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AULA3
CONTEXTUALIZANDO
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Com a maturidade da compra on-line no Brasil, aumenta a quantidade de empresas,
principalmente indústrias e serviços, querendo entrar no e-commerce. Falando especificamente
do setor industrial, com suas necessidades e demandas diretamente ligadas a decisões solutivas
para as barreiras que envolvem o setor, destaco que é um segmento com particularidades
vantajosas para atuação no meio digital, como grande capilaridade e posicionamento de
marca(s).
Um dos grandes, e se não o mais difícil desafio do e-commerce, é atingir e conquistar o
público (isso custa muito caro). As indústrias têm ao seu favor o peso das marcas fazendo com
que as buscas sejam mais direcionadas e rápidas, ou seja, o retorno de entrada é mais visível,
se comparado com uma média ou pequena empresa que depende de grandes investimentos
iniciais para ter a visibilidade nas buscas e nas redes sociais – ressalto que não estamos falando
de investimento em mídias, e sim da força na qual uma marca grande possui de visibilidade.
Esses pontos positivos se tornam oportunidades e fazem com que a entrada da(s) marca(s)
sejam colocadas no pool de investimentos e planejamento estratégico das indústrias.
Para decisões de entrada, o setor se depara com barreiras bem conhecidas, como
“atravessar seus distribuidores e varejistas”, “cenário fiscal”, “estrutura interna”, “estrutura de
colaboradores”, entre outras – esses itens já foram bem discutidos com materiais ricos em
conteúdo que você pode acessar no Portal E-commerce Brasil. Assim, a necessidade principal
dessas indústrias é buscar empresas com experiência e capacitação para atacar essas barreiras,
que atuam de ponta a ponta na operação de comércio eletrônico: o full-commerce, modelo de
terceirização da operação de e-commerce que possui estrutura de colaboradores, terceiros
homologados e expertise em negócios para atuar no dia a dia das lojas virtuais, como
processamento de pedidos, faturamento, compra e venda, cadastramento de produtos,
atualizações de conteúdo, comunicação interna, armazenamento, distribuição de pedidos, SAC
e pós-venda.
Com a empresa de full parceira, a primeira etapa é a elaboração do business plan, que
ganha corpo nas definições de margem (uma das premissas desse tipo de operação terceirizada
é que a empresa prestadora de serviços assuma o faturamento ao consumidor final, seja ele b2b
ou b2c – sim! Muitos casos são diretos da indústria ao consumidor pessoa física). Como a
empresa de serviços full e-commerce pode realizar a compra e venda da mercadoria e estrutura
interna para atender a toda a rotina da operação, o cálculo da margem já ganha pontos, tornando-
se mais atrativa ao longo da projeção do business plan. Isso porque a indústria deixa de assumir
todo estoque e contratação de equipe interna.
A gestão parceira terceirizada da operação potencializa a operação de e-commerce por
contar com equipe multidisciplinar e com bastante “carga na bagagem” – isso é o que realmente
faz a diferença no dia a dia. Aliás, a contribuição de profissionais de negócios offline é de extrema
importância no momento de elaboração de planos e premissas, assim como acompanhamento
e ações de resultado. Um grupo de colaboradores compartilhando conhecimento e executando
atividades alinhadas às tendências juntamente com o apoio e diretrizes da empresa fecham um
ciclo de sucesso.
Com o business plan pronto, parte-se para a fase de implantação do projeto. Etapa da
definição estratégica das ações de entrada, da matriz de responsabilidade (quem é quem no
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processo de operação), homologação da tecnologia e contratação de terceiros. O prazo de
implantação é caso a caso, mas geralmente decorrem-se 90 a 120 dias, contando com testes e
simulações de vendas. Dessa etapa para frente, o acompanhamento de resultado e qualidade
são constantes, com relatórios diários, pontos de controle semanais e fechamento mensal.
É certo que as indústrias estão buscando a entrada no e-commerce brasileiro, é certo
também que precisam de estrutura e cautela. Sendo assim, a maturidade das empresas terceiras
para a prestação de serviços está cada vez mais orientada ao investimento em pessoal.
Cada indústria tem sua estratégia no e-commerce – são casos como BASF, que atua
fortemente na comercialização de serviços de inovação, BOHEMIA, com produtos da marca, e
BUNGE, comercializando inicialmente uma linha de produtos.
Nós, como profissionais de e-commerce, temos um enorme desafio pela frente: estudar
e implantar casos completamente diferentes uns dos outros na indústria, mas as indústrias
também precisam fazer a sua parte, como tomar a decisão de acompanhar o mercado e entrar
no comércio eletrônico nacional. (Ribas, 2014)
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Dica
O livro A Arte da Guerra, escrito pelo general chinês Sun Tzu há mais de
2500 anos, é uma ótima fonte para se conhecer mais sobre estratégia.
1.2 E-Strategy
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As empresas têm diferentes níveis de planejamento. Em geral, o planejamento
corporativo, feito no nível mais alto da empresa, define a finalidade e o escopo
geral da organização. As unidades de negócio, ou o nível tático, elaboram
planejamentos das ações que precisam ser feitas para cumprir o planejamento
estratégico. Por fim, as unidades operacionais, no nível mais baixo na hierarquia,
executam as ações dos planejamentos das unidades de negócio, ou seja, fazem
os processos de negócio acontecerem.
Vendo por esse ângulo, onde se encaixaria a e-strategy? Muitas
organizações a colocam dentro das unidades de negócio, encarando o e-
business como algo estritamente operacional. Essa visão ainda é reflexo dos
primórdios do e-business. No entanto, muitas organizações já fazem do e-
business uma base para todas as estratégias da empresa.
Também não devemos confundir a e-strategy com estratégia de sistemas
de informação. Os sistemas de informação estão muito mais voltados para os
processos operacionais que armazenam, processam e disseminam as
informações na empresa. O e-business enfoca o seu lado, ou seja, as transações
de negócio (embora seja constituído essencialmente de informação). Na Figura
1, podemos ver uma relação entre todas essas estratégias.
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Repare que a e-strategy se liga em via de mão dupla com a estratégia
organizacional e com as estratégias de SI, e em via de mão única, em direção
às estratégias.
Uma questão importante no que se refere à estratégia de SI na empresa
é o alinhamento de objetivos com o negócio da empresa. Se a estrutura de
sistemas de informação não estiver alinhada com os propósitos do negócio, não
terá êxito.
Se a e-strategy for bem formulada, garante o alinhamento das estratégias
empresariais, porque se transformará, acima de tudo, numa estratégia eficiente
de comunicação. Para que seja bem elaborada, a e-strategy deve levar em conta
os seguintes fatores:
objetivos da empresa;
tecnologia, riscos e vantagens que poderá trazer ao negócio;
infraestrutura de TI da organização e investimentos necessários;
custo e retorno da TI;
registro de iniciativas boas e ruins feitas pela empresa em TI e negócios
eletrônicos.
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modelo, a estratégia deve contemplar quando e quais aplicações de e-business
serão adicionadas.
Saiba mais
A IBM é uma das empresas de tecnologia mais conhecidas e importantes
do mundo. Leia sobre a estratégia de e-business da IBM, no livro indicado a
seguir.
TURBAN, E.; KING, D. Comércio Eletrônico: estratégia e gestão. São Paulo:
Prentice Hall, 2004.
TED talks. The single biggest reason why start-ups succeed. 1 jun. 2015.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=bNpx7gpSqbY>. Acesso
em: 23 out. 2017.
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TEMA 2 – ORGANIZAÇÃO VIRTUAL
Curiosidade
O progresso da tecnologia tem feito surgir negócios virtuais diversos. Veja
no vídeo uma reportagem sobre escritórios virtuais.
KOWALSKI, C. Conheça os escritórios virtuais. 28 maio 2012. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=xpxTyHFWds8>. Acesso em: 23 out. 2017.
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de sua comunicação interna e externa (também fortemente baseadas na TI).
Vejamos as principais.
Saiba mais
Falamos bastante sobre as organizações virtuais. Mas você sabia que
existe também a administração virtual? Isso mesmo, vamos ampliar nosso
conhecimento, lendo o artigo a seguir!
ROCHA, C. A. Conceito de administração virtual. Disponível em:
<http://www.administracaovirtual.com/adm_artigos_conceito_admin_virtual1.ht
m>. Acesso em: 23 out. 2017.
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Um produto digital serviria para uma empresa física? O que você acha?
Veja, no vídeo a seguir, com um especialista em negócios eletrônicos, a resposta
para essa pergunta instigante!
ADOLPHO, C. [VÍDEO #18] Produto digital serve para empresa física? 5 ago.
2016. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=y-R9eh-8NeQ>.
Acesso em: 23 out. 2017.
Saiba mais
Veja mais sobre o EDI e sua história neste link:
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INTERCÂMBIO eletrônico de dados (EDI). Disponível em:
<https://portogente.com.br/portopedia/74024-intercambio-eletronico-de-dados-
edi>. Acesso em: 23 out. 2017.
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crédito. A loja envia estes fraudadores, o que pode gerar
dados para a administradora prejuízos aos donos de cartão ou
que retorna se a compra aos lojistas.
pode ser concretizada ou
não.
Empresas na internet que Dão mais segurança ao vendedor e
armazenam dinheiro, como ao comprador, pois geralmente
se fossem contas correntes. essas empresas de EC têm
Ao fechar um pedido, o mecanismos para detecção de
comprador pode informar fraude e reembolsam o comprador
Electronic cash
sua conta nessas empresas ou vendedor em caso de problemas.
(dinheiro eletrônico)
e o pagamento é transferido Porém, em alguns países, não são
dessa conta para o meios muito populares.
vendedor. Exemplos:
PayPal, BitCoin, PagSeguro
etc.
Curiosidade
Nos primórdios do e-commerce, por causa da incipiente tecnologia, até
dinheiro vivo, cheques e vales-postais eram aceitos como pagamentos em lojas
virtuais. Atualmente, esses meios praticamente inexistem no e-commerce.
Veja, no link a seguir, uma pesquisa que revela os meios de pagamento
mais usados no e-commerce brasileiro em 2013.
MOURA, A. Quais são os meios de pagamento preferidos do e-commerce? E-
commerce Brasil, 19 maio 2015. Disponível em:
<https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/quais-sao-os-meios-de-
pagamento-preferidos-no-e-commerce/>. Acesso em: 23 out. 2017.
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Barreiras físicas (firewalls): são componentes de segurança baseados
em hardware ou software, composta de regras e instruções que analisam
o tráfego na rede e, assim, determina que operações de transmissão ou
recepção de dados podem ser feitas; os firewalls ficam entre a rede e os
servidores, filtrando o fluxo de informações, deixando trafegar apenas os
dados que precisam ser trafegados.
Criptografia: é o mecanismo que embaralha os dados antes de serem
transmitidos, tornando tais dados incompreensíveis a um eventual
interceptador; apenas os servidores emissor e receptor da mensagem
possuem as chaves que podem desembaralhar os dados e conseguir
interpretar a informação.
Certificados digitais: são documentos eletrônicos conferidos por uma
entidade certificadora a um website, para comprovar que aquele website
não é clonado e de fato pertence a quem se diz seu dono; estes websites
são identificados pela sigla https no início de seu endereço (o s é referente
ao secure soket layer, a tecnologia que criptografa os dados). Para sites
de comércio eletrônico. É fundamental, pois dão confiabilidade aos seus
visitantes.
SET – Secure Electronic Transation (transação eletrônica segura):
são sistemas que implementam a criptografia em dados de cartões de
crédito; implementam a garantia no sigilo dos dados, a integridade destes
e a autenticação das partes envolvidas (loja, bancos, administradoras). O
SET impede que a loja virtual saiba os dados do cliente (embora ele os
digite no fechamento da transação), tais dados ficam armazenados
somente na instituição financeira.
Saiba mais
O cartão de crédito é o meio mais utilizados nos pagamentos do e-
business. Mas como funciona em detalhes este processo de pagamento? E as
fraudes, como podem ocorrer? Leia, no livro indicado a seguir, como tudo isso
funciona (p. 68-70).
DEITEL, H.M. E-business e E-commerce: para administradores. São Paulo:
Pearson Education do Brasil, 2004.
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Quais as melhores formas de implementar os meios de pagamento em
um e-commerce? No vídeo, são explicadas essas formas, suas vantagens e
desvantagens. Assista!
UNIVERSIDADE Ecommerce. Qual melhor sistema para pagamento para loja
virtual. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=f8rv3mFXLAs>.
Acesso em: 23 out. 2017.
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é realizado, quando o pagamento é aprovado (ou reprovado), sobre o status da
remessa das mercadorias e demais informações do fluxo da transação.
Em relação a fornecedores, é importante que estes também sejam ágeis
e acompanhem as mudanças tecnológicas. Neste quesito, nem sempre é bom
economizar, já que fornecedores que não têm estratégias maduras no uso da
tecnologia costumam por isso mesmo cobrar menos. O fornecedor deve ser
antes de tudo um parceiro. Lembrando que parte importante do e-business são
os sistemas de pedidos e ordens de compra entre fornecedores e e-commerces.
Embora não seja uma venda ao consumidor final, valem as mesmas regras de
agilidade e transparência.
Para estabelecer um relacionamento eficaz com os consumidores on-line,
é preciso acima de tudo estabelecer uma estratégia. É o que veremos.
Saiba mais
Leia sobre o funcionamento dos cookies.
GUGIK, G. O que são cookies? TecMundo, 1 dez. 2008. Disponível em:
<https://www.tecmundo.com.br/web/1069-o-que-sao-cookies-.htm>. Acesso em:
23 out. 2017.
4.3.1 Personalização
Curiosidade
Os softwares que auxiliam na construção de perfis diferenciados de
clientes são chamados de BI – Business Intelligence (inteligência de negócios).
4.3.2 Segmentação
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Quadro 2 – Tipos de segmentação
4.3.3 Fidelidade
A fidelidade é o ato de fazer com que um consumidor seja fiel a uma marca
ou empresa, consumindo regularmente o produto. No e-business, no entanto, a
fidelidade é mais difícil de se obter, tamanha a quantidade de opções dos
consumidores. Assim, a organização deve trabalhar fortemente para tornar
clientes fiéis, já que a manutenção de clientes é mais barata que a conquista de
um novo consumidor.
Curiosidade
Veja, neste vídeo, uma explicação do conceito de marketing de lealdade.
4.3.4 Confiança
Saiba mais
Pequenas empresas podem na internet fazer grande ações de
relacionamentos com clientes sem ter de investir grandes recursos financeiros.
Leia, no Capítulo 2 do livro Marketing Digital, uma série de casos de pequenas
organizações que estreitam seus relacionamentos com os consumidores usando
a internet.
FERREIRA JUNIOR, A. B.; AZEVEDO, N. Q. de. Marketing Digital: uma análise
do mercado 3.0. Curitiba: InterSaberes, 2015.
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Curiosidade
É muito comum se referir à gestão da cadeia de suprimentos pela sigla
SCM de Supply Chain Management, em inglês, que significa justamente gestão
da cadeia de suprimentos.
Saiba mais
Leia sobre as tendências, ideias e recomendações para uma boa gestão
da cadeia de suprimentos.
COELHO, L. C. Gestão da cadeia de suprimentos: conceitos, tendências e ideias
para melhoria. Disponível em:
<http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/1828>. Acesso
em: 23 out. 2017.
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da cadeia de suprimentos bem maior que no mundo físico. Esse fator, associado
à busca constante de menores custos, faz da gestão da cadeia de suprimentos
e do atendimento questões cruciais para o sucesso nos negócios eletrônicos.
Vimos que uma boa gestão de cadeia de suprimentos é feita com base
em informações precisas e de qualidade. Todos os elos da cadeia devem
compartilhar informações a fim de que o objetivo final seja alcançado: entregar
os produtos certos, íntegros e no prazo acordado ao seu comprador.
No e-business a informação circula por meios eletrônicos, daí o termo e-
SCM, isto é, a gestão eletrônica da cadeia de suprimentos. Essa gestão, em
resumo, é a gestão das informações da cadeia usando os sistemas
informatizados, baseados na internet.
Esses sistemas devem integrar as informações dos fornecedores, lojas e
demais elementos da cadeia. Mas o que difere a gestão da cadeia de
suprimentos no e-business? O que caracteriza o e-SCM? De acordo com
Fernandes (2015, p. 94), são estes:
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5.3 Atendimento no e-business
Saiba mais
O processo de atendimento de pedidos no e-commerce é composto de
atividades e processos que devem ser bem sincronizados. Leia as páginas 352
a 361 do livro Comércio Eletrônico – Estratégia e Gestão, de Efraim Turban
& David King, disponível em nossa biblioteca virtual, para saber mais sobre
esse processo.
TURBAN, E.; KING, D. Comércio Eletrônico: estratégia e gestão. São Paulo:
Prentice Hall, 2004.
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O atendimento no e-commerce deve ser extremamente profissional. Veja
no vídeo a seguir, o que o especialista recomenda em matéria de atendimento
ao cliente no meio virtual. Confira!
VÍDEO Dicas 01 – Atendimento Online – Como Atender Profissionalmente o
Cliente Online. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=qARiJrygV4k>. Acesso em: 23 out. 2017.
TROCANDO IDEIAS
NA PRÁTICA
Mãos à obra!
FINALIZANDO
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Vimos que esse progresso foi causado por dois fatores fundamentais: a
globalização econômica, acontecida a partir da década de 1990, e a evolução
tecnológica, especialmente pelo surgimento da internet comercial.
Com isso, novos produtos, serviços e profissões surgiram, dando uma
dinâmica crescente à economia. Teve início, assim, o chamado mercado
eletrônico, que é a automação dos fluxos de informação, produtos e serviços na
plataforma digital, especialmente a internet.
Também conhecemos outro fator impulsionador da economia digital: a
integração entre sistemas de informação, o que dá muito mais agilidade ao fluxo
de bens e informações na economia. Entendemos os sistemas ERP e CRM e o
benefício de integrar estes sistemas ao modelo de e-business.
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REFERÊNCIAS
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