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História do e-commerce
O e-commerce – termo em inglês para comércio eletrônico – nasceu no Brasil na década de
1990, mais precisamente em 1996, com a venda de livros pela Internet. Nos Estados Unidos, no
entanto, considera-se que essa forma digital de comprar e vender surgiu antes, em meados da
década de 1970, como troca de arquivos e solicitações de pedidos. Isso quer dizer que, em
território nacional, o e-commerce ainda é recente. Mas isso não significa que ele não esteja em
franco crescimento e, por conta disso, cheio de oportunidades. Dados do final de 2021 revelam que
o e-commerce já representa 17,9% das vendas varejistas, um recorde no histórico observado desde
2018, quando o volume de vendas digital era de apenas 4,7%.
Efeito pandemia
Os anos de 2020 e 2021 foram marcados pela pandemia de Covid-19, que impactou o mundo
todo. Com o varejo, não foi diferente: lojas fechadas e mínima circulação de pessoas na rua foram
um pesadelo para a maioria dos pequenos empreendedores, que precisaram se reinventar para
manter seus negócios abertos e descobrir novas formas de vender usando a Internet.
O setor de vendas do mercado online brasileiro (categoria que inclui todas as vendas de bens
de consumo e entretenimento) cresceu mais de 20% no mês de janeiro deste ano quando
comparado com o mesmo período em 2021, de acordo com dados da Companhia Compre e Confie
em parceria com a Câmara Brasileira de Economia digital. Ao olhar para todo o ano de 2021 em
relação a 2020, a tendência de alta também se confirma: o e-commerce superou a marca de 25% de
crescimento, e as projeções para todo este ano é de que os valores de ascensão continuem subindo
dois dígitos.
Isso significa que fortalecer as vendas online é mais do que uma boa opção, mas praticamente
uma necessidade para quem deseja expandir os negócios e aumentar a rentabilidade. Vale lembrar
que as vendas por e-commerce não são apenas aquelas que acontecem em marketplaces ou em
plataformas sofisticadas usadas por grandes varejistas, mas também aquelas que acontecem via
redes sociais, como por WhatsApp, já que existem quase 120 milhões de contas do aplicativo no
Brasil, segundo país no mundo em número de usuários, atrás apenas da Índia, com penetração em
96% da população. Há também o Instagram, que lançou vendas nativas no aplicativo em maio de
2020 e está presente em 90% dos smartphones brasileiros, de acordo com dados da plataforma
internacional Statista.
Nascimento do Pix
Outro fator que contribuiu para que o e-commerce evoluísse e siga em franco crescimento foi
o surgimento do Pix no pagamento das compras online. Em janeiro de 2021, o índice de compras
feitas usando esse método era apenas de 1% – número que quadruplicou até dezembro do ano
passado, de acordo com uma pesquisa feita pela Neotrust, empresa responsável pelo
monitoramento de 85% do e-commerce brasileiro.
Vendas mobile
Quando pensamos em venda digital, talvez a primeira ideia que vem à cabeça é a compra
usando o computador. Mas a realidade brasileira não é essa. Sim, estamos – e vivemos – conectados:
de acordo com dados do IBGE, mais de 80% dos domicílios brasileiros têm acesso à Internet e somos
mais de 176 milhões de pessoas online. Entre rolar o feed do Instagram, mandar áudios no
WhatsApp e navegar em sites de lojas e notícias, o brasileiro costuma passar mais de dez horas por
dia conectado.
Mas a porta de entrada para o mundo digital não são mais os computadores, e sim os
smartphones, mais práticos e acessíveis para a população. Estima-se que o Brasil tenha um total de
2,1 dispositivos digitais (smartphones ou tablets) por pessoa, ou seja, um número superior a 440
milhões de aparelhos em território nacional que possibilitam uma compra online.
E elas acontecem. O mobile representou 53% das vendas do e-commerce brasileiro no ano
passado, receita equivalente a R$ 95,5 bilhões, segundo a 45ª Pesquisa Webshoppers realizada pela
Nielsen | EBIT, que analisou uma base de dados composta por 720 mil pedidos por dia de 97 mil
lojas. Outro dado importante do m-commerce – outra forma de chamar as vendas online feitas via
smartphone ou outros dispositivos móveis – é o aumento do ticket médio. Em 2021, o valor médio
gasto em uma compra digital foi de R$ 398, quase 10% maior do que no ano anterior.
No acumulado de pedidos via mobile em 2021, o incremento foi de seis pontos percentuais,
de 53% (em 2020) para 59%, com 239,5 milhões de requisições. Por sua vez, o ticket médio saltou
de R$ 377 para R$ 398.
Isso mostra que um caminho interessante para aumentar as vendas no e-commerce é
trabalhar na comunicação mobile e reforçar a presença nas redes sociais, atentando-se a datas
comemorativas e oferecendo ofertas especiais para quem realiza compras no smartphone. A mesma
pesquisa da Nielsen | EBIT revela que, dentre os consumidores que usam apenas o mobile para
realizar suas compras (aproximadamente 8%), mais de 80% escolhem essa modalidade por conta de
promoções e por não precisarem sair de casa.
Essa mudança é positiva não só para o consumidor final, que ganhou mais poder de escolha,
mas também para lojistas e fornecedores, que ganharam mais oportunidades de negócio,
visibilidade e impacto, já que são mais facilmente encontrados pelos consumidores. É possível fazer
um paralelo com a criação dos shopping centers: em um mesmo lugar, o consumidor encontra
diversas possibilidades de compra e serviço. Facilidade e conveniência são as palavras-chave aqui.
São muitos os benefícios de usar o formato marketplace, especialmente porque ele aumenta
a interação do público, as visualizações e o tráfego. Quanto maior o volume de pessoas, mais fáceis
serão as oportunidades de venda e a aproximação com fornecedores parceiros e, por consequência,
o aumento da rentabilidade do seu negócio.
Aos poucos, o varejo dos Estados Unidos se apropriou do termo e criou promoções específicas
para o período – e nós, brasileiros, enxergamos nela uma possibilidade de aumentar ainda mais as
vendas de fim de ano.
Além disso, com o aumento das compras online, criaram-se outras ocasiões para impulsionar
as vendas, como o Dia do Consumidor, comemorado em 15 de março, e o Dia do Frete Grátis.
Tenha o parceiro logístico ideal para melhorar
seu e-commerce
Agora que já traçamos um panorama de como o e-commerce evoluiu nos últimos anos,
aumentando as possibilidades de venda e de rentabilidade do seu negócio, precisamos falar de
outra parte fundamental das vendas online: a logística.