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Atualidades do Mercado Financeiro

PARA QUEM TEM PRESSA

Transformação Digital do Sistema Financeiro

Segmentação e Interações Digitais

Os Bancos na Era Digital: Atualidade, tendências e desafios

Os setores financeiro e bancário mudaram muito nas últimas décadas com a chegada
da transformação digital e a nova realidade da economia do mundo. Serviços
financeiros do dia a dia, soluções de investimento, sistema da bolsa de valores,
soluções corporativas, tudo isso se digitalizou e agora vivemos uma nova realidade.

É a realidade da era digital, em que instituições financeiras tradicionais e startups – as


Fintechs – coexistem e competem pela atenção e pela movimentação financeira da
população brasileira.

Mas o fato é que, neste início de século 21, estamos vendo uma evolução do sistema
bancário e financeiro brasileiro. E isso se deve a uma série de soluções digitais que
visam melhorar a vida dos clientes, personalizando desde o atendimento até mesmo
os tipos de investimento que ele faz.

QUANDO A DIGITALIZAÇÃO DOS BANCOS SE INICIOU?

Para entender o momento atual de digitalização, é importante olhar para o passado.


No caso do Brasil, um passado bastante recente: há pouco mais de 50 anos tivemos o
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lançamento do primeiro cartão de crédito – em 1968 -, e do primeiro caixa eletrônico


– em 1983.

Foi nessa época que as instituições financeiras e bancárias brasileiras começaram a se


digitalizar, com a introdução dos Caixas Eletrônicos em suas agências e de sistemas
internos também digitais que poupavam muitas horas de trabalho dos funcionários.
Além disso, tornava as agências praticamente 24h.

Foi uma verdadeira revolução, tanto para os bancários quanto para os clientes.
Anúncios e campanhas publicitárias começaram a divulgar a ideia de agências
bancárias eletrônicas funcionando dia e noite no Brasil.

Essa foi a primeira onda da digitalização que remodelou o funcionamento dos bancos
no país e fez os clientes entenderem a nova lógica das instituições bancárias. Outras
inovações vieram, como o surgimento do boleto bancário, no começo dos anos 1990,
e da Transferência Eletrônica Disponível (TED), no princípio dos anos 2000.
Mecanismos como esses tornam o sistema bancário brasileiro um dos pioneiros na
adoção de tecnologias digitais.

Por aqui, a transformação digital de sistemas bancários e de investimentos passa


também por outras ferramentas e tecnologias. Ainda que já façam parte do cotidiano
dos brasileiros, continuam representam grande avanço no segmento, como a
automação de processos – o débito automático é um exemplo disso -; e
principalmente a criação de aplicativos móveis – uma onda que impulsionou a criação
de diversos bancos e instituições financeiras digitais.

SURGIMENTO DAS FINTECHS

Os brasileiros passaram cerca de 3 horas e meia, em média, utilizando aplicativos em


2019, um índice 35% maior do que em 2017 e que tende a continuar crescendo com
a pandemia.

Não à toa, o número de transações bancárias via mobile também vem crescendo e
representa quase metade – são 44% – das 89,9 bilhões de operações feitas no Brasil
em 2019.

Isso tem tudo a ver com o surgimento e popularização das fintechs. Praticamente
todas as Fintechs se destacaram no formato mobile. Em outras palavras, iniciaram sua
entrega de soluções inovadoras para o mercado financeiro e bancário por meio de
aplicativos móveis.
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PANDEMIA AUMENTOU O USO DOS SERVIÇOS DIGITAIS

A pandemia do Coronavírus mudou bastante nossa realidade e impôs o


distanciamento social. Com isso, muita gente recorreu às plataformas e aplicativos
digitais dos bancos para resolver pendências do dia a dia.

Diversos bancos privados tradicionais do país também viram um aumento na abertura


de contas digitais pela internet. O fato é que esse novo cenário trouxe mudanças
importantes e encurtou em alguns anos o processo de digitalização dessas instituições
financeiras.

Já destacamos acima: a maioria dos bancos já possuía serviços digitais, mas seus
correntistas ainda estavam começando a utilizá-los e a se familiarizar com esse tipo
de tecnologia, principalmente o acesso da conta via smartphone.

O QUE VEM POR AÍ NO SETOR BANCÁRIO E FINANCEIRO

Muitas outras mudanças no setor bancário e financeiro brasileiro ainda estão nessa
agenda de digitalização que não tem mais volta. O processo se iniciou, e agora o real
papel do regulador é garantir que esse processo ocorra o mais cedo possível e com
segurança, como aponta o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução
do Banco Central, João Manoel de Mello.

Diante dessa afirmação, os bancos e fintechs já possuem algumas inovações


tecnológicas para modificar ainda mais o setor. O lançamento do PIX, em novembro
de 2020, é um dos principais exemplos.

Internet Banking – Conceito

O internet banking nada mais é do que ter acesso a uma área pessoal dentro do site
da sua instituição ou banco. Ele permite que o cliente acesse sua conta corrente ou
informações da poupança, ou outros produtos, pela internet.

Como usar o Internet Banking

Para utilizar o internet banking, é preciso ter uma senha. Em geral, esse procedimento
é feito presencialmente em alguma agência, mas várias instituições financeiras mais
modernas, como as fintechs ou bancos digitais, permitem que você crie ou solicite a
senha de forma também digital – pelo aplicativo ou site, por exemplo.

Com seu login e senha, basta entrar no site, digitar as informações e começar a usar
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os serviços digitais.

Em alguns casos, também pode ser necessário instalar um programa de sua instituição
financeira em seu computador para que o acesso seja autorizado. Tudo varia conforme
o seu banco.

Vantagens do Internet Banking

1. Organização financeira

Com o internet banking você não precisa anotar as contas no papel e nem imprimir
extratos de depósitos e transferências bancárias.

Uma vez registradas, o sistema salva todas as informações que você precisa. Por
exemplo, se você quiser gravar dados de uma conta para a qual faz transferências
todo mês, isso vai te ajudar a poupar mais tempo.

Comprovantes de pagamento, depósito e transferência também podem ser salvos em


PDF e organizados em pastas no seu computador.

2. Facilidade

Verificar a fatura do cartão de crédito, realizar um pagamento em cima da hora e olhar


seu saldo. Esses são alguns exemplos do que você pode fazer a qualquer hora, em
qualquer dia da semana, sem sair de casa.

Os serviços podem, inclusive, ser acessados fora do Brasil. Basta apenas que você
esteja conectado a internet para poder programar o pagamento de contas e visualizar
suas informações bancárias. Super fácil!

3. Economia – de tempo e dinheiro

O usuário não precisa se deslocar até uma agência e também não precisa pagar por
um extrato bancário – já que, pelo internet banking, você tem acesso fácil, bem ali, na
tela do seu computador.

Para pequenos empresários, essa pode ser uma forma de pagar funcionários,
organizar fluxo de caixa e pagar fornecedores, por exemplo.

4. Segurança

Não precisa se preocupar, pois a ferramenta é segura. Ter alguns cuidados como não
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fornecer a senha a terceiros ou não acessar o site de qualquer computador, são, claro,
sempre muito importantes.

Também é fundamental seguir as instruções de segurança da sua instituição – como


usar um token ou aplicativo para gerar códigos de acesso, ou criar camadas extras de
segurança no próprio app (como cadastro da biometria e senha de acesso).

Mobile Banking

A pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária 2021, conduzida pela Deloitte,


demonstrou o crescimento do mobile banking no país. O número de transações
realizadas pelo mobile banking saltou de 37 bilhões em 2019 para 52,9 bilhões em
2020 – um aumento de 20% no período analisado.

A Febraban afirma que com o contexto da pandemia e do auxílio emergencial o


crescimento do mobile banking foi tão expressivo que corresponde ao total das
transações de um canal relevante, como o internet banking.

O mobile banking é, portanto, uma realidade da chamada Era da Transformação


Digital, que vem transformando também as operações dos bancos. Ele oferece
inúmeros benefícios para o setor bancário, mas também traz grandes desafios.

Basicamente, o termo mobile banking refere-se ao uso de um smartphone ou outro


dispositivo móvel para realizar tarefas bancárias que normalmente só podiam ser
feitas nas agências ou por meio do computador pessoal. É também como são
chamados os serviços on-line que os bancos oferecem aos seus clientes, tais como
monitoramento de saldos da conta corrente, transferência de fundos entre contas,
pagamento de faturas, entre outros.

O mobile banking está mudando a forma com que as pessoas lidam com os bancos
no país. Se olharmos para o pool de canais que os bancos brasileiros oferecem, vemos
que as transações com movimentações financeiras no Mobile Banking cresceram
64%, enquanto Internet Banking apresenta leve queda de 5%. Já as operações sem
movimentação financeira migraram para os ATMs e para o Internet Banking ,
enquanto as agências bancárias mantêm a composição.
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Open Banking

O Sistema Financeiro Aberto, conhecido como Open Banking, consiste no


compartilhamento padronizado de dados e serviços por meio da abertura e
integração de sistemas (art. 2º da Resolução Normativa nº 1, de 2020).

Ou seja, com o Open Banking, o consumidor poderá, caso vislumbre algum benefício,
consentir com o compartilhamento de dados e serviços por meio de abertura e
integração de sistemas de instituições financeiras e de pagamento.

Cabe salientar que, conforme previsto na Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018 (Lei
Geral de Proteção de Dados Pessoais 0 LGPD), o consumidor é o titular dos seus dados
pessoais.

A implementação do Open Banking têm por objetivo aumentar a competitividade nos


mercados financeiros, incentivando a inovação financeira, racionalizando os processos
de instituições, possibilitando parcerias comerciais entre entre instituição financeiras
e não financeiras e empoderando o consumidor financeiro.
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Histórico

Em 24 de abril de 2019 o Banco Central divulgou o Comunicado nº 33.455, com os


requisitos fundamentais para a implementação do Open Banking (Sistema Financeiro
Aberto) no Brasil. Adicionalmente, informou sobre a possibilidade de realização de
consulta pública acerca do tema.

Conforme disposto no Comunicado, a iniciativa teve como objetivo aumentar a


eficiência no mercado de crédito e de pagamentos no Brasil, mediante a promoção
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de ambiente de negócio mais inclusivo e competitivo, preservando a segurança do


sistema financeiro e a proteção dos consumidores.

Assim, em 28 de novembro de 2019, o BC publicou o Edital de Consulta Pública


73/2019, no qual divulgou propostas de atos normativos que dispunham sobre a
implementação do Sistema Financeiro Aberto (Open Banking).

Open Banking foi regulamentado por uma Resolução Conjunta do Conselho


Monetário Nacional (CMN) e o Banco Central do Brasil (BCB)

A Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, dispõe que compete ao CMN regular a


constituição, funcionamento e fiscalização das instituições financeiras e das operações
de câmbio.

Já a Lei nº 12.865, de 9 de outubro de 2013, dispõe que compete ao BCB, conforme


diretrizes estabelecidas pelo CMN, disciplinar a constituição, o funcionamento e a
fiscalização das instituições de pagamento.

Considerando essas diferentes competências legais do CMN e do BCB, seria necessária


a edição de mais de um ato normativo para regulamentar o Open Banking, o que
poderia fragmentar o assunto e dificultar o completo entendimento das normas pelo
mercado e pela sociedade.

Para evitar tal situação e considerando o previsto no Decreto nº 10.139, de 28 de


novembro de 2019, entenderam adequada a edição de uma resolução conjunta do
CMN e do BCB.

Dessa forma, tanto as instituições financeiras (reguladas pelo CMN) quanto as


instituições de pagamento (reguladas pelo BCB) irão seguir a mesma norma para
compartilhar dados pelo Open Banking, conferindo maior segurança ao sistema.

A Resolução Conjunta nº 1, de 2020

A Resolução Conjunta nº 1, de 4 de maio de 2020, dispõe sobre a implementação do


Sistema Financeiro Aberto (Open Banking).

Segundo o BCB, o normativo, além de conter princípios e definições importantes para


a regulação do Open Banking, disciplina aspectos para o seu funcionamento.

Objetivos

De acordo com a Resolução Conjunta nº 1, de 2020, constituem objetivos do Open


Banking:
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incentivar a inovação;

promover a concorrência;

aumentar a eficiência do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e do Sistema de


Pagamentos Brasileiro (SPB); epromover a cidadania financeira.

Princípios

Além disso, a norma prevê que as instituições devem conduzir suas atividades com
ética e responsabilidade, observando a legislação e a regulamentação em vigor, bem
como os seguintes princípios:

 transparência;

 segurança e privacidade de dados e de informações sobre serviços


compartilhados no âmbito da Resolução Conjunta nº 1;

 qualidade dos dados;

 tratamento não discriminatório;

 reciprocidade; e

 interoperabilidade.
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A Circular nº 4.015, de 4 de maio de 2020

Concomitantemente a publicação da Resolução Conjunta nº 1, de 2020, o BCB


publicou a Circular nº 4.015, de 2020, que dispõe sobre o escopo de dados e serviços
do Sistema Financeiro Aberto (Open Banking).

A Circular nº 4.015, de 2020, visa detalhar o escopo de dados e serviços objeto de


compartilhamento no âmbito do Open Banking.

Canais de atendimento

A Circular nº 4.015, de 2020, no que diz respeito aos dados sobre canais de
atendimento, objeto de compartilhamento na Fase 1 do Open Banking, dispõe que
devem abranger, no mínimo:

aqueles obrigatoriamente divulgados na forma de dados abertos, de que trata a


regulamentação vigente; e

canais eletrônicos e demais canais disponíveis aos clientes.

Dados sobre produtos e serviços

No que tange aos dados sobre produtos e serviços, objeto de compartilhamento


também na Fase 1 do Open Banking, a Circular nº 4.015, de 2020, dispõe que o
compartilhamento deve abranger, no mínimo, os dados:

das contas de depósitos à vista, de poupança e de pagamento pré-pagas;

das contas de pagamento pós-pagas;

de cartão de crédito;

das operações de crédito mais relevantes ofertadas a pessoas físicas e jurídicas,


inclusive termos e condições contratuais, tarifas e taxas de juros, conforme o caso.
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Novos Modelos de Negócios

Fintech

A palavra fintech é uma abreviação para financial technology (tecnologia financeira,


em português). Ela é usada para se referir a startups ou empresas que desenvolvem
produtos financeiros totalmente digitais, nas quais o uso da tecnologia é o principal
diferencial em relação às empresas tradicionais do setor.

As fintechs podem oferecer as mais diversas soluções, como cartão de crédito, conta
digital, cartão de débito, empréstimos, seguros, entre outros.

Quais as vantagens das fintechs?

No geral, as fintechs são conhecidas por oferecer soluções financeiras inéditas, menos
burocráticas, mais intuitivas de serem usadas – afinal, elas normalmente estão
disponíveis no smartphone do cliente – e com custos baixíssimos, às vezes
inexistentes, para os usuários.

Um exemplo são os cartões de crédito sem anuidade ou as contas digitais gratuitas.

Em resumo, as fintechs chegam no mercado trazendo produtos financeiros


inovadores. Em muitos casos, eles foram desenhados para serem mais simples e
vantajosos para os clientes.
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Qual é a diferença entre fintech e startup?

Uma fintech também pode ser, no início, uma startup.

As fintechs são empresas de serviços financeiros que se diferenciam pelo uso da


tecnologia e inovação.

As startups, por sua vez, são empresas inovadoras que ainda estão em estágio inicial
— acabaram de chegar ao mercado, geralmente não apresentam lucro de início, mas
têm grande potencial de rápido crescimento.

A grande diferença entre elas é que a startup não necessariamente faz parte do setor
financeiro. Ela pode atuar no mercado de entretenimento, seguros, alimentação,
tecnologia, vestuário, ou qualquer outro do mercado.

O que é uma Big Tech?

As Big Techs são as grandes empresas de tecnologia que dominaram o mercado nos
últimos anos. Inicialmente pequenas startups, essas organizações, geralmente
localizadas no Vale do Silício, criaram serviços inovadores e disruptivos se utilizando
de um modelo de negócios escalável, dinâmico e ágil. Muitas vezes gratuitos, esses
produtos passaram a fazer parte do dia a dia de várias pessoas, como é o caso dos
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serviços do Google, da Uber e da Netflix.

Como as Big Techs funcionam?

O principal motor das Big Techs é a inovação. Justamente por isso, o lema “move fast
and break things” (mova-se rápido e quebre coisas, em português) é comum nessa
área.

As companhias precisam definir novas tecnologias e serviços continuamente,


atualizando produtos e dispositivos para atenderem às demandas e se manterem
relevantes. Por isso, é comum que a cada ano as empresas desse setor promovam
conferências para anunciar os seus próximos passos: nesse evento, o negócio permite
que a comunidade de desenvolvedores se prepare e trabalhe lado a lado com ele para
atuar junto na criação das novidades.

Modelo GAFA

Segundo levantamento feito pela consultoria Accenture, o modelo “GAFA” – Google,


Amazon, Facebook e Apple – estão entre as alternativas mais atraentes para as
gerações mais jovens quando se fala em fornecedores de serviços financeiros.

No Brasil, 60% dos entrevistados da geração Y afirmaram que considerariam


realizar transações financeiras com o chamado grupo GAFA. OU SEJA, se as
experiências de cliente mais bem-sucedidas vêm das empresas desse modelo, é nelas
que os Bancos devem se espelhar.
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Como as instituições financeiras devem reagir?

Em outras palavras, as companhias do setor financeiro devem utilizar as novidades


tecnológicas a seu favor e começarem, o mais rápido possível, a serem
inovadoras. Considerando também a possibilidade de se aliar à essas big techs, uma
vez que, a junção entre empresas de tecnologia e instituições financeiras vem se
estreitando cada vez mais.

A transformação digital do mercado financeiro passa por tendências como a


digitalização de dados, o Open Banking, o uso da Internet das Coisas na gestão de
facilities e até mesmo a aplicação de Big Data e inteligência artificial para
otimizar processos de cadastro. Além disso, a mobilidade se torna uma
realidade, levando o banco para mais perto dos clientes.

O que é Shadow Banking?

A expressão shadow banking (podemos traduzir para o português como "sistema


bancário de sombra"), criada em meados da década passada, serve para categorizar o
grupo de empresas intermediárias do segmento financeiro que não participa do
sistema bancário tradicional. Ou seja, estão "à sombra" do sistema, por isso o nome.

O sistema financeiro tradicional é organizado em função dos bancos e da relação que


eles possuem com os governos de cada país. No entanto, como consequência da
evolução mundial em termos de globalização e aumento de tecnologia, nos dias
atuais existem diversas alternativas dentro do segmento.

A essas novas formas de trabalhar com operações financeiras dá-se o nome de


"shadow banking". Há também quem se refira a essas organizações como "sistema
bancário informal".

Empresas financeiras que compõem esse grupo

Muitas empresas sérias e comprometidas fazem parte do shadow banking — o que


não quer dizer que elas não representem um problema tanto para os bancos
tradicionais, como para a própria economia, já que são processos próprios e sem o
devido acompanhamento que os bancos recebem.

O que configura uma empresa nessa categoria é, a atuação de modo paralelo ao que
temos hoje em dia como sistema bancário tradicional.

tipos de empresas que formam o grupo shadow banking:


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 Fundos de investimentos

 Fundos de investimento imobiliário

 Companhias de securitização

 Factorings

 Companhias financeiras

Um shadow banking realmente traz riscos ao mercado financeiro?

A criação de um shadow banking passa muito pelo que você viu no tópico anterior. As
exigências previstas na regulamentação do sistema bancário trazem uma série de
complicações aos empreendedores do segmento de finanças.

Como muitas dessas empresas intermediadoras são voltadas para a tecnologia e


inovação, cumprir todas essas questões praticamente inviabilizam o negócio. Assim,
elas acabam migrando para um sistema paralelo e trabalhando a oferta de crédito à
sua maneira.

O grande ponto de discussão entre um shadow banking e o mercado financeiro é o


risco que proporciona à economia. Parte disso deve-se ao fato de muitas dessas
empresas atuarem alavancadas, isto é, proporcionalmente com dívidas superando os
seus ativos de garantia.

Naturalmente que, fora do mercado tradicional, as organizações desse grupo não


recebem a mesma quantidade de depósitos e entradas de recursos do que instituições
regulamentadas. Com isso, cresce bastante o risco — especialmente de crédito e
liquidez.

A crise de 2008

Não por acaso, muitos estudos apontam a prática do shadow banking como
responsável pela grande crise financeira atravessada pelos Estados Unidos no ano de
2008.

Na oportunidade, esse tipo de empresa vinha crescendo bastante e atraindo


investidores. Quando houve um período receoso no mercado, muitas retiradas de
capital começaram a ser feitas.

O problema é que, como você viu, um shadow banking costuma funcionar alavancado
— e financeiramente não foi possível dar conta dessas solicitações. É um risco que se
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corre nesse formato.

Funções da Moeda

O dinheiro na era digital

Criptomoedas, também conhecidas como moedas virtuais ou moedas digitais, são


moedas criptografadas e constituem uma forma de dinheiro que existe apenas
digitalmente

Blockchain:

é um sistema que permite rastrear o envio e recebimento de alguns tipos de


informação pela internet. São pedaços de código gerados online que carregam
informações conectadas – como blocos de dados que formam uma corrente – daí o
nome.

É esse sistema que permite o funcionamento e transação das chamadas criptomoedas,


ou moedas digitais.
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Como surgiu a blockchain?

O conceito do blockchain surgiu em 2008 no artigo acadêmico Bitcoin: um sistema


financeiro eletrônico peer-to-peer, de autoria de Satoshi Nakamoto (pseudônimo do
suposto criador do bitcoin).

Neste material, a blockchain é definida como:

“uma rede que marca o tempo das transações, colocando-as em uma cadeia contínua
no ‘hash’, formando um registro que não pode ser alterado sem refazer todo o trabalho”.

Basicamente, a tecnologia surgiu para que o bitcoin pudesse existir, mas as


possibilidades de uso vão muito além das criptomoedas.

Blockchain é a mesma coisa que bitcoin?

Não. Blockchain é a tecnologia que possibilitou a criação da bitcoin e de outras


criptomoedas, como Ether e Litecoin, mas ela pode ser usada para diversas outras
aplicações.

Como funciona a tecnologia blockchain?

Pense num trenzinho de brinquedo cujos trilhos estão espalhados pelo mundo inteiro.
Não um, mas vários que formam uma rede global.

Cada material vai dentro de um vagão, que é validado por máquinas espalhadas pelo
mundo. Se aprovado, ele é selado com um código complexo de letras e números e se
junta a outros vagões.

Para aumentar ainda mais a segurança, cada vagão carrega seu código e o código do
vagão anterior. Assim, caso alguém tente invadir um vagão, será
preciso desvendar mais de um código.

Essa rede de trenzinhos não tem dono, por isso todos os envios são registrados
num livro disponível para qualquer um acessar. Mas não é possível ver o que foi
enviado nem quem enviou, apenas quando houve o envio.

Realizar todas essas operações é um pouco complexo. São poucas as pessoas que têm
as máquinas necessárias para criar os códigos que selam os vagões e juntá-los com
outros, por isso elas são remuneradas por esse trabalho.
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 Os trilhos espalhados pelo mundo e que possibilitam que os trens viagem por
aí são a computação em nuvem (ou cloud computing): uma tecnologia que
torna possível processar uma grande quantidade de informações na internet.

 Cada vagão do trenzinho é um bloco com uma hash: uma função matemática
que pega uma mensagem ou arquivo e gera um código com letras e números
que representa os dados enviados (que podem ser mensagens ou arquivos).

 Já o livro onde todos os envios dos trenzinhos são registrados é o ledger (que
pode ser traduzido como livro-razão): uma espécie de documento onde todas
as transações são gravadas. Essas informações não podem ser apagadas e
qualquer pessoa pode acessá-las.

 As pessoas que ligam um vagão no outro para formar o trenzinho são as


chamadas mineradoras: responsáveis por calcular o “hash” certo de cada bloco
para formar a ligação entre eles.

 Por fim, os trenzinhos são as cadeias de blocos – ou, em inglês, blockchain.

Bitcoin e demais criptomoedas

O Bitcoin (BTC) é uma criptomoeda — isto é, uma moeda que não existe em formato
físico e circula através de operações digitais criptografadas.

Ao contrário das moedas nacionais, o Bitcoin não é emitido ou regulado por


governos.

Toda a movimentação ocorre de forma descentralizada, por meio de uma rede de


computadores ao redor do mundo que valida as transações e produz novos Bitcoins.

Isso significa que as transações em BTC não precisam de intermédio dos bancos.

As transferências são feitas diretamente entre as pessoas, em um sistema que protege


a privacidade dos agentes e mantém a transparência das operações.

Por que o Bitcoin tem valor?

A grosso modo, o Bitcoin tem valor pelo mesmo motivo que qualquer outra moeda:
porque as pessoas acreditam que sim.

Na década de 1930, os países iniciaram um processo de troca do padrão-ouro, que


atrelava o valor da moeda a quantias fixas do metal dourado, pelo modelo fiduciário,
em que as unidades monetárias não têm valor intrínseco e dependem da confiança
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da sociedade.

Portanto, assim como o real, dólar ou libra, o valor do Bitcoin é influenciado por forças
de mercado conforme os agentes econômicos o adotam como moeda legítima.

O Bitcoin pode ser usado em qualquer lugar?

Atualmente, poucos países no mundo têm legislações que proíbem ou autorizam


diretamente o uso do Bitcoin.

As transações costumam ocorrer em paralelo às moedas nacionais, com níveis de


regulação variados.

No Brasil, o Banco Central não restringe o uso de Bitcoins, mas desestimula o seu
uso citando “riscos operacionais”.

Ainda há poucas lojas de destaque por aqui que aceitam o BTC como pagamento.

Já nos EUA, existe uma regulação moderada do uso comercial de BTC, incluindo a
tributação e exigência de medidas contra crimes financeiros.

Marcas como Dell, Microsoft e Subway já aceitam compras na criptomoeda em lojas


específicas pelo país.

Pontos positivos do Bitcoin

Privacidade: um dos pilares da filosofia por trás do Bitcoin é proteger a identidade e


os hábitos de compra dos usuários. As transações não são inteiramente anônimas,
mas a descentralização e criptografia complexa dificultam o rastreamento dos dados,
ao contrário de compras no cartão, por exemplo.

Autonomia: como explicamos, o Bitcoin foi criado após a crise de 2008, onde bancos
e corretoras foram amplamente responsabilizados por mau uso dos investimentos. O
propósito desta criptomoeda é eliminar o intermédio das instituições financeiras e dar
maior controle ao cidadão sobre o seu dinheiro.

Tarifas baixas: as transações em BTC são taxadas com base nos dados enviados,
cobrando tarifas pequenas ou mesmo inexistentes sobre operações. Também não há
custo de manutenção de conta, como em contas bancárias.

Praticidade: as operações em Bitcoin podem ser realizadas em qualquer lugar pelo


celular ou computador, bastando apenas o acesso à internet. As compras online não
exigem dados pessoais, como no caso dos cartões ou boletos.
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Operação direta: não há necessidade de aprovação de qualquer instituição para


realizar transações em BTC. Se um usuário decide transferir uma quantia a outro em
qualquer lugar do planeta, tudo ocorre em minutos sem avaliação por terceiros.

Pontos negativos do Bitcoin

Segurança digital: embora as transações por Bitcoin sejam extremamente difíceis de


rastrear, isso não significa que falhas de segurança são impossíveis. O blockchain está
sempre disponível publicamente, e não há como garantir a inviolabilidade total do
sistema.

Volatilidade: talvez a característica mais conhecida do BTC seja seu alto nível de
oscilação dos valores. A moeda pode oscilar mais de 300% em um ano, e tem
comportamento diferente diante de cada moeda nacional. Para se ter uma ideia, 1
BTC valia cerca de R$ 151 mil em 1º de janeiro de 2021; atualmente, em 8 de fevereiro,
o Bitcoin já vale R$ 248 mil.

Golpes e fraudes: o Bitcoin ainda é uma relativa novidade no Brasil, e a falta de


conhecimento pode levar investidores a cair em golpes com promessas de alto
retorno. Em 2020, dois casos notórios de esquema de pirâmide supostamente
relacionados à criptomoeda geraram prejuízos de R$ 300 milhões e R$ 1,1 bilhão às
vítimas.

Lavagem de dinheiro: um argumento frequente entre autoridades é a possibilidade


de uso do Bitcoin para desviar dinheiro para operações criminosas, como tráfico de
pessoas e terrorismo. O mesmo mecanismo que protege a privacidade dos usuários
pode ser usado em má-fé para atividades ilícitas.

Risco sistêmico: em alguns casos, líderes de instituições financeiras e monetárias


alertaram para o risco sistêmico do Bitcoin. Isto é: a ameaça à estabilidade de moedas
já consolidadas. Embora a adoção do BTC esteja crescendo, os governos ainda não o
reconhecem como moeda legítima para pagamentos de impostos, por exemplo.

Marketplace

É um modelo de negócio que surgiu no Brasil em 2012, também é conhecido como


uma espécie de shopping center virtual. É considerado vantajoso para o consumidor,
visto que reúne diversas marcas e lojas em um só lugar, facilita a procura pelo melhor
produto e melhor preço.

Diversas empresas mundialmente conhecidas participam desse mercado: Americanas,


Shoptime, Walmart, Mercado Livre, OLX e Bom Negócio, por exemplo.
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Vantagens:

Visibilidade

Sem dúvidas, a maior vantagem do marketplace é a visibilidade. Quanto maior a


quantidade de visitas que o site possui, mais sólido será o público atingido. Isso
elimina a necessidade de investimento de tempo e dinheiro para a divulgação. Um
bom exemplo disso, é o Mercado Livre, ele é acessado por milhões de usuários
diariamente e é o maior site do segmento. Além disso, uma vez que seu produto está
na vitrine dos maiores e-commerces, maior a confiança dos clientes para comprá-lo,
mesmo que a sua marca ainda seja nova. O site é a porta de entrada e uma vez
gerando confiança ao consumidor, ganha credibilidade no mercado. Isso subentende-
se que todos os produtos nele comercializados são de confiança e qualidade.

Custos e Retornos

Em uma plataforma com tantas marcas, os custos de publicidade acabam sendo


reduzidos. No geral, você deverá negociar com o marketplace os valores acordados,
afinal ele fornece a vitrine para você expor seus produtos e ,consequentemente,
receber tráfego e visitação.
Levando em consideração os investimentos em marketing, tecnologia e mídia os quais
o lojista dispensa nesse modelo, a margem de lucro se torna ainda mais alta no
modelo marketplace, visto que a grande maioria trabalha com porcentagens sobre
lucros ou comissões sobre vendas.

Aumento das Vendas

O marketplace oferece uma grande oportunidade de vendas para as lojas. Os


maiores marketplaces brasileiros possuem uma audiência elevada, agregando em
média, 40 milhões de potenciais compradores, o que significa que ao trabalhar com
essa plataforma, você amplia sua possibilidade de novos clientes realmente
interessados no seu produto.

Um bom exemplo disso, é a Magazine Luiza. Ao procurar por uma panela, um usuário
poderá encontrar diversas marcas, desde uma renomada, até uma nova no mercado.
Se as características e o preço da última forem mais vantajosas, é bem provável que o
cliente finalize a compra. Enquanto isso, se a mesma trabalhasse apenas de maneira
convencional, teria todo um trabalho de construção de marca, relacionamento com o
público, entre outras etapas, até finalmente conquistar a confiança para realizar uma
venda.
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SEO

Seu produto aparecerá em sites muito bem indexados e, consequentemente, terá uma
referência para sua loja nele. Seu próprio e-commerce ganhará força no SEO,
contribuindo indiretamente no ranqueamento de seu site, aumentando seus acessos
e ,consequentemente, suas vendas diretas.

Diversidade de Público e Crescimento do Negócio

Novos usuários conhecerão sua marca, trazendo um novo público para você,
possibilitando a chegada de uma nova demanda, podendo assim aumentar o leque
de produtos oferecidos pelo seu e-commerce.

Com o aumento de visibilidade, de clientes e de faturamento,


o marketplace possibilitará o crescimento do seu negócio. Assim, terá novas
oportunidades e ideais para atingir metas cada vez maiores, apostando em novos
produtos, trazendo novos nichos para a loja, fazendo-a destacar-se mais.

Correspondentes Bancários

Os correspondentes bancários prestam serviços de abertura de contas, crédito e câmbio,


empresas e atuam em complemento a bancos.

Empresas contratadas para a prestação de serviços de atendimento a clientes e


usuários dos bancos, os correspondentes bancários (CORBAN) atuam como
uma extensão dessas instituições.

Produtos como crédito, câmbio, cobrança, financiamentos, entre outros, são produtos
e serviços que estão no portfólio de instituições financeiras e que podem ser ofertados
por essas empresas, quando contratadas, representadas tanto por fintechs quanto
por estabelecimentos comerciais físicos, como casas lotéricas, concessionárias de
veículos ou redes varejistas.

Identificando os correspondentes bancários

Para ser um correspondente bancário, a empresa precisa estar necessariamente


vinculada a uma instituição financeira, de acordo com a resolução nº 3954/2011, do
Banco Central do Brasil (Bacen) e regramentos complementares do Conselho
Monetário Nacional (CMN). Essa resolução também exige uma certificação para a
atuação como CORBAN.

Na prática, quem autoriza e realiza as operações ofertadas e intermediadas pelo


Atualidades do Mercado Financeiro

correspondente bancário é a instituição financeira que está por trás do


CORBAN. Ela é responsável, inclusive, por verificar as credenciais legais e técnicas do
correspondente e se ele cumpre os requisitos exigidos pelo Bacen.

Cada CORBAN deve informar a instituição financeira que autoriza os serviços


realizados por ele. Por sua vez, o banco também precisa disponibilizar a lista de
instituições que são seus correspondentes bancários.

Os serviços prestados pelos correspondentes bancários incluem:

– Recepção e encaminhamento de pedidos de abertura de contas mantidas pela


instituição;

– Recebimentos, pagamentos e transferências de recursos, ou seja, a movimentação


dessas contas;

– Recebimentos e pagamentos mantidos pela instituição em convênio com terceiros


(água, luz, telefone, etc);

– Execução de ordens de pagamento;

– Recepção e encaminhamento de operações de crédito;

– Recebimentos e pagamentos de letras de câmbio;

– Recepção e encaminhamento de propostas de cartões de crédito;

– Coleta de informações cadastrais e de documentação;

– Operações de câmbio como compra e venda de moeda estrangeira em espécie,


cheques de viagem, execução de ordens de pagamento ou propostas de operações de
câmbio.

Arranjos de Pagamento

Um arranjo de pagamento é o conjunto de regras e procedimentos que disciplina a


prestação de determinado serviço de pagamento ao público. As regras do arranjo
facilitam as transações financeiras que usam dinheiro eletrônico. Diferentemente da
compra com dinheiro vivo entre duas pessoas que se conhecem, o arranjo conecta
todas as pessoas que a ele aderem. É o que acontece quando o cliente usa uma
bandeira de cartão de crédito numa compra que só é possível porque o vendedor
aceita receber daquela bandeira.

Os arranjos podem se referir, por exemplo, aos procedimentos utilizados para realizar
compras com cartões de crédito, débito e pré-pago, em moeda nacional ou
Atualidades do Mercado Financeiro

estrangeira. Os serviços de transferência e remessas de recursos também são arranjos


de pagamentos.

As pessoas jurídicas não financeiras que executam os serviços de pagamento no


arranjo são chamadas de instituições de pagamento e são responsáveis pelo
relacionamento com os usuários finais do serviço. Instituições financeiras também
podem operar com pagamentos.

Alguns tipos de arranjo de pagamentos não estão sujeitos à regulação do BCB, tais
como os cartões private label – emitidos por grandes varejistas e que só podem ser
usados no estabelecimento que o emitiu ou em redes conveniadas. Também não são
sujeitos à supervisão do BC os arranjos para pagamento de serviços públicos (como
provisão de água, energia elétrica e gás) ou carregamento de cartões pré-pagos de
bilhete de transporte. Incluem-se nessa categoria, ainda, os cartões de vale-refeição e
vale-alimentação.

A legislação proíbe que instituições de pagamento prestem serviços privativos de


instituições financeiras, como a concessão de empréstimos e financiamentos ou a
disponibilização de conta bancária e de poupança.

Sistema de Pagamentos Instantâneos (PIX)

Pix é o pagamento instantâneo brasileiro. O meio de pagamento criado pelo Banco


Central (BC) em que os recursos são transferidos entre contas em poucos segundos, a
qualquer hora ou dia. É prático, rápido e seguro. O Pix pode ser realizado a partir de
uma conta corrente, conta poupança ou conta de pagamento pré-paga.

Além de aumentar a velocidade em que pagamentos ou transferências são feitos e


recebidos, o Pix tem o potencial de:

 alavancar a competitividade e a eficiência do mercado;

 baixar o custo, aumentar a segurança e aprimorar a experiência dos clientes;

 incentivar a eletronização do mercado de pagamentos de varejo;

 promover a inclusão financeira; e

 preencher uma série de lacunas existentes na cesta de instrumentos de


pagamentos disponíveis atualmente à população.
Atualidades do Mercado Financeiro

Diferença entre Pix e outros meios de transferência e de pagamento

O Pix foi criado para ser um meio de pagamento bastante amplo. Qualquer
pagamento ou transferência que hoje é feito usando diferentes meios (TED, cartão,
boleto etc.), poderá ser feito com o Pix, simplesmente com o uso do aparelho celular.

As transferências tradicionais no Brasil são entre contas da mesma instituição


(transferência simples) ou entre contas de instituições diferentes (TED e DOC). O Pix é
mais uma opção disponível à população que convive com os tipos tradicionais. A
diferença é que, com o Pix, não é necessário saber onde a outra pessoa tem conta.
Você realiza a transferência a partir, por exemplo, de um telefone na sua lista de
contatos, usando a Chave Pix. Outra diferença é que o Pix não tem limite de horário,
nem de dia da semana e os recursos são disponibilizados ao recebedor em poucos
segundos. O Pix funciona 24 horas, 7 dias por semana, entre quaisquer bancos, de
banco para fintech, de fintech para instituição de pagamento, entre outros.

As transações de pagamento por meio de boleto exigem a leitura de código de barras,


enquanto o Pix pode fazer a leitura de um QR Code. A diferença é que, no Pix a
liquidação é em tempo real, o pagador e o recebedor são notificados a respeito da
conclusão da transação e o pagamento pode ser feito em qualquer dia e horário.

As transações de pagamento utilizando cartão de débito exigem uso de maquininhas


ou instrumento similar. Com Pix, as transações podem ser iniciadas por meio do
telefone celular, sem a necessidade de qualquer outro instrumento.

O Pix tende a ter um custo de aceitação menor por sua estrutura ter menos
intermediários.
Atualidades do Mercado Financeiro

Com quem é possível fazer um Pix

O Pix pode ser utilizado para:

• transferências entre pessoas;

• pagamento em estabelecimentos comerciais, incluindo lojas físicas e comércio


eletrônico;

• pagamento de prestadores de serviços;

• pagamento entre empresas, como pagamentos de fornecedores, por exemplo;

• recolhimento de receitas de Órgãos Públicos Federais como taxas (custas


judiciais, emissão de passaporte etc.), aluguéis de imóveis públicos, serviços
administrativos e educacionais, multas, entre outros (esses recolhimentos
poderão ser feitos por meio do PagTesouro);

• pagamento de cobranças;

• pagamento de faturas de serviços públicos, como energia elétrica,


telecomunicações (telefone celular, internet, TV a cabo, telefone fixo) e
abastecimento de água; e

• recolhimento de contribuições do FGTS e da Contribuição Social (a partir de


2021).

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