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Conheça a evolução das fintechs no Brasil e veja como elas impactaram os serviços financeiros nos últimos anos!

A velocidade com que o mundo está mudando aumenta exponencialmente a cada dia. Já
é possível afirmar que a evolução tecnológica trazida pelos primeiros 20 anos do século
21 superou todo o período do século 20. E a expectativa é de que esse ritmo continue
acelerado.

Os resultados dessa evolução são múltiplos e podem ser sentidos em todos os setores.
Mas, certamente, a forma como lidamos com nosso dinheiro foi uma das mais
impactadas pelos avanços tecnológicos.
O surgimento das chamadas fintechs, startups voltadas para sistemas financeiros,
revolucionou um mercado historicamente tradicional. Elas trouxeram novos meios de
pagamento, novas maneiras de investir e ainda alternativas para guardar nosso tão suado
dinheiro.

Mas o que tudo isso significa para você, consumidor, e qual impacto das fintechs no
cenário econômico brasileiro? É sobre isso que falaremos no artigo de hoje!

Mercado financeiro: o crescimento das fintechs no Brasil

A história das fintechs no Brasil ainda é curta — começou por volta de 2010, com o
surgimento das primeiras startups oferecendo serviços financeiros. De lá pra cá, no
entanto, o mercado de fintechs cresceu muito.
Somente de 2019 para 2020 o crescimento registrado foi de 34%. Hoje, o Brasil já conta
com cerca de 600 fintechs criadas, oferecendo serviços financeiros dos mais diversos,
desde plataformas digitais, investimentos, criptomoedas, crédito, crowdfunding, entre
outros.

Esse crescimento não é nenhuma surpresa. Os millennials, a geração nascida entre as


décadas de 1980 e 1990, já são a maior parte da população adulta do país e representam
50% da força de trabalho. E se tem uma característica em que os millennials são
diferentes das gerações anteriores é no seu comportamento de consumo.
Os millennials são muito exigentes na hora de escolher serviços, especialmente aqueles
referentes ao seu dinheiro. Eles cresceram tendo o poder da internet nas mãos, com a
possibilidade de pesquisar e escolher produtos ou serviços que atendessem exatamente
às suas expectativas.
Mais do que isso, com tantas fintechs surgindo todos os anos, os millenials têm opções
para escolher, e eles não hesitarão em trocar de serviço se aquele que estiverem usando
não oferecer mais a qualidade que esperam.
O mercado financeiro, em todo mundo e no Brasil, enxergou essas mudanças — que
tendem a se tornar mais claras na medida que a geração Z, a geração mais nova, chega à
maioridade. Por aqui, foram investidos US $ 2,4 bilhões em fintechs nos últimos cinco
anos.

O impacto das fintechs nos bancos tradicionais

Ao longo dos últimos cem anos, o mercado financeiro foi dominado pelos chamados
bancos tradicionais. Se tratavam de grandes empresas, com lucro nas casas dos bilhões e
com procedimentos burocráticos que, na maioria das vezes, criavam um sentimento de
repulsa no consumidor só pela ideia de ter que “ir ao banco” para resolver um problema.
Segundo uma pesquisa realizada pela Cantarino Brasileiro, quase metade dos usuários
de serviços financeiros no Brasil possuem ao menos uma conta em um banco digital e
uma em um banco tradicional. O grande crescimento das fintechs fez com que os
grandes bancos ficassem em alerta. No últimos anos, eles tiveram que se reinventar para
competir com os serviços rápidos e práticos das fintechs.

Outra pesquisa, da PwC, mostrou que, globalmente, 82% dos bancos tradicionais estão
buscando fazer parcerias com fintechs para melhorar seus próprios serviços. Não
obstante, grande parte dos serviços oferecidos pelos bancos tradicionais de hoje pode
ser contratado virtualmente.

Contudo, os grandes bancos ainda ficam atrás das fintechs em muitos sentidos. Por
muito tempo, as contas digitais eram as únicas a oferecer transferências online gratuitas,
não importa se realizada entre contas do mesmo banco ou não. Os bancos tradicionais,
por outro lado, permaneciam cobrando taxas altas pelo mesmo serviço.

Isso, no entanto, está mudando com a chegada do PIX, o sistema de pagamentos


instantâneos lançado pelo Banco Central. Com ele, os bancos tradicionais mais uma vez
deverão se adaptar e oferecer, assim como as fintechs, transferências online gratuitas
para contas de qualquer instituição. O PIX ainda tornará as transações universais,
permitindo que elas aconteçam em qualquer dia e horário, e não só em horário
comercial.

Benefícios das fintechs para o consumidor: por que elas crescem tanto?
Então, quais são as vantagens das inovações que as fintechs trouxeram e que geraram
tantos investimentos nos últimos anos? Vamos dar uma olhada:

Preço: um aspecto fundamental da fintech é que cada inovação traz uma redução
potencial de custo, não apenas para as empresas, mas também para o consumidor. Com
os algoritmos se tornando cada vez mais inteligentes e capazes de julgar coisas como
risco de empréstimo com mais precisão, a automação de muitos processos significa que
menos presença física será necessária e a economia de custos pode ser repassada para os
clientes;

Rapidez: as fintechs oferecem serviços, em sua maioria, instantâneos. Digamos que


você esteja procurando empréstimos de curto prazo, por exemplo, encontrará muitos
credores oferecendo um retorno rápido em seus serviços;

Acessibilidade: o rápido desenvolvimento das fintechs também está ajudando a trazer


novas oportunidades para aumentar a transparência, reduzir custos e também tornar as
informações mais acessíveis. Elas estão ajudando a garantir que essas informações
estejam ao alcance do consumidor;

Segurança: com as inovações de velocidade, vem a necessidade de protocolos de


segurança mais rígidos, e as inovações da fintech também influenciaram nisso. Uma
inovação emergente que serve de exemplo do uso da tecnologia de segurança é a
autorização biométrica. Além disso, o desenvolvimento da tecnologia Blockchain
ofereceu uma maneira segura de armazenar dados em milhares de servidores e
revolucionou os mercados financeiros.

Com isso, o futuro das fintechs no Brasil é promissor. Nos próximos anos,
continuaremos a ver o aumento das inovações trazidas por essas startups, especialmente
com a aprovação pelo governo do Sandbox regulatório que dará às fintechs mais
elasticidade para experimentar no mercado.

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