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Regulamento

Linhas de Crédito Bonificado para Micro, Pequenas e Médias


Empresas e Empreendedores Singulares

CAPÍTULO I – DISPOSIÇÕES GERAIS

ARTIGO 1º – Objecto
ARTIGO 2º – Âmbito
ARTIGO 3º – Objectivos das Linhas de Crédito Bonificado
ARTIGO 4º – Capacitação dos recursos humanos
ARTIGO 5º – Definições

CAPÍTULO II – INTERVENIENTES E RESPONSABILIDADES

ARTIGO 6º – Disponibilização dos Fundos Públicos


ARTIGO 7º – Operacionalização das Linhas de Crédito Bonificado
ARTIGO 8º – Coordenação das Linhas de Crédito Bonificado
ARTIGO 9º – Monitorização e Acompanhamento das Linhas de Crédito Bonificado
ARTIGO 10º – Estrutura Técnica de Acompanhamento
ARTIGO 11º – Gestão das Bonificações de Juros
ARTIGO 12º – Compromisso de operacionalização das Linhas de Crédito Bonificado
ARTIGO 13º – Competências e atribuições dos Bancos Operadores

CAPÍTULO III – BENEFICIÁRIOS E CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE

ARTIGO 14º – Requisito de certificação


ARTIGO 15º – Requisito de actividade económica em sector prioritário
ARTIGO 16º – Requisito de finalidade de utilização
ARTIGO 17º – Direitos e responsabilidades dos Beneficiários

CAPÍTULO IV – CONDIÇÕES FINANCEIRAS

ARTIGO 18º – Capital


ARTIGO 19º – Taxa de juros negociada
ARTIGO 20º – Taxa indexante e taxa de juros máxima
ARTIGO 21º – Taxa de bonificação
ARTIGO 22º – Outras condições financeiras
ARTIGO 23º – Diferenciação por sector de actividade

CAPÍTULO V – OPERAÇÕES DE CRÉDITO BONIFICADO

ARTIGO 24º – Promoção da Linha de Crédito Bonificado e identificação de candidatos


ARTIGO 25º – Processo de candidatura
ARTIGO 26º – Garantias
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ARTIGO 27º – Aprovação do financiamento


ARTIGO 28º – Verificação dos limites máximos por beneficiário
ARTIGO 29º – Fiscalização dos requisitos estabelecidos
ARTIGO 30º – Serviço de dívida
ARTIGO 31º – Pagamento da bonificação de juros aos Bancos Operadores
ARTIGO 32º – Atraso no cumprimento do serviço de dívida
ARTIGO 33º – Renegociação e refinanciamento do crédito em atraso

CAPÍTULO VI – PRESTAÇÃO DE CONTAS

ARTIGO 34º – Relatórios dos Bancos Operadores


ARTIGO 35º – Relatórios da Entidade Gestora das Bonificações de Juros
ARTIGO 36º – Modelos de relatórios
ARTIGO 37º – Sistema informático de monitorização das Linhas de Crédito Bonificado

CAPÍTULO I – Disposições Gerais

ARTIGO 1º – Objecto

O presente diploma visa regulamentar as Linhas de Crédito Bonificado previstas na Lei nº 30/11 de 13 de
Setembro, estabelecendo os mecanismos de intervenção e coordenação das estruturas competentes, a
articulação entre os órgãos e as entidades envolvidas, e os procedimentos e requisitos de acesso por parte
dos potenciais beneficiários.

ARTIGO 2º – Âmbito

1. As Linhas de Crédito Bonificado visam a concessão de financiamentos pelas instituições financeiras


participantes com taxas de juro bonificadas pelo Estado.
2. Os financiamentos com juros bonificados que são o objecto do presente regulamento destinam-se às
Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME) e aos Micro, Pequenos e Médios Empreendedores
Singulares (MPMES), de acordo com os critérios de elegibilidade definidos na Lei nº 30/11 de 13 de
Setembro.
3. O presente regulamento define critérios de elegibilidade adicionais, incluindo restrições aos sectores de
actividade contemplados e à finalidade do financiamento obtido através das Linhas de Crédito
Bonificado.
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ARTIGO 3º – Objectivos das Linhas de Crédito Bonificado

1. As Linhas de Crédito Bonificado têm como objectivo geral facilitar o financiamento das MPME e dos
MPMES, actuando como catalisador da expansão deste sector do tecido empresarial, considerado
crucial para o desenvolvimento sustentável e funcional da Economia Nacional.
2. São objectivos específicos das Linhas de Crédito Bonificado:
a. Facilitar o financiamento das MPME e dos MPMES para investimentos em imobilizado
corpóreo e para o reforço do fundo de maneio;
b. Contribuir para o alargamento do tecido empresarial nacional em sectores considerados
prioritários para a diversificação da actividade económica, para a redução das importações e
para o aumento das exportações;
c. Contribuir, a médio e longo prazo, para o aumento da oferta de produção nacional;
d. Estimular e fortalecer o espírito de empreendedorismo, criando novas oportunidades de
empregos estáveis e reduzindo a pobreza;
e. Fomentar a formalização das actividades económicas;
f. Promover o desenvolvimento de competências técnicas e de gestão na população em geral.

ARTIGO 4º – Capacitação dos recursos humanos

A promoção e o alargamento do tecido empresarial deve ser acompanhado do desenvolvimento de


competências dos trabalhadores e gestores com vista a um impacto maior e mais positivo da iniciativa
privada, e contribuindo para o sucesso dos instrumentos de apoio do Estado. Nesse sentido, os
beneficiários dos financiamentos concedidos no âmbito das Linhas de Crédito Bonificado deverão ser
informados dos programas de treino e de consultoria empresarial facultados pelo Instituto Nacional de
Apoio às Pequenas e Médias Empresas (INAPEM), uma vez disponíveis.

ARTIGO 5º – Definições

Para efeitos do presente regulamento, entende-se por:


1. Ministério – Caso não seja explicitamente especificado qual o departamento ministerial, deve-se
subentender que se trata do departamento ministerial responsável pelo fomento empresarial;
2. Ministro - Caso não seja explicitamente especificado qual o departamento ministerial, deve-se
subentender que se trata do Ministro responsável pelo fomento empresarial;
3. Entidade Gestora das Bonificações de Juros – O Ministério ou instituição por ele encarregue,
juntamente com o departamento ministerial responsável pelas finanças públicas, da gestão operativa
das bonificações das taxas de juro a conceder pelo Estado;
4. Bancos Operadores – Instituições financeiras activas em território nacional que estejam dispostas a
comparticipar na operacionalização das Linhas de Crédito Bonificado nas modalidades e condições
definidas unitariamente para todos os interessados e que, para o efeito, assinam um compromisso
formal perante o Estado;
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5. Memorando de Entendimento – O supracitado compromisso formal assinado por cada um dos Bancos
Operadores perante o Estado com vista à comparticipação na operacionalização das Linhas de Crédito
Bonificado;
6. Beneficiários – MPME ou MPMES a quem um Banco Operador conceda financiamento com a
bonificação de juros prevista para as Linhas de Crédito Bonificado que são objecto do presente
regulamento.

CAPÍTULO II – Intervenientes e Responsabilidades

ARTIGO 6º – Disponibilização dos Fundos Públicos

Compete ao Ministério, em coordenação com o departamento ministerial responsável pelas finanças,


providenciar, nos prazos estabelecidos, a totalidade dos fundos destinados às bonificações de juros
acordadas, até à maturação dos financiamentos concedidos durante a vigência das Linhas de Crédito
Bonificado.

ARTIGO 7º – Operacionalização das Linhas de Crédito Bonificado

Compete ao Ministério:
1. Identificar e estabelecer, juntamente com o departamento ministerial responsável pelas finanças,
acordos com as entidades de gestão e operação das Linhas de Crédito Bonificado, nomeadamente:
a. A Entidade Gestora das Bonificações de Juros;
b. Os Bancos Operadores.
2. Promover, via entidades sob a sua tutela, o aumento da visibilidade das Linhas de Crédito Bonificado,
da sua adequabilidade ao cumprimento dos objectivos estabelecidos no presente regulamento e do
número de potenciais Beneficiários elegíveis.

ARTIGO 8º – Coordenação das Linhas de Crédito Bonificado

A coordenação das Linhas de Crédito Bonificado é da responsabilidade conjunta do Ministério e do


departamento ministerial responsável pelas finanças públicas, a quem compete:
1. Avaliar o grau de cumprimento dos objectivos das Linhas de Crédito Bonificado e o seu impacto
macroeconómico;
2. Pronunciar-se sobre e propor as alterações julgadas necessárias às condições financeiras e de acesso,
bem como aos mecanismos e procedimentos concretos de implementação e operacionalização das
Linhas de Crédito Bonificado.
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ARTIGO 9º – Monitorização e Acompanhamento das Linhas de Crédito Bonificado

1. Compete ao Ministro a monitorização e o acompanhamento da implementação das Linhas de Crédito


Bonificado, em coordenação com todos os actores do processo de operacionalização das mesmas.
2. No exercício destas funções, o Ministro responde perante a Comissão Económica da Comissão
Permanente do Conselho de Ministros.

ARTIGO 10º – Estrutura Técnica de Acompanhamento

A estrutura técnica de acompanhamento das Linhas de Crédito Bonificado, doravante designada por
Estrutura Técnica de Acompanhamento, é a entidade nomeada para o efeito pelo Ministro ou a entidade
sob sua tutela a quem atribui as respectivas funções, e a quem compete:
1. Assessorar tecnicamente o Ministro;
2. Gerir o sistema informático de monitorização do programa;
3. Preparar relatórios periódicos com vista à avaliação do grau de cumprimento dos objectivos das Linhas
de Crédito Bonificado e do seu impacto macroeconómico;
4. Estabelecer mecanismos de reporte por parte da Entidade Gestora das Bonificações de Juros e dos
Bancos Operadores;
5. Avaliar os relatórios de prestação de contas apresentados pela Entidade Gestora das Bonificações de
Juros e pelos Bancos Operadores;
6. Elaborar as propostas técnicas e submetê-las à consideração do Ministro;
7. Assegurar que os financiamentos a disponibilizar no âmbito das Linhas de Crédito Bonificado,
obedecem às directrizes gerais deste regulamento e à política do Executivo para o desenvolvimento das
MPME e dos MPMES;
8. Velar pela divulgação pública do programa.

ARTIGO 11º – Gestão das Bonificações de Juros

A Entidade Gestora das Bonificações de Juros tem as responsabilidades que lhe são detalhadas ao longo do
presente regulamento, incluindo as seguintes:
1. Estabelecer e aplicar mecanismos de auditoria aos Bancos Operadores no contexto da
operacionalização das Linhas de Crédito Bonificado;
2. Coordenar com os Bancos Operadores a melhor forma de cumprir, em concordância com as
especificações do presente regulamento, as obrigações financeiras resultantes do compromisso de
bonificação das taxas de juro;
3. Verificar a dedução das bonificações de juros pelos Bancos Operadores;
4. Apoiar a Estrutura Técnica de Acompanhamento no fornecimento de dados e na gestão do sistema
informático de monitorização;
5. Reportar mensalmente à Estrutura Técnica de Acompanhamento, nos moldes por esta especificados.
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ARTIGO 12º – Compromisso de operacionalização das Linhas de Crédito Bonificado

1. Os Bancos que pretendam ser Bancos Operadores assinarão um Memorando de Entendimento com o
Estado destinado a regular os termos em que os mesmos se disponibilizam a colaborar na
operacionalização do disposto no presente regulamento e que deve igualmente fixar o valor máximo do
financiamento total a conceder ao seu abrigo.
2. O valor dos financiamentos concedidos pelos Bancos Operadores através das Linhas de Crédito
Bonificado não pode ultrapassar o montante referido no número anterior sem a autorização formal
prévia por parte do Ministro.
3. O período de validade e os procedimentos e condições de renovação dos Memorandos de
Entendimento são especificados nos mesmos.
4. Os termos dos Memorandos de Entendimento podem ser revistos e actualizados de acordo as
condições e procedimentos neles dispostos, tendo em conta:
a. A vontade manifestada pelas várias instituições financeiras em participar como Bancos
Operadores;
b. O valor orçamentado pelo Executivo para as Linhas de Crédito Bonificado para o período
correspondente;
c. O sucesso relativo até à data da operacionalização do programa por parte do Banco Operador,
no que diz respeito, entre outros, a:
i. A taxa de incumprimento observada nos financiamentos já concedidos no âmbito das
Linhas de Crédito Bonificado;
ii. O cumprimento dos requisitos e das metas estabelecidas nos Memorandos de
Entendimento em períodos anteriores;
iii. A contribuição para a certificação de MPME e MPMES;
iv. O nível de cobertura do território nacional.

ARTIGO 13º – Competências e atribuições dos Bancos Operadores

Os Bancos Operadores têm as responsabilidades que lhes são detalhadas ao longo do presente regulamento,
incluindo as seguintes:
1. Apreciar os pedidos de concessão de financiamento que lhes sejam apresentados pelos candidatos às
Linhas de Crédito Bonificado, devendo, relativamente ao financiamento que nesse quadro decidam
conceder, garantir os valores mínimos de financiamento às Micro e Pequenas Empresas e
Empreendedores Singulares definidos no Memorando de Entendimento assinado;
2. Comparticipar na promoção e divulgação das Linhas de Crédito Bonificado, nomeadamente aos seus
potenciais clientes;
3. Apoiar o INAPEM no processo de certificação de MPME e MPMES;
4. Estabelecer o processo de candidatura às Linhas de Crédito Bonificado;
5. Analisar os projectos candidatos e negociar a concessão de financiamento com os potenciais
Beneficiários, responsabilizando-se pelos termos eventualmente acordados;
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6. Reportar mensalmente à Estrutura Técnica de Acompanhamento, com cópia à Entidade Gestora das
Bonificações de Juros, os financiamentos concedidos;
7. Apoiar a Estrutura Técnica de Acompanhamento no fornecimento de dados e na gestão do sistema
informático de monitorização;
8. Facilitar o processo de fiscalização e auditoria por parte da Entidade Gestora das Bonificações de Juros
no que diz respeito à operacionalização das Linhas de Crédito Bonificado;
9. Exigir dos Beneficiários o reembolso do capital e o pagamento dos juros devidos, de acordo com o
plano financeiro acordado;
10. Desenvolver as diligências de cobrança extrajudiciais habituais na prática bancária de forma a
recuperar o montante em falta no caso de se verificar o incumprimento de compromissos financeiros
por parte de Beneficiários, mantendo a Entidade Gestora das Bonificações de Juros e a Estrutura
Técnica de Acompanhamento devidamente informadas.

CAPÍTULO III – Beneficiários e Critérios de Elegibilidade

ARTIGO 14º – Requisito de certificação

O acesso ao financiamento no âmbito das Linhas de Crédito Bonificado está restringido às entidades
certificadas como MPME ou MPMES nos termos da Lei nº 30/11 de 13 de Setembro e que satisfaçam os
demais requisitos definidos na referida lei para o acesso aos mecanismos financeiros que nela se
enquadrem.

ARTIGO 15º – Requisito de actividade económica em sector prioritário

1. O financiamento obtido por via das Linhas de Crédito Bonificado tem de ser aplicado de forma
exclusiva em projectos de investimento nos sectores e micro-sectores considerados prioritários para o
desenvolvimento, independentemente do objecto social das MPME e dos MPMES candidatos.
2. São sectores e micro-sectores prioritários:
a. No sector da agricultura, pecuária e pescas:
i. Cereais: milho, arroz, trigo, massangano e massambala
ii. Leguminosas: cultura de feijão comum
iii. Raízes de tubérculos: mandioca, tubérculos, batata rena, batata doce e batata nhiame
iv. Oleaginosas: amendoim, palmeira de dendém, girassol e soja
v. Hortícolas e Fruteiras
vi. Cana-de-açúcar e Café
vii. Peixes, mariscos e crustáceos
viii. Bovinicultura de corte e de leite
ix. Caprinicultura, suinicultura e avicultura
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b. No sector dos materiais de construção:


i. Varão de aço
ii. Tubos pretos e galvanizados
iii. Chapas de zinco e fibrocimento
iv. Gesso, cimento e produtos cerâmicos
v. Ferragens e carpintarias
vi. Tubos e perfis em PVC
vii. Tintas, vernizes e colas
viii. Produtos de canalização (ex. torneiras e chuveiros)
ix. Aparelhos/sistemas de refrigeração
x. Lâmpadas, cabos, fios e painéis eléctricos
c. No sector da indústria transformadora, geologia e minas:
i. Bebidas: cervejas, vinhos, águas, sumos e espirituosas
ii. Conservas de frutas, legumes, concentrados, carne e peixe
iii. Lacticínios e derivados, fermento fresco e seco
iv. Massas, bolachas e confeitos
v. Fabrico de açúcar, melaço, bagaço e álcool
vi. Óleos vegetais e derivados
vii. Descasque de arroz e café, torrefacção de café
viii. Derivados da pesca
ix. Moagem de farinhas em rama e espoadas
x. Rações animais
xi. Têxteis e confecções, curtume, couro, peles, calçado e marro
xii. Artefactos e artes de pesca
xiii. Resinas
xiv. Fabrico de pneus e câmaras-de-ar, materiais de recauchutagem, artefactos de borracha
e recauchutagem
xv. Montagem de motorizadas e bicicletas
xvi. Aproveitamento de peças e tratamento de sucata ferrosa e não ferrosa
xvii. Artigos de madeira e mobiliário
xviii. Indústrias gráficas
xix. Embalagens de cartão e plástico, sacaria
xx. Agricultura: produtos de apoio ao campo, máquinas equipam. e utensílios
xxi. Balcões, Arcas, vitrinas frigorificas e frigoríficos
xxii. Fileira de derivados do petróleo e gás
xxiii. Manufactura de minerais não metálicos
xxiv. Madeira – contraplacados e prensados
xxv. Reciclagem de papel, Celulose e pasta para papel
xxvi. Rochas ornamentais e pedras semipreciosas
xxvii. Indústria de fertilizantes e de soda caustica, Adubos
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xxviii. Vidro: embalagens, loiça e planos


xxix. Metalomecânica pesada e ligeira
xxx. Siderurgia: electro-siderurgia e electro-metalurgia
xxxi. Indústrias quimico-farmacêuticas
xxxii. Construção e reparação naval
d. No sector dos serviços de apoio ao sector produtivo:
i. Mecânica industrial e automóvel
ii. Electricista industrial e automóvel
iii. Incubadora de empresas com serviços de consultoria, contabilidade e marketing
iv. Entrepostos logísticos de conservação e congelação
v. Transportes rodoviários de mercadorias
vi. Construção de naves industriais, avícolas e pecuárias
3. A inclusão de projectos em sectores não expressamente indicados no ponto anterior requer a
autorização especial do Ministro.
4. Projectos de investimento no sector do comércio a retalho estão excluídos da possibilidade prevista no
ponto anterior.

ARTIGO 16º – Requisito de finalidade de utilização

Os financiamentos concedidos por via das Linhas de Crédito Bonificado são destinados às seguintes
operações:
1. Investimento em imobilizado corpóreo; e/ou
2. Reforço de fundo de maneio, desde que em ligação e em proporção adequada ao investimento em
imobilizado corpóreo.

ARTIGO 17º – Direitos e responsabilidades dos Beneficiários

1. Têm o direito a se candidatar às Linhas de Crédito Bonificado disponibilizadas pelos Bancos


Operadores os agentes económico que:
a. Sejam certificadas enquanto MPME ou MPMES;
b. Cumpram os restantes requisitos estabelecidos no presente regulamento, nomeadamente no
que se refere ao ramo de actividade dos projectos a serem financiados e à finalidade dos
fundos solicitados.
2. Os candidatos a Beneficiários das Linhas de Crédito Bonificado negoceiam os termos do eventual
acordo com os Bancos Operadores, devendo providenciar toda a informação por estes requerida, em
boa fé e usando documentação válida.
3. Os agentes económicos que não satisfaçam as condições estabelecidas no ponto 1 não podem aceder às
Linhas de Crédito Bonificado.
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4. Os Beneficiários que acedam às Linhas de Crédito Bonificado apesar de não satisfazerem as condições
estabelecidas no ponto 1, em virtude deles ou dos seus representantes legais terem prestado
declarações enganosas ou apresentado informação falsa, ficam sujeitos:
a. À exposição às acções judiciais relevantes;
b. À perda imediata do acesso aos instrumentos de facilitação ao financiamento que sejam
promovidos pelo Estado;
c. Ao fim do compromisso do Estado referente à bonificação de juros dos financiamentos em
causa, passando a ser responsáveis pelo pagamento total dos juros acordados com os
respectivos Bancos Operadores, assim como pelo reembolso ao Estado do valor das
bonificações já pagas.
5. Os Beneficiários devem respeitar as obrigações financeiras acordadas com os Bancos Operadores, em
cujo incumprimento ficam sujeitos:
a. À exposição aos trâmites legais previstos para situações de incumprimento do serviço de
dívida;
b. À perda de acesso às Linhas de Crédito Bonificado e a outros instrumentos de facilitação ao
financiamento que sejam promovidos pelo Estado.

CAPÍTULO IV – Condições financeiras

ARTIGO 18º – Capital

1. Os financiamentos com taxas de juro bonificadas são concedidos em nome e com capitais mobilizados
pelos Bancos Operadores.
2. Os financiamentos concedidos por via das Linhas de Crédito Bonificado são concedidos em moeda
nacional e não podem ser indexados a uma outra moeda.
3. As bonificações dos juros são concedidas com recursos disponibilizados pelo Estado.

ARTIGO 19º – Taxa de juros negociada

No respeitante à taxa anual utilizada para o cálculo do montante total de juros a receber pelos Bancos
Operadores, no fim de cada período definido para esse efeito, tem-se que:
1. É acordada entre os Bancos Operadores e os Beneficiários, caso a caso;
2. Pode ser uma taxa fixa ou ser calculada com base numa taxa de juros indexante adicionada de um
spread fixo;
3. Está sujeita ao limite definido no Artigo 20º.
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ARTIGO 20º – Taxa indexante e taxa de juros máxima

1. No Memorando de Entendimento são estabelecidos uma taxa indexante e um spread acima desta taxa,
como limite máximo à taxa de juros anual acordada entre os Bancos Operadores e os seus clientes, às
seguintes datas:
a. Celebração do contrato; e
b. Revisões posteriores da taxa de juros acordada entre o Banco Operador e o Beneficiário (no
caso desta taxa ser indexada a uma taxa de referência, entende-se por revisão da taxa de juros a
alteração da taxa indexante e/ ou do spread associado).
2. O spread referido no número anterior pode ser definido diferenciadamente para Micro, Pequenas e
Médias Empresas.

ARTIGO 21º – Taxa de bonificação

1. A taxa de bonificação anual, usada no cálculo do valor da bonificação dos juros a receber pelo Banco
Operador da parte do Estado, é estabelecida nos Memorandos de Entendimento como uma
percentagem da taxa de juros anual negociada entre o Banco Operador e cada Beneficiário.
2. Os Memorandos de Entendimento podem estabelecer um limite máximo para a taxa de juros anual
efectivamente paga pelo Beneficiário.

ARTIGO 22º – Outras condições financeiras

1. O valor total do financiamento concedido no âmbito das Linhas de Crédito Bonificado por todos os
Bancos Operadores a cada Beneficiário não pode ultrapassar o limite a estabelecer nos Memorandos de
Entendimento, com valores diferenciados para as Micro, Médias e Pequenas Empresas.
2. O calendário de amortização e reembolso do capital concedido em cada operação de financiamento ao
abrigo das Linhas de Crédito Bonificado é acordado entre o Banco Operador e o Beneficiário, caso a
caso, estando sujeito:
a. Ao prazo máximo, definido no Memorando de Entendimento vigente, para o reembolso total
do capital concedido.
b. Ao valor mínimo, definido no Memorando de Entendimento vigente, para a duração do
período de carência de capital.

ARTIGO 23º – Diferenciação por sector de actividade

Os Memorandos de Entendimento podem estabelecer condições financeiras diferenciadas por sectores ou


micro-sectores de actividade.
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CAPÍTULO V – Operações de Crédito Bonificado

ARTIGO 24º – Promoção da Linha de Crédito Bonificado e identificação de candidatos

1. Todas as entidades intervenientes na operacionalização das Linhas de Crédito Bonificado têm a


responsabilidade de promover as Linhas de Crédito Bonificado da forma mais adequada e proporcional
ao seu engajamento.
2. Esta promoção passa pela realização de acções que visem:
a. Aumentar a visibilidade das Linhas de Crédito Bonificado;
b. Identificar potenciais Beneficiários das Linhas de Crédito Bonificado;
c. Informar, de forma pró-activa, potenciais Beneficiários sobre a existência, condições e
benefícios das Linhas de Crédito Bonificado;
d. Apoiar potenciais Beneficiários a quem falte a certificação devida enquanto MPME ou
MPMES no processo de obtenção dessa certificação e, nos casos em que a entidade para tal
esteja habilitada, efectuar essa mesma certificação de acordo com os critérios estabelecidos na
Lei.
3. Devem tomar um papel especialmente activo neste processo de promoção todos os Bancos Operadores
assim como o Ministério, tanto directamente como através das entidades por ele tuteladas.

ARTIGO 25º – Processo de candidatura

1. Os potenciais Beneficiários das Linhas de Crédito Bonificado apresentam a sua candidatura a um


Banco Operador à sua escolha.
2. Do processo de candidatura devem constar:
a. A demonstração de que o potencial Beneficiário cumpre os critérios de elegibilidade definidos
neste regulamento;
b. A documentação que o Banco Operador tiver por hábito e/ou considere necessário requerer
para o acto de concessão de financiamento, e que lhe permita proceder à análise dos projectos
a serem financiados e da consequente decisão de financiamento e respectivos termos.

ARTIGO 26º – Garantias

1. Os Bancos Operadores podem exigir dos Beneficiários a apresentação de garantias adequadas à


dimensão e ao tipo do projecto a financiar, nomeadamente:
a. Fiança e aval como garantias pessoais;
b. Penhor de meios e equipamentos como garantia real ou a adquirir;
c. Consignação de receitas;
d. Outras garantias de instituições financeiras.
2. No caso de necessidade de garantias para além daquelas que o Beneficiário possa apresentar é possível
recorrer ao Mecanismo de Garantias Públicas, de acordo com as condições estabelecidas no
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regulamento desse instrumento financeiro, e desde que o Banco Operador comparticipe na sua
operacionalização.

ARTIGO 27º – Aprovação do financiamento

1. A aprovação do financiamento objecto das bonificações de juros previstas neste regulamento é da


exclusiva responsabilidade dos Bancos Operadores, que são inteiramente livres nessa decisão.
2. Os termos de financiamento são acordados entre os Bancos Operadores e os Beneficiários, incluindo,
entre outros, os seguintes:
a. A taxa de juros devida ao Banco Operador, que pode ser fixa ou variável, desde que dentro dos
limites definidos nos Memorandos de Entendimento;
b. O calendário de pagamento de juros;
c. O calendário e condições de amortização do capital concedido;
d. Os termos de acção em caso de atraso e/ ou de incumprimento dos compromissos financeiros
acordados.
3. O Banco Operador comunica mensalmente as decisões de aprovação do financiamento à Estrutura
Técnica de Acompanhamento, com cópia à Entidade Gestora das Bonificações de Juros, utilizando o
modelo de reporte especificado para o efeito pela referida Estrutura Técnica de Acompanhamento.

ARTIGO 28º – Verificação dos limites máximos por beneficiário

1. Do processo de candidatura ao financiamento ao abrigo das Linhas de Crédito Bonificado deve constar
uma declaração do candidato em que este se obriga a retirar eventuais candidaturas que tenha
apresentado a outros Bancos Operadores tão logo o financiamento solicitado seja aprovado.
2. O contrato de mútuo entre o Banco Operador e o candidato deve incluir uma cláusula que o torna
inválido, caso o Beneficiário tenha assinado ou venha a assinar contratos com outros bancos, no
âmbito das Linhas de Crédito Bonificado, ultrapassando por esse meio os limites máximos por
Beneficiário definidos no nº 1 do Artigo 22º.
3. O ponto anterior não se aplica, caso os valores concedidos por outros bancos em financiamentos
anteriores já tenham sido completamente reembolsados.
4. Compete à Estrutura Técnica de Acompanhamento e à Entidade Gestora das Bonificações verificar o
cumprimento dos limites máximos por Beneficiário, com base nos dados fornecidos mensalmente
pelos Bancos Operadores sobre os financiamentos já aprovados, comunicando imediatamente aos
bancos em causa eventuais infracções que, por sua vez, se obrigam a declarar como inválidos os
contratos já assinados.
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ARTIGO 29º – Fiscalização dos requisitos estabelecidos

1. Os Bancos Operadores só podem aceitar candidaturas de candidatos e de projectos que satisfaçam os


requisitos estabelecidos no presente regulamento, sendo esta decisão tomada com base na informação
apresentada pelos candidatos, a qual terá de abranger as várias condições de elegibilidade.
2. A Entidade Gestora das Bonificações de Juros e/ou os Bancos Operadores podem exigir, caso a caso,
que o desembolso do financiamento seja feito directamente aos fornecedores com base nos
documentos para esse efeito requeridos ou em contratos previamente aprovados, podendo igualmente
efectuar o acompanhamento pericial do progresso dos investimentos, com o intuito de garantir que os
recursos disponibilizados são utilizados para as finalidades mencionadas no processo de candidatura,
as quais têm de satisfazer os requisitos apresentados nos Artigos 15º e 16º.
3. Nos casos em que o processo de candidatura for aprovado em virtude do candidato ou do seu
representante legal prestarem declarações enganosas ou apresentarem informação falsa, o Beneficiário
será alvo das consequências previstas no nº 4 do Artigo 17º.
4. O mesmo se aplica se no prazo de até 3 anos após a conclusão do projecto se constatar que os recursos
disponibilizados foram utilizados para outras finalidades que não as mencionadas no processo de
candidatura.
5. A Entidade Gestora das Bonificações de Juros pode actuar de forma a verificar que os vários requisitos
de acesso ao financiamento no âmbito das Linhas de Crédito Bonificado são cumpridos, e pode exigir
aos Bancos Operadores prova da informação apresentada pelos candidatos, que caso não satisfaça os
requisitos vigentes à data do acordo de financiamento, implica que:
a. O Banco Operador é obrigado a reembolsar o valor das bonificações pagas indevidamente,
com juros calculados à mesma taxa acordada com o Beneficiário;
b. Caduca o compromisso do Estado referente à bonificação de juros do financiamento em causa.

ARTIGO 30º – Serviço de dívida

1. O Banco Operador exige dos Beneficiários o pagamento do reembolso do capital e dos juros devidos,
de acordo com o plano financeiro acordado;
2. As bonificações de juros a pagar aos Bancos Operadores pelo Estado são devidas na data e na
proporção dos pagamentos de juros realmente efectuados pelos Beneficiários.

ARTIGO 31º – Pagamento da bonificação de juros aos Bancos Operadores

1. O Ministério constitui em cada Banco Operador uma conta por si titulada, exclusivamente destinada ao
pagamento das bonificações de juros devidas aos Bancos Operadores.
2. No início de cada trimestre é depositado nesta conta o valor estimado das bonificações previstas para o
trimestre em causa.
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3. O valor do depósito inicial é igual a um quarto do compromisso anual de financiamentos a conceder


assumido pelo Banco Operador multiplicado pela quota-parte da bonificação nos juros totais máximos
permitidos para as Médias Empresas.
4. A operação de crédito ou débito trimestral pelo Ministério na conta por si tutelada é feita de forma a
atingir um saldo correspondente a 150% do valor dos financiamentos realmente concedidos no
trimestre anterior multiplicado pela quota-parte da bonificação nos juros totais máximos permitidos
para as Médias Empresas.
5. Caso o valor dos financiamentos realmente concedidos até ao terceiro trimestre do ano em curso sejam
inferiores a três quartos do compromisso anual assumido pelos Bancos Operadores, o Ministério pode,
no último trimestre, redistribuir o volume previsto das bonificações por outros bancos com um maior
grau de desempenho.
6. À data de vencimento da obrigação de pagamento de juros pelos Beneficiários, segundo o plano
financeiro acordado entre estes e o Banco Operador, o banco deduz da correspondente conta à ordem
titulada pelo Beneficiário o valor total dos juros, incluindo o valor correspondente às bonificações,
creditando logo depois na conta à ordem do Beneficiário este último valor, a partir da conta titulada
pelo Ministério, destinada a cobrir o valor das bonificações.
7. Não é permitido aos Bancos Operadores debitarem da conta titulada pelo Ministério o valor
correspondente às bonificações, sem que tenha havido um pagamento prévio dos juros devidos pelos
Beneficiários, nos termos do número anterior.
8. Os Bancos Operadores apresentam até ao dia 15 de cada mês à Estrutura Técnica de Acompanhamento
e à Entidade Gestora das Bonificações de Juros:
a. A lista dos débitos previstos nas contas tuteladas pelo Ministério com vista ao pagamento das
bonificações no mês seguinte, solicitando por este meio a permissão para efectuar os
movimentos referidos;
i. Caso a supracitada lista careça de actualização, esta última deverá ser apresentada até
ao dia 1 do respectivo mês;
b. Um extracto da conta titulada pelo Ministério, com indicação de todos os movimentos
realizados no mês anterior, para validação.
9. Juntamente com os documentos referidos no número anterior, os Bancos Operadores devem notificar a
Estrutura Técnica de Acompanhamento e a Entidade Gestora das Bonificações de Juros sempre que o
saldo das contas tuteladas pelo Ministério não for suficiente para cumprir as obrigações financeiras
previstas para o período subsequente:
10. O Ministério não se responsabiliza pela eventual falta de fundos nas contas por si tuteladas caso não
tenha sido notificado, nos termos do número anterior, da necessidade de crédito intercalar, isto é, para
além dos movimentos trimestrais referidos no nº 2.
11. A Entidade Gestora das Bonificações de Juros estabelece e aplica mecanismos de auditoria aos
extractos fornecidos, podendo exigir dos Bancos Operadores, a título pontual, os seguintes:
a. Apresentação de comprovativos da concessão dos financiamentos, incluindo cópias dos
contratos celebrados;
b. Comprovativos de desembolso;
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c. Comprovativos do cumprimento do serviço de dívida por parte dos Beneficiários.

ARTIGO 32º – Atraso no cumprimento do serviço de dívida

1. Em caso de mora no cumprimento de compromissos financeiros por parte do Beneficiário:


a. O Banco Operador deve desenvolver as diligências de cobrança extrajudiciais habituais na
prática bancária de forma a recuperar o montante, mantendo a Entidade Gestora das
Bonificações de Juros e a Estrutura Técnica de Acompanhamento devidamente informadas;
b. Estas diligências devem incluir o:
i. Envio de uma primeira notificação ao Beneficiário, com cópia para a Entidade Gestora
das Bonificações de Juros e para a Estrutura Técnica de Acompanhamento, exigindo a
sanação da mora no prazo de 7 dias úteis a contar da recepção pelo Beneficiário da
comunicação; esta notificação deve ser enviada até 5 dias úteis após se terem
completado 10 dias úteis de mora no cumprimento de qualquer obrigação emergente
do contrato de financiamento;
ii. Envio de segunda e última notificação ao Beneficiário, depois de contados 10 dias
úteis a partir da data da primeira notificação, na qual volte a exigir a sanação da mora
no prazo de 5 dias úteis a contar da recepção pelo Beneficiário da comunicação e
indique que, não sucedendo tal, se produzirá no termo desse prazo o vencimento
antecipado de todo o crédito.
2. Uma vez completamente regularizado o serviço de dívida o Banco Operador deve notificar a Entidade
Gestora das Bonificações de Juros e a Estrutura Técnica de Acompanhamento no prazo de até 15 dias.

ARTIGO 33º – Renegociação e refinanciamento do crédito em atraso

1. Imediatamente após a constatação de atraso no cumprimento dos prazos estabelecidos para os


compromissos financeiros, o Banco Operador deve tentar identificar, em contacto directo com o
Beneficiário em incumprimento, todas as possibilidades existentes de recuperação do montante em
falta.
2. A renegociação ou o refinanciamento do crédito em atraso pode beneficiar das bonificações concedidas
pelo Estado, nos termos previstos pelo presente regulamento, se as novas condições acordadas
satisfizerem os requisitos que se aplicam, à data, a qualquer outro financiamento que seja concedido
por via das Linhas de Crédito Bonificado.
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CAPÍTULO VI – Prestação de Contas

ARTIGO 34º – Relatórios dos Bancos Operadores

Os Bancos Operadores apresentam mensalmente à Estrutura Técnica de Acompanhamento relatórios de


avaliação das Linhas de Crédito Bonificado sob a sua responsabilidade, acompanhados dos seguintes
documentos:
1. Dados detalhados dos financiamentos com taxas de juro bonificadas já concedidos que deve incluir,
entre outros, os seguintes:
a. A identificação do Beneficiário;
b. Referência da certificação enquanto MPME ou MPMES;
c. O ramo de actividade do projecto financiado;
d. A finalidade do capital concedido;
e. Os termos principais do contrato celebrado entre o Banco Operador e o Beneficiário;
2. Dados dos desembolsos efectuados, por contrato;
3. Dados dos reembolsos e do pagamento de juros realizados pelos Beneficiários, com indicação do
respectivo contrato de financiamento;
4. Dados do serviço de dívida em atraso, com indicação do respectivo contrato de financiamento;
5. Dados das notificações de atraso no serviço de dívida enviadas aos Beneficiários;
6. Dados dos contratos renegociados e/ ou refinanciados na sequência de atrasos no cumprimento dos
compromissos financeiros;
7. Dados dos créditos definitivamente considerados incobráveis, com indicação do respectivo contrato de
concessão de financiamento.

ARTIGO 35º – Relatórios da Entidade Gestora das Bonificações de Juros

A entidade gestora das bonificações de juros apresenta mensalmente à Estrutura Técnica de


Acompanhamento relatórios de avaliação das Linhas de Crédito Bonificado.

ARTIGO 36º – Modelos de relatórios

A Estrutura Técnica de Acompanhamento define os modelos de relatórios para preenchimento homogéneo


e de utilização obrigatória pelos Bancos Operadores e pela Entidade Gestora das Bonificações de Juros.

ARTIGO 37º – Sistema informático de monitorização das Linhas de Crédito Bonificado

1. A Estrutura Técnica de Acompanhamento é responsável pela gestão do sistema informático de


monitorização das Linhas de Crédito Bonificado, a desenvolver em ligação com todos os
intervenientes e, em especial, com a Entidade Gestora das Bonificações de Juros, os Bancos
Operadores e o INAPEM.
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2. Por decisão do Ministro, o desenvolvimento e a manutenção técnica do sistema informático podem ser
atribuídos a uma empresa de prestação dos respectivos serviços.
3. O sistema informático de monitorização das Linhas de Crédito Bonificado deve assentar no registo de
dados, preferencialmente fornecidos electronicamente a partir dos sistemas em uso na Entidade
Gestora das Bonificações de Juros, nos Bancos Operadores e no INAPEM, permitindo o cruzamento
de dados de forma eficiente, a identificação de irregularidades e inconsistências, bem como a
elaboração de relatórios condensados a apresentar à Estrutura Técnica de Acompanhamento.

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