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ALMEIDA, Amador Paes. Teoria e prática dos títulos de crédito. 30ª ed.
São Paulo. Saraiva. 2014.
Título ao portador é aquele que circula pela mera tradição (art. 904 do Código
Civil), uma vez que neles a identificação do credor não é feita de forma
expressa. Sendo assim, qualquer pessoa que esteja com a simples posse do
título é considerada titular do crédito nele mencionado. A simples transferência
do documento (cártula), portanto, opera a transferência da titularidade do
crédito. .(RAMOS,2014.p.411)
Título nominal, por sua vez, é aquele que identifica expressamente o seu titular,
ou seja, o credor. A transferência da titularidade do crédito, pois, não depende
apenas da mera entrega do documento (cártula) a outra pessoa: é preciso,
além disso, praticar um ato formal que opere atransferência da titularidade do
crédito. Nos títulos nominais com cláusula “à ordem”, esse ato formal é o
endosso, típico do regime jurídico cambial (art. 910 do Código Civil). Já nos
títulos nominais com cláusula “não à ordem” esse ato formal é a cessão civil de
crédito, a qual, como o próprio nome já indica, submete-se ao regime jurídico
civil. .(RAMOS,2014.p.412)
Por fim, os títulos nominativos, segundo o art. 921 do Código Civil, são aqueles
emitidos em favor de pessoa determinada, cujo nome consta de registro
específico mantido pelo emitente do título. Nesse caso, portanto, a
transferência só se opera validamente por meio de termo no referido registro, o
qual deve ser assinado pelo emitente e pelo adquirente do título (art. 922 do
Código Civil). (RAMOS,2014.p.412)
Por outro lado, nos títulos que se estruturam como promessa de pagamento –
nota promissória – existem apenas duas situações jurídicas distintas: de um
lado tem-se a figura do sacador ou promitente, que promete pagar determinada
quantia; de outro, tem-se a situação do tomador, beneficiário da promessa que
receberá o valor prometido.(RAMOS,2014.p.412)
Os títulos ao portador não ostentam o nome do credor e, por isso, circulam por
mera tradição; isto é, basta a entrega do documento, para que a titularidade do
crédito se transfira do antigo detentor da cártula para o novo. Os nominativos à
ordem identificam o titular do crédito e se transferem por endosso, que é o ato
típico da circulação cambiária. Os nominativos não à ordem, que também
identificam o credor, circulam por cessão civil de crédito. ”.
(COELHO,2012,p.498)
O Código Civil contém normas sobre títulos de crédito (arts. 887 a 926) que se
aplicam na hipótese de lacuna na lei específica (art. 903).
(COELHO,2011,p.272)
Por enquanto, o Código Civil tem aplicação apenas a três títulos de crédito
típicos, que não foram disciplinados completamente pelas respectivas leis de
regência: o Warrant Agropecuário, o Conhecimento de Depósito Agropecuário
(Lei n. 11.076/04) e a Letra de Arrendamento Mercantil (Lei n. 11.882/08).
(COELHO,2011,p.273)
Os títulos ao portador são aqueles que, por não identificarem o seu credor, são
transmissíveis por mera tradição, enquanto os títulos nominativos são os que
identificam o seu credor e, portanto, a sua transferência pressupõe, além da
tradição, a prática de um outro negócio jurídico..(COELHO,2011,p.272)
Os títulos de crédito nominativos ou são “à ordem” ou “não à ordem”. Os
nominativos com a cláusula “à ordem” circulam mediante tradição
acompanhada de endosso, e os com a cláusula “não à ordem” circulam com a
tradição acompanhada de cessão civil de crédito.(COELHO,2011,p.272)
Negrão, Ricardo Direito empresarial : estudo unificado. 5ª. ed. São Paulo :
Saraiva, 2014.
Observação: O art. 890 do Código Civil diz que se considera como não escrita
no título eventual cláusula proibitiva de endosso. Essa regra, porém, não se
aplica às letras de câmbio, notas promissórias, duplicatas e ao cheque, na
medida em que esses títulos estão disciplinados em lei especial e o art. 903 do
Código Civil preservou as normas ditadas em leis especiais quando forem
contrárias ao texto do novo Codex. (GONÇALVES,2011, p.22)
O art. 907 do Código Civil é claro ao dispor que “é nulo o título ao portador
emitido sem autorização de lei especial”.(GONÇALVES,2011, p.23)
Por serem títulos tratados em lei especial, admitem que o beneficiário inclua a
cláusula “não à ordem”, vedando o endosso. A regra do art. 890 do Código
Civil, que veda essa cláusula, não se aplica aos títulos em análise.
(GONÇALVES,2011, p.23)
a1) emitente, subscritor ou sacador, que é quem dá a ordem para que certa
pessoa pague o título a outra;
(GONÇALVES,2011, p.23)
Tomando- se por base o critério da circulação dos títulos de crédito, uma vez
eu essa qualidade é fundamental para a existência desses documentos
formais, os títulos classificam-se em: títulos nominativos, títulos á ordem e
títulos ao portador. (BURGARELLI, 2002 p.08)