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MOÇAMBIQUE
Docente
Discentes
Aires Djeco
Joalina Facitela
Joelma Sibinde
José Mahumana
Ludovina Manane
I. INTRODUÇÃO.........................................................................................................3
1.1. Contextualização.................................................................................................3
1.2. Objectivos...........................................................................................................4
II. METODOLOGIA...................................................................................................4
IV. CONCLUSÕES....................................................................................................10
V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................11
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I. INTRODUÇÃO
I.1. Contextualização
Os fenómenos colectivos laborais não são encarados pelo Direito somente como origem
de normas. O ordenamento jurídico não se limita, perante tais fenómenos a receber ou
incorporar os padrões normativos produzidos pela conformação de grupos sociais
animados de pretensões opostas. Primeiro, porque o Direito não se pode desinteressar da
validade ou genuidade social dos processos por que tais normas são geradas. Segundo,
porque a preservação da integridade do ordenamento jurídico global implica que sejam
enquadrados em formas institucionais os processos sociais baseados na força relativa
dos grupos. Terceiro, porque os conflitos de interesses colectivos envolvem, ou podem
envolver, situações mais ou menos graves de prejuízo para a satisfação de necessidades
colectivas, quando não prenunciam crises generalizadas. (Pinheiro, Portela, & Melleiro,
2012)
O Direito do Trabalho incorpora hoje, na generalidade dos sistemas, um corpo de
normas reguladoras das formas de organização de interesses colectivos e dos processos
e instrumentos da acção colectiva. A esse corpo de normas se aplica doutrinalmente o
rótulo de Direito Colectivo do Trabalho. Ele exprime, desde logo, uma intervenção
reguladora do Estado sobre o modo que se desenvolvem as relações e actividades desses
grupos. (João, 2018)
O Estado reconhece a autonomia colectiva a certos grupos sociais organizados de
emitirem, por um processo próprio de expressão de confronto entre os interesses
colectivos correspondentes, normas que simultaneamente constituem fórmulas de
equilíbrio entre estes interesses e padrões de conduta para os membros dos mesmos
grupos nas suas relações individuais.
O bom entendimento da noção de autonomia colectiva pressupõe uma visão clara de
que sejam interesses colectivos, profissionais, sobretudo em confronto com os interesses
particulares de cada trabalhador e cada empregador.
É em torno dos conceitos fundamentais das relações coletivas de trabalho que esta
pesquisa desenvolver-se-á.
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I.2. Objectivos
I.2.1. Objectivo Geral
Analisar os conceitos que norteiam as relações colectivas de trabalho.
II. METODOLOGIA
Neste trabalho, a busca das respostas ao problema deu-se, fundamentalmente, por meio
de pesquisa exploratória porque irá se deter especificamente na descrição de aspectos
relacionadas aos as Relações Colectivas de Trabalho.
É, em geral, mais restrito que o exame puramente quantitativo, visto que, o estudo
qualitativo, de acordo com Cortes (1992), é usado para fazer investigação mais profunda
dentro de um certo tema, quando se tem por objetivo aprofundar ao máximo a
investigação do tema.
A presente pesquisa deu-se por meio de uma pesquisa bibliográfica, que é desenvolvida,
a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos
científicos, Leis, Decretos, Códigos, sendo que tem como principal vantagem, o fato de
permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenómenos muito mais ampla do
que aquela que poderia pesquisar diretamente.
A pesquisa foi realizada com base em fontes secundárias. Lakatos e Marconi (2001,
p.159) citam que fontes primárias são “dados históricos, bibliográficos e estatísticos;
informações, pesquisas e material cartográfico; arquivos oficiais e particulares; registos
em geral; documentação pessoal etc.”. Fontes secundárias são “imprensa em geral e
obras literárias”.
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III. REVISÃO DA LITERATURA
Relação colectiva de trabalho é a relação jurídica que se estabelece entre dois grupos,
respeitantes, de dadores de trabalho e de prestadores de trabalho, sindicalmente
representados, ou entre um empresário e um sindicato de trabalhadores, para regular as
condições de trabalho dos sócios representados e o comportamento dos próprios grupos
em ordem às relações individuais de trabalho consideradas ou aos interesses colectivos
dos mesmos grupos. (Nascimento, 2000)
A noção de relação colectiva, embora por certo enquadrável num conceito amplo de
relação jurídica, não assenta numa criação do Direito mas sim basicamente, numa
realidade sociológica que o Direito recebe. O facto que gera não é, normalmente, um
acordo mas um acto colectivo unilateral ao qual pode suceder-se, não o consenso, mas a
oposição e o conflito. (Nascimento, 2000)
III.1. Liberdade sindical
A liberdade sindical compreende o direito de fundar e filiar-se ao sindicato ou
organização de predileção do indivíduo. Sua ideia abraça ainda a liberdade de
funcionamento, autonomia e independência, ação judicial em favor dos trabalhadores e
representação efetiva (inclusive dentro da empresa). Por fim, esse princípio gera o
direito de greve e da livre negociação coletiva. (Rodriguez, 1996)
Rodriguez (1996) diz ainda que a principal fonte da liberdade sindical consiste nas
convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT) nº 87 e 98. A primeira
enuncia o princípio (ou regra) de que trabalhadores e empregadores, sem distinção e
independente de autorização prévia e estatal, podem constituir organizações sindicais de
sua escolha e a elas se filiar segundo a sua vontade, à condição apenas de se conformar
aos seus estatutos. A segunda, assegura proteção adequada contra todos os atos de
discriminação, tendentes a atentar contra a liberdade sindical em matéria de emprego.
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O artigo 142 persegue a proteção dos trabalhadores contra todos os atos
discriminatórios, especialmente em matéria de emprego, garantindo também a
autonomia sindical, vedando todos os atos de ingerência na criação, funcionamento e
administração dos sindicatos.
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A entidade sindical há de gozar de independência frente ao Estado e aos
empregadores, bem como ter garantido o seu autogoverno, com capacidade para
redigir seus estatutos e regulamento, bem como eleger seus diretores e organizar
sua administração. A dissolução do sindicato não pode ser levada a efeito por
autoridade administrativa ou governamental. De outro lado, a liberdade sindical
implica ainda na possibilidade de criação ou de reagrupamento dos sindicatos
em uniões, centrais, frentes ou confederações, conforme os interesses dos
trabalhadores
Ao sindicato é atribuída a capacidade para ser parte, assim que constituído
validamente. Mas, há de ter ainda capacidade processual plena, que advém, não
só do seu registro, mas de representação regular em juízo. A questão mais
relevante, talvez, resida na sua legitimidade ad causam para atuar em prol dos
interesses dos seus membros e, mais, dos integrantes da categoria profissional.
Para Martins (2002, p. 709) “os conflitos coletivos do trabalho podem ser econômicos
ou de interesse e jurídicos ou de direito. Os conflitos econômicos são aqueles nos quais
os trabalhadores reivindicam novas condições de trabalho ou melhores salários. Já nos
conflitos jurídicos tem-se por objeto apenas a declaração da existência ou inexistência
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de relação jurídica controvertida, como ocorre em dissídio coletivo em que se declara a
legalidade ou ilegalidade da greve.”
Cabe aqui registrar uma posição contrária à grande maioria da doutrina, que entende a
mediação como forma heterocompositiva de solução dos conflitos coletivos de trabalho.
É entendimento deste autor, que a mediação seria uma forma híbrida entre
autocomposição e heterocomposição dos conflitos. Ocorre que há a participação de um
terceiro (em regra a autoridade regional do Ministério do Trabalho), mas não há
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imposição obrigatória da solução apresentada pelo mediador, como ocorre na
arbitragem e na jurisdição.
Por fim, a autodefesa, como forma em que as próprias partes procedem à defesa
dos seus interesses. Caracteriza-se pela imotivada resistência de uma das partes,
especialmente do empregador, à tentativa d e negociação, levando os
empregados à medida extrema de paralisar suas atividades, no sentido de
provocar o empregador a resolver o conflito. É dividida em greve e lockout, nos
termos do número 1 do art. 194 da Lei do Trabalho.
No exercício das suas funções, a OTM-CS coordena e apoia a acção das organizações
sindicais nacionais e associações sócio profissionais nelas filiadas na implementação de
objectivos comuns e da política sindical definida nos seus estatutos e planos
estratégicos.
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a) Intervir em todos os problemas que afectam os trabalhadores no âmbito do
SINTICIM defendendo sempre a liberdade e direitos sindicais e pressionando o
poder político para que eles sejam respeitados; b) Desenvolver um trabalho
constante da organização da classe, tendo em vista as justas reivindicações
tendentes a aumentar o seu bem-estar social, económico e intelectual; c)
Promover a formação política sindical dos seus associados, contribuindo assim
para uma maior consciencialização face aos seus direitos e deveres e para uma
mais harmoniosa realização profissional e humana; (Moçambique, 2012)
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IV. CONCLUSÕES
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V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Cortes, S. M. (1992). Como fazer análise qualitativa de dados. In: BÊRNI, Duilio de
Avila (coord.) – Técnicas de pesquisa em economia. São Paulo: Saraiva.
Marconi, M. D., & Lakatos, E. M. (2001). Técnicas de pesquisa. 5ª ed. São Paulo: Atlas.
Martins, S. P. (2002). Direito do Trabalho., 15. ed.,p. 709. São Paulo: Atlas.
Pinheiro, R., Portela, S., & Melleiro, W. (2012). Relações De Trabalho: Cenários E
Desafios. São Paulo: Disponivel em:
https://library.fes.de/pdf-files/bueros/brasilien/10283.pdf.
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