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No início, a comercialização online era e ainda é, realizada com produtos como CD's, livros,
produtos palpáveis e de características tangíveis. Contudo, com o avanço da tecnologia, surge uma nova
tendência para a comercialização online. Começa a ser viabilizado a venda de serviços pela web, como é
o caso dos pacotes turísticos, por exemplo. Muitas operadoras de turismo estão se a preparar para
abordar os seus clientes dessa nova maneira.
O comércio eletrónico, assim como uma loja comum, é um conjunto de atividades, onde existe
um vendedor com a finalidade de vender um produto, assim como um comprador que está interessado
por este produto e a partir desses interesses será dado início a uma negociação comercial.
“Definimos e-commerce como a compra e venda por meios digitais.” (O’Brien, 2004, p. 205).
Blumenschein e Freitas (2001) afirmam que o comércio eletrónico já é realizado há mais tempo do que se
imagina, mesmo com as pessoas e empresas não estando cientes disto, pois ao se fazer uma compra e
efetuar o pagamento através de caixas eletrónicas, cartão de crédito ou qualquer outro meio digital, essa
atividade pode ser considerada como uma forma de comércio eletrónico.
Da mesma forma, quando se faz uma encomenda ou se recebe uma encomenda por fax, também
se está a realizar comércio eletrónico. Portanto, não se pode dizer que o comércio eletrónico está a
inventar um novo tipo de comércio, pois ele apenas está a aproveitar as novas tecnologias como a
Informática e a Comunicação para realizar as tarefas tradicionais de compra e venda, de uma forma mais
rápida, segura e barata do que até então eram realizados sem estes recursos.
A maneira tradicional de se fazer uma venda é baseada na procura feita pelos clientes, podendo
ser feita por meio de publicidade, telefone, ou encontrar-se diretamente com um vendedor, onde o
mesmo visa satisfazer as necessidades do cliente com o produto que a empresa tem a oferecer.
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Uma definição possível de Comércio Electrónico seria: "qualquer tipo de transacção comercial,
em que as partes envolvidas interajam electronicamente e não através de trocas ou contactos físicos".
Nesta definição estão incluidas as seguintes operações de negócio :
Contacto com os clientes;
Intercâmbio de informação;
Suporte pré e pós-venda;
Venda;
Pagamento electrónico;
Distribuição e logística;
Empresas virtuais (ou extendidas); e
Partilha de processos empresariais.
Correio electrónico;
Fax;
Edi (electronic data interchange - transferência electrónica de dados); e
Pagamentos electrónicos.
2. Intercâmbio de informação;
4. Venda;
A parte inferior da figura 2, ilustra essa mesma diversidade, no que diz respeito às tecnologias de
comunicação abrangidas pelo Comércio Electrónico, incluindo correio electrónico (e-mail), fax, EDI
(electronic data interchange - transferência electrónica de dados) e transferência electrónica de fundos
(TEF). Qualquer das tecnologias apresentadas pode servir de suporte ao Comércio Electrónico, sendo
que cada uma delas é mais adequada a determinado contexto, que as outras.
A figura 2 também destaca a necessidade de um enquadramento legal e regulamentar bem
definido, para todos os domínios do Comércio Electrónico, de forma que as transacções comerciais
electrónicas sejam facilitadas e não dificultadas. Como a interacção global é uma das maiores
oportunidades criadas pelo Comércio Electrónico, este enquadramento legal e regulamentar também
deve ser de âmbito global.
Os níveis mais básicos de Comércio Electrónico, dizem respeito a uma simples presença online,
à promoção da empresa, ou ao suporte pré e pós-venda. Usando ferramentas e tecnologias largamente
difundidas, estes níveis podem ser implementados rapida e economicamente, como podem testemunhar
neste momento, milhares de pequenas empresas. Contrastando com esta situação, as formas mais
avançadas de Comércio Electrónico envolvem problemas complexos, tanto a nível legal e cultural, como
a nível tecnológico. Neste caso, não existem soluções bem definidas e as empresas são forçadas a
desenvolver os seus próprios sistemas, limitando a exploração destes níveis ao pioneirismo das grandes
empresas. No entanto, o tempo fará com que a fronteira, entre o que é vulgar e o que é complexo hoje
em dia, se mova para os níveis superiores de Comércio Electrónico, à medida que cada vez mais
soluções bem definidas forem estalelecidas e difundidas.
Comércio a Retalho
iBS (http://www.bookshop.co.uk/)
A "Internet Bookshop" existe apenas como um site Web ou seja, não tem instalações físicas de
venda. Especializada em livros técnicos, oferece actualmente mais de 780000 títulos. Ao visitar a iBS, os
clientes podem navegar pelo site, pesquisar através de palavras-chave e obter informação detalhada
acerca de cada título, incluindo um texto descriptivo, informação bibliográfica, índice, revisões e leitura
sugerida. Também é possível encomendar e pagar os livros desejados, que serão entregues através dos
canais internacionais, já estabelecidos pelos editores livreiros.
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SimpleStore (https://www.solsuni.pt/)
Para permitir a criação fácil de soluções comerciais na Internet a Solsuni criou a SimpleStore,
uma Loja Virtual totalmente configurável, desenvolvida em Java. E por uma questão de coerência,
colocou-a à venda numa Loja Virtual! Baseada no modelo do cesto de compras, esta loja a funcionar
sobre um servidor seguro da Netscape, vende artigos relacionados com a Internet - browsers e
servidores da Netscape e ambiente de desenvolvimento para Java. É possível adicionar e eliminar
produtos do cesto, consultá-lo ou esvaziá-lo a qualquer instante, e proceder à compra através de cartão
de crédito; tudo recorrendo a formuláriosonline bastante intuitivos. Os produtos são entregues ao
domicílio ou nos correios mais próximos.
Finanças
ESI (http://www.esi.co.uk/)
A "Electronic Share Information Ltd" oferece um sistema online de partilha de informação e trocas
comerciais. Os clientes podem: ver o valor das acções da Bolsa de Londres e do índice FTSE 100,
comprar e vender acções online via ShareLink, usar várias técnicas de análise e ferramentas de
pesquisa, obter perfis de empresas e dicas de investimento, requerer notificação automática de
flutuações nas acções, e obter avaliações de portfolio em tempo real. Lançado em Setembro de 95, este
serviço conta já com 15000 utilizadores registados e atrai 1.25 milhões de visitas por mês.
ou troca, e lojas virtuais (apenas acessíveis aos clientes da Banca Jovem BBI/BFE). Estas funcionam
segundo o conceito do cesto de compras e incluem discos da Valentim de Carvalho e material informático
da Superlógica. Aproveitando a parceria com um banco, estas lojas estabeleceram uma forma de
pagamento cómoda e segura - através de débito em conta, por parte dos clientes do banco, que têm
uma password de acesso.
["cyber.net", nº 10, Abril de 96, página 21]
Serviços Internet
IP Global (http://ip.pt/)
Esta empresa foi criada em Outubro de 95 para a Internet, ou seja, não existia previamente.
Actualmente é o maior operador privado de Internet em Portugal, para o que contribuiu bastante a
qualidade da sua infraestrutura de rede.
Situada nos dois principais segmentos de mercado - Individuais e Empresas - a IP aproveita
muito bem o seu site para automatizar os acessos individuais. A Conta IP Classic pode ser
subscrita online, num servidor seguro, e o esquema de pagamentos é muito cómodo - por cartão de
crédito ou Multibanco. Na primeira opção, os pagamentos são efectuados automaticamente - quando se
esgotar o crédito da Conta IP Classic do cliente ou findos 60 dias sobre o último pagamento, credita-se
de imediato a conta por débito do cartão de crédito do cliente (de acordo com o Plano de Pagamentos
que este tiver escolhido). Na segunda opção, os pagamentos são controlados pelo cliente, que deverá
efectuar um pagamento, de acordo com o plano escolhido, sempre que o saldo da sua conta chegar a
zero ou passarem 60 dias sobre o último pagamento.
Em qualquer momento o cliente poderá alterar os dados da sua Conta IP Classic (senha,
endereço de correio electrónico, opção de pagamento, entidade a facturar, etc.), directamente no site da
IP. Poderá também consultar informações relevantes (dados para pagamento por Multibanco, saldo ou
movimentos da sua Conta IP Classic, etc.).
Atendimento ao Cliente
GE Plastics (http://www.ge.com/gep/)
O site desta empresa líder da indústria dos plásticos, disponibiliza o leque dos seus produtos,
perfis detalhados das propriedades de cada material, e instruções/recomendações para o desenho de
aplicações que usem os materiais da empresa. Também há um passatempo online, chamado "Dica
Técnica da Semana", onde qualquer visitante pode inserir uma dica de operação para os materiais da
GE. A empresa selecciona as melhores dicas para inclusão nas páginas de "Dicas Técnicas Anteriores".
Desenho de Engenharia
Ford
As equipas de engenharia da Ford, apesar de dispersas pelo mundo inteiro, colaboram no
desenho de novos motores automóveis, através da sua rede privada de comunicações. O sistema de
suporte ao desenho é a combinação de um sistema de videoconferência em tempo real, com um "quadro
de desenho" partilhado. Qualquer participante de uma conferência de desenho, pode desenhar ou
escrever no quadro, arrastar objectos para o quadro e editar os que lá se encontrem, ficando todas as
alterações, visíveis de imediato aos outros participantes. Os tipos de objectos suportados incluem
desenhos CAD, texto e vídeo.
GEN (http://www.gen.net/)
A "Global Engineering network" é coordenada pela Siemens Nixdorf e tem participantes de vários
países europeus. A GEN é um "mercado para o conhecimento de engenharia", que junta os fornecedores
de componentes e aqueles que os usam na concepção dos seus produtos finais. Os fornecedores
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disponibilizam informação técnica detalhada acerca dos seus componentes (talvez incluindo desenhos
CAD a 3D) e os clientes potenciais procuram os componentes que melhor se adequem ao seu produto
acabado, experimentando a incorporação desses componentes, nas fases iniciais de desenho dos seus
produtos.
Suporte Empresarial
citiusNet (e-mail: citius@mail.citius.fr)
Trata-se de um sistema bem sucedido de suporte ao Comércio Electrónico negócio-negócio ,
composto por três elementos principais - altius, citius e fortius. O Altius é um catálogo electrónico de
artigos de escritório e para a indústria. O Citius é um sistema de tratamento de transacções comerciais. O
Fortius suporta pagamentos electrónicos através de EDI, e é usado, não só para o pagamento dos
artigos seleccionados no Altius e transaccionados no Citius, mas também para transacções de rotina,
como o pagamento de pensões e seguros. O citiusNet é um serviço multilingue disponível
internacionalmente. Os sistemas foram desenvolvidos pela DDP de Lyon, França, com a colaboração de
vários parceiros da Espanha, Bélgica, Alemanha e Itália.
A DDP está a planear a extensão dos seus serviços para oferecer suporte empresarial em geral
("Intermediação"), tratando de todas as operações de rotina (banca, administração, fundos de pensões ,
etc.), em benefício dos seus subscritores, para que estes se possam concentrar nos seus verdadeiros
negócios.
Suporte Jurídico
Jurinfor (http://www.jurinfor.pt/)
Dedicada à informação jurídica e fiscal desde 1989, a Jurinfor resolveu, a partir de Agosto de 95,
apostar num site Web bastante interactivo, para a divulgação e comercialização dos seus produtos -
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pacotes de software e de bases de dados próprias. Assim, desde o IRScalc® (software muito popular
para cálculo do IRS), até às bases de dados jurídicas da família Lex, estão disponíveis versões de
demontração e actualizações na área de downloads do site.
No entanto, é o serviço de consulta ao Diário da República Portuguesa - o LexData® Online
(actualizado diariamente) - que tira mais partido das funcionalidades do site, já que permite aceder a
muita informação (desde 1970), através de formulários bastante acessíveis. Cada cliente pode optar pelo
sistema de acesso pontual ou mensal (consultas esporádicas ou intensas) e terá uma conta corrente de
registo online e protegida por password, no servidor de informação da Jurinfor. Todas as buscas são
gratuitas e em número ilimitado. Só o serviço de visualização dos resumos e de download do texto
integral será debitado na conta corrente do cliente, que para o efeito, deverá creditá-la através de
cheque, transferência bancária ou cartão de crédito.
Publicação Electrónica
Serviços Profissionais
de Kreek (http://www.dds.nl/dekreek/)
O Sr. Jeroen de Kreek, um advogado de Amsterdão, disponibiliza um serviço de resposta a
questões legais, disponível 24 horas por dia. Os utilizadores deste serviço são conduzidos através de
uma hierarquia de menus, que os ajuda a formular a sua questão como uma mensagem em texto. Então,
o Sr. de Kreek responde a esta questão, normalmente em duas horas. A resposta à primeira pergunta é
grátis mas as seguintes acarretam uma cobrança.
Contacto Internacional
Tesco
Opera em cerca de 540 supermercados no Reino Unido. A empresa tem um sistema de
"encomendas baseadas nas vendas", em que a informação da venda dos produtos em cada
supermercado, obtida através da leitura dos scanners das caixas, é enviada electronicamente para o
Centro de Controlo de Armazenamento.
Aí, os computadores determinam quais os artigos que precisam de ser re-abastecidos num dado
supermercado, e enviam essa informação ao armazém Tesco que o abastece.
Para os casos em que a Tesco não faz stock de produtos, as encomendas são geradas
automaticamente e enviadas via EDI, aos respectivos fornecedores. E aquando da recepção no armazém
Tesco local, esse stock de substituição é enviado imediatamente para os supermercados adequados. 24
horas após a venda de um artigo ele é reposto na prateleira.
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2. Business-to-Consumer (B2C)
3. Consumer-to-Consumer (C2C)
4. Consumer-to-Business (C2B).
5. Business-to-Administration (B2A)
6. Consumer-to-Administration (C2A)
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1. Business-to-Business (B2B)
O comércio Business-to-Business (B2B) engloba todas as transações eletrónicas de bens ou
serviços efetuadas entre empresas. Neste tipo de comércio eletrónico atuam normalmente os produtores
e grossistas no comércio tradicional.
2. Business-to-Consumer (B2C)
O tipo de comércio eletrónico Business-to-Consumer distingue-se pelo estabelecimento de
relações comerciais eletrónicas entre as empresas e os consumidores finais. Corresponde à secção de
retalho do comércio eletrónico, onde operam normalmente os retalhistas no comércio tradicional.
Este tipo de relações pode ser mais dinâmico e mais fácil, mas também mais esporádico ou
descontinuado. Este tipo de comércio tem-se desenvolvido bastante devido ao advento da web, existindo
já várias lojas virtuais e centros comerciais na Internet que comercializam todo o tipo de bens de
consumo, tais como computadores, software, livros, calçado, automóveis, produtos alimentares, produtos
financeiros, publicações digitais, etc.
Quando comparado com uma situação de compra a retalho no comércio tradicional, o
consumidor tem normalmente mais informação disponível na forma de conteúdos informativos e existe a
ideia generalizada de que compra mais barato, sem prejuízo de obter, muitas vezes, um atendimento
igualmente personalizado e de assegurar a rapidez na concretização do seu pedido.
3. Consumer-to-Consumer (C2C)
O comércio eletrónico do tipo Consumer-to-Consumer (C2C), engloba todas as transações
eletrónicas de bens ou serviços efetuadas entre consumidores. Geralmente estas trocas são realizadas
(intermediação) através de uma terceira entidade, que disponibiliza a plataforma informática onde se
realizam as transações. Um exemplo deste tipo de comércio eletrónico é o Artemix, um mercado online
de artesanato.
4. Consumer-to-Business (C2B)
No C2B existe uma inversão completa do sentido tradicional da troca de bens. Este tipo de
comércio eletrónico é muito frequente em projetos baseados em crowdsourcing. Um número de
indivíduos coloca os seus serviços ou produtos à disposição para serem comprados por empresas que
procuram esse tipo de bem.
Alguns exemplos destas práticas são os sites onde vários designers apresentam propostas para
o logótipo de uma empresa e onde apenas um deles é selecionado e efetivamente comprado. Outro tipo
de plataforma muito comum deste tipo de comércio são os mercados se vendem fotografias, imagens,
média e elementos de design isentos de royalties, como no iStockphoto.
5. Business-to-Administration (B2A)
Esta parte do comércio eletrónico engloba todas as transações realizadas on-line entre as
empresas e a Administração Pública. Esta é uma área que envolve uma grande quantidade e diversidade
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de serviços, designadamente nas áreas fiscal, da segurança social, do emprego, dos registos e
notariado, etc. O tipo de serviços tem vindo a aumentar consideravelmente nos últimos anos com os
investimentos feitos em e-government.
6. Consumer-to-Administration (C2A)
O modelo Consumer-to-Administration engloba todas as transações eletrónicas efetuadas entre
os indivíduos e a Administração Pública.
Exemplos de aplicações:
Saúde - marcação de consultas, informação sobre doenças, pagamento de serviços de saúde, etc.
Ambos os modelos que envolvem a Administração Pública (B2A e C2A) estão fortemente
associados à ideia da eficiência e facilidade de uso dos serviços prestados aos cidadãos pelo Estado
com apoio nas tecnologias da informação e comunicação.
O comércio eletrónico traz inúmeras vantagens tanto para as empresas quanto para os usuários
desta tecnologia, como por exemplo: maior comodidade para o cliente, segurança e rapidez no
pagamento das mercadorias, diminuição dos impostos, aumento dos lucros da empresa, pesquisa de
preço do produto, redução da mão-de-obra, comercialização global, etc.
Com a criação do comércio eletrónico, algumas das ações que fazia com que o preço das
mercadorias se elevasse, foram eliminadas, pois antes tínhamos intermediários que compravam as
mercadorias para revendê-las ao comércio e só a partir de então seria repassada ao consumidor final.
Com o comércio eletrónico, a função do intermediador foi eliminada, pois as empresas criam
sites na Internet que fazem este papel, vendendo direto ao consumidor final. A Principal vantagem do
Comércio Eletrónico é a Expansão dos Negócios.
Conforme ilustra a tabela 1 e se explica de seguida, o Comércio Electrónico traz várias
oportunidades para os fornecedores, e origina benefícios correspondentes para os consumidores.
Os limites do Comércio Electrónico não são definidos geograficamente ou através das fronteiras
dos países, mas sim pela cobertura das redes computacionais. E como as redes mais importantes são de
natureza global, o Comércio Electrónico permite até ao mais pequeno fornecedor, estabelecer a sua
presença e conduzir os seus
negócios, no mundo inteiro.
O benefício para os
consumidores é uma escolha
global - poder escolher
produtos ou serviços de todos
os potenciais fornecedores,
independentemente da sua
localização geográfica.
Maior competitividade /
Qualidade do serviço
telefónicas), mas o Comércio Electrónico permite uma distribuição directa muito mais eficiente, tanto em
termos de custos, como em termos de atrasos no processamento.
Esta característica é ainda mais vantajosa, quando os artigos se podem enviar electronicamente,
caso em que a cadeia de distribuição é eliminada por completo. As implicações são profundas para as
indústrias: do entretenimento (cinema, vídeo, música, revistas, jornais); da informação e educação
(incluindo todas as formas de publicação electrónica); e do desenvolvimento e distribuição de software.
O benefício associado ao cliente está na possibilidade de obter o artigo pretendido, de forma
rápida e sem estar limitado ao stock disponível nos fornecedores locais.
Uma das maiores contribuições do Comércio Electrónico consiste em reduzir o custo das
transacções. Se uma transacção comercial envolvendo interacção humana custar alguns dólares, a
versão electrónica dessa mesma transacção custará alguns cêntimos. Assim sendo, qualquer processo
comercial em que as pessoas interajam de forma rotineira, é um bom candidato a ser desenvolvido
electronicamente, conseguindo-se reduções de custos e consequentemente de preços ao cliente.
O Comércio Electrónico permite, não só re-definir o mercado dos produtos existentes, mas
também criar novas oportunidades de mercado, através de produtos e serviços sem precedentes. Alguns
dos novos serviços que se podem apontar como exemplo, incluem: fornecimento e suporte de redes,
serviços de directoria e de contacto (i.e. estabelecer o contacto inicial entre potenciais clientes e
fornecedores), e todo o tipo de serviços de informação online.
Apesar de todas estas oportunidades e benefícios serem distintas, elas estão inter-relacionadas.
Por exemplo, o aumento da competitividade e da qualidade do serviço pode ter origem na especialização
em massa; e a redução da cadeia de distribuição pode fazer poupar nos custos e preços ao cliente.
Como o comércio eletrónico faz em muitos casos o papel de intermediário e até mesmo de vendedor, pois
não é necessário ter uma pessoa para atender o cliente face a face, as pessoas que eram responsáveis por
atuarem nestas áreas, em alguns casos, perderam o seu lugar dentro da empresa, gerando assim várias
demissões e um aumento na taxa de desemprego do país.
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2. O contato físico neste tipo de tecnologia deixa de existir, pois todo o processo de
realização de uma venda é feito através de máquinas como o computador, o cliente não
consegue tocar na mercadoria, pois esta é mostrada para o cliente através de fotos,
impossibilitando que o mesmo tenha aquela sensação de sentir o produto que está
comprando. Esse problema atinge também o fator de controle de qualidade, pois o cliente
irá ter contato com o produto apenas quando o mesmo for entregue na sua residência, e
só a partir de então poderá verificar se o produto apresenta realmente as características
que foram anunciadas.
5. Cultura de mercado avessa às formas eletrónicas de comércio (os clientes não poderem
tocar ou experimentar os produtos);
A venda de produtos via Web é uma forma de ganhar dinheiro. Para as empresas que vendem
produtos ou prestam serviços será interessante investir no e-commerce para expandir os negócios da
empresa.
Cada vez mais o internauta perde o medo de comprar pela Internet. E, por isso mesmo, este é
um bom momento para quem quer investir no comércio online. Os números comprovam o aumento
substancial de e-clientes a cada mês. A promessa é que esse mercado continue a crescer nos próximos
anos e que as vendas de produtos e serviços sejam a maior fonte de lucro.
O e-Business, ou negócio eletrónico, pode ser definido como o uso da Internet para ligar
organizações e potenciar os processos de negócio das mesmas. Abrange a organização em si,
colaboradores, clientes, fornecedores e todas as outras entidades interessadas (Combe, 2006). Existe
uma sobreposição que, por vezes, gera incertezas entre a definição de e-Business e de comércio
eletrónico.
Na realidade o e-Business inclui todas as atividades do comércio eletrónico, mas vai além do que
é o comércio eletrónico, englobando também transações internas à organização.
Ou seja, para além das transações de compra e venda que compõem o comércio eletrónico, o e-
Business inclui igualmente transações relacionadas com a gestão da relação entre a empresa e os
fornecedores, a gestão da relação com o cliente, a logística, pagamentos e controlo de stocks, etc.
Apesar de uma empresa de comércio eletrónico atuar em e-Business, o negócio eletrónico é um
conceito mais lato podendo, consoante cada caso em particular, ir além do que é o comércio eletrónico.
Trata-se portanto, de um conceito que engloba tudo o que é feito de forma eletrónica numa
organização e que pode ser associado, de forma mais ou menos direta, ao negócio.
É expectável que continue a crescer ao chegar a cada vez mais pessoas e organizações, este
facto cria uma expectativa de crescimento para o e-Business. Ainda associado a tecnologias de
comunicação, existem os dispositivos móveis, havendo hoje processos de e-Business que utilizam estes
dispositivos, no entanto, é de esperar que
com a constante evolução dos dispositivos móveis e das redes de comunicação, cada vez mais existam
processos de e-Business que se assentem nestes dispositivos. Também aqui a lei de Moore tem
implicações, isto é, sendo os processadores mais pequenos (e acessíveis), é possível ter poder de
processamento considerável em dispositivos móveis.
As evoluções técnicas potenciam o futuro do e-Business mas, no fundo, apenas permitem responder, de
forma otimizada e atualizada, a requisitos do negócio. O verdadeiro desafio do e-Business é ter a
tecnologia e o negócio alinhados de forma a obter reais vantagens competitivas.
Potencialmente, as redes globais tornam tão fácil, negociar com um parceiro do outro lado do mundo,
como com um do outro lado da rua. No entanto, o meio de comunicação por si só, apesar de necessário,
está longe de ser suficiente.
Como é que empresas de diferentes continentes, tomam conhecimento umas das outras e dos
produtos pretendidos? Como é que uma empresa pode aceder às regras de conduta empresarial de
determinado país, quando grande parte delas nem sequer estão escritas?
E como é que se pode respeitar e suportar a diversidade linguística e cultural de determinada
comunidade de utilizadores? Estas e outras, são questões que se inserem no capítulo da globalização -
tornar realidade o Comércio Electrónico verdadeiramente global.
Imagine que uma empresa tailandesa consulta o catálogo online de uma congénere russa e lhe
encomenda alguns produtos, recebendo-os e pagando-os electronicamente. Este cenário simples levanta
algumas questões fundamentais, ainda por resolver.
Em que momento foi estabelecido um contrato vinculativo entre as duas empresas? E qual o estado
legal desse contrato? Que entidade tem jurisdição sobre ele? Dadas as diferentes regras e práticas
financeiras, como é feito e confirmado o pagamento?
Que impostos e encargos aduaneiros se aplicam aos produtos? E como é que eles são fiscalizados e
cobrados? Poder-se-iam evitar recorrendo a um intermediário electrónico num terceiro país?
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Propriedade
Particularmente para os artigos distribuíveis electronicamente e que por isso, podem ser copiados
facilmente, a protecção dos direitos autoral (copyright) e da propriedade intelectual, representa um
grande desafio.
Privacidade e segurança
O Comércio Electrónico sobre redes abertas requer mecanismos efectivos e confiáveis para garantir
a privacidade e a segurança das transacções.
Estes mecanismos devem suportar a confidencialidade, a autenticação (i.e. permitir que as partes
envolvidas numa transacção se certifiquem da identidade uma da outra), e a não-repudiação (i.e. garantir
que as partes envolvidas numa transacção não possam, subsequentemente, negar a sua participação).
Como os mecanismos reconhecidos de privacidade e segurança dependem da certificação por parte
de uma terceira entidade (governamental, por exemplo), o Comércio Electrónico para ser global,
necessitará do estabelecimento de um sistema de certificação, também ele global.
Para atingir o máximo potencial do Comércio Electrónico é necessário que o acesso seja universal,
ou seja, que cada empresa ou consumidor possa aceder a toda e qualquer organização comercial,
independentemente da localização geográfica ou da rede específica a que essa organização estiver
conectada. Isso requer a existência de normas universais para a interconexão e interoperação de e entre
redes.
Aplicação prática
Os modelos de negócio baseados na Internet são hoje uma presença constante nas vidas das
organizações, assim como da maioria das pessoas na nossa sociedade. Timmers (1999) identificou
numa análise baseada na adição de funcionalidades, inovação, integração e valor, alguns tipos de
modelos de negócio facilitados pela Internet.
e-Shop: esta classificação abrange as lojas online onde assentam parte das suas transações ou
mesmo a totalidade, mas também os tradicionais sítios web que apresentam e descrevem
produtos e/ou serviços que são fornecidos por uma dada organização. Exemplo:
artetextiledesign.pt
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e-Mall: trata-se da variante online dos centros comerciais ditos tradicionais, sob
Virtual community: As comunidades virtuais são essencialmente grupos de pessoas, unidas por
interesses em comum, que permitem a partilha de informação. Estas comunidades têm uma
grande importância para efeitos de marketing, e são cada vez mais exploradas pelas
organizações nesse mesmo âmbito. Exemplo: pt.linkedin.com
Condições da indústria: Inclui todas as indústrias em que a empresa opera. Poderá ser apenas
uma, ou um conjunto de indústrias, relacionadas, ou não.
Ano letivo: 2020/2021
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Segmentos de mercado: São as parcelas de mercado que incluem segmentos de clientes com
determinadas características em comum e que a empresa se compromete a satisfazer.
Tipo de integração: Uma empresa pode estar integrada vertical ou horizontalmente. No primeiro
caso, as operações da empresa incluem todos os
processos desde a produção à venda (isto no limite); no segundo caso, a empresa subcontrata
todas as operações e serve apenas como intermediário para a venda ao cliente final. Entre estes
dois extremos, existe uma infinidade de alternativas.
Cada unidade de negócios define a sua missão para o futuro, enquadrada na missão mais global
da empresa. Deverá definir os objetivos e políticas das unidades.
Consiste na identificação dos pontos fortes (strenghts) e fracos (weaknesses) da empresa e das
oportunidades (opportunities) e ameaças (threats) do mercado.
Depois de ter determinado a sua missão e analisado as suas envolventes externa e interna, a
unidade de negócios deverá definir os objetivos que pretende atingir. Estes poderão incluir: o aumento da
rentabilidade, o crescimento das vendas, o aumento da quota de mercado e o aumento do ritmo de
inovação, entre outros.
Os objetivos dizem o que é que a empresa quer atingir; a estratégia indica como é que o poderá
fazer. Michael Porter identificou três tipos genéricos de estratégia, que são bons pontos de partida para o
pensamento estratégico:
Liderança pelo preço: A unidade de negócios trabalha arduamente para alcançar o mínimo de
custos de produção e distribuição, para poder praticar preços de venda mais baixos do que a concorrência e
conquistar mais clientes.
superior numa determinada área, por exemplo: qualidade do produto e/ou do serviço, tecnologia
de ponta, etc.
Enfoque: Neste caso, a unidade concentra-se num ou mais segmentos de mercado restritos e
tenta conhecer o melhor possível o seu alvo.
Fase 5: Implementação
Ano letivo: 2020/2021
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Mesmo com uma estratégia bem definida, as empresas podem falhar na implementação. A
consultora McKinsey define os sete elementos chave de uma estratégia de sucesso: estratégia, estrutura
da empresa e sistemas/infra-estruturas de apoio, estilo de gestão, qualidade dos recursos humanos,
qualificação do pessoal e cultura organizacional.
Fase 6: Controlo
4. CONCLUSÃO
Este manual deu ênfase ao conceito geral de Comércio Electrónico, como veículo que vem
revolucionar o mundo os negócios. Destacou a importância de adoptar uma perspectiva global para esta
matéria; e deixou antever que o seu impacto será profundo, tanto nas empresas, como na sociedade em
geral.
Apesar de haver uma série de questões em aberto, o Comércio Electrónico já está em curso e
desenvolve-se rapidamente. É essencialmente uma revolução da base para o topo. Empresas do mundo
inteiro, começam por estabelecer a sua presença online numa rede aberta e global, e à medida que vão
aprendendo com a experiência, vão avançando para usos mais sofisticados das tecnologias. Apesar dos
níveis mais avançados de Comércio Electrónico, apresentarem grandes desafios, os mais básicos estão
completamente definidos e existem soluções largamente difundidas para a sua implementação.
A melhor maneira de ganhar mestria, num tema tão vital para os futuros mercados, como é o
Comércio Electrónico, é desenvolvê-lo hoje.