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FACULDADE EAD

ADRIANA BIACCHI DA SILVA

E-COMMERCE:

A TRANSFORMAÇÃO DO COMÉRCIO TRADICIONAL


Adriana Biacchi da Silva

E-COMMERCE:
A Transformação Do Comércio Tradicional

Trabalho de Conclusão de Curso da faculdade Estácio, Modo


EAD para a do curso de Jornalismo.

Tutor (a): Elida Mattos Vaz

Porto Alegre, Junho de 2023


“Sem jornalismo não há revolução.
Jornalismo é tirar a venda dos olhos
de quem não conhece a verdade.
O jornalismo é, antes de tudo e sobretudo,
a prática diária da inteligência
e o exercício cotidiano do caráter.
Jornalismo é como se fosse um fio,
que liga as pessoas ao mundo. “
(https://www.pensador.com/frases_jornalismo/)
Resumo:
O E-commerce surgiu nos anos 90, mas foi nos anos 2000 que ganhou força com
a popularização da internet. Desde então, tem revolucionado o modo como as empresas
vendem produtos e serviços, permitindo que negócios de todos os tamanhos tenham
acesso ao mercado.
O E-commerce tem o poder de permitir que empresas de todos os portes estejam
no mesmo nível de competição de vendas.
A pandemia de COVID-19 destacou ainda mais a importância do E-commerce.
Com as restrições de mobilidade, resultando em um aumento significativo nas compras
online.
Esta modalidade de comércio abriu portas para novos produtos, permitiu interação
com diversas culturas, gerou novos empregos, forçou as empresas a se inovarem e se
reinventarem, com novos recursos tanto obrigatórios com necessários para sua
sobrevivência, fazendo o empresário reavaliar a sua visão do cliente.
Apesar do sucesso do E-commerce, práticas questionáveis têm chamado a
atenção da mídia e do governo, como o aumento abusivo de preços durante a pandemia
entre outros. O governo também tem se preocupado com a tributação, buscando
maneiras de regulamentar e cobrar impostos sobre as vendas online.
O futuro do E-commerce continuará a evoluir, impulsionado por avanços
tecnológicos e demandas do mercado, moldando assim a forma como compramos e
vendemos produtos e serviços.
Junto a todo isso o jornalista está constantemente fazendo sua parte com ética,
polidez e imparcialidade.

Palavras chaves: E-commerce; Jornalismo; Internet; Vendas Online; Tributação;


Covid-19; Segurança; Governo; Privacidade; Qualidade das Informações; Qualidade
do Site; Confiança; Mídia.
SUMÁRIO
1 – INTRODUÇÃO....................................................................................................06

2 – E-commerce durante a pandemia....................................................................07


2.1 – A nova realidade das empresas e consumidores.............................................07
3 – O meio eletrônico.............................................................................................. 08
4 – Logística de entrega.........................................................................................09
4.1 – As etapas..........................................................................................................09
4.2 – Meios para melhoria das operações.................................................................10
5 – Segurança.......................................................................................................... 12
5.1 – A segurança no meio eletrônico…………………………………………………....12
5.2 – Segurança dos clientes.....................................................................................13
5.3 – A parte do governo………...…………................................................................15
5.4 – A parte do governo no Brasil….........................................................................16
6 – Os produtos...................................................................................................... .17
6.1 – Estatística das vendas.………..…..…………………....…..................................18
7 – Perfil dos consumidores……............................................................................20
7.1 – Idade dos clientes............................................................................................ 21
7.2 – Como as empresas se adaptaram para a geração antiga................................22
8 – Sustentabilidade................................................................................................23
9 – Efeitos negativos do E-commerce...................................................................25
9.1 – O fechamento de lojas físicas nos grandes centros.........................................26
9.2 – O desemprego..................................................................................................29
10 – Relacionamentos pessoais e culturais..........................................................30
11 – A outra face do comércio eletrônico.............................................................32
12 – Os meios de divulgação..................................................................................33
12.1 – Personalidades...............................................................................................35
12.2 – Mídia invasiva sem autorização......................................................................37
13 – As novas tecnologias..................................................................................... 39
14 – O jornalista e sua importância.......................................................................40
15 – Conclusão........................................................................................................ 42
16 – Referências ..................................................................................................... 44

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1 – Introdução:

Com pouco mais de 20 anos de surgimento, o que é considerado novo, o


E-commerce surgiu nos meados de 1960 nos Estados Unidos, mas a finalidade era
apenas mostrar ao dono da empresa que o cliente tinha interesse em solicitar seu
produto para a compra.

Esta modalidade surgiu quando as companhias de telefone e internet


começaram a utilizar o Eletronic Data Interchange, ou em tradução livre, Intercâmbio
Eletrônico de Dados.

No Brasil o seu surgimento foi por volta de 1996, onde se tem seus primeiros
registros, mas foi em 1999 com o site Submarino que a população teve sua atenção
despertada para essa modalidade de compras, sendo inicialmente de livros.

Uma curiosidade é que, conforme registros na internet não podemos esquecer


que, em 1995, o escritor e economista Jack London lançou a Booknet. A livraria virtual
foi pioneira no E-commerce brasileiro e, ainda, ousava com a promessa de entrar o
pedido em até 72 horas.

No passar dos anos o E-commerce mudou de forma. Com o desenvolvimento e


crescimento da internet somado a facilidade de acesso a grande parte da população
surgiram empresas que criaram sites específicos para vendas através da internet,
como: Amazon, Aliexpress, Alibaba, Shopee entre outros.

Estas empresas basicamente são centralizadores de vendas onde qualquer


empresa que queira vender seu produto ou serviços seja ele poderá anunciá-lo através
da plataforma criada para este fim.

Através desta nova modalidade surgiram outros serviços engajados em dar


continuidade e concluir todo processo até a chegada do produto ao comprador.

Sua influência tem sido tão significativa que ele tem o potencial de democratizar
o acesso ao mercado, permitindo que pequenas empresas compitam de igual para
igual com grandes corporações.

Todo este sistema movimentou até pouco tempo atrás diversas vendas e
negócios de modo discreto e sem muito alarde da mídia; o que a partir do início da
pandemia entre 2019/2020, esta começou a tomar uma proporção ainda nunca vista.

Através deste crescimento alucinado, podemos ver como isso impactou em


nossas vidas tanto social como politica. Além disso, a comodidade e a praticidade das
compras online têm atraído cada vez mais consumidores.

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2 – E-commerce durante a pandemia

Durante a pandemia de COVID-19, o E-commerce assumiu um papel de


extrema importância na economia global. As restrições de mobilidade e o fechamento
temporário de estabelecimentos comerciais tradicionais levaram as empresas a buscar
novas formas de vendas, a fim de manterem seus negócios ativos e atenderem às
necessidades dos consumidores. Como resultado, houve um crescimento exponencial
do comércio eletrônico, impulsionado pela mudança de comportamento dos
consumidores e pela necessidade de adaptação das empresas.

As medidas de distanciamento social e as medidas de segurança sanitária


impostas durante a pandemia levaram ao fechamento de lojas físicas, restringindo o
acesso dos consumidores a produtos e serviços presenciais. Diante dessa realidade,
os consumidores se voltaram para as compras online como uma alternativa
conveniente e segura para adquirir os produtos de que necessitavam. A comodidade
de poder fazer compras sem sair de casa, evitar aglomerações e ter acesso a uma
ampla variedade de produtos disponíveis online impulsionou a demanda pelo E-
commerce.

Os números refletem essa mudança de comportamento do consumidor. De


acordo com dados da ABComm, as compras online no Brasil cresceram
impressionantes 47% em 2020. Esse crescimento expressivo demonstra o quanto o
comércio eletrônico se tornou uma opção essencial durante a pandemia, tanto para as
empresas como para os consumidores.

2.1 – A nova realidade das empresas e consumidores

Do ponto de vista das empresas, a adaptação ao E-commerce se mostrou


crucial para a sobrevivência e o crescimento em meio à crise. Muitas empresas
precisaram definir novas estratégias de vendas. Entrar, criar ou aprimorar suas
plataformas online e investir em logística para garantir a entrega eficiente dos produtos
se tornou o foco delas. O comércio eletrônico se tornou um canal indispensável para
manter as vendas e continuar atendendo os clientes, mesmo diante das restrições
impostas pela pandemia.

Já do ponto de vista dos consumidores, a mudança para o E-commerce foi


impulsionada pela necessidade de adaptar-se a um novo contexto de compra. Com as
lojas físicas fechadas ou com restrições, muitos consumidores encontraram no
comércio eletrônico a solução para suas necessidades. A conveniência de poder
comprar de casa, a possibilidade de comparar preços, ler avaliações de outros
consumidores e ter acesso a uma ampla gama de produtos contribuíram para a adesão
ao E-commerce.

Além disso, o contexto da pandemia trouxe uma maior preocupação com a


segurança sanitária. Os consumidores buscaram evitar o contato físico e as

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aglomerações em lojas físicas, optando pela segurança e praticidade das compras
online. Dessa forma, o E-commerce se mostrou uma alternativa segura para a
aquisição de produtos essenciais, como alimentos, medicamentos e itens de higiene
pessoal.

3 – O meio eletrônico

É importante ressaltar que, embora o crescimento do E-commerce durante a


pandemia tenha sido expressivo, também surgiram desafios e preocupações.
Aumentaram os casos de fraudes e golpes online, exigindo uma atenção redobrada por
parte dos consumidores na verificação da segurança das plataformas e fornecedores.

Além disso, o aumento significativo das compras online durante a pandemia


também expôs questões relacionadas à qualidade e segurança das plataformas e dos
fornecedores. Com o crescente número de transações realizadas virtualmente, os
consumidores precisaram estar atentos à autenticidade dos sites, à proteção de seus
dados pessoais e financeiros e à reputação dos vendedores.

A verificação da autenticidade e segurança das plataformas e fornecedores


tornou-se um aspecto fundamental para garantir uma experiência de compra
satisfatória e confiável. Os consumidores passaram a pesquisar sobre a reputação das
lojas online, buscar por certificados de segurança e ler avaliações de outros clientes
antes de efetuar uma compra. Essa preocupação com a estes quesitos impulsionou a
demanda por plataformas confiáveis, que oferecessem medidas de proteção eficazes,
como criptografia de dados e métodos seguros de pagamento.
Além disso, a pandemia evidenciou a importância da transparência por parte dos
fornecedores. Os consumidores passaram a valorizar informações claras sobre prazos
de entrega, políticas de troca e devolução, condições de garantia, entre outros
aspectos. A confiança na empresa e a certeza de que suas necessidades seriam
atendidas adequadamente foram determinantes na escolha de um fornecedor ou
plataforma.

Nesse contexto, muitas empresas tiveram que investir em melhorias em suas


operações de E-commerce, a fim de garantir a segurança e a confiabilidade aos
consumidores. Medidas como aprimoramento dos sistemas de segurança online,
implementação de políticas claras e transparentes e um atendimento ao cliente
eficiente foram essenciais para conquistar a confiança dos consumidores e estabelecer
relacionamentos duradouros. Além disso, a mudança para o E-commerce também
trouxe desafios para o setor de atendimento ao cliente.
Com a impossibilidade de interações presenciais, as empresas tiveram que
adotar canais de atendimento online, como chatbots e sistemas de mensagens, para
oferecer suporte e solucionar dúvidas dos consumidores. A qualidade do atendimento
ao cliente se tornou um diferencial competitivo importante, uma vez que os
consumidores valorizam a agilidade, a presteza e a eficiência no suporte pós-venda.

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Como exemplo disso muitas empresas se utilizaram de redes sociais existentes
para criar um canal de acesso direto para um relacionamento mais próximo e com isso
dando mais confiança ao seu cliente, como no caso do uso do Whatsapp.
Neste caso não menos importante foi o surgimento da inteligência artificial (IA),
esta possibilitou a criação de chatbot específicos para canais de atendimento
automático dentro destas redes de atendimento, porém isso torna o atendimento mais
impessoal, o que muitos consumidores não apreciam.
4 – Logística de entrega
A logística de entrega refere-se ao processo de planejamento, execução e
controle do fluxo de produtos, desde o ponto de origem até o destino final. Envolve o
gerenciamento de todos os aspectos envolvidos no transporte e na distribuição física
de mercadorias, garantindo que elas sejam entregues de forma eficiente, segura e no
prazo correto.
Com o aumento das vendas online, houve um incremento significativo na
demanda por serviços de transporte e entrega. As empresas precisaram ajustar suas
operações logísticas para atender às demandas do comércio eletrônico, buscando
soluções eficientes para o gerenciamento de estoques, expedição de pedidos e
distribuição dos produtos.
4.1 – As etapas
A logística de entrega desempenha um papel crucial em várias indústrias,
incluindo varejo, comércio eletrônico, manufatura, serviços de alimentos e muitos
outros setores que dependem de uma cadeia de suprimentos eficiente. Aqui estão
alguns dos principais componentes da logística de entrega:
1. Planejamento da rota:
Isso envolve determinar a rota mais eficiente para a entrega das mercadorias,
levando em consideração fatores como distância, condições da estrada, tráfego e
restrições legais. O uso de tecnologias de mapeamento e roteamento pode ajudar a
otimizar o planejamento da rota.
2. Gerenciamento de estoque:
Antes da entrega, é importante garantir que os produtos estejam disponíveis no
estoque e prontos para serem enviados. Isso envolve a gestão eficaz do inventário, o
monitoramento dos níveis de estoque, a previsão da demanda e o reabastecimento
adequado para evitar a falta de produtos.

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3. Embalagem:
Os produtos devem ser adequadamente embalados para protegê-los durante o
transporte e garantir que cheguem ao destino final em perfeitas condições. A
embalagem também deve ser eficiente em termos de espaço, para otimizar a
capacidade de carga dos veículos de transporte.
4. Transporte:
O transporte é uma parte fundamental da logística de entrega. Dependendo da
distância, quantidade de produtos e urgência, pode-se utilizar diferentes modos de
transporte, como caminhões, navios, aviões ou trens. A escolha do modo de transporte
correto depende de vários fatores, como custo, tempo de trânsito e características dos
produtos.
5. Rastreamento:
A capacidade de rastrear as mercadorias durante todo o processo de entrega é
essencial. Isso permite que as empresas e os clientes acompanhem o progresso das
remessas, garantindo maior transparência e permitindo ações corretivas em caso de
atrasos ou problemas.
6. Última milha:
A última etapa da logística de entrega é a chamada “última milha”, que envolve a
entrega do produto no local de destino final, que pode ser a casa do cliente, um
escritório ou um ponto de coleta. Esse processo muitas vezes apresenta desafios,
como a necessidade de lidar com restrições de acesso, lidar com entregas em áreas
congestionadas e oferecer opções de entrega flexíveis para atender às preferências
dos clientes.
7. Gestão de devoluções:
Em caso de devoluções de produtos, é necessário gerenciar o processo de
forma eficiente. Isso envolve a coleta dos itens devolvidos, a inspeção da condição dos
produtos, o reembolso ao cliente e o retorno adequado dos produtos ao estoque, se
possível.
4.2 – Meios para melhoria das operações
Dentro desta logística de entrega que é um processo complexo e envolve muitos
detalhes, podemos ainda salientar que para garantir uma operação eficiente, as
empresas podem adotar diversas práticas e tecnologias, tais como:
1. Tecnologia de informação:
O uso de sistemas de gerenciamento de transporte (TMS) e sistemas de
gerenciamento de armazém (WMS) ajuda a otimizar o planejamento e a execução das
entregas. Esses sistemas auxiliam na automação de tarefas, no rastreamento em

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tempo real, na gestão de inventário e no monitoramento de indicadores de
desempenho.
2. Colaboração com parceiros:
A colaboração com fornecedores, transportadoras e prestadores de serviços
logísticos é fundamental para a eficiência da entrega. Uma comunicação clara e o
compartilhamento de informações relevantes permitem o planejamento conjunto e a
resolução rápida de problemas.
3. Armazenamento estratégico:
A localização estratégica dos centros de distribuição e armazéns pode reduzir as
distâncias de transporte e diminuir os tempos de entrega. O posicionamento adequado
dos estoques permite uma resposta mais rápida às demandas dos clientes e pode ser
determinado com base em análises de dados e padrões de compra.
4. Gestão de estoque e picking eficiente:
A eficiência no gerenciamento do estoque e no processo de picking (seleção dos
produtos no armazém) contribui para uma logística de entrega mais ágil. A adoção de
tecnologias como códigos de barras, leitores de código de barras e sistemas de gestão
de estoque automatizados pode otimizar essas atividades.
5. Entregas sustentáveis:
Com a crescente preocupação com o meio ambiente, a logística de entrega
também está se adaptando para ser mais sustentável. A utilização de veículos
elétricos, o agrupamento de entregas para reduzir a quantidade de veículos nas
estradas, o uso de embalagens recicláveis e a busca por rotas mais eficientes são
algumas das práticas adotadas para minimizar o impacto ambiental.
6. Análise de dados e otimização contínua:
A análise de dados desempenha um papel importante na melhoria da logística
de entrega. As empresas podem coletar informações sobre tempos de entrega, custos,
desempenho das transportadoras e feedback dos clientes para identificar áreas de
melhoria e fazer ajustes no processo.

A logística de entrega está em constante evolução, impulsionada pelas


demandas dos clientes, avanços tecnológicos e mudanças nas expectativas do
mercado. As empresas que conseguem aprimorar sua eficiência e oferecer uma
experiência de entrega superior têm uma vantagem competitiva sobre seus
concorrentes.

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5 – Segurança
Quando falamos de segurança neste contexto podemos dizer que existem
diversas faces a analisar, primeiramente no meio eletrônico que envolve tanto o
comprador quanto o vendedor, temos também pelo lado do cliente a segurança do
produto que envolve garantias de entrega, funcionamento, devolução, troca e
originalidade do produto.
Já por parte do vendedor este dependendo da plataforma em que ele está
inserido ver as garantias por ela oferecidas a ele.
O governo contribui com sua parte com leis e órgãos dedicados.
5.1 – A segurança no meio eletrônico
A segurança no meio eletrônico de compras é uma preocupação importante
tanto para os consumidores quanto para as empresas. Com o crescimento do comércio
eletrônico, é essencial adotar medidas para proteger as informações confidenciais dos
clientes e garantir transações seguras. Aqui estão algumas considerações sobre
segurança no meio eletrônico de compras:
1. Criptografia:
A criptografia é uma tecnologia fundamental para garantir a segurança das
informações durante a transmissão pela Internet. Ao utilizar protocolos de criptografia,
como o Secure Sockets Layer (SSL) ou o Transport Layer Security (TLS), os dados são
codificados e protegidos contra interceptação e acesso não autorizado.
2. Certificados de segurança:
Os certificados de segurança são utilizados para autenticar a identidade de um
site e garantir que as informações sejam transmitidas de forma segura. Os selos de
segurança, como o selo de site seguro, são exibidos em sites confiáveis para indicar
que eles implementaram medidas de segurança adequadas.
3. Autenticação de dois fatores:
A autenticação de dois fatores (2FA) é um método de segurança que requer que
os usuários forneçam duas formas de autenticação para acessar uma conta ou concluir
uma transação. Além da senha, pode ser solicitado um código enviado por SMS, um
token físico ou o uso de aplicativos autenticadores.

4. Proteção de dados do cliente:


As empresas devem adotar práticas adequadas de proteção de dados para
garantir a confidencialidade das informações pessoais dos clientes. Isso inclui a
implementação de políticas de privacidade claras, o uso de firewalls e antivírus, a

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restrição de acesso aos dados confidenciais e a criptografia das informações
armazenadas.
5. Verificação do vendedor/empresa:
Antes de fazer uma compra online, é importante verificar a reputação e a
confiabilidade do vendedor ou empresa. Verificar avaliações de outros clientes,
pesquisar sobre a empresa e procurar selos de confiança podem ajudar a garantir uma
experiência segura.
6. Pagamentos seguros:
Ao efetuar pagamentos online, é recomendado utilizar métodos de pagamento
seguros, como cartões de crédito com proteção contra fraude ou serviços de
pagamento confiáveis, como PayPal ou Google Pay. Esses métodos oferecem
camadas adicionais de segurança e podem facilitar a resolução de problemas em caso
de transações fraudulentas.
7. Educação do consumidor:
Os consumidores também desempenham um papel importante na segurança do
meio eletrônico de compras. É essencial que estejam cientes das práticas
recomendadas de segurança, como a criação de senhas fortes, a verificação da
segurança dos sites antes de fornecer informações pessoais e o monitoramento de
atividades suspeitas em suas contas.
Portanto, é fundamental estar ciente dos riscos envolvidos e tomar medidas para
proteger as informações pessoais e financeiras ao realizar compras online. É válido
ressaltar que, apesar dos esforços em garantir a segurança no meio eletrônico de
compras, não existe um sistema completamente imune a riscos. Por isso, é importante
que os clientes também adotem boas práticas de segurança, como manter seus
dispositivos atualizados, utilizar senhas fortes e não compartilhar informações
confidenciais em locais não seguros.
5.2 – Segurança dos clientes
Ao realizar uma compra pela Internet, os consumidores buscam garantias não
apenas de proteção de suas informações pessoais e financeiras, mas também em
relação à segurança do produto em si.
Quando falamos sobre a segurança do produto, diversos aspectos devem ser
considerados. Primeiramente, a garantia de entrega é fundamental. Os clientes
esperam receber seus produtos dentro do prazo estabelecido e em perfeitas
condições. As empresas devem garantir a integridade do produto durante o transporte,
utilizando embalagens adequadas e serviços de entrega confiáveis.
Além disso, a segurança do funcionamento do produto é outra preocupação. Os
clientes desejam receber produtos que estejam em perfeito estado de funcionamento,

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de acordo com as especificações e descrições fornecidas. Caso ocorra algum
problema de funcionamento, é importante que as empresas ofereçam suporte ao
cliente para solucionar a questão, seja por meio de assistência técnica, substituição do
produto ou reembolso.
A segurança da devolução e troca também é um aspecto relevante para os
clientes. É essencial que as empresas disponibilizem políticas claras e justas de
devolução e troca de produtos. Os clientes devem se sentir seguros em relação à
possibilidade de devolver ou trocar um produto caso não atenda às suas expectativas,
esteja danificado ou apresente defeitos.
Outro ponto importante é a originalidade do produto. Os clientes desejam
adquirir produtos autênticos e genuínos. A pirataria e a venda de produtos falsificados
são preocupações que afetam a confiança do consumidor. Por isso, é fundamental que
as empresas garantam a autenticidade e a procedência dos produtos oferecidos,
principalmente em plataformas de venda online.
Para os clientes, é essencial realizar compras em sites confiáveis e reputáveis,
que ofereçam garantias de segurança e proteção ao consumidor. Verificar a reputação
do vendedor, ler avaliações de outros clientes e procurar por selos de segurança são
práticas importantes para garantir uma experiência de compra segura.
Em relação à segurança do cliente, é importante também lembrar que a
educação desempenha um papel fundamental. Os consumidores devem estar cientes
das melhores práticas de segurança, como o uso de senhas fortes, a verificação da
segurança dos sites e a proteção de suas informações pessoais.
O governo também desempenha um papel relevante na segurança do cliente no meio
eletrônico de compras. Através da implementação de leis e regulamentações, bem
como da atuação de órgãos de defesa do consumidor, o governo contribui para
proteger os direitos e interesses dos clientes, incentivando práticas comerciais justas e
transparentes.
Em resumo, a segurança no meio eletrônico de compras, do ponto de vista do
cliente, abrange desde a garantia de entrega, funcionamento, devolução e troca do
produto até a confiabilidade e autenticidade dos produtos adquiridos. Os clientes
devem estar atentos e tomar medidas para se proteger, ao mesmo tempo em que
procuram realizar compras em plataformas confiáveis e seguras. É importante que as
empresas estejam comprometidas em fornecer um ambiente de compra seguro, com
políticas claras e suporte ao cliente para resolver quaisquer problemas que possam
surgir.

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5.3 – A parte do governo
No meio eletrônico de compras, existem leis e órgãos governamentais que têm
como objetivo proteger os direitos e interesses tanto dos clientes quanto dos
vendedores. Essas leis variam de acordo com o país e podem abordar diversos
aspectos relacionados à segurança e proteção do consumidor. Além disso, existem
órgãos responsáveis pela fiscalização e regulamentação do comércio eletrônico.
Abaixo estão alguns exemplos comuns de leis e órgãos relacionados:
1. Legislação de Defesa do Consumidor:
A maioria dos países possui leis específicas de defesa do consumidor que se
aplicam ao comércio eletrônico. Essas leis estabelecem direitos e responsabilidades
tanto para os clientes quanto para os vendedores. Elas podem abranger aspectos
como garantia do produto, direito de arrependimento, práticas comerciais desleais,
informações claras e transparentes, entre outros.
2. Proteção de Dados:
Em relação à proteção de dados pessoais, muitos países têm leis específicas,
como o Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) na União Europeia. Essas
leis estabelecem regras sobre como as empresas devem coletar, armazenar, processar
e proteger os dados pessoais dos clientes.
3. Direito do E-commerce:
Algumas legislações também possuem diretrizes específicas para o comércio
eletrônico. Essas leis podem abordar temas como informações pré-contratuais,
transações eletrônicas, contratos online, responsabilidade do provedor de serviços,
entre outros.
4. Agências Reguladoras:
Muitos países têm agências reguladoras dedicadas à supervisão e
regulamentação do comércio eletrônico. Essas agências podem ter responsabilidades
como fiscalização, aplicação de leis, mediação de conflitos e proteção do consumidor.
Alguns exemplos são a Federal Trade Commission (FTC) nos Estados Unidos e o
Office of Fair Trading (OFT) no Reino Unido.
5. Órgãos de Defesa do Consumidor:
Além das agências reguladoras, muitos países possuem órgãos específicos de
defesa do consumidor, cujo objetivo é proteger os direitos e interesses dos clientes.
Esses órgãos geralmente oferecem canais de denúncia, mediação de conflitos,
orientações e informações sobre os direitos do consumidor.
É importante ressaltar que as leis e os órgãos governamentais podem variar de
país para país, e as informações acima são apenas exemplos gerais. É recomendável
que clientes e vendedores estejam familiarizados com as leis e regulamentações

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específicas de seu país e busquem orientação dos órgãos competentes em caso de
dúvidas ou problemas relacionados ao comércio eletrônico.
5.4 – A parte do governo no Brasil
No Brasil, existem leis e órgãos governamentais que protegem os direitos e
interesses dos consumidores e estabelecem diretrizes para o comércio eletrônico.
Alguns exemplos são:
1. Código de Defesa do Consumidor (CDC):
O CDC é uma das principais leis que protegem os direitos dos consumidores no
Brasil, incluindo aqueles que realizam compras online. Ele estabelece normas sobre
práticas comerciais, garantias, direito de arrependimento, informação clara e
adequada, entre outros aspectos relacionados à relação de consumo.
2. Lei do E-commerce (Lei nº 7.962/2013):
Essa lei estabelece requisitos específicos para o comércio eletrônico no Brasil.
Ela aborda questões como a disponibilização de informações claras sobre o produto ou
serviço, o direito de arrependimento do consumidor, a segurança das informações
pessoais e a responsabilidade dos fornecedores.
3. Decreto nº 7.962/2013:
Esse decreto regulamenta a Lei do E-commerce e traz orientações detalhadas
sobre aspectos como informações pré-contratuais, atendimento ao consumidor, prazo
de entrega, troca e devolução, entre outros.
4. Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon):
A Senacon, vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, é
responsável por formular e implementar a política nacional de proteção e defesa do
consumidor. Ela atua na fiscalização e aplicação das leis de defesa do consumidor,
inclusive no contexto do comércio eletrônico.
5. Procon:
Os Procons são órgãos estaduais e municipais de defesa do consumidor. Eles
têm o papel de receber denúncias, orientar os consumidores e mediar conflitos entre
consumidores e fornecedores, incluindo casos relacionados ao comércio eletrônico.
Esses são alguns exemplos de leis e órgãos relacionados à proteção do
consumidor e ao comércio eletrônico no Brasil.
É importante que tanto os consumidores quanto os vendedores estejam cientes
dessas leis e busquem orientação junto aos órgãos competentes em caso de dúvidas
ou problemas relacionados a compras online.

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No final das contas, a segurança no meio eletrônico de compras é uma
responsabilidade compartilhada entre os clientes, as empresas e o governo. Através da
colaboração e do cumprimento de regulamentos e melhores práticas, é possível criar
um ambiente de compra online mais seguro e confiável, proporcionando aos clientes a
tranquilidade necessária para aproveitar as vantagens e comodidades oferecidas pelo
comércio eletrônico.
6 – Os produtos
No que diz respeito ao consumidor, a mudança para o E-commerce durante a
pandemia refletiu uma necessidade de adaptação a uma nova realidade. O acesso
limitado a lojas físicas e o receio de exposição ao vírus da COVID-19 direcionaram os
consumidores para o ambiente online. A conveniência de fazer compras a qualquer
hora e de qualquer lugar, a possibilidade de comparar preços e produtos de forma
rápida e a comodidade de receber os produtos em casa foram aspectos valorizados
pelos consumidores durante esse período.
Com o acesso limitado às lojas físicas, os consumidores passaram a explorar
novas formas de pesquisa e compra. O processo de tomada de decisão tornou-se mais
digital, com os consumidores pesquisando produtos, lendo avaliações de outros
clientes e comparando preços antes de efetuar uma compra.
Além disso, a variedade de produtos disponíveis online é geralmente maior do
que nas lojas físicas, permitindo aos consumidores explorar uma ampla gama de
opções e encontrar exatamente o que desejam, sem contar com a possibilidade de
encontrarem produtos não encontrados em seu bairro, cidade, estado e até mesmo
país.
Alguns dos produtos mais comprados pela internet durante a pandemia incluem:
1. Equipamentos de proteção individual (EPIs):
Com a necessidade de proteção pessoal, itens como máscaras faciais, luvas
descartáveis, álcool em gel e desinfetantes foram altamente procurados.
2. Eletrônicos e produtos de tecnologia:
Com mais pessoas trabalhando e estudando em casa, houve um aumento na
demanda por laptop, webcam, fones de ouvido, monitores, impressoras e outros
dispositivos eletrônicos.
3. Produtos de cuidados pessoais e bem-estar:
Com salões de beleza e spas fechados em muitos lugares, as pessoas recorreram à
compra de produtos para cuidados pessoais em casa, como produtos para cuidados
com a pele, cabelo, unhas, equipamentos de exercícios, entre outros.
4. Alimentos e produtos de mercearia:

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Com as medidas de distanciamento social, muitas pessoas optaram por fazer
compras de alimentos e produtos de mercearia online. Itens como alimentos não
perecíveis, produtos de limpeza, água engarrafada e produtos básicos do dia a dia
tiveram uma alta demanda.
5. Produtos para casa e decoração:
Com o aumento do tempo gasto em casa, muitas pessoas investiram em
melhorias e decoração para tornar seu ambiente mais confortável. Itens como móveis,
utensílios domésticos, decorações e artigos para organização tiveram uma procura
maior.
É importante destacar que esses são exemplos gerais e que a demanda por
produtos pode variar dependendo do país, das restrições locais e das necessidades
individuais.

6.1 – Estatística das vendas


Desde o início da pandemia, algumas atitudes chamaram a atenção, como a alta
nas vendas de papel higiênico. Algumas pessoas estocaram itens essenciais, pois
ainda não se sabia exatamente como funcionaria o isolamento e por quanto tempo
duraria.

Depois dessas altas pontuais, o mercado tenta analisar o novo perfil do


consumidor. Algumas pesquisas mostraram quais itens estão sendo mais solicitados e
quais setores estão sofrendo os maiores impactos. Veja uma seleção dos produtos que
estão fazendo sucesso na cesta de compras do brasileiro.

Produtos de saúde:

Segundo a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), a compra de


produtos do setor de saúde tiveram um aumento de 111%. O álcool em gel, por
exemplo, foi um item com aumento de vendas de 5.000%.

Em seguida, os inaladores aparecem na lista, com alta de 900%. Depois, termômetros,


com 843%, seguido de soro fisiológico, marcando 316%. Outros produtos, como luvas
cirúrgicas, itens de higiene íntima e sabonetes, aparecem na lista.

Produtos de supermercado

Apesar dos supermercados estarem abertos, muitos estão optando por fazer as
compras sem sair de casa, utilizando aplicativos, por exemplo. O setor apresentou alta
de 80%, segundo a ABComm.

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O relatório da associação mostra um acréscimo de 283% na compra de hambúrgueres.
Petiscos e empanados tiveram um aumento de 173%.
Os produtos em conserva e enlatados também possuem destaque, com 166% de alta.

A Criteo, empresa de tecnologia, fez uma pesquisa analisando diversos setores que
atuam no comércio eletrônico. Os dados são referentes aos dias após o decreto oficial
de quarentena em São Paulo, em 24 de março.

Entre os resultados do Brasil, os snacks merecem destaque. O termo se refere a


produtos como salgadinhos, biscoitos, chocolates e outros que podem ser consumidos
rapidamente como sobremesa ou lanche da tarde. A alta foi de 722% na segunda
semana de abril.

Mercado de eletrônicos

O mercado de eletrônicos está em constante expansão e isso não mudou com a


pandemia, inclusive, se intensificou. A pesquisa feita pela Criteo enfatiza os jogos
eletrônicos, com alta de 315%. 

Muitas pessoas sentiram a necessidade de adaptar o ambiente caseiro para que fosse
possível trabalhar. Isso fica evidente na alta da compra de roteadores e repetidores, de
193%. A venda de laptop também teve aumento de 169%.

Seguimento fitness

Com o isolamento social por tempo indeterminado, muitas pessoas passaram a se


preocupar com a saúde física. Afinal, ir para a academia ou praticar esportes em grupo
não seria mais possível. Como consequência, o setor também viu as vendas
crescerem em diferentes itens.

Os smartwatches, relógios inteligentes, ou pulseiras que atuam de maneira semelhante


tiveram alta de 513%. Produtos que facilitam a prática de ioga e pilates contabilizaram
aumento de 387%, segundo a Criteo.

A consultoria FGK analisou dados computando o comportamento dos compradores


durante um mês de quarentena. Segundo a pesquisa, a venda de equipamentos de
ginástica aumentou 500%.Comportamento do consumidor pode mudar

Durante a pandemia, o empreendedor precisa estar atento, pois, o cenário pode mudar
rapidamente. O produto que está vendendo bem hoje, pode não apresentar o mesmo
resultado na semana seguinte. 

No início da crise, foi possível perceber um aumento nas vendas de itens de


necessidade. Depois, as pessoas passaram a se preparar para uma quarentena longa,
comprando produtos que ajudariam na adaptação de uma nova vida em casa.

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Com o futuro econômico incerto, o consumidor pode olhar com cuidado para suas
próximas aquisições, evitando gastar mais que o necessário. Enquanto isso, setores
como o de moda estão sendo impactados desde o início e precisam pensar como se
readaptar ao período.
https://costanorte.com.br/colunas/detudoumpouco/os-artigos-que-mais-foram-vendidos-pela-internet-durante-a-pandemia-1.12347

7 – Perfil dos consumidores

Durante a pandemia, houve um aumento significativo no número de


consumidores que optaram por fazer compras online. Essa mudança de
comportamento afetou pessoas de diferentes perfis, incluindo diferentes classes
sociais, faixas etárias e gêneros. Vamos explorar esses perfis em maior detalhe:

1. Classe Social:

A pandemia levou a uma expansão do comércio eletrônico para uma parcela


mais ampla da sociedade, incluindo consumidores de diversas classes sociais.
Enquanto anteriormente o comércio eletrônico era mais comum entre as classes média
e alta, a pandemia trouxe um aumento significativo nas compras online por parte das
classes sociais mais baixas. Isso ocorreu devido à necessidade de evitar aglomerações
em lojas físicas e à conveniência do comércio eletrônico para aquisição de produtos
essenciais.

2. Idade:

Durante a pandemia, todas as faixas etárias foram afetadas pela mudança no


comportamento de compra. No entanto, houve um destaque especial para a adoção do
comércio eletrônico por parte de grupos demográficos mais jovens e de meia-idade. Os
consumidores mais jovens, como a geração Z e os millennials, que já estavam
familiarizados com a tecnologia e a compra online, intensificaram suas atividades de
compra na internet. Da mesma forma, consumidores na faixa dos 30 a 50 anos
também aumentaram suas compras online, adaptando-se rapidamente ao ambiente
virtual.

3. Sexo:

O comportamento de compra online durante a pandemia não demonstrou


grandes diferenças entre os gêneros. Tanto homens quanto mulheres adotaram o
comércio eletrônico como uma alternativa segura e conveniente para fazer suas
compras. Ambos os gêneros procuraram produtos essenciais, eletrônicos, roupas,
alimentos e outros itens online, buscando a praticidade e a segurança oferecidas pelo
ambiente virtual.

20
É importante destacar que essas observações são baseadas em tendências
gerais e podem variar de acordo com a região geográfica, o contexto socioeconômico e
as preferências individuais.

A pandemia acelerou a adoção do comércio eletrônico e trouxe uma diversidade


de consumidores para o ambiente online. Independentemente da classe social, idade
ou sexo, cada vez mais pessoas estão descobrindo os benefícios e a conveniência de
fazer compras pela internet, impulsionando o crescimento do comércio eletrônico em
todo o mundo.

7.1 – Idade dos clientes

A idade desempenhou um papel significativo na influência do perfil dos


consumidores na internet durante a pandemia. As diferentes faixas etárias tiveram
necessidades e comportamentos de compra distintos. Vamos explorar algumas dessas
influências:

1. Geração Z e Millennials:

Os consumidores mais jovens, como a geração Z (nascidos entre meados dos


anos 1990 e meados dos anos 2000) e os millennials (nascidos entre os anos 1980 e
meados dos anos 1990), já estavam familiarizados com a tecnologia e a compra online
antes da pandemia. Eles foram os mais propensos a adotar o comércio eletrônico
como uma forma natural de fazer compras. Esses consumidores geralmente estão
conectados às mídias sociais, buscando por tendências, promoções e experiências de
compra personalizadas.

2. Geração X:

A geração X (nascidos entre os anos 1960 e início dos anos 1980) foi afetada
tanto pela mudança para o trabalho remoto quanto pela necessidade de atender às
demandas educacionais de seus filhos em casa. Eles aumentaram suas compras
online para adquirir dispositivos eletrônicos, materiais educacionais e produtos que
tornassem o tempo em casa mais confortável e produtivo.

3. Baby Boomers e gerações mais antigas:

Os consumidores mais velhos também se adaptaram ao comércio eletrônico


durante a pandemia. Muitos da geração dos baby boomers (nascidos entre meados
dos anos 1940 e meados dos anos 1960) e das gerações mais antigas buscaram
conveniência e segurança ao fazer compras online. Eles adquiriram itens essenciais,
como alimentos, medicamentos e produtos de higiene pessoal, além de produtos de
entretenimento e bem-estar em casa.

21
No entanto, é importante ressaltar que nem todos os consumidores desta faixa
se adaptaram facilmente ao comércio eletrônico durante a pandemia. Algumas
pessoas, especialmente as de faixas etárias mais avançadas ou com menor
familiaridade com a tecnologia, enfrentaram dificuldades na transição para as compras
online. A falta de habilidades digitais, a desconfiança em relação à segurança das
transações online e a preferência por uma experiência de compra presencial foram
alguns dos obstáculos encontrados por esses consumidores.

É importante notar que essas são generalizações e que o comportamento de


compra pode variar entre indivíduos dentro de cada faixa etária. Além disso, com o
passar do tempo e o aumento da familiaridade com o comércio eletrônico, é possível
que consumidores de todas as faixas etárias tenham aumentado suas compras online,
independentemente de sua idade inicialmente.

7.2 – Como as empresas se adaptaram para a geração antiga

Para abordar e incluir os clientes mais velhos e com dificuldades de acesso à


internet, as empresas adotaram várias estratégias e iniciativas. Aqui estão algumas das
abordagens comuns:

1. Programas de treinamento e suporte:

Muitas empresas implementaram programas de treinamento para ensinar os


clientes mais velhos a usar a internet e realizar compras online. Esses programas
podem incluir tutoriais em vídeo, guias impressos, sessões de treinamento presenciais
ou online e suporte individualizado para ajudar os clientes a se familiarizarem com os
recursos básicos de navegação na internet.

2. Assistência ao cliente especializada:

As empresas disponibilizaram equipes de suporte ao cliente, treinadas para lidar


com as necessidades específicas dos clientes mais velhos. Essas equipes estão
preparadas para fornecer orientações passo a passo, esclarecer dúvidas e resolver
problemas técnicos relacionados à navegação e às compras online.

3. Interfaces simplificadas:

Para facilitar a navegação e a compreensão, as empresas desenvolveram


interfaces de usuário mais simples e intuitivas. Elas evitaram o uso excessivo de
jargões técnicos e linguagem complicada, optando por uma linguagem clara e direta
que seja facilmente compreendida pelos clientes mais velhos.

4. Opções de atendimento personalizado:

22
Algumas empresas ofereceram atendimento personalizado, permitindo que os
clientes mais velhos entrem em contato por telefone ou agendem consultas presenciais
para receber orientação e assistência durante o processo de compra. Essa abordagem
oferece um nível adicional de suporte e conforto para os clientes com dificuldades de
acesso à internet.

5. Parcerias com organizações comunitárias:

As empresas estabeleceram parcerias com organizações comunitárias e grupos


de apoio à terceira idade para ajudar a promover a inclusão digital entre os clientes
mais velhos. Isso pode incluir workshops conjuntos, eventos educacionais ou
programas de mentoramento que facilitam o acesso à internet e às compras online.

6. Acessibilidade do site:

As empresas também se preocuparam em tornar seus sites acessíveis para


pessoas com dificuldades visuais ou de audição. Elas implementaram recursos de
acessibilidade, como aumentar o tamanho da fonte, oferecer opções de contraste,
adicionar recursos de leitura de tela e legendas em vídeos, a fim de garantir que os
clientes mais velhos possam navegar e usar o site com facilidade.

Essas iniciativas demonstram o compromisso das empresas em incluir e atender


às necessidades dos clientes mais velhos. Ao proporcionar treinamento, suporte
personalizado e interfaces simplificadas, as empresas ajudam a reduzir as barreiras e
tornar a experiência de compra online mais acessível e gratificante para os clientes
mais velhos.

8 – Sustentabilidade

O comércio eletrônico (E-commerce) e a sustentabilidade podem ser abordados


em conjunto, uma vez que o crescimento do comércio online tem gerado impactos
ambientais e sociais que requerem atenção e ações voltadas para a sustentabilidade.
Podemos destacar algumas considerações sobre como o E-commerce pode ser
alinhado com a sustentabilidade:

1. Redução do consumo de recursos naturais:

O comércio eletrônico pode contribuir para a sustentabilidade ao reduzir o


consumo de recursos naturais, como energia e papel. Ao contrário do varejo físico
tradicional, o E-commerce elimina a necessidade de grandes espaços físicos e

23
minimiza o uso de embalagens e impressões em papel, resultando em uma redução
significativa do consumo de recursos.

2. Otimização da logística:

O E-commerce tem o potencial de otimizar a logística de entrega, reduzindo a


necessidade de deslocamentos desnecessários. Através da implementação de
estratégias eficientes de gestão da cadeia de suprimentos, como o uso de centros de
distribuição estrategicamente localizados e rotas de entrega inteligentes, é possível
minimizar as emissões de carbono associadas ao transporte de produtos.

3. Estímulo ao consumo consciente:

As empresas de E-commerce podem incentivar o consumo consciente,


promovendo produtos sustentáveis, de comércio justo e produzidos de forma ética.
Isso envolve a seleção criteriosa de fornecedores, a oferta de informações
transparentes sobre a origem e as práticas de produção dos produtos, além de
incentivar a durabilidade e a reutilização.

4. Embalagens sustentáveis:

As embalagens são um aspecto importante a ser considerado no E-commerce.


Empresas podem adotar embalagens sustentáveis, como materiais reciclados,
biodegradáveis ou compostáveis, além de buscar reduzir o tamanho das embalagens
para evitar desperdício de materiais.

5. Logística reversa e reciclagem:

O E-commerce pode implementar programas de logística reversa para lidar com


devoluções e garantir que produtos indesejados ou com defeitos sejam devidamente
encaminhados para reciclagem ou descarte adequado. Além disso, é importante que
as empresas incentivem os consumidores a reciclarem as embalagens e produtos
descartados corretamente.

6. Conscientização do consumidor:

As empresas de e-commerce desempenham um papel fundamental na


conscientização do consumidor sobre a importância da sustentabilidade. Isso pode ser
feito através de campanhas de marketing, fornecimento de informações claras sobre os
aspectos sustentáveis dos produtos e opções de compra, além de incentivar práticas
de consumo responsável.

24
É importante ressaltar que o E-commerce ainda enfrenta desafios relacionados
à sustentabilidade, como a gestão de resíduos, a eficiência energética e a
responsabilidade social. No entanto, as empresas têm o poder de adotar práticas
sustentáveis em suas operações e influenciar positivamente o comportamento do
consumidor. Ao adotar estratégias sustentáveis, o E-commerce pode contribuir para a
proteção do meio ambiente e para o desenvolvimento de um sistema econômico mais
responsável e equilibrado.

9 – Efeitos negativos do E-commerce

Embora o comércio eletrônico tenha inúmeros benefícios, também


apresenta alguns efeitos negativos. É importante considerar esses aspectos para
entender o impacto do E-commerce em diversos setores. Aqui estão alguns dos efeitos
negativos associados ao comércio eletrônico:

1. Desemprego no setor varejista:

Com a popularidade crescente do E-commerce, muitas lojas físicas têm


enfrentado dificuldades financeiras, levando ao fechamento de estabelecimentos e ao
consequente desemprego no setor varejista tradicional. A automação e a redução da
necessidade de mão de obra física nas operações do E-commerce podem resultar na
perda de empregos no comércio tradicional.

2. Impacto ambiental:

Embora o E-commerce possa contribuir para a redução do consumo de recursos


naturais, também tem impactos ambientais negativos. O aumento no número de
pacotes e entregas resulta em maior demanda por transporte, aumentando as
emissões de carbono e a poluição atmosférica. Além disso, embalagens excessivas e
descartáveis podem gerar mais resíduos.

3. Exclusão digital:

Nem todas as pessoas têm acesso fácil à internet ou possuem habilidades


tecnológicas para utilizar o comércio eletrônico. Isso pode resultar na exclusão de
certos grupos da população, como idosos, pessoas de baixa renda ou residentes em
áreas rurais com acesso limitado à internet. Essa exclusão pode criar disparidades e
desigualdades no acesso aos produtos e serviços oferecidos.

4. Segurança e privacidade:

O comércio eletrônico apresenta desafios em termos de segurança e


privacidade dos dados dos consumidores. A exposição a fraudes online, roubos de
identidade e violações de dados é uma preocupação constante. As empresas devem

25
implementar medidas de segurança adequadas para proteger as informações pessoais
e financeiras dos clientes.

5. Dificuldade na avaliação de produtos:

Ao comprar online, os consumidores não têm a oportunidade de tocar,


experimentar ou testar os produtos antes da compra. Isso pode dificultar a avaliação da
qualidade, do tamanho ou das características específicas dos itens. Embora existam
avaliações e descrições detalhadas disponíveis, algumas pessoas podem preferir a
experiência física de comprar em uma loja tradicional.

6. Concorrência desleal:

O comércio eletrônico permite que empresas de diferentes países concorram no


mesmo mercado, muitas vezes com vantagens competitivas em termos de preços,
impostos ou regulamentações. Isso pode resultar em uma competição desleal para os
varejistas locais que enfrentam dificuldades para acompanhar os preços e condições
oferecidos pelos vendedores online.

7. Dependência da tecnologia:

O E-commerce está intrinsecamente ligado à tecnologia e à infraestrutura digital.


Interrupções no fornecimento de energia, falhas de conexão à internet ou ataques
cibernéticos podem impactar negativamente as operações e a experiência do cliente
no comércio eletrônico. Isso pode levar a atrasos nas entregas, perda de vendas ou
até mesmo perda de confiança dos consumidores.

9.1 – O fechamento de lojas físicas nos grandes centros

O fechamento de lojas físicas tem afetado significativamente os centros


comerciais das cidades. Esses espaços, tradicionalmente ocupados por uma variedade
de lojas e estabelecimentos, têm enfrentado desafios diante das mudanças nos
padrões de consumo e do crescimento do comércio eletrônico. Aqui estão alguns
aspectos relacionados à situação dos centros comerciais em face do fechamento de
lojas físicas:

1. Espaços vazios e impacto visual:

O fechamento de lojas físicas resulta em espaços vazios nos centros


comerciais, o que pode prejudicar a atratividade e a aparência dessas áreas. Lojas
abandonadas ou fechadas podem transmitir uma sensação de abandono e
desvalorização, impactando negativamente a percepção do local pelos consumidores.

26
2. Queda no fluxo de pessoas:

A redução do número de lojas abertas nos centros comerciais pode levar a uma
diminuição do fluxo de pessoas. Com menos opções disponíveis, os consumidores
podem buscar alternativas online ou optar por visitar outros espaços comerciais que
ofereçam uma variedade maior de lojas e serviços. Isso pode levar a uma diminuição
no tráfego de pedestres e na atividade econômica da região.

3. Desafios para atrair novos negócios:

Com o fechamento de lojas físicas, os centros comerciais enfrentam desafios


para atrair novos negócios e preencher os espaços vazios. Empreendedores podem
hesitar em abrir uma loja física devido à incerteza econômica e às mudanças nos
hábitos de consumo. Além disso, as altas despesas de aluguel e manutenção
associadas aos espaços comerciais podem ser uma barreira para novos
empreendimentos.

4. Diversificação das atividades:

Para lidar com o fechamento de lojas físicas, muitos centros comerciais têm
buscado diversificar suas atividades. Em vez de depender exclusivamente do varejo
tradicional, eles estão incorporando outras opções, como restaurantes, cafés, serviços
de entretenimento, academias e espaços de coworking. Essa diversificação visa atrair
um público mais amplo e criar experiências que vão além das compras.

5. Transformação em espaços de convivência:

Alguns centros comerciais estão passando por uma transformação para se


tornarem mais do que apenas locais de compras. Eles estão sendo projetados como
espaços de convivência, com áreas verdes, praças, espaços para eventos e atividades
culturais. Essa abordagem visa criar um ambiente agradável e convidativo, onde as
pessoas possam passar tempo de qualidade, além de fazer compras.

6. Foco na experiência do cliente:

Diante do crescimento do comércio eletrônico, os centros comerciais estão cada


vez mais concentrados em oferecer uma experiência única aos clientes. Isso envolve a
criação de ambientes atraentes, com design inovador, atmosfera agradável e serviços
diferenciados. Os centros comerciais buscam proporcionar experiências que vão além
da simples transação comercial, como eventos temáticos, áreas de descanso e
serviços personalizados.

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7. Integração do online com o offline:

Muitos centros comerciais estão buscando integrar o mundo online com o offline,
reconhecendo a importância do comércio eletrônico. Eles estão implementando
estratégias como a criação de marketplaces online, onde os consumidores podem
comprar produtos de diversas lojas em um só lugar, mesmo que fisicamente não
estejam presentes no centro comercial. Além disso, estão investindo em tecnologia e
oferecendo serviços como Click and Collect, onde os clientes podem fazer suas
compras online e retirá-las na loja física.

8. Incentivos e parcerias com pequenos negócios:

Para lidar com o fechamento de lojas físicas e apoiar pequenos negócios locais,
os governos e os próprios centros comerciais têm implementado programas de
incentivo e parcerias. Isso pode incluir a redução de impostos, o fornecimento de
subsídios ou a oferta de espaços a preços mais acessíveis para empreendedores
iniciantes. Essas iniciativas visam promover a diversidade de negócios e fortalecer a
economia local.

9. Adaptação às mudanças tecnológicas:

Os centros comerciais também estão se adaptando às mudanças tecnológicas


para melhorar a experiência dos consumidores. Isso inclui a implementação de
soluções de pagamento sem contato, a utilização de realidade aumentada para
oferecer experiências virtuais de compra e a integração de aplicativos e plataformas
digitais que facilitem a navegação, a localização de lojas e a obtenção de informações
sobre produtos e promoções.

10. Cooperação entre os envolvidos:

Para enfrentar os desafios decorrentes do fechamento de lojas físicas, é fundamental


que os centros comerciais trabalhem em estreita colaboração com os lojistas, as
autoridades governamentais, as associações comerciais e outros stakeholders
relevantes. A cooperação e o diálogo aberto permitem identificar problemas em comum
e desenvolver soluções conjuntas que beneficiem a todos.

Em resumo, os centros comerciais estão se adaptando às mudanças no


ambiente de varejo, causadas pelo fechamento de lojas físicas e o crescimento do
comércio eletrônico. Eles estão buscando diversificar suas atividades, criar
experiências diferenciadas, integrar o online com o offline e colaborar com diversos
atores envolvidos. A transformação dos centros comerciais está em curso, e seu
sucesso dependerá da capacidade de se reinventarem, criarem valor para os
consumidores e se adaptarem às demandas do mercado atual.

28
9.2 – O desemprego

O crescimento do comércio eletrônico tem impactado o mercado de trabalho,


incluindo o surgimento de novas oportunidades de emprego, mas também causando
alguns efeitos negativos, como o desemprego em certos setores. Estes são, alguns
aspectos relacionados ao desemprego decorrente do comércio eletrônico:

1. Automação e substituição de empregos:

O avanço da tecnologia e a automação têm levado à substituição de empregos


tradicionais por processos automatizados no setor de comércio e varejo. Por exemplo,
a automação de tarefas como o registro de vendas, o atendimento ao cliente por
chatbots e os sistemas de gerenciamento de estoque podem reduzir a necessidade de
mão de obra humana em algumas áreas.

2. Redução de postos de trabalho no varejo físico:

À medida que os consumidores migram cada vez mais para o comércio


eletrônico, as lojas físicas podem enfrentar dificuldades financeiras e reduzir a equipe
de funcionários para se adaptarem às mudanças no mercado. O fechamento de lojas
físicas também pode resultar em demissões em massa e desemprego nas áreas
afetadas.

3. Concentração de empregos no setor logístico:

O comércio eletrônico impulsionou a demanda por serviços de logística e


entrega, criando novas oportunidades de emprego nesse setor. Empresas de
transporte e logística, como empresas de entrega de encomendas e serviços de
armazenagem, têm visto um aumento na demanda por trabalhadores para atender às
necessidades do comércio eletrônico.

4. Mudança de habilidades e demanda por profissionais digitais:

O comércio eletrônico exige habilidades digitais específicas, como marketing


digital, análise de dados, gerenciamento de mídias sociais e desenvolvimento web.
Aqueles que não possuem essas habilidades podem enfrentar dificuldades em
encontrar emprego ou precisar passar por uma requalificação profissional para se
adequarem às demandas do mercado.

5. Crescimento do empreendedorismo digital:

Por outro lado, o comércio eletrônico também tem criado oportunidades para
empreendedores digitais. Muitas pessoas têm aproveitado as plataformas online para
iniciar seus próprios negócios, como lojas virtuais e marketplaces, o que pode
compensar parte do desemprego causado pelo fechamento de lojas físicas.

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Para reduzir os efeitos negativos do desemprego decorrente do comércio eletrônico, é
importante que as empresas invistam em programas de requalificação profissional para
os funcionários afetados, ofereçam suporte para a transição para o ambiente online e
promovam a diversificação da economia local. Além disso, os governos podem
implementar políticas de incentivo ao empreendedorismo digital, estimular a educação
em habilidades digitais e promover a adaptação das leis trabalhistas às mudanças no
mercado de trabalho impulsionadas pelo comércio eletrônico.

10 – Relacionamentos pessoais e culturais

O comércio eletrônico teve um impacto significativo nos relacionamentos


pessoais e culturais. Aqui estão algumas maneiras pelas quais o comércio eletrônico
afetou esses aspectos:

1. Distanciamento social:

Com o crescimento do comércio eletrônico, as pessoas agora podem fazer


compras e obter produtos e serviços sem sair de casa. Isso pode levar a um aumento
do distanciamento social, pois as interações pessoais em lojas físicas são reduzidas.
Embora isso ofereça conveniência, também pode diminuir as interações sociais face a
face.

2. Conectividade global:

O comércio eletrônico conectou pessoas de diferentes partes do mundo. Agora,


é possível comprar produtos de outros países e ter acesso a produtos e culturas que
antes eram difíceis de alcançar. Isso tem contribuído para uma maior diversidade
cultural e uma compreensão mais ampla das tradições e estilos de vida de outras
comunidades.

3. Mudança nos hábitos de consumo:

O comércio eletrônico influenciou os hábitos de consumo das pessoas, levando


a mudanças nos padrões culturais. As tendências de moda, estilo de vida e
preferências de produtos podem ser rapidamente disseminadas e adotadas por meio
das plataformas de comércio eletrônico. Isso pode levar a uma homogeneização
cultural, onde certos estilos e produtos se tornam populares globalmente.

4. Preservação da identidade cultural:

O comércio eletrônico também oferece a oportunidade de promover e preservar


a identidade cultural. Pequenos negócios e artesãos podem usar plataformas de
comércio eletrônico para vender produtos tradicionais, artesanatos e alimentos

30
específicos de sua cultura. Isso ajuda a preservar tradições culturais e permite que
essas comunidades alcancem um público mais amplo.

5. Acesso à informação e conhecimento:

A internet e o comércio eletrônico tornaram mais fácil o acesso a informações


sobre diferentes culturas, tradições e práticas culturais. As pessoas podem explorar e
aprender sobre outras culturas por meio de conteúdo online, blogs, vídeos e até
mesmo experiências de compra virtuais. Isso contribui para uma maior compreensão e
apreciação das diferenças culturais.

6. Riscos de homogeneização cultural:

Embora o comércio eletrônico tenha facilitado a disseminação de produtos e


estilos de vida globalmente, também há o risco de uma homogeneização cultural.
Grandes empresas de comércio eletrônico podem impor suas tendências e padrões
culturais dominantes, levando à perda de diversidade cultural e à padronização de
gostos e preferências.

7. Impacto nos pequenos negócios locais:

O crescimento do comércio eletrônico, muitas vezes dominado por grandes


empresas, pode afetar negativamente os pequenos negócios locais. As lojas físicas
enfrentam desafios para competir com a conveniência e os preços oferecidos pelo
comércio eletrônico. Isso pode levar à perda de identidade local, empregos e
interações comunitades.

8. Mudanças nos padrões de relacionamento:

O comércio eletrônico também influenciou os padrões de relacionamento entre


empresas e consumidores. As interações pessoais e o atendimento ao cliente podem
se tornar mais impessoais, uma vez que grande parte da comunicação é feita por meio
de canais digitais, como e-mail ou chat. Isso pode afetar a construção de
relacionamentos sólidos e personalizados.

9. Exposição a diferentes perspectivas culturais:

Por outro lado, o comércio eletrônico também oferece a oportunidade de se


expor a diferentes perspectivas culturais e ampliar horizontes. Por meio das compras
online, as pessoas podem descobrir produtos, músicas, filmes e livros de outras
culturas, o que pode levar a uma maior apreciação e respeito pela diversidade cultural.

31
10. Desafios de segurança e privacidade:

O comércio eletrônico trouxe à tona preocupações sobre segurança e


privacidade dos dados pessoais. Transações online podem expor os consumidores a
riscos, como roubo de identidade e fraude. É necessário adotar medidas de segurança
robustas e proteger a privacidade dos consumidores para garantir uma experiência
confiável e segura.

Em suma, o comércio eletrônico teve um impacto significativo nos


relacionamentos pessoais e culturais. Embora tenha proporcionado maior
conectividade global, acesso a produtos diversificados e preservação da identidade
cultural, também levantou desafios, como distanciamento social, riscos de
homogeneização cultural e impacto nos pequenos negócios locais. É importante
encontrar um equilíbrio entre a conveniência e os benefícios do comércio eletrônico,
preservando os relacionamentos pessoais e a diversidade cultural.

11 – A outra face do comércio eletrônico

Também conhecida como “submundo” do E-commerce refere-se a aspectos


menos conhecidos ou explorados desse ambiente virtual de compras e vendas.
Embora o comércio eletrônico seja amplamente utilizado e tenha se tornado uma parte
essencial da economia global, existem certos elementos e práticas que ocorrem nos
bastidores e podem ser considerados como o “submundo” do E-commerce. Aqui estão
alguns aspectos a serem considerados:

1. Mercados negros online:

Assim como no mundo físico, existem mercados negros online onde são
vendidos produtos ilegais, como drogas, armas, documentos falsificados e outros itens
ilícitos. Esses mercados são acessíveis apenas por meio de redes privadas virtuais
(VPNs) e geralmente operam em áreas da internet conhecidas como "dark web" ou
"deep web", onde a anonimidade é privilegiada.

2. Fraudes e golpes:

Infelizmente, o E-commerce também está sujeito a práticas fraudulentas e


golpes. Isso pode incluir a venda de produtos falsificados ou de baixa qualidade, roubo
de informações pessoais e financeiras, esquemas de phishing, entre outros. Os
golpistas exploram a confiança dos consumidores e se aproveitam da natureza virtual
das transações para cometerem fraudes.

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3. Comércio de dados pessoais:

A coleta e venda de dados pessoais se tornaram uma prática comum no mundo


digital. Empresas de E-commerce muitas vezes coletam informações sobre seus
clientes, como histórico de compras, preferências de produtos e dados de navegação
na internet. Esses dados podem ser vendidos a terceiros, resultando em violação da
privacidade dos consumidores.

4. Avaliações falsas:

O sistema de avaliações e comentários dos produtos em plataformas de E-


commerce pode ser manipulado. Vendedores inescrupulosos podem criar avaliações
falsas para melhorar a reputação de seus produtos, enganando os consumidores e
influenciando suas decisões de compra.

5. Contrabando e evasão fiscal:

O comércio eletrônico facilita o contrabando de produtos através das fronteiras.


Pessoas e empresas podem tentar evitar impostos e regulamentações ao venderem
produtos de forma ilegal ou sem pagar os devidos impostos de importação ou
exportação.

É importante destacar que esses aspectos representam uma pequena parte do


cenário do comércio eletrônico e não são representativos de todo o setor. A grande
maioria das transações de E-commerce ocorre de maneira legal e legítima, com
empresas e consumidores seguindo as regulamentações e boas práticas
estabelecidas. No entanto, é fundamental estar ciente dessas práticas obscuras para
se proteger e tomar decisões informadas ao realizar compras online.

12 – Os meios de divulgação

No mundo acelerado e altamente conectado em que vivemos, a divulgação


eficaz é fundamental para o sucesso do comércio eletrônico. Com a crescente
concorrência online, as empresas de E-commerce precisam adotar estratégias de
divulgação inteligentes e eficientes para alcançar seu público-alvo e impulsionar as
vendas. Existem diversos meios de divulgação disponíveis, cada um com suas próprias
vantagens e características. Vejamos alguns dos principais:

33
1. Marketing de Conteúdo:

O marketing de conteúdo é uma abordagem estratégica que visa criar e distribuir


conteúdo relevante e valioso para atrair, engajar e reter um público-alvo específico. No
contexto do e-commerce, isso pode ser feito por meio de blogs, vídeos, infográficos e
outros formatos de conteúdo. O objetivo é fornecer informações úteis, dicas, tutoriais e
até mesmo entretenimento relacionado aos produtos ou serviços oferecidos pela
empresa. O marketing de conteúdo ajuda a estabelecer a autoridade da marca,
aumentar o tráfego do site e, consequentemente, impulsionar as vendas.

2. Redes Sociais:

As redes sociais se tornaram um dos principais canais de divulgação para o e-


commerce. Plataformas como Facebook, Instagram, Twitter e LinkedIn oferecem a
oportunidade de alcançar uma ampla base de usuários e interagir diretamente com o
público. As empresas podem criar perfis corporativos, compartilhar conteúdo, promover
produtos, responder a perguntas dos clientes e até mesmo realizar anúncios
segmentados para aumentar a visibilidade da marca e atrair novos clientes.

3. E-mail Marketing:

O email marketing continua sendo uma estratégia poderosa para divulgar


produtos e promover ofertas especiais. Por meio do e-mail, as empresas podem enviar
newsletters informativas, atualizações de produtos, cupons de desconto exclusivos e
até mesmo mensagens personalizadas com base no comportamento de compra do
cliente. É uma forma eficaz de manter os clientes engajados, criar relacionamentos
duradouros e aumentar as vendas.

4. SEO (Otimização para Mecanismos de Busca):

O SEO é um conjunto de práticas para melhorar o posicionamento do site nos


resultados dos mecanismos de busca, como o Google. Ao otimizar o conteúdo do site
com palavras-chave relevantes, melhorar a velocidade de carregamento, otimizar as
descrições de produtos e construir links de qualidade, as empresas podem aumentar a
visibilidade do seu site nos resultados de pesquisa, o que pode gerar um aumento
significativo no tráfego orgânico e nas vendas.

5. Publicidade Online:

A publicidade online inclui a criação de anúncios pagos em várias plataformas,


como Google Ads, Facebook Ads e anúncios em banners em sites relevantes. Esses
anúncios podem ser segmentados para atingir um público específico com base em
critérios demográficos, comportamentais e geográficos. A publicidade online pode
aumentar a visibilidade da marca, gerar tráfego direcionado ao site e aumentar as
taxas de conversão.

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6. Parcerias e Influenciadores:

Colaborar com parceiros estratégicos e influenciadores pode ser uma forma


eficaz de ampliar o alcance do e-commerce. As parcerias podem incluir co-marketing,
onde duas ou mais marcas se unem para promover seus produtos em conjunto,
compartilhando recursos e audiência. Além disso, os influenciadores digitais têm
desempenhado um papel significativo na divulgação de produtos e serviços online. Por
meio de parcerias com influenciadores relevantes para o público-alvo, as empresas de
E-commerce podem aproveitar o poder do marketing de influência para alcançar um
público maior e construir confiança na marca.

É importante ressaltar que a escolha dos meios de divulgação para o E-


commerce deve ser baseada nas características do público-alvo, nos objetivos da
empresa e nos recursos disponíveis. Uma estratégia eficaz de divulgação deve
combinar diferentes canais de forma integrada, visando aumentar a visibilidade da
marca, atrair tráfego qualificado para o site e incentivar a conversão em vendas.
Monitorar e analisar constantemente os resultados das estratégias de divulgação é
essencial para identificar o que está funcionando e fazer ajustes necessários para
maximizar o retorno sobre o investimento em marketing.

12.1 – Personalidades

Também outra forma de atingir seus objetivos se dá no uso de artistas e


personalidades de destaque como parte da estratégia de divulgação do E-commerce o
que tem se tornado cada vez mais comum e eficaz. Ao associar uma marca a uma
figura conhecida e admirada pelo público, as empresas podem aproveitar a influência e
popularidade dessas personalidades para promover seus produtos e serviços. Aqui
estão alguns pontos a serem considerados sobre o uso de artistas e personalidades de
destaque no E-commerce:

1. Aumento da visibilidade da marca:

Ao ter um artista ou personalidade famosa vinculada à sua marca, as empresas


podem alcançar um público maior e expandir sua visibilidade. A presença dessas
figuras influentes em campanhas de marketing, anúncios ou até mesmo como
embaixadores da marca pode atrair a atenção do público e despertar o interesse em
relação aos produtos ou serviços oferecidos.

2. Criação de associações positivas:

As personalidades de destaque geralmente possuem características, valores e


estilo de vida que são admirados pelo público. Ao associar uma marca a esses
atributos positivos, as empresas podem criar uma conexão emocional com os
consumidores e gerar uma percepção favorável da marca. Isso pode levar a um
aumento da confiança, fidelidade e preferência do público pelo E-commerce em
questão.

35
3. Influência sobre as decisões de compra:

As personalidades de destaque têm uma forte influência sobre os seus


seguidores e fãs. Ao recomendarem ou promoverem produtos específicos do E-
commerce, eles podem influenciar as decisões de compra do público. Os
consumidores tendem a confiar nas opiniões e recomendações de pessoas que
admiram, o que pode levar a um aumento nas vendas e conversões.

4. Alcance em diferentes segmentos de mercado:

Dependendo do artista ou personalidade escolhida, é possível alcançar


diferentes segmentos de mercado. Por exemplo, se a marca deseja atingir um público
mais jovem, pode optar por uma celebridade popular entre os jovens. Por outro lado,
se o objetivo é alcançar um público mais maduro, pode ser mais adequado selecionar
uma personalidade reconhecida nesse segmento. A escolha cuidadosa das
personalidades certas pode ajudar a alcançar os públicos-alvo desejados e maximizar
os resultados da campanha.

5. Atenção aos valores e imagem da personalidade:

É importante que a personalidade escolhida esteja alinhada com os valores da


marca e possua uma imagem positiva. A reputação e a conduta da personalidade
podem afetar diretamente a percepção da marca pelos consumidores. Portanto, é
essencial realizar uma pesquisa completa e cuidadosa antes de estabelecer qualquer
parceria.

6. Custo e gestão da parceria:

O uso de artistas e personalidades de destaque como parte da estratégia de


divulgação do E-commerce pode exigir um investimento significativo. É importante
considerar o custo envolvido na contratação dessas personalidades e avaliar o retorno
esperado sobre o investimento. Além disso, é necessário gerenciar efetivamente a
parceria, estabelecendo contratos claros, definindo expectativas e acompanhando o
desempenho e resultados.

Em resumo, o uso de artistas e personalidades de destaque pode ser uma


estratégia eficaz para aumentar a visibilidade, credibilidade e influência do E-
commerce. No entanto, é fundamental fazer uma análise cuidadosa, levando em
consideração o público-alvo, os valores da marca e a reputação da personalidade
escolhida. Além disso, é importante estabelecer metas claras, definir um plano de ação
e monitorar os resultados para avaliar o impacto da parceria. Com uma estratégia bem

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planejada e uma seleção adequada de personalidades, o uso de artistas e figuras de
destaque pode impulsionar as vendas, fortalecer a imagem da marca e estabelecer
uma conexão emocional com os consumidores.

12.2 – Mídia invasiva sem autorização

A mídia invasiva sem autorização e a coleta de dados dos clientes são questões
importantes e controversas no contexto do comércio eletrônico. Vamos discutir cada
um desses aspectos separadamente:

1. Mídia invasiva sem autorização:

A mídia invasiva sem autorização refere-se a práticas intrusivas de publicidade


que ocorrem sem o consentimento do usuário. Isso pode incluir pop-ups indesejados,
anúncios em tela cheia, redirecionamentos automáticos e outros métodos intrusivos
que interrompem a experiência do usuário. Essas práticas podem ser irritantes e
prejudicar a navegação do usuário, resultando em uma experiência negativa.

As empresas devem evitar o uso de mídia invasiva sem autorização, pois isso
pode afetar negativamente a percepção da marca e a relação com os clientes. É
importante adotar abordagens de publicidade não intrusivas, como anúncios discretos,
opt-in voluntário para receber comunicações de marketing e respeitar as preferências
do usuário.

2. Coleta de dados dos clientes:

No E-commerce, as empresas têm acesso a uma ampla gama de informações


dos clientes, incluindo dados demográficos, preferências de compra, histórico de
navegação e até mesmo dados de pagamento. Esses dados são coletados de várias
formas, como formulários de cadastro, cookies, rastreamento de atividades online e até
mesmo por meio de integrações com redes sociais.

Essa coleta de dados é uma prática comum, pois permite que as empresas
personalizem a experiência do cliente, ofereçam recomendações personalizadas,
segmentem campanhas de marketing e melhorem seus produtos e serviços. No
entanto, é importante que as empresas sigam boas práticas de privacidade e proteção
de dados.

Em muitos países, há regulamentações específicas sobre a coleta de dados


pessoais, como o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) da União
Europeia. Essas regulamentações exigem o consentimento informado dos usuários
para a coleta e uso de seus dados, além de garantir a segurança e confidencialidade
dessas informações.

37
As empresas devem ser transparentes sobre suas práticas de coleta de dados,
fornecendo políticas de privacidade claras e oferecendo opções para os clientes
gerenciarem suas preferências de privacidade. Além disso, é essencial garantir a
segurança dos dados, implementando medidas de segurança adequadas para proteger
as informações dos clientes contra acesso não autorizado.

No entanto, é importante mencionar que, em alguns casos, a coleta de dados


dos clientes pode ser compartilhada ou vendida para terceiros. Esses dados podem se
tornar um produto valioso para empresas de publicidade e análise de mercado,
permitindo que eles segmentem anúncios de forma mais eficaz e compreendam melhor
o comportamento dos consumidores. Nesses casos, as empresas devem garantir que
a coleta e o compartilhamento de dados sejam realizados de forma ética e em
conformidade com as regulamentações de privacidade aplicáveis.

Em resumo, a mídia invasiva sem autorização e a coleta de dados dos clientes


são questões importantes no E-commerce. As empresas devem evitar práticas
invasivas de publicidade e garantir que a coleta e o uso dos dados dos clientes sejam
feitos de forma transparente, legal e ética. Isso inclui obter o consentimento informado
dos usuários, fornecer políticas de privacidade claras, proteger a segurança dos dados
e oferecer opções para que os clientes gerenciem suas preferências de privacidade.

As empresas também devem estar cientes das regulamentações de privacidade


e proteção de dados em vigor em sua região e garantir sua conformidade. Isso inclui
seguir as diretrizes do GDPR, caso se apliquem, e adotar medidas adequadas para
proteger os dados dos clientes contra acessos não autorizados, como criptografia e
sistemas de segurança robustos.

Além disso, é importante promover uma cultura de responsabilidade no uso dos


dados dos clientes. Isso envolve garantir que todos os funcionários envolvidos no
processo de coleta e uso de dados estejam devidamente treinados e conscientes das
implicações éticas e legais. Os clientes devem ter confiança de que suas informações
pessoais estão sendo tratadas com cuidado e que sua privacidade está sendo
respeitada.

Por fim, é importante que os consumidores estejam cientes de seus direitos em


relação à privacidade e à proteção de dados. Eles devem ter a capacidade de controlar
suas informações pessoais e tomar decisões informadas sobre como suas informações
são coletadas, usadas e compartilhadas. Ao fortalecer a conscientização dos
consumidores e fornecer opções claras de privacidade, as empresas podem construir
relacionamentos mais confiáveis e duradouros com seus clientes.

Portanto nota-se que o E-commerce deve buscar um equilíbrio entre a


personalização da experiência do cliente e o respeito à privacidade e proteção dos
dados. Ao adotar práticas responsáveis e éticas, as empresas podem garantir que o
uso dos dados dos clientes seja benéfico tanto para a empresa quanto para os
consumidores, criando uma relação de confiança e sustentabilidade a longo prazo.

38
13 – As novas tecnologias

O futuro do E-commerce promete ser marcado pela integração de tecnologias


emergentes, trazendo experiências mais imersivas e personalizadas para os
consumidores.

Aqui estão algumas tendências que podem moldar o futuro do E-commerce:

1. Inteligência Artificial (IA):

A IA tem o potencial de revolucionar o e-commerce, permitindo uma melhor


análise de dados, personalização de recomendações de produtos, atendimento ao
cliente automatizado e otimização de processos logísticos. Chatbots alimentados por IA
podem fornecer suporte 24 horas por dia, 7 dias por semana, e algoritmos avançados
podem oferecer recomendações mais precisas com base nos históricos de compras e
preferências dos consumidores.

2. Realidade Virtual (RV) e Realidade Aumentada (RA):

A RV e a RA têm o poder de transformar a experiência de compra online,


permitindo que os consumidores visualizem produtos em um ambiente virtual antes de
comprá-los. Isso pode ser particularmente útil em setores como móveis, moda e
decoração. A RV e a RA também podem ser usadas para criar experiências de compra
mais imersivas, como provadores virtuais e visitas virtuais a lojas.

3. Internet das Coisas (IoT):

A IoT pode desempenhar um papel importante no E-commerce, com dispositivos


conectados permitindo uma experiência de compra mais integrada. Por exemplo,
geladeiras inteligentes podem reabastecer automaticamente itens essenciais, como
alimentos, com base nos padrões de consumo. Além disso, a IoT pode melhorar a
eficiência da cadeia de suprimentos e a logística, possibilitando o rastreamento em
tempo real de produtos e entregas.

4. C

ompras por voz:

Com o avanço dos assistentes virtuais ativados por voz, como a Alexa da
Amazon e o Google Assistant, as compras por voz estão se tornando mais populares.
Os consumidores podem fazer pedidos simplesmente usando comandos de voz,
eliminando a necessidade de digitar informações em dispositivos móveis ou
computadores. Isso pode facilitar o processo de compra e proporcionar maior
comodidade aos consumidores.

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5. Pagamentos móveis e sem contato:

Os pagamentos móveis estão se tornando cada vez mais comuns, com carteiras
digitais e aplicativos de pagamento permitindo transações rápidas e seguras. Além
disso, os pagamentos sem contato, como o uso de tecnologias NFC (Near Field
Communication), estão ganhando popularidade, permitindo que os consumidores
paguem apenas aproximando seus dispositivos dos terminais de pagamento.

Essas são apenas algumas das tendências que podem moldar o futuro do E-
commerce. À medida que a tecnologia continua a evoluir, novas oportunidades
surgirão para oferecer experiências de compra mais inovadoras, convenientes e
personalizadas aos consumidores. O e-commerce continuará a se adaptar e se
transformar para atender às demandas em constante mudança dos consumidores e
proporcionar uma experiência de compra online ainda melhor.

14 – O jornalista e sua importância

Os jornalistas desempenham um papel crucial na sociedade ao fornecer


informações precisas, relevantes e imparciais sobre o comércio eletrônico. Eles têm a
responsabilidade de informar e educar os consumidores, promover a transparência e a
ética nas práticas comerciais e acompanhar as tendências e inovações tecnológicas
nesse campo em constante evolução. Aqui estão algumas maneiras pelas quais os
jornalistas podem contribuir:

1. Reportagem investigativa:

Os jornalistas podem realizar investigações detalhadas sobre práticas


questionáveis no comércio eletrônico, como a violação de privacidade, a coleta
indevida de dados dos clientes, a falsificação de produtos e outras formas de fraude.
Através da reportagem investigativa, eles podem expor essas práticas e conscientizar o
público sobre os riscos e impactos negativos que elas podem ter.

2. Análise e revisão de produtos:

Os jornalistas podem fornecer análises imparciais e revisões detalhadas de


produtos e serviços oferecidos no comércio eletrônico. Eles podem testar os produtos,
comparar diferentes marcas e fornecer informações sobre a qualidade, funcionalidade,
preço e outros aspectos relevantes. Isso ajuda os consumidores a tomar decisões
informadas e evita que caiam em armadilhas ou comprem produtos de baixa qualidade.

40
3. Informação sobre direitos do consumidor:

Os jornalistas podem educar os consumidores sobre seus direitos e proteções


legais no comércio eletrônico. Eles podem explicar os termos e condições, as políticas
de privacidade e as garantias oferecidas pelas empresas. Além disso, eles podem
fornecer orientações sobre como evitar fraudes, proteger a privacidade e lidar com
problemas, como atrasos na entrega ou produtos danificados.

4. Cobertura de inovações tecnológicas:

O comércio eletrônico está constantemente evoluindo com o avanço da


tecnologia. Os jornalistas podem acompanhar e relatar as últimas tendências e
inovações, como inteligência artificial, realidade virtual, Internet das Coisas e
pagamentos móveis. Eles podem explicar como essas tecnologias afetam a
experiência de compra online, quais são seus benefícios e desafios, e como os
consumidores podem se adaptar a elas.

5. Promoção de boas práticas e responsabilidade social:

Os jornalistas podem destacar e promover empresas que adotam boas práticas


no comércio eletrônico. Isso inclui empresas que se preocupam com a segurança dos
dados dos clientes, que oferecem atendimento ao cliente de qualidade, que respeitam
a privacidade, que são socialmente responsáveis e que têm um impacto positivo no
meio ambiente. Ao fornecer informações sobre essas empresas, os jornalistas
incentivam a adoção de melhores práticas por parte de outras empresas.

É importante que os jornalistas se posicionem como defensores dos direitos dos


consumidores e da transparência no comércio eletrônico. Eles devem buscar fontes
confiáveis, verificar os fatos e evitar sensacionalismo em sua cobertura. Além disso,
devem estar cientes das implicações éticas e legais relacionadas à privacidade e
proteção de dados, bem como às práticas comerciais antiéticas.

Os jornalistas podem ajudar os consumidores a navegar pelo mundo do


comércio eletrônico ao fornecer informações claras e concisas sobre as melhores
práticas, os riscos potenciais e as medidas de segurança que devem ser tomadas. Eles
podem oferecer dicas sobre como escolher lojas online confiáveis, como identificar
possíveis fraudes e como proteger suas informações pessoais durante as transações
online.

Além disso, os jornalistas podem abordar questões mais amplas relacionadas ao


comércio eletrônico, como os impactos sociais e ambientais. Eles podem investigar as
condições de trabalho nas empresas de logística e armazenamento, analisar os efeitos
do aumento do consumo online nas emissões de carbono e explorar soluções
sustentáveis para embalagens e logística de entrega.

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Ao informar e educar os consumidores, os jornalistas desempenham um papel
essencial na construção de uma sociedade mais consciente e responsável em relação
ao comércio eletrônico. Eles podem capacitar os consumidores a fazer escolhas
informadas, incentivar práticas éticas por parte das empresas e promover uma cultura
de transparência e responsabilidade. Por meio de uma cobertura objetiva e
abrangente, os jornalistas podem desempenhar um papel importante na defesa dos
interesses dos consumidores e na construção de um ambiente de comércio eletrônico
mais seguro e confiável.

15 – Conclusão

Ao longo deste ensaio, exploramos o impacto do E-commerce em diferentes


aspectos da sociedade, desde o surgimento da internet até os desafios enfrentados no
atual contexto pós-pandemia. Foi possível perceber que o comércio eletrônico
transformou profundamente a forma como as empresas comercializam seus produtos e
serviços, permitindo o acesso ao mercado de forma democrática e proporcionando
comodidade e praticidade aos consumidores.

Durante a pandemia, o E-commerce ganhou ainda mais relevância, tornando-se


uma alternativa vital para as empresas manterem suas vendas diante das restrições de
mobilidade. Observamos um aumento significativo nas compras online, impulsionando
o setor e evidenciando a necessidade de adaptação das empresas ao ambiente digital.

No entanto, ao longo desse processo, também surgiram desafios e


preocupações. Questões como a segurança das transações online, a proteção do
consumidor, a regulamentação adequada e a taxação das importações foram
amplamente discutidas. É fundamental que haja um ambiente regulatório sólido, capaz
de garantir a segurança dos consumidores e a justa concorrência, ao mesmo tempo
em que promove a inovação e o crescimento econômico.

Além disso, a transição para o comércio eletrônico trouxe consigo a necessidade


de inclusão digital, garantindo que todos os indivíduos tenham acesso igualitário às
tecnologias e oportunidades oferecidas pelo ambiente online. A exclusão digital pode
aprofundar as desigualdades existentes e dificultar o acesso a produtos, serviços e
oportunidades para determinados segmentos da sociedade.

Por fim, o E-commerce também impulsionou a revolução na logística de entrega,


abrindo novas oportunidades de emprego para entregadores e gerando uma economia
informal em torno desse setor. No entanto, é preciso lidar com os desafios enfrentados
na entrega em grandes cidades e regiões mais pobres, garantindo uma distribuição
equitativa dos benefícios gerados pelo comércio eletrônico.

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Em suma, o E-commerce representa uma transformação significativa no comércio
tradicional, trazendo benefícios e desafios para empresas, consumidores e sociedade
como um todo. É essencial que haja um equilíbrio entre a inovação, a proteção do
consumidor e a regulamentação adequada, visando um ambiente digital seguro,
inclusivo e sustentável. A colaboração entre empresas, governo, reguladores e
consumidores é fundamental para enfrentar os desafios e promover um crescimento
responsável do E-commerce.

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16 – Referências

• Rayport, J. F. (1996). The E-Commerce Report. (https://scholar.google.com.br/)

• Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) (https://abcomm.org/)

• Portal E-commerce Brasil (https://www.ecommercebrasil.com.br/)

• Portal Exame (https://exame.com/)

• Portal Valor Econômico (https://valor.globo.com/)

• Portal G1 (https://g1.globo.com/)

• Portal UOL (https://www.uol.com.br/)

• Portal Estadão (https://www.estadao.com.br/)

• Portal Folha de S.Paulo (https://www.folha.uol.com.br/)

• Portal Agência Brasil (https://agenciabrasil.ebc.com.br/)

• Portal ConJur (Consultor Jurídico) (https://www.conjur.com.br/)


https://www.researchgate.net/publication/347936665_Principais_Caracteristicas_dos_S
ites_de_Compras_On-
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Essas referências foram utilizadas como fontes de informações para embasar o


conteúdo do texto. É importante destacar que algumas referências podem ter sido
utilizadas apenas como fontes de inspiração e não necessariamente citadas
explicitamente no texto.

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