a utilização da área bem como a
conservação dos solos.

2.9 Etapas do sistema produtivo da cultura de mandioca

Em conformidade com IIAM (2008), as etapas do sistema produtivo da cultura de mandioca devem
ser demonstradas da seguinte maneira:

1. Preparação do solo

A preparação do solo constitui a primeira fase do sistema produtivo da cultura da mandioca,


e inicia geralmente próximo da época chuvosa para as condições de sequeiro. O solo pode
ser preparado em forma de sulcos ou camalhões e terra plana, a plantação em sulcos é
comum em solos preparados com tracção animal ou mecanizado, e menos frequente
durante a preparação manual, devido a quantidade de trabalho exigido. A preparação do
solo em sulcos facilita a rega, garante boa aeração das raízes e drenagem adequada,
constituindo uma vantagem quando o campo se localiza em zonas baixas e inclinadas ou
solos pesados. 2

2. Seleção e preparação da estaca semente para o plantio

A Selecção e preparação da estaca semente para o plantio dependem de factores como:


maturação, grossura, número de nós, tamanho e viabilidade. As estacas finas, queimadas
pelo sol, e com gemas danificadas devem ser descartadas. As estacas devem ser obtidas de
plantas livres de doenças ou pragas, de uma parte madura com boas reservas. A queda
natural das folhas a começar da base para o ápice das plantas, em condições normais, é um
indicativo da maturação naquelas porções onde já caíram as folhas. As inspecções regulares
do campo de produção favorecem a avaliação do estudo sanitário de estaca semente. As
estacas de mandioca podem ser plantadas logo após o corte da planta madura ou depois de
um período de armazenamento.

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Durante a preparação manual, os sulcos são também feitos para incorporação de restolhos da campanha
anterior, permitindo melhor conservação do solo.
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3. Plantio

As estacas podem ser plantadas na posição vertical, inclinada e horizontal. A posição


depende do método do plantio mecanizado ou manual, direcção dos ventos, tipo de solo,
capacidade de retenção de humidade de solo e época de plantio. Em plantação mecanizada
geralmente usa-se o plantio horizontal. Na posição inclinada, as estacas sementes são
enterradas pela base, numa posição inclinada de 45 a 60 graus. A plantação vertical produz
raízes tuberosas mais profundas em relação a plantação inclinada, enquanto a plantação
horizontal produz raízes superficiais. A forma de plantio influencia também na disposição
das raízes do solo, sendo que na plantação vertical encontra-se de forma compacta.

Para se estabelecer um espaçamento ideal, devem ser observados os fatores: fertilidade do


solo, práticas culturais, variedades e finalidade da exploração. Com o adubo químico, e
cobrir com uma camada de 5 centímetros de terra.

4. Maneio de infestantes

As infestantes devem ser eliminadas sempre que necessário, principalmente nos primeiros
3 a 4 meses depois do plantio. A falta de maneio pode reduzir o rendimento na ordem de
40% a 70% para os cultivos com e sem ramificação, respectivamente. Algumas práticas de
maneio recomendadas são as sachas manuais, o uso de variedades com alto rigor, o uso de
herbicidas, ou combinação de métodos.

5. Adubação

Nessa etapa do sistema produtivo da mandioca, recomenda-se a análise do solo para obter
uma aplicação mais adequada. Os adubos podem estar apresentados em diferentes
formulações, como por exemplo, em forma de ureia, compostos nitrogenados, fosfatados e
potássios. A adubação orgânica, além de reter umidade no solo, é fundamental para
fornecimento de macronutrientes e micronutrientes. As quantidades poderão ser variáveis,
dependendo do tipo de material orgânico. Podem ser utilizados estercos ou adubação verde.

6. Poda

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A poda é realizada em cultivos que permanecem no solo por mais do que um ciclo de
crescimento, ou em caso de plantio para a produção de estaca semente. Em plantações na
zona de altitude, como por exemplo em Gorué, onde ocorrem geadas, a poda é realizada
antes da ocorrência deste fenómeno. Podam-se também, as plantas que forem atacadas por
brocas do caule, e necessitem de uma renovação da parte aérea para atravessarem o
segundo ciclo vegetativo em melhores condições fitossanitárias. Depois de podadas as
plantas emitem novos brotos, devendo fazer-se a limpeza do campo, remoção dos brotos
indesejados e garantir que somente 2 a 3 brotos vigorosos continuem com o
desenvolvimento.

7. Colheita de raízes

A colheita das raízes pode ser feita entre 8 a 24 meses, depois do plantio, dependendo da
variedade e objectivo da produção. As variedades doces podem ser colhidas de forma
sequenciada a partir dos 8 meses depois do plantio. Algumas vezes procede-se a colheita
parcial das raízes maiores duma mesma planta, deixando as restantes para completar o
desenvolvimento.

A época mais indicada para a colheita é aquela em que as plantas se encontram em período
de repouso vegetativo, ou seja, quando, pelas condições de clima (época fria e seca) de
junho a agosto, as plantas já perdem a maior parte das folhas, atingiram o máximo de
produção de raízes e de reservas de amido. A colheita pode ser manual e mecanizada, onde
a manual é feita com auxílio de enxada para retirar as raízes do solo, e as raízes são
destacadas, preferivelmente com golpes de faca ou catana.

O processo de colheita poderá ser mecanizado com a utilização de implementos específicos,


para o corte dos ramos e afrouxamento das raízes, e de forma manual, quando a parte aérea
é cortada. Com auxílio de enxada e enxadão a planta é retirada do solo e as raízes
destacadas da touceira.

 Mandioca para mesa É retirado o excesso de solo aderido às raízes, que serão
embaladas para comercialização.

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 Mandioca para indústria É transportada a granel para indústria, onde será feito o
processamento. A produtividade esperada, tanto das variedades para indústria como
para mesa, é de 20 a 40 toneladas por hectare.

8. Clima e solo

A cultura é capaz de alcançar produções satisfatórias sob condições adversas de clima e


solo. É cultivada em todo o território nacional. Possui desenvolvimento ideal em regiões
com altitude entre 600 e 800 metros, temperaturas anuais entre 20°C e 27°C e precipitação
entre 1.000 a 1.500 milímetros por ano, com uma insolação média anual de 12 horas.

Em relação ao solo, é importante observar que o desenvolvimento das raízes é melhor em


solos de textura arenosa e média, solos leves, que facilitam a colheita e são livres de
encharcamento. Devido ao seu desenvolvimento inicial mais lento, é importante escolher
áreas com inclinação menor que 8%.

9. Tratos culturais

A cultura deve ser mantida no limpo, por meio de capinas até os 90 dias após o plantio.

10. Rotação de Cultura

Após 2 anos de cultivos sucessivos na mesma área, é necessário elaborar a rotação de


culturas, utilizando: milho soja, arroz ou algodão a fim de evitar infestação de pragas e
doenças.

3. Factores que afectam a produção da mandioca

Os principais factores limitantes a produção da cultura de mandioca em Moçambique são as pragas,


doenças, infestantes, factores socioeconómicos, edáficos, agronómicos e inadequado material de
propagação disponível, pobres práticas culturais, uso limitado de variedades e chuvas irregulares.
Segundo BELLOTTI et al (1994), os factores que afectam a produção da mandioca são:

i. A precipitação

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A precipitação é um dos fenómenos naturais que contribui negativamente no crescimento
e desenvolvimento da produção da mandioca. Pois, a mandioca não consegue desenvolver
em boas condições no seu aparecimento em campos de produção.

ii. Preços dos produtos

A disponibilidade dos preços de produtos no mercado. Varia de época para época


dependendo da procura e da oferta de produtos no mercado com a descida e a subida de
preços.

iii. Preços de compra ao produtor

Quando a época de plantio se aproxima, o produtor deve procurar se actualizar no mercado


de insumos, para saber qual a evolução dos preços no mercado, se os preços são constantes
ou aumentaram. O produtor ao possuir insumos agrícolas a baixo custo sai a ganhar pois
beneficiara-se de altos rendimentos de produção.

3.1. Principais doenças da mandioca

Segundo CUAMBE (2004) e PERIN (1978), as principais doenças da mandioca em Moçambique


são:

 Mosaico africano da mandioca;

 Listrado castanho da mandioca;

 Podridão mole da raiz; e

 Queima bacteriana.

3.1.2.Principais pragas da mandioca

 Cochonilha da mandioca;

 Ácaro verde;

 Gafanhoto elegante;

 Bacteriose;

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 Térmites.

Imag 1: Folha de mandioca apresentando manchas angulares, de aspecto aquoso,

3.1.3. Métodos de controlo de pragas e doenças de mandioca

FARIAS et al (2000), enumerou alguns métodos de controlo de pragas e doenças de mandioca:

i. Controlo cultural

Pode se controlar o ácaro verde através do uso de material de plantação sadio, variedades tolerantes,
rotação com culturas não hospedeiras e destruição de restolhos vegetais.

ii. Controlo químico

O uso de acaricidas, tais como comite e Tedion, têm se mostrado eficaz no tratamento de plantas
infestadas de ácaros.

iii. Controlo biológico

Entre os agentes do controlo biológico que regulam as populações de ácaros, destacam-se alguns
coleópteros, principalmente os géneros stethorus e oligota e várias espécies benéficas da família
Phytoseidae como T.Aripo, e a espécie mais importante em África, e em Moçambique é útil para
o controlo biológico.
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CAPITULO IV: CONCLUSÃO

Aguisa da conclusão, importa destacar de modo geral que, a produção da cultura de mandioca é
uma actividade indispensável na economia desta propriedade, esta cultura contribui
substancialmente para o rendimento dos proprietários, o sistema de produção da mandioca
adoptada pela propriedade rural e dando um grande benefício a população mundial no consumo
da mesma cultura e, proporcionando os benefícios nutritivas as homens e animais.

Não obstante, o plantio da mandioca é realizado no início da estação chuvosa, a qual coincide com
o reinício ou o prosseguimento de um período quente. Entretanto, a produtividade desta cultura
depende de diversos factores, dentre as quais destacam-se: (i) a variedade escolhida, (ii) a
fertilidade do solo, (iii) as condições climáticas, (iv) tratos culturais, (v) controle de pragas e
doenças e; (vi) método de plantio. A adequação destes factores de produção é importante para a
maximização da produção.

Contudo a área de produção da mandioca deve ser identificada, trabalhada e bem localizada de
modo a facilitar a sua utilização na produção. A preparação da área de produção todavia inicia
geralmente próximo da época chuvosa em condições adequadas de modo a ser feita arrumação do
campo antes da plantação.

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CAPITULO V: REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

1. ALLEM, A.C. 1994. The Origin oferta manihot esculenta Crantz (Euphorbiaceae).Genetic
resource and crop evolution, 41: 133-150

2. BELLOTTI, A.C. (2000). Maneio integrado de principais pragas e doenças da mandioca,


São Paulo: Editora Atlas S.A

3. FURLANETO, P, KANTHACK; M. BONISSONI, R. (2006). Sistema de produção da


cultura da mandioca.

4. INSTITUTO DE INVESTIGAÇÃO AGRÍCOLA DE MOÇAMBIQUE (IIAM). UEM-


FAEF Fichas Técnicas de Culturas. Outubro (2010). 1a ed. Maputo

5. RODRIGUES, William Costa, Metodologia Cientifica, 2007

6. Siane, R. E. (2021). Cultura da Mandioca. Universidade Católica de Moçambique ,


Faculdade de Gestão e Turismo , Maputo.

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