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INSTITUTO SUPERIOR MUTASSA (ISMU)

Turma “A” – Laboral

Curso de Licenciatura em Direito

PROJECTO DO FIM DE CURSO

DIREITOS FUNDAMENTAIS DO TRABALHADOR E A SUA EFECTIVIDADE NO


CONTRATO DE TRABALHO DOMÉSTICO: O CASO DAS EMPREGADAS
DOMÉSTICAS – BAIRRO DO FOMENTO, MATOLA (2017 a 2022)

Lucinda José Vachaneque

Maputo, Outubro de 2023


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INSTITUTO SUPERIOR MUTASSA (ISMU)

Curso de Licenciatura em Direito

PROJECTO DO FIM DE CURSO

DIREITOS FUNDAMENTAIS DO TRABALHADOR E A SUA EFECTIVIDADE NO


CONTRATO DE TRABALHO DOMÉSTICO: O CASO DAS EMPREGADAS
DOMÉSTICAS – BAIRRO DO FOMENTO, MATOLA (2017 a 2022)

Projecto do fim de curso apresentado no


Instituto Superior Mutassa (ISMU), como um
dos requisitos para a obtenção do grau de
Licenciatura em Direito.
Docente: Dr. Alexis Leon

Discente: Lucinda José Vachaneque

Maputo, Outubro de 2023


ÍNDICE

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS.................................................................................i

CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO.................................................................................................1

1.1.Contextualização..................................................................................................................1

1.2. Apresentação e delimitação do tema...................................................................................2

1.2.1. Inserção do tema na sistemática jurídica..........................................................................3

1.3. Justificativa..........................................................................................................................3

1.4. Problema de estudo.............................................................................................................3

1.5. Objectivos da pesquisa........................................................................................................4

1.5.1. Objectivo geral.................................................................................................................4

1.5.2.Objectivos específicos.......................................................................................................4

1.6. Hipóteses.............................................................................................................................5

Em menção ao problema em estudo foram colocadas as seguintes hipóteses:..........................5

(H1): A tutela dos direitos das trabalhadoras é efectiva no regime doméstico..........................5

(H2): A tutela dos direitos das empregadas não é efectiva no regime doméstico......................5

1.7. Estrutura do trabalho...........................................................................................................5

CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA........................................................................6

2.1. Aspectos históricos do trabalho doméstico em Moçambique.............................................6

2.2. A evolução dos direitos fundamentais.................................................................................7

2.2.1. Os Direitos fundamentais dos trabalhadores na CRM.....................................................7

2.2.2. Efectividade dos direitos socias fundamentais do trabalhador.........................................8

2.2.3. Direitos fundamentais: breve noção.................................................................................8

2.3. O Quadro legal infraconstitucional aplicável à tutela dos direitos do trabalhador.............9

2.3.1. Caracterização do assédio no local de trabalho................................................................9

2.4. O Regime jurídico específico aplicável ao trabalho doméstico........................................11

3.1. Local da Pesquisa..............................................................................................................12


3.2.1. Forma de abordagem......................................................................................................12

3.2.2. Quanto aos objectivos....................................................................................................13

3.3.Quanto aos métodos de procedimento................................................................................13

3.4. Técnicas de recolha de dados............................................................................................14

3.4.1.Entrevistas semiestruturadas...........................................................................................14

3.4.2.Observação directa..........................................................................................................14

3.4.3.Questionários...................................................................................................................15

3.5. População e Amostra.........................................................................................................15

3.5.1.Processo de Amostragem................................................................................................15

3.5.2. Análise estatística e apresentação de dados...................................................................16

3.6. Aspectos Éticos.................................................................................................................16

3.7.Cronograma de Actividades...............................................................................................17

3.8. Orçamento do estudo.........................................................................................................18

4. Referências Bibliográficas...................................................................................................19
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

APA American Psychogical Association

AMUEDO Associação da Mulher Empregada Doméstica

CC Conselho Constitucional

CRM Constituição da República de Moçambique

DALJ Departamento de Assuntos Laborais e Jurídicos

IPAJ Instituto de Patrocínio e Assistência Jurídica

ISGN Instituto Superior de Gestão de Negócios

LT Lei de Trabalho

OIT Organização Internacional do Trabalho

RTD Regulamento de Trabalho Doméstico

SINED Sindicato Nacional de Empregadas Domésticas

SPSS Statistic Package for Social Science

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CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO

1
Ao longo deste capítulo introdutório apresenta-se o tema e sua delimitação seguindo-se a
justificativa, o problema de estudo, os objectivos (geral e específicos), as hipóteses de estudo, e
por fim a estrutura do trabalho.

1.1.Contextualização

Em Moçambique, os direitos fundamentais dos trabalhadores estão consagrados na Constituição


da República, na Lei do Trabalho e no caso em estudo no regime específico tutelar dos
trabalhadores domésticos.

A Constituição da República de Moçambique, pontualmente revista pela Lei 1/2018, de 12 de


Junho, estabelece de forma expressa no n.º 1 seu artigo 85 que: “todo o trabalhador tem o direito
à justa remuneração, descanso, férias e à reforma nos termos da Lei”, o que se harmoniza com os
princípios gerais da política económica estabelecida no n.º 1 do art.º 96 deste dispositivo, que
garante a “melhoria das condições de vida do povo” nas bases fundamentais do desenvolvimento
do país.

No regime normativo geral, os direitos fundamentais dos trabalhadores encontram-se elencados


na Lei n.º 23/2007, de 1 de Agosto (aprova a Lei do Trabalho), na secção VII do Capítulo III,
concretamente no artigo 54, que assegura e reconhece no seu n.º 3, “direitos que não podem ser
objecto de qualquer transacção, renúncia ou limitação, sem prejuízo do regime da modificação
dos contratos por força da alteração das circunstâncias”, sendo que os princípios fundamentais da
relação jurídico-laboral encontram-se estabelecidos no art.º 5 seguintes do mesmo dispositivo.

No caso específico das relações laborais emergentes do contrato de trabalho doméstico, alguns
destes direitos encontram-se igualmente preconizados no artigo 10 do Decreto nº 40/2008, de 26
de Novembro, com a epígrafe “direitos do empregado doméstico” em que se especificam direitos
como: direito á descanso diário, direito a férias anuais remuneradas, direito á justa remuneração,
entre outros.

Porém, não obstante a existência destes instrumentos específicos tutelares dos direitos dos
trabalhadores em geral, grande parte dos trabalhadores domésticos, em particular algumas
trabalhadoras domésticas no Bairro do Fomento no município da Matola, tem sofrido algumas
violações destes direitos fundamentais constitucionalmente consagrados.

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Com efeito, grande parte das trabalhadoras domésticas são sujeitas à falta de estabilidade no
emprego, maus-tratos, longas horas de trabalho sem descanso ou direito a férias, assédio sexual e
assédio moral, inexistência de medidas apropriadas de protecção, segurança e higiene no trabalho
para assegurar a sua integridade física, moral e mental, baixos salários entre outros.

1.2. Apresentação e delimitação do tema

A presente pesquisa tem como título “Direitos fundamentais do trabalhador - sua efectividade no
contrato de trabalho doméstico, o caso das empregadas domésticas no bairro do fomento, matola
(2017 a 2022).” A delimitação espacial circunscreve-se ao Bairro do Fomento, localizado no
município da Matola, onde existe um número considerável de trabalhadoras domésticas que,
frequentemente vê os seus direitos violados pelo empregador.

A opção pelo espaço temporal (2017 a 2022) resulta do facto de terem decorrido mais de 14 anos
desde a aprovação do Regulamento do Trabalho Doméstico (Decreto nº40/2008, de 26 de
Novembro de 2008), tornando-se pois oportuno avaliar os efeitos deste mecanismo legal na
protecção dos direitos das empregadas domésticos no âmbito do contrato de trabalho neste
regime.

A escolha do género feminino com a terminologia “empregadas domésticas”, deve-se


essencialmente à predominância de mulheres nesta actividade (bairro do Fomento) e à natureza
da actividade prestada neste contrato de trabalho (lavar, cozinhar, engomar, cuidar das crianças e
dos idosos, etc.) que à primeira vista são actividades com “rosto feminino.”

Embora existam igualmente trabalhadores domésticos do sexo masculino no Bairro de Fomento,


esta pesquisa, e sem os intentos discriminatórios, centra-se apenas nas “empregadas domésticas.”
Deste modo procurar-se-á ao longo da monografia, usar o termo “empregadas domésticas.”

Em alguns casos, poderá usar-se genericamente o termo “trabalhador” ou “empregador”, quando


se trate de fazer menção a instrumentos normativos correlatos que genericamente usam o temo
“trabalhador” ou “empregado” no masculino.

1.2.1. Inserção do tema na sistemática jurídica

3
O tema insere-se essencialmente no direito trabalho, ramo de direito privado (com grande
influência de normas de direito público). A pesquisa poderá estender-se, a outros ramos de
direito, por exemplo direitos fundamentais, sempre que se mostre relevante. Sob o ponto de
normativo a pesquisa abarca a análise Constituição da República de Moçambique, da Lei do
Trabalho (regime geral) e do Regulamento do Trabalho doméstico (regime específico do trabalho
doméstico), por remissão do art.º 3 da LT, podendo trazer outros instrumentos normativos
quando relevante, e somente nos preceitos correlatos ao tema em estudo.

1.3. Justificativa

A crescente violação dos direitos fundamentais das trabalhadoras domésticas na relação de


trabalho doméstico no Bairro do Fomento é um dos aspectos que justifica a pertinência deste
tema. Aliás, trata-se de um assunto pouco discutido no âmbito jurídico-laboral esperando-se
modestamente que a pesquisa possa preencher esta lacuna e quiçá incentivar novos debates sobre
o assunto. O tema é pertinente e actual, pois aborda direitos sociais dos trabalhadores
constitucionalmente reconhecidos não só na ordem jurídica moçambicana como também no
âmbito do direito internacional, facto que motiva a Organização Internacional do Trabalho (OIT)
a estabelecer balizas que devem direccionar esta classe trabalhadora.

A sua actualidade resulta do facto de os direitos sociais do trabalhador estarem associados ao seu
quotidiano (alimentação, saúde, lazer, transporte, etc.), direitos estes que estão correlatos à sua
qualidade de vida.

1.4. Problema de estudo

As trabalhadoras domésticas estão entre as mais vulneráveis ao abuso no local de trabalho.


Devido ao seu isolamento (trabalhando grande parte das vezes, sozinhas num agregado familiar)
e pela natureza do trabalho, estas estão, muitas vezes sujeitas a tratamento injusto e por vezes
humilhante por parte do empregador.

O assédio sexual por parte do “patrão” e consequentemente o assédio moral e despedimento sem
justa causa por parte da “patroa”, quando esta se apercebe do “interesse” do patrão pela
trabalhadora doméstica, constitui uma das violações dos direitos das trabalhadoras deste sector.

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A falta de horário na jornada laboral, falta de descanso semanal e férias, salários abaixo do
padrão, falta de cumprimento das normas de higiene e segurança no local de trabalho, etc. são
outros aspectos que contribuem para o incremento dos casos de violação dos direitos laborais das
trabalhadoras domésticas no Bairro de Fomento, no município da Matola.

Neste sentido, a Lei assume um papel importante no garante da efectividade dos trabalhadores
em geral e das empregadas domésticas em particular, que são objeito do presente estudo. Porém,
embora a Constituição da República de Moçambique, a Lei de Trabalho e o Regulamento
específico do Trabalho doméstico, disponham de forma expressa, sobre os direitos dos
trabalhadores em geral, e dos trabalhadores domésticos em particular, o certo é que alguns
empregadores neste regime, não respeitam as garantias e direitos prescritos na Lei. Deste modo,
colocava-se a seguinte questão:

Até que ponto é que os direitos do (as) trabalhador (as) prescritos na Lei são devidamente
respeitados no contrato de trabalho doméstico?

1.5. Objectivos da pesquisa

1.5.1. Objectivo geral

Analisar a efectividade dos direitos das trabalhadoras no contrato de trabalho doméstico.

1.5.2.Objectivos específicos

a) Descrever os mecanismos de tutela dos direitos do (as) trabalhador (as) no regime


doméstico;

b) Avaliar a percepção das trabalhadoras no regime doméstico quanto aos seus direitos
fundamentais;

c) Ilustrar as consequências da violação dos direitos fundamentais da trabalhadora no


regime doméstico; e

d) Verificar o estágio actual do Regulamento do trabalho doméstico no respeitante à


protecção dos direitos das trabalhadoras no regime doméstico.

5
1.6. Hipóteses

Em menção ao problema em estudo foram colocadas as seguintes hipóteses:

(H1): A tutela dos direitos das trabalhadoras é efectiva no regime doméstico.

(H2): A tutela dos direitos das empregadas não é efectiva no regime doméstico.

1.7. Estrutura do trabalho

Este trabalho compreenderá cinco (05) capítulos e respectivos subcapítulos, nomeadamente:

Capítulo I: Introdução – e nela constam a contextualização; a apresentação e delimitação do


tema: espacial e temporal; a justificativa (razão social, pessoal e académica); a problematização
descrita acompanhada da respectiva pergunta de partida; os objectivos da pesquisa, as hipóteses
do estudo e a estrutura do trabalho.

Capítulo II: Revisão da Literatura – apresenta o marco teórico, onde são apresentadas as teorias
que serviram de base para a sustentação do estudo, através da fundamentação teórica, a
fundamentação empírica e por fundamentação focalizada.

Capítulo III: Metodologia de pesquisa – será dedicada ao desenho metodológico, na qual está
organizado da seguinte maneira: o tipo de estudo; métodos de abordagem; métodos de
procedimento; a descrição do local de campo; as técnicas de recolha de dados; a população e
amostra; análise estatística de dados; o modelo de escrita científica e os aspectos éticos.

Capítulo IV: Apresentação e discussão de resultados – referente a análise e interpretação de


dados obtidos.

Capítulo V: serão apresentadas as conclusões, as recomendações, as referências bibliográficas.

6
CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA
Neste capítulo apresenta-se a compilação de suportes científicos do que já foi escrito em estudos
anteriores mediante a consulta de livros e artigos científicos publicados por diferentes autores
sobre tópicos considerados essenciais para a pesquisa, sem olvidar a análise da legislação
relevante para o tema.

2.1. Aspectos históricos do trabalho doméstico em Moçambique


Historicamente, o trabalho doméstico constitui uma actividade herdada da escravatura, cujos
indivíduos prestavam trabalhos nas residências sob as ordens de um proprietário. (Ali, 2014,
p.36).

Durante o tempo colonial, os trabalhos domésticos eram estritamente regulados, mas pouco
protegidos. Com o início da luta de libertação, e sob pressão da Organização Internacional do
Trabalho, o regime colonial introduziu uma série de reformas laborais, incluindo o Regulamento
dos trabalhadores domésticos. (Ali 2014, p.40).

Dada a natureza sub-capitalizada da economia colonial, este sector constituía uma das maiores
fontes de rendimento assalariado para homens. (Castel-Branco 2012).

Após a independência o trabalho doméstico passou a ser dominado por mulheres resultado do
êxodo da classe colonial de novas oportunidades de emprego assalariado para homens e do fluxo
de mulheres refugiadas de guerra (Castel-Branco, 2013, p.21).

Para um jovem do meio rural, o trabalho doméstico era uma oportunidade para se aproximar ao
chamado Xilinguine, aprender a falar o português, e cultivar cunhas que lhe podiam facilitar o
acesso a um melhor posto de trabalho. O único cargo dominado por mulheres era o de lavadeira,
pois desempenhavam as suas funções em casa, longe da ameaça do assédio e da violência sexual,
e em função das suas outras responsabilidades reprodutivas (Penvenne, 1994, p.75).

A independência trouxe uma democratização dos direitos laborais e sociais. Porém, os


trabalhadores domésticos foram largamente excluídos dos mecanismos de incorporação social.
Só em 2006, com a criação da Associação da Mulher Empregada Doméstica (AMUEDO), é que
foram integrados nas estruturas do movimento sindical (Castel-Branco 2015).

7
2.2. A evolução dos direitos fundamentais
Apoiando-se na teoria de Vasak, Gouveia, (2015, p 303.), organiza a “Periodificação” dos
direitos fundamentais “também apelidadas de “gerações” de direitos fundamentais em: período
liberal; período social e período cultural.

a) Período liberal – analisa-se pela consagração de uma primeira geração de direitos


fundamentais como conjunto de direitos de natureza negativa, através dos quais se tinha
em mente, em primeiro lugar, a garantia de um espaço de autonomia e de defesa dos
cidadãos em face do poder público. (Gouveia 2015, p. 303)

b) Período social – consagrou uma segunda geração de direitos fundamentais, em que se


tornou nítido o propósito de alargar os fins do Estado e de neles fazer reflectir uma
protecção de natureza social […] Criaram-se os direitos fundamentais à educação, à
protecção da saúde e à segurança social, de entre outros, sempre exemplificações dos
direitos fundamentais a prestações. (Gouveia 2015, p. 304)

c) Período cultural – traduz a existência de uma terceira geração de direitos fundamentais,


em que se regista o aparecimento de novos direitos fundamentais, a partir do último
quartel do século XX. (Gouveia 2015, p. 304).

2.2.1. Os Direitos fundamentais dos trabalhadores na CRM


No ordenamento jurídico moçambicano, os direitos dos trabalhadores enquadram-se no grupo
dos direitos fundamentais estabelecidos na CRM, concretamente no Título III “direitos, deveres e
liberdades fundamentais”, Capítulo V com a epígrafe “direitos e deveres económicos sociais e
culturais.

É, pois, no âmbito, dos direitos sociais que se integram no rol dos direitos fundamentais de 2ª
geração, como visto anteriormente (2.2.), que o art.º 85 da CRM, estabelece no seu n. º1, que
“todo o trabalhador tem o direito à justa remuneração, descanso, férias e à reforma nos termos da
Lei.”

Este preceito harmoniza-se com os princípios gerais da política económica estabelecida no n.º 1
do art.º 96 deste dispositivo, que garante a “melhoria das condições de vida do povo” nas bases

8
fundamentais do desenvolvimento do país, o que abarca igualmente a área dos direitos sociais,
neste caso do trabalhador em geral e do trabalhador em regime doméstico em particular.

Como se pode verificar da redacção do n.º 1 do art.º 96 da CRM e também da explicação dada
pela doutrina (al. b) 2.2.), direitos sociais são aqueles que tem em vista ao bem-estar e a
qualidade de vida do trabalhador em geral e no caso em apreço do trabalhador doméstico que é a
parte mais frágil da relação jurídico-laboral no regime doméstico.

Trata-se, pois, de direitos de segunda geração, com uma dimensão positiva pois tem em vista o
bem-estar e a qualidade de vida dos cidadãos em geral.

2.2.2. Efectividade dos direitos socias fundamentais do trabalhador


Como visto anteriormente, os direitos sociais dos trabalhadores integram-se no Título III da
CRM, com a epígrafe “direitos, deveres e liberdades fundamentais”, não restando, pois, dúvidas
de que se trata de direitos fundamentais de segunda geração.

O temo “efectividade” do latim effectivus, de efficere, significa o que é efectivo, ou o que


realmente existe. (Galindo 2010, p.1197)

Efectividade é sinónimo de realidade, existência, certeza, objectividade, sendo que na forma


substantiva tem o sentido de realizar, efectuar, perfazer. (Fernandes, citado por Galindo 2010, p.
1200)

2.2.3. Direitos fundamentais: breve noção


Direitos fundamentais são direitos inerentes à pessoa humana e são direitos reconhecidos pela
Lei fundamental. Por exemplo direito ao trabalho, direito à saúde, direito ao ambiente
equilibrado, etc. são alguns dos direitos fundamentais positivados na Constituição da República
de Moçambique que estão igualmente correlatos a aspectos sociais económicos e culturais.

Sob o ponto de vista doutrinário, direitos fundamentais são “direitos ou as posições jurídicas
subjectivas das pessoas enquanto tais, individual ou institucionalmente consideradas, assentes na
Constituição.” (Miranda, 1999, p. 11)

9
Para Gouveia (2015), direitos fundamentais são as posições jurídicas activas das pessoas
integradas no Estado-Sociedade, exercidas por contraposição ao Estado-Poder, positivadas na
Constituição.

Para o autor supracitado, estes dividem-se em três elementos:

a) Um elemento subjecção, ou seja, as pessoas integradas no Estado-Sociedade, os titulares dos


direitos, que podem ser exercidos em contraponto ao Estado-Poder;

b) Um elemento objectivo: as vantagens inerentes aos objectos e conteúdos protegidos por


cada direito fundamental;

c) Um elemento formal: a consagração dessas posições de vantagem ao nível da Constituição.

2.3. O Quadro legal infraconstitucional aplicável à tutela dos direitos do trabalhador


A Lei nº 23/2007, de 1 de Agosto, que aprova a lei do Trabalho, define os princípios gerais e
estabelece o regime jurídico aplicável às relações individuais e colectivas de trabalho
subordinado, prestado por conta alheia e mediante remuneração.

Neste regime geral, os direitos dos trabalhadores encontram-se elencados de forma expressa no
art.º 54, que assegura em primeiro lugar, a “igualdade de direitos no trabalho, independentemente
da sua origem étnica, língua, raça, sexo, estado civil, idade, nos limites fixados por lei, condição
social, ideias religiosas ou políticas e filiação ou não num sindicato.”

A luz do n.º 5 do mesmo preceito a LT reconhece o direito à estabilidade no posto de trabalho, o


direito ao descanso diário, semanal e férias anuais remuneradas, o direito a beneficiar de medidas
apropriadas de protecção, segurança e higiene no trabalho aptas a assegurar a sua integridade
física, moral e mental, entre outros.

2.3.1. Caracterização do assédio no local de trabalho


Não sendo este um trabalho centrado no assédio no local de trabalho, importa trazer uma breve
noção do que se entende por “assédio no local de trabalho”, pois muitas trabalhadoras
domésticas são também vítimas de assédio no local de trabalho, o que acaba por, também
constituir uma violação aos seus direitos fundamentais.

10
Cite-se exemplificativamente neste âmbito, a violação do direito à estabilidade no posto de
trabalho (a trabalhadora acaba sendo despedida ilicitamente pela “patroa” em caso de assédio
sexual por parte do patrão – havendo nesse caso por vezes duplo assédio: sexual e moral por
parte da empregadora); violação do direito a ser tratada com correcção, respeito, etc., direitos
estes que estão estabelecidos na LT, art.º 54 al. b) e c) respectivamente.

Para a C190 – Convenção (n.º 190) sobre Violência e Assédio, 2019, adoestada em Genebra, o
assédio no local de trabalho constitui violência, sendo absolutamente inaceitável no mundo
laboral.

A alínea a) do art.º 1º da C190, estabelece que o termo “violência e assédio” no mundo do


trabalho refere-se a um conjunto de comportamentos e práticas inaceitáveis, ou de suas ameaças,
de ocorrência única ou repetida, que visem, causem, ou sejam susceptíveis de causar dano físico,
psicológico, sexual ou económico, e inclui a violência e o assédio com base no género.

Por sua vez a alínea b) do mesmo preceito diz que o termo “violência e assédio com base no
género” significa violência e assédio dirigido às pessoas em virtude do seu sexo ou género, ou
afectam de forma desproporcionada as pessoas de um determinado sexo ou género, e inclui o
assédio sexual.

A LT não define assédio, limitando-se a dizer no n.º 2 do art.º 66 que “o assédio, incluindo o
assédio sexual, praticado no local de trabalho ou fora dele, que interfira na estabilidade no
emprego ou na progressão profissional do trabalhador ofendido, constitui uma infracção
disciplinar.”

Quando a conduta seja praticada pelo empregador ou pelo seu mandatário, confere ao
trabalhador ofendido o direito a ser indemnizado em vinte vezes o salário mínimo, sem prejuízo
de procedimento judicial, nos termos da lei aplicável. (n.º 3 do art.º 66)

No entanto, a mesma Lei remete o trabalhador doméstico ao regime especial, nos termos do art.º
3, n.º 1 al a), pelo que o regime aplicável ao trabalho doméstico é o Decreto nº 40/2008 de 26 de
Novembro, que também não define o termo assédio.

11
2.4. O Regime jurídico específico aplicável ao trabalho doméstico
No ordenamento jurídico moçambicano, as relações laborais emergentes do contrato de trabalho
doméstico são reguladas pelo Decreto nº 40/2008 de 26 de Novembro, aplicável aos
“empregados que prestam trabalho doméstico a um agregado familiar ou equiparado. (n.º 1 do
art.º 2).

Relativamente à constituição da relação de trabalho doméstico, o RTD consagra o princípio da


“liberdade da forma” ao estatuir que o contrato de trabalho não está sujeito a forma escrita (artº.
6 n.º 1) presumindo-se a existência do vínculo laboral sempre que o trabalhador esteja a prestar
actividade sem oposição e com conhecimento do empregador. Podendo, no entanto, as partes se
assim o entenderem reduzir o acordo a uma simples declaração. (Antunes et. al p.23).

Neste regime específico, os direitos do trabalhador encontram-se elencados no art.º 10 com a


epigrafe “Direitos do empregado doméstico.” Deste modo são direitos específicos do trabalhador
doméstico:

a) Receber a remuneração na forma convencionada;

b) Ter assegurado o descanso semanal e férias anuais remuneradas;

c) Beneficiar de assistência médica e medicamentosa em caso de acidente de trabalho ou


doença profissional;

d) Ser tratado com correcção e respeito;

e) Fazer a inscrição por si mesmo no regime dos trabalhadores por conta própria do sistema
de Segurança Social Obrigatória.

Quanto a duração da prestação do trabalho o art.º 18 do diploma supracitado determina que o


período normal de trabalho efectivo não pode ser superior a 54 horas por semana e 9 horas por
dia, sendo que o horário de trabalho neste regime, deve obedecer aos limites constantes do n° 1
do artigo 18, devendo incluir os intervalos para refeições e descanso, que deve ser no minino de
30 minutos, (art.º 19, n.º 2).

12
CAPÍTULO III: PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Neste capítulo descreve-se a metodologia a ser usada para a realização da pesquisa desde a
fundamentação teórica que constará no texto, os aspectos metodológicos, a recolha de dados,
população e amostra, até analise e a interpretação de dados.

Deste modo, estarão justificadas as escolhas de procedimento para a realização da pesquisa. De


acordo com Lakatos e Marconi (2001, p.33) metodologia é o conjunto das actividades
sistemáticas e racionais que, com maior segurança, permite alcançar objectivos, conhecimentos
válidos e verdadeiros, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as
decisões dos cientistas.

3.1. Local da Pesquisa


A pesquisa terá como foco espacial o Município da Matola, especificamente no Bairro do
Fomento. É um dos bairros do Município com elevado índice populacional de vinte e oito mil e
trezentos e vinte quatro (28 324) residentes, nos quais treze mil e quinhentos e sessenta e quatro
(13 564) homens e catorze mil e setecentos e sessenta (14 760) mulheres. (INE, 2019).

É um bairro com população da classe média, jovens e trabalhadores, onde maior parte dos
residentes trabalha na cidade de Maputo, para cuidar das residências os residentes do bairro
optam em contratar trabalhadores domésticos para ajudar a cuidar delas. Por isso o bairro acaba
influenciando por acolher maior número de trabalhadores domésticos que são contratados sem
assinatura de nenhum contrato de trabalho (INE, 2019).

3.2.1. Forma de abordagem


O estudo será paralelamente qualitativo quantitativo. Ou seja, privilegiar-se-á a combinação de
ambos métodos. De acordo com Triviños (1987, p.132), o método qualitativo concentra-se
essencialmente em uma espécie de representatividade do grupo maior dos sujeitos que
participarão no estudo. Porém, não é, em geral, a preocupação dela a quantificação da
amostragem.

Por sua vez o método qualitativo proporciona uma melhor visão e compreensão do contexto do
problema, enquanto a pesquisa quantitativa procura quantificar os dados e aplica alguma forma
da análise estatística. A pesquisa qualitativa pode ser usada, também, para explicar os resultados

13
obtidos pela pesquisa quantitativa (Malhotra, 2001, p.155). No estudo, será empregue o método
qualitativo na análise e recolha de dados no seio dos inquiridos e entrevistados para melhor
caracterizar os resultados do estudo.;

Será igualmente empregue a abordagem quantitativa porque serão recolhidos dados numéricos e
estatísticos relativos a vezes em que as empregadas viram seus direitos a serem colocados em
causa ou marginalizados.

3.2.2. Quanto aos objectivos


O estudo é essencialmente descritivo pois visa descrever os desafios enfrentados pelos
empregados domésticos nos seus postos de trabalho face a uma atitude condigna diante do e
vice-versa.

De acordo com Triviños (1987, p.110), o estudo descritivo pretende descrever “com exactidão”
os fatos e fenómenos de determinada realidade, de modo que o estudo descritivo é utilizado
quando a intenção do pesquisador é conhecer determinada comunidade, suas características,
valores e problemas daquela comunidade.

14
3.3.Quanto aos métodos de procedimento

No que tange aos procedimentos, opta-se pelo método bibliográfico; pesquisa documental de
fontes primárias; estudo de caso e o método estatístico.

a) Pesquisa bibliográfica – abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema


de estudo” e inclui “publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas,
monografias, teses, material cartográfico etc., até meios de comunicação orais: rádio,
gravações em fita magnética e audiovisuais: filmes e televisão.” (Marconi & Lakatos,
2003, p.183).

b) Pesquisa documental – complementa a pesquisa bibliográfica. Consiste na busca de


informações em documentos que não receberam nenhum tratamento científico. Neste a
pesquisa documental permitirá proceder à análise da legislação relevante, com enfoque na
Constituição da República de Moçambique; Lei n˚ 23/2007, de 1 de Agosto; no Decreto
n° 40/2008, de 26 de Novembro e em algumas Convenções da OIT, correlatas com o
tema.

c) Estudo de caso – visa conhecer em profundidade o como e o porquê de uma determinada


situação que se supõe ser única em muitos aspectos e investiga um fenómeno
contemporâneo dentro do seu contexto da vida real, especialmente quando os limites
entre o fenómeno e o contexto não estão claramente definidos. (Yin, 2005, p.32).
d) Método estatístico – basear-se-á em procedimentos apoiados na teoria da amostragem e
indispensável para este tipo de estudo, pois o objectivo consiste em aferir o nível de
conhecimento dos inquiridos do regulamento do trabalho doméstico, que nos permitirá
interpretar as informações obtidas por meio de entrevistas e questionários e
posteriormente serão representadas em gráficos.

3.4. Técnicas de recolha de dados


Em relação as técnicas de recolha de dados, para os efeitos desta pesquisa serão os seguintes:
entrevistas semiestruturadas; observação directa e questionário aberto.

15
3.4.1.Entrevistas semiestruturadas
Segundo Marconi e Lakatos (2003, p.94), a entrevista é um encontro entre duas pessoas, a fim de
que uma delas obtenha informações de um determinado assunto, mediante uma conversação de
natureza profissional. É um procedimento utilizado na investigação social, para a colecta de
dados ou para ajudar no diagnóstico ou no tratamento de um problema social.

Para a obtenção de informação sobre os direitos dos trabalhadores domésticos no Bairro do


Fomento, serão realizadas entrevistas junto dos colaboradores de Departamento de Assuntos
Laborais e Jurídicos do Sindicato Nacional de Empregadas Domésticas (SINED) e do Instituto
de Patrocínio e Assistência Jurídica (IPAJ) da Província de Maputo.

3.4.2.Observação directa
Segundo Lakatos (2003, p.72), a observação é uma tentativa de colocar o observador e o
observado do mesmo lado, tornando-se o observador um membro do grupo de molde a vivenciar
o que eles vivenciam e trabalhar dentro do sistema de referência deles.

Neste trabalho, a técnica de observação directa consistirá em observar os casos registados de


denúncia ou reclamações nos livros de registo do Sindicato Nacional de Empregadas
Domésticas, participados pelas empregadas domésticas inscritas na agremiação.

3.4.3.Questionários

De acordo com Marconi & Lakatos (2003, p.88), o questionário é uma série ordenada de
perguntas, respondidas por escrito sem a presença do pesquisador”. Nesta óptica, importa realçar
que serão participantes, apenas empregadas domésticas inscritas no SINED e que exercem a
função de empregada no mínimo de 2 anos. Este intervalo temporal é fixado por acreditar que as
empregadas domésticas participantes no estudo é um grupo experimentado, já vivenciaram várias
situações e decerto traz-nos uma certa bagagem de conhecimento da área.

3.5. População e Amostra


Segundo Lakatos & Marconi (2001, p.108), o universo ou população é o conjunto de seres
animados ou inanimados que apresentam pelo menos uma característica em comum. Segundo

16
este autor, o universo ou população da pesquisa é caracterizado pela definição da área ou
população-alvo, descrevendo a quantidade de pessoas que atuam na pesquisa.

Para este estudo, o universo é constituído por conjunto de população em um número de 960 de
empregadas domésticas com características comuns. Este número constitui de empregadas
domésticas a nível da província de Maputo e inscritas no Sindicato Nacional dos Empregados
Doméstico (SINED). Importa ressaltar que até então, o SINED conta com um total de 2.492
membros inscritos, apenas em três províncias nomeadamente, Maputo, Inhambane e Tete
(SINED, 2015).

3.5.1.Processo de Amostragem
Segundo Malhotra (2001, p.162), a amostra é um subgrupo de uma população, constituído de n
unidades de observação e que deve ter as mesmas características da população, seleccionadas
para participação no estudo. O tamanho da amostra a ser retirada da população é aquele que
minimiza os custos de amostragem e pode ser com ou sem reposição.

Para este estudo, do universo populacional de 2.492 dos membros escritos no SINED, será
extraída uma amostra de 23 empregadas domésticas, que serão seleccionados através de amostra
não probabilista. De igual forma, farão parte amostra dois (02) membros da Direcção do
Sindicato Nacional dos Empregados Domestico e (SINED) e outros dois (02) juristas do Instituto
de Patrocínio e Assistência Jurídica (IPAJ) da Província de Maputo, perfazendo um total 27
participantes no estudo.

As amostragens não-probabilísticas é um tipo de amostragem em que existe uma dependência,


pelo menos em parte, do julgamento do pesquisador ou do entrevistador de campo para a
selecção dos elementos da população para compor a amostra (Mattar, 2001, p.23). Deste modo,
será utilizada a amostra intencional ou por julgamento que consistirá na selecção dos
participantes segundo o julgamento pessoal, ou seja, segundo os critérios estabelecidos pela
pesquisadora.

3.5.2. Análise estatística e apresentação de dados


Para analisar os dados recolhidos, recorrer-se-á a utilização dos softwares através de uso de
pacotes estatísticos para o efeito. Os dados colhidos serão analisados no programa estatístico

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SPSS versão 21 (Statistic Package for Social Science – Pacote Estatístico para as Ciências
Sociais), dadas as vantagens que o mesmo oferece, dentre a análise de dados sociais e fez-se o
uso do pacote Excel, o que nos permitirá fazer análises estatísticas e os dados colectados serão
apresentados em forma de tabelas e gráficos a partir do qual nos permitiu tirar as conclusões.

3.6. Aspectos Éticos


O presente estudo obedecerá critérios e procedimentos éticos recomendados em qualquer
pesquisa, em trabalhos de pesquisa. Para a realização da pesquisa no Bairro do Fomento,
Município da Matola, a autora propõe-se contactar com a direcção do Sindicato Nacional de
Empregadas Domésticas (SINED) com vista solicitar a autorização para a identificação dos
inquiridos, ou seja, das empregadas inscritas nesta agremiação e a posterior, a realização do
estudo.

As empregadas domésticas serão seleccionadas para o estudo, serão esclarecidas sobre os


propósitos da pesquisa, ou seja, como ela seria realizada e assinarão o Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido a ser fornecido pela autora. De igual modo, as empregadas domésticas
participantes no estudo serão igualmente informadas do propósito de estudo, de modo a não
levantar suspeitas do estudo, e que o único propósito deste estudo se cinge no aspecto académico
e que ajudara a todos os intervenientes envolvidos a melhorar os aspectos que o estudo for
apurar.

3.7.Cronograma de Actividades
MESES (2023)
ACTIVIDADES Out. Nov. Dez.
Escolha do tema
Recolha de informações teóricas através de
Levantamento bibliográfico
A elaboração da 1ª versão do projecto e submissão
Selecção de empregados domésticos para as entrevistas
semiestruturadas
Colecta de informações no campo X

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Interpretação dos resultados e conclusões X X
Elaboração da 1ª versão monografia de investigação X X

Correcções finais da monografia X X


Apresentação final e defesa X

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3.8. Orçamento do estudo

MATERIAL QUANTIDADES PREÇO (EM MT) TOTAL


Resma de folhas A4 01 350,00 350,00
Recarga para celular -------- -------- 1000
Blocos/notas 02 65,00 130,00
Esferográficas 04 10,00 40,00
Transporte -------- -------- 800
Alimentação -------- 1200,00 1200,00
Digitação, cópias, impressão e -------- -------- 1000
encadernação
Pen Driver de 4GB 01 400 400
TOTAL -------- -------- 4.920,00

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4. Referências Bibliográficas
Ali, A, (2014). Empregadas Domésticas em Moçambique: Classe e Trabalho Numa Sociedade
Pós-colonial. Universidade de São Paulo.

Antunes et. al (2015). Lei do Trabalho de Moçambique anotada. Escolar Editora. Lisboa

Come, L. (2022). A Protecção no Emprego Doméstico: Estudo Sobre a Cidade e Província do


Maputo. REVES - Revista Relações Sociais, Vol. 05 N. 02

Galindo, W. (2010) O que é efetividade? Revista Faculdade Direito Univ. SP


https://www.revistas.usp.br/rfdusp/article/download/67930/70538/89362

Lakatos, E. M.; Marconi, M. A. (2001). Fundamentos metodologia científica. 4.ed. São Paulo:
Atlas.

Malhotra, N. (2001). Pesquisa de marketing. 3.ed. Porto Alegre: Bookman.

Marconi, M. de A. Lakatos, E. M. (2003). Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São


Paulo: Atlas.

Martins, S. P. (2004). Manual do Trabalho Doméstico. 7 ed. São Paulo: Atlas.

Mattar, F. N. (2001). Pesquisa de marketing. 3.ed. São Paulo: Atlas.

Miranda, J. (1999) Direitos Fundamentais: Introdução Geral. Lisboa.

Oliveira, M. F. de. (2011). Metodologia científica: um manual para a realização de pesquisas


em Administração. Catalão: UFG.

Organização Internacional do Trabalho. (2006). Conferência Internacional do Trabalho 95ª


Sessão, 2006. Palmigráfica Artes Gráficas, Lda.

Pamplona Filho, R.; Villaores, M. A. C. (2001). Direito do Trabalho Doméstico. 5ª ed. São
Paulo: LTR.

Quivy, R.; Campenhoudt, L. (1992). Manual de investigação em ciências sociais. Lisboa:


Gradiva.

21
Severino, A. J. (2000). Metodologia do trabalho científico. 21 ed. São Paulo: Cortez.

Silva, J. A Da. (1996). Curso de Direito Constitucional Positivo. 11ª ed. Malheiros.

Sitão, S. M. Rota. (2016). Liderança e motivação no ambiente de trabalho como contributo para
a retenção dos trabalhadores domésticos na cidade de Tete. Tete.

Teixeira, J. R. F. (1993). Trabalho Doméstico. Paraná: Juruá.

Triviños, A. N. S. (1987). Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em


educação. São Paulo: Atlas.

Yin, R. K. (2001). Estudo de caso: planeamento e métodos. 2.ed. Porto Alegre: Bookman.

Legislação Nacional

República de Moçambique, Constituição da República de Moçambique (2018), Boletim da


República, 1ª Série – nº 51, de 22 de Dezembro de 2018. Imprensa Nacional de Moçambique.

República de Moçambique. Lei n˚ 23/2007, de 1 de Agosto, que aprova a Lei de Trabalho de


Moçambique, 01 de Agosto de 2007, no Boletim da República, 1 Série-número 31;

República de Moçambique. Decreto n° 40/2008, de 26 de Novembro, que aprova o Regulamento


do Trabalho doméstico;

República de Moçambique. Decreto n.º 15/2013 de 26 de Abril. Aprova o Estatuto Orgânico do


Instituto do Patrocínio e Assistência Jurídica.

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