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1 Introdução
Com o advento da implantação de adequado sistema de crédito rural, sem que nenhuma
delas vingasse, surgiu o Decreto-lei no 167, de 14 de fevereiro de 1967, que
reorganizou, racionalizando e simplificando a emissão e circulação dos respectivos
títulos de crédito. Essa lei disciplina os títulos de financiamento rural, a cédula rural
hipotecária, a cédula rural pignoratícia e hipotecária e a nota de crédito rural.
Há mais duas espécies de títulos disciplinados pelo Decreto-lei no 167, e que são: a nota
promissória rural e a duplicata rural. Enquanto aqueles quatro primeiros títulos se
prestam exclusivamente para fins de financiamento em instituições financeiras, estes
dois últimos se fundam em contratos de venda a prazo de bens de natureza rural, de
circulação irrestrita.
Por fim temos os títulos societários são destinados a captar dinheiro no mercado de
capitais.
Os títulos de financiamento rural regulamentados pelo Decreto Lei 167, de 14.2.67, com
o fim de ampliar o credito para a produção agrícola e pecuária. São títulos de crédito
nos moldes dos demais, aplicando-lhes a regulamentação específica a cada um deles, e
os princípios da Convenção de Genebra sobre a cambial.
Os títulos de financiamento rural, previstos por este decreto são em número de seis.
Quatro deles são títulos para mobilizar o credito. Cédula Rural Pignoratícia, Cédula
Rural Hipotecária, e Nota de Credito Rural, os outros dois Títulos são títulos causais,
emitidos em decorrência de uma operação de compra e venda de mercadorias.
O favorecido da cédula e da nota só poderá ser uma instituição financeira, o que faz
ligar a questão ao Direito Bancário e dar um maior teor de mercantilidade a esses
títulos. O emitente poderá ser uma pessoa física ou jurídica que se dedique à atividade
agrícola e pecuária.
O pagamento poderá ser feito por etapas, podendo constar na cédula vários
vencimentos.
Para ter eficácia contra terceiros, a cédula rural deverá ser registrada no Cartório de
Registro de Imóveis, mesmo que não haja garantia pignoratícia ou hipotecária.
A cobrança judicial dos títulos e financiamento rural se faz, então, pela Ação de
Execução por quantia certa contra devedor solvente por titulo executivo extrajudicial.
Este título tem como principal característica o penhor de bens, descritos na própria
cédula que, entretanto, poderão permanecer na posse do emitente.
Os requisitos exigidos para a Cédula Rural Pignoratícia são os comuns aos títulos de
créditos, ressaltando-se, porém a denominação "Cédula Rural Pignoratícia" e a
descrição do imóvel hipotecado alem dos requisitos usuais.
Esta cédula tem muito em comum com a anterior, mas a garantia não é de bens móveis,
mas imóveis em hipoteca. Deverá essa cédula conter a denominação "Cédula Rural
Hipotecária" e a descrição do imóvel hipotecado, além dos requisitos usuais.
1) pelo comprador de produtos rurais, onde geralmente os produtores rurais não são
empresas registradas e não emitem faturas, nos quais são beneficiados pela utilização da
nota promissória rural.
3) nas entregas de bens de produção ou de consumo, feitas pelas cooperativas aos seus
associados.
Não é permitida a exigência de garantias reais como aval para a Nota promissória Rural
nem para a Duplicata Rural.
A nota promissória rural constitui título líquido e certo que enseja ação executiva
especial (art. 41, parágrafo 1º) para a sua cobrança, e goza do privilégio especial sobre
os bens enumerados no art. 1563 do Código Civil.
É um título liquido e certo, como as demais cédulas rurais, emitido nos moldes da
duplicata mercantil e da duplicata de prestação de serviços. Aplicam-se ainda a este
título algumas disposições da Lei das Duplicatas e da Convenção de Genebra sobre a
Cambial.
Os caracteres que distinguem esta duplicata das demais é que ela só pode ser emitida
por produtores rurais e cooperativas agrícolas. A emissão é exclusiva do produtor ou de
sua cooperativa. Não será permitida, por exemplo, a emissão por uma empresa
distribuidora do CEASA, mesmo que comercialize produtos hortifrutigranjeiros e os
sacados sejam distribuidores desses produtos, com as quitandas.
Requisitos essenciais:
- denominação "Cédula de Produto Rural";
- data da entrega;
- assinatura do emitente.
- penhor;
- alienação fiduciária.
- A pessoa física ou jurídica que, mesmo não sendo produtor rural, se dedique a uma das
seguintes atividades:
Essa associação integra o Sistema Federal de Habitação, criado pela Lei 4.308/64.
Destina-se a formar um vínculo associativo entre os seus membros, com depósitos em
dinheiro efetuados por pessoas físicas interessadas em participar.
No Anverso:
a) o nome, a qualificação e o endereço do emitente e o devedor;
b) número, data, livro e folha do Registro Geral de Imóveis em que a hipoteca for
inscrita e a cédula averbada;
d) o valor da cédula;
e) a taxa de juros;
f) a data do vencimento;
h) o lugar do pagamento;
No verso:
a) a data do endosso;
c) as condições do endosso;
É título circulável, causal e formal. É causa por estar vinculada à hipoteca ou hipotecas
que a garantem, tanto que um dos requisitos desse título é a identificação dos créditos
hipotecários e seu valor. Não poderá seu valor nominal exceder ao do credito
hipotecário, nem o vencimento do título ultrapassar o do credito.
A chamada garantia fidejussória adicional de instituição financeira contrapõe-se à
garantia real; é o caso da fiança e do aval. Por conseqüência a letra hipotecária poderá
ser garantida por fiança ou por aval. Já o endossante poderá garantir a veracidade da
letra hipotecária, mas contra ele não será admitido direito de cobrança regressiva.
4 Títulos públicos
LTN - Letras do Tesouro Nacional: títulos com rentabilidade definida (taxa fixa) no
momento da compra. Você sabe antes quantos reais vai ganhar. Forma de pagamento:
no vencimento;
A dívida pública federal interna e externa é composta, em sua maior parte, por títulos
mobiliários que diferem entre si conforme o contexto e a finalidade da emissão. Para os
títulos pós-fixados, por exemplo, têm-se diferentes indexadores, que variam conforme o
tipo. Existem também aqueles que não possuem indexadores, os chamados títulos
prefixados. Existem ainda diferenças em relação às taxas de juros, forma de pagamento
e forma de colocação do título (por meio de leilão ou colocação direta). Assim, visto a
diversidade de informações, informamos as características individuais de cada título da
dívida pública federal interna e externa.
5 Títulos societários
1. Ações
2. Certificado de Depósito de Ações;
3. Partes beneficiárias
4. Debênture
6. Bônus de Subscrição.
É um título empresarial, emitido por uma S/A. Esse aspecto leva em conta a figura do
emitente, que, no direito atual, é uma pessoa privada. É, portanto, um título privado, em
oposição ao título pública.
5.3 Ações
O principal titulo societário é a ação. A ação é uma parcela, uma fração do capital da
S/A. é considerada um titulo de credito que confere ao portador vários direitos, e, por
isso, pode ela ser considerada sob vários aspetos:
Valor das ações: como titulo de credito, a ação devera ter um valor nominal expresso
em moeda corrente do país. Embora cada ação seja um titulo, elas têm sempre o mesmo
valor, declarado no estatuto, em clausula do seguinte tipo: "o capital da companhia é de
R$ 1.000,00, constituído de 1.000 ações no valor nominal de um real cada".
Se examinarmos a Lei 6.404/76, a Lei das S/A, notaremos que ela considera dois tipos
especiais de grupos de ações, segundo dois critérios diferentes:
A lei das S/A dá ainda outra classificação, embora de menor importância, por se rara
sua observância: de valor nominal e sem valor nominal. Apresar de nosso direito ter
atacado a possibilidade de ação sem valor nominal, não tem sido ela aplicada em nosso
país.
As ações preferenciais são assim chamadas por garantirem ao seu portador certas
preferências especiais; são vantagens extraordinárias. Por outro lado, adota também
restrições: as ordinárias conferem ao seu titular um poder político, ou seja, o direito a
voto, podendo participar das assembléias, votando e ser votado.
O titular das ações poderá mantê-las em seu poder ou então depositá-las numa
instituição financeira autorizada a funcionar como agente de certificados. Esse banco ou
instituição financeira, ao receber as ações de deposito, poderá emitir o "Certificado de
Deposito de Ações", título representativo das ações que receber em depósito.
Debêntures são títulos de crédito emitidos pelas sociedades por ações (Sociedade
Anônima e Sociedade em Comandita por Ações), os quais provêm de um empréstimo
contraído junto ao público pela sociedade emitente, e que representam um direito de
crédito do seu possuidor (debenturistas) contra a sociedade. São títulos causais, cujo
prazo de vencimento varia normalmente entre 2 e 5 anos, propiciando às empresas
emissoras a captação de recursos.Sob inúmeros aspectos, diferenciam-se debêntures e
ações: as debêntures atribuem ao seu possuidor (debenturista) um direito de crédito
contra a sociedade emitente, enquanto as ações proporcionam ao seu titular (acionista)
um direito de participação na sociedade. Debêntures são títulos de renda fixa, pagando
juros e correção monetária ao passo que as ações são títulos de renda variável, pagando
dividendos.Debêntures são emitidas pelas SA ou pelas sociedades em comandita por
ações, enquanto as ações são emitidas exclusivamente pelas AS.
7) O número de ordem;
As partes beneficiárias tiveram muita atenção da Lei das S/A. Trata-se de um título
honorífico, com que a companhia pretende homenagear pessoas benfeitoras, como os
fundadores. Esse título dá direito aos beneficiários, de receber um valor variável, de
acordo com os lucros, desde que não ultrapasse 10% deles. Excelente e claro conceito
das partes beneficiarias nos é dado pelo at. 46 da Lei das S/A "A companhia pode
portar, a qualquer tempo, títulos negociáveis, sem valor nominal e estranhos ao capital
social, denominados "partes beneficiarias".
Assim como nas ações como as debêntures são valores capazes de garantir o
cumprimento de obrigações, podendo ser oferecidas em caução ( penhor de titulo de
credito). Ao emitir as debêntures, a companhia emitente poderá entregá-las a uma
instituição financeira para a distribuição no mercado de capitais. A instituição financeira
para a distribuição no mercado de capitais. A instituição financeira poderá emitir e
entregar á companhia uma "cédula pignoratícia de debêntures", se estiver autorizada,
para tanto, pelo BACEN. A cédula pignoratícia de debêntures confere á companhia
direito de credito contra a instituição financeira.
A cédula pignoratícia de debêntures é um titulo de credito, ao portador ou endossável,
como valor nominal, pagando juros e correção monetária, cujo pagamento fica
garantido pela caução das debêntures. Por outro lado, a emitente poderá vender as
debêntures no momento que lhe for conveniente.
São títulos de créditos de longos prazos, emitidos por governos, bancos ou empresas
privadas interessadas em alongar o perfil de sua dívida. Uma empresa brasileira pode
captar recursos no mercado exterior emitindo, por exemplo, EUROBONDS, ou BONDS
no mercado europeu. Os bônus são emitidos com um valor nominal ou valor de face (no
caso do EUROBONDS, geralmente, esse valor é igual a tantos mil dólares), pagando
juros semestrais ou anuais calculados linearmente sobre o valor de face, o que quer
dizer que o tomador pagará somente os juros a cada período, mas nenhuma parcela do
principal será paga até o final do empréstimo. É um mecanismo de financiamento
relativamente simples, com um jargão associado muito rico.
O cálculo da rentabilidade desses títulos pode ser feito nas seguintes bases:
6 Conclusão
Ao findar este trabalho podemos concluir que os as quatro formas de títulos de créditos
impróprios (títulos de financiamento rural, financiamento imobiliário, títulos públicos e
os títulos públicos) são aqueles que estão conectados à sua procedência bem como tais
são imperfeitos. São considerados títulos de crédito, pois são suscetíveis de circulação
por endosso, e levam neles corporificada a obrigação. E tem a finalidade de fazer gerar
e circular capital seja na área rural ou na urbana o objetivo é proporcionar
comercialização.
7 Referências
DÓRIA, Diylson. Curso de Direito Comercial. Ed.14ª. São Paulo: Saraiva, 2000. 1°
vol.
REQUIÃO, Rubens. Curso de Direito Comercial. Ed.22ª. São Paulo: Saraiva, 2000. 2°
Vol.