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3ºAno
Licenciatura em Direito
Universidade Licungo
Beira
2024
Emília Joãna Cabral Chinhoca
3ºAno
O Supervisor
Universidade Licungo
Beira
2024
Índice
CAPITULO I: INTRODUÇÃO.................................................................................................1
1.Introdução................................................................................................................................1
1.2 Objectivos.............................................................................................................................2
1.2.1 Objectivo Geral.................................................................................................................2
1.2.2 Objectivos Específicos......................................................................................................2
1.3 Metodologia.........................................................................................................................2
1.3.1 Pesquisa Bibliográfica.......................................................................................................2
CAITULO II. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................3
2.1 Conceito de Títulos de Crédito.............................................................................................3
1.2 Princípios dos Títulos de Crédito.........................................................................................4
1.2.1 Cartularidade.....................................................................................................................4
1.2.2 Literalidade........................................................................................................................5
2.2.3 Autonomia.........................................................................................................................6
2.2.3.1 Abstração........................................................................................................................6
2.2.3.2 Independência.................................................................................................................7
2.2.3.3 Inoponibilidade...............................................................................................................7
2.3 Classificação dos Títulos de Crédito....................................................................................8
2.3.1 Classificação Quanto à Natureza e Conteúdo...................................................................8
2.3.2 Classificação Quanto ao Modo de Circulação..................................................................9
2.4. Características gerais dos títulos de crédito......................................................................10
2.5. A letra de câmbio..............................................................................................................11
2.5.1. Requisitos formais da letra.............................................................................................11
Conclusão.................................................................................................................................12
Referência Bibliográfica...........................................................................................................13
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CAPITULO I: INTRODUÇÃO
1.Introdução
O presente trabalho de pesquisa científica intitulado ao tema: Titulos de Credito,
ao portador, a ordem normativos, Letra e Livrança, na qual podemos iniciar com
conceito de título de crédito, seus princípios, tais como cartularidade, literalidade e
autonomia que se subdivide nos princípios da abstracção, independência e
inoponibilidade de exceições de terceiros de boa-fe, posterior o desenvolvimento do
titulo.
1.2 Objectivos
1.3 Metodologia
1.2.1 Cartularidade
Circularidade quer dizer que o título é o próprio direito, quem porta tem o direito de
exercer as atribuições nele contidas.
Somente quem exibe a cártula (isto é, o papel em que se lançaram os atos cambiários
constitutivos de crédito) pode pretender a satisfação de uma pretensão relativamente ao
direito documentado pelo título. (COELHO, 2011, p. 396).
Em suma, quem porta o título tem o direito de exigir a relação cambial existente
na cártula. O credor somente poderá exigir a prestação se estiver com o título de crédito
para que o devedor possa cumpri-la.
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1.2.2 Literalidade
O princípio da literalidade dá ao título requisitos que devem ser seguidos pelo
credor e também pelo devedor, tais como prazo, valor e local de pagamento.
“A literalidade entende-se no sentido de que, para a determinação da existência,
conteúdo, extensão e modalidades do direito, é decisivo exclusivamente o teor do
título.” (BORGES, 1977, p. 13).
O conceito de literalidade para Waldomiro Bulgarelli (1998, p. 59) “é a medida
do direito contido no título. Vale, assim, o documento pelo que nele se contém,
exprimindo, portanto, a sua existência, o seu conteúdo, a sua extensão, e a modalidade
do direito nele mencionado”.
Portanto, para ter validade as claúsulas do negócio que deu origem ao título de
crédito devem constar expressamente nele. Segundo Rubens Requião (2014, p. 458)
o título é literal porque sua existência se regula pelo teor de seu conteúdo. O título de
crédito se enuncia em um escrito, e somente o que está nele inserido se leva em
consideração; uma obrigação que dele não conste, embora sendo expressa em
documento separado, nele não se integra.
Cumpre salientar que pode haver complementação do título de crédito, conforme afirma
João Eunápio Borges (1977, p. 13)
literalidade que se não deve confundir com independência, plenitude a completa
dos autores italianos – porque ela não exclui a possibilidade de virem a integrar a
declaração constante do título elementos estranhos ao documento e por ele invocados de
modo explícitos ou implícitos. E assim o título, embora literal, pode ser incompleto,
porque a configuração do direito dele resultante – do direito cártulas – fica na
dependência de elementos que não figuram no título mas, por ele invocados, ficam
fazendo parte integrante da declaração cártulas.
2.2.3 Autonomia
A autonomia é princípio fundamental para a movimentação dos títulos de crédito,
pois vícios anteriores não maculam os adquirentes de boa-fé.
Segundo Fábio Ulhoa Coelho, (2011, p. 399) “pelo princípio da autonomia das
obrigações cambiais, os vícios que comprometem a validade de uma relação jurídica,
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2.2.3.1 Abstração
Os títulos de crédito podem ser abstractos quando são postos em circulação sem
sua causa de emissão, são títulos autónomos e abstractos a nota promissória e o cheque
que são estudos deste trabalho de conclusão de curso.
“Quando o título de crédito é posto em circulação, diz-se que se opera a abstracção,
isto é, a desvinculação do ato ou negocio jurídico que deu ensejo à sua criação.”
(COELHO, 2011, p. 401).
São títulos abstratos e neutros no sentido de que não se prendem legalmente a
nenhuma causa certa e determinada, podendo servir de molde para qualquer obrigação.
Qualquer natureza e a origem desta, poderá ela incorporar-se no título abstracto, cuja
absoluta independência em relação à causa desconhecida constitui factor de maior
segurança e tranquilidade para os sucessivos adquirentes de títulos (BORGES, 1977, p.
17).
Rubens Requião (2014, p. 461) “tem um parecer bem parecido com os demais
doutrinadores citados “os títulos de crédito podem circular como documento abstractos,
sem ligação com a causa a que devem sua origem. A causa fica fora da obrigação, como
no caso da letra de câmbio e notas promissórias”.
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2.2.3.2 Independência
O subprincípio da independência traz maior formalidade ao título de crédito, eis
que a forma advém da lei, que obriga o título a seguir uma forma determinada para sua
validade e também não necessita de outro documento para completá-lo, “são títulos de
crédito regulados pela lei, de forma a se bastarem a si mesmos. Não se integram, não
surgem nem resultam de nenhum outro documento. Não se ligam ao ato originário de
onde provieram.” (REQUIÃO, 2014, p. 460).
Segundo João Eunápio Borges (1977, p. 16), tais títulos são completos no sentido
de se bastarem a si mesmos, sem necessidade e sem possibilidade de qualquer apelo ou
remissão a elementos estranhos a eles (...) a literalidade já é, por si mesma,
manifestação de formalismo, tal formalismo só existe em sentido técnico quando a lei,
levando a literalidade ao máximo grau, exige que todos os elementos integrantes do
título devam constar directamente do documento. E não admitem que neles figurem
outras declarações além daquelas que, nos termos da lei.
2.2.3.3 Inoponibilidade
Pelo subprincípio da inoponibilidade das excepções pessoais aos terceiros de boa-
fé, o executado em virtude de um título de crédito não pode alegar, em seus embargos,
matéria de defesa estranha à sua relação directa com o exequente, salvo provando a má-
fé dele. São, em outros termos, imponíveis aos terceiros defesas (exceições) não
fundadas no título. Ainda no exemplo criado para o princípio da autonomia, nos
embargos de Benedito, interpostos na execução judicial da nota promissória, a matéria
de defesa fica circunscrita apenas à relação jurídica que mantém com o exequente,
Carlos.
Por exemplo: a prescrição do título, a nulidade da nota por não preencher os requisitos
da lei, falsificação etc. (COELHO, 2011, p. 402).
Para Eunápio Borges, (1977, p. 33) os títulos ao portador são os que se transferem
pela simples tradição. O possuidor do título presume-se seu proprietário. Ao contrário,
pois, dos títulos nominativos, a circulação dos títulos ao portador é fácil e rápida, mas,
perigosa. Além da simplicidade com que se opera a transferência, os títulos ao portador
apresentam diversas vantagens, inclusive de natureza fiscal. Mas a perda ou furto dos
títulos – que se presumem pertencer legitimamente ao portador pode constituir para o
seu titular irreparável prejuízo, dada a dificuldade da recuperação dos títulos.
Segundo Rubens Requião (2014, p. 469) “os títulos emitidos ao portador não
revelam o nome da pessoa beneficiada. Têm inserida a cláusula “ao portador” ou
mantêm em branco o nome do beneficiário ou tomador, que é o titular do crédito”.
Esclarece ainda Requião (2014, p. 470) que “com o advento da Lei Uniforme de
Genebra (nº 528 ), não são admissíveis em nosso direito a letra de câmbio ou nota
promissória ao portador”.
Os títulos ao portador não ostentam o nome do credor e, por isso, circulam por
mera tradição; isto é, basta a entrega do documento, para a titularidade do crédito se
transfira do antigo detentor da cártula para o novo”. (COELHO, 2011, p. 407).
Como descreve Eunápio Borges (1977, p. 33) os títulos à ordem são, Os títulos à
ordem, os mais importantes, constituem um meio termo entre os dois outros grupos. Sua
circulação, menos simples do que a dos títulos ao portador e menos difícil de que a dos
nominativos, exige também, além da tradição do documento, um termo breve – que
pode reduzir-se à simples assinatura do alienante – lançada no próprio documento.
A transferência dos títulos à ordem opera-se por meio do endosso, cuja natureza
e efeitos veremos oportunamente, e da tradição do título. Ou, melhor, a transferência
opera-se por meio da tradição documentada com a assinatura do alienante lançada no
próprio título. A perda ou o furto do título à ordem, que é sempre emitido em nome de
pessoa determinada, não será tão grave como a do título ao portador.
Tem de conter uma ordem de pagamento que deve ser pura e simples e respeitar
uma quantia determinada, essa ordem de pagamento emite a letra e confere à letra, ao
título uma identidade própria com o título de crédito, que tem o regime da letra. O
sistema jurídico exige que a ordem de pagamento puro e simples, não pode ter cláusulas
acessórias que condicionem ou restrinjam o sentido e o alcance da letra (do título).
a) A letra
É um título de crédito, através do qual o emitente do título sacador – dá uma
ordem de pagamento saque de uma dada quantia, em dadas circunstâncias de tempo e
lugar, a um devedor sacado ordem essa a favor de uma terceira pessoa o tomador.
Como título de crédito é rigorosamente formal, a letra é destinada à circulação, a qual se
efectua através de endosso, sendo portanto, um título à ordem. O tomador poderá,
portanto, assumir a qualidade de endossante, transmitindo a letra a um endossado, o
qual, por sua vez, poderá praticar acto idêntico a favor de um outro acto endossado e
assim por diante.
O principal obrigado em virtude da letra é o aceitante, que assume a obrigação de
pagar a quantia nela mencionada ao portador legitimado por uma série ininterrupta e
formalmente correcta de endossos, ao tempo do vencimento e no local devido.
b) A livrança
Menciona uma promessa de pagamento, de uma certa quantia, em dadas condições
de tempo e lugar, pelo seu subscritor ou emitente, a favor do tomador ou de um
posterior endossado que for seu portador legítimo no vencimento. A livrança é, também
um, título à ordem, transmissível por endosso e, rigorosamente formal, como se constata
pelos requisitos mencionados
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Conclusão
Todo o documento necessário para exercer um direito, que é um direito literal,
autónomo, abstracto, que está mencionado nesse próprio documento; verifica a
incorporação do direito nesse título de que somos detentores.
Esse direito que está ínsito nesse título, é designado no nosso sistema por um direito
cartolar, há uma incorporação expressa, uma conexão directa entre tal documento e o
direito que se é titular.
O título de crédito, tem uma eficácia que ultrapassa a de mera constituição do
direito ao título adere permanentemente ao direito, de modo tal que aquele é
indispensável para que o direito possa ser exercido e transmitido, ou seja, para que o seu
titular possa dispor dele. Os títulos de crédito são documentos dispositivos
Capítulo desse estudo, agora no que diz respeito à inoponibilidade das exceções,
temos que o princípio da autonomia, este intimamente harmonizado com o processo de
desmaterialização dos títulos de crédito, relativamente à autonomia das obrigações
cambiais e seus desdobramentos quanto à abstração e inoponibilidade das exceções
pessoais aos terceiros de boa-fé. É a partir deste princípio que o direito poderá
reorganizar a disciplina da ágil circulação do crédito, quando não houver mais registros
de sua concessão em pape
Referência Bibliográfica
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial. 19. ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
Jorge Coutinho de Abreu – Curso de Direito Comercial, I, 12.ª ed., Almedina, 2021
MARTINS, Fran. Curso de direito comercial: direito de empresa. 32. ed. São
Paulo: Atlas, 2017.
REQUIÃO, Rubens. Curso de direito comercial. 31. ed. São Paulo: Saraiva, 2014, v. 2
Patrício, José Simões Patrício – Direito Bancário privado, Quid Juris, 2004