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Política Institucional de Crédito e Cobrança

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Política aprovada na reunião do Conselho de Administração em 22/06/2016.
Política Institucional de Crédito e Cobrança

Sumário
Sumário ................................................................................................................................................... 3
Título 1 - Apresentação ........................................................................................................................... 4
Título 2 – Normas gerais ......................................................................................................................... 5
Título 3 – Princípios básicos do crédito .................................................................................................. 6
Capítulo 1 – Produtos de Crédito ........................................................................................................ 6
Capítulo 1 – Atendimento ................................................................................................................... 7
Sessão 3 – Aditivos ......................................................................................................................... 8
Sessão 4 – Liberação ....................................................................................................................... 9
Capítulo 4 – Recuperação do Crédito ............................................................................................... 11
Sessão 1 – Cobrança...................................................................................................................... 11
Sessão 5 – Renegociações ............................................................................................................. 13

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Política aprovada na reunião do Conselho de Administração em 22/06/2016.
Política Institucional de Crédito e Cobrança
Título 1 - Apresentação

1. A Política Institucional de Crédito tem por finalidade estabelecer critérios e normas para
a concessão de crédito pela Cooperativa de Empresários – Sicoob Transcredi,
observando as informações contidas no MIG – Manual de Informações Gerais e no
MOC – Manual Operacional de Crédito.

2. O Manual de Operações de Crédito – MOC e o Manual das Informações Gerais – MIG


são desenvolvidos e divulgados pela Confederação Nacional das Cooperativas do
Sicoob Ltda. – Sicoob Brasil, ficando sob responsabilidade dela a sua atualização.

3. A adesão desta Política dar-se-á mediante aprovação do Conselho de Administração e


registro em ata.

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Título 2 – Normas gerais

1. O tomador de crédito deve ser associado da cooperativa e estar em dia com suas
obrigações de sócio e não possuir restrições cadastrais.

2. A área comercial da Cooperativa deverá estar preparada para atender o associado com
profissionalismo, competência, objetividade e respeito ao código de ética do Sicoob.

3. A retaguarda de crédito deve atentar para que todas as informações cadastradas no


sistema estejam corretas e em conformidade com as leis vigentes.

4. O setor de Cadastro tem a responsabilidade de lançar as informações corretas no sistema


e manter os cadastros atualizados, com base na documentação apresentada.

5. O comitê de crédito deve analisar as solicitações de recursos, observando as instruções


do regulamento do comitê de crédito, buscando sempre mitigar o risco e aumentar as
receitas para o Sicoob Transcredi, não esquecendo os princípios cooperativistas.

6. As pessoas responsáveis pela liberação dos recursos em conta corrente têm a


responsabilidade de conferir a documentação para ver se as mesmas atendem as normas
exigidas para cada modalidade. Conferindo se os valores, as taxas, as garantias e a
finalidade do crédito estão aprovados pelo Comitê de Crédito ou alçada competente.

7. . Todos os créditos liberados deverão ser conferidos mediante Relatório de Liberação,


emitido pelo Sisbr, para verificar a exatidão dos valores, taxas e prazos de acordo com
a aprovação do comitê de crédito ou alçada competente.

8. Os contratos de crédito, eventualmente, retirados pelo associado da cooperativa para


colher assinatura, deverão ter as mesmas reconhecidas em cartório.

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Título 3 – Princípios básicos do crédito
Capítulo 1 – Produtos de Crédito

Empréstimos são operações de crédito cuja destinação do recurso tomado não é


vinculada. São exemplos, os empréstimos para capital de giro e pessoais.

Financiamentos são operações de crédito onde o valor financiado é utilizado para


aquisição de algum bem. São exemplos, os financiamentos para aquisição de bens (veículos,
máquinas e equipamento).

Títulos Descontados são operações em que a instituição financeira adianta recursos ao


cliente, em montante equivalente aos títulos que ficarem vinculados (duplicatas, cheques ou
recebíveis).

As modalidades de empréstimos, financiamentos e títulos descontados estão compostas


por linhas de crédito com características peculiares. Para permitir a correta identificação do
produto indicado a cada caso, segue abaixo tabela contendo a modalidade e a descrição das
Linhas:

MODALIDADE LINHAS DESTINAÇÃO


Empréstimos Cheque Especial/Conta Garantida Pessoas Físicas e Jurídicas
Cartão de Crédito
Cartão BNDES
Crédito Pessoal
Capital de Giro (fixo e rotativo)
Consignação em folha
Crédito pré-aprovado
Crédito para funcionários
Antecipação de 13º salário
Capital de Giro para 13º salário
Antecipação de IR
Recurso do Procapcred
Microcrédito
Juro Zero
Sicoob Saúde
Sicoob Cota Capital
Financiamentos Financiamentos gerais de bens duráveis ou Pessoas Físicas e Jurídicas
serviços (Auto e Bens)
Títulos Descontados Desconto de Cheques Pessoas Físicas e Jurídicas
Desconto de Duplicatas
Desconto de Recebíveis
Antecipação de Recebíveis - Cartão de Crédito

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Título 4 – Políticas de Crédito
Capítulo 1 – Atendimento

1. Tendo em vista a necessidade de fidelizar o associado e manter um bom relacionamento,


todas as pessoas envolvidas no relacionamento direto com os associados e clientes
possuem a grande responsabilidade de prestar um atendimento personalizado e de alta
qualidade. Todos os atendimentos deverão obedecer aos padrões éticos estabelecidos no
código de Ética e Conduta do Sicoob.

2. Aproveitar sempre as oportunidades para mostrar a Cooperativa e suas vantagens,


oferecendo produtos e serviços, criando assim, boa reciprocidade entre os associados e
a Cooperativa.

3. Não realizar nenhuma promessa aos associados sem que esteja devidamente aprovado
pelo comitê e ou responsáveis.

4. Ao receber a solicitação de crédito, o gerente/assistente de cada carteira deverá


providenciar documentação, conforme Dossiê Solicitação Operações de Credito, item 2
da sessão 1, capitulo 2, título 4.

5. As operações de crédito serão enviadas para análise do comitê somente após a


atualização cadastral.

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Título 4 – Políticas de Crédito


Capítulo 2 – Concessão de Crédito
Sessão 3 – Aditivos

Os aditivos de contratos são feitos quando há a necessidade de acrescentar informações


a uma determinada Cédula de Crédito Bancário-CCB, quando é necessário corrigir ou
esclarecer alguma cláusula específica, e também pode-se complementar com novos dados
faltantes na CCB original. Ele é utilizado principalmente para fazer substituição de garantias
reais e ou fidejussórias.

Segundo a Lei 10.931 no artigo 29 parágrafo 4º a Cédula de Crédito Bancário pode ser
aditada, retificada e ratificada mediante documento escrito, datado, com os requisitos previstos
no caput, passando esse documento a integrar a Cédula para todos os fins.

1. Os aditivos somente serão feitos mediante aprovação do comitê de crédito,


sendo que na proposta enviada para análise, deverá estar descrito os dados
que serão aditados.
2. Em caso de substituição de garantias reais, deverá ter os dados completos da
nova garantia. Se for veículo, cópia do documento, e se for imóvel, cópia
atualizada da matrícula com laudo de avaliação.
3. Nas Cédulas de Crédito Bancário cuja finalidade seja financiamento e o bem
esteja descrito na cláusula objeto, não serão permitidos aditivos para
substituição da garantia real.
4. Sempre observar se a garantia é própria ou de terceiros e se a nova garantia
condiz com a anterior. Caso contrário, todas as cláusulas que fazem
referência ao fiel depositário/garantidor deverão estar descritas no aditivo.
5. Em caso de substituição da garantia real sendo veículo, sempre consultar se
o mesmo possui restrições no site do Detran.
6. Após colher a assinatura de todos os envolvidos, providenciar a alienação
das garantias, caso haja, e arquivar em anexo a CCB original.
7. Em caso de aditivo de alteração de prazo, valor ou taxa, a operação será
cadastrada na plataforma de crédito na modalidade de repactuação de crédito
e será aprovada conforme alçadas daquele sistema.
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Capítulo 2 – Concessão de Crédito
Sessão 4 – Liberação

1. Os responsáveis pelas Liberações de crédito serão definidos pela diretoria executiva e


registradas em ata.

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Título 4 – Políticas de Crédito
Capítulo 3 – Monitoramento de Crédito
Sessão 1 – Medidas Prudenciais

1. O monitoramento do crédito deve ser constante em nossa cooperativa, com o objetivo


de fornecer aos gestores de crédito indicação de eventual deterioração na situação
econômica financeira do associado, visando promover Ação Preventiva.

2. Para isso deverão ser respeitadas as medidas prudenciais a seguir relacionadas:


Os gerentes, assistentes e responsável pela área de cobrança deverão:
2.1. Diariamente realizar o acompanhamento das operações vencidas e providenciar a
cobrança dos mesmos.
2.2. Quinzenalmente: apresentar relatório acima ao Diretor Comercial, e em conjunto
definir os procedimentos necessários;
2.3 Trimestralmente: Analisar relatório dos 50 maiores devedores da carteira juntamente com a
Diretoria Executiva, analisando todos os riscos envolvidos, a situação econômica do mercado,
e, fazendo uma análise da real reciprocidade do associado com a Cooperativa;

3. É muito importante conhecer o associado. Atentar a todo e qualquer sinal que possa
comprometer a saúde financeira dos tomadores de crédito. (Boatos, uso contínuo do
cheque especial, necessidade constante de capital de giro, etc.).

4. Em qualquer sinal de que possa comprometer as operações, providenciar novas


consultas nos órgãos competentes para mitigar o risco de crédito;

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Título 4 – Políticas de Crédito
Capítulo 4 – Recuperação do Crédito
Sessão 1 – Cobrança

1. Deverão ser adotados mecanismos especiais para mitigação de riscos em relação à carteira de
crédito, quando identificada a necessidade no processo de acompanhamento que está descrito
abaixo. Todo o contato feito com o associado deve respeitar o Código de Defesa do Consumidor
artigo 71:
“Art.71. Utilizar, na cobrança de dívidas, de ameaça, coação, constrangimento físico
ou moral, afirmações falsas incorretas ou enganosas ou de qualquer outro
procedimento que exponha o consumidor, injustificadamente, a ridículo ou interfira
com seu trabalho, descanso ou lazer: Pena: Detenção de três meses a um ano e multa”.

Portanto, todo e qualquer contato com o associado deverá ser feito com muita habilidade.

2. Fases de cobrança:

1ª Fase - Cobrança amigável (1 a 30 dias) (executada pelos assistentes)


Após a imediata constatação do atraso;
Contatos com o associado devedor através de acionamento telefônico;
Agendamento de promessas de pagamento;
A qualidade do atendimento é fator decisivo;
É imprescindível identificar o perfil do associado (atrasos esporádicos, atrasos
recorrentes, atrasos de primeira operação de crédito);
A inclusão no Serasa é permitida somente a partir do 5º dia útil vencido. Portanto, o
sistema de cobrança administrativa deve estar parametrizado para envio automático das
operações ao serasa a partir dos 15º dias em atraso.
A não inclusão das restrições somente será permitida com a autorização de um diretor
e o bloqueio para não envio ao serasa deve ser solicitado ao setor de Cobrança.

2ª Fase - Cobrança Negocial (31 a 60/90 dias) (executada pelos gerentes)


O Gerente da Carteira deverá entrar em contato com o cliente;
Oferta de uma renegociação da dívida;
A qualidade e experiência do atendente é fator decisivo na negociação;
Saber entender a real necessidade do associado;

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Nas Cédulas em que tiverem coobrigados, os mesmos deverão ser avisados do atraso do
devedor

3ª Fase:
Cobrança Jurídica (acima de 90 dias) (executada pela área de cobrança)
Necessita de apoio jurídico e expertise em ações de busca e apreensão;
Demorada;
Custo elevado;
Atrito com o associado (quase 100%).

Cobrança Terceirizada (acima de 90 dias) (executada pela área de cobrança)


Mais persuasivos;
Contato insistente;
Maior expertise no contato com o cliente.

3. As operações vencidas a mais de 90 dias, esgotados todos os recursos para cobrança amigável
e ou negocial, deverão ser encaminhadas à cobrança Judicial e ou terceirizada. Exceto decisão
contrária da Diretoria Executiva que deverá constar em ata.

4. A exclusão das restrições no serasa será feita automaticamente pelo sistema de Cobrança
administrativa no dia seguinte ao da liquidação da operação.

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Título 4 – Políticas de Crédito
Capítulo 4 – Recuperação do Crédito
Sessão 5 – Renegociações

Conforme Resolução do Banco Central do Brasil nº 2682, de 21 de dezembro de 1999:


Parágrafo 3º Considera-se renegociação a composição de dívida, a prorrogação, a
novação, a concessão de nova operação para liquidação parcial ou integral de
operação anterior ou qualquer outro tipo de acordo que implique na alteração nos
prazos de vencimento ou nas condições de pagamento originalmente pactuadas.

As renegociações visam à recuperação do crédito e são admitidas desde que feita


amortização de 30% sobre o saldo devedor da operação de crédito, exceções serão definidas
pelo comitê de crédito da sede com a presença de pelo menos um diretor, que fará análise e
definição das condições da renegociação.

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Título 4 – Políticas de Crédito


Capítulo 6 – Penalidade

Na identificação de irregularidade nas regras descridas acima, todos os envolvidos,


ficam sujeitos Política sobre Aplicação de sanções e penalidades em caso de descumprimento
dos preceitos do Código de Ética do Sicoob.

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