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1. INTRODUÇÃO AO ECOMMERCE
Por tal razão, existe inúmeros estudos para conhecer o impacto e o papel da internet
no processo da globalização e, em consequência, da economia mundial. Essa nova
economia está criando não só tendências conflitantes mas exigindo que as
organizações repensem suas missões, visto que a internet permitiu melhorar a
produtividade dos custos, posicionar o produto oferecido, fortalecer a imagem da
empresa e gerar maiores benefícios para os acionistas.
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Por outro lado, o ambiente comercial online possui características únicas que o
distingue das formas tradicionais de comércio, trazendo um novo paradigma. Nessa
nova economia, a informação torna-se digital - reduzida em bits armazenados em
computadores e correndo na velocidade da luz através das redes.
Voltando mais de um século na História, foi em 1914 que Western Union gera um
ponto decisivo nesse contexto com o lançamento do primeiro cartão de crédito. Ainda
que não tenha se popularizado até finais da década de 50, os consumidores
começavam a se familiarizar com esse novo modelo de pagamento.
Mas sobre o comércio eletrônico, podemos afirmar que sua origem se situa no início
do século XX nos Estados Unidos com a aparição da venda por catálogo e correio
postal. Até então, a única maneira existente de adquirir um produto era indo a uma
loja. Assim que o processo de venda por catálogo ou correio postal foi a primeira
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Esse foi um método comercial revolucionário. Sua difusão rompeu com os esquemas
antigos e possibilitou que algumas áreas rurais com difícil acesso às áreas comerciais
tivessem a possibilidade de adquirir produtos até o momento impensáveis ou
inacessíveis. Ressaltamos ainda que, seguindo na nossa linha histórica do eCommerce,
a venda por catálogo aumentou ainda mais com a aparição do telefone.
Os anos 80, por sua vez, trouxeram uma nova forma comercial: o televendas. O
mesmo que aconteceu com o telefone, mas agora a televisão é quem se incorpora ao
canal de vendas, mostrando os seus produtos na sala dos consumidores enquanto a
família jantava reunida na sala de casa.
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Vale a pena lembrar também que existem outros meios como o mCommerce,
realizado mediante a tecnologia móvel ou televisão digital interativa, oferecendo
também muitas possibilidades dentro do comércio eletrônico.
No entanto, esse tema segue sendo complexo e ainda existe certa confusão em sua
definição. Muitos artigos importantes se referem a esse conceito indistintamente
como eCommerce ou eBusiness. Apesar disso, gostaríamos de destacar que existem
notáveis diferenças entre ambos.
Além disso, é preciso ter em conta que o eCommerce pode ser tipificado em função
das possibilidades de integração entre as partes implicadas, de modo que devemos
considerar:
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São elas:
Alcance global: Não existem fronteiras nem limites nacionais, o que implica
que o usuário possa adquirir um produto que não se encontra disponível em
seu país.
Onipresença: Está disponível em qualquer lugar mediante qualquer dispositivo
com conexão à internet.
Multiformato: Permite o uso de textos, áudios e vídeos.
Tecnologia social: Os usuários podem produzir e interatuar através das redes
sociais.
Requisitos: Existe um consenso de padrões tecnológicos que permite a leitura
dos códigos que forma uma web em qualquer lugar do mundo.
Personalização: A tecnologia oferece a possibilidade de entregar mensagens
personalizadas em função do perfil de cada usuário ou grupo.
O eCommerce está tão presente no mundo atual que podemos afirmar a existência de
mercados onde tal forma de fazer negócio é mais relevante que a tradicional, como
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No entanto, por conta das inúmeras vantagens existentes nesse tipo de comércio,
muitas empresas decidiram explorar a web, ainda que, apesar disso, possuam como
objetivo incorporar a internet como plano de vendas a curto prazo.
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- Os sites favoritos dos adolescentes para realizar suas compras online são:
Amazon, Nike, eBay, Forever21, Urban Outfitters e American Eagle.
- Os produtos que gozam de maior popularidade nas compras online são: roupa,
livros, música, produtos e serviços relacionados a viagens e férias, entradas
para espetáculos, aparelhos tecnológicos e eletrônicos.
- Em 2018, 46% dos portugueses fizeram pelo menos uma compra online, um
aumento de 10% em relação ao ano de 2017.
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Segundo um estudo realizado por Kanlli e DA Retail, cujo enlace está disponível na parte da bibliografia.
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- Artigos esportivos - 8%
- Farmácia e afins - 7%
- Serviços profissionais - 5%
- Marketplace - 3%
Figura representativa do importe médio espanhol em compras online nos anos em destaque. Ressaltamos ainda
que usuários entre 35 e 44 anos, possuem um gasto médio de 2.205€, ou seja, 5% a mais que a média apresentada.
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https://bamboo-business-services.com/sell-on-line -in-europe-b2c-ecommerce-overview-2016
O ano de 2020 foi marcado por uma enfermidade infecciosa causada por um vírus
capaz de revelar drásticas alterações na maneira de viver e consumir em proporções
mundiais.
O coronavírus apareceu quando o mundo estava, cada vez mais, voltado para a
economia online e, como consequência do confinamento e das restrições de
deslocamento, presenciamos um momento marcante para pensarmos sobre as
condutas de consumo. Milhões de pessoas de todas as faixas etárias e em todo o
mundo tiveram que recorrer a diferentes dispositivos conectados à internet para lidar
com o dia a dia imposto por um panorama que nunca antes havíamos experimentado.
Estudos demonstraram que por conta das medidas adotadas por todos os cidadãos,
houve um aumento das compras eletrônicas, principalmente de alimentos, farmácia e
conectividade. Segundos estudos realizados no Brasil, por exemplo, relatou-se que a
venda de computadores sofreu um aumento de 112% nas primeiras semanas de março
de 2020.
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Em todo o mundo, durante a pandemia, percebemos que muitas pessoas que ainda
estavam reticentes ao uso de tal forma de realizar suas compras, se permitiram
experimentá-la por primeira vez. Dessa forma, foi-se percebido um aumento do
comércio eletrônico como uma opção viável de realizar as compra, desde casa, em
plena pandemia.
O FMI acredita que o ano de 2020 será um dos anos mais desafiantes economicamente
em todo o mundo desde a Grande Depressão, vivida em 1930. Ainda que exista um par
de fatores incapazes de serem antecipados, não temos dúvida de que o eCommerce
sairá fortalecido da crise, visto que quando as pessoas se viram obrigadas a
modificarem seus hábitos de consumo, as empresas, por sua vez, experimentaram a
necessidade de entregar valor ao consumidor de maneira digital.
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Longe de celebrar tais cifras em um momento tão delicado, ressaltamos que esse
crescimento precipitado também cria novos desafios onde muitas organizações
precisam desenvolver uma estratégia para melhorar suas operações, tanto no
abastecimento como na repartição dos pedidos realizados pelos usuários.
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- O mCommerce e China
China é um país que se caracteriza por sempre estar sempre à frente em termos
tecnológicos e, em relação às compras online temos que salientar que grande parte
dos chineses não possui um desktop ou laptop pois consideram um dispositivo móvel
suficiente para suas necessidades online diárias. Tal dado significa que atualmente
quase metade de todas as vendas de comércio eletrônico realizadas nesse país são
feitas por meio de um telefone celular. Com Wechat pay e Alipay, além de mini lojas
Wechat e muitos outros aplicativos de compras, incluindo Taobao e Tmall sendo
otimizados para telefones, cada vez mais empresas estão descobrindo que a maior
parte de suas vendas se realiza por meio de dispositivos móveis.
- Beacon
Beacon, utilizados nos Estados Unidos desde 2014, são pequenos dispositivos
instalados em lojas que utilizam a tecnologia BLE (Bluetooth Low Energy) para emitir
sinais, registrar dados de comportamento e conectar-se aos dispositivos encontrados
ao redor. Dizendo em outras palavras, é um dispositivo que emite sinais por meio de
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tecnologia bluetooth low energy, também conhecida como bluetooth 4.0, que ajuda as
lojas na localização das melhores oportunidades.
Os beacons trabalham em conjunto com os smartphones dos clientes, que devem estar
com bluetooth ativado e também ter o aplicativo da loja instalado.
Por exemplo, se você tem um telefone Apple e, passeando pela loja se aproxima da
seção de iPhones com um aparelho mais antigo, o sensor poderá disparar uma
mensagem sugerindo que você realize um upgrade do seu aparelho, destacando as
vantagens e oferecendo uma oferta para as próximas horas.
Esse fenômeno pode supor um risco para a empresa que pode acabar perdendo
vendas, pelo que se deverá ter em conta o comportamento durante o processo de
compra em cada dispositivo, adaptando cada instrumento às necessidades e
comportamentos dos consumidores para aproveitar ao máximo as possibilidades de
compra.
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Segundo um estudo elaborado por Google, quase 85% dos consumidores inicia o processo de compra
em um dispositivo e termina em outro.
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Cada vez mais, as empresas oferecem entregas rápidas, em 24 horas, com envios
express ou em algumas horas como os produtos Prime Now da Amazon. Diante da
vontade e necessidade de entregar o pedido ao cliente o antes possível, a tendência
será utilizar drones, reduzindo ainda mais esse tempo. A previsão é que Amazon utilize
tal mecanismo para realizar entregas em 30 minutos, dos pedidos de até 2,5 kg, o que
representa 86% da sua demanda.
Em relação a esse sistema, salientamos que o custo é relativamente alto, o que fará do
seu uso pouco frequente e se destinará aos pedidos em que os usuários pedem
urgência na entrega.
- O cliente deve dispor de uma espécie de tapete que inclua o logo da Amazon
para que o drone o reconheça e ocorra a aterrisagem.
Igualmente ao que passava com a utilização dos beacons, que utiliza a geolocalização
do cliente, as empresas poderão enviar publicidades personalizadas através de dados
obtidos em tempo real, proporcionando a criação de experiências, ofertas e
mensagens dirigidas a uma audiência concreta.
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- A realidade virtual
Como principal representante desta tendência, temos Alibaba, fundada em 1999 por
Jack Ma (1964 - ), após perceber, em uma viagem aos Estados Unidos que não se
podia comprar eletronicamente produtos chineses.
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Destacamos ainda que, como requisito desses recursos interativos de compras em 3D,
os clientes devem usar um equipamento de realidade virtual para se movimentarem
pela loja.
- A realidade aumentada
- A segurança
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Para Lasch (1998) um dos anseios identificados nesse tipo de negócio é uma maior
necessidade de segurança, já que muitos consumidores se sentem reticentes em
transações desse tipo por conta dos riscos percebidos na troca das informações
confidenciais no ambiente online. Por outro lado, existe também a preocupação sobre
a legitimidade das empresas que vendem seus produtos ou serviços através da
internet.
Para Castro (2020) apesar de muitos especialistas considerarem-na mais uma questão
de percepção do que de realidade, as percepções dos clientes são o que realmente
importam em termos de adoção de novas tecnologias. De modo que, a maioria dos
sistemas de segurança é suficiente na maioria das transações comerciais, e a evolução
da legislação nesse campo permitirá, progressivamente, o desenvolvimento de
melhores sistemas e sua exportação mundial, como por exemplo, os sistemas de
criptografia com chaves maiores.
Um exemplo disso é o PayPal, empresa fundada em 1988 Peter Thiel e Max Levchin,
que se converteu em uma popular e maiores plataformas do ramo de pagamento
online onde não se necessita revelar informação pessoal para a empresa onde se
realiza a compra, além de também auxiliar ainda o envio de dinheiro.
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A revolução do comércio via internet foi capaz de fazer desaparecer as barreiras físicas
e geográficas, possibilitando o fluxo de informação de forma instantânea. Esse novo
conceito desafia o estilo de comércio tradicional e provoca a desaparição de
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Uma dessas figuras é o “prossumidor”, também conhecido como prosumer. Tal palavra
deriva da fusão entre os termos produtor+consumidor e consiste naqueles clientes que
deixam de ser consumidores passivos para criar seus produtos sob medida, gerando
novos conteúdos graças à liberdade e possibilidades oferecidas pela web.
De acordo com Guimarães e Falsarella (2008) o Just in Time é a metodologia que visa o
atendimento das necessidades dos clientes no menor prazo possível, garantido
qualidade e trabalhando com o mínimo de estoque necessário. Portanto, poderia ser
entendido como uma metodologia que está constantemente buscando a integração da
organização, através do seguimento mais simples capaz de permitir que o processo de
mudança, direcionado pelas necessidades da sociedade, seja atendido com maior
rapidez e sem desperdício.
Podemos então afirmar que alguns negócios podem tirar grande proveito do
eCommerce. É o caso das pequenas empresas, que no comércio tradicional teriam que
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De modo que, entendemos que a principal diferença entre ambos reside no mercado,
já que o primeiro se desenvolve em um mercado físico e o segundo em um mercado
virtual.
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Mercado físico
Mercado virtual
- Elimina os intermediários.
- A relação e o contato se estabelece de forma eletrônica, isso é, não existe o
trato presencial entre comprador e vendedor, pelo que no caso do cliente
necessitar assessoramento, será necessário que se estabeleça uma série de
ferramentas.
- Como principal requisito, o comprador deve dispor de um dispositivo com
conexão à internet.
- A publicidade chega ao comprador de maneira rápida e abundante através da
web, seja por páginas web ou redes sociais.
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O caráter não presencial que supõe as gestões via internet e que privam o
consumidor de estabelecer um contato físico com o produto que deseja
adquirir. A ausência de trato pessoal e o fato de ter que ver os artigos através
de imagens pode ser fonte de desconfiança.
A insegurança na hora de fazer o pagamento é outro ponto conflitivo. Para
garantir a fiabilidade da empresa é imprescindível dispor de informação clara
sobre o produto, o preço, os gastos e detalhes que afetem a contratação do
serviço. Além disso, é necessário que a empresa esteja identificada
adequadamente e facilite o contato direto.
Em relação às ameaças de hackers, ainda falta solucionar algumas questões,
mesmo que atualmente a Lei Orgânica de Proteção de Dados (LOPD) zele por
garantir e proteger o tratamento dos dados pessoais e os direitos fundamentais
tanto dos consumidores como das empresas.
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Aprovada em 2017, a Ley de Resolución Alternativa de Conflitos de Consumo, permite aos cidadãos
espanhóis resolverem suas reclamações em um prazo máximo de 90 dias, sem necessidade de acudir a
via judicial. Esse serviço é gratuito ou apresenta um custo inferior a 30€ ao consumidor.
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O modelo brick and click é a tendência de combinar a venda em lojas físicas (brick)
com a venda em lojas online (click), ou seja, uma estratégia de ampliação com novos
canais de venda.
Podemos então dizer que os negócios que operam no mercado atual podem ser
divididos em função do uso de internet:
Negócio offline
Ainda que para muitos o negócio do eCommerce se apresente como o grande inimigo
das lojas tradicionais, uma oportunidade on-line para uma loja pode supor uma
retroalimentação entre ambos canais de negócio.
Trata-se do negócio offline, que consiste em que boa parte dos clientes potenciais
comparam diferentes produtos através da web, nas diferentes lojas virtuais, mas
compram o produto na loja física. Esse é um exemplo de como o comércio eletrônico
pode funcionar de vitrine permanente até que os clientes decidam dar o passo pela via
tradicional.
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