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REGIMENTO DE CRÉDITO – SICOOB TRANSCREDI

REGIMENTO DE
COBRANÇA E
RECUPERAÇÃO DE
CRÉDITO - SICOOB
TRANSCREDI

#RESTRITO#
REGIMENTO DE COBRANÇA E RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO – SICOOB TRANSCREDI

SUMÁRIO
SUMÁRIO ................................................................................................................................................1

TÍTULO 1.................................................................................................................................... 2
APRESENTAÇÃO ...................................................................................................................... 2
TÍTULO 2.................................................................................................................................... 2
COBRANÇA E RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO ........................................................................ 2
CAPÍTULO 2.1 ........................................................................................................................................3

FORMAS DE COBRANÇA ..................................................................................................................3

CAPÍTULO 2.2 ........................................................................................................................................4

COBRANÇA SETOR COMERCIAL ...................................................................................................4

CAPÍTULO 2.3 ........................................................................................................................................5

COBRANÇA ADMINISTRATIVA ........................................................................................................5

SEÇÃO 2.3.1 ....................................................................................................................... 7


AUTONOMIA - COBRANÇA ADMINISTRATIVA................................................................ 7
CAPÍTULO 2.4 ........................................................................................................................................8

COBRANÇA JUDICIAL, EXTRAJUDICIAL E TERCEIRIZADA ...................................................8

CAPÍTULO 2.5 ......................................................................................................................................13

RENEGOCIAÇÕES .............................................................................................................................13

TÍTULO 3.................................................................................................................................. 13
BNDU – BENS NÃO DE USO .................................................................................................. 13
TÍTULO 4.................................................................................................................................. 14
PENALIDADES ........................................................................................................................ 14

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REGIMENTO DE COBRANÇA E RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO DA COOPERATIVA DE


CRÉDITO DE EMPRESÁRIOS – SICOOB TRANSCREDI

TÍTULO 1
APRESENTAÇÃO

1. O presente regimento tem por finalidade estabelecer padrões e procedimentos para


a cobrança e recuperação de crédito da Cooperativa de Crédito de Empresários –
Sicoob Transcredi, visando o controle da inadimplência.

2. A Política deve ser observada e cumprida por todos os colaboradores da


Cooperativa, sendo vedada a falta de cumprimento alegando desconhecimento da
norma interna.

3. A adesão deste regimento dar-se-á mediante aprovação da diretoria executiva e do


Conselho de Administração com registro em ata.

TÍTULO 2
COBRANÇA E RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO

1. A cobrança é toda e qualquer forma de buscar o retorno dos créditos emprestados


prezando pela perpetuidade da Cooperativa ao longo do tempo.

2. Na cobrança são adotados mecanismos alinhados para efetivar de maneira assertiva


a recuperação de crédito e esses mecanismos são moldados com diretrizes
embasadas no ordenamento jurídico.

3. Todo o contato feito com o associado deve estar alinhado com o Código de Defesa
do Consumidor, com atenção especial ao artigo 71:

“Art.71. Utilizar, na cobrança de dívidas, de ameaça, coação, constrangimento


físico ou moral, afirmações falsas incorretas ou enganosas ou de qualquer outro
procedimento que exponha o consumidor, injustificadamente, a ridículo ou
interfira com seu trabalho, descanso ou lazer: Pena: Detenção de três meses a
um ano e multa”.

4. Portanto, todo e qualquer contato com o associado deverá ser feito prevendo os
preceitos legais.

5. Para que os procedimentos de cobrança estejam adequados ao risco sobre o retorno


dos créditos emprestados, existem fases de cobrança, que deverão ser observados
conforme o vencimento das operações que são:

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5.1 Cobrança amigável: realizada do 1º ao 45º dia após o vencimento da parcela ou


operação. Essa cobrança é realizada por meio de ligações, acionamentos no
WhatsApp e envio de SMS e é feita de uma forma mais amena para dar continuidade
no relacionamento com o associado. Para este período de vencimento, diariamente o
Sisbr faz o débito da parcela vencida, automaticamente na conta do associado, sendo
que, no fechamento do dia, faz o estorno com lançamento parcial caso haja saldo
(teimosinha).

5.2 Cobrança negocial: é realizada entre 46 e 90 dias após o vencimento, por meio de
contato com o associado, recuperando os valores vencidos ou efetuando uma
renegociação para adequar os pagamentos conforme capacidade de pagamento do
associado. Neste período, a cobrança é mais direcionada e incisiva alertando o
associado de possível envio para providencias legais com oneração maior sobre o
valor devido.

5.3 Cobrança incisiva: a partir de 90 dias de vencida a cobrança poderá ser destinada
para a empresa terceirizada, cobrança judicial ou cobrança extrajudicial. Nesta fase, é
preciso buscar auxílio legal externo para a recuperação do valor emprestado por meio
das garantias ou acordos. Com autorização do Conselho Administrativo poderá ser
utilizada a cota capital para quitação do saldo devedor caso o valor da cota seja
compatível com o montante da dívida.

CAPÍTULO 2.1
FORMAS DE COBRANÇA

1. A Cooperativa utiliza diversas formas de cobrança e recuperação de crédito que


abrange desde o setor comercial até a cobrança administrativa com normas e
procedimentos padrão, que deverão ser observados por todos.

2. De posse das informações disponíveis no módulo de cobrança administrativa, dos


relatórios emitidos diariamente contendo as operações vencidas, o processo de
recuperação do crédito será feito da seguinte forma:

2.1 Entrar em contato com os associados que possuem operações vencidas a partir do
2º dia de vencimento, identificando o motivo do atraso e controlando o depósito nos
prazos prometidos.

2.2 Nas operações de crédito em que tiverem Coobrigados (avalista/garantidor), os


mesmos deverão ser avisados do atraso do devedor a partir do 7° dia de vencimento.

2.3 A inclusão de restrição em bureaux de crédito é permitida somente a partir do 7º dia


útil vencido. Portanto, o sistema de cobrança administrativa deve estar parametrizado
para envio automático das operações ao Serasa.

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2.4 A não inclusão das restrições somente será permitida com a autorização de um
diretor e o bloqueio para não envio de restritivo ao Serasa deve ser solicitado ao setor
de cobrança administrativa. Este, por sua vez, será responsável por controlar e
reavaliar os bloqueios trimestralmente.

2.5 A exclusão das restrições no Serasa será feita automaticamente pelo sistema de
Cobrança administrativa no dia seguinte ao da liquidação total dos valores vencidos.

2.6 A cobrança dos valores vencidos vinculados às carteiras de Pessoa Jurídica é de


responsabilidade dos gerentes e assistentes da carteira, já para as operações
vinculadas à carteira Pessoa Física no período de 1 a 45 dias é feito pela Sicoob
Central SC/RS e acima de 46 dias é feito pelo setor de cobrança administrativa.

2.7 O gerente de cada carteira PJ deverá apresentar semanalmente a relação das


operações vencidas ao gerente do PA ou diretor comercial para a tomada de decisões.

2.8 As operações vencidas a mais de 90 dias, esgotados todos os recursos para


cobrança amigável e/ou negocial, deverão ser encaminhadas à cobrança judicial,
extrajudicial ou terceirizada. Quando houver a necessidade da operação permanecer
com a carteira, o diretor responsável pela cobrança deverá estar ciente e admitir que a
ficha do devedor permaneça com o gerente.

2.8.1 Caso seja identificado, antes de 90 dias de atraso, algum caso específico de
devedor que não seja possível a negociação e seja verificada a necessidade de envio
da operação para cobrança terceirizada ou judicial, esta deverá ser autorizada pelo
gerente do respectivo PA.

2.9 O setor de cobrança administrativa terá autonomia para encaminhar a cobrança


terceirizada/judicial/extrajudicial as fichas de devedores da carteira Pessoa Física após
esgotadas todas as possibilidades de negociação. O encaminhamento será efetuado
após observação do histórico do devedor.

2.10 Todas as pessoas envolvidas na cobrança (gerentes, assistentes, cobrança


administrativa etc.) devem registrar nas fichas de cobrança todas as informações e
contatos que tiveram com os associados, tendo em vista um processo uniforme e em
conformidade com regulamentos internos e externos.

2.11 Toda a cobrança seguirá a lei geral de proteção de dados 13.709/2018


objetivando a segurança da informação, ou outra que venha a substituir ou atualizar.

CAPÍTULO 2.2
COBRANÇA SETOR COMERCIAL

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1. A cobrança feita pelo setor comercial deverá respeitar as normas contidas neste
regimento por realizar a cobrança das pessoas físicas e jurídicas ligadas às carteiras
PJ da Cooperativa.

2. De posse das informações de operações inadimplentes disponíveis no módulo de


Cobrança Administrativa do Sisbr e outros relatórios internos, o gerente e assistente de
cada carteira deverá contatar o associado informando do vencimento dos valores via
digital, pessoal ou por telefone.

3. No primeiro momento, para as operações vencidas de 1 a 45 dias é necessário


observar as instruções da negociação amigável, visando o relacionamento duradouro
com o cooperado. Essa negociação poderá ser feita presencial, pelo WhatsApp
corporativo ou por meio de ligações.

4. As operações que constam vencidas entre 46 a 90 dias devem ser feitas de forma
mais presente, alertando o associado dos possíveis acréscimos nos valores e
evidenciando a possibilidade de renegociação.

5. A terceira fase de cobrança é a mais incisiva onde a cooperativa necessita de apoio


terceirizado. O gerente ou assistente precisam solicitar a autorização de um dos
diretores para o envio a cobrança judicial ou empresa terceirizada, esse e-mail deverá
observar o capítulo 2.4 desse regimento.

6. É obrigação do gerente e do assistente registrarem nas fichas de cobrança todo


contato que tiveram com o cooperado, seja para cobrança ou negociação.

7. Mensalmente o gerente da carteira deverá apresentar as operações inadimplentes


ao seu superior e juntos decidir sobre cada caso. De posse dessas informações, enviar
ao setor de cobrança administrativa para dar andamento nas cobranças terceirizadas,
judiciais e extrajudiciais.

CAPÍTULO 2.3
COBRANÇA ADMINISTRATIVA

1. A cobrança administrativa está sob responsabilidade do setor de cobrança e é


responsável por realizar a tentativa de recuperação de crédito ou renegociação das
pessoas físicas ligadas às carteiras PF da Cooperativa. Também é responsável pela
condução das cobranças judicial, extrajudicial e terceirizada de todas as carteiras.

2. O setor de cobrança administrativa tem a função de acompanhar a inadimplência


das operações de crédito e dos produtos e serviços. A pessoa responsável pelo setor
de cobrança da Cooperativa deverá, diariamente, fazer:

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2.1 A emissão dos relatórios de inadimplência e cheques devolvidos e encaminhar ao


setor comercial para providências.

2.2 O remanejamento das filas do sistema de cobrança administrativa no seguinte


caminho: Sisbr2.0 > Cobrança Administrativa > Fila > Cobrança em fila.

2.3 Acompanhamento do relatório de inclusão no Serasa das operações, verificando se


houve algum caso de não inclusão de restrição devido a problemas no cadastro do
devedor/avalista. Caso necessário, providenciar a atualização do cadastro e enviar a
solicitação de inclusão no Serasa manualmente.

2.4 Centralizar os relatórios de devolução de cheques da sede e dos PA’s, verificando


junto a um diretor ou ao gerente do PA os casos de devolução, providenciando no
sistema. Encaminhar o relatório de devolução e o protocolo para uma terceira pessoa
fazer a conferência.

2.5 Fazer a inclusão e a exclusão do CCF – Cadastro de Cheques Sem Fundos dos
cheques dos associados da Cooperativa que foram devolvidos pelos motivos 12 e 13.

2.6 O setor é responsável pelo envio aos gerentes e assistentes do relatório dos
débitos e rejeitados (de produtos ou boletos debitados nas contas correntes que não
possuem saldo), sendo estes os responsáveis pelo resgate dos valores.

2.7 Providenciar a cobrança de sua fila do sistema de cobrança administrativa com o


devido registro na ficha de cobrança.

2.8 O remanejamento das filas no módulo de cobrança administrativa do Sisbr é de


inteira responsabilidade do setor de cobrança, sendo vedado que o gerente e
assistente façam.

2.9 Em casos de acordos sugeridos pela cobrança terceirizada atualizar o valor do


saldo devedor e verificar se a proposta é viável, caso não seja enviar uma
contraproposta.

2.10 Acompanhar e providenciar a documentação necessária dos casos que estão


sendo cobrados pelo jurídico ou cobrança terceirizada.

2.11 Emitir o relatório dos juros dos contratos rotativos que não foram pagos no último
dia útil do mês, até o 5° dia útil de cada mês subsequente, e enviar ao setor comercial
para cobrança. Juntamente a esse, será enviado o relatório dos vencimentos dos
limites dos contratos rotativos para que o setor comercial providencie análise para
renovação, liquidação ou parcelamento.

2.12 Encaminhar até o 20º dia útil do mês uma relação de valores lançados para
prejuízo x a rentabilidade da carteira. Esse relatório será encaminhado ao gerente do

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PA e utilizado como um norteador, para que os gerentes criem a ciência dos produtos
que possuem maior índice de inadimplência.

2.12.1 O limite estabelecido para as operações lançadas a prejuízo será de 5% para


Pessoa Jurídica e 10% para a Pessoa Física frente a rentabilidade da carteira. Quando
o percentual do prejuízo ultrapassar os parâmetros estabelecidos, os gerentes dos PAs
deverão traçar estratégias visando o enquadramento no percentual limite.

SEÇÃO 2.3.1
AUTONOMIA - COBRANÇA ADMINISTRATIVA

1. Para o processo ser eficaz e ágil o setor de cobrança administrativa terá as


seguintes autonomias:
1.1 Analisar os limites de cartão de crédito e caso necessário bloqueá-los visando
minimizar a inadimplência.

1.2 Realizar acordos extrajudiciais e acompanhar o cumprimento do pagamento


conforme acordado, sendo que, o valor recuperado deverá entrar na conta da
cooperativa mantida junto a Central SC/RS. Caso o acordo seja descumprido e seja
verificado que o associado possui saldo positivo em conta corrente, este será debitado.

1.3 Em caso de repactuação de crédito inadimplente o setor de cobrança poderá


ajustar junto ao gerente a entrada da renegociação, os 30% poderão ser flexibilizados
tendo em vista o histórico do associado e o tempo de vencimento da operação.

1.4 Ao realizar algum acordo ou renegociação o setor poderá observar a tabela abaixo
para dar desconto sobre o valor inadimplente, sempre buscando em primeiro lugar a
recuperação do valor na sua totalidade e depois disso, aplicar descontos até o máximo
estipulado na tabela:

BASE DE DESCONTOS
Inadimplência Dias inadimplentes Faixa de desconto Faixa de desconto
à vista ou 1 + 5x sem entrada até 6x

Acima de 4 anos Acima de 1.461 dias 50% 40%


De 3 a 4 anos De 1.096 até 1.460 dias 40% 30%
De 2 a 3 anos De 721 a 1.095 dias 30% 20%
1 dia a 2 anos Até 720 dias Sem desconto Sem desconto

1.4.1 Esses descontos somente poderão ser concedidos nos casos em que foram
esgotadas todas as possibilidades de recuperação total do crédito por meio de
cobrança pela Cooperativa, extrajudicial, judicial ou terceirizada.

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1.4.2 Não serão concedidos descontos nas operações onde o associado usufruiu de
repactuação e não honrou com o pagamento das parcelas, sendo ponderado a quantia
de parcelas pagas e o restante do saldo devedor.

CAPÍTULO 2.4
COBRANÇA JUDICIAL, EXTRAJUDICIAL E TERCEIRIZADA

1. Esgotados todos os recursos possíveis de cobrança pela Cooperativa, o gerente da


carteira deverá enviar e-mail ao gerente do PA (copiando o setor de cobrança
administrativa) solicitando autorização para o encaminhamento à cobrança judicial,
extrajudicial ou terceirizada. No e-mail deve constar as seguintes informações:

a) nome do Cooperado;
b) número do contrato;
c) valor da inadimplência;
d) quantia de dias vencidos;
e) se há garantia na operação;
f) histórico de contato com o associado;

2. Com autorização do gerente do PA e de posse das informações, o setor de cobrança


administrativa irá dar seguimento no envio da operação inadimplente para a cobrança
definida.

3. Nos casos de cobrança judicial, o setor de cobrança irá fazer o levantamento de


todos os documentos necessários para envio ao jurídico conforme abaixo:

3.1 Cartão de Crédito e Cartão BNDES:


a) Cédula de Crédito Bancário (cópia digitalizada legível);
b) comprovante de entrega do cartão;
c) faturas desde o início da utilização (a última fatura deverá demonstrar todo o
valor do endividamento – fazer um demonstrativo com todas as parcelas,
inclusive as a vencer.)

3.2 Cheque Especial e Conta Garantida:


a) Cédula de Crédito Bancário (cópia digitalizada legível) ou Termo de Adesão aos
Produtos de Crédito;
b) extrato da conta corrente desde o início da contratação do limite;

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c) último extrato antes do envio a prejuízo, se for o caso (caso já tenha sido
enviado a prejuízo, fazer um demonstrativo no Excel calculando a diferença dos
juros devidos).

3.3 Títulos Descontados:


a) Cédula de Crédito Bancário (cópia digitalizada legível);
b) borderô assinado (físico ou eletrônico) contendo os títulos a serem ajuizados
(cópia digitalizada legível);
c) o título descontado (duplicata – Cheque) (cópia digitalizada legível);
d) no caso de cheques descontados, incluir restrição do emitente do cheque no
Serasa;

3.4 Empréstimos sem garantia real:


a) Cédula de Crédito Bancário (cópia digitalizada legível);
b) demonstrativo da operação;

3.5 Empréstimos/Financiamentos com alienação de veículos:


a) Cédula de Crédito Bancário (cópia digitalizada legível);
b) demonstrativo da operação;
c) consulta do veículo no Detran;
d) notificação (emitente, avalista e garantidor);
e) protesto (caso o devedor não for localizado no envio da notificação poderá ser
protestado, porém somente contra o emitente da CCB).

3.6 Empréstimos com hipoteca de imóveis:


a) Cédula de Crédito Bancário (cópia digitalizada legível);
b) demonstrativo da operação;
c) cópia da matrícula atualizada.

3.7 Operações de Coobrigação – FINAME


a) Cédula de Crédito (cópia legível);
b) Nota Fiscal de aquisição e documento do veículo;
c) Termo de Cooperação Sicoob/SC e BRDE/BANCOOB;
d) Termo de Cooperação Sicoob/Transcredi e Sicoob/SC;
e) parcelas vencidas;

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f) recibo de quitação da operação;


g) notificações feitas pelo BRDE/BANCOOB à Central e da Central à cooperativa
informando a inadimplência;
h) Termo de quitação da Cédula pela Cooperativa e liberação da garantia;
i) notificação de constituição em mora ao emitente, avalista e garantidor. (As
notificações poderão ser enviadas via AR ou via cartório);
j) inclusão de gravame da garantia pela Cooperativa;
k) solicitação de liquidação antecipada;
l) demonstrativo atualizado do débito;

4. Operações com saldo devedor menor que R$ 5.000,00 (cinco mil reais) e sem
garantia, preferencialmente não serão enviadas a cobrança judicial devido aos altos
custos de ajuizamento da ação.

5. Antes de enviar as operações de crédito que não possuem garantia real para a
cobrança judicial, é necessária a solicitação de busca de bens nos cartórios de imóveis
e DETRAN.

6. Após efetivada a busca e apreensão do veículo, a cooperativa deverá observar a


Portaria n° 0009/DETRAN/ASJUR/2017, ou outra que venha a substituir, onde para a
efetiva transferência do bem será necessário o DUT – documento único de
transferência, caso o devedor não entregue esse documento à cooperativa será
necessário requerer a segunda via do documento junto ao órgão competente.

7. Para a comercialização do bem móvel a cooperativa deverá entregar ao comprador


uma via do contrato de compra e venda, o mandado de busca e apreensão, uma
declaração de anuência e documento do veículo.

8. A pessoa responsável pelo setor de cobrança da Cooperativa deverá solicitar


mensalmente ao advogado responsável, a posição das operações enviadas à cobrança
judicial.

9. Operações com alienação de imóveis:

Nos casos de empréstimos com alienação fiduciária de imóveis, a execução será feita
extrajudicialmente pela Cooperativa. Para isso é necessário seguir os passos conforme
abaixo:

9.1 Envio da notificação ao cartório de registro de imóveis competente para realizar a


intimação do devedor fiduciante e garantidor (em caso de garantia de terceiro) para que
o mesmo, no prazo de 15 (quinze) dias, pague o saldo devedor inadimplente. Esse

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requerimento deverá ser entregue ao cartório em 4 (quatro) vias para pessoa jurídica e
5 (cinco) vias para pessoa física com reconhecimento de firma.

9.2 A notificação deverá estar acompanhada pelo plano de pagamento, demonstrando


o valor a ser pago nos próximos 30 (trinta) dias, que também deverá ser entregue em 4
(quatro) vias para pessoa jurídica e 5 (cinco) vias para pessoa física.

9.3 Decorrido o prazo sem pagamento será realizada a averbação na matrícula do


imóvel da consolidação da propriedade em nome da Cooperativa. Para isso é
necessário solicitar ao cartório a certidão de não purga de mora, a negativa do imóvel,
junto a prefeitura, solicitar a guia do ITBI e fazer uma carta de solicitação de
consolidação de propriedade do imóvel em nome da Cooperativa. De posse desses
documentos, pagos e assinados, levar ao cartório de registro de imóvel para
efetivação.

9.4 Uma vez consolidada a propriedade do imóvel em nome da Cooperativa, esta terá
o prazo de trinta dias, contados da data do registro, para solicitar à um leiloeiro oficial o
leilão público de oferta do imóvel.

9.5 Para solicitar o leilão é necessário o envio ao leiloeiro da documentação descrita


abaixo:
a) Cédula de Crédito Bancário (cópia digitalizada legível);
b) extrato da operação (se a operação já foi enviada a prejuízo, fazer um
demonstrativo no Excel calculando os juros devidos).
c) notificação (emitente, avalista e garantidor);
d) protesto (caso o devedor não for localizado no envio da notificação o mesmo
poderá ser protestado, porém somente contra o emitente da CCB).
e) cópia da matrícula atualizada constando a consolidação de propriedade;
f) laudo de avaliação do imóvel;
g) cópia de todas as custas do processo.

9.6 O primeiro leilão público será feito considerando o valor de avaliação do imóvel e
será válido o maior lance dado. Caso não haja licitantes, será feito o segundo leilão,
validando o maior lance oferecido, desde que igual ou superior ao valor da dívida,
somadas todas as custas do processo. Caso o imóvel não seja arrematado a
cooperativa deverá observar o título 3 desse regimento.

9.7 Os demais procedimentos a serem seguidos deverão estar em conformidade com a


Lei nº 9.514/97, e suas atualizações, caso haja.

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10. Nos casos de cobrança terceirizada, a Cooperativa irá contratar uma empresa
especializada em cobrança na qual serão ajustados os procedimentos em contrato de
prestação de serviços particular. Sendo assim, o setor de cobrança irá enviar os dados
necessários para efetuar a cobrança obedecendo os limites da Lei geral de proteção de
dados 13.709/2018.

11. Todo o envio à cobrança judicial, extrajudicial e cobrança terceirizada deverá ser
feito pelo setor de cobrança administrativa da Cooperativa, o qual é responsável pelo
acompanhamento e controle. As custas judiciais deverão ser pagas e registradas pelo
setor de cobrança.

12. Nas operações de REPASSE entre associados da Cooperativa e BRDE/BANCOOB


fora do convênio firmado com aquela entidade, o Sicoob Transcredi tem
responsabilidade direta através da concessão de carta fiança, aval e Fundo de
Liquidez. Portanto, deverá fazer o acompanhamento das liquidações das parcelas e
providenciar a cobrança conforme abaixo:

12.1 As operações de FINAME, com recursos repassados pelo BANCOOB deverão ser
honrados pela Cooperativa no dia do vencimento, caso o associado não pague, é
lançada uma operação contra o associado na contabilidade e informado o gerente da
carteira para realizar a cobrança.

12.1 Para operações de FINAME com recurso repassado pelo BRDE, até o dia 20 de
cada mês a contabilidade da Cooperativa tem a informação dos associados que
ficaram inadimplentes no Finame, essa informação é repassada ao setor de produtos e
serviços que tem a obrigação de resolver essa pendência. O setor de produtos e
serviços deverá acompanhar mensalmente eventuais inadimplências e tomar medidas
urgentes para regularização em conjunto com o gerente da carteira no prazo máximo
de 10 dias. Caso não seja honrado pelo associado, no último dia útil do mês, será
levado a débito do Fundo de Liquidez mantido na Central-SC.

12.2 Em caso de inadimplência dessas operações, os procedimentos de cobrança são


os seguintes:
a) para as operações de Fundo de Liquidez, nas regularizações efetuadas dentro
do mês de vencimento, deve ser enviado o valor via TED ao BRDE, enviando o
comprovante de pagamento via e-mail ao setor de cobrança daquela entidade.
b) para as operações que são por carta fiança e aval adotar os mesmos
procedimentos de cobrança citados anteriormente.
c) em caso de necessidade de execução judicial dessas operações, a Cooperativa
deverá solicitar junto ao BRDE/BANCOOB o saldo para quitação da operação,
fazer a quitação e solicitar o endosso da CCB para que a Cooperativa se sub-
rogue credora. De posse da documentação, enviar a cobrança judicial conforme
mencionado no item 3.7 deste capítulo.

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CAPÍTULO 2.5
RENEGOCIAÇÕES

1. Conforme Resolução do Banco Central do Brasil nº 2682, de 21 de dezembro de


1999:

1.1 Parágrafo 3º Considera-se renegociação a composição de dívida, a prorrogação, a


novação, a concessão de nova operação para liquidação parcial ou integral de
operação anterior ou qualquer outro tipo de acordo que implique na alteração nos
prazos de vencimento ou nas condições de pagamento originalmente pactuadas.

2. As renegociações visam à recuperação do crédito e são admitidas desde que feita


amortização de 30% sobre o saldo devedor da operação de crédito. Sendo que as
mesmas deverão ser enviadas ao comitê de crédito para análise e definição das
condições da renegociação, e seguirão as mesmas regras descritas no Regimento de
Crédito da Cooperativa.

3. A reclassificação do nível de risco para as operações de renegociação inadimplente


deverá respeitar os normativos e regulamentos definidos pelo Sicoob Confederação e
Banco Central do Brasil.

TÍTULO 3
BNDU – BENS NÃO DE USO

1. Diante do código civil brasileiro, em uma operação financeira, se as partes


concordarem o credor poderá receber como forma de pagamento um ativo não
financeiro, sendo este um bem móvel ou imóvel. Por outro lado, caso o cooperado fique
inadimplente e não honre com a dívida a cooperativa poderá ingressar com uma ação
judicial, onde desta poderá prover frutos móveis ou imóveis para a quitação total ou
parcial da dívida.

2. Caso a cooperativa não faça a comercialização destes bens eles deverão ser
cadastrados nos bens não de uso conforme à Circular n° 909 de 1101/1985 e Carta
Circular n° 2.899 de 01/03/2000, ambas do Banco Central do Brasil.

3. De posse do bem a cooperativa deverá liquidar ou amortizar a dívida observando, os


regulamentos definidos pelos normativos do sistema Sicoob, e os seguintes
documentos:

3.1 Documentos relativos à propriedade do bem:


a. bem imóvel: certidão de ônus atualizado do imóvel ou certidão do registro de
consolidação de propriedade fiduciária.

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b. bem móvel: documento emitido pelo Detran para comprovação da


transferência do veículo.
3.2 Documentos relativos à avaliação do bem imóvel:
a. o laudo será emitido por uma empresa especializada, com indicação dos
critérios de avaliação e dos elementos de comparação adotados e instruídos
com documentos relativos ao bem avaliado. A empresa terceirizada será
dispensada nas seguintes ocasiões:
I. para bens imóveis com valor até R$ 51.100,00 (cinquenta e um mil, cem reais)
a avaliação pode ser realizada por membros internos da cooperativa,
fundamentada em valor de mercado da região;
b. o laudo de avaliação para registro inicial deve ter no máximo 12 (doze) meses
de emissão da data de recebimento do bem;
3.3 Referente aos bens móveis admite-se o uso da tabela FIPE, Molicar ou outra
correspondente, para avaliar o valor de mercado do bem;

4. Caso o valor do bem imóvel seja inferior ao valor da dívida, o saldo devedor
remanescente será contabilizado como desconto da operação. Caso o valor do imóvel
seja maior que o valor da dívida este será contabilizado como receita.

5. As custas dos processos de recebimento do bem, como avaliação, IPTU, ITBI


deverão ser reconhecidas como despesa e não incorporadas ao valor do bem.

6. Para bens imóveis rurais, existe a obrigatoriedade de recolhimento do Imposto sobre


a Propriedade Territorial Rural (ITR) à Receita Federal do Brasil, caso a cooperativa
encerre o exercício com a propriedade do bem. O não cumprimento dessa obrigação
acarreta a suspensão da certidão negativa da cooperativa.

7. O diretor comercial da cooperativa terá autonomia para a comercialização de bens


frutos de consolidação de imóveis, expropriação de bens do devedor por via judicial ou
extrajudicial, adjudicação (penhora), bens móveis apreendidos por busca e apreensão
e dação em pagamento. O diretor definirá o valor da venda do bem ponderando o valor
da avaliação e a sua depreciação, além do estado de conservação considerando a
parte mecânica, lataria, parte interna, pneus etc. Diante da busca de bens móveis, será
feito um laudo do veículo, onde constará fotos, ficha técnica e o motivo do valor da
venda do bem, resguardando a cooperativa de futuras indagações.

TÍTULO 4
PENALIDADES

1. Na identificação de irregularidade nas regras descridas acima, todos os envolvidos,


ficam sujeitos a penalidade como:

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#RESTRITO#
REGIMENTO DE COBRANÇA E RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO – SICOOB TRANSCREDI

1. Primeira identificação – Aviso verbal;


2. Segunda identificação – Advertência;
3. Terceira Identificação – Demissão;

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#RESTRITO#

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