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Atualidades

Resumo dos tópicos principais:


1. Bancos na Era Digital
Bancos que operam principalmente ou exclusivamente online.
Vantagens: custos mais baixos, maior agilidade, conveniência e menos burocracia.
Exemplos: C6 Bank, Banco Inter.
1.1. Bancos digitalizados, Internet e Mobile banking
Bancos tradicionais adotando tecnologias digitais.
Serviços de internet e mobile banking.
Desafios de segurança.
1.2. Open Finance
Compartilhamento padronizado de dados, produtos e serviços financeiros.
Objetivos: inovação, concorrência, inclusão financeira.
Princípios: transparência, segurança, qualidade dos dados.
Fases de implementação.
1.3. Fintechs de Crédito
SEP: plataformas de empréstimo peer-to-peer.
SCD: instituições que oferecem empréstimos com capital próprio.
1.4. Bigtechs
Grandes empresas de tecnologia que oferecem serviços financeiros.
Preocupações regulatórias.
1.5. Startups e novos modelos de negócios
Startups: empresas jovens com modelos de negócios escaláveis.
Modelos de negócios: B2C, B2B, B2B2C.
2. Funções da Moeda e Dinheiro na Era Digital
Funções da moeda: meio de troca, unidade de conta, reserva de valor.
Tipos de moeda: mercadoria, padrão-ouro, fiduciária, escritural, digital.
2.1. Criptomoedas e Blockchain
Criptomoedas: moedas digitais que usam criptografia.
Blockchain: tecnologia de registro distribuído.
Bitcoin: a primeira criptomoeda.
3. Sistema de Pagamentos Brasileiro
Conjunto de entidades e sistemas que transferem fundos.
Componentes principais: Banco Central, IMFs, instituições de pagamento, arranjos de
pagamento.
Tipos de liquidação: LBTR, LDL, híbrido.
4. Arranjos de Pagamento
Regras e procedimentos que disciplinam serviços de pagamento.
Exemplos: cartões de crédito/débito, TED, Pix, cheques, boletos.
4.1. Instituição de Pagamento (IP)
Pessoa jurídica que oferece serviços de pagamento.
Tipos de IPs: emissor de moeda eletrônica, emissor de instrumento pós-pago,
credenciador.
4.2. Regulação e Supervisão
Banco Central regula e supervisiona arranjos de pagamento e IPs.
4.3. Marketplace
Plataforma que conecta compradores e vendedores de produtos e serviços financeiros.
Marketplaces como facilitadores de pagamento.
5. PIX e Sistema de Pagamentos Instantâneos
Pix: meio de pagamento instantâneo.
SPI: sistema de liquidação do Pix.
Características: instantâneo, 24/7, baixo custo, versátil.
6. Atualidades, Tendências e Desafios
Crescimento de transações digitais.
Segurança e privacidade.
Eficiência dos meios de pagamento (CBDCs).
7. Sistema de bancos-sombra (Shadow Banking)
Intermediação de crédito fora do sistema bancário tradicional.
Preocupações com risco sistêmico.
8. Correspondentes Bancários
Entidades que prestam serviços bancários em nome de instituições financeiras.
Atividades: recebimento de pagamentos, propostas de crédito, etc.
9. Segmentações e Interações Digitais
Segmentação: divisão de clientes em grupos.
Interações digitais: permitem serviços personalizados.
9.1. Segmentações do Banco Central para fins de regulação
Segmentos S1-S5: instituições categorizadas por tamanho e importância sistêmica.

AUTORIZAÇÃO PARA BANCOS FUNCIONAREM


No Brasil, por força legal (Lei 4.595/1964), os bancos precisam de autorização do
Banco Central do Brasil para funcionar, além de submeterem-se à supervisão da
autarquia.
Até a utilização da palavra “Banco” no nome fantasia da empresa é controlado; o
termo não pode ser usado, inclusive, por outros tipos de instituições financeiras,
como corretoras e financeiras, que não possuam autorização para atuar como
banco

Open Finance

Participação obrigatória:

Para compartilhamento de dados: as instituições enquadradas nos Segmentos 1 (S1) e


2 (S2), de que trata a Resolução nº 4.553, de 2017.

Para compartilhamento do serviço de iniciação de pagamento:

as instituições que mantêm contas de depósitos à vista e de poupança (conta


corrente ou conta poupança) ou de pagamento pré-paga, de livre movimentação pelos
consumidores; e
as instituições iniciadoras de transação de pagamento.
Para compartilhamento de encaminhamento de proposta de crédito: as instituições
financeiras que possuam contrato com correspondente para receber e encaminhar
propostas de operações de crédito por meio de plataforma eletrônica.

Fases de Implementação
A implementação do Open Finance no Brasil ocorreu gradualmente, em quatro fases
iniciais.
Fase 1: Dados da Instituição Participante
• Canais de Atendimento
• Produtos e serviços
Fase 2: Dados do Cliente
• Cadastrais
• Transacionais dos produtos e serviços da fase 1
Fase 3: Serviços
• Iniciação de transação de pagamento
• Encaminhamento de proposta de operação de crédito
Fase 4: Outros dados
• Outros produtos e serviços
• Transacionais de produtos e serviços da fase 4

Não foi totalmente concluido

Resumo da seção 1.3 Fintechs de Crédito e principais conceitos:


Fintechs de Crédito são empresas que utilizam tecnologia para oferecer serviços
financeiros, especialmente relacionados a crédito, de forma inovadora e eficiente.
A regulamentação brasileira criou dois tipos de instituições financeiras que se
enquadram nesse modelo:
Principais conceitos:
Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP): Plataformas de empréstimo peer-to-peer
(P2P) que conectam diretamente pessoas que buscam empréstimos (tomadores) com
investidores que desejam financiar esses empréstimos (credores). As SEPs atuam como
intermediárias, facilitando o processo de empréstimo e reduzindo os custos para
ambas as partes.
Sociedade de Crédito Direto (SCD): Instituições financeiras que concedem
empréstimos, financiamentos e adquirem direitos creditórios utilizando
exclusivamente recursos próprios (capital próprio). As SCDs operam por meio de
plataformas eletrônicas, o que lhes permite oferecer taxas mais competitivas e
processos mais ágeis.
Características importantes:
Operação Exclusivamente Digital: Tanto as SEPs quanto as SCDs só podem operar por
meio de plataformas eletrônicas (aplicativos ou sites), sem atendimento presencial.
Foco em Crédito: Ambas as modalidades se concentram em oferecer soluções de
crédito, em contraste com bancos tradicionais que oferecem uma gama mais ampla de
serviços financeiros.
Regulação e Supervisão: As SEPs e SCDs são regulamentadas e supervisionadas pelo
Banco Central do Brasil, o que garante a segurança e a solidez do sistema
financeiro.

Correspondentes Bancários: Função Principal, Natureza Jurídica, Órgão Regulador e


Conceito Chave
Função Principal:
A principal função dos correspondentes bancários é ampliar o acesso da população a
serviços financeiros, especialmente em áreas não atendidas por bancos tradicionais.
Eles atuam como intermediários entre as instituições financeiras e os clientes,
oferecendo serviços como:
Recebimento de pagamentos
Saques
Depósitos
Transferências
Abertura de contas
Propostas de crédito
Operações de câmbio
Natureza Jurídica:
Os correspondentes bancários não são instituições financeiras. Eles são empresas
públicas ou privadas, empresários individuais ou cartórios que são contratados por
instituições financeiras para oferecer serviços em seu nome.
Órgão que Regula a Instituição:
Os correspondentes bancários são regulamentados e supervisionados pelo Banco
Central do Brasil (BCB). O BCB define as regras para a contratação de
correspondentes, as atividades que eles podem realizar e as medidas de segurança
que devem ser tomadas.
Conceito Chave:
O conceito chave dos correspondentes bancários é a inclusão financeira. Eles
desempenham um papel importante em levar serviços financeiros para populações que,
de outra forma, não teriam acesso a eles.
Em resumo:
Os correspondentes bancários são entidades não financeiras que são contratadas por
instituições financeiras para oferecer serviços financeiros à população. Eles são
regulamentados pelo Banco Central do Brasil e desempenham um papel importante na
inclusão financeira.

Shadow Banking: Atividades, Entidades, Estimativas e Análise no Brasil


7. Sistema de Bancos-Sombra (Shadow Banking)
O shadow banking refere-se a um sistema de intermediação de crédito que envolve
atividades e entidades fora do sistema bancário tradicional. Essas atividades podem
ser complementares ou concorrentes às realizadas pelos bancos tradicionais, mas
geralmente são menos regulamentadas e supervisionadas.
7.1. Atividades de Shadow Banking
As atividades de shadow banking geralmente envolvem:
Transformação de Maturidade/Liquidez: Pegar empréstimos de longo prazo e
transformá-los em investimentos de curto prazo, ou vice-versa. Isso pode criar
descasamentos de liquidez, onde as entidades de shadow banking podem ter
dificuldade em atender às suas obrigações de curto prazo se os investidores
quiserem sacar seus fundos.
Transferência Imperfeita de Risco de Crédito: O risco de crédito é transferido para
investidores que podem não ter todas as informações necessárias para avaliar o
risco. Isso pode levar a perdas para os investidores se os empréstimos não forem
pagos.
Alavancagem: As entidades de shadow banking geralmente usam alavancagem para
aumentar seus retornos. No entanto, isso também amplifica os riscos, pois as perdas
podem ser maiores do que o capital investido.
7.2. Entidades e Estimativas do Shadow Banking
As entidades que participam do shadow banking incluem:
Fundos de Investimento: Fundos que investem em vários ativos, incluindo títulos,
ações e derivativos.
Veículos Estruturados/Estruturas de Securitização: Entidades que agrupam ativos
financeiros e os vendem como títulos.
Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), Certificados de Recebíveis
Imobiliários (CRI) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA): Fundos que
investem em direitos creditórios.
Fundos de Investimento Imobiliário (FII): Fundos que investem em imóveis.
Intermediários de Mercado: Corretoras de câmbio, corretoras e distribuidoras de
títulos e valores mobiliários.
Companhias Financeiras: Sociedades de arrendamento mercantil, sociedades de crédito
imobiliário repassadoras e sociedades de crédito ao microempreendedor.
O tamanho do mercado global de shadow banking é estimado em trilhões de dólares. No
Brasil, a estimativa ampla dos ativos de shadow banking era de R$ 2,6 trilhões (US$
1,1 trilhão) no final de 2013.
7.3. Análise do Shadow Banking no Brasil
No Brasil, o shadow banking é relativamente menos arriscado do que em outros países
devido a:
Investimentos em Títulos Públicos: Os fundos de investimento brasileiros investem
principalmente em títulos públicos federais, que são considerados de baixo risco.
Baixa Alavancagem: Os fundos brasileiros operam com baixos níveis de alavancagem.
Perímetro Regulatório Amplo: A maioria das entidades de shadow banking no Brasil já
está sob alguma forma de regulação e supervisão.
No entanto, ainda existem preocupações com o risco de contágio entre o shadow
banking e o sistema bancário tradicional. As autoridades financeiras estão
monitorando a interconectividade entre os dois setores e aprimorando as métricas de
avaliação de risco.
Em resumo:
O shadow banking é um sistema de intermediação de crédito que opera fora do sistema
bancário tradicional. Embora possa ter alguns benefícios, como aumentar o acesso ao
crédito, também apresenta riscos para a estabilidade financeira. No Brasil, o
shadow banking é relativamente menos arriscado do que em outros países, mas as
autoridades financeiras continuam monitorando o setor de perto.

Arranjos de Pagamento, Instituições de Pagamento e Regulação e Supervisão:


4. Arranjos de Pagamento
Um arranjo de pagamento é um conjunto de regras e procedimentos que define como um
serviço de pagamento específico funciona. Ele é usado por vários recebedores e
permite que usuários finais (pagadores e recebedores) acessem diretamente o
serviço.
Exemplos de arranjos de pagamento:
Cartões de crédito, débito e pré-pago: Permitem que os consumidores façam compras
em estabelecimentos comerciais.
Transferências de recursos (TED, DOC): Permitem que pessoas e empresas transfiram
dinheiro entre contas bancárias.
Pagamentos instantâneos (Pix): Permitem transferências instantâneas e gratuitas
entre contas bancárias.
Cheques: Permitem que os titulares de contas bancárias emitam ordens de pagamento à
vista.
Boletos: Permitem o pagamento de contas e faturas.
Princípios dos Arranjos de Pagamento:
Os arranjos de pagamento devem seguir os seguintes princípios:
Interoperabilidade: Os arranjos devem ser capazes de se comunicar entre si,
permitindo que os usuários transfiram recursos entre diferentes instituições.
Solidez e Eficiência: Os arranjos devem ser robustos e eficientes para garantir a
segurança e a confiabilidade das transações.
Promoção da Concorrência: Os arranjos devem ser projetados para promover a
concorrência entre as instituições participantes.
Acesso Não Discriminatório: Todos os usuários devem ter acesso aos serviços e
infraestruturas dos arranjos de pagamento.
Atendimento às Necessidades dos Usuários Finais: Os arranjos devem atender às
necessidades dos usuários, como liberdade de escolha, segurança, proteção de seus
interesses econômicos, privacidade e transparência.
Confiabilidade, Qualidade e Segurança: Os serviços de pagamento devem ser
confiáveis, de alta qualidade e seguros.
Inclusão Financeira: Os arranjos devem promover a inclusão financeira, garantindo
que todos tenham acesso a serviços de pagamento.
4.1. Instituição de Pagamento (IP)
Uma Instituição de Pagamento (IP) é uma pessoa jurídica que oferece serviços de
pagamento dentro de um ou mais arranjos de pagamento. As IPs não são instituições
financeiras, o que significa que não podem realizar atividades como empréstimos ou
investimentos.
Exemplos de IPs:
Nubank (Nu Pagamentos)
PagSeguro
PicPay
Mercado Pago
Serviços de Pagamento:
As IPs podem oferecer os seguintes serviços de pagamento:
Disponibilizar serviço de aporte ou saque de recursos em contas de pagamento.
Executar ou facilitar instruções de pagamento, incluindo transferências.
Gerir contas de pagamento.
Emitir instrumentos de pagamento (por exemplo, cartões).
Credenciar estabelecimentos comerciais para aceitar instrumentos de pagamento.
Executar remessas de fundos.
Converter moeda física ou escritural em moeda eletrônica, ou vice-versa.
Credenciar a aceitação ou gerir o uso de moeda eletrônica.
Tipos de IPs:
Existem três tipos principais de IPs:
Emissor de Moeda Eletrônica: Gerencia contas de pagamento pré-pagas, onde os
recursos devem ser depositados antes de serem usados.
Emissor de Instrumento de Pagamento Pós-Pago: Gerencia contas de pagamento pós-
pagas, onde os recursos são depositados para pagar débitos já assumidos (por
exemplo, cartões de crédito).
Credenciador: Habilita estabelecimentos comerciais a aceitar instrumentos de
pagamento, mas não gerencia contas de pagamento.
4.2. Regulação e Supervisão
As IPs e os arranjos de pagamento são regulamentados e supervisionados pelo Banco
Central do Brasil (BCB), de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Conselho
Monetário Nacional (CMN). O BCB é responsável por:
Disciplinar os arranjos de pagamento.
Disciplinar a constituição, o funcionamento e a fiscalização das IPs.
Autorizar a instituição de arranjos de pagamento.
Autorizar a constituição e o funcionamento das IPs.
Exercer vigilância sobre os arranjos de pagamento e aplicar sanções.
Supervisionar as IPs e aplicar sanções.
Adotar medidas para promover a concorrência, a inclusão financeira e a
transparência.
O objetivo da regulação e supervisão é garantir que os arranjos de pagamento e as
IPs operem de forma segura, eficiente e em benefício do público.
Em resumo:
Os arranjos de pagamento definem como os serviços de pagamento funcionam, enquanto
as IPs são as entidades que oferecem esses serviços. O Banco Central do Brasil
regula e supervisiona ambos para garantir a estabilidade e a segurança do sistema
de pagamentos.

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