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PROGRAMA:
1. Ecossistema Fintech
2. Open Banking
3. Crédito – SEP/SCD/ESC
4. Equity Crowdfunding
5. Meios de Pagamento
- Desenvolvimento Tecnológico
- Algoritmos
- Cloud Computing
- Blockchain
- 5G
Surgimento das Fintechs
Dispõe sobre o escopo de dados e serviços do Sistema Financeiro Aberto (Open Banking)
OPEN BANKING
O Open Banking parte do princípio de que os dados bancários pertencem aos clientes e não às instituições
financeiras.
A partir da autorização de cada correntista, as instituições financeiras passam a compartilhar dados, produtos
e serviços com outras instituições, por meio de abertura e integração de plataformas e infraestruturas de
sistemas de informação, de forma segura, ágil e conveniente.
Será possível, por exemplo, que um cliente acesse e movimente suas contas bancárias a partir de diferentes
plataformas e não apenas pelo aplicativo ou site do banco.
OPEN BANKING
A iniciativa tem como objetivo aumentar a eficiência no mercado de crédito e de pagamentos no Brasil,
mediante a promoção de ambiente de negócio mais inclusivo e competitivo, preservando a segurança do
sistema financeiro e a proteção dos consumidores.
O tema tem-se destacado mundialmente no contexto das inovações introduzidas no mercado financeiro.
Reguladores de algumas jurisdições identificaram a necessidade de intervenção regulatória para disciplinar o
assunto, de forma a assegurar o alcance de seus objetivos específicos.
O Open Banking, na ótica do Banco Central do Brasil, é considerado o compartilhamento de dados, produtos
e serviços pelas instituições financeiras e demais instituições autorizadas, a critério de seus clientes, em se
tratando de dados a eles relacionados, por meio de abertura e integração de plataformas e infraestruturas de
sistemas de informação, de forma segura, ágil e conveniente.
OPEN BANKING
O escopo do modelo a ser adotado no Brasil deverá abranger as instituições financeiras, as instituições de
pagamento e as demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, contemplando, no
mínimo, os seguintes dados, produtos e serviços:
I - dados relativos aos produtos e serviços oferecidos pelas instituições participantes (localização de pontos
de atendimento, características de produtos, termos e condições contratuais e custos financeiros, entre
outros);
II - dados cadastrais dos clientes (nome, filiação, endereço, entre outros);
III - dados transacionais dos clientes (dados relativos a contas de depósito, a operações de crédito, a demais
produtos e serviços contratados pelos clientes, entre outros); e
IV - serviços de pagamento (inicialização de pagamento, transferências de fundos, pagamentos de produtos e
serviços, entre outros).
OPEN BANKING
- Consentimento: manifestação livre, informada, prévia e inequívoca de vontade, feita por meio
eletrônico, pela qual o cliente concorda com o compartilhamento de dados ou de serviços para
finalidades determinadas.
OPEN BANKING
I - incentivar a inovação;
II - promover a concorrência;
Cadastro Positivo – Credit Score individualizado com base em todos os dados do usuário,
independentemente da origem.
Fintechs de Crédito
Art. 192 da CRFB. O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento
equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem,
abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares que disporão,
inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram.
Art. 52 do ADCT. Até que sejam fixadas as condições a que se refere o art. 192, III, são vedados:
Parágrafo único. A vedação a que se refere este artigo não se aplica às autorizações resultantes de
acordos internacionais, de reciprocidade, ou de interesse do Governo brasileiro.
Decreto n. 9.544/2018:
Art. 1º. É de interesse do Governo brasileiro a participação estrangeira de até cem por cento no capital social de
Sociedades de Crédito Direto e de Sociedades de Empréstimo entre Pessoas autorizadas a funcionar pelo Banco
Central do Brasil.
Decreto n. 10.029/2019:
Art. 1º. O Banco Central do Brasil fica autorizado a reconhecer como de interesse do Governo brasileiro:
II - o aumento do percentual de participação, no capital de instituições financeiras com sede no País, de pessoas físicas ou
jurídicas residentes ou domiciliadas no exterior.
§ 1º O reconhecimento de interesse de que trata o caput dependerá do atendimento aos requisitos estabelecidos em
regulamentação editada pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Banco Central do Brasil.
Plataforma eletrônica: sistema eletrônico que conecta credores e devedores por meio de sítio na internet ou
de aplicativo.
Fintechs de Crédito
Art. 25. A SCD e a SEP devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima.
Art. 26. A SCD e a SEP devem observar permanentemente o limite mínimo de R$1.000.000,00 (um milhão de
reais) em relação ao capital social integralizado e ao patrimônio líquido.
Art. 27. Fundos de investimento podem participar do grupo de controle da SCD e da SEP.
Art. 28. O funcionamento da SCD e da SEP depende de prévia autorização do Banco Central do Brasil,
conforme disposto nesta Resolução e nas demais disposições regulamentares vigentes.
Fintechs de Crédito
Art. 3º. A SCD é instituição financeira que tem por objeto a realização de operações de empréstimo, de
financiamento e de aquisição de direitos creditórios exclusivamente por meio de plataforma eletrônica, com
utilização de recursos financeiros que tenham como única origem capital próprio.
§ 1º. Além de realizar as operações mencionadas no caput, a SCD pode prestar apenas os seguintes serviços:
I - análise de crédito para terceiros;
II - cobrança de crédito de terceiros;
III - atuação como representante de seguros na distribuição de seguro relacionado com as operações
mencionadas no caput por meio de plataforma eletrônica, nos termos da regulamentação do Conselho
Nacional de Seguros Privados (CNSP); e
IV - emissão de moeda eletrônica, nos termos da regulamentação em vigor.
Fintechs de Crédito
Art. 4º. A SCD deve selecionar potenciais clientes com base em critérios consistentes, verificáveis e
transparentes, contemplando aspectos relevantes para avaliação do risco de crédito, como situação
econômico-financeira, grau de endividamento, capacidade de geração de resultados ou de fluxos de caixa,
pontualidade e atrasos nos pagamentos, setor de atividade econômica e limite de crédito.
Art. 6º. A SCD pode realizar a venda ou a cessão dos créditos relativos às operações de que trata o art. 3º
apenas para:
I - instituições financeiras;
II - fundos de investimento em direitos creditórios cujas cotas sejam destinadas exclusivamente a investidores
qualificados, conforme definição da regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários; ou
III - companhias securitizadoras que distribuam os ativos securitizados exclusivamente a investidores
qualificados, conforme definição da regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários.
Fintechs de Crédito
Art. 7º. A SEP é instituição financeira que tem por objeto a realização de operações de empréstimo e de
financiamento entre pessoas exclusivamente por meio de plataforma eletrônica.
§ 1º Além de realizar as operações mencionadas no caput, a SEP pode prestar apenas os seguintes serviços:
I - análise de crédito para clientes e terceiros;
II - cobrança de crédito de clientes e terceiros;
III - atuação como representante de seguros na distribuição de seguro relacionado com as operações
mencionadas no caput, nos termos da regulamentação do CNSP; e
IV - emissão de moeda eletrônica, nos termos da regulamentação em vigor.
Fintechs de Crédito
Art. 8º. As operações de empréstimo e de financiamento entre pessoas por meio de plataforma eletrônica
são operações de intermediação financeira em que recursos financeiros coletados dos credores são
direcionados aos devedores, após negociação em plataforma eletrônica, nos termos desta Resolução.
Art. 8º, §2º. Os devedores de que trata o caput podem ser pessoas naturais ou jurídicas, residentes e
domiciliadas no Brasil.
Art. 16. O credor da operação de empréstimo e de financiamento de que trata o art. 8º não pode contratar
com um mesmo devedor, na mesma SEP, operações cujo valor nominal ultrapasse o limite máximo de
R$15.000,00 (quinze mil reais).
§ 1º Além do limite de que trata o caput, a SEP pode estabelecer outros limites para os credores e para os
devedores, referentes às operações de empréstimo e de financiamento.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos credores que sejam investidores qualificados, conforme
definição da regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários.
Equity Crowdfunding
- Oferta pública
- realizada com dispensa de registro por meio de plataforma eletrônica de investimento participativo
- tem por fim assegurar a proteção dos investidores e possibilitar a captação pública por parte destas
sociedades
Equity Crowdfunding
Conceitos:
Crowdfunding de investimento: captação de recursos por meio de oferta pública de distribuição de valores mobiliários dispensada de
registro, realizada por emissores considerados sociedades empresárias de pequeno porte e distribuída exclusivamente por meio de
plataforma eletrônica de investimento participativo, sendo os destinatários da oferta uma pluralidade de investidores que fornecem
financiamento.
Plataforma eletrônica de investimento participativo: pessoa jurídica regularmente constituída no Brasil e registrada na CVM com
autorização para exercer profissionalmente a atividade de distribuição de ofertas públicas de valores mobiliários de emissão de sociedades
empresárias de pequeno porte, realizadas com dispensa de registro, exclusivamente por meio de página na rede mundial de computadores,
programa, aplicativo ou meio eletrônico que forneça um ambiente virtual de encontro entre investidores e emissores.
Sociedade empresária de pequeno porte: sociedade empresária constituída no Brasil e registrada no registro público competente, com
receita bruta anual de até R$10.000.000,00 (dez milhões de reais) apurada no exercício social encerrado no ano anterior à oferta e que não
seja registrada como emissor de valores mobiliários na CVM.
Equity Crowdfunding
Conceitos:
Não se considera como oferta pública de valores mobiliários o financiamento captado por meio de
páginas na rede mundial de computadores, programa, aplicativo ou meio eletrônico, quando se
tratar de doação, ou quando o retorno do capital recebido se der por meio de:
I – brindes e recompensas; ou
II – bens e serviços.
Equity Crowdfunding
- Existência de valor alvo máximo de captação não superior a R$5.000.000,00 (cinco milhões de reais), e de prazo de captação
não superior a 180 (cento e oitenta) dias, que devem ser definidos antes do início da oferta.
- Garantir ao investidor um período de desistência de, no mínimo, 7 (sete) dias contados a partir da confirmação do investimento,
sendo a desistência por parte do investidor isenta de multas ou penalidades quando solicitada antes do encerramento deste
período.
- Os recursos captados pela sociedade empresária de pequeno porte não podem ser utilizados para:
Período de quarentena:
Não é admitida a realização de nova oferta com dispensa de registro pela mesma sociedade empresária de pequeno porte, por
meio da mesma ou de outra plataforma, dentro do prazo de 120 (cento e vinte) dias contados da data de encerramento da oferta
anterior que tenha logrado êxito.
Limites ao investidor:
O montante total aplicado por investidor em valores mobiliários ofertados com dispensa de registro fica limitado
a R$10.000,00 (dez mil reais) por ano-calendário, exceto no caso de investidor:
I – líder.
II – qualificado, nos termos de regulamentação específica que dispõe sobre o dever de verificação da adequação
dos produtos, serviços e operações ao perfil do cliente.
Obs: Ver ICVM 539/2013 - Investidores profissionais, ou, pessoas naturais ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor superior a R$
1.000.000,00 (um milhão de reais) e que, adicionalmente, atestem por escrito sua condição de investidor qualificado mediante termo próprio
III – cuja renda bruta anual ou o montante de investimentos financeiros seja superior a R$100.000,00 (cem mil
reais), hipótese na qual o limite anual de investimento mencionado no caput pode ser ampliado para até 10%
(dez por cento) do maior destes dois valores por ano-calendário.
Equity Crowdfunding
Portador: Recebe crédito do Banco, utiliza o cartão de crédito para efetuar a compra de
algum produto e/ou serviço.
Estabelecimento Comercial (EC): Pessoa física e/ou jurídica que vende algum produto
e/ou serviço.
Banco Emissor: Quem habilita o cartão, identifica e autoriza o usuário, estabelece limite
de crédito, cobra fatura e define programas de benefícios.
Bandeira: Responsável por toda comunicação entre adquirente e banco emissor. Define
as regras do arranjo e as especificações técnicas para as transações acontecerem.
Tarifa de Desconto – Merchant Discount Rate (MDR)
O lojista paga uma tarifa, conhecida como MDR, para aceitar cada transação realizada com cartões.
O MDR é composto pela remuneração da Credenciadora, da Bandeira e do Emissor, sendo a maior parcela devida ao
Emissor (risco)
NET MDR: saldo residual do MDR pago pelo Lojista ao Credenciador, após o desconto das
demais tarifas. É a única parcela do MDR aberta à negociação entre a Credenciadora e o
Lojista.
TARIFA DE INTERCÂMBIO (IC): definida pela Bandeira e devida pela Credenciadora ao Emissor,
remunerando-o pela utilização do cartão.
TARIFA DE ACESSO (fee de bandeira): definida pela Bandeira e devida pela Credenciadora
como remuneração pelo uso da plataforma.
Realiza a entrega do produto ou serviço para o consumidor
Informa a aprovação
Aprova ou reprova a ou reprovação da
transação transação
Até 2010, o mercado de adquirência brasileiro era caracterizado por um duopólio virtualmente verticalizado.
Cada uma das duas maiores bandeiras (Visa e Mastercard), que detinham, juntas, mais de 90% do mercado de cartões
de débito e 80% de cartões de crédito.
Cada bandeira tinha um contrato de exclusividade com uma adquirente (Visanet e Redecard, respectivamente).
Ausência de interoperabilidade.
NOVO MARCO LEGAL:
Competência do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central para regular o setor.
Legislação principal:
A lei 12.865/13 estabelece os princípios e normas gerais sobre os chamados "arranjos de pagamento" e
"instituições de pagamento”.
CMN e BACEN passam a ter competência e poder regulamentar sobre tais entes.
O DUPLO MONOPÓLIO
EMISSOR E
BANCO ADQUIRENTES BANDEIRAS
DOMICÍLIO
FONTE: BOANERGES & CIA – INDO ALÉM DE PAYMENTS: UMA VISÃO DO FUTURO DOS PAGAMENTOS E DOS SERVIÇOS FINANCEIROS
INTEGRADOS PARA CONSUMIDORES E VAREJISTAS (15 DE ABRIL DE 2019)
O DUPLO MONOPÓLIO
Cada uma das duas maiores bandeiras (Visa e Mastercard), que detinham, juntas, mais de
90% do mercado de cartões de débito e 80% de cartões de crédito.
(1) exclusividade contratual entre bandeiras e adquirentes nos modelos de quatro partes.
Enquanto não vierem a preencher os demais critérios previstos na regulamentação em vigor para serem
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, aplicam-se às instituições de pagamento que
integrarem o SPB exclusivamente em virtude de sua adesão ao PIX, regulação mínima, abrangendo normas
atinentes a:
- estrutura de gerenciamento de riscos operacional e de liquidez,
- política de segurança cibernética, contratação de serviços de processamento e armazenamento de dados
e de computação em nuvem,
- prevenção para a prática dos crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores, e de
financiamento do terrorismo,
- supervisão proporcional baseada no risco.
Do ponto de vista dos usuários pagadores, o objetivo é construir soluções
que permitam que a realização de um pagamento instantâneo seja tão
fácil, simples e rápida quanto realizar um pagamento com dinheiro em
espécie. Para tanto, os pagadores poderão iniciar pagamentos por pelo
menos três formas diferentes: