Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ÍNDICE
1
Docente:
Ossama M. Assane
Cadeira de Direito Economico
Curso de Ciência Jurídico Publico
DIREITO ECONOMICO
(Breves Noções)
Deste modo, o termo Direito Economico poderá ser entendido de várias formas, como sejam:
“Ordenação jurídica das relações entre entes públicos e entre estes e os sujeitos privados, na
perspectiva do Estado na vida económica”.
Agente económico - é uma pessoa ou entidade que toma decisões económicas. O agente
económico pode ser um indivíduo, uma família, uma empresa, um país, um banco central ou
qualquer outro tipo de decisor económico.
Normalmente, o problema que os agentes económicos têm que resolver consiste num problema
de optimização: maximização da utilidade, no caso das famílias; maximização do lucro para as
empresas; maximização do bem-estar para o Estado.
Direito como um conjunto de normas e princípios estruturadores do trato social, dotados de força
coerciva e resultantes do poder do Estado;
2
Docente:
Ossama M. Assane
Cadeira de Direito Economico
Curso de Ciência Jurídico Publico
Economia como modelo organizado de produção e distribuição de bens e serviços de acordo com
um determinado sistema, ou seja, modelo teórico;
A questão sore a natureza jurídica do direito encómio, leva-nos remeter o nosso estudo para a
definição que apresentamos do direito económico.
Considerando alguns autores que defendem que o direito económico é um ramo do direito
dominado por normas do direito constitucional, administrativo ou penal por isso, o mesmo é um
ramo do direito público. Esta afirmação não é correcta, visto que a própria dinâmica da
actividade económica envolve em grande medida os particulares na decisão das várias questões
que se levantam nas suas relações, originando o surgimento de normas de natureza privada,
assumindo a natureza de um direito privado.
O facto do Estado privatizar maior número das suas unidades e grande parte das actividades que
outrora lhe dizia respeito, originando assim, o surgimento de um sector privado cada vez mais
crescente, é um dos sinais que nos leva a considerar haver uma forte transição do domínio
público para o privado, e, por maioria da razão notar-se o envolvimento cada vez mais acentuado
dos privados na vida económica.
Assim, tanto as noras do Direito Público como as do Direito Privado aplicam-se nas novas
relações que se estabelecem entre os particulares e o Estado. Tal facto, leva-nos a considerar
estarmos em presença de um estado de direito hibrido, contudo, tal afirmação poderá não
satisfazer totalmente.
Todo direito tem uma dupla abordagem: Estrutural e Funcional. A abordagem estrutural
relacionam-se com o conteúdo da norma jurídica, enquanto oque a funcional trata da intensidade
da sua aplicação.
Finamente podemos afirmar que a natureza jurídica do direito económico pode-se encontrar entre
o público e o privado, dependendo sobremaneira da intensidade das formas de intervenção.
3
Docente:
Ossama M. Assane
Cadeira de Direito Economico
Curso de Ciência Jurídico Publico
No direito económico temos um quadro com intensa carga funcional nítida que se traduz na
existência de uma disciplina de direito regulando a actividade económica resultante de um
rejuvenescimento de direito comercial que progressivamente se vai adaptando as modernas
formas de realização de actividade económica, bem como de uma disciplina de direito que,
usando normas de direito público pretende regular a actividade económica. No entanto, o direito
económico apresenta particularidades com realce para as seguintes:
Assim é que o objecto do direito económico ao longo da sua evolução histórica já não se trata de
um direito tendente a reger tao somente as relações entre os sujeitos económicos, mas sim, de
exercer uma influência do comportamento daqueles no âmbito da sua actividade e, tendo em
consideração os objectivos do Estado no que refere ao bem-estar social.
Sabido que as transformações económicas são hoje muito rápidas, obrigando frequente vezes a
revisão de regras e normas jurídicas por forma a adequadas a realidade económica. No entanto, o
direito económico deve acompanhar esta evolução, sob pena de deixar um vazio jurídico na vida
económica e nas relações entre os agentes económicos.
Face ao exposto, podemos considerar o objecto do direito económico como compreendendo três
acepções:
4
Docente:
Ossama M. Assane
Cadeira de Direito Economico
Curso de Ciência Jurídico Publico
Alguns autores atribuem autonomia ao Direito Economico, outros não, porque, o mesmo, possui
um objecto de estudo que também encontramos noutros ramos do Direito.
Por outro lado, tal negação baseia-se ainda nos seguintes factos:
Em síntese: O direito económico não seria assim, mais do que um “Mosaico” incoerente de
institutos jurídicos que, num dado momento nos aparece nos “intervalos” das disciplinas
tradicionais, mas que tenderia a desaparecer à medida que as referidas disciplinas fossem
5
Docente:
Ossama M. Assane
Cadeira de Direito Economico
Curso de Ciência Jurídico Publico
abarcando esses mesmos aspectos. Considera-se o Direito Economico como sendo Difuso e
Precário.
Agora estamos no Estado de Direito Social, estas regras já não são aplicáveis.
b) Estado Contemporâneo
Após a 1ª G.M, notou-se um momento de instabilidade socio-económica;
Após a 2ª G.M, os Estados começaram a vocacionar actividades importantes à economia,
para se promover e preservar o bem-estar económico;
Elimina-se a ideia de que o pensamento individual não è a tese para o desenvolvimento
socio-económico, não è a simples liberdade individual que faz surgir uma sociedade boa;
Neste momento, o Estado è promotor;
O fundamento assenta-se na intervenção do Estado, seja qual for o Estado, de mercado ou
não, já não existe o Liberalismo.
Conclusão - Hoje em dia, pode-se afirmar que os Estados Contemporâneos, intervém com maior
frequência na economia, com interesse de fornecer ao cidadão o bem-estar socio-politico-
económico-cultural.
6
Docente:
Ossama M. Assane
Cadeira de Direito Economico
Curso de Ciência Jurídico Publico
7
Docente:
Ossama M. Assane
Cadeira de Direito Economico
Curso de Ciência Jurídico Publico
e) Declínio Das Fontes Clássicas Do Direito - O declínio das fontes tradicionais devido ao
peso e valor que assumem as novas fontes – contratos entre empresas, convenções
colectivas, acordos de concertação, etc.
f) Declínio Da Coercibilidade E Da Vinculação - A vinculação jurídica è as vezes
substituída pela vinculação de honra, cuja sanção è sobretudo constituída pela afectação
do bom nome do agente económico.
d) Fontes Privadas – acordos que vinculam a banca, neste caso entre os privados,
surgimento de normas para os vincular, essas normas são privadas, contudo, do direito
internacional fazem parte as fontes privadas (contratos de adesão, prestação de serviços,
etc).
8
Docente:
Ossama M. Assane
Cadeira de Direito Economico
Curso de Ciência Jurídico Publico
Este facto implicou a rotura com o ordenamento jurídico instituído, gerando assim a necessidade
de implementação de um novo sistema jurídico que traduzisse a vontade soberana do povo
moçambicano, ou seja, de Moçambique, um especial destaque, registou nesse momento a
manifestação de normas de direito económico, uma vez que a afirmação da independência
coincidiu com a formação da política que implementava a instituição de um sistema económico
socialista.
Embora o sistema económico não se confunda com o regime de economia, a sua instituição de
um novo sistema económico depende da criação de normas jurídicas que possam traduzir e
introduzir as respectivas medidas necessárias.
O exemplo claro destas normas, cuja razão de ser radical e simultânea formação da soberania e
na constituição de um sistema económico inspirada pela política socialista, podemos apontar
logo aqueles que regularam as nacionalizações ocorridas na fase após a independência.
Ainda que tenha sido a fase prodiga no aparecimento de normas de direito económico, o facto é
que este se verificou com um atraso significativo relativo ao ordenamento jurídico europeu.
9
Docente:
Ossama M. Assane
Cadeira de Direito Economico
Curso de Ciência Jurídico Publico
Podemos todavia, deixar de realçar o papel que a faculdade de direito da Universidade Eduardo
Mondlane tem vindo a desempenhar para o desenvolvimento do pensamento jus económico e
que se manifesta na inclusão do seu curriculum da disciplina do direito económico, desde que a
faculdade foi criada no ano de 1975, com conteúdo bem diferente do actual.
Isto significa que, mesmo que as empresas cresçam, os bancos cresçam, os megaprojecto gerem
lucros, e que haja mais infraestruturas, é preciso assegurar que os moçambicanos fiquem mais
ricos e menos pobres.
Moçambique tem todas as potencialidades para se transformar num país de vanguarda em África,
os moçambicanos merecem-no.
A ordem jurídica económica è constituída por todas as normas e actos jurídicos que disciplinam
a actividade económica, sejam leis, decretos, regulamentos, despachos, e outras.
10
Docente:
Ossama M. Assane
Cadeira de Direito Economico
Curso de Ciência Jurídico Publico
Com a revisão de 1990, a parte económica da Constituição sofre considerável modificação, com
vista a promover o desenvolvimento da economia, e o progresso da ciência e da técnica,
1
A Constituição de Weimar, oficialmente Constituição do Império Alemão - era o documento que governou a curta
República de Weimar (1919-1933) da Alemanha.
11
Docente:
Ossama M. Assane
Cadeira de Direito Economico
Curso de Ciência Jurídico Publico
assegurando-se deste modo, a construção de uma sociedade de justiça social, e a criação do bem-
estar material aos cidadãos.
Com isto, o Estado valoriza e promove o desenvolvimento nas diversas áreas estratégicas do
país, concedendo aos cidadãos a possibilidades de os explorar, como forma de garantir a
satisfação e bem-estar dos mesmos.
Ainda, podemos considerar o sistema económico como o conjunto de objectivos que tornam
possível a realização da actividade económica pelo Estado e outros agentes económicos visando
o bem-estar social.
12
Docente:
Ossama M. Assane
Cadeira de Direito Economico
Curso de Ciência Jurídico Publico
„Há, no entanto, uma notória existência de um sector público ainda muito forte e um sector
privado que embora influenciado pelos grandes projectos demostra ainda uma grande
dependência do regulamento estatal e decisões que ainda emanam dos órgãos estatais.
Embora tal possa significar uma fase da transição própria de uma economia que foi largamente
influenciada pelo sistema centralmente planificado. Nota-se que o Estão está conduzir de forma
lenta mais cautelosa do processo de passagem daquele sistema para ode mercado.
Pode-se dizer que a passagem de um sistema planificado para o de mercado, carece sempre de
tempo.
13
Docente:
Ossama M. Assane
Cadeira de Direito Economico
Curso de Ciência Jurídico Publico
Às finanças não se refere apenas ao dinheiro, mas também, as relações económicas que se
estabelecem entre os vários agentes económicos no processo de criação, distribuição e utilização
dos diferentes fundos monetários das suas empresas e da actividade do Estado, ou seja, de toda
sociedade.
Os princípios do sistema financeiro são as finanças das empresas provadas, do Estado e diversos
conjuntos de agentes económicos que participam na vida económica de um determinado país.
Nas finanças privadas temos o funcionamento das empresas privadas, e nas finanças públicos
temos o desempenho da actividade do Estado com vista ao bem-estar social.
O Estado tem como instrumento principal das suas finanças o Orçamento Geral do Estado,
enquanto que, os Particulares tem o Orçamento das suas empresas.
A regulação da Economia é um acto de poder do Estado que pode assumir diversas formas.
14
Docente:
Ossama M. Assane
Cadeira de Direito Economico
Curso de Ciência Jurídico Publico
Todo quadro geral onde se desenham as formas de actuação do Estado, suas regras, normas e
aquilo que a sociedade aceita ser o modelo que lhe satisfaz designa-se de Constituição
económica.
Pôr a disposição da população bens e serviços que, de outro modo não seriam facilmente
produzidos;
Para defender a indústria nacional‟
Para evitar a falência de empresas com dificuldades financeiras e de importância para a
economia nacional‟
Para evitar a diminuição da actividade económica, a diminuição da produção nacional e o
aumento do desemprego;
Para haver uma distribuição mais equitativa do rendimento nacional e melhores
condições de vida para as classes de menores rendimentos;
Para controlar a inflação.
a) Formas de Intervenção
Global – abarca a economia na sua globalidade;
Sectorial – alguns ramos da economia;
Pontual – quando o Estado intervém directamente nua determinada empresa, quando esta
mostra deficiência financeira, por forma a “salva-la”;
Imediata – intervenção directa dos poderes públicos (apoio ou fomento de actividade
económica);
Mediata – não intervém na economia, mas sim sobre a economia (politica fiscal, fixação
de rendas, etc)
Unilateral – de forma unilateral, proíbe ou autoriza certas actividades em determinados
sectores;
Bilateral – via contratual, oferta pelos poderes públicos, de certas ventagens fiscais,
creditícias, etc;
Directa – atribui ao Estado, o papel de agente económico activo, podendo surgir sem
concorrência com o modelo socialista ou em paralelo com outros agentes económicos de
15
Docente:
Ossama M. Assane
Cadeira de Direito Economico
Curso de Ciência Jurídico Publico
.
b) Intervencionismo, Dirigismo e Planificação
A intensidade da intervenção do Estado teve o seu auge no final da segunda guerra mundial. O
poder político dirigia de forma incisiva toda a vida da sociedade. Os poderes públicos
sobrepunham-se aos poderes privados e, era cada vez mais acentuado o dirigismo do Estado.
No entanto, a par do dirigismo, o Estado usava o plano como seu instrumento privilegiado de
cumprimento obrigatório de toda a sociedade. O plano era a lei, como foi usado em vario países
durante o período em que o sistema da economia centralmente planificada vigorou nos países
ditos socialista.
A diferença entre o dirigismo e planificação, mais recente (o primeiro texto constitucional que
prevê, é o italiano de 1946), de ordem quantitativa. A planificação é um dirigismo por planos. A
diferença reside, contudo, no grau de renacionalização mais apurado que subentende o
documento planificatório.
Tem esta definição o mérito de chamar a atenção para um aspecto muito importante do
desenvolvimento comunitário, a sua influência numa transformação de atitudes e
comportamentos individuais e colectivos. Entende-se, com efeito, que este é o objectivo
principal do desenvolvimento comunitário e que está na base da continuidade do próprio
progresso económico.
17
Docente:
Ossama M. Assane
Cadeira de Direito Economico
Curso de Ciência Jurídico Publico
A Empresa constitui uma obra, acções árduas e dificultosas que se principiam a executar com
ânimo, usando-se meios e conhecimento com fim de se prosseguir um certo objecto. É uma
actividade organizada pelo empreendedor com vista a atingir certo objectivo com base na
coragem isolada ou colectiva, enfrentando um risco.
Por outro lado teremos as empresas públicas – as criadas pelo Estado com capitais próprios ou
fornecidos por outras entidades públicas para a exploração da actvidade de natureza económica e
social.
18
Docente:
Ossama M. Assane
Cadeira de Direito Economico
Curso de Ciência Jurídico Publico
Além do capital e muitos membros, a admissão e demissão são actos voluntários, sem restrições
ou descriminações.
19
Docente:
Ossama M. Assane
Cadeira de Direito Economico
Curso de Ciência Jurídico Publico
20. A NACIONALIZAÇÃO
20
Docente:
Ossama M. Assane
Cadeira de Direito Economico
Curso de Ciência Jurídico Publico
A titularidade e posse útil dos bens transferem-se para a naco, ou seja, para a esfera jurídico -
patrimonial do Estado.
21. A PRIVATIZAÇÃO
A Privatização designa uma técnica pela qual o Estado reduz ou modifica a sua intervenção na
economia a favor do sector privado, indicando por isso, a redução do domínio económico do
sector público. A fim de alcançar este objectivo, o Estado usa formas que variam em função das
políticas públicas e económicas por ele definidas.
21
Docente:
Ossama M. Assane
Cadeira de Direito Economico
Curso de Ciência Jurídico Publico
prisionais). Nestes casos de serviços públicos, a privatização da gestão não implica não
financiamento do sector público;
A contratação de serviços por entidades públicas a entidades privadas tais como, serviços de
mão-de-obra, serviço de limpeza que são normalmente serviços de natureza intermitente;
22
Docente:
Ossama M. Assane
Cadeira de Direito Economico
Curso de Ciência Jurídico Publico
estruture, um estudo técnico apurado, para que o mesmo facilmente se torne permeável às forcas
directoras dos que procuram impulsionar actividades económicas, industriais ou comerciais.
23. O PLANEAMENTO
Os planos económicos que devem ser sempre entendidos como planos económicos e sociais,
além da vertente económica e social, são aquelas que contem opções politicam, técnicas e
administrativas formuladas e que podem ser:
23
Docente:
Ossama M. Assane
Cadeira de Direito Economico
Curso de Ciência Jurídico Publico
A analise na natureza jurídica do plano, implica antes demais, na distinção entre o plano e o
direito da planificação e planeamento.
24
Docente:
Ossama M. Assane
Cadeira de Direito Economico
Curso de Ciência Jurídico Publico
d) Juridicidade do Plano
Pretende-se definir a natureza jurídica do plano quando esta é um conjunto de actos jurídicos
perfeitamente individualizados.
O plano é uma importante pedra de toque para definição do modelo institucional da economia,
pois, através dele, procura-se orientar e coordenar a acção de desenvolvimento económico e
social, impedindo que o árbitro das iniciativas privadas com as suas incapacidades óbvias,
limitações compreensíveis, ambições e excesso naturais impere.
25
Docente:
Ossama M. Assane
Cadeira de Direito Economico
Curso de Ciência Jurídico Publico
Por causa da complexidade da vida social, recomenda-se a definição de metas e orientações com
vista a coordenar e racionalizar o aproveitamento dos recursos naturais existentes.
Entende-se que o plano deve ser considerado típico para ecomimia social, se a expressão
planificação ou planeamento não for usada de acordo com o termo amplo.
Sendo assim, que o referido plano, embora que insipido, encontrava-se inserido no decreto nº
33/74, de 31 de dezembro, no qual aprovada e punha em execução o orçamento geral do estado
moçambicano para o ano de 1975, aprovado pelo governo de transição, usando da competência
da alínea b) do nº 5 do acordo de Lusaca, que no seu capitulo VII, nº 33 refere a atribuição de
recursos financeiros disponíveis, podia ser feita em função das propriedades estabelecidos pelo
presidente da Frelimo, no discurso de tomada de posse do governo de transição em Moçambique.
Não era o verdadeiro plano, mas sim, era considerado de P.A.P – programa de acções
prioritários.
26
Docente:
Ossama M. Assane
Cadeira de Direito Economico
Curso de Ciência Jurídico Publico
A natureza jurídica do plano, é uma questão com relevo doutrinário, pois, ele define o plano
como lei em sentido formal.
A indicação dos grades objectivos do amplo poder até levantar varias questões semelhantes, mas
que como deu a entender na finanças públicas, o direito financeiro é consagrada de uma lei em
sentido material.
No caso e Moçambique, o planeamento está regulada pela constituição da república nos seus
artigos 128 e 129, que debruça sobre o plano económico-social (PES) e elaboração e execução
do plano económico e social.
foi dai que, apos a realização da conferencia de Berlim no ano de 1885 e nos anos subsequentes,
os portugueses viram-se forcados para manter os seus domínios sobre as colinas, a promover
uma ocupação efectiva.
27
Docente:
Ossama M. Assane
Cadeira de Direito Economico
Curso de Ciência Jurídico Publico
25. OS MERCADOS
a) Tipos de Marcados
O Marcado caracteriza-se:
b) Formas de Mercado
Por forma de mercado designa-se a característica especifica do mesmo, tomando como base o
número de compradores e/ou número de vendedores.
O primeiro critério que se utiliza para definir o mercado, é o número de participantes, ao qual se
alia automaticamente a importância deles. Assim, se existir um grande número de compradores e
vendedores e, ainda, se a entrada de novos produtos ou consumidores for completamente livre,
28
Docente:
Ossama M. Assane
Cadeira de Direito Economico
Curso de Ciência Jurídico Publico
Por último, quando um mercado ou num ramo de actividade se encontra um pequeno número de
grandes empresas que detém o monopólio e decidem sobre os preços do mercado, estamos
perante u oligopólio.
O critério do número de participantes segundo alguns autores, nem sempre é suficiente, pois, por
outro lado, não é possível determinar o número a partir do qual se passa da concorrência ao
oligopólio.
Por outro lado, o grande número de vendedores, não é condição suficiente para que haja
concorrência pura, pois, a marca, a apresentação do produto, entre outros aspectos, podem
suscitar preferência dos consumidores por um vendedor, determinando então, uma nova forma de
mercado chamado Concorrência Monopolista.
De facto, o número é apenas um elemento exterior, o que conta são as relações que se
estabelecem entre os vendedores.
Pelo contrário, em caso de oligopólio, cada vendedor tem uma dimensão suficiente para que as
suas decisões exerçam uma acção sobre as decisões dos outros vendedores do mesmo produto.
Podemos então, afirmar que no mercado de oligopólio existe uma interdependência entre as
decisões dos vendedores, ao passo que em concorrência, os vendedores são independentes um
dos outros, não sendo influenciados pela política de produção de um deles, por ser demasiado
fraco para modificar a oferta global e também o preço do mercado ao qual cada um está
submetido.
29
Docente:
Ossama M. Assane
Cadeira de Direito Economico
Curso de Ciência Jurídico Publico
Conforme indicado no art. 56 do referido decreto, as práticas que tenham por finalidade obter
vantagens, causando prejuízos a outrem, induzir ao erro o público consumidor relativamente aos
direito de propriedade industrial dos produtos, serviços e estabelecimento constitui infracção
legal.
A concorrência desleal, é um comportamento ilícita que nos termos da lei é punível. O acto que
resulta da concorrência desleal é qualificável da conduta ilícita e culposa pela sua
susceptibilidade de causar prejuízos.
Enquanto não causar prejuízos, o acto não poderá ser considerado como acto grave.
Portanto, podemos concluir que o nº 1 do art. 157 do decreto nº 18/99, de 04 de Maio, ao definir
a concorrência desleal como todo o cometimento de actos contrários aos bons usos e costumes da
actividade industrial, comercial ou de serviços, pretende, embora vagamente, qualificar tal
concorrência como acto que é contrário aos bons costumes e as regras sãs de uma economia de
mercado.
Em Moçambique, o Estado intervém por meio jurídico e político na fixação do salario mínimo
nacional para a indústria, comercio e serviços e para o sector agropecuário, também participa e
regula as taxas de juro permitidas as instituições de créditos e na fixação de preços de alguns
produtos alimentares fundamentais, tais como o pão e o transporte, e determina os preços de
combustível, agua e enria eléctrica.
30
Docente:
Ossama M. Assane
Cadeira de Direito Economico
Curso de Ciência Jurídico Publico
Zona de livre comércio: As barreiras ao comércio de bens entre países membros são
eliminadas, mas estes mantêm autonomia na administração da sua política comercial;
União Aduaneira: a circulação interna de bens e serviços é livre, a politica comercial é
uniformizada e os países membros utilizam uma tarifa externa comum;
Mercado Comum: superada a fase de união aduaneira, atinge-se uma forma mais
elevada de integração económica, em que são abolidas não apenas as restrições sobre os
produtos negociados, mas também as restrições aos factores produtivos (trabalho e
capital);
União Económica: esta fase associa a supressão de restrições sobre investimentos de
mercadorias e factores com um certo grau de harmonização das políticas económicas
31
Docente:
Ossama M. Assane
Cadeira de Direito Economico
Curso de Ciência Jurídico Publico
O grau de profundidade dos vínculos que se criam entre as economias dos países envolvidos num
processo de integração económica permite que se visualize, ou determine, as fases ou etapas do
seu desenvolvimento.
32
Docente:
Ossama M. Assane
Cadeira de Direito Economico
Curso de Ciência Jurídico Publico
d) Bloco Económico
Os Blocos Económicos são um tipo de acordo intergovernamental, muitas vezes parte de uma
organização intergovernamental, onde barreiras ao comércio são reduzidas ou eliminadas entre
os estados participantes.
A maioria dos blocos comerciais está definida por uma tendência regional e podem ser
classificados de acordo com seu nível de integração económica.
33
Docente:
Ossama M. Assane
Cadeira de Direito Economico
Curso de Ciência Jurídico Publico
Descrição
Em 1951, estes países aderiram a Alemanha Ocidental, Franca, e Itália para formar a
Comunidade Europeia do Carvão e do aço, o antecessor da comunidade económica europeia
(CEE) e de hoje a União Europeia (EU).
34
Docente:
Ossama M. Assane
Cadeira de Direito Economico
Curso de Ciência Jurídico Publico
28. BIBLIOGRAFIA
35
Docente:
Ossama M. Assane