Você está na página 1de 5

Trabalho de Sistema de Informação

A evolução do e-commerce no Brasil

Nome: Felipe Fernandes Francelino


Curso: Ciências Contábeis - 3º Período
Introdução
Uma das maiores vantagens que a tecnologia trouxe para nosso dia a dia é a redução das
distâncias. Conseguimos ver e conversar com pessoas que moram longe, assistimos a filmes e séries
do mundo todo com apenas um clique, pedimos refeições inteiras dos restaurantes favoritos sem
levantar do sofá. E essas transformações, claro, mudaram também nosso jeito de comprar e vender.

Graças à Internet, pequenos empreendedores e também gigantes do varejo ganharam a opção


de vender seus produtos online e, assim, nasceu o e-commerce. Neste artigo, vamos contar a
história dessa modalidade e explicar como ela se transformou nos últimos anos, ganhando força no
varejo como um todo e proporcionando mais rentabilidade para quem sabe usá-la a seu favor.

História do e-commerce
O e-commerce – termo em inglês para comércio eletrônico – nasceu no Brasil na década de
1990, mais precisamente em 1996, com a venda de livros pela Internet. Nos Estados Unidos, no
entanto, considera-se que essa forma digital de comprar e vender surgiu antes, em meados da
década de 1970, como troca de arquivos e solicitações de pedidos. Isso quer dizer que, em
território nacional, o e-commerce ainda é recente. Mas isso não significa que ele não esteja em
franco crescimento e, por conta disso, cheio de oportunidades. Dados do final de 2021 revelam que
o e-commerce já representa 17,9% das vendas varejistas, um recorde no histórico observado desde
2018, quando o volume de vendas digital era de apenas 4,7%.

O principal benefício do e-commerce é, e sempre foi, a praticidade como benefício para o


consumidor final. Hoje, conseguimos comprar praticamente qualquer coisa sem sair de casa – das
compras mensais no supermercado ao mais novo artigo de tecnologia. Isso não significa, no
entanto, que a experiência seja sempre positiva: ainda existem muitos desafios logísticos no
processo de envio e entrega, que acabam gerando obstáculos para que o setor se expanda ainda
mais.

Nos últimos anos, graças a avanços da tecnologia e mudanças de comportamento, o mercado


de e-commerce sofreu transformações muito positivas. Abaixo, vamos falar sobre algumas delas e
como usá-las a seu favor.

Efeito pandemia
Os anos de 2020 e 2021 foram marcados pela pandemia de Covid-19, que impactou o mundo
todo. Com o varejo, não foi diferente: lojas fechadas e mínima circulação de pessoas na rua foram
um pesadelo para a maioria dos pequenos empreendedores, que precisaram se reinventar para
manter seus negócios abertos e descobrir novas formas de vender usando a Internet.

O setor de vendas do mercado online brasileiro (categoria que inclui todas as vendas de bens
de consumo e entretenimento) cresceu mais de 20% no mês de janeiro deste ano quando
comparado com o mesmo período em 2021, de acordo com dados da Companhia Compre e Confie
em parceria com a Câmara Brasileira de Economia digital. Ao olhar para todo o ano de 2021 em
relação a 2020, a tendência de alta também se confirma: o e-commerce superou a marca de 25% de
crescimento, e as projeções para todo este ano é de que os valores de ascensão continuem subindo
dois dígitos.
Isso significa que fortalecer as vendas online é mais do que uma boa opção, mas praticamente
uma necessidade para quem deseja expandir os negócios e aumentar a rentabilidade. Vale lembrar
que as vendas por e-commerce não são apenas aquelas que acontecem em marketplaces ou em
plataformas sofisticadas usadas por grandes varejistas, mas também aquelas que acontecem via
redes sociais, como por WhatsApp, já que existem quase 120 milhões de contas do aplicativo no
Brasil, segundo país no mundo em número de usuários, atrás apenas da Índia, com penetração em
96% da população. Há também o Instagram, que lançou vendas nativas no aplicativo em maio de
2020 e está presente em 90% dos smartphones brasileiros, de acordo com dados da plataforma
internacional Statista.

Nascimento do Pix
Outro fator que contribuiu para que o e-commerce evoluísse e siga em franco crescimento foi
o surgimento do Pix no pagamento das compras online. Em janeiro de 2021, o índice de compras
feitas usando esse método era apenas de 1% – número que quadruplicou até dezembro do ano
passado, de acordo com uma pesquisa feita pela Neotrust, empresa responsável pelo
monitoramento de 85% do e-commerce brasileiro.

Ainda de acordo com a plataforma, o Pix já é utilizado em aproximadamente 2,5% de todos os


pagamentos feitos pela Internet, especialmente nos setores de moda e acessórios, alimentos,
bebidas e beleza e perfumaria.

Vendas mobile
Quando pensamos em venda digital, talvez a primeira ideia que vem à cabeça é a compra
usando o computador. Mas a realidade brasileira não é essa. Sim, estamos – e vivemos – conectados:
de acordo com dados do IBGE, mais de 80% dos domicílios brasileiros têm acesso à Internet e somos
mais de 176 milhões de pessoas online. Entre rolar o feed do Instagram, mandar áudios no
WhatsApp e navegar em sites de lojas e notícias, o brasileiro costuma passar mais de dez horas por
dia conectado.

Mas a porta de entrada para o mundo digital não são mais os computadores, e sim os
smartphones, mais práticos e acessíveis para a população. Estima-se que o Brasil tenha um total de
2,1 dispositivos digitais (smartphones ou tablets) por pessoa, ou seja, um número superior a 440
milhões de aparelhos em território nacional que possibilitam uma compra online.

E elas acontecem. O mobile representou 53% das vendas do e-commerce brasileiro no ano
passado, receita equivalente a R$ 95,5 bilhões, segundo a 45ª Pesquisa Webshoppers realizada pela
Nielsen | EBIT, que analisou uma base de dados composta por 720 mil pedidos por dia de 97 mil
lojas. Outro dado importante do m-commerce – outra forma de chamar as vendas online feitas via
smartphone ou outros dispositivos móveis – é o aumento do ticket médio. Em 2021, o valor médio
gasto em uma compra digital foi de R$ 398, quase 10% maior do que no ano anterior.

No acumulado de pedidos via mobile em 2021, o incremento foi de seis pontos percentuais,
de 53% (em 2020) para 59%, com 239,5 milhões de requisições. Por sua vez, o ticket médio saltou
de R$ 377 para R$ 398.
Isso mostra que um caminho interessante para aumentar as vendas no e-commerce é
trabalhar na comunicação mobile e reforçar a presença nas redes sociais, atentando-se a datas
comemorativas e oferecendo ofertas especiais para quem realiza compras no smartphone. A mesma
pesquisa da Nielsen | EBIT revela que, dentre os consumidores que usam apenas o mobile para
realizar suas compras (aproximadamente 8%), mais de 80% escolhem essa modalidade por conta de
promoções e por não precisarem sair de casa.

Evolução dos marketplaces


Com o aumento da demanda e a evolução da tecnologia, o e-commerce também mudou e
ficou mais robusto para acompanhar as necessidades dos consumidores. Lojas virtuais se
transformaram em marketplaces, modelo de negócio que revolucionou o comércio eletrônico, por
meio de plataformas que conectam diferentes lojistas e clientes. Ou seja: um sistema simplificado
de compra e venda se transformou em uma gama de opções conectadas para oferecer mais
facilidade ao cliente.

Essa mudança é positiva não só para o consumidor final, que ganhou mais poder de escolha,
mas também para lojistas e fornecedores, que ganharam mais oportunidades de negócio,
visibilidade e impacto, já que são mais facilmente encontrados pelos consumidores. É possível fazer
um paralelo com a criação dos shopping centers: em um mesmo lugar, o consumidor encontra
diversas possibilidades de compra e serviço. Facilidade e conveniência são as palavras-chave aqui.

São muitos os benefícios de usar o formato marketplace, especialmente porque ele aumenta
a interação do público, as visualizações e o tráfego. Quanto maior o volume de pessoas, mais fáceis
serão as oportunidades de venda e a aproximação com fornecedores parceiros e, por consequência,
o aumento da rentabilidade do seu negócio.

Black Friday e novas datas do varejo


Com as mudanças nas formas de comprar e vender, surgiram também novas possibilidades no
calendário do varejo, criadas para aproveitar o movimento nas redes sociais e a inevitável conexão
com o que acontece no restante do mundo. Não existe exemplo melhor do que a Black Friday: a
data, criada nos Estados Unidos na década de 1990, dá nome ao dia seguinte ao feriado de Ação de
Graças, que abria o período de compras para o Natal e aumentava muito o movimento nas lojas das
cidades norte-americanas.

Aos poucos, o varejo dos Estados Unidos se apropriou do termo e criou promoções específicas
para o período – e nós, brasileiros, enxergamos nela uma possibilidade de aumentar ainda mais as
vendas de fim de ano.

Em todo o mundo, a Black Friday começou com descontos atrativos na área de


eletroeletrônicos, mas acabou impactando todos os segmentos por aqui. Outra variedade foi a
extensão do dia de desconto para períodos maiores, de uma semana (Black Week) ou até para o
mês de novembro inteiro (Black Month ou Black November).

Além disso, com o aumento das compras online, criaram-se outras ocasiões para impulsionar
as vendas, como o Dia do Consumidor, comemorado em 15 de março, e o Dia do Frete Grátis.
Tenha o parceiro logístico ideal para melhorar
seu e-commerce

Agora que já traçamos um panorama de como o e-commerce evoluiu nos últimos anos,
aumentando as possibilidades de venda e de rentabilidade do seu negócio, precisamos falar de
outra parte fundamental das vendas online: a logística.

Hoje, há opções rápidas, tecnológicas e inteligentes, que revolucionam todas as pontas da


cadeia e trazem uma maior escalabilidade não apenas para lojas de e-commerce, mas também para
estabelecimentos locais que podem atuar como pontos de coleta e retirada de mercadorias.

Você também pode gostar