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DIREITO EMPRESARIAL II

CRÉDITO III

(TITULOS DE CRÉDITO)

Sumário
1. Teoria Geral dos Títulos de Crédito ........................................................................................................................ 2
a) Crédito: Significa confiança................................................................................................................................. 2
B) HISTÓRICO ............................................................................................................................................................ 2
C) CONCEITO............................................................................................................................................................. 2
D) PRINCIPAIS EXPRESSÕES CAMBIÁRIAS ........................................................................................................... 2
e) CARACTÉRISTICAS .............................................................................................................................................. 3
F) PRINCIPIOS ........................................................................................................................................................... 3
G) CLASSIFICAÇÃO................................................................................................................................................... 3
h) INSTITUTOS DO DIREITO CAMBIÁRIO ................................................................................................................ 4
2. Espécies de Títulos de crédito ................................................................................................................................ 7
3. TITULOS DE CRÉDITO PRÓPRIOS ...................................................................................................................... 8
3.1 LETRA DE CÂMBIO .............................................................................................................................................. 8
5.2 NOTA PROMISSÓRIA .......................................................................................................................................... 9
5.3 CHEQUE .................................................................................................................................................................. 9
5.4 DUPLICATA ............................................................................................................................................................ 12
Doutrina de Tarcísio Teixeira

1. Teoria Geral dos Títulos de Crédito

A teoria geral dos títulos de crédito cuida dos princípios e das regras gerais e fundamentais dos institutos jurídicos
cambiais.

Os títulos de crédito formam um sub-ramo do Direito Empresarial conhecido como “Direito Cambiário”. O Direito
Cambiário tem normas próprias que o regem, como a Lei Uniforme sobre letra de câmbio e nota promissória, a lei do
cheque, a lei da duplicata, cabendo a aplicação do Código Civil apenas subsidiariamente (CC, art. 903)

a) Crédito: Significa confiança.


O crédito possibilita a circulação de riquezas sem a necessidade do pagamento imediato.

Cuida-se da troca de uma prestação atual por uma prestação futura com base na confiança de uma
parte com outra.

B) HISTÓRICO

• Economia natural com base na troca de coisas por mercadoria;


• Passagem da economia natural para a economia monetária, caracterizada pela moeda como instrumento de
troca;
• Iniciou-se posteriormente a economia creditória, na qual o dinheiro em moeda foi substituído por títulos de
crédito;
• Os títulos de créditos surgiram na Idade Média como instrumento para facilitar a circulação do crédito comercial.
O primeiro título de crédito inventado foi a letra de câmbio, o que ocorreu no século XI;
• Naquela época, comprador e vendedor compareciam a um banco, que recebia a quantia do comprador/devedor
e em consequência emitia uma letra de câmbio em favor do vendedor/credor. Este título deveria ser pago ao
vendedor por um correspondente do banco situado na cidade sede do vendedor. Essa atitude fazia com que
não houvesse o transporte de moeda, prezando pela segurança dos comerciantes;
• Com o passar do tempo, o título de crédito assume a condição de representar valores, contendo implicitamente
a obrigação de realizar (quitar) esse valor no prazo convencionado;
• 1930 - Convenção de Genebra: Trata-se de um tratado internacional cuja finalidade foi a de “uniformizar” as
regras sobre letra de câmbio e nota promissória, de modo que os países signatários devessem editar normas
internas de acordo com o seu teor.

C) CONCEITO

O jurista Italiano Cesare Vivante conceitua o título de crédito como “documento necessário para o exercício
do direto literal e autônomo nele mencionado”

D) PRINCIPAIS EXPRESSÕES CAMBIÁRIAS

Sacar – Significa emitir o título (pode significar abater/descontar de conta bancária).


Saque – É a expedição do título, emissão ou criação.
Aceite – É a concordância em pagar.
Sacador – É o emitente, quem cria o título; ele saca, por exemplo, a letra de câmbio,
dando a ordem para o sacado pagar determinado valor em determinada data.
Sacado – É o aceitante, o devedor, pois aceitando (aceite) o título estará concordando;
Tomador – É o credor, o beneficiário, que poderá ser um terceiro (cheque ou letra de câmbio), ou ser a mesma pessoa
que o sacador (duplicata).
e) CARACTÉRISTICAS

Negociabilidade – Permite que o título de crédito circule de forma simplificada, proporcionando mais agilidade e
facilidade na transmissão do crédito;

A negociabilidade possibilita que o título de crédito seja utilizado em operação de desconto, que significa o recebimento
antecipado dos valores de títulos de créditos não vencidos. Essa antecipação dos valores é feita pelo banco ao qual o
comerciante transferiu os créditos.

O título de crédito também pode ser utilizado como uma forma de garantia, como em um empréstimo bancário, ou para
efetuar o pagamento de fornecedores e credores.

Executividade – Presunção de veracidade quanto ao seu teor;

Três elementos da executividade: a) Liquidez (saber exatamente o valor do título; b) Certeza (a obrigação é certa); c)
Exigibilidade (quando a dívida estiver vencida);

F) PRINCIPIOS

Cartularidade – O título de crédito deve ser firmando em papel; Exceto se emitido eletronicamente.

Apenas quem possui a posse do título poderá exigir a satisfação do direito;

Literalidade – Vale a pena o que está escrito;

Autonomia – Quando um único título documentar mais de uma obrigação, elas serão consideradas independentes,
sendo que uma possível invalidade de qualquer uma delas não irá acarretar prejuízos às demais obrigações; os vícios
que comprometem a validade de uma relação jurídica não se estendem às demais obrigações abrangidas no mesmo
título.

a) Abstração: Quando o título de crédito circula a primeira vez, ou seja, é transmitido pelo credor original à outra
pessoa, pois nesse caso ele se desvincula do negócio jurídico que lhe deu origem (dito negócio subjacente).
Por isso, como regra, deverá ser pago mesmo que haja problemas entre as partes originárias do negócio.
b) Inoponibilidade das exceções pessoais aos terceiros de boa-fé: O executado, em virtude de um título de
crédito, não pode alegar em sua defesa (embargos) matéria estranha à sua relação direta com o exequente
(credor), salvo prova de má-fé.

G) CLASSIFICAÇÃO

Critérios ESPECIÉS
MODELO LIVRE OU VINCULADO

ESTRUTURA PROMESSA DE PAGAMENTO OU ORDEM DE PAGAMENTO

EMISSÃO CAUSAL OU NÃO CAUSAL

CIRCULAÇÃO AO PORTADOR OU NOMINATIVO (Á ORDEM OU NÃO Á ORDEM)

LIVRE – O título não possui um padrão a ser seguido quando ao seu formato;
VINCULADO – Há a definição dos padrões a serem observados quanto ao seu formato;
ORDEM DE PAGAMENTO – A emissão do título cria três figuras: quem dá a ordem de pagamento
(sacador); o destinatário da ordem (sacado, quem deverá pagar o título) e o tomador da ordem
(beneficiário, credor). São exemplos dessa estrutura a letra de câmbio e o cheque.
PROMESSA DE PAGAMENTO - saque do título cria somente duas figuras: quem promete pagar
(sacador) e o beneficiário da promessa (credor), como a nota promissória. Nesse caso o sacado
(pagador) é o próprio sacador (emite)

CAUSAL – Somente se a lei prevê o título;


NÃO CAUSAL – Pode ser criado independente de lei;

AO PORTADOR - Ele não tem a identificação do seu credor, ou seja, o credor é quem tem a posse
do título.
NOMINATIVO - é aquele que identifica o seu credor, ou seja, consta o nome do credor no título;
a) A ordem: Circula por meio de endosso;
b) Não a ordem: Não circula mediante endosso; somente por tradição e cessão de crédito;

Endosso é a forma de transmissão própria dos títulos de crédito. Em geral, aquele que transmite o título responde
pela insolvência do devedor (caso este não pague) e pela existência do crédito (p. ex., ser o título verdadeiro, não
falsificado).

Cessão de crédito serve para transferir qualquer tipo de crédito. Em geral, na cessão de crédito, o cedente (quem
transfere o crédito) responde apenas pela existência do crédito

h) INSTITUTOS DO DIREITO CAMBIÁRIO

Curiosidade: A letra de câmbio apresenta todos os institutos;

Os institutos cambiários que serão estudados a seguir, em grande medida, estão previstos no Decreto n. 57.663/66 –
Lei Uniforme – LU, em especial na parte que cuida da letra de câmbio.

1. Saque – Ato de criação do título de crédito, ou seja, é a emissão do título;


Efeito: Vincula o sacador ao pagamento do título;

Dessa forma o sacador emite o título e o sacado será o destinatário da ordem de pagamento, devendo pagar
o título ao beneficiário.

O sacado possui uma relação creditória com o sacador;

SACADO SACADOR BENEFICIÁRIO

Emite aceita e paga recebe

2. Aceite
Ato realizado pelo sacado que consiste na concordância em efetuar o pagamento do título de crédito.
Concordar significa aceitar a ordem de pagamento.
O simples fato de um título de crédito ser emitido e endereçado ao sacado não significa que ele está obrigado
a aceitá-lo para, posteriormente, pagá-lo. O aceite é necessário para que o sacado fique obrigado ao
pagamento.
Aceite parcial - Pode ser um aceite limitativo (quando o aceitante concorda em pagar apenas uma parte do
título)
Aceite modificativo (quando o aceitante altera qualquer dado existente no título, como a data
de vencimento ou o local de pagamento).
Ambos os aceites (limitativo e modificativo) acarretam o vencimento antecipado do título e obriga o aceitante
aos exatos termos por ele delimitados no aceite parcial (LU, art. 26).

3. Endosso
é o ato de transferir o crédito representado por título à ordem.
Endossante: Efetua a transferência; O credor do título que endossa;
Endossatário: Recebe a transferência;

Efeitos: Transferência do crédito, deixando o endossante de ser credor;


Vinculação do endossante ao título, que fica na obrigação de codevedor perante o endossatário.

Curiosidades: Em regra não há um limite para endosso; Exceto é o cheque, que admite apenas um endosso.

Forma: Deve ser escrito no título ou em uma folha anexa ao título. Quando não identificar o endossatário,
deverá ser feito no verso, para isso, basta a simples assinatura. Se for feito na frente do título, além da
assinatura do endossante, deverá ter a identificação de que se trata de um endosso.

Espécies:

Endosso em preto – é aquele que identifica o endossatário (quem recebe o crédito), e possui outras
informações sobre este.

Endosso em branco (ou ao portador) – não identifica o endossatário. Com isso, torna-se um título ao portador.
Possui apenas assinatura do endossante.

Endosso-caução (ou pignoratício) – acontece quando o título é dado como garantia, como em caso de penhor
(por ser o título considerado um bem móvel, pode ser empenhado). Não se transfere a titularidade definitiva do
crédito ao endossatário, salvo se não cumprir a obrigação garantida.

Endosso-mandato (ou procuração ou impróprio) – é aquele que não transfere a titularidade do crédito, apenas
dá legitimidade ao seu possuidor (que é um mandatário; procurador) para que efetue o recebimento do crédito;

Súmula 476 do STJ: “O endossatário de título de crédito por endosso-mandato só responde por danos
decorrentes de protesto indevido se extrapolar os poderes de mandatário”

Endosso sem garantia – desobriga o endossante quanto ao pagamento a outras pessoas caso haja
transferências subsequentes. (o endossante não possui responsabilidade com os outros endossantes);

Endosso posterior ao vencimento (póstumo) – é aquele realizado depois da data de vencimento do título,
tendo os mesmos efeitos do endosso realizado anteriormente ao vencimento.
Se o endosso se der posteriormente ao “protesto por falta de pagamento”, ele produzirá apenas
efeitos de uma cessão de crédito

Não é possível realizar endosso parcial nos títulos de crédito. O endosso parcial é nulo, conforme prevê o art.
12 da LU.

4. AVAL
O aval é uma obrigação firmada por terceiro (avalista) que garante o pagamento do título, caso o devedor
(avalizado) não o cumpra.
Pode ser avalizado o sacador, o sacado ou endossante(s). O avalista deve indicar quem está avalizando, pois, do
contrário, será entendido que está garantindo o sacador (LU, art. 31).

Espécies de aval

1. Aval total – Garante de modo integral o valor do título de crédito;

2. Aval parcial (vedado pelo CC) – é aquele que a garantia é de apenas parte do valor do título. (Aval parcial é
permitido somente no cheque, nota promissória, e letra de cambio) ex. Avalizo até certa quantidade;

3. Aval em branco – Não identifica o avalizado, e nesse caso o sacador será considerado o avalizado;
4. Aval em preto – é aquele que indica o avalizado.

AVAL FIANÇA ENDOSSO


Regime Regido pelo Direito Cambial Regido pelo Direito Civil

Vicio na obrigação principal não Vicio na obrigação principal


afeta o aval (autônomo) afeta o aval (acessório)

Natureza Responsabilidade Solidária Responsabilidade subsidiaria Transferência de crédito

5. Vencimento

Momento é que o crédito se torna exigível

Pela regra, o título só pode ser cobrado no seu vencimento. Porém, existem algumas exceções, nas quais o
título poderá ter seu vencimento antecipado: aceite parcial, recusa do sacado em firmar o aceite,

• Modalidades de Vencimento Ordinário – Pago no vencimento


a) Á vista - o vencimento acontece no dia da apresentação do título ao devedor para que
este faça o pagamento;
b) A prazo - o dia de apresentação ao devedor para pagamento é fixado previamente pelo
emissor. (Cheque pré-datado).
c) certo termo de data – é um prazo fixado pelo sacador que começa a correr a partir da
data de emissão do título (por exemplo, 30 dias após o dia de emissão)
d) certo termo de vista – é um prazo fixado pelo sacador a contar da data do aceite do
sacado (por exemplo, 30 dias após a data de aceitação do título);

Quando não houver indicação do vencimento, o título será considerado à vista.

• Modalidades de vencimento Extraordinário – Antecipação do vencimento


a) Falta grave;
b) Recusa;
c) Limitação;
d) Modificação;

6. Pagamento
O pagamento é a quitação do débito. Um título de crédito pago é um título quitado. Destaca-se que o pagamento do
título de crédito deve ser feito mediante a sua apresentação e entrega ao devedor (LU, art. 38). A quitação mediante
recibo separado é temerária e sempre pode dar ensejo a nova cobrança por terceiro de boa-fé, a quem o título foi
repassado como “não quitado.

Uma vez pago, deve o devedor regatar o título, caso contrário este poderá ser cobrado novamente pelo portador, pois
vale o que nele está escrito;

É possível haver pagamento parcial, não podendo o credor do título recusar-se em recebê-lo (LU, art. 39).

7. Protesto

“Protesto é o ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o descumprimento de obrigação originada
em títulos e outros documentos de dívida”.

No direito cambiário o protesto é extrajudicial.


No entanto o CPC prevê hipóteses de protesto Judicial.

O protesto é realizado pelo Tabelião de Protesto de Títulos (Lei n. 9.492/97, art. 3º).

A responsabilidade de levar o título a protesto é do portador do título, do credor ou de seu procurador.

Súmula 475: “Responde pelos danos decorrentes de protesto indevido o endossatário que recebe por endosso
translativo título de crédito contendo vício formal extrínseco ou intrínseco, ficando ressalvado seu direito de regresso
contra os endossantes e avalistas”.

Súmula 476: “O endossatário de título de crédito por endosso-mandato só responde por danos decorrentes de
protesto indevido se extrapolar os poderes de mandatário”.

O protesto é o meio de prova para demostrar que o título não foi pago.

a) A finalidade é provar a inadimplência do título; serve de prova para ajuizar uma ação cambial ou ação executiva
judicial para exigimento do valor no momento do vencimento;

b) Prazo judicial prescricional de 03 anos para o credor ajuizar uma ação cambial ou executiva, com o título material
em mão, coma prova do inadimplemento com o registro do protesto;

2. Espécies de Títulos de crédito


Lei Uniforme de Genebra – Trata os títulos de créditos mais importantes, qual seja, letra de cambio e nota promissória.
Essa lei foi incorporada parcialmente pelo Direito brasileiro.

Lei da duplicata Mercantil –


Lei do Cheque –

Todos este são os títulos de crédito próprio


O código Civil dispõe de forma geral e supletiva sobre os títulos de crédito, não tratando dos títulos específicos.
O CC diverge com a legislação específica, no entanto a legislação especifica prevalece sobre a geral.

Espécies de títulos de crédito

a) Próprios (Letra de cambio, Nota promissória, cheque, duplicata)

b) Impróprios

c) Legitimação (legitima o direito daquele que porta o título.

d) Participação

Veremos com mais detalhes a seguir:

3. TITULOS DE CRÉDITO PRÓPRIOS

3.1 LETRA DE CÂMBIO

• Conceito: Ordem de pagamento à vista ou a prazo feito ao emitente (sacado) para que pague um
beneficiário

• Regime Jurídico: Decreto n. 57.663/66, mas o Decreto n. 2.044/1908.

• Comporta todos os institutos do Direito Cambiário;

• Partes: Sacador, sacado (terceiro) e beneficiário – O sacador emite uma ordem para que o sacado pague
a um determinado beneficiário.

O sacador possui uma relação de crédito com o sacado

Sacado (pagador)
(aceite) – O sacado deve aceitar a ordem

Sacador Beneficiário

• Assinatura ou emissão – O título é emitido quando é assinado;


• Face, verso e alongue (alongamento, ou seja, cola-se um papel no título)
• Circulação da letra Endosso
• Segurança na circulação Inopolubilidade de exceções pessoais de terceiros

• Requisitos extrínsecos
a) “letra de câmbio” – deve estar escrita esta expressão
b) Quantia em dinheiro e a espécie da moeda;
c) Nome de quem deve pagar (sacado)
d) Nome da pessoa a quem se paga (beneficiário)
e) Data e lugar do saque (data da emissão) – Esses não são requisitos essenciais;
f) Assinatura do emitente

• Requisitos Intrínsecos
a) Agente Capaz
b) Consentimento
c) Objeto Lícito

5.2 NOTA PROMISSÓRIA

• Conceito: é uma promessa de pagamento, de determinado valor, emitida pelo devedor ao credor;
• O devedor é a mesma pessoa que se comprometeu a pagar, diferentemente do que ocorre em uma ordem de
pagamento, como letra de câmbio, em que o emissor dá ordem para que o sacado efetue o pagamento ao
beneficiário, surgindo desse fato a figura do aceite do sacado como uma concordância à sua obrigação de
pagar.

• Regime Jurídico: Lei Uniforme – Decreto n. 57.663/66 –, a partir do seu art. 75;

• Institutos cambiários aplicáveis: Aval, endosso, vencimento em dia certo, pagamento, protesto, ação de
execução e prescrição; (Não tem aceite)

• Partes: emitente (devedor ou sacador) e tomador (credor ou beneficiário) – O emitente emite a nota promissória
e o tomador é o beneficiário.

• Prazo prescricional: 03 anos, contados a partir da data do vencimento da nota promissória;

• As informações da nota promissória podem ser preenchidas pelo credor, sendo indispensável, no momento da
emissão, apenas a assinatura do devedor (sobre os seus dados que o qualificam como tal)

Requisitos obrigatórios:

I – Expressão “nota promissória”;

II – Nome do beneficiário ou à ordem (não pode ser ao portador; mas pode ser transformado ao portador por um
endosso em branco); diferente do cheque que tem pode ser ao portador;

III – assinatura do emitente ou mandatário especial;

IV – Promessa de pagamento de Quantia certa

V – data e lugar do saque/emissão (importante para fins de prescrição e local de pagamento se não houver os requisitos
facultativos).

Requisitos facultativos:

I – Lugar do pagamento (se estiver em branco, o local de pagamento pode ser considerado tanto o domicílio do devedor
como o lugar em que a nota foi emitida);

II – Vencimento: pode ser “à vista”, “a prazo” ou “a certo termo de vista” (se estiver em branco o vencimento será à
vista)

Lei Uniforme Genebra

5.3 CHEQUE
• Norma: Lei do cheque

• Conceito: Existência de uma relação bancária com uma instituição financeira (conta bancária) – O cheque
permite que o emitente dê uma ordem de pagamento para que a instituição financeira (sacado) pague um
terceiro (beneficiário) com o seu dinheiro que está no banco.
• O sacador tem uma obrigação com o tomador, nesse caso ele emite um cheque para que o tomador o
apresente em uma instituição financeira em que o sacador tenha conta corrente. No momento em que o
tomador apresenta o cheque na instituição financeira recebe a vista o valor que lhe era devido pelo sacador.

• Ordem de pagamento á vista; O pagamento será imediatamente quando haver a apresentação do cheque;

• Deve haver previsão de fundos – O depositante deve ter saldo no banco; O sacador possui uma relação de
crédito com a instituição financeira.

• Ilícito Penal – Emissão de cheque sem fundos

• O valor sai da conta do emitente no mesmo momento, porém só entra na conta do beneficiário geralmente em
48 horas (Prazo de compensação);

a) Partes: Sacador – Emite o cheque;


Tomador – é o beneficiário do título;
Sacado- é a instituição financeira que repassa o valor ao beneficiário;

a) Requisitos
Nome “cheque”
Ordem de pagar quantia certa
Nome do Sacado (banco)
Lugar de pagamento (Agência)
Dada da emissão
Lugar da emissão
Assinatura emitente

B) Tipos
Cheque Ao portador – O beneficiário é quem porta o cheque; não tem nome do beneficiário;

Cheque Á ordem – Indica o nome do beneficiário, porém permite que circule através de endosso;

Administrativa – Quando o emitente do título é o próprio sacado, ou seja, o próprio banco;

Nominativo – Possui o nome do beneficiário; e impede a circulação por endosso; não à ordem; (Somente
Pode ser transferido por cessão de crédito);

Visado – O beneficiário primeiramente faz uma consulta no banco para ver se há dinheiro na conta, o banco
emite o visto (visado) garantindo que o emitente possui fundos suficientes, então o banco se compromete
a reservar esse valor durante o prazo de apresentação. O sacado (banco) assume a responsabilidade pelo
pagamento, fazendo um bloqueio na conta, de forma que o valor fica indisponível para o emitente;

Cruzado - Risco de duas linhas paralelas no cheque, isso significa que o valor não será pago em espécie,
mas sim será depositado na conta do beneficiário.

Cruzamento especial – mesma regra do “cruzado”, porém o emitente no próprio cheque determina o banco
o qual será depositado o dinheiro;

• Endosso – Circulação do cheque. (Não pode endosso parcial);


• Aval - Comporta aval parcial;

• Prazo de apresentação do cheque ao banco – 30 dias quando lugar de pagamento for o mesmo
lugar da emissão; 60 dias quando o lugar de pagamento for diferente do lugar da emissão; (Alguns
direitos somente serão resguardados se apresentado dentro do prazo).

• Cheque pós-datado
• Dedução cheque

• Revogação, sustação e cancelamento – Sustação é a contraordem do emitente para o banco não


pagar o beneficiário.
Contraordem dentro do prazo de apresentação = Sustação;
Contraordem após o prazo apresentação = Revogação.
Cheque não emitido = Cancelamento

• Ação executiva – Cobrança do cheque por via judicial


Cheque sem fundos dispensa o protesto para provar a inadimplência; O carimbo do banco já é
suficiente para provar o não pagamento;

• Prescrição da ação – 6 meses contados do final do prazo para apresentação;

Se houver a prescrição, a cobrança poderá ser feita por Ação monitória; Se não possível ação
monitória poderá ser cobrado por ação de cobrança.

Espécies de cheque
a) Cheque pré-datado: O tomador somente sacará o valor em uma data estipulada pelo sacador;
Não existe amparo legal dessa modalidade, dessa forma observa-se o posicionamento
do STJ.

Sumula 370 STJ – Caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado.
5.4 DUPLICATA

a) Título de crédito causal – Só pode ser emitida nos casos disciplinados em lei. Qual seja: A) Na compra
e venda Mercantil; b) No contrato de prestação de Serviços;
b) Título emitido pelo próprio credor;

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