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Discente:
Edward Jr.
Docente:
Dr João Sibanda
1.1. Introdução....................................................................................................................... 3
OBJECTIVO ............................................................................................................................. 3
2.5. Efeitos das variações da taxa de câmbio sobre os preços entre 2019 e 2022 ............... 10
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Capitulo I: INTRODUÇÃO
1.1. Introdução
E com muita satisfação que apresento o presente trabalho da cadeira de analise da economia
global, na qual terei como base à influencia da taxa de cambio sobre a formulação de preço em
Moçambique, entre: 2019 a 2022. No entanto, buscando desenvolver os conceitos e aspectos
fundamentais sobre a perspetiva económica. Ademais, é com o propósito de “buscar”, entender
ao estudo da economia de global que se propõe o desenvolvimento destas linhas, no entanto,
acredita-se que o desenvolvimento só é possível com a plena garantia dos direitos liberdades e
garantias e direitos económicos sociais e culturais.
Não obstante, tendo em vista que o objetivo aqui é analisar os efeitos da influência no nível da
taxa de câmbio sobre a formulação de preço, o foco mais adequado para este propósito é o que
examina o comportamento dos fluxos de comércio, tomando a taxa de câmbio como variável
exógena. Ainda que este enfoque seja mais adequado para análises restritas a um ambiente de
câmbio fixo, o que não se pode dizer que tenha sido a regra do sistema internacional e do
Moçambique, em particular, nos últimos anos, parece plausível argumentar que, diante de uma
hipotética política de depreciação deliberada da taxa de câmbio, considerar esta como a
variável endógena que irá se ajustar para equilibrar o balanço de pagamentos. Sendo assim, na
revisão teórica realizada adiante, dar-se-á preferência para o enfoque desta natureza e das
subjacentes dinâmicas.
OBJECTIVO
1.2.1. Geral
1.2.2. Especificos
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1.3. Procedimentos Metedologicos
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Capitulo II: Fundamentação Teórica
2.1. Contextualização
Uma vez consolidado o processo de estabilidade política e iniciada a transição para um estado
democrático no país, a estabilidade macroeconómica passou a ser a prioridade para o
desencadeamento do início do crescimento económico. Na literatura económica, estudos sobre
a estabilidade macroeconómica têm sido associados à evolução dos preços e taxas de câmbios
e juros. ( Gemo , 2011)
Outrora, os ajustes na taxa de câmbio, em geral, são ocasionados por alterações de oferta e
demanda de domicílios, empresas e instituições financeiras que compram e vendem bens,
serviços e activos. Além disso, essas alterações reflectem no comportamento destes (domicílio,
empresas e instituições financeiras), modificando a demanda por bens cujos preços são
expressos em moedas distintas. Uma valorização do Metical em relação ao dólar por exemplo,
tudo o mais mantido constante, tornará os preços dos produtos e serviços Moçambicanos mais
caros em relação ao equivalente americano, reduzindo a demanda por produtos Nacionais. Essa
valorização fará com que Moçambique passe a comprar mais e a vender menos para os Estados
Unidos, aumentando a demanda por dólares e diminuindo a demanda pelo metical. ( Chambe,
Maposse, & Langa, 2021)
A maioria dos autores praticamente define taxa de câmbio como sendo o preço de uma moeda
em relação à outra. Alguns a definem como sendo “o número de unidades de moeda nacional
necessário para comprar uma unidade de moeda estrangeira”, sendo que esta permite que
preços expressos em moedas nacionais diferentes sejam expressos numa mesma unidade de
conta. ( Chambe, Maposse, & Langa, 2021)
De acordo com os dados fornecidos pelo Banco Central, as taxas médias mensais de câmbio
das principais divisas de transações no mercado moçambicano apontam uma tendência de
apreciação nominal do Metical, ao longo do IV Trimestre de 2022 relacionando-se ao IV
Trimestre do ano de 2020. (INE, 2023)
Além disso, as taxas de câmbio são afectadas por situações políticas em vários países, guerras,
cataclismos. Mais frequentemente, notícias inesperadas fundamentais levam ao pânico em
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massa e, consequentemente, a fortes flutuações cambiais, que eventualmente se estabilizam em
novos níveis, (http://www.sunoreserch.com.mz/artigos,quedadolar)
Sobre estes ajustes de mercado, Sachs (1998) relata: Dentro do sistema de taxas de câmbio
flexíveis pode-se ter dois tipos de flutuações: livres ou limpas e dirigidas ou sujas.
Por outro lado, o sistema tem-se caracterizado por flutuações dirigidas ou sujas. Nessa
modalidade, os bancos centrais tentam influenciar o valor da moeda realizando operações no
mercado de câmbio de moeda estrangeira. As transacções com reservas oficiais, portanto, não
serão iguais à zero. Os bancos centrais realizam essas operações com o objectivo de estabilizar
as flutuações no curto prazo. É nisso que esse sistema se diferencia da taxa de câmbio fixa,
pois, nessa última, o governo intervém no mercado de forma a influenciar o valor da taxa de
câmbio no longo prazo.
A ideia que justifica o sistema de câmbio fixo é a de evitar grandes oscilações na taxa de
câmbio, o que geralmente termina por trazer incertezas aos agentes económicos. Diversas
nações em desenvolvimento utilizaram esse sistema cambial em seus programas de
estabilização económica, permitindo, assim, aos agentes económicos ajustarem seus preços
relativos em relação à uma moeda forte (geralmente o dólar americano), enquanto as
autoridades monetárias garantiam a manutenção da taxa cambial, permitindo, assim, a
estabilização de preços e o fim da Inflação crónica que afectava estes países. Essa política de
estabilização é conhecida como âncora cambial, pois o sistema de preços é garantido pelo
câmbio.
Geralmente, o sistema cambial fixo tende a ser unilateral, principalmente nas nações em
desenvolvimento. Por unilateral entende-se que o Banco Central, que fixa o preço da moeda,
responsabiliza-se pela taxa cambial sem a participação da autoridade monetária da moeda em
que ela foi fixada.
A relação entre volatilidade da taxa de câmbio e o crescimento económico tem tomado mais a
atenção dos economistas teóricos desde o começo da década de 90. Trabalhos empíricos sobre
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o tema são menos frequentes, mas não inexistentes. Ramey (1995) apud Chambe, Maposse, &
Langa, (2021), por exemplo, encontrara uma correlação negativa significante entre volatilidade
da taxa de câmbio real e crescimento económico.
Davidson (2002) apud Chambe, Maposse, & Langa (2021), testa a hipótese de que países com
sistemas financeiros menos desenvolvidos são mais afectados pela volatilidade cambial. Os
autores apresentam um modelo de uma economia pequena com rigidez de salários na qual os
choques exógenos são causados pela volatilidade cambial. O crescimento é medido pelo
aumento na produtividade via investimento. O desenvolvimento do sistema financeiro medido
pela proporção do crédito em relação ao PIB, ganha importância quando os proprietários das
empresas têm duas opções diante do choque cambial: endividam-se e continuam investindo,
ou se protegem do choque cessando os investimentos. Fica claro nesse ponto que, em países
que têm um sistema de crédito desenvolvido, o prémio ao risco é muito mais acessível.
Os autores testaram essa hipótese para um conjunto de 83 países usando um painel dinâmico e
encontraram resultados que, em sua grande maioria, vão de encontro com a hipótese proposta.
Em países menos desenvolvidos, que geralmente possuem um mercado financeiro mais
incipiente do que o dos países desenvolvidos, quanto mais flexível for a taxa de câmbio, mais
a volatilidade da taxa de câmbio real afecta o crescimento. Esse resultado é importante porque,
por um lado, desmistifica a ideia de que uma taxa de câmbio flutuante ajuda a estabilizar o
produto via comércio externo e, por outro, evidencia a ideia de que alguns modelos, que
explicam satisfatoriamente o comportamento de economias desenvolvidas, não têm o mesmo
apelo empírico quando se trata das economias emergentes.
Davidson (2002) apud Chambe, Maposse, & Langa (2021), por exemplo, explora o tema de
uma perspetiva, na qual a incerteza é um elemento recorrente da tomada de decisões
económicas, particularmente na irreversível decisão de investimento. O autor propôs que, em
uma economia aberta, uma taxa de câmbio volátil aumenta o grau de incerteza com relação ao
futuro; essa incerteza, por sua vez, aumenta a preferência pela liquidez e, portanto, eleva a taxa
de juros. Por outro lado, a ampliação da incerteza sobre o comportamento futuro da economia
tende a diminuir a eficiência marginal do capital. Tais efeitos contribuem, em seu conjunto,
para a redução dos gastos com investimento e, portanto, do nível de demanda agregada do
sistema.
Serven (2002) apud Chambe, Maposse, & Langa (2021) testa e confirma a hipótese de que nos
países em desenvolvimento, como por exemplo Moçambique, as consequências negativas de
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uma alta taxa de volatilidade no câmbio sobre decisões de investimento são mais acentuadas
que nos países desenvolvidos. O autor argumenta que nos países em desenvolvimento as
incertezas são maiores. Isso acontece em face aos choques de credibilidade no passado, típicos
das economias emergentes, e seu baixo desenvolvimento do sistema financeiro. Incerteza maior
significa, segundo o autor, uma taxa menor de investimento.
Entretanto, Omar (2021) adverte que, para os preços internos em Moçambique, existe uma
elasticidade da transmissão para a taxa de câmbio que está mais em linha com os resultados.
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Capitulo IV: Considerações Finais
Chegada altura conclui-se em linhas gerais que, o trabalho ora apresentado teve o propósito
inicialmente atingido, de modo a lançar luz sobre a seguinte questão: que influência se pode
constatar da taxa de câmbio sobre a formulação de preço no País? Para tanto, examinou-se as
diferentes categorias de modelos de determinação do balanço de pagamentos com o fito de
identificar os principais mecanismos de transmissão pelos quais a modificação do nível da taxa
de câmbio pode influenciar o comportamento das contas externas, e, em particular, das
exportações e importações.
Como ficou claro ao longo da revisão teórica realizada, uma mudança na taxa de câmbio pode
afetar o desempenho do comércio por duas vias principais: o efeito via preços relativos (isto é,
pela alteração da taxa real de câmbio, que influencia as decisões de oferta e demanda na
economia em geral, e as decisões sobre importações e exportações em particular), e o efeito
direto na absorção, que opera principalmente através do chamado real balance effect – a reação
dos agentes à modificação de seu estoque real de moeda, que os leva a modificar a absorção
(aumentar ou reduzir seus gastos) para restabelecer o estoque real de moeda que desejam
manter.
2. Cueteia , E., Guambe, D., & Nhatsave, N. (2012). Analise temporal da taxa de cambio
e precos em Mocambique. Instituto de Estudos Sociasis e Economicos
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