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Comércio eletrónico
Introdução ao comércio eletrónico
Novos relacionamentos comerciais com os clientes e as novas
tecnologias de apoio
E-business
Principais características do e-business
Implementar o e-business na Internet
Segurança da informação no e-business
Perspetivas futuras do e-business
O NEGÓCIO ELETRÓNICO (E-BUSINESS)
Definição do negócio eletrónico (e-business)
O e-Business, ou negócio eletrónico, pode ser definido como o uso da Internet para ligar
organizações e potenciar os processos de negócio das mesmas. Abrange a organização em si,
colaboradores, clientes, fornecedores e todas as outras entidades interessadas (Combe,
2006).Existe uma sobreposição que, por vezes, gera incertezas entre a definição de e-Business e
de comércio eletrónico. Na realidade o e-Business inclui todas as atividades do comércio
eletrónico, mas vai além do que é o comércio eletrónico, englobando também transações
internas à organização.
Ou seja, para além das transações de compra e venda que compõem o comércio eletrónico, o e-
Business inclui igualmente transações relacionadas com a gestão da relação entre a empresa e os
fornecedores, a gestão da relação com o cliente, a logística, pagamentos e controlo de stocks, etc.
Apesar de uma empresa de comércio eletrónico atuar em e-Business, o negócio eletrónico é um
conceito mais lato podendo, consoante cada caso em particular, ir além do que é o comércio
eletrónico. Trata-se portanto, de um conceito que engloba tudo o que é feito de forma eletrónica
numa organização e que pode ser associado, de forma mais ou menos direta, ao negócio.
O futuro do negócio eletrónico (e-business)
O futuro do e-Business promete novas evoluções, algumas já estão a começar a tornar-se
realidade no dia-a-dia das organizações, enquanto outras são apenas alvo de investigação.
De acordo com a lei de Moore o número de transístores, contidos na mesma área, duplica
a cada ano (Moore, 1965), assim sendo, é de esperar que a capacidade de processamento se
torne progressivamente superior, o que tendo em conta a dependência que o e-Business tem dos
computadores, leva a que cada vez se possa exigir processamentos mais complexos (e em tempo
real).
O que garante novas capacidades aos sistemas no que respeita ao hardware, que
posteriormente poderão suportar novos requisitos em termos de software. Também a constante
evolução das tecnologias de telecomunicações abriu novas possibilidades no campo do e-
Business. Estas permitem que redes como a Internet, de forma particular, tenham vindo a ter um
crescimento elevado no que respeita à sua utilização.
É expectável que continue a crescer ao chegar a cada vez mais pessoas e
organizações, este facto cria uma expectativa de crescimento para o e-Business.
Ainda associado a tecnologias de comunicação, existem os dispositivos móveis,
havendo hoje processos de e-Business que utilizam estes dispositivos, no entanto, é
de esperar que com a constante evolução dos dispositivos móveis e das redes de
comunicação, cada vez mais existam processos de e-Business que se assentem
nestes dispositivos. Também aqui a lei de Moore tem implicações, isto é, sendo os
processadores mais pequenos (e acessíveis), é possível ter poder de processamento
considerável em dispositivos móveis.
As evoluções técnicas potenciam o futuro do e-Business mas, no fundo, apenas
permitem responder, de forma otimizada e atualizada, a requisitos do negócio. O
verdadeiro desafio do e-Business é ter a tecnologia e o negócio alinhados de forma
a obter reais vantagens competitivas.
Questões em Aberto
Globalização
Potencialmente, as redes globais tornam tão fácil, negociar com um parceiro do outro lado do
mundo, como com um do outro lado da rua. No entanto, o meio de comunicação por si só, apesar
de necessário, está longe de ser suficiente.
Como é que empresas de diferentes continentes, tomam conhecimento umas das outras e dos
produtos pretendidos? Como é que uma empresa pode aceder às regras de conduta empresarial
de determinado país, quando grande parte delas nem sequer estão escritas?
E como é que se pode respeitar e suportar a diversidade linguística e cultural de determinada
comunidade de utilizadores? Estas e outras, são questões que se inserem no capítulo da
globalização - tornar realidade o Comércio Eletrónico verdadeiramente global.
Aspetos contratuais e financeiros
Imagine que uma empresa tailandesa consulta o catálogo online de uma congénere russa e
lhe encomenda alguns produtos, recebendo-os e pagando-os eletronicamente. Este cenário
simples levanta algumas questões fundamentais, ainda por resolver.
Em que momento foi estabelecido um contrato vinculativo entre as duas empresas? E qual o
estado legal desse contrato? Que entidade tem jurisdição sobre ele? Dadas as diferentes
regras e
práticas financeiras, como é feito e confirmado o pagamento?
Que impostos e encargos aduaneiros se aplicam aos produtos? E como é que eles são
fiscalizados e cobrados? Poder-se-iam evitar recorrendo a um intermediário eletrónico num
terceiro país?
Propriedade
Particularmente para os artigos distribuíveis eletronicamente e que por
isso, podem ser copiados facilmente, a proteção dos direitos autoral
(copyright) e da propriedade intelectual, representa um grande desafio.
Privacidade e segurança
O Comércio Eletrónico sobre redes abertas requer mecanismos efetivos e
confiáveis para garantir a privacidade e a segurança das transações.
Estes mecanismos devem suportar a confidencialidade, a autenticação (i.e.
permitir que as partes envolvidas numa transação se certifiquem da identidade
uma da outra), e a não repudiação(i.e. garantir que as partes envolvidas numa
transação não possam, subsequentemente, negar a sua participação).
Como os mecanismos reconhecidos de privacidade e segurança dependem da
certificação por parte de uma terceira entidade (governamental, por exemplo),
o Comércio Eletrónico para ser global, necessitará do estabelecimento de um
sistema de certificação, também ele global.
Aspetos de interconexão e interoperação
Para atingir o máximo potencial do Comércio Eletrónico é necessário
que o acesso seja universal, ou seja, que cada empresa ou consumidor
possa aceder a toda e qualquer organização comercial,
independentemente da localização geográfica ou da rede específica a
que essa organização estiver conectada. Isso requer a existência de
normas universais para a interconexão e interoperação de e entre
redes.
Aplicação prática
Um dos fatores que pode limitar a emergência do Comércio Eletrónico
é a falta de consciencialização para o mesmo. Existe o perigo de muitas
empresas (principalmente PMEs) ficarem para trás e em situação de
desvantagem, simplesmente por desconhecerem as possibilidades e
oportunidades do Comércio Eletrónico.
Portanto, torna-se urgente consciencializar a sociedade em geral, e o
mundo empresarial em particular, para os benefícios do Comércio
Eletrónico, tal como divulgar exemplos da sua aplicação, e providenciar
treino e formação.
Importância dos agentes
Várias das questões identificadas acima, requerem soluções a nível global. Daí que os
agentes responsáveis pela sua resolução e pela promoção do Comércio Eletrónico como
um todo, devam incluir entidades de âmbito multinacional. Similarmente, os governos
nacionais devem agir no sentido de remover as barreiras existentes e assegurar a livre
concorrência; e os representantes dos vários sectores da sociedade, devem promover a
consciencialização e as aplicações práticas do Comércio Eletrónico.
Finalmente, não se podem esquecer os agentes tecnológicos e as empresas e
consumidores em geral, nas suas ações de desenvolver, adotar e explorar o Comércio
Eletrónico.
A tabela 2 resume os agentes envolvidos e as suas ações desejáveis. Coletivamente,
estes agentes devem realizar todas as ações da tabela 2. Cada um deles tem alguma
responsabilidade por várias ações e reciprocamente, cada uma das ações é partilhada
por vários agentes.
Os modelos de negócio eletrónico (e-
business) que se baseiam no uso da Internet