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DELEGAÇÃO DE MAPUTO
LICENCIATURA EM ADMINITRAÇÃO PÚBLICA
Cadeira: Sistema Financeiro
Turma: A
Discentes: Docente:
Erica Gimo Chemane Msc. Belchior Cole
Jenife Chemane
Manuel Vilanculos
No âmbito global, os fluxos de capitais são influenciados por uma série de fatores, incluindo
políticas monetárias dos principais bancos centrais, volatilidade nos mercados financeiros
internacionais, condições macroeconômicas globais e eventos geopolíticos. Estes fluxos, por sua
vez, têm um impacto significativo nos regimes monetários dos países, influenciando suas
políticas cambiais, taxas de juros e reservas internacionais.
1.1 Objectivos
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1.1.2 Objetivos Específicos
Identificar os principais determinantes dos fluxos de capitais em nível global, incluindo
políticas monetárias dos principais bancos centrais, condições macroeconômicas e
eventos geopolíticos;
Descrever os diferentes tipos de regimes monetários adotados pelos países e suas
características, como câmbio fixo, câmbio flutuante e regimes de metas de inflação;
Avaliar o impacto dos fluxos de capitais nos regimes monetários dos países, examinando
como esses fluxos influenciam as políticas cambiais, as taxas de juros e as reservas
internacionais;
Investigar os efeitos dos regimes monetários na dinâmica dos fluxos de capitais,
analisando como a escolha de um determinado regime pode afetar a atratividade para
investimentos estrangeiros e a estabilidade financeira.
1.2 Metodologia
Esta pesquisa utilizará uma abordagem mista, combinando análise quantitativa e qualitativa para
investigar a relação entre os fluxos de capitais e os regimes monetários. A metodologia será
dividida em várias etapas:
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3. Análise Integrada: Os resultados da análise quantitativa e qualitativa serão integrados
para oferecer uma compreensão abrangente da relação entre fluxos de capitais e regimes
monetários, bem como suas implicações para a estabilidade financeira e o
desenvolvimento econômico.
4. Discussão e Conclusão: Por fim, os resultados serão discutidos à luz dos objetivos da
pesquisa, destacando suas contribuições para a literatura existente e fornecendo insights
para formuladores de políticas e acadêmicos interessados na área. Serão identificadas as
limitações do estudo e sugeridas direções para pesquisas futuras
1.3 Justificativa
A investigação sobre a relação entre fluxos de capitais e regimes monetários é de grande
relevância devido a várias razões:
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dinâmicas. Esta pesquisa busca preencher essas lacunas, contribuindo para o avanço do
conhecimento na área da economia internacional e das finanças.
2 Desenvolvimento
2.1 Conceitos Chaves
1. Fluxos de Capitais: De acordo com a abordagem de Eichengreen e Ghosh (2015), fluxos
de capitais são definidos como "os movimentos de dinheiro e ativos financeiros entre
países, incluindo investimentos estrangeiros diretos, investimentos em carteira,
empréstimos e outros tipos de transações financeiras. Esses fluxos são influenciados por
uma variedade de fatores econômicos, políticos e financeiros, e desempenham um papel
crucial na alocação de recursos e na integração dos mercados financeiros globais."
De acordo com estudos conduzidos por Feldstein e Horioka (1980), os fluxos de capitais em
nível global são influenciados por uma gama diversificada de fatores, dos quais os principais
determinantes podem ser categorizados da seguinte forma:
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1. Políticas Monetárias dos Principais Bancos Centrais: As decisões de política
monetária dos principais bancos centrais, como o Federal Reserve (EUA), o Banco
Central Europeu (UE) e o Banco do Japão, desempenham um papel fundamental na
determinação dos fluxos de capitais globais. Mudanças nas taxas de juros de referência,
programas de flexibilização quantitativa (QE) e outras medidas adotadas por essas
instituições podem afetar significativamente o apetite por risco dos investidores e,
consequentemente, os fluxos de capitais para diferentes regiões do mundo.
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moeda estrangeira específica (como o dólar dos EUA), ou de forma multilateral, como é o caso
do Sistema Monetário Europeu (SME), onde várias moedas são vinculadas entre si. Este regime
proporciona estabilidade nas taxas de câmbio, mas pode exigir intervenções frequentes do banco
central para manter a paridade da moeda.
2.4 Impacto dos fluxos de capitais nos regimes monetários dos países
Com base nas contribuições de Obstfeld (1986) e Lane e Milesi-Ferretti (2001), é possível
avaliar o impacto dos fluxos de capitais nos regimes monetários dos países, considerando os
seguintes aspectos:
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2.4.1 Políticas Cambiais
Os fluxos de capitais podem influenciar diretamente as políticas cambiais dos países,
especialmente em regimes de câmbio flutuante. Entradas significativas de capitais podem levar a
uma apreciação da moeda nacional, tornando as exportações menos competitivas e afetando o
balanço comercial. Por outro lado, saídas de capitais podem pressionar a moeda para baixo,
aumentando o risco de instabilidade cambial. Em regimes de câmbio fixo, os fluxos de capitais
podem exigir intervenções do banco central para manter a paridade da moeda.
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3 Efeitos dos regimes monetários na dinâmica dos fluxos
de capitais
Com base nas análises de Calvo e Reinhart (2002) e Rodrik (2008), é possível investigar os
efeitos dos regimes monetários na dinâmica dos fluxos de capitais, considerando os seguintes
aspectos:
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4 Conclusão
A investigação da relação entre fluxos de capitais e regimes monetários revela a complexidade e
a interdependência desses fenômenos no contexto econômico global. Ao longo desta pesquisa,
analisamos os principais determinantes dos fluxos de capitais, os diferentes tipos de regimes
monetários adotados pelos países, o impacto dos fluxos de capitais nos regimes monetários e os
efeitos dos regimes monetários na dinâmica dos fluxos de capitais.
Nossa análise demonstrou que os fluxos de capitais são influenciados por uma variedade de
fatores, incluindo políticas monetárias dos principais bancos centrais, condições
macroeconômicas e eventos geopolíticos. Além disso, observamos que os diferentes regimes
monetários, como câmbio fixo, câmbio flutuante e regimes de metas de inflação, têm
implicações distintas para a estabilidade financeira e o desenvolvimento econômico dos países.
5 Recomendações
Com base em nossas descobertas, apresentamos as seguintes recomendações para formuladores
de políticas, investidores e outros agentes econômicos:
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3. Monitorar de perto os fluxos de capitais: As autoridades monetárias devem monitorar
de perto os fluxos de capitais e estar preparadas para implementar medidas de controle
quando necessário para evitar excessos e mitigar riscos à estabilidade financeira.
4. Adaptar políticas conforme necessário: Os países devem estar dispostos a adaptar suas
políticas monetárias e cambiais conforme necessário para responder a mudanças nas
condições econômicas e nos mercados financeiros globais.
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6 Referências bibliográficas
1. Calvo, G. A., & Reinhart, C. M. (2002). Fear of floating. The Quarterly Journal of
Economics, 117(2), 379-408.
2. Eichengreen, B., & Ghosh, A. (2015). Managing capital flows: The search for a
framework. Journal of International Money and Finance, 52, 3-26.
3. Feldstein, M., & Horioka, C. (1980). Domestic savings and international capital flows.
The Economic Journal, 90(358), 314-329.
4. Friedman, M. (1953). The case for flexible exchange rates. In M. Friedman, Essays in
Positive Economics (pp. 157-203). University of Chicago Press.
5. Lane, P. R., & Milesi-Ferretti, G. M. (2001). The external wealth of nations: Measures of
foreign assets and liabilities for industrial and developing countries. Journal of
International Economics, 55(2), 263-294.
6. Mundell, R. A. (1963). Capital mobility and stabilization policy under fixed and flexible
exchange rates. The Canadian Journal of Economics and Political Science, 29(4), 475-
485.
8. Rodrik, D. (2008). The real exchange rate and economic growth. Brookings Papers on
Economic Activity, 39(2), 365-439.
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