Você está na página 1de 15

ECOMMERCE

2. NOVAS TECNOLOGIAS E CADEIA DE VALOR

"A única defesa contra o mundo é o conhecimento perfeito dele.”


John Locke

Para participar de um negócio 2.0 é preciso conhecer as ferramentas que a tecnologia


nos oferece e aplicá-las com destreza. Somente assim ganharemos mais visibilidade
que a concorrência. Os conceitos tecnológicos que se associam ao comércio eletrônico
são uma das partes mais complexas na hora da adaptação ao mundo digital.

2.1. PROVEDOR DE SERVIÇOS DE INTERNET

O primeiro elemento que devemos considerar é dispor, claro, de acesso à rede. Assim,
necessitaremos contatar um provedor de serviço de internet (ISP, de acordo com a
terminologia inglesa, Internet Service Provider), termo utilizado para se referir às

Página 34
ECOMMERCE

empresas, organizações comerciais ou entidades dedicadas a abastecer serviços de


acesso à internet.

Tal acesso pode ocorrer a partir de diferentes opções:

- Linha telefônica.

- Conexão DSL.

- Modelo por cabo.

- Rede inalâmbrica (wi-fi).

- Satélite.

Cada um possui particularidades, vantagens e inconvenientes, assim que no momento


da escolha deveremos ver as diferentes condições e preços oferecidos pelos diferentes
provedores.

No que diz respeito à eleição de ISP, alguns dos critérios que devemos considerar e
que nos ajudarão em nossa eleição são:

- Cobertura: Alguns ISP oferecem serviço com diferente cobertura, considerando


a cobertura local, nacional e internacional.

- Banda larga: Refere-se à velocidade total oferecida. Salientamos que a banda


larga assinada, a cada assinante-cliente deve ser maior que a capacidade de
transmissão de modo que se proporcione um serviço de boa qualidade.

- Preço: Cada ISP tem um preço e depende de aspectos como a companhia,


características especiais e condições do pacote.

- Acesso: se refere ao tempo. Atualmente costuma ser ilimitado, ainda que


alguns ofereçam um pacote onde se considera o tempo de conexão a um
determinado número de horas ao mês.

Página 35
ECOMMERCE

- Serviço técnico: algumas empresas provedoras de internet oferecem serviço


técnico nos seus pacotes, um aspecto importante em qualquer tipo de
problema ou incidência.

As grandes companhias de comunicações, como Telefônica na Espanha, são as que se


encarregam de oferecer tais serviços, ainda que cada vez exista uma maior
concorrência e, em consequência, menor custo.

Os provedores oferecem diferentes serviços a seus usuários finais, como:

 Conexão: Em função das necessidades da empresa, é possível eleger diferentes


tipos (ADSL, RSDI, Modem, Cabo, Satélite, Redes inalâmbrica ou tecnologia 4G).
 Páginas web: As ISP oferecem a possibilidade de criar páginas web, registrando
os dados particulares da empresa e outorgando um domínio na internet
(nomedousuario + .com, .es, .net ou por exemplo).
 E-mail: Geram correios eletrônicos para a comunicação com os usuários e o
envio de informação, arquivos e qualquer tipo de dados.
 Sistemas de pagamento: Os provedores facilitam o serviço de pagamento SSL
(Secure Sockets Layer) que oferecem garantia a possíveis fraudes eletrônicos e
protegem a informação trocada entre navegadores e servidores.
 Carrinho de compra: É a aplicação mais comum na hora de realizar compras on-
line, onde vemos os produtos, a forma de pagamento e os detalhes da venda.

Em relação aos provedores de serviço de internet é interessante comentar sobre os


servidores privados virtuais, um método de segmentar um servidor físico em vários
servidores virtuais de forma que tudo funcione como se estivéssemos executando a
partir de uma única máquina.

Servidor virtual privado

Com a evolução da tecnologia, o número de serviços digitais cresce exponencialmente.


Para que tais serviços possam ser oferecidos de maneira adequada, devem encontrar

Página 36
ECOMMERCE

um entorno digital com as tecnologias apropriadas e que garantam o rápido e fácil


acesso a uma grande quantidade de usuários.

O servidor virtual privado, VPS do inglês virtual private server, refere-se a uma
máquina virtual que, igualmente aos servidores físicos normais, é utilizada para
hospedar websites. Cada servidor virtual é capaz de funcionar de acordo com o seu
próprio sistema operativo e além disso pode ser reiniciado de forma independente.

Tal servidor pode ser hospedado em um mesmo servidor físico, de modo que este
último pode armazenar diferentes servidores privados, cada um com seu próprio
sistema operativo que permite o funcionamento do software de hosting desse usuário
particular.

Fonte: Cuadros, A. 2013. Computación en la Nube.

Desse modo, cada servidor virtual utiliza sua própria cópia de sistema operativo e os
clientes dispõem de seu próprio acesso de administração, podendo controlar, instalar
e usar qualquer software que funcione com esse sistema operativo.

Como principais vantagens do servidor virtual privado, podemos considerar:

- Baixo custo: Trata-se de um serviço que, por seu caráter virtual não requer
intervenção manual por parte da companhia de hosting, de modo que seu

Página 37
ECOMMERCE

custo é inferior ao de um servidor físico. Além disso, tais servidores supõem um


uso mais eficiente do espaço disponível e dos recursos de potência.
- Escalabilidade: Nos casos em que o usuário necessite maior RAM, CPU ou
espaço em disco, os servidores privados permitem configurar com o
equipamento em funcionamento, sem a necessidade de desconectar o sistema
para levar a cabo tais ações.
- Controle: o usuário tem o controle do servidor, pelo que poderá realizar todas
as modificações necessárias para conquistar uma maior otimização do mesmo.
- Recursos dedicados: o servidor virtual privado dispõe de uma grande
quantidade de RAM, CPU e unidade de disco em qualquer momento.
- Entrada em funcionamento mais rápida: A instalação do hardware no rack é
rápida, permitindo a utilização do sistema quase de imediato.
- Mais resistência: Ao produzir alguma falha, a resistência do servidor virtual
privado pode ser garantida desde o início, caso esse servidor tenha sido
configurado na nuvem onde os dados estarão armazenados virtualmente
através dos servidores físicos, oferecendo sempre alta disponibilidade. Isso
implica que uma importante falha no servidor não ocasione nem a perda de
dados nem períodos de desconexão.

Um servidor virtual pode ter propriedades similares ao do servidor regular, porém


oferece instalações de armazenamento na nuvem e, portanto, as unidades de
informação podem armazenar os dados.

2.2. ESTRUTURAS DA REDE

A internet é conhecida como o ciberespaço devido às relações estruturais que a


formam, dotadas de uma grande complexidade e capazes de oferecer infinitas
possibilidades em uma velocidade incrível. Existem diferentes sistemas de
transferência e em função da configuração e estrutura encontraremos os seguintes
tipos de redes:

 Rede telefônica:

Página 38
ECOMMERCE

- Trata-se de uma rede utilizada no âmbito empresarial e doméstico de


velocidade reduzida.
- Utiliza o modem, seja externo ou interno, para acesso a internet. Permite a
conexão em rede de vários computadores mediante um switch de rede.
- Oferece a possibilidade de utilizar um router para estabelecer conexões de
diferentes redes locais.
 Fibra ótica:
- Oferece uma conexão mais rápida, direta e estável que a rede telefônica
básica.
- O custo para o usuário é maior, já que necessita um cartão especial para
conexão de fibra ótica, imprescindível para a conexão do computador. No
entanto, os custos de fabricação relativos à fiação tradicional são menores.
- Permite a conexão de vários computadores ao mesmo tempo mediante o
uso de um switch.
- Existem tecnologias de telecomunicações como a FTTH (Fiber to the home)
que promovem a implantação da fibra ótica, cada vez mais popular em todo
o mundo.
 Satélite:
- As redes de satélite e rádio oferecem mais alcance e velocidade que outras
redes e funcionam orientando a antena parabólica a um determinado
satélite. Não somente se caracterizam pela rapidez, como pela capacidade
de ser integrado em áreas rurais onde as comunicações são de mais difícil
acesso pelo cabo convencional.
 Novos sistemas:
- Cabe destacar o sistema WAP (Wireless Application Protocol) como um dos
serviços mais potentes já que utiliza a telefonia móvel e comunicações
inalâmbrica para acessar a internet.
- O PLC (Power Line Communications ou comunicação via rede elétrica)
como um dos sistemas de maior inovação que aproveita a rede elétrica
para transformá-la em uma linha digital de alta velocidade de transmissão
de dados.

Página 39
ECOMMERCE

 Estruturas internas:
- Podemos encontrar no mercado, diferentes tipos de dispositivos de
comunicação como routers, modems ou switchers que se conectam ao
computador, favorecendo a comunicação interna e a otimização dos
recursos da empresa.
- Conhece-se como Intranet a rede informática que compartilha informação
dentro de uma mesma empresa e se conecta mediante routers de redes
locais separadas.
- Telnet (Telecommunication Network) é um produto que permite ao usuário
utilizar remotamente os recursos de outro computador e ter acesso direto a
todos os conteúdos e inclusive reparar problemas a distância. Também
encontramos o SSH (Secure Shell) que desenvolve um modelo similar ao
Telnet mas oferecendo um canal cifrado que garante maior segurança.

2.3. INFORMAÇÃO E CONTEÚDO

Pela internet circula uma grande quantidade de


informação de diferente tipologia e sua funcionalidade
depende em grande medida do seu uso, seja a
comunicação entre pessoas, a documentação ou
transferência de dados. Para poder tirar o máximo
partido de cada tipo de conteúdo, é conveniente que
para cada tipo de informação exista um software apropriado.

Se no comércio tradicional contamos com um armazém onde se guarda o produto para


posterior envio pelo transportista até o cliente final, os padrões que seguem o
processo via internet são similares. Nesse caso, o produto pode ser o conteúdo em si,
que se armazena em um servidor e se distribui por meio da rede até o usuário final.

A World Wide Web (www) é um grande sistema de comunicação de textos, gráficos e


objetos multimídia acessados através da Internet e armazenados através de
servidores.

Página 40
ECOMMERCE

É preciso salientar que internet e web não são uma única coisa. “www” é um
subconjunto dentro da internet, formado por páginas que são acessadas por meio do
navegador. Assim que serviços como e-mail, FTPs ou jogos on-line formam parte da
internet, mas não da www.

Os conceitos básicos que devemos conhecer da World Wide Web são:

 URL: Uniform Resource Locator ou Localizador Uniforme de Recursos é a


direção que identifica uma determinada página web pelo qual se pode acessar
aos seus conteúdos. A URL é única para cada página web e é o que permitirá ao
navegador mostrá-la adequadamente.
 HTML: Hyper Text Mark up Language ou Linguagem de Marcação de Hipertexto
se trata da linguagem utilizada para elaborar páginas web, formar sua estrutura
e definir os comportamentos dos seus conteúdos.
 HTTP: HypertText Transfer Protocol ou Protocolo de Transferência de
Hipertexto se trata do protocolo usado nas transações web. O hipertexto é o
modo em que se estruturam os conteúdos na rede e o HTTP define o
funcionamento desses conteúdos e como respondem quando navegamos
através das diferentes áreas da arquitetura de uma web, seja deslizando o
cursor sobre um banner ou acessando a um link da página.
 HOSTING: Também conhecido como hospedagem, permite manter arquivos
em um ou mais websites. As empresas provedoras desses serviços são as ISP
(Internet Service Provider).

2.3.1 Transmissão de conteúdos

A Internet oferece muitas possibilidades no momento de transmitir informação, seja


por meio de textos, imagens, vídeos ou áudio. Uma das ferramentas mais populares
para facilitar essa troca é o correio eletrônico, que tem um importante papel no
eCommerce de transmitir informação e incluir anexos.

Página 41
ECOMMERCE

As contas de correio eletrônico são pessoais e é necessário conhecer o nome do


usuário e senha para se ter acesso. Os servidores de correio nos permitem o envio de
e-mail e os usuários utilizam as contas para armazenar mensagens pessoais.

Para poder ter acesso as contas de e-mail é necessário contar com programas
específicos como Outlook ou Gmail, devendo ser acessadas do celular ou mesmo do
computador.

Também é possível acessar a Webmails de qualquer dispositivo que nos permita


navegar pela rede. São serviços gratuitos com uma interface web, de onde se acessa o
correio eletrônico. Entre os mais populares encontramos Gmail, Outlook, Yahoo! e Aol
Mail.

2.3.2 Ferramentas para a troca de informação

Existem muitos serviços para a troca de informação que se adaptam ao propósito


comercial e as necessidades de cada empresa. Eles se agrupam em função do tipo de
negócio, classe de comunicação e informação buscada.

Podemos destacar as seguintes tipografias de serviço:

 Newsgroups ou grupos de notícias: trata-se de um meio de comunicação em


que os usuários discutem sobre diferentes temas em painéis de anúncios,
possibilitando enviar e responder mensagens. Esses são temáticos e úteis com
informação específica. Costuma ter um alto tráfico pelo que teremos acesso
imediato somente das mensagens mais recentes. Para acessar aos newsgroups,
é necessário um programa de leitura de News e selecionar os grupos de
interesse.
 Mailinglist ou lista de e-mails: trata-se de uma função do correio eletrônico que
oferece a possibilidade de enviar mensagens entre grupos de usuário de forma
simultânea. Para tanto, as pessoas precisam de um correio e um gestor de
listas associado. Trata-se de um serviço similar aos newsgroups, mas nesse caso

Página 42
ECOMMERCE

nos permite ser mais seletivos com os integrantes, permitindo que a


informação seja mais direta e específica.
 Chat: comunicação instantânea por meio da internet entre dois ou mais
usuários, de caráter público ou privado, realizada por meio da escrita, áudio ou
vídeo. Também permite a troca de arquivos entre os usuários.
 Telefonia: o uso de serviços de telefonia convencional é uma das formas mais
práticas e diretas para estabelecer relações comerciais.
 Audioconferências: oferece a possibilidade de estabelecer uma comunicação
de voz a tempo real entre um ou mais usuários, rompe com as limitações de
espaço/tempo através de uma tecnologia de fácil acesso e de grande
cobertura.
 Videoconferências: com a possibilidade de transmitir imagens, vai além das
audioconferências e oferece uma solução mais próxima ao “cara a cara”,
permitindo também a comunicação entre várias pessoas e o compartilhamento
de documentos. Para utilizar esse tipo de tecnologia, é preciso dispor do
programa apropriado e ter câmera e microfone instalados.

2.3.3 Transferência de arquivos FTP

Um dos métodos mais populares para descarga de arquivos é mediante FTP (File
Transfer Protocol ou Protocolo de Transferência de Arquivo) que oferece a
possibilidade de conectarmos a um servidor e subir ou baixar arquivos de todo o tipo
na internet e na máxima velocidade permitida pela conexão.

Uma das principais vantagens é a grande capacidade de armazenamento e o fato de


poder utilizar a rede como suporte para guardar o material sem ter que recorrer a
disco rígido ou cds.

As empresas recorrem frequentemente a esse sistema para intercambiar arquivos,


utilizando a modalidade mais segura pelo qual podemos acessar aos dados mediante
uma senha que assegure a privacidade do conteúdo.

Página 43
ECOMMERCE

Ainda que a descarga de arquivos não seja exclusiva dos FTP, já que também é possível
através da web, esse serviço pode ser considerado como um dos mais completos na
transmissão de dados. Diferentemente da web, para acessar a um FTP deveremos
iniciar o endereço com “ftp.” em vez de “www”.

2.4 A CADEIA DE VALOR

Se já falamos dos aspectos mais técnicos que


constituem a internet, agora chegou o
momento de entender as etapas que se levam
a cabo para obter um produto. Esse é um
processo trabalhoso onde o sucesso passa por
não descuidar de nenhuma delas e converter
cada passo em uma meta que nos confira uma
vantagem competitiva em relação aos demais concorrentes.

Para obter melhor desempenho, um negócio precisa desenvolver e sustentar a


vantagem competitiva. Anteriormente baseada em características estruturais como,
por exemplo o poder de mercado, economias de escala ou uma ampla linha de
produtos, atualmente a ênfase encontra-se na capacidade existente de oferecer valor
constante e superior aos seus consumidores, seja por meio de uma melhor
coordenação ou gerenciamento de fluxo de trabalho, customização de produtos e
serviço ou pelo gerenciamento de cadeia de abastecimento.

Chamamos cadeia de valor ao modelo teórico que descreve o desenvolvimento


de todas as ações e atividades de uma empresa que incrementam o valor de um
produto. Encontramos os diferentes elos que intervêm no processo econômico
desde a criação da demanda até a distribuição final.

A cadeia de valor trata-se de um conceito relativamente recente, descrito e


popularizado por Michael Porter em seu livro Competitive Advantage: Creating and
Sustaining Superior Performance (1985), quando desde então se tornou um tema
abundante na literatura contábil e administrativa.

Página 44
ECOMMERCE

Quando esse autor, criou e desenvolveu os conceitos referentes, identificou a cadeia


de valor como instrumento de vantagem competitiva, levando ao meio empresarial a
necessidade de empresas de um mesmo setor se conhecerem e se relacionarem
proativamente, sob a pena de serem ultrapassadas pelos seus próprios concorrentes.

De acordo com Lopes et al. (2009), a globalização da economia, a exigência dos


consumidores e a necessidade obtenção de resultados positivos para os fornecedores
de capital, impulsionaram as empresas a estabelecerem e se preocuparem com
estratégias diferenciadoras nos mercados onde atuam. Para isso, vantagens
competitivas podem surgir, fundamentalmente, do valor dos produtos e serviços que
uma empresa consegue criar para seus compradores, cujos valores ultrapassam os
seus custos de produção (citado por Porter, 1986). Nesse sentido, o controle preciso
de custos, aliado ao desenvolvimento de estratégias competitivas exequíveis e bem
definidas, traz para as empresas grandes resultados.

Assim, a análise da cadeia de valor permite aproveitar ao máximo o processo de


produção, já que se pode ver detalhadamente o passo a passo do funcionamento da
empresa e as etapas que aportam valor ao produto. Com estes passos prévios
podemos pensar em uma redução de custos e buscar a otimização dos recursos para
alcançar os objetivos da companhia.

Ligado ao conceito de cadeia de valor, outro conceito a ser destacado é a cadeia de


abastecimento (supply chain). Tachizawa et al (2008) indicam que o gerenciamento da
cadeia de abastecimento propicia a coordenação e redução do tempo do ciclo entre o
pedido e a entrega do produto ao cliente, possibilitando o gerenciamento de custo
dentro deste processo.

Nesse caso, se recolhem todos os processos necessários desde a matéria prima até o
produto final, ainda que em alguns desses processos como a armazenagem ou o
transporte, não se experimente um aumento do valor. Na nova Era do comércio
eletrônico, o principal método para acrescentar valor a um produto implica reduzir os
custos para garantir preços competitivos. A tarefa principal é escolher bons varejistas,

Página 45
ECOMMERCE

transportistas, distribuidores, provedores e fabricantes que reflitam uma boa gestão


tanto na cadeia de valor como de abastecimento.

Em resumo, podemos dizer que uma cadeia de valor resulta efetiva se o


desenvolvimento de recursos é constante. Além disso, não aumenta o preço, mas a
margem de lucro entre a produção e a venda.

Para conseguir que uma cadeia resulte eficaz devemos ter em conta vários conceitos.
Em primeiro lugar, realizar uma análise exaustiva da demanda do produto e do
comportamento do público-alvo. Em segundo lugar, planificar a cadeia de
abastecimento e buscar a melhor forma de utilizar os recursos.

A cadeia de valor na Internet

A cadeia de valor não é um modelo desenvolvido necessariamente para a web, mas se


considera um processo importante para incrementar o potencial de uma empresa na
internet graças ao eCommerce.

Os avanços informáticos permitem que a empresa seja capaz de otimizar seu sistema
de trabalho, integrando todos os agentes envolvidos na cadeia de valor. Se
comparamos a gestão realizada no modelo de negócio tradicional, percebemos como a
publicidade está limitada à mídia e aos meios de comunicação, enquanto o comércio
eletrônico permite chegar a nosso público mediante a página web, redes sociais e
banners, além dos métodos utilizados pelo comércio tradicional.

O comércio eletrônico supôs uma diminuição na cadeia de abastecimento e


proporcionou o fenômeno da desintermediação. O número de intermediários reduziu
em grande medida graças à possibilidade que oferece a web. Páginas web, aplicações e
outros serviços permitiram que o consumidor pudesse ter a seu alcance uma grande
quantidade de ofertas de maneira rápida, confortável e com a possibilidade de
comparar diferentes alternativas.

Em comparação com a cadeia de abastecimento de um negócio tradicional, vemos


como no eCommerce tanto o número de intermediários como de distribuidores ou

Página 46
ECOMMERCE

varejistas é incrivelmente menor, já que é o próprio fabricante ou distribuidor quem


efetua a venda ao consumidor final.

Um conceito interessante é o da reintermediação. As novas tecnologias fazem que


novos intermediários surjam no panorama do comércio desenvolvendo o papel dos
antigos provedores e facilitando o negócio das empresas. Um bom exemplo seriam os
portais de venda de segunda mão, já que sem necessidade de produtos nem armazéns,
atuam como um novo intermediário entre compradores e vendedores.

O poder da informação

A gestão da informação tem um papel crucial na hora de vender um serviço através do


eCommerce. Que nossa página web seja clara, concisa e se atualize regularmente é
fundamental para que um produto seja competitivo e supra a desvantagem do caráter
não presencial das transações on-line.

O objetivo é conquistar uma cadeia de valor eficaz e o tratamento da informação é


uma fase fundamental para aportar valor ao produto. O fluxo de informação deve ser
permanente, atualizado e garantir a máxima segurança aos usuários. A estrutura e os
conteúdos devem ser de qualidade e facilitar a navegação para que a experiência seja
positiva.

Existem diferentes possibilidades para a troca de informação por meio da rede, como
por exemplo:

 Redes Sociais (Facebook, Twitter e Instagram, por exemplo).


 Páginas web.
 Correio eletrônico.
 Sistema EDI (Electronic Data Interchange) para o intercâmbio de documentos
por via eletrônica.
 XML (Extensible Markup Languaje) para armazenar dados de forma legível.
 FTP (File Transfer Protocol) para a transferência e download de arquivos.

Conquistar o êxito no modelo de comércio eletrônico em relação à distribuição e


fabricação passa por aperfeiçoar o desenvolvimento da cadeia de abastecimento. Para

Página 47
ECOMMERCE

isso, é indispensável conseguir comunicações rápidas e econômicas e uma perfeita


interação entre empresas e usuários.

O acesso direto a informação é importante na cadeia de abastecimento eletrônico e


influi em aspectos tais como:

 Redução de custos de intermediários.


 Melhor reação frente à demanda.
 Redução de tempos de entrega.
 Redução de inventário.
 Melhor serviço ao cliente.
 Redução de trâmites burocráticos.

Como vimos, uma boa análise e organização eficaz da cadeia de abastecimento supõe
uma otimização dos recursos, vantagens e benefícios da empresa.

Página 48

Você também pode gostar