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LISTA DE SIGLAS
BM – Banco de Moçambique
1. INTRODUÇÃO
As taxas de juro e os mercados são considerados uma das principais estratégias para o
desenvolvimento sustentável e monetário de um determinado país. A importância do
crédito como instrumento crucial para as instituições financeiras é de facto um ponto a
ser visto por demais determinantes que se encontram por detrás da fraca produtividade
da moeda nos mercados monetários.
As taxas de juro continuam com a tendência de manter se a nível altos para os
consumidores e empreendedores.
Quando é que as estratégias das taxas de juro e mercados assumem um papel de relevo
no desempenho das instituições de crédito num mercado competitivo?
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1.3 OBJECTIVOS
1.4 JUSTIFICATIVA
É importante ter conhecimento das taxa de juro e de mercados porque permitem
conhecer a situação financeira e monetária de um determinado país. Os Mercados e as
taxas de juros constituem uma das variáveis macroeconómicas fundamentais para o bom
funcionamento da economia. Contudo, estimá-las bem é tarefa de primordial
importância, pois os mercados e juros têm um papel fundamental na determinação do
nível da actividade, do emprego, da taxa de câmbio e de várias outras variáveis
económicas, daí que sejam uma das variáveis mais controladas em diversas economias
do mundo.
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2. METODOLOGIA
3. REFERENCIAL TEÓRICO
1.6 CONCEITUALIZAÇÃO TAXAS DE JURO
2) A taxa de juro real (TJR) é o retorno exigido pelos emprestadores mesmo que haja
risco algum e que os preços sejam constantes. Este é um retorno "puro" pela
abdicação a capacidade de gastar, mesmo que seja pelo menor período de tempo.
Em geral, aceita-se que os emprestadores prefiram emprestar pelo menor período de
tempo possível.
Se for este o caso, então as taxas de juro (reais) de longo prazo serão mais elevadas do
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que as de curto prazo, e a diferença poderá ser definida como um prémio de liquidez.
CARVALHO et all (2000)
A distinção entre taxa de juro real e nominal é importante porque taxa de juro real, que
reflecte o custo real de obter empréstimo, provavelmente é um indicador melhor dos
incentivos para pedir e conceder empréstimos. Ela parece ser uma guia melhor de como
as pessoas serão afectadas pelo que está acontecendo nos mercados de crédito. Quanto a
taxa de juro está baixa, há maiores incentivos para pedir empréstimos e menos
incentivos para concedê-los.
Periodo maior
de juro e é dado por: m=
Periodo menor
A taxa anual efectiva bruta (TAEB) difere da TANB na medida em que a taxa
anunciada é a taxa de juro efectiva e não a nominal. Portanto, foi calculada com
capitalização composta (juro composto) para o número de períodos de capitalização que
ocorrem durante um ano.
A taxa anual efectiva líquida (TAEL) é a TAEB menos impostos e outras taxas.
Alguns o fazem sem mesmo ter em conta de que a teoria dos fundos emprestáveis é
baseada nas taxas de juro segundo a Macroeconomia, enquanto a teoria da preferência
de liquidez é invocada a nível Macroeconómicos. A teoria dos fundos emprestáveis está
associada aos economistas "clássicos" do século XIX e do século XX, enquanto a teoria
pela preferência de liquidez é produto da Teoria Geral de Emprego, taxas de juro e
Moeda. CARVALHO et all (2000)
a) Teoria de Fundos e Emprestáveis
Sucintamente, a teoria dos fundos emprestáveis explica o nível as taxas de juro com um
resultado das decisões de poupar. As decisões de investir seriam consequência de um
desejo de desfrutar do produto futuro advindo dos activos de capital, enquanto as
decisões de poupar seriam consequência de uma vontade de acumular riqueza para o
futuro através da taxa de juro oferecidos pelos investidores. O ponto essencial, de um
ponto de vista económico, era de que a taxa de juro era livremente determinada pela
intenção desses dois conjuntos de decisões. A taxa de juro corrente, qualquer decisão de
poupar (não gastar deve corresponder uma decisão de gastar em bens de capital. Keynes
(1957)
Se por algum motivo, os poupadores decidissem poupar mais, então a oferta excessiva
de poupança pressionaria as taxas de juro, reduzindo-as, e os investimentos
aumentariam, até que se alcançasse um novo equilíbrio em que a poupança e o
investimento fossem equivalentes. Não poderá haver nenhum "vazamento" de fluxo de
renda circular. Diz-se em geral que a teoria dos fundos emprestáveis, a taxas de juro é
determinada pelas forcas reais da produtividade (equipamentos, de capital, determinado
o que os tomadores do empréstimos poderiam pagar) e o acto Parcimónia de poupar (da
parte dos poupadores determinando sua disposição para emprestar).
Entretanto, Keynes (1957) citado por Carvalho et all (2000), rotulou esta teoria pelo
facto de fazer uma série de hipótese, nomeadamente: (1) A economia opera em pleno
emprego; (2) Os preços são constantes; (3) Há uma oferta fixa de mercado, e (4) Há
informação perfeita. Na visão da tomada e da concessão empréstimos o significado
dessas hipóteses é de que com o produto fixo no pleno emprego não existe flutuações na
renda e no nível de emprego, e portanto, não há flutuações na oferta da poupança
decorrente dessa fonte. Não há tampouco flutuações na demanda como consequência
dos níveis variáveis de transacções na economia. Kassai (2000)
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Com a oferta da poupança da moeda fixa não há nenhuma fonte alternativa de recursos
além da poupança da renda decorrente. Não há criação da moeda nova que pudesse
atender em parte demanda por recursos. Toda poupança será tomada disponível para se
beneficiar de taxas de juro sem flutuação na moeda demandada por entesouram-no, a
única fonte de demanda por fundos emprestáveis vem do desejo de investir. O efeito
dessas hipóteses é assegurar a única oferta de recursos é a poupança e enquanto a única
demanda vem do investimento e a única influencia sobre uma ou outra é a taxa de juro.
b) Teoria da Preferência de Liquidez
E uma das maneiras alternativas de ver as taxas de juro e a mais interessante, do ponto
de vista dos economistas, pelo facto de relacionar directamente a taxas de juro com o
mercado monetário. Ela considera que existem basicamente dois activos que constituem
a riqueza das pessoas, moeda e títulos
Kassai (2000) argumentando a esta teoria, primeiramente disse que a capacidade das
pessoas de poupar depende em muito do nível da renda. Como rejeitava a hipótese do
pleno emprego, seguia-se que a renda agregada podia flutuar bastante. Nas comunidades
em que renda estava bem acima do nível de substância, fazia sentido poupar mesmo
quando a taxa de juro era zero.
Segundo Samanez (1999), Os juros seriam uma recompensa por estar ou de fazer- se de
dinheiro, o que não era necessariamente a mesma coisa que poupar. Afinal, uma pessoa
podia poupar acumulando notas e moedas e guardando-as em baixo da cama. Essas
pessoas não receberiam nenhum juro, apesar de estarem a poupar. Se diversas pessoas
desejam manter saldos ociosos de moeda dessa forma, haveria escassez de moeda, e as
taxas de juro receberiam, embora a poupança também em um nível alto.
A Teoria da Preferência de Liquidez, em geral, não conflitua com a teoria de fundos
emprestáveis. Ela é apenas um modo alternativo as vezes, um modo mais conveniente
de examinar as taxas de juro. As duas teorias não entram em conflito porque os mesmos
seis factores que determinam a taxa de juro segundo a teoria de fundos emprestáveis
também a determinam segundo a teoria da preferência de liquidez. Embora a Teoria da
Preferência de Liquidez seja mais utilizada por economistas, por ela permitir estabelecer
uma relação directa do mercado monetário com a taxa de juro. Samanez (1999),
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5. MERCADOS
1.10 CONCEITO
Segundo ASSAF NETO et all (2009), O mercado monetário visa ao controle da liquidez
monetária da economia e é criado por uma relação intangível entre fornecedores e
tomadores de fundos a curto e curtíssimo prazo.
O governo usa um conjunto de medidas que visa, fundamentalmente, a adequar os
meios de pagamento disponíveis às necessidades do sistema económico como um todo,
por meio de uma acção reguladora sobre os recursos monetários existentes para sua
plena e eficiente utilização. Essas medidas são administradas pelo Banco Central.
No mercado monetário os papéis são negociados tendo como referência a taxa de juros,
que se constitui em sua mais importante moeda de operação. Os papéis que lastreiam as
transacções se caracterizam pelos curtos e curtíssimos prazos de resgate e liquidez alta.
A maior parte dos títulos públicos e privados negociados no mercado monetário é
escritural, ou seja, não há emissão física, exigindo maior organização e controle em sua
liquidez e transferência.
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O mercado de capitais surgiu para cobrir uma lacuna deixada pelo mercado de crédito.
Ele existe para atender às necessidades de financiamento de longo prazo das
organizações por meio da emissão de títulos.
Segundo Carvalho et all (2000), O mercado de capitais assume uma função fundamental
no processo de desenvolvimento económico do país, atua como propulsor de capitais
para os investimentos de organizações e estimula a formação de poupança privada.
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O mercado de renda fixa tem como característica a negociação de títulos de dívida, que
permitem aos investidores receber a quantia emprestada (principal) mais juros
previamente determinados. Uma maneira de entender melhor esse mercado é entender a
diferença entre o rendimento de títulos de renda variável (acções) e títulos de renda fixa:
Os títulos de renda variável (Acções) não garantem ao investidor rendimento
definido, não pagam juros sobre o capital, mas, dependendo do desempenho da
empresa, o rendimento pode ficar muito acima dos títulos de renda fixa. Além
disso, tem-se ainda a vantagem de conseguir dividendos quando uma empresa
tem lucro em determinado período.
Os títulos de renda fixa garantem ao investidor rendimentos predeterminados,
como, por exemplo, a taxa de juros prefixada ou pós-fixada. Esses títulos são
seguros para os investidores, uma vez que a possibilidade de perda de
património é tendente a zero, isto é, dificilmente o valor na data de resgate será
inferior ao valor investido. Os títulos são chamados de privados quando emitidos
por instituições privadas e públicos quando emitidos pelo governo municipal,
estadual ou federal.
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Acções são a menor parcela do capital de uma empresa. As acções são títulos que não
garantem remuneração predeterminada aos investidores. Como parte do capital de uma
empresa, têm sua remuneração determinada pela capacidade da empresa em gerar lucro.
(Kassai et all, 200)
As acções podem ser:
ORDINÁRIAS (ON) - Conferem a seu detentor, chamado de accionista, o direito de
voto nas assembleias de accionistas da empresa. Na assembleia são definidas as
estratégias de negócios, são escolhidos os conselheiros e os directores da empresa.
Os dividendos - parte do lucro que a empresa distribui entre seus accionistas -
podem não ser prioritários para esse tipo de acção.
PREFERENCIAIS (PN) - O accionista não participam das decisões estratégicas da
empresa, mas por outro lado tem prioridade no recebimento de dividendos. Também
em situações em que a empresa entra em processo de falência ou de dissolução, esse
accionista tem prioridade no recebimento dos recursos oriundos da venda dos
activos da companhia. As acções preferenciais são as mais procuradas por
investidores, apresentando maior liquidez (facilidade de compra e de venda no
mercado).
5.1.8. MERCADO DE FUNDOS DE INVESTIMENTO
Segundo CARVALHO et all (2000); Os fundos de investimento são condomínios
abertos ou fechados, que possibilitam a seus quotistas a oportunidade de, em conjunto,
investir no mercado de capitais - de renda fixa e/ou variável - e mercados estruturados
aos quais, individualmente, teriam pouco ou nenhum acesso. Os fundos conferem ao
investidor melhores condições de remuneração no mercado, devido à administração
profissional e por lidarem com volume de recursos extremamente expressivos.
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Cada fundo tem seu próprio regulamento em que constam as regras a serem seguidas na
sua administração, ou seja, o objectivo do fundo e sua política de investimento. Os
fundos de investimento são criados por instituições financeiras autorizadas pelo Banco
Central e pela Comissão de Valores Mobiliários. Essas instituições são responsáveis por
administrar o património de um fundo e fornecer ao investidor todo tipo de informação
de forma transparente aos investidores. Existem no mercado diversos tipos de fundo,
para os mais variados perfis de investidores. Os fundos são uma alternativa para os
investidores obterem rentabilidade de acções e títulos de renda fixa sem
necessariamente conhecer profundamente o mercado financeiro. Os fundos também
diluem o risco de grandes perdas, pois o património deles é aplicado em diversos
activos. Um pequeno investidor, sozinho, não conseguiria investir em tantos activos.
(Kassai et all, 2000)
Palavras utilizadas com grande frequência, oferta e demanda são as duas forças que
fazem as economias de mercado, ou capitalistas, funcionar. Interagindo nos mercados,
oferta e a demanda determinam a quantidade ser produzida de cada bem e seu preço de
venda. Tal como assinalamos no capítulo anterior, existência do dinheiro, a troca é
indirecta: troca-se um bem por dinheiro, e este, posteriormente, por outro bem.
Quando o dinheiro entra em jogo, existem dois tipos de agentes claramente distintos: os
compradores e os vendedores.
recursos e bens escassos, uma vez que os preços racionam as poucas quantidades
disponíveis. Seja como for, a análise da realidade revela que, em determinadas
circunstâncias, o Estado pode e deve intervir, corrigindo ou complementando o livre
funcionamento dos mercados. Podemos agrupar os motivos capazes de justificar a
intervenção do Estado na actividade económica em três categorias:
1. Redistribuição de renda e igualdade: Pode acontecer de a sociedade não
considerar ética- mente aceitável a distribuição de renda resultante do livre jogo dos
mercados. Nesse caso, Estado deve intervir para obter uma distribuição mais
igualitária. Em tais situações, o sector público intervém mediante as denominadas
politicas redistributivas, cujo objectivo manter as diferenças de renda dentro de
determinado patamar e garantir que todos os indivíduos alcancem ao menos um
nível mínimo de renda. Além disso, pretende – se que todos os indivíduos tenham
acesso, em igualdade de oportunidades, a serviços públicos como saúde ou educação
2. Razões macroeconómicas: Como veremos na parte deste livro dedicada à
macroeconomia (capítulos 9 a 18), a política macroeconómica e mais
especificamente, a política anticíclica pretendem moderar a virulência do ciclo
económico. Para tanto, utilizam fundamentalmente as políticas fiscais e monetárias a
fim de evitar que a economia se afaste cada vez mais do nível de renda potencial ou
de pleno emprego. Nesse contexto, as variáveis-chave a controlar são o nível de
emprego, a taxa de inflação e o crescimento da renda.
3. Existência de falhas de mercado: Os dois tipos de intervenção comentados
pretendem corrigir a posteriori os resultados não desejados da actividade dos
mercados. Donde se conclui que os mercados podem funcionar com eficiência e,
ainda assim, levar a uma distribuição de renda eticamente inadmissível, por
exemplo. Contudo, como veremos nos próximos capítulos, em certas ocasiões o
próprio funcionamento dos mercados falha.
Essas falhas de mercado podem ser sintetizadas na seguinte tipologia:
a) Concorrência imperfeita: Existem mercados em que a concorrência é
imperfeita. Como veremos no Capítulo 6, em muitos mercados um ou mais
participantes podem influir nos preços, fixando o nível que lhes seja mais
conveniente.
Segundo MASCA et all (2012); A série temporal das taxas de juro das operações
passivas e activas começa em 1980 e as taxas do mercado monetário desde 1998. As
taxas de juro dos bilhetes de tesouro de todos os prazos são ponderadas pelo volume de
transacções realizadas. Não existem outras fontes que permitam cruzar os dados para
garantir a sua consistência.
A formação da taxa de juro no país é determinada directamente pela oferta e procura da
moeda (Metical). Constantemente o Banco Central interfere na oferta e/ou procura em
função de factores como: conjuntura socioeconómica interna e externa, política
monetária e nível de reservas cambiais. Segundo MASCA et all (2012); As taxas de juro
praticadas pelos bancos aos seus clientes foram liberalizadas em Junho de 1994, o que
significa que cada banco fixa as suas taxas de acordo com as suas pretensões
empresariais e comportamento do mercado. O Banco de Moçambique (BM) compila
mensalmente as taxas de juro de depósito e crédito desagregadas em moeda nacional e
estrangeira e por maturidade.
A taxa directora do Mercado Monetário Interbancário (MMI) é a Maputo Interbank
Offered Rate (MAIBOR). Todas as taxas são publicadas diariamente no jornal de maior
circulação no país (jornal Notícias) e no Site do Banco (www.bancomoc.mz). Começou-
se, no ano 2002, a compilar as taxas do mercado secundário de títulos do governo, mas
ainda não se publica. MASCA et all (2012)
O Banco de Moçambique tem como principais funções actuar como: (i) Banqueiro do
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Estado; (ii) Conselheiro do Governo no domínio financeiro; (iii) Banco Emissor; (iv)
Gestor das disponibilidades externas do País; (v) Intermediário nas relações monetárias
internacionais; (vi) Orientador e controlador das políticas monetárias, financeira e
cambial e (vii) Supervisor e regulador das instituições financeiras. MASCA et all (2012)
A Banca comercial é caracterizada por possuir uma estrutura accionista
maioritariamente estrangeira, sendo que a portuguesa e sul-africana são as mais
predominantes. O sistema bancário nacional conta com 267 instituições a operarem no
sector, onde se enquadram os Bancos comerciais, Microbancos, cooperativas de crédito,
casas de câmbio, organizações de poupança e empréstimo e operadores de microcrédito.
As instituições de crédito, juntamente com o Banco de Moçambique, têm em vista a
expansão dos serviços financeiros à população moçambicana. A política monetária do
BM assenta no regime de metas monetárias e como tal a instituição reguladora possui
um conjunto de objectivos dos quais recorre aos instrumentos e variáveis necessárias
para atingi-los. Para atingir os objectivos da política monetária, o Comité de Política
Monetária do Banco de Moçambique adoptou instrumentos monetários como as taxas
de referência do mercado interbancário, reservas obrigatórias, e supervisão bancária.
MASCA et all (2012);
a) A Taxa directora do MMI: Esta é denominada MAIBOR e consiste numa média das
cotações “Offer” dos bancos signatários do Acordo de Adesão. Esta taxa abarca os
prazos de 1 dia a 1 ano, estando intercalados pelos prazos de 1, 2, 3 semanas e 1, 2 ,
3 meses. Esta taxa foi introduzida em 1 de Julho de 1999 e é usada como taxa de
referência para as operações do mercado interbancário em Moçambique.
b) Taxas das Facilidades Permanentes do Banco de Moçambique: Neste segmento, o
Banco de Moçambique intervém com três taxas de juro, sendo elas a taxa de
Facilidade Permanente de Cedência (FPC), a taxa de Facilidade de Última Hora
(FUH) e a taxa de Facilidade Permanente de Absorção. Estas taxas foram instituídas
em 21 de Agosto de 1998.
c) Taxas de Juro de Bilhetes do Tesouro (BT’s): No que concerne ao mercado primário
há taxas de juro para cinco prazos diferenciados, designadamente, 28, 63, 91, 182 e
364 dias.
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7. CONCLUSÃO
No país, as taxas de juro ainda cumprem o seu papel no equilíbrio produtivo, mas só
marginalmente é determinada por ele. As taxas de juros externa, as expectativas
inflacionárias, as expectativas cambiais, os "spreads" externos dos nossos papéis
(formados no exterior, mas influenciados pelos parâmetros internos) e o défice em conta
corrente, condicionam a taxa de juro interna. Os problemas são, portanto, muito mais
complexo e de difícil enfrentamento do que pode parecer. Sua solução exige, mesmo,
uma profunda mudança da política económica para nos livrar da horrível dependência
externa. O equilíbrio do sistema económico nos mercados moçambicanos depende de
três preços fundamentais: o salário, a taxa de câmbio e a taxa de juros. No passado,
quando praticamente não havia grandes movimentos de capitais, a dívida interna era de
pouca importância, a dívida externa dormia concentrada na carteira do sistema bancário
internacional e o mercado financeiro interno tinha pouca sofisticação, eles eram
relativamente independentes.
Hoje é completamente diferente: ampliou-se desabridamente o movimento de capitais
que explora as oportunidades de "investimentos" de cada país; a dívida interna é muito
alta com relação ao PIB e concentrada no sistema bancário; a dívida externa é imensa
com relação às exportações e distribuída em milhões de títulos que pousam, sem
descansar, na carteira de investidores profissionais, sempre à espreita de possibilidades
de pequenas arbitragens. O sistema financeiro interno é, agora, tão ou mais sofisticado
que o externo. Nesse mundo, a taxa de juros é fixada no sector financeiro que dominou
a economia produtiva.
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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS
ASSAF NETO, Alexandre. Mercado Financeiro. 8ª Edição. São Paulo: Atlas, 2009.
Kassai, José Roberto et all. – Retorno de Investimento – 2ª Ed. - Ed. Atlas – 2000