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02/05/2023, 14:20 Roteiro de Estudos

Sistemas Integrados de Gestão e Negócios Eletrônicos

Roteiro de
Estudos
Autor: Ma. Amanda de Britto Murtinho
Revisor: Marcos Buri

A governança corporativa tem recebido maior atenção nos últimos anos, destacando, com isso,
a importância da auditoria interna nas organizações. Por outro lado, essa força transformadora
das auditorias internas tem sua base na disseminação dos sistemas de planejamento de
recursos empresariais, ou Sistemas Integrados de Gestão (SIG ou ERP, do inglês Enterprise
Resource Planning ). No entanto, a migração da oferta de produtos e serviços para o ambiente
digital tem obrigado os gestores a repensar o papel essencial da governança e dos seus
formatos de integração. Este roteiro visa, nesse sentido, abarcar os conceitos dos SIGs, da
Governança de TI e de negócios eletrônicos, de modo que o intrincado dessa relação fique mais
evidente.
Caro(a) estudante, ao ler este roteiro, você vai:
compreender o conceito de e-commerce , com foco na gestão;
avaliar a transição do mercado e das organizações para o ambiente digital;
conhecer as aplicações de Governança Corporativa para TI;
verificar os fundamentos dos sistemas integrados de gestão; e
descobrir algumas das boas práticas de processos de Governança de TI, como ITIL e
COBIT.

Introdução

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Em nível mundial, a implementação de sistemas integrados de gestão, nas organizações, acaba


favorecendo os processos de auditoria interna, que se relaciona diretamente com as normas,
estratégias e procedimentos de uma empresa. A prática de auditoria interna é, dentro disso,
uma construção social que demanda concordância entre os profissionais que atuam na
organização, sendo essencial que as normas e os processos já estejam estabelecidos antes de
se iniciar a prática de auditoria – ou não será possível diferenciar, dentro da atuação prática
dos colaboradores, quais são legítimas e quais são ilegítimas – ou seja, quais práticas estão
indo a favor e quais estão indo contra os procedimentos e as normas que foram estabelecidos.
Vamos tentar compreender isso a partir de um exemplo: se uma pessoa deseja preparar um
bolo de cenoura, mas não tem a receita, poderá usar alguns ingredientes que venham à sua
cabeça e, com base em sua experiência prévia, tentar "acertar" a receita do bolo. Em alguns
casos, e conforme a expertise dessa pessoa na cozinha, pode ser que a receita de bolo intuitiva
funcione bem – em outros casos, no entanto, o resultado poderá ser desastroso. Da mesma
forma, se uma empresa atua sem a determinação prévia de suas normas e procedimentos,
quando um resultado der muito errado por conta da forma como um setor ou gestor conduziu
a equipe, não haverá como corrigir a falha ou apontar o problema, já que esses profissionais
não contavam com um direcionamento. Nesse sentido, como é possível avaliar o
funcionamento desse processo, já bastante conhecido pelas organizações tradicionais, no
ambiente digital? Para chegar a esse entendimento, começaremos por trazer a definição e o
conceito de um negócio eletrônico.

Definições e Conceitos de
Negócios Eletrônicos
Atualmente e cada vez mais, as organizações aplicam tecnologias baseadas na internet e nas
comunicações wireless (sem fio) para transformar seus negócios. Isso vem ocorrendo desde
1991, quando Tim Berners-Lee criou o primeiro site (CHAFFEY, 2002). A implantação dessas
novas tecnologias ofereceu muitas oportunidades para a criação de negócios eletrônicos
inovadores, o que envolve repensar as abordagens de negócios. E as pequenas e médias
empresas se beneficiaram desse advento dos mercados digitais.
Durante esse mesmo período, gerentes de empresas tradicionais tiveram que determinar
como aplicar essas novas tecnologias de comunicação eletrônica para transformar suas
organizações. Assim sendo, as empresas existentes precisaram migrar, aos poucos, a sua
abordagem tradicional para processos de gestão mais adequados ao e-business , o que não foi
realizado de uma hora para a outra – e sim em vários estágios. Por outro lado, o ato de inovar,

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no ambiente digital, é muito amplo e diversificado, ainda mais com a contínua introdução e
aperfeiçoamento das tecnologias, dos modelos de negócios e dos formatos de comunicação.
Por conta disso, todas as organizações precisam revisar suas abordagens de comunicação e
averiguar se já consideraram os formatos eletrônicos e com base na internet, de modo a
ampliar seu potencial competitivo e melhorar o gerenciamento de riscos ao aperfeiçoar a
segurança de seus sistemas e o desempenho de seus processos. Para compreender melhor os
tipos de oportunidade do ambiente digital que as empresas vêm aproveitando em seu
benefício. Chaffey (2002, p. 6) traz como exemplos:

a. O crescimento da popularidade das redes sociais, como Facebook, Instagram


e Twitter, e os blogs criados por inúmeras pessoas e empresas;

b. Conteúdo digital rico e diversificado, como produção de vídeos on-line e


aplicativos interativos;

c. Seleção de serviços de comércio móvel que exploram a utilização de celulares


e outros dispositivos móveis, como laptops e smartphones; e

d. Uso das informações coletadas a partir do rastreio da localização de


mercadorias desde o momento da produção até o transporte.

Os negócios eletrônicos ( e-business ) visam, assim, aumentar a competitividade de uma


organização ao implantar tecnologias inovadoras de informação e comunicação em toda a
organização, além de favorecer e ampliar o networking e o alcance de novos parceiros e
clientes. No entanto, esse processo não envolve simplesmente o uso de tecnologia para
automatizar processos existentes – é necessário planejar a transformação dos processos em
que a tecnologia será aplicada como fonte auxiliar na promoção da mudança.
Para ter sucesso no gerenciamento de negócios eletrônicos, dessa forma, é necessário ter um
conhecimento amplo de diferentes processos e atividades de negócios em toda a cadeia do
segmento de atuação, como marketing e vendas, e também do desenvolvimento de novos
produtos, dos processos de fabricação, de transporte e logística, conforme a atuação da
empresa. Além disso, as organizações precisam gerenciar as mudanças constantes exigidas
pelo cenário tecnológico, o que tradicionalmente já era realizado por meio das atividades e dos
departamentos de suporte, como o gerenciamento de recursos humanos.
A partir dessa definição, é evidente que o comércio eletrônico envolve analisar como as
comunicações eletrônicas podem ser aproveitadas no aprimoramento de todos os aspectos do
gerenciamento da cadeia de suprimentos de uma organização. O negócio eletrônico também
envolve a otimização das cadeias que geram valor para uma organização, sendo esse um

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conceito relacionado às diferentes atividades que agregam valor ao conectar a oferta de uma
empresa à demanda de mercado.
A busca em aperfeiçoar as plataformas de interação com o consumidor deve ser constante,
afinal, em um mercado altamente competitivo, inovação e foco no cliente são essenciais, e a
busca pelas melhores estratégias de marketing digital para divulgar os produtos e serviços,
também.

LIVRO

Estratégias de marketing digital e e-commerce


Autora : Sandra R. Turchi
Editora : Grupo GEN
Ano : 2018
Comentário : No Capítulo 3 desse livro, a autora destaca a
importância do planejamento de marketing digital, além de
expor as principais estratégias e aplicações dele. Você também
encontrará estudos de casos reais de empresas nacionais e
internacionais.
Disponível na Minha Biblioteca.

Mercados Eletrônicos e as
Organizações
A Era Digital faz com que as nossas atividades do cotidiano demandem velocidade de execução
cada vez maior. Desde a comunicação, que acontece em tempo real, até os produtos, que são
desenvolvidos sob demanda, e a oferta de serviços especializados "para ontem", tudo segue
escalas nunca antes vivenciadas pelo mercado.

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Nesse sentido, Linnhoff-Popien, Schneider e Zaddach (2018) afirmam que os mercados estão se
desenvolvendo rapidamente nessa Era Digital. Mesmo ao procurar um produto físico, é
provável que o consumidor escolha o vendedor com base na rapidez com que ele é capaz de
entregar esse produto. Os clientes exigem, nesse novo mercado, a gratificação instantânea –
afinal, é possível conseguir qualquer produto ou serviço em um prazo de até 24 horas. Ao
comprar um produto específico, assim, o cliente deseja que ele seja entregue dentro do prazo e
com a mais alta qualidade.
Esse formato de negócio (que exige empresas altamente confiáveis e que conhecem bem as
necessidades de seus clientes) permite que empresas, como a Amazon, cresçam. Para gigantes,
como a Amazon, o conceito de velocidade na oferta de produtos e serviços é seguido à risca –
de modo que a Amazon inovou com um processo de estocagem em pleno voo para reduzir
ainda mais a distância física e encurtar o prazo de atendimento aos clientes. Esses seriam os
chamados “Centros de Atendimento Aéreo” (AFC), armazéns que permanecem flutuando no
céu como um avião. Em parte, as entregas da Amazon serão realizadas não por funcionários, e
sim por robôs, conhecidos como drones, que contam com a vantagem de não precisar
enfrentar congestionamentos, oferecendo tempos de entrega ainda mais curtos por
transitarem pela via aérea.
Exemplos desse tipo mostram como nosso cotidiano foi alterado pela noção dos prazos curtos
e do imediatismo. E, dentro disso, se uma ideia de negócio for bem recebida, um produto
correspondente será desenvolvido – e daí, o aumento do volume de ações empreendedoras,
como as startups . Às vezes, um produto existente só precisa ser atualizado com novos recursos
ou passar para um serviço otimizado – e quem souber visualizar essa junção entre um processo
inovador e um produto ou serviço poderá faturar milhões, como a Uber. Assim sendo, o
formato clássico de análise de mercado acaba dando passagem aos novos modelos de
negócios, que vêm evoluindo espontaneamente e que são aproveitados e expandidos quando
apresentam aplicações de sucesso.
Assim sendo, Linnhoff-Popien, Schneider e Zaddach (2018) concluem que a complexidade do
mercado, diante dessa multiplicidade de fatores, é praticamente imprevisível. Isso porque,
dentre tantos novos modelos de negócios que vão eclodindo aqui e ali, sempre que uma
oportunidade aparece, não é possível prever com segurança qual o modelo que virá a seguir.
Em vez disso, é preciso tentar visualizar as tendências e o interesse crescente dos
consumidores por produtos e formatos de serviço que sejam inovadores, ou por necessidades
reais que não estejam sendo supridas pelo mercado.
Os mercados, eletrônicos ou não, desempenham um papel fundamental na economia, afinal,
  facilitam a troca de informações, de bens, de serviços e de pagamentos e proporcionam
infraestrutura para regulamentar as transações.

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LIVRO

Comércio Eletrônico: estratégia e gestão


Autores : Efraim Turban e David King
Editora : Pearson
Ano : 2003
Comentário : a leitura dos capítulos sugeridos (Capítulo 1: Visão
Geral do Comércio Eletrônico, p. 1 a 23, e Capítulo 2:
Mecanismos de Mercado no Comércio Eletrônico p. 32 a 72) irá
contemplar estrutura de um comércio eletrônico, planejamento
e modelos de negócios eletrônicos, mercados eletrônicos,
cadeias de suprimento de valor e outras questões específicas,
como concorrência, liquidez, qualidade, catálogos, leilões e
comércio móvel. A obra também auxiliará no melhor
entendimento das questões.
Disponível na Biblioteca Virtual.

Governança e Organização de TI
A Governança Corporativa exerce importante papel nas organizações, sendo uma prática
fundamental nos processos de auditoria interna e intimamente relacionada aos processos
estratégicos de uma empresa.
De acordo com Moeller (2013), o termo governança corporativa de TI não é novo, contudo, é
um conceito que pode variar conforme o contexto. Isso porque o conceito de governança
corporativa vem evoluindo e se transformando em resposta aos ciclos contínuos de fraudes e
falhas nos negócios, particularmente nas últimas décadas do século XIX, quando houve ênfase
ao aprimoramento dos códigos de conduta corporativos e no estabelecimento dos chamados
departamentos de ética corporativa. Moeller (2013) destaca que, ao se envolver em questões
de governança corporativa, quando precisou assumir o cargo de auditor interno em uma
grande corporação norte-americana, foi convidado a presidir uma força-tarefa, assumindo a
liderança da empresa para revisar regras internas, reescrever o código de conduta e

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estabelecer a ética da organização. Essa atitude teria sido a resposta dessa empresa a uma
grande ameaça de litígio envolvendo fraude junto ao consumidor.
Nesse sentido, as boas práticas de governança corporativa foram estabelecidas para auxiliar as
empresas em seus processos, auxiliando na manutenção de suas decisões estratégicas,
mantendo a transparência de comunicações e processos e evitando, com isso, fraudes e
problemas de compliance (quando a ética da empresa e as normas internas não estão sendo
seguidas pelos colaboradores).
Essa fase inicial da governança corporativa incorporava as operações gerais de uma
organização, dando ainda pouca ênfase aos sistemas e às operações de TI. Foi então que, em
2002, os EUA promulgaram a Lei Sarbanes-Oxley (SOx), que prevê melhoria dos processos de
relatórios financeiros, auditoria e governança corporativa de empresas públicas. Essa lei
causou grande impacto nas organizações dos Estados Unidos, à época, e depois passou a ser
reconhecida e praticada em todo o mundo (MOELLER, 2013).
Embora as regras de auditoria e de controle interno da SOx tenham acarretado mudanças
diretas nas práticas de auditoria externa e no controle de finanças como um todo, essa lei
também teve um grande impacto na governança de TI. Como essa lei prevê muitos processos,
Moeller (2013) recomenda que, para um entendimento geral do SOx com ênfase nas regras
internas de controle contábil, os gerentes tenham conhecimento da Seção 404.
A SOx introduziu, assim, uma série de processos totalmente modificados para as práticas de
auditoria externa, trazendo novas responsabilidades de governança aos executivos e aos
membros da diretoria. Algumas afirmações podem ser realizadas sobre ela: a empresa deve
apresentar declarações transparentes sobre a condição financeira dela, os executivos precisam
atuar de modo a garantir a eficácia do controle interno e todas as deficiências no controle
interno ou fraude devem ser reportadas.
A SOx também estabeleceu o Conselho de Supervisão Contábil de Empresas Públicas (PCAOB),
uma autoridade que define regras e emite padrões de auditoria financeira, monitorando a
governança dos auditores externos. Como acontece com todas as leis federais de controle
financeiro e relacionadas a valores mobiliários, um conjunto extenso de regulamentos e regras
administrativas específicas foi desenvolvido com base na legislação SOx – no Brasil, quem rege
essas normas e processos de governança corporativa é o IBGC (Instituto Brasileiro de
Governança Corporativa).
Moeller (2013), então, enfatiza que, seja com base em sistemas de TI ou em procedimentos
manuais realizados de forma contínua, toda empresa possui processos básicos que incluem,
além dos ciclos contábeis:

a. ciclo de receita: processos que lidam com vendas ou outras receitas da


empresa;

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b. ciclo de gastos diretos: despesas com custos de produção, gastos com


materiais etc.;

c. ciclo de gastos indiretos: custos operacionais que não possam ser


diretamente vinculados às atividades de produção, mas que são necessários
para as operações comerciais em geral;

d. ciclo da folha de pagamento: abrange toda a compensação de pessoal;

e. ciclo de estoque: embora o estoque acabe sendo aplicado como despesa


direta de produção, são necessários processos com base no tempo para
manter o estoque, até que seja aplicado como gasto de produção;

f. ciclo de ativos fixos: requer processos contábeis separados, como a


contabilidade periódica de depreciação ao longo do tempo; e

g. controles gerais do ciclo de TI: esse conjunto de processos abrange controles


gerais de TI ou que sejam aplicáveis a todas as operações de TI.

A identificação desses principais processos empresariais é uma etapa inicial para atender à
conformidade da Seção 404, de forma que uma empresa deve documentar, entender e testar
todos esses processos – que são considerados fundamentais. Para muitas empresas, esses
serão os principais procedimentos envolvidos nos processos de suporte de TI e às suas práticas
de auditoria externa.
Já a disciplina da governança de TI, por outro lado, é um subconjunto e um elemento muito
importante dos problemas gerais de governança corporativa. Não há uma definição geral bem
aceita sobre o que é a governança de TI, de modo que Moeller (2013) traz algumas das
principais tentativas de definição.

a. A governança de TI é frequentemente usada para descrever os processos e


para decidir como gastar dinheiro com recursos de TI. Esse processo de
governança de TI inclui a priorização e a justificação de investimentos em TI e o
controle sobre os gastos, como orçamentos e níveis de autorização.

b. A governança de TI é frequentemente usada para descrever muitos aspectos


diferentes das alterações de TI. No nível mais básico, às vezes, a governança de
TI é usada para descrever o gerenciamento e o controle de um portfólio de
projetos relacionados à TI.

c. A governança de TI é usada para garantir que os processos de mudança de TI


cumpram com os requisitos regulamentares, leis e regras governamentais e

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com os padrões profissionais definidos.

d. Governança de TI é o processo de alinhar as mudanças e despesas de TI


junto aos requisitos e às despesas de negócios, abrangendo também a
implantação da equipe de TI.

e. A governança de TI também é usada para descrever o gerenciamento e o


controle dos serviços de TI.

f. A governança de TI garante que a solução e o suporte diários de todos os


recursos de TI estejam alinhados com as necessidades da empresa.

Dessa forma, a governança de TI lida, principalmente, com a conexão entre o foco comercial de
uma empresa e o gerenciamento de operações relacionadas ao departamento de TI. Esse
conceito destaca a importância de assuntos pertinentes à TI e enfatiza que as decisões
estratégicas de TI devem pertencer aos níveis mais altos de gerenciamento corporativo,
incluindo o conselho administrativo e a diretoria em vez de apenas o setor de gerenciamento
de TI.
No que se refere à remuneração e à governança corporativa, é necessário afirmar que a
remuneração deve ser definida com base na função que será desempenhada pelo colaborador
da empresa, devendo as empresas criarem um comitê de remuneração composto por
membros que não sejam do corpo executivo, que devem consistir, sempre, em dois ou mais
conselheiros, de modo a evitar decisões tendenciosas. Vale ressaltar que as boas práticas
estabelecem que os diretores não devem ter permissão para determinar os próprios níveis de
remuneração deles.
A pesquisa de Domingues, Floyd-Wheeler e Nascimento (2017) realizou um estudo sobre a
relação entre a TI e a governança corporativa nas organizações. A pesquisa aborda conceitos e,
também, o relacionamento entre a tecnologia da informação e a governança.

Sistemas Integrados de Gestão


A integração de sistemas corporativos e da cadeia de suprimentos em uma organização está se
tornando mais crítica e necessária por conta da globalização, que promoveu um ambiente mais
competitivo e em constante mudança. À medida que os mercados amadurecem e as
preferências dos clientes se tornam mais diversas e específicas, o mercado exige respostas
mais rápidas para manter a vantagem competitiva. Essa resposta rápida acabará, por sua vez,
exigindo relacionamentos bem definidos e o compartilhamento estratégico de informações

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entre setores internos, fornecedores e clientes – que compõem os stakeholders , ou seja, as


partes interessadas de uma organização (SUNDARRAJ; SARKIS, 2006).
Como um Sistema Integrado de Gestão (ERP) tem implicações organizacionais amplas e de
longo prazo, o planejamento estratégico é essencial para que seja realizado um gerenciamento
bem-sucedido de tais sistemas. De acordo com Sundarraj e Sarkis (2006), os elementos críticos
que devem ser considerados para o desenvolvimento de um plano estratégico bem-sucedido
são:

a. ambientes externos e internos;

b. recursos e processos de planejamento; e

c. implementação de uma comunicação estratégica.

Esses fatores são importantes dentro do planejamento estratégico de sistemas de informação,


sendo que o processo sugerido por essa estrutura é do tipo iterativo – no sentido de permitir
que estratégias e processos de nível superior sejam reformulados quando forem constatadas
incompatibilidades entre esse nível e o dos sistemas e configurações de níveis inferiores.
O planejamento estratégico de um sistema de integração deve, assim, começar pelos níveis
superiores de gerenciamento. A tecnologia e/ou ferramentas selecionadas para isso também
devem ser compatíveis com a visão, as metas e os objetivos estratégicos da organização. Uma
organização deve passar, para tanto, por um processo de análise SWOT, que permite avaliar os
seus pontos fortes e fracos à luz de oportunidades e ameaças ambientais e, depois,
desenvolver suas missões, seus objetivos, suas estratégias e suas políticas com base nisso. Um
dos resultados dessa etapa de planejamento inicial é a determinação das principais
competências de uma organização que precisam de um suporte tecnológico mais específico
(SUNDARRAJ; SARKIS, 2006).
Já o estágio de implementação pode ser classificado em: inicialização, gerenciamento de
projetos e migração, contemplando a transição do sistema antigo para o novo. Como os
sistemas integrados forçam a revisão em larga escala dos processos de negócios, a sua
implementação precisa ser baseada na abordagem mais apropriada de gestão de mudanças.
Outra preocupação importante dessa implementação refere-se à integração de sistemas, na
qual vários tipos de subsistemas, plataformas e interfaces devem ser integrados em diversas
localizações geográficas dispersas. A implementação dos sistemas envolve, conforme Sundarraj
e Sarkis (2006):

a. aquisições: compra de software, hardware e equipamentos de suporte;

b. planejamento operacional: o desenvolvimento do projeto que irá ativar o

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sistema;

c. implementação e instalação: etapa de implementação e inicialização do novo


sistema; e

d. integração: vinculação dos sistemas existentes entre si e com outros sistemas


organizacionais.

Um sistema integrado de gestão, nesse sentido, não será um sistema desenvolvido


especificamente para uma única empresa, e sim um software comercial elaborado com base
nas melhores práticas de mercado, de modo a propiciar essa integração apoiada no
funcionamento do sistema econômico como um todo.
Para adquirir uma visão geral sobre o conceito de sistemas integrados e suas classificações,
realize a leitura dos capítulos recomendados a seguir.

LIVRO

Sistemas Integrados de Gestão: ERP — uma


abordagem gerencial
Autor : Cícero Caiçara Júnior.
Editora : Intersaberes.
Ano : 2015.
Comentário : esse livro, disponível na Biblioteca Virtual
Pearson, traz uma abordagem bastante completa sobre
sistemas integrados de gestão, sendo recomendada a leitura do
Capítulo 4: Classificação dos sistemas de informação, que vai da
página 81 a 92, e do Capítulo 5: Sistemas Integrados de Gestão,
da página 93 a 108.
Disponível na Biblioteca Virtual.

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Boas Práticas e Processos - ITIL e


COBIT
O COBIT é um conjunto antigo de processos que evoluiu para uma ferramenta útil na área da
governança de TI, permitindo avaliar todos os controles internos de uma empresa. Esse modelo
fornece orientação sobre a conexão da TI com outros recursos de negócios, sendo uma
ferramenta importante para ajudar a direção da empresa a estabelecer práticas eficazes de
governança de TI (MOELLER, 2013).
A estrutura do COBIT consiste nos chamados cinco princípios do COBIT, que são amplas áreas
da governança corporativa interconectadas a controles internos, conforme ilustrado na Figura
1.

Figura 1 - Os cinco princípios do COBIT


Fonte: Adaptada de Moeller (2013).

Já o ITIL fornece uma estrutura para a governança de TI e se concentra na medição e nas


melhorias contínuas da qualidade dos serviços de TI que serão entregues, tanto da perspectiva
do negócio quanto do cliente. Esse foco tem sido um fator importante no sucesso mundial da
framework (modelo), baseada em ITIL, e contribuiu com a popularização de seu uso e com os
principais benefícios obtidos pelas empresas que implementaram técnicas e processos de ITIL
em suas organizações. Alguns desses benefícios incluem, de acordo com Moeller (2013):

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a. maior satisfação do usuário e do cliente em relação aos serviços de TI


fornecidos;

b. maior disponibilidade de serviço, conduzindo a lucros e a receitas


potencialmente maiores;

c. maior economia financeira com redução de retrabalhos, otimização de


tempo, melhor gerenciamento e uso de recursos;

d. melhor tempo de colocação no mercado em relação aos aspectos de TI e ao


desenvolvimento de novos produtos e serviços; e

e. melhores tomadas de decisão e gestão de riscos otimizada para todos os


processos relacionados à TI.

Há diversos processos e metodologias de boas práticas associados à governança corporativa de


TI, mas o ITIL e o COBIT estão dentre os mais conhecidos e praticados pelas organizações.
Podemos citar, ainda, o CMMI ( Capability Maturity Model ) e o CRM ( Customer Relationship
Management ), que atuam na transparência, na responsabilidade, na efetividade e na prestação
de contas.
Para melhor compreensão e aprofundamento de sua noção acerca de boas práticas em
processos, ITIL e COBIT, realize a leitura recomendada em sequência.

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LIVRO

Gestão de Tecnologia da Informação - Governança de


TI: arquitetura e alinhamento entre sistemas de
informação e o negócio.
Autores : Luís Fernando Ramos Molinaro e Karoll Haussler
Carneiro Ramos.
Editora : Grupo GEN
Ano : 2010
Comentário : esse é um livro completo em relação aos
processos e à estruturação de um departamento de TI e de
sistemas de informação voltados a negócios. A leitura
recomendada é do Capítulo 2: Organização e TI, que vai da
página 9 a 20, e do Capítulo 8: Coleções de melhores práticas, da
página 90 a 128 – mas você pode conferir o sumário para ver os
assuntos dos demais capítulos, que poderão interessá-lo(a)
neste ou em momento futuro.
Disponível na Minha Biblioteca.

Conclusão
Vimos, em nosso roteiro, a importância do entendimento do ambiente digital para as
organizações na atualidade, bem como os processos e as ferramentas necessárias para migrar
do formato tradicional à incorporação das novas tecnologias da informação e de comunicação.
A ampliação dos recursos de Governança de TI para o ambiente digital e a sua relação com os
sistemas integrados de gestão cumprem papel fundamental nesse processo, estando
intimamente ligada a fatores como posicionamento de mercado, vantagem competitiva e
tomadas de decisão estratégicas de uma organização.

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Referências Bibliográficas
CAIÇARA JÚNIOR, C. Sistemas Integrados de Gestão: ERP — uma abordagem gerencia.
Curitiba: Intersaberes, 2015.
CHAFFEY, D. Business and E-Commerce Management : Strategy, Implementation and
Practice. United Kingdom: Pearson, 2002.
DOMINGUES, A. A.; FLOYD-WHEELER, K.; NASCIMENTO, N. S. Governança de tecnologia da
informação: estudo sobre a relação entre a TI e a governança corporativa nas organizações.
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