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Relatório do II Seminário de Alto Nível sobre as


Centrais Privadas de Informação de Crédito

DCP
Enquadramento
Sabendo que as Centrais Privadas de informação de crédito desempenham um papel
crucial para a cedência de créditos, inclusão financeira e da melhoria do ambiente de
negócios no país;
Realizou-se nos dias 22 e 23 de Novembro de 2022 o II Seminário de Alto Nível sobre
as Centrais Privadas de Informação de Crédito, organizado pela Agência de Protecção
de Dados (APD) com o apoio da International Finance Corporation (Corporation
(IFC) no Auditório das Instalações do Instituto Angolano das Comunicações
(INACOM).
A abertura do Seminário foi proferida pelo Ministro das telecomunicações e informação
Eng.º MárioEng.º Mário Oliveira, que teceu algumas considerações sobre a importância
do evento.
Na Sequência a Directora do "Bureau” da Central Privada de Informações de Crédito,
Sra. Julay Morais, esclareceu que é a primeira Instituição Central de Informação de
Crédito a receber uma licença da Agência de Protecção de Dados.
Por fim, foi dada a palavra ao Sr. Óscar Madeddu, consultor de relatório e analista de
risco da Corporação Financeira Internacional (IFC), que referiu que os dados do Banco
Mundial em África indicam que as economias africanas concedem poucos créditos, e a
que mais concede, está cifrada em apenas 12%.

Assim sendo, para o dia 22 e 23 de Novembro, Seminário obedeceu uma agenda,


presidida por um moderador, constituído pelos seguintes membros:
1. Moderador, : Sr. Pedro Sumbo- Director do GCI/ (APD);
2. Orador, : Sr. Oscar Madeddu – Consultor da ( IFC);
3. Orador, : Sr. Cristiano Monnerat (Bureau.ao);
4. Orado, : Sr. N`junjulo J. António (APD);
5. Orador, : Sr. Ricardo Costa (BNA).

1.

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Desenvolvimento
Para o dia 22 de Novembro o Seminário em causa teve os seguintes temas:

1. CRÉDIT REPORTING: A EXPERIENCIA INTERNACIONAL

Que sendo pelo Dr. Óscar Madeddu, nos foi apresentado conceitos essenciais sobre
Crédit Reporting…………..
2. APRESENTAÇÃO DO REGULAMENTO Nº 275/20 DE 21 DE
OUTUBRO;
Presidida pelo Orador Sr. N´junjulo J. António, o mesmo foi perenptório em informar
que o referido Diploma tem um papel importante na promoção da eficiência e
estabilidade do mercado de crédito angolano, visto que, o mesmo estabelece os termos
e condições de autorização, organização e funcionamento das Centrais Privadas de
Informação de Crédito (CPIC).
Ainda na mesma senda, o orador dez menção que à luz do mesmo Diploma existem
alguns requisitos a serem cumpridos pelas Centrais de Informação de Crédito para que,
a mesma esteja habilitada a exercer a actividade, assim como a existência de um
processo de autorização da CPIC.
Por fim, tomamos conhecimento única empresa certificada para exercer a função de
informação de crédito é a de que, actualmente a exercer a actividade de informação de
crédito em Angola é a Bureau, S.A,.

3. CENTRAL DE INFORMAÇÃO DE RISCO DE CRÉDITO (CIRC) DO


BNA
O representante do BNA, Sr. Ricardo Costa, informou sobre a operacionalização das
centrais de informação , onde frisou que a CIRC (Central de Informação Risco de
Crédito), que funciona a mais de 10 anos é uma central pública. Todavia, as
informações a serem reportada devem ser fiáveis e a mesma aplicação reporta (Pessoas
singulares e colectivas, residentes e não residentes e Créditos), com o único objectivo de
centralizar a informação referente as operações de credito e que qualquer cidadão pode
aceder, desde que esteja cadastrado.

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Por fim, para efeitos de protecção de dados de acordo a legislação vigente, o Orador
informou que todas a informações constantes na central de informação de crédito, estão
protegidas por lei limitando-se apenas a recolher e credibilizar informações dos dados
dos clientes beneficiários de crédito, sendo que, o BNA (CIRC), tem acesso a
informação de dados que caracterizam a situação creditícia dos clientes, tal como o
histórico das prestações (vencidas e vincendas) e o tempo de vigência de crédito.

4. AVANÇOS E DESAFIOS DA IMPLEMENTAÇÃO DO BUREAO, SA,


EM ANGOLA
Tendo como Orador o Sr. Cristiano Monnerat, apuramos que a Bureao, SA, é a primeira
Central de Informação de Crédito a receber uma licença da Agência de Protecção de
Dados (APD) para gerir um extenso com todas as empresas consumíveis (Banco,
Imobiliárias, Telecomunicações, Seguro, Energia ext). o objectivo será incluir todo o
histórico de pagamentos relevantes dos consumidores angolanos, com o objectivo
principal de analisar os hábitos de consumo e consequentemente melhorar as decisões
na concessão de crédito. O mesmo reforçou que a entidade em referência avalia com
elevado grau de precisão a probabilidade de inadimplência dos consumidores em
diferentes contextos de negócio, permitindo às empresas optimizar as suas estratégias de
precificação, segmentações de risco e controlo da relação entre risco e retorno.

No segundo dia do Seminário dia 23 de Novembro, foram feitas as seguintes


abordagem.

RECOMENDAÇÕES PARA A CRIAÇÃO DO GRUPO DE TRABALHO,


SOBRE O CRÉDIT REPORTING (GTCR)
O Orador Sr. Oscar Madeddu, orientou para a criação do grupo de trabalho, constituído
por 4 membros Instituições, indivíduos Envolvidos e Risk Management, como sendo
fontes principais de informações: Gestão de Riscos, Crédito e informática cujo
objectivo primordial deverá assentar nos seguintes pilares:
 Aumentar o acesso ao crédito;
 Controlar o risco de crédito, diminuindo a inadimplência.
.
De igual modo, apuramos que o grupo de trabalho deve possuir variáveis para a sua
actuaçao destacando-se os seguintes: Sectores, Serviços; Qualidade de Dados e

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Modulos e Tecnologias. Por fim em jeito de recomendação, orientou os desafios que as
entidades devem ter em conta:
 Sectores;
 Serviços;
 Qualidade de dados;
 Módulos e tecnologias.
Por fim e em jeito de recomendação, ou seja, de desafios a ter em conta no grupo de
trabalho:
 Falta de histórico;
 Baixa qualidade de informação;
 Dados fragmentados;
 Quadro jurídico não respeitado;
 Direito do consumidor;
 Consentimento como novo alibi; e
 Papel ca Central de Riscos.

1. ACTUAÇÃO DA APDLIZAÇÃO DO PROJECTO CPIC EM


ANGOLA.
Sobre este ponto foi dito que é da competência da APD conceder licença às Centrais
privadas a operar em Angola, de acordo ao previsto nos termos do artigo 6.º do
Regulamento nº 275/20.
Em janeiro de 2022 a APD autorizou a Bureau a exercer a sua actividade em Angola e,
portanto, continuam abertos em receber mais propostas.
O mesmo Regulamento traz consigo quais devem ser os deveres do Provedor de dados
assim como vem acautelar o consentimento do cliente em dispor a sua informação junto
da Central Privada de Informação de Crédito.
2. FUNÇÕES DA BUREAU, SA,
1. Sobre este ponto nos foi dito que:
1. A Bureau interage com os seguintes elementos:
 Provedor de dados;

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 Assinantes – Instituições
 Clientes – consumidor
 Vem reduzir a insolvência nas Instituições por conta do crédito mal parado.
 Tem como produtos:
 Relatório de comportamento de crédito;
 Score de crédito;
 Monitorização de carteira
2. Traz consigo relatório comportamental do cliente que consiste em apresentar os
seguintes elementos:
 Dados de cadastro;
 Nível de endividamento;
 Histórico de pagamentos;
 Garantias vinculadas;
 Partes relacionadas;
 Disputas.
3. Traz consigo produtos a serem implementados que são:
 Scores de recuperação de crédito;
 Benchmarking;
 Plataforma de decisão;
 Scores customizados para carteiras e necessidades especificas dos
clientes.

CONCLUSÕES
Do Seminário em causa conseguimos tirar as seguintes ilações:

1. A Central Privada de Informação de Crédito (CPIC) em Angola, em


complementaridade a actuação da Central de Informação de Riscos de Crédito
(CIRC) do Banco Nacional de Angola, constituem um elemento primordial, para
a melhoria do ambiente de negócios e a inclusão financeira.
2. A Bureau, Sa, é a primeira central de informação de crédito privada licenciada
para operar em Angola, podendo surgir outras.
3. A Bureau, Sa, não está vocacionada para conceder Créditos à economia, mas,
funciona como um banco de dados, dando informações às instituições
financeiras que desejam conceder crédito a uma determinada entidade.

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4. Não obstante a existência do Regulamento que vem regular a actividade das
Centrais Privadas de Informação de Crédito, é importante frisarmos que o
mesmo ainda carece de algumas melhorias.
5. Nesta conformidade, sendo o BPC um banco sistémico, e com um rácio de
incumprimento considerável, a adesão a CPIC será uma mais valia na concessão
de novos créditos com menor risco e um impulsionar na alavancagem ao sector
real da economia;

Somos a recomendar que o BPC faça parte do grupo da CPIC, de formas a tornar sua
carteira de Crédito mais sadia, devendo para tal criar uma task force composta pelas
seguintes direcções: DCC, , DJC, DGR, DSI, DTI e DCP.

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