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AULA 2
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CONTEXTUALIZANDO
Na era pré-digital, até meados dos anos 1990, uma pessoa que quisesse
comprar um sapato tinha de se deslocar até uma loja de calçados para conhecer
os modelos disponíveis, o material, as demais informações e o preço. A loja de
calçados monopolizava essas informações.
Hoje as lojas virtuais que vendem calçados oferecem uma ampla gama
de informações sobre qualquer modelo de sapato. Os consumidores, sem sair
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de sua casa ou do trabalho, podem ver até mesmo pelo celular descrições
detalhadas, fotos, vídeos, comentários de outros consumidores, manuais e tudo
mais que puder ser compartilhado sobre o produto. O cliente, munido dessas
informações, toma sua decisão, após pesquisar em diversas lojas virtuais, e faz
o pedido online. As lojas, por sua vez, nem precisam manter um estoque físico
dos calçados – embora muitas tenham tal estoque –, pois elas podem receber o
pedido e só então adquirir o item para envio ao cliente.
Dica: produtos intangíveis, como música, tiveram uma grande
transformação com os novos modelos de negócios eletrônicos; para entender
esse modelo de negócios específico, veja neste link:
<http://macmais.com.br/materias/conheca-a-historia-do-amado-e-odiado-
itunes/> a história do Itunes, o website que revolucionou a forma como as
pessoas compram música.
Outro exemplo muito representativo desses novos modelos de negócios
é o mercado financeiro. Hoje as pessoas têm à disposição um vasto arsenal de
informações sobre ações, investimentos etc. na internet, e as corretoras
passaram a comprar e vender ações de forma on-line. Isso alterou o perfil do
comprador médio de ações, pois muitas pessoas para quem antes o
investimento em ações ara algo árduo souberam que na verdade é um
procedimento mais simples do que se imagina. Como resultado, a quantidade de
pessoas que investem na bolsa de valores aumentou consideravelmente. A
concorrência on-line também forçou as corretoras a baixarem os preços desses
serviços.
A “quebra” entre a informação e os canais convencionais de negócio
alterou os velhos modelos de negócios, criou outros e certamente vai criar mais
modelos.
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Leilões on-line: Empresas vendem itens pela internet e permitem que
internautas ofereçam lances. Cada item tem informações detalhadas à
disposição dos potenciais compradores. Em muitos casos, o pagamento
também é on-line, assim o ciclo completo de um e-commerce se verifica.
Existem também os denominados leilões reversos, modelo muito usado
pelo governo. Nesta variação, existe um comprador que deseja adquirir
um bem pelo menor preço possível, e os vários vendedores podem fazer
suas ofertas, informando por quanto desejam vender o item.
E-learning: O ensino também está rapidamente adotando novos
modelos. O e-learning, também chamado de EAD – ensino à distância –
permite que alunos façam cursos de forma on-line, assistindo a vídeos (ao
vivo ou gravados), ouvindo áudios, lendo textos e fazendo atividades de
aprendizagem, como se estivessem em uma sala de aula.
Pesquisa de preços: Com a imensa quantidade de e-commerces na
internet, foram criados sites que se dedicam exclusivamente a pesquisar
e comparar preços de um mesmo produto em diversas lojas virtuais. Isso
poupa tempo do consumidor, que não precisa acessar cada loja para
pesquisar. A receita desses sites de pesquisa pode ser por visualização
ou comissão por venda da loja virtual feita a partir da pesquisa do
consumidor no site de comparação.
Compras coletivas: Sites que oferecem produtos e serviços de diversos
fornecedores com desconto, desde que seja atingida uma certa
quantidade de compradores em um determinado período. É a versão
eletrônica do modelo de “quanto mais pessoas compram, menor pode ser
o preço unitário de venda de um bem”.
Aplicativos de celular: Os conhecidos apps também se tornaram um
modelo de negócios lucrativo após a popularização dos tablets e
smartphones. Existem hoje apps para praticamente todas as
necessidades e gostos. Os desenvolvedores desses aplicativos
normalmente recebem por download ou em certos casos cobram uma
mensalidade.
Intermediação de serviços: Empresas como Uber e AirBnb utilizam este
modelo, que consiste em conectar pessoas que oferecem um serviço com
consumidores que desejam consumir tal serviço. As empresas
normalmente cobram uma comissão pela intermediação.
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Marketplaces: Modelo que tem crescido bastante nos últimos anos, é o
ato de vender produtos em lojas virtuais de grande porte. Muitos pequenos
lojistas virtuais usam esta opção, pois ganham muita exposição de seus
produtos nestes websites. Estes últimos costumam cobram uma comissão
do pequeno lojista a cada venda.
TEMA 2 – GLOBALIZAÇÃO
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2.2 Globalização e negócios eletrônicos
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TEMA 3 – ECONOMIA DIGITAL
O termo economia digital foi usado pela primeira vez por Nicholas
Negroponte em 1995. Negroponte, professor e pesquisados da internet e sua
influência econômica, é diretor e co-fundador do Media Laboratory (laboratório
de mídia) do Massachusetts Institute of Technology – MIT (Instituto de
Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos).
Curiosidade: Nicholas Negroponte é uma das maiores autoridades
mundiais no estudo do e-business. Veja no link <http://marciookabe.com.br/vida-
digital/vida-digital-1995-nicholas-negroponte-um-visionario-digital/> um pouco
mais sobre Negroponte e sua visão sobre o mundo digital.
Na sua obra Being Digital, de 1996, ele usa uma metáfora interessante de
como passamos do modelo dos átomos (matéria, transporte, massa) para o
modelo de bits de processamento (virtualidade, imponderabilidade). Negroponte
afirmou nesse livro que “na nova economia as redes e infraestruturas de
comunicação digital devem fornecer uma plataforma global onde as pessoas e
organizações, definem estratégias, interagem, comunicam, colaboram e
procurar informações para atuações coletivas ou conjuntas”.
Podemos dizer que a moeda da economia digital é a informação. Ela é a
base do funcionamento desta forma de negócios. Por outro lado, como as
distâncias entre empresas e consumidores ficaram reduzidas a um clique, as
organizações se forçaram a rever suas formas de comunicação com seus
mercados.
A economia digital é aquela em que o fluxo de serviços, produtos e
comunicação ocorre dentro das plataformas eletrônicas, com extrema
velocidade e sem observar fronteiras.
Outro aspecto importante da economia digital é que desde então
nasceram empresas cujo ambiente é exclusivamente digital. No e-commerce
temos infindáveis exemplos de lojas que existem apenas na internet. No meio
digital como um todo surgiram corporações que atuam exclusivamente no âmbito
virtual: mecanismos de pesquisa (Google, Bing etc.) e redes sociais (Facebook,
Twitter, Instagram e outros) são exemplos clássicos.
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3.2 – Início da economia digital
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Tabela 1 – Os dez princípios da economia digital
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Primeiro devemos entender que o mercado é um fluxo de informações,
materiais e serviços. Com o progresso trazido pela tecnologia da informação,
esse fluxo passou a ser baseado – no todo ou em parte – na tecnologia,
especialmente usando-se a internet. Assim, a utilização intensa da tecnologia da
informação criou o mercado eletrônico.
Segundo Fernandes (2015, p. 96, citado por Albertin, 2004), “o mercado
eletrônico ou mercado aberto, é algo que se auto organiza e tende a ser um
modelo perfeito na visão econômica, justamente por suas caraterísticas
principais”.
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Curiosidade
Cada país tem seus traços culturais, inclusive para o consumo; no Brasil
não é diferente, acesse <https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/entenden
do-o-codigo-cultural-da-classe-media-em-busca-da-rentabilizacao-dos-e-
commerces/> e leia uma análise sobre classe média brasileira e sua relação
com o comércio eletrônico.
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O mercado eletrônico é uma ameaça? Sim, para aquelas organizações
que não acompanharem as tendências e não estabelecerem estratégias digitais.
Até mesmo profissionais liberais devem ter essa preocupação. O mercado
eletrônico sempre será uma grande oportunidade para quem estiver em sintonia
com a evolução da tecnologia e dos negócios.
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nos negócios é a integração das chamadas aplicações empresariais em uma
plataforma comum”.
Essas aplicações são o ERP e o CRM. Vejamos o que são e como se
integram ao e-business.
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Figura 1 – Arquitetura de integração de e-business
NA PRÁTICA
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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