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Instituições bancárias e títulos de crédito

 Sistema bancário o Formas de emissão e transmissão


o Banca no Sistema Financeiro o Outros títulos de crédito
Português  Cheque
o Funções e serviços bancários o Conceito
o Conta o Características e requisitos
 Conceito o Intervenientes
 Abertura o Formas de emissão
 Tipos o Formas de transmissão
o Lei uniforme do cheque
 Operações bancárias
o Depósitos regulares  Letra
o Depósitos irregulares o Conceito
o Transferência de fundos o Características e requisitos
o Cobrança de valores o Intervenientes da letra
o Desconto bancário o Funções da letra
o Empréstimo o Operações inerentes à letra
o Banco e novas tecnologias o Formas de emissão e preenchimento
o Formas de transmissão
 Títulos de crédito o Desconto de letras
o Conceito de título de crédito o Reforma de letras
o Características o Lei uniforme de letras e lideranças
o Representatividade (L.U.L.L)

LINKS:

https://www.advogadosinsolvencia.pt/mapa/letra-bancaria

https://www.infopedia.pt/$instituicoes-financeiras

https://clientebancario.bportugal.pt/pt-pt/o-que-sao-e-tipos-de-depositos

http://bdjur.almedina.net/citem.php?field=item_id&value=487869

http://www.dgsi.pt/jtrg.nsf/-/83912449B2D84CB3802580A0005B4FD8
Principais Funções de Uma Instituição Bancária
Entre as atividades realizadas estão transações bancárias, como empréstimos, investimentos e
financiamentos, entre outros serviços.

Títulos de Crédito
Um título de crédito é um documento que confere ao seu possuidor um direito de crédito. É
passível de transmissão e de negociação.

Qualquer título de crédito possui duas características: a independência (a sua validade não
depende da validade da operação que o originou) e a literalidade (o título vale pelo que tem
nele expresso).

Existem, basicamente, quatro títulos de crédito: o cheque, a letra, a livrança e o extrato de


fatura (embora este seja hoje de muito reduzida importância, por estar em claro desuso).

Comecemos pelo cheque. Este é um meio de pagamento no qual uma entidade (o sacador)
emite uma ordem ao sacado (um banco) para que este pague a uma terceira pessoa (o
beneficiário) uma dada quantia. A principal componente de um cheque é o mandato puro e
simples de pagar uma quantia determinada.

A letra é um documento em que o sacador (detentor de um direito de crédito) dá uma ordem


ao sacado (detentor de uma obrigação de crédito) para que este pague uma certa quantia
numa data previamente estipulada ao beneficiário da letra. O principal elemento constituinte
de uma letra é, como no caso do cheque, o mandato puro e simples de pagar uma quantia
determinada. A letra é passível de várias e importantes operações (endosso, desconto,
reforma, etc.).
Numa livrança, o subscritor (pessoa que tem uma dívida a pagar) compromete-se a entregar
uma quantia estipulada ao beneficiário (ou à sua ordem) numa data também previamente
estabelecida. É uma promessa pura e simples de pagar uma quantia determinada.

A letra e a livrança apresentam algumas diferenças tais como: uma letra ser é uma ordem de
pagamento (dada pelo sacador ao sacado), enquanto uma livrança é uma promessa de
pagamento. Há ainda outras diferenças, embora menos importantes, como as relativas ao
avalizado (na letra, pode ser um qualquer interveniente e na livrança é sempre o subscritor) ou
ao número de intervenientes (que são três na letra - sacador, sacado e beneficiário - e apenas
dois na livrança - subscritor e beneficiário).

Por último, o extrato de fatura sendo aplicável a contratos de compra e venda mercantil a
prazo, sempre que não se utilizem letras.
Há vários tipos de títulos de crédito:

- Nominativos - a sua transmissão faz-se por meio de declaração e


averbamento. Estes títulos são emitidos a favor de uma determinada
pessoa, perante a qual o emitente do título se obriga. Quando aquela
pessoa quiser transmitir estes títulos, basta fazer uma declaração escrita,
da qual conste o nome do novo possuidor. Esta declaração será averbada
nos livros de registo da entidade que emitiu os títulos. Ex.: acções e
obrigações nominativas;

- À ordem - estes títulos transferem-se por meio de endosso. O endosso é


uma ordem, geralmente escrita no verso do documento e expressa
nestes termos:
«pague-se ao Sr. A... ou à sua ordem». Os títulos à ordem mais utilizados
são as letras, as livranças e os cheques à ordem;

- Ao portador - nestes títulos, a transmissão opera-se pela sua entrega.


Não é necessária qualquer declaração ou outra formalidade; apenas a
passagem do título de uma pessoa para outra. Esta entrega do título é
necessária. Exemplos: notas de banco, bem como cheques, acções,
obrigações ou guias de transporte ao portador.

Características dos títulos de crédito


Cartularidade - baseia-se no fato de que um titulo de credito existe enquanto existir a sua
cártula, ou seja, enquanto existir o próprio titulo impresso, que tem por finalidade a
representação de um direito de credito preexistente, devendo todas as informações relativas
ao credito cambiário, que é o credito representado pelo titulo, estarem inseridas na cártula,
dai decorrendo o brocardo de que “o que não esta no titulo não esta no mundo. (documento
necessário). O título de crédito se assenta, se materializa, numa cártula, ou seja, num papel ou
documento. Para o exercício do direito resultante do crédito concedido torna-se essencial a
exibição do documento. O documento é necessário para o exercício do direito de crédito. Sem
a sua exibição material não pode o credor exigir ou exercitar qualquer direito fundado no título
de crédito. Vivante, com esse conceito, substitui o vulgar, que combate, pelo qual se afirma
que o direito está incorporado ao título. Pelo princípio da cartularidade, o credor do título de
crédito deve provar que se encontra na posse do documento para exercer o direito nele
mencionado.

Literalidade - O título é literal porque sua existência se regula pelo teor de seu conteúdo. O
título de crédito se enuncia em um escrito, e somente o que está nele inserido se leva em
consideração; uma obrigação que dele não conste, embora sendo expressa em documento
separado, nele não se integra.

O direito decorrente do título é literal no sentido de que, quanto ao conteúdo, à extensão e às


modalidades desse direito, é decisivo exclusivamente o teor do título.
A literalidade representa, garantia evidente para as partes na relação cambial, já que, por um
lado, o obrigado cambiário não pode, ate o regular vencimento do titulo, ser cobrado por valor
superior aquele literalmente nele constante, e, por outro, o beneficiário tem assegurado o seu
direito de credito no valor literalmente expresso no titulo. Caso o beneficiário de quitação ao
obrigado cambiário pela totalidade de credito representado por titulo com o recebimento em
pagamento de quantia em valor inferior aquele literalmente expresso, tal ato implicara mera
liberalidade do beneficiário na condição de credor. Por outro lado, apos o regular vencimento
do titulo, e assegurado ao beneficiário credor o direito de exigir do obrigado cambiário o valor
de face do titulo acrescido de juros de mora, multa e honorários advocatícios, podendo ainda o
devedor efetuar o pagamento parcial do valor do titulo, que devera ser anotado pelo credor na
própria cártula.

Autonomia - A autonomia e a característica de acordo com a qual uma obrigação que se


origina de um titulo de credito (obrigação cambial ou cambiaria) e autónoma em relação as
demais obrigações decorrentes do mesmo direito de credito (obrigações civis ou comerciais)
que deram causa ao titulo em questão sendo que tal obrigação, por assim dizer autónoma,
gera direitos autónomos no campo processual. No campo material, entretanto, o direito de
crédito e um só, estando apenas representado pelo título a partir da sua emissão. Todo título
de crédito já nasce autónomo, sendo portanto a autonomia uma característica essencial dos
títulos de crédito.

Pelo princípio da autonomia das obrigações cambiais, os vícios que comprometem a validade
de uma relação jurídica, documentada em título de crédito, não se estendem às demais
relações abrangidas no mesmo documento.

As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva de circulabilidade do


título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar as condições em que o crédito
transacionado teve origem, pois ainda que haja irregularidade, invalidade ou ineficácia na
relação fundamental, ele não terá o seu direito maculado.

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