1

COMÉRCIO ELETRÔNICO: UMA NOVA MANEIRA DE SE CONSUMIR

LIMA, Alice Resende de¹; MESQUITA, Anna Cecília Rosa¹; FLORES, Daniel de Jesus
Oliveira¹, SILVA, Natália Santos¹, Stella Lamounier(2)
(1)
Aluno do Curso Bacharelado em Administração - Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) -
Campus Bambuí

RESUMO

Atualmente, grande parte da população tem acesso a internet e efetuam suas compras
constantemente através de sites e mídias sociais, o que gerou um aumento significativo de
387% do comércio virtual brasileiro nos últimos anos. O presente trabalho teve como objetivo
geral realizar uma revisão bibliográfica sobre o comércio eletrônico, verificando autores que
defendem o comércio eletrônico como uma evolução na maneira de se consumir. O estudo
classificou-se como qualitativo, descritivo e como pesquisa documental. Antigamente para se
obter informações sobre determinado produto, era necessário se deslocar de loja em loja para
pesquisar, demandando tempo e dinheiro. Homens e mulheres têm em comum o gosto de
comparar preços e produtos, mas não gostam de ter que gastar tempo no levantamento dessas
informações. Dessa forma, as empresas e lojas virtuais que não estiverem devidamente
preparadas, estão fadadas ao insucesso. O objetivo geral do estudo foi alcançado, visto que foi
feita uma revisão bibliográfica de diferentes autores sobre o comércio eletrônico. O objetivo
específico também foi alcançado, uma vez que os autores mencionados defendem que o
comércio eletrônico é uma nova maneira de se consumir. O comércio eletrônico é a nova
tendência, será por meio dele que ocorrerá a maioria das vendas em um futuro próximo, por
isso, são necessárias novas tecnologias que realizam esse processo de troca de informações
em larga escala, bem como que as empresas e colaboradores recebam treinamento e estejam
capacitados para executar o serviço.

Palavras-chave: e-commerce, comércio, online.

1 INTRODUÇÃO
Com a popularização dos meios de comunicação notou-se que o uso da tecnologia
poderia ser aplicado no desenvolvimento da comercialização. Para que houvesse um
posicionamento das organizações diante a competência, foi necessário a criação de novos
modelos de planejamento operacional, estratégicos e táticos. Desta forma, com o uso dos
novos meios de comunicação e da internet, é possível realizar divulgações de modo a
influenciar ainda mais o consumo de determinado produto ou serviço. Atualmente, grande
parte da população tem acesso a internet e efetuam suas compras constantemente através de
sites e mídias sociais.
 2

De acordo com o site Ebit (2018), houve um aumento significativo do comércio

virtual brasileiro nos últimos 10 anos. Segundo o estudo disponível em Webshoppers (2018),
que é realizado desde 2001, o segmento cresceu 387% nos últimos anos e houve um salto em
seu faturamento de R$ 14,8 bilhões, em 2008, para R$ 53,2 bilhões, em 2018. Segundo
Batista (2006, p. 136), e-commerce ou comércio eletrônico pode ser “qualquer forma de
transação de negócios na qual as partes interagem eletronicamente, em vez de efetuarem
compras físicas ou contato físico direto”.
O presente trabalho teve como objetivo geral realizar uma revisão bibliográfica sobre
o comércio eletrônico, tendo como objetivo específico verificar autores que defendem o
comércio eletrônico como uma evolução na maneira de se consumir.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Para Vissoto e Boniani (2013), o comércio eletrônico se trata de um processo de

compra, venda e troca de produtos, serviços e informações através da rede mundial de
computadores. Sua característica principal se dá pelo uso de meios digitais para a realização
das transações comerciais, com computadores, celulares, smartphones e tablets. Trata-se de
um meio moderno e eficiente de se realizar compras, maior comodidade e segurança, seja de
um produto/serviço real (físico) ou virtual, o que possibilita a expansão do setor comercial.
As empresas, tanto em nível mundial quanto em nacional, têm sofrido várias modificações
nos últimos anos, as quais têm sido consideradas diretamente relacionadas com as
Tecnologias de Informação (TI). Talvez o item mais importante desse novo contexto é o
ambiente digital, que passou a permitir, de fato, a realização de negócios na era digital e do
comércio eletrônico (Albertin 2000).
Vissoto e Boniani (2013), afirmam que, com o fácil acesso a internet por um número
cada vez maior de usuários, houve um aumento no interesse pela compra e venda on-line em
diversas áreas, como: serviços de Tecnologia da Informação (TI), calçados, vestuário,
eletrônicos além do interesse por filmes e livros.
Os autores ainda acreditam que o comércio eletrônico ou e-commerce tem se tornado
uma das aplicações mais promissoras da internet, sendo possível que permaneça em
crescimento, proporcionando negociação de bens e serviços entre empresas, governo e
público em geral, fazendo parte das principais atividades diárias humanas.
 3

Para Albertin (2000), o novo ambiente empresarial é baseado no ambiente digital, que tem
como componente básico a Internet, considerada infra-estrutura de comunicação pública e
acesso fácil, livre e de baixo custo.
Entretanto, para Tigre e Dedrick (2003), mesmo com a existência de “janelas de
oportunidades” criadas pelo comércio eletrônico para a entrada de novas empresas do
mercado, para se lograr êxito na introdução das novas tecnologias, é necessária experiência
prévia e da capacitação tecnológica e organizacional, tanto para indivíduos quanto para
instituições em tecnologias da informação.
Por fim, Garcia (2013), afirma que na maioria dos casos, a internet possibilitou que as
partes envolvidas nos processos comerciais, passassem a poder encontrar-se e negociar de
forma mais eficiente, criando novos mercados e oportunidades para a reorganização dos
processos económicos. A internet mudou também a forma como os produtos e serviços
passaram a ser encomendados, distribuídos e transacionados, e como as empresas e
consumidores passaram a procurar e adquirir os seus produtos.

3 METODOLOGIA

O presente estudo classificou-se como qualitativo, descritivo e como pesquisa

documental. Lakatos e Marconi (2003, p. 269) afirmam que o método qualitativo “preocupa-
se em analisar e interpretar aspectos mais profundos” fornecendo “análise mais detalhada
sobre as investigações, hábitos, atitudes, tendências de comportamento etc.”.
O estudo é descritivo, “trata-se do estudo e da descrição das características,
propriedades ou relações existentes na comunidade, grupo ou realidade pesquisada”. Este
trabalho se destaca como documental, pois foram “investigados documentos a fim de se poder
descrever e comparar usos e costumes, tendências, diferenças e outras características”.
(CERVO; BERVIAN, 2002, p. 67-107).

4 RESULTADO E DISCUSSÃO

Kuhl (2015), verificou em seus estudos que os negócios por meio do canal da internet
crescem diariamente em uma velocidade enorme. Antigamente para obter informações sobre
determinado produto, era necessário se deslocar de loja em loja para pesquisar, demandando
tempo e dinheiro. Atualmente, com os avanços das ferramentas de pesquisas online, isto é
 4

possível através dos buscadores como dos sites comparadores de preços, que são responsáveis
por grande entrada de novos visitantes, gerando novas conversões de vendas.
Pattat (2014), concluiu em seu estudo que homens e mulheres têm em comum o gosto
de comparar preços e produtos, mas não gostam de ter que gastar tempo no levantamento
dessas informações, refletindo assim na importância de poder comprar sem ter que sair de
casa, podendo realizar suas compras rapidamente. Além disso, ambos acreditam que os
produtos vendidos pela Internet são mais baratos que nas tradicionais lojas de varejo.
Conforme afirma Kuhl (2015), as empresas e lojas virtuais que não estiverem
devidamente preparadas para trabalhar desta forma, com maior eficiência e clareza de
informações sobre a venda estão fadadas ao insucesso.
Por fim, Rodrigues (et all. 2014), acredita que as exigências estão aumentando em
todos os níveis: os consumidores procuram melhores preços, variedade de oferta, rapidez de
atendimento e alta qualidade. Nesse sentido, o entendimento sobre o perfil do consumidor
representa um fator determinante para as empresas que buscam a adequação à nova realidade
do mercado.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pode-se afirmar que o objetivo geral do estudo foi alcançado, visto que foi feita uma
revisão bibliográfica de diferentes autores sobre o comércio eletrônico. O objetivo específico
também foi alcançado, uma vez que os autores mencionados defendem que o comércio
eletrônico é uma nova maneira de se consumir, uma evolução, onde as empresas também
devem estar preparadas para essa mudança se quiserem se manter vivas no mercado. Por fim,
observa-se que o comércio eletrônico é a nova tendência, será por meio dele que ocorrerá a
maioria das vendas em um futuro próximo, por isso, são necessárias novas tecnologias que
realizam esse processo de troca de informações em larga escala, bem como que as empresas e
colaboradores recebam treinamento e estejam capacitados para executar o serviço com
excelência.

REFERÊNCIAS

ALBERTIN, A. L. O comércio eletrônico evolui e consolida-se no mercado brasileiro.

Administração da Produção e Sistemas de Informação. São Paulo, v. 40, n. 3, p. 94-102,
 5

out./dez. 2000. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rae/a/th5K7bhggkX4CjbgG7CjhTb/?

format=pdf&lang=pt. Acesso em: 11 out. 2021.

BATISTA, Emerson de O. Sistemas de informação: o uso consciente da tecnologia

para o gerenciamento. São Paulo: Saraiva, 2006.
EARNING BEFORE INTEREST AND TAXES. E-commerce cresce 12% e fatura R$ 53,2
bilhões em 2018. Disponível: https://www.ebit.com.br. Acesso em: 11 out. 2021.

GARCIA, C. P. de. S. A Fiscalidade do Comércio Eletrónico. 2013. 123f. Trabalho

dissertação (Curso de mestre em Contabilidade) - Instituto Superior de Contabilidade e
Administração da Universidade de Aveiro, [S.l], 2013. Disponível em:
https://core.ac.uk/download/pdf/32242171.pdf . Acesso em: 11 out. 2021.

KUHL, F. O e-commerce e o comportamento do consumidor. 2015. 31f. Trabalho de

conclusão de curso (Especialização em Marketing com Ênfase em Vendas) - Universidade
Federal do Paraná, 2015. Disponível em:
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/42601/R%20-%20E%20-
%20FERNANDA%20KUHL.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 11 out. 2021.

LOPES, M. (1999). Comunidades Virtuais. Revista Exame, p. 38-41, 13 jan. 1999.

PATTAT, T. E-commerce - Comportamento do consumidor frente ás transações on-line

documento sistematizador do TCC. 2014. 136f. Trabalho de conclusão de curso
(Departamento acadêmico de Administração) - Universidade Regional do Noroeste do Estado
do Rio Grande do Sul. Disponivel em:
https://bibliodigital.unijui.edu.br:8443/xmlui/bitstream/handle/123456789/2842/TCC
%20%20-%202014%20-%20Tahinan%20Pattat.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em:
12 out. 2021.

RODRIGUES, Z. M. O. C.; SOUZA, C. M. A.; PESSOA, R. A.; OLIVEIRA, O. V.;

ARAUJO, F. C. M. O Perfil do Consumidor Universitário de E-commerce de Fortaleza.
2014. Trabalho apresentado no 9º Simpósio de Excelência em gestão e tecnologia, São Paulo,
2014. Disponível em: https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos14/47120551.pdf. Acesso
em: 12 out. 2021.

TIGRE, P. B.; DEDRICK, J. Mitos e Realidades sobre a Difusão do

Comércio Eletrônico nas Empresas Brasileiras. Revista Brasileira de Inovação, [S.l], v. 2, n.2,
p. 377-405, jul./dez. 2003. Disponível em:
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rbi/article/view/8648877/15415. Acesso em:
11 out. 2021.

VISSOTTO, E. M.; BONIATI, B. B. Comércio eletrônico. Rio Grande do Sul, 2013.

Disponível em: https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/413/2018/12/comercio_eletronico.pdf.
Acesso em: 11 out. 2021.

WEBSHOPPERS. 38º edição. Disponível para download em:

https://www.fecomercio.com.br/public/upload/editor/ws38_vfinal.pdf. Acesso em 11 out.
2021.