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Banco do Brasil

Escriturário

1 - Os bancos na Era Digital: Atualidade, tendências e desafios2 - Internet banking. 3 - Mobile


banking. 4 - Open banking. 5 - Novos modelos de negócios .................................................... 1
6 - Fintechs, startups e big techs. ...................................................................................... 13
7- Sistema de bancos-sombra (Shadow banking) .............................................................. 17
8- Funções da moeda. 9 - O dinheiro na era digital: blockchain, bitcoin e demais
criptomoedas .......................................................................................................................... 19
10 - Marketplace ................................................................................................................ 27
11 - Correspondentes bancários ........................................................................................ 29
12 - Arranjos de pagamentos ............................................................................................. 30
13 - Sistema de pagamentos instantâneos (PIX) ............................................................... 31
14 - Segmentação e interações digitais. 15 - Transformação digital no Sistema Financeiro
............................................................................................................................................... 33

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1 - Os bancos na Era Digital: Atualidade, tendências e desafios2 - Internet
banking. 3 - Mobile banking. 4 - Open banking. 5 - Novos modelos de negócios

Com o surgimento de novas tecnologias, o setor bancário tem desenvolvido uma série de soluções
que visam melhorar e amparar os seus clientes, trabalhando diretamente com suas preferências.
O foco das instituições financeiras é fornecer seus produtos e serviços de maneira totalmente digital,
permitindo a sua contratação por meio da internet, dispositivos móveis e computadores pessoais.
É preciso lembrar que um banco mantém um grande conjunto de serviços e produtos, e não somente
a conta dos clientes (que é um dos principais serviços), mas também empréstimos, financiamentos,
investimentos e outros.
Essa iniciativa dos bancos na era digital visa agregar valor junto ao usuário, que preza por sua
liberdade em gerir suas finanças de qualquer local, sem a necessidade de se deslocar até uma agência
para poder tomar qualquer atitude em relação a sua conta.
Um banco digital é uma instituição que não oferece atendimento presencial. Também são chamados
de bancos virtuais ou bancos 100% online.
Da abertura da conta bancária ao esclarecimento de dúvidas, todas as necessidades dos clientes
podem ser resolvidas pelo computador ou aplicativos. Sem fila, sem burocracia e sem precisar sair de
casa.
São novas propostas – algumas ainda em consolidação – que estão em busca de resolver problemas
como tarifas elevadas, falta de transparência, conflito de interesses, entre outros.
O objetivo é ter mais agilidade no atendimento e, assim, atingir um número maior de consumidores.
Os principais serviços que um banco digital oferece são: conta-corrente digital sem tarifa; cartão de
crédito, em muitos casos sem anuidade; investimentos; seguros; consórcios; empréstimos.

Banco Digitalizado versus Banco Digital


O banco digital se caracteriza por oferecer serviços de forma totalmente digital. Diferente dos bancos
digitalizados, que oferecem plataformas digitais e canais interativos, esse tipo de banco (digital) dispensa
a necessidade de presença do cliente na agência bancária, assim a principal diferença entre eles está nos
serviços online e presencial.
Os bancos digitais surgiram da necessidade de desburocratizar os processos dos grandes bancos com
tecnologia focando na experiência do cliente com segurança, transparência e agilidade. Além disso, por
resolverem todas as necessidades dos clientes pelo computador ou aplicativos, esses bancos possibilitam
a inclusão bancária de milhões de pessoas ao viabilizar a utilização simplificada do dinheiro.

Para diferenciar os dois casos, a Febraban destaca três características principais dos bancos digitais:

Processo não presencial: captura digital de documentos e informações do cliente e coleta eletrônica
de assinatura;
Canais de atendimento 100% eletrônicos: todas as contratações de produtos e consultas são feitas
online ou por telefone;
Resolução de problemas por múltiplos canais virtuais: já teve que resolver algum problema que
começou com uma ligação e terminou com um e-mail ou mensagem de WhatsApp? Pois é, essa realidade
é bastante comum nos bancos digitais.

As vantagens dos bancos digitais para os clientes

Encontrar o produto certo


Com a transformação digital e o acesso direto a todas as opções de produtos disponibilizados pelo
banco, o cliente pode escolher, dentre todos eles, aquele que melhor se encaixa em sua demanda.

Contar com mais mobilidade


Liberdade de locomoção e de poder acessar a qualquer momento as finanças, independentemente do
local do mundo onde estiverem.
A maioria dos bancos já fornece aplicativos que podem ser instalados nos dispositivos móveis e
utilizados para realizar algumas tarefas básicas de uma conta digital.

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Ter atendimento personalizado
O Big Data é uma tecnologia de armazenamento de dados que pode ser utilizado para a melhoria da
relação entre a empresa e o cliente. Isso porque, a instituição pode armazenar milhares de informações
acerca do consumidor, facilitando a análise técnica de suas preferências e montagem de um catálogo
personalizado de produtos.
Diversos bancos já estão utilizando essa tecnologia para a sugestão de investimentos de acordo com
a personalidade de seus clientes.

Gerir suas finanças com mais liberdade


Possibilidade de gerir totalmente as suas finanças de forma digital, evitando deslocamentos até a
agência em qualquer situação.

Pagar menos tarifas


Com um atendimento totalmente online, a necessidade de abertura e manutenção de agências diminui.
Esse é um dos principais custos de uma instituição bancária, e sem ele é possível reduzir
consideravelmente as tarifas cobradas para os produtos digitais.
Existem ainda, as chamadas contas digitais, que são abertas de forma gratuita e têm alguns produtos
atrelados a elas, sem que haja tarifas, sendo realizadas cobranças apenas quando passarem de um
número específico de utilização de serviços da conta.

Para os bancos as vantagens em adotar o digital está em : melhorar o relacionamento com o cliente;
menor índice de abandono já que consumidor da nova era não quer ser refém de serviços bancários
analógicos; maior capacidade de investimentos e organização.

Tendências
Os novos consumidores bancários são pessoas que estão adeptas das novas tecnologias.
A pandemia do coronavírus obrigou as pessoas a mudarem completamente seus hábitos cotidianos,
fazendo com que elas buscassem ainda mais os meios tecnológicos.
Para atender as expectativas destes consumidores bancários as instituições financeiras precisaram
investir em inovação como:

Inovação com segurança


Assim como ocorre com as instituições tradicionais, as novas soluções de atendimento ao cliente
precisam mostrar-se estáveis, sólidas e confiáveis.
A transparência será um fator essencial nessa relação, mais ainda nesses tempos em que legislações
de proteção aos dados pessoais entram em vigor mundo afora.

Inovação e personalização
Respeitando os limites no uso dos dados pessoais de seus consumidores, os novos serviços bancários
deverão explorar ao máximo o conhecimento do perfil e dos hábitos de cada cliente para oferecer
soluções cada vez mais personalizadas, capazes até mesmo de antecipar desejos e necessidades.

O toque humano
Mas, para que todo esse investimento em tecnologia ganhe a simpatia e a confiança do consumidor,
é preciso dar-lhe um toque humano.
Inovações tecnológicas são muito eficientes para atrair novos clientes, mas não são suficientes para
mantê-los. Cabe às empresas definir quando e com que intensidade introduzir intervenções humanas na
aparentemente eficiente interação digital.
É importante que cada empresa faça o acompanhamento da jornada do seu cliente, identificando os
pontos em que a comunicação meramente digital se mostra insuficiente para levá-lo ao engajamento.
Portanto, aos olhos dos novos consumidores bancários, a solução parece estar num equilíbrio entre
inovação digital e relacionamento humano.

Desafios

Apesar de todos os benefícios que apresentam frente aos bancos tradicionais, as agências online
enfrentam obstáculos como a crescente concorrência de fintechs, regulamentações mais rígidas e o
aumento no número das fraudes de identidade.

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O avanço das redes sociais e de outros canais digitais de comunicação deu maior autonomia de
escolha e foi responsável por mudanças significativas no perfil do consumidor, que agora tem ao seu
alcance uma enorme variedade de empresas e produtos.

Embora os bancos digitais tenham mais facilidade para se moldar ao cliente digital, que espera um
atendimento facilitado, sem burocracia e disponível 24 horas por dia, a conquista de novos clientes ainda
é uma das maiores dificuldades desse setor.
Por outro lado, os bancos mais antigos e consolidados encontram menos obstáculos na aquisição e
retenção de novos clientes, por diversos motivos. Um deles ainda é a falta de confiança de uma parcela
dos consumidores em relação aos procedimentos realizados integralmente online.
A dificuldade em fidelizar clientes da era digital também é um grande desafio para estas instituições
financeiras. O consumidor da era digital exige, entre outras coisas, que as empresas disponibilizem
diversos pontos de contato para um atendimento rápido e conciso.
Além disso, ele também cobra mais transparência na forma como elas lidam e compartilham as
informações pertencentes aos seus clientes, e isso se estende aos bancos digitais. Se a opção atual não
está alinhada aos seus princípios, o cliente moderno não hesita até encontrar uma que atenda aos seus
requisitos.

Internet Banking, Banco Virtual

O internet banking é uma forma de acessar, pelo seu computador, as informações do banco ou
instituição financeira. Essa ferramenta facilita os pagamentos e transações.
O internet banking ou banco virtual nada mais é do que ter acesso a uma área pessoal dentro do site
da sua instituição ou banco. Ele permite que o cliente acesse sua conta corrente ou informações da
poupança, ou outros produtos, pela internet.
Com a ferramenta é possível verificar o saldo, realizar transferências, efetuar pagamentos e outras
transações.
Para utilizar o internet banking, é preciso ter uma senha. Em geral, esse procedimento é feito
presencialmente em alguma agência, mas várias instituições financeiras mais modernas, como as
fintechs ou bancos digitais, permitem que você crie ou solicite a senha de forma também digital – pelo
aplicativo ou site, por exemplo.
Com seu login e senha, basta entrar no site, digitar as informações e começar a usar os serviços
digitais.
Em alguns casos, também pode ser necessário instalar um programa de sua instituição financeira em
seu computador para que o acesso seja autorizado. Tudo varia conforme o seu banco.

Vantagens do Internet Banking

Organização financeira
Com o internet banking você não precisa anotar as contas no papel e nem imprimir extratos de
depósitos e transferências bancárias.
Uma vez registradas, o sistema salva todas as informações que você precisa. Por exemplo, se você
quiser gravar dados de uma conta para a qual faz transferências todo mês, isso vai te ajudar a poupar
mais tempo.
Comprovantes de pagamento, depósito e transferência também podem ser salvos em PDF e
organizados em pastas no seu computador.

Facilidade
Verificar a fatura do cartão de crédito, realizar um pagamento em cima da hora e olhar seu saldo. Esses
são alguns exemplos do que você pode fazer a qualquer hora, em qualquer dia da semana, sem sair de
casa.

Economia – de tempo e dinheiro


O usuário não precisa se deslocar até uma agência e também não precisa pagar por um extrato
bancário – já que, pelo internet banking, você tem acesso fácil, bem ali, na tela do seu computador.
Para pequenos empresários, essa pode ser uma forma de pagar funcionários, organizar fluxo de caixa
e pagar fornecedores, por exemplo.

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Segurança
Não precisa se preocupar, pois a ferramenta é segura. Ter alguns cuidados como não fornecer a senha
a terceiros ou não acessar o site de qualquer computador, são, claro, sempre muito importantes.
Também é fundamental seguir as instruções de segurança da sua instituição – como usar um token
ou aplicativo para gerar códigos de acesso, ou criar camadas extras de segurança no próprio app (como
cadastro da biometria e senha de acesso).

Mobile Banking

Mobile banking é a oferta de serviços bancários por meio de aplicativos que podem ser baixados em
celulares, tablets, relógios tecnológicos e outros dispositivos móveis.
Diretamente do seu dispositivo, o cliente consegue realizar diferentes transações financeiras, tais como
consulta a saldos e a extratos, transferências, pagamento de contas, aplicações etc.
O mobile banking está revolucionando a forma como as pessoas lidam com a vida financeira.
Praticamente todos os serviços que antes só podiam ser realizados nas agências bancárias ou nos caixas
eletrônicos, agora estão ao alcance das mãos. Tudo pode ser feito pelo celular.
Cada banco desenvolve e oferece aos clientes um aplicativo móvel. Quando instalado, o usuário
consegue acessar a sua conta através de uma senha eletrônica, diferente da senha do cartão. Esse
cadastro é a única forma de conseguir acesso dinheiro da conta e realizar operações financeiras.
Muitos imaginam que o mobile banking não é seguro, já que os processos são realizados pelo celular.
Acontece que existem recursos de segurança pensados para proporcionar aos clientes total segurança
na hora de acessar a conta. Primeiro, a senha eletrônica, que é diferente da senha do banco.
Outro recurso de segurança é a verificação por meio do iToken, um gerador de senhas automático que
muda a cada novo acesso. Isso significa que os bancos tomam cuidado sim com a segurança. Usar o
mobile banking possui o mesmo risco de realizar qualquer outro serviço online. Ou seja, quase zero.
Assim existem várias vantagens de utilizar essa ferramenta, entre elas: Nada de filas na hora de utilizar
os serviços bancários, já que os serviços ficam disponíveis diretamente no celular; Comodidade e
praticidade; Realizar transações em qualquer lugar, a qualquer horário; Maior controle sobre os gastos e
investimentos; Taxas reduzidas com relação às transações realizadas na agência.

Modelo de Bank as a Service

Diversos setores ingressaram em uma jornada digital e o bancário não poderia ser diferente. Isso
porque o interesse de consumidores em serviços mais convenientes e disponíveis só tende a aumentar.
A exigência é por um maior controle e autonomia, além de quebra de barreiras geográficas e limitações
de horário de funcionamento.
Dessa forma é natural que as empresas busquem novas maneiras e formatos de oferecer serviços
financeiros aos seus clientes, de preferência sem precisar lidar com todo o investimento e esforço
operacional. A partir desse pensamento Bank as a Service (BaaS) é uma alternativa a ser levada em
conta. Por outro lado, bancos que possuem seu core bancário disponível através de APIs e com
capacidade operacional ociosa podem rentabilizar esta capacidade ociosa disponível que, até então,
estava simplesmente gerando despesas.
O BaaS permite que startups, fintechs e demais empresas possam oferecer serviços financeiros aos
seus clientes, sem a obrigação de operar como uma instituição bancária. Logo, serviços como cartão de
crédito, pagamentos de contas, transferências, saques e depósitos, antes oferecidos exclusivamente por
bancos, podem ser oferecidos por qualquer empresa. Basta uma conta digital e um cartão integrados a
um aplicativo, para que o usuário tenha acesso a uma experiência completa de banco digital.
Banking as a Service, ou BaaS, é uma solução tecnológica que permite que qualquer empresa comece
a oferecer produtos financeiros sem precisar de um banco ou ter que se tornar um para isso,
independentemente do seu ramo de atuação.
Ou seja, é permitir que mesmo negócios que não são voltados para esse mercado passem a se
posicionar como instituições financeiras, oferecendo todos os serviços de um banco digital, tais como:
conta digital; cartão de débito; cartão de crédito; transferências; pagamentos, entre outros.

No modelo de BaaS, a instituição financeira fornece um conjunto de APIs ( Application Programing


Interface - um conjunto de instruções e padrões de programação que fazem a ligação entre um ponto e
outro) públicas, normalmente por meio de um portal acessível a desenvolvedores registrados. Tais APIs
serão responsáveis pela comunicação entre o software do banco e os de terceiros e a partir delas que

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desenvolvedores independentes, fintechs, instituições não financeiras conseguem acessar as diversas
das funcionalidades de um banco, criando seus próprios recursos em cima dos já existentes.
Logo, trata-se de uma integração direta de serviços digitais de bancos licenciados aos produtos de
outras empresas não bancárias, o que garante a organização em questão a oportunidade de ofertar tais
serviços, sem ter de adquirir uma licença bancária própria.
Este ambiente, usualmente está disponível através do modelo Plataform as a Service (PaaS)
implementado por nuvem híbrida, ou seja, conta com parte dos serviços em nuvem privada e demais em
nuvem pública. O resultado é uma aceleração na entrega de novas aplicações de negócio em parceria
com terceiros, aumentando o consumo destas APIs públicas.

O modelo BaaS viabiliza produtos e serviços financeiros com mais agilidade nas operações e com uma
redução na burocracia. Entre os principais benefícios do BaaS, é possível citar: Oferta de serviços
financeiros sem a necessidade de se tornar um Banco; Plataforma personalizável; Segurança dos dados,
etc.
Além disso, há a da figura do cliente. A partir do BaaS é possível a conquista de novos clientes através
do aumento do portfólio com serviços financeiros e uma melhor compreensão do consumidor por meio de
dados captados pelo BaaS.

Questões

01.(BRB - Escriturário - IADES/2019). O sistema bancário vem passando por um processo acelerado
de transformação digital. Entretanto, o nível de maturidade digital varia de banco para banco. A respeito
desse assunto, assinale a alternativa correta.
(A) Uma característica do banco digital é a realização de processos não presenciais, como o envio de
informações e documentos por meio digital e a coleta eletrônica de assinatura para a abertura de contas.
(B) Um banco digital é o mesmo que um banco digitalizado, visto que ambos apresentam o mesmo
nível de automação dos processos.
(C) A oferta de canais de acesso virtual representa o mais alto nível de maturidade digital.
(D) O banco digitalizado dispensa o atendimento presencial e o fluxo físico de documentos.
(E) Por questão de segurança, o banco digital permite a consulta de produtos e serviços financeiros
por meio de canais eletrônicos, mas ainda não permite a contratação.

02.(BRB - Escriturário - IADES/2019). Quanto às diferenças entre bancos digitalizados e bancos


digitais, assinale a alternativa correta.
(A) Um banco digital pode permitir que o próprio cliente ajuste o respectivo limite de transferência ou
do cartão de crédito e, por medida de segurança, demandar que tal cliente dirija-se a um caixa eletrônico
ou agência para concluir o processo.
(B) Permitir que o cliente abra a própria conta corrente sem precisar sair de casa e não cobrar taxa de
manutenção da conta são os únicos requisitos obrigatórios que diferenciam um banco digital de um banco
digitalizado.
(C) Para que um banco seja considerado digital, basta que disponibilize um ambiente de internet
banking e aplicativos móveis, mesmo que, por medida de segurança, seja necessário instalar softwares
de segurança adicionais que possam comprometer a experiência do cliente.
(D) Demandar que o cliente se dirija a um caixa eletrônico para desbloquear o respectivo cartão ou
senha de internet é aceitável para bancos digitalizados, mas não para bancos digitais.
(E) Disponibilizar serviços gratuitos e pacotes padronizados de serviços, tais como os exigidos pela
Resolução nº 3.919, art. 2º , inciso I, do Banco Central, é o que define um banco como digital.

03.(BRB - Escriturário - IADES/2019). A pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2019 revelou


que, entre 2017 e 2018, as transações realizadas por meio de canais digitais cresceram 16%, totalizando
60% das transações bancárias. A respeito do uso dos canais digitais, assinale a alternativa correta.
(A) O aumento das transações com movimentação financeira nos canais digitais evidencia o aumento
da confiança do cliente na segurança do canal.
(B) A abertura de conta por meio de canal digital somente pode ser efetuada pelo internet banking.
(C) O mobile banking somente pode ser usado para transações sem movimentação financeira.
(D) São considerados canais digitais o internet banking, o mobile banking e os correspondentes no
País.
(E) Internet banking e mobile banking são canais digitais mutuamente excludentes, ou seja, o cliente
tem que informar ao banco qual canal quer usar para acessar as transações bancárias.

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Gabarito
01. A / 02. D / 03. A

Comentários
01. Resposta: A
Banco digital não é o mesmo que banco digitalizado.
Um banco digital é 100% online; ele nasceu assim. Não há agências nem atendimento presencial.
Tudo é feito via internet.
Já um banco digitalizado é aquele que tem grande parte de seus serviços digitalizados, ou seja, na
internet, mas ainda é possível ir até a agência presencialmente para resolver seus problemas. Bons
exemplos são o Itaú, o Bradesco, o Banco do Brasil etc., que têm seus serviços presenciais, mas também
online, por isso são digitalizados, não digitais.

02. Resposta: D
No banco digital tudo é feito via internet ou aplicativo, sem a necessidade de ir em uma agência
bancária.

03. Resposta: A
Há muitos recursos de segurança pensados para proporcionar aos clientes total segurança na hora de
acessar a conta pela Internet Banking e Mobile banking, desta forma a confiança dos clientes estão
aumentando cada vez mais.

OPEN BANKING

Na esteira do Pix e da agenda do Banco Central (BC) de incentivo à competitividade no Sistema


Financeiro Nacional (SFN), a chegada do Open Banking deve trazer mais opções de produtos e serviços
financeiros, com menos custos, além de mais transparência aos clientes finais, que terão mais autonomia
sobre sua vida financeira.
Na prática, o cliente será dono de seus dados financeiros e poderá escolher quando e com quais
empresas vai compartilhá-los.
O Open Banking é um conjunto de regras e tecnologias que vai permitir o compartilhamento de dados
e serviços de clientes entre instituições financeiras por meio da integração de seus respectivos sistemas.
O princípio fundamental do Open Banking é o consentimento do usuário, ou seja, as empresas
deverão, obrigatoriamente, compartilhar informações de um cliente (seja pessoa física ou jurídica), se ele
solicitar e autorizar a transmissão dos dados para outra instituição.
Não é um aplicativo que vai permitir o compartilhamento, nem um produto. Os clientes poderão pedir
para suas instituições financeiras compartilharem seus dados, se assim desejarem, por meio dos
aplicativos já existentes das respectivas instituições.
Novos produtos e serviços devem surgir a partir do desenvolvimento do Open Banking no país, mas
sempre seguindo o conjunto de regras estabelecido para a criação do conceito.
Cada país pode adotar o Open Banking conforme as suas características e liberar o compartilhamento
de dados até certo nível, mas, de modo geral, o objetivo da aplicação do novo conjunto de regras é
promover a concorrência, a eficiência e oferecer novos produtos para o consumidor final.
No Brasil, está previsto o compartilhamento de dados cadastrais, usados para abrir uma conta em
banco, tais como: dados pessoais (nome, CPF/CNPJ, telefone, endereço, etc.); dados transacionais
(informações sobre renda, faturamento no caso de empresas, perfil de consumo, capacidade de compra,
conta corrente, entre outros); e dados sobre produtos e serviços que o cliente usa (informações sobre
empréstimos pessoais, financiamentos, etc). Tudo sempre com o consentimento do usuário.
O processo de liberação dos dados vai acontecer de forma gradual ao longo de ano de 2021
No Brasil, apenas instituições financeiras que funcionam sob algum tipo de regulação oficial do BC
poderão participar.
Sendo que as instituições financeiras classificadas como S1 (instituições que possuem porte igual ou
superior a 10% do PIB ou que tenham atividade internacional relevante) e S2 (instituições de porte entre
1% e 10% do PIB) serão obrigadas a participar do Open Banking. São elas: Banco do Brasil, Bradesco,
Caixa Econômica, Itaú, Santander, BNDES, Citibank, Credit Suisse, entre outros.
As demais instituições têm adesão voluntária ao Open Banking. Instituições de pagamentos, como Pic
Pay, Mercado Pago, Nubank, etc., poderão escolher se vão participar ou não do novo ecossistema.
Embora a participação compulsória não valha para todas as empresas, uma característica importante
do Open Banking é a reciprocidade. Ou seja, todas as empresas que aderirem terão o direito de receber

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dados de seus concorrentes, mas também serão obrigadas a compartilhar os dados de suas respectivas
bases – quando os clientes consentirem.
Portanto, se uma fintech ou outra instituição, que tem participação voluntária, quiser entrar no Open
Banking, deverá obrigatoriamente compartilhar os dados de seus clientes, caso eles peçam, com qualquer
outro banco ou fintech participante do Open Banking.
As instituições receptoras dos dados terão um prazo máximo de 12 meses para acessar os dados,
segundo as regras do Banco Central. Depois disso, o cliente precisará renovar o consentimento

Vantagens do Open Banking


O Open Banking parte do princípio que os dados do consumidor são de sua propriedade e não do
banco ao qual ele está vinculado.
Hoje, o Brasil enfrenta uma grande assimetria de informações. Para exemplificar: se um cliente tem
conta no banco A,essa instituição detém o histórico de crédito desse cliente, que indica, por exemplo, se
ele é ou não um bom pagador.
Mas se o cliente deseja pedir um empréstimo no banco B, no qual não possui conta aberta, ele terá
dificuldade. Isso acontece porque o banco B não tem dados suficientes para aferir a capacidade de
pagamento da pessoa para liberar ou não o crédito porque é o banco A que tem essas informações.
Assim, a operação se torna mais arriscada para o banco B e ele tende a não conceder o crédito.
O cliente fica, então, dependente da instituição na qual tem conta e sujeito às suas taxas, o que
incentiva ainda mais a já alta concentração bancária no país.

O Open Banking pretende reduzir essa barreira de entrada, democratizando não só os empréstimos,
mas diversos tipos de produtos financeiros, para que os bancos, fintechs, instituições de pagamentos,
possam compartilhar as informações entre eles e o cliente tenha o direito de escolher qual instituição
oferece as melhores condições para cada serviço financeiro.
Na prática, é como se o Open Banking permitisse que o cliente construísse seu “próprio banco”. A
pessoa poderá escolher acessar crédito no banco A, que tem a melhor taxa, investimentos na corretora
B, que tem baixa taxa de corretagem e cartão de crédito na fintech C, que não tem anuidade, por exemplo.
Dessa forma, segundo o Banco Central, o Open Banking vai priorizar a experiência do cliente e a
diversidade e representatividade dos participantes.

As mudanças com o Open Banking

Com o cliente tendo controle do compartilhamento de seus dados, fica muito mais fácil abrir contas e
adquirir produtos e serviços em diferentes instituições ao mesmo tempo.
Do lado das empresas, a corrida será pela atenção do consumidor. Isso porque, mesmo tendo conta
na instituição, nada garante que o cliente vai consumir e utilizar os serviços dela. Por isso, o banco ou a
fintech que oferecer a melhor experiência em serviços financeiros tende a conquistar os clientes.
Os bancos tradicionais, que hoje possuem uma gama grande de produtos, precisarão investir mais na
experiência do cliente, enquanto as fintechs, que hoje oferecem uma melhor experiência, precisarão
aumentar o portfólio de produtos e serviços. O Open Banking vai incentivar esse equilíbrio entre os
participantes do sistema financeiro.
A tendência é o surgimento de novos modelos de negócios e mais concorrência entre as empresas, o
que vai beneficiar os consumidores, que terão mais opções disponíveis e, provavelmente, produtos mais
baratos.
Open Banking vai incentivar a inovação e a criação de novos produtos, além de ampliar a distribuição
e concorrência.

Funcionamento

O passo a passo de acesso e uso do Open Banking ainda não foi completamente definido, mas
algumas etapas já são conhecidas.
Em relação à liberação de dados: se o cliente quiser que o banco A, no qual tem conta, compartilhe
dados dele com a fintech B, ele precisa iniciar o processo na instituição que vai receber os dados. Ou
seja, deve solicitar o compartilhamento à fintech B que vai avisar o banco A, que o cliente solicitou os
dados. Feito isso, o banco A, vai confirmar com o cliente se ele realmente solicitou a liberação. Se o
cliente confirmar e der seu consentimento, o banco A transmite a informação para a fintech. É parecido
com o procedimento adotado na portabilidade de crédito.

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Por exemplo, com o Open Banking em funcionamento, um cliente do Bradesco poderia cotar as taxas
que seriam cobradas se ele pedisse um empréstimo pessoal no Itaú. O cliente faria a solicitação da
cotação, por meio do app ou internet banking do Itaú, sem necessariamente ter uma conta no banco. O
Itaú então acionaria o Bradesco, que, por sua vez, mandaria uma mensagem dentro do seu app para o
cliente confirmar que solicitou os dados.
Feito isso, o Bradesco envia a informação ao Itaú, que de posse dos dados, pode abrir uma conta ou
avaliar a concessão de crédito mais rapidamente a partir do histórico do cliente.
Em relação ao uso de produtos e serviços que vão surgir a partir da implementação do Open Banking,
há uma série de possibilidades. A experiência do cliente será um dos pontos centrais no Open Banking.
Como o cliente terá muito mais opções disponíveis para usar, as instituições devem investir em soluções
simples, intuitivas e na boa usabilidade das plataformas para atrair mais clientes.
A recomendação do BC é que o fluxo de autorização para compartilhar os dados e usufruir do Open
Banking seja semelhante à do acesso direto na instituição – por meio do app ou internet banking. Ou seja,
a ideia é que o cliente autorize o procedimento por meio de reconhecimento facial, biometria ou senha,
assim como ocorre com os demais serviços que o cliente usa no banco hoje.

Serviços disponíveis no Open Banking

Considere dois exemplos práticos de tipos de serviços que poderemos encontrar com o uso do Open
Banking:

Situação 1
Um banco receptor da informação não precisará que o cliente seja seu correntista para fazer uma
análise de crédito, basta que o banco no qual o cliente tem conta informe seus dados, a partir do seu
consentimento.
Por exemplo, o Matheus, que é cliente do banco A, decide comprar um lustre novo para a sua casa
em uma loja online de material de construção.
Ao chegar no checkout vai se deparar com as formas de pagamento e entre elas poderá ver a opção
“crédito do banco B”, no qual não possui uma conta.
Ao selecionar essa opção, uma mensagem vai aparecer na tela para que ele indique em qual banco
tem conta e, portanto, onde está o dinheiro. Ele indicará o banco A.
Ao fazer isso, ele receberá uma mensagem, por meio do app do banco A, avisando que o
compartilhamento de dados foi solicitado e ele autoriza a operação. Feito isso, o banco B, que viu seu
histórico de crédito, aprova o empréstimo para a compra na loja e ele consegue finalizar o pagamento em
minutos usando um microcrédito de um outro banco. Esse tipo de operação já deverá estar disponível em
2021.

Situação 2
Será possível encontrar produtos de diferentes instituições financeiras no mesmo aplicativo, desde que
essas empresas fechem parcerias entre si. Na prática, seria possível o banco ofertar um produto seu no
canal de um concorrente.
Por exemplo, a Daniela poderia abrir o app da fintech C e encontrar um financiamento imobiliário
fornecido pelo grande banco D e contratá-lo pelo próprio app da fintech. Isso seria possível porque a
fintech C (que tem uma boa experiência, mas não tem esse tipo de produto) deseja atrair o cliente para o
seu domínio, enquanto o banco D (que possui um portfólio grande de produtos, mas não tem boa
experiência em seu app), não quer deixar de ofertar seu produto ao cliente.
Assim, outra expectativa relacionada ao Open Banking é o surgimento de marketplaces que vão
agregar diversos produtos de diferentes bancos e instituições financeiras.
Já esse segundo exemplo será possível com o Open Banking funcionando de maneira plena e deve
demorar um pouco mais para se tornar realidade.

Início do funcionamento

Os usuários finais terão acesso aos serviços e novas opções disponibilizados pelo Open Banking a
partir de 15 de julho de 2021 – embora a primeira fase de implementação tenha início no dia 1º de fevereiro
de 2021 para as instituições participantes.

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Qualquer empresa pode ter acesso aos dados financeiros?

Não. Os dados financeiros do cliente só serão compartilhados se ele desejar e com as instituições que
ele quiser – desde que esses bancos ou fintechs sejam regulados pelo BC.
Não vai existir a possibilidade de o cliente solicitar que uma empresa que não está no escopo do Open
Banking acesse os dados de seu banco, por exemplo.
A única maneira de uma empresa estar no escopo do Open Banking e não ser regulada pelo BC é se
ela for uma parceira de uma instituição participante.
Mas essa figura “parceira”, por regra, não pode ser regulada pelo BC, portanto não pode ter acesso a
dados provenientes do Open Banking.
Ou seja, considere que o Banco do Brasil fez uma parceria com a Conta Azul, empresa de software,
para fazer um upgrade em sua plataforma de gestão. A Conta Azul vai auxiliar o BB nesse processo de
melhoria, mas não terá acesso aos dados que o BC eventualmente vai receber via Open Banking.
Inclusive, essas empresas parceiras devem ser, em sua maioria, companhias de tecnologia que vão
oferecer melhorias para as participantes conseguirem operar de forma mais ágil dentro do ecossistema
do Open Banking.

As empresas têm acesso aos dados por tempo indeterminado?

Não. O BC definirá alguns limites para que as empresas acessem os dados. O prazo máximo é de 12
meses. Passado esse período, o usuário precisará renovar seu consentimento para que a instituição
utilize a informação novamente.

Esse prazo de duração do acesso vai variar de acordo com o objetivo do uso dos dados. Por exemplo,
o acesso ao histórico de crédito pode ter duração de três meses, enquanto o acesso aos dados cadastrais
seis meses. Se após esse período a empresa receptora dos dados usá-los para algum fim, poderá ser
punida pelo BC.

Tenho como saber quem tem acesso aos dados?

Como o cliente decide se quer compartilhar os dados e com quem, ele saberá quais instituições têm
acesso às suas informações financeiras porque ele mesmo autoriza o processo – além do fato de as
empresas terem acesso às informações por tempo limitado. Mas, no longo prazo, pode ficar inviável fazer
a gestão desses dados pessoais.
Por exemplo, poucas pessoas acessam a página do Facebook que mostra quais empresas têm acesso
aos seus dados a partir do momento em que o usuário faz o login nos ambientes dessas empresas usando
a rede social. É a mesma lógica. Passados alguns anos, nem todo mundo deve fazer uma gestão das
instituições financeiras que terão seus dados.
Esse será um dos grandes desafios do Open Banking: como o consumidor vai administrar seus dados
e organizar o seu consentimento para diferentes instituições. E, por enquanto, não há uma solução para
isso.

Custos

O consumidor final não pagará nada ao solicitar o compartilhamento de seus dados da sua instituição
para outra. Ou seja, o banco transmissor da informação não poderá fazer cobranças.
Por outro lado, o banco receptor dos dados poderá cobrar o cliente apenas nos casos em que oferecer
serviços adicionais que agreguem dados e o cliente optar por contratá-los – nos moldes do que o Flipper
ou o Guiabolso oferecem hoje.
Ainda não há mais detalhes de possibilidades de cobrança para os clientes PF ou PJ.
Já a instituição detentora dos dados poderá cobrar a instituição receptora, se a mesma solicitar dados
cadastrais diferentes do mesmo cliente mais de duas vezes em um mês, segundo o BC. Os eventuais
valores cobrados serão definidos no grupo de trabalho do Open Banking.

Open Banking é seguro?

O Open Banking no Brasil funcionará sob a regulação do Banco Central. Toda e qualquer instituição
participante precisará estar sob o guarda-chuva do BC como instituição financeira (como os bancos

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tradicionais) ou como instituição de pagamento (empresas que não podem conceder empréstimos e
financiamentos, como Nubank, Mercado Pago, etc.).
Assim, as empresas participantes estão sujeitas a punições por parte do BC. Na prática, se alguma
das instituições não seguir as regras do Open Banking ao operar nesse ambiente, o BC pode aplicar
multas, excluir a empresa do Open Banking, e, no limite, decretar a falência ou liquidação da instituição.
Por isso, a tendência é que todas as instituições participantes sigam as regras à risca, assim como elas
seguem hoje na oferta de outros tipos de serviços.
Além disso, todo envio e recebimento de informações dentro do ecossistema do Open Banking estará
protegido pela Lei Complementar n° 105/2001, do Sigilo Bancário, que proíbe o compartilhamento de
dados para instituições não participantes do Open Banking, bem como proíbe a venda de informações de
consumidores para terceiros.
Somado a isso, o arcabouço do Open Banking também está sob o guarda-chuva da Lei Geral de
Proteção de Dados (n° 13.709/2018) – que entrou em vigor neste ano e que abrange diversas áreas, além
da financeira – e dá autonomia para o cliente em relação ao seus dados.
De qualquer maneira, a regulação é rígida no Brasil. Há um perímetro de atuação do Open Banking
bem definido. No Reino Unido, por exemplo, uma entidade não regulada pode prestar serviço de
compartilhamento de dados, o que não será permitido aqui.
A ideia é que o BC fiscalize todos os participantes do Open Banking e os puna, caso necessário, em
prol do bom funcionamento do sistema.

Responsáveis da implementação Open Banking no Brasil


O BC criou uma convenção (ou grupo de trabalho) com os principais representantes de instituições
financeiras e de pagamentos do país com o objetivo de definir as regras de funcionamento em conjunto
para que todas as categorias do sistema financeiro tenham os mesmos direitos e deveres dentro do
ecossistema do Open Banking.
Nesse grupo de trabalho estão: a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a Associação Brasileira
das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), ABFintechs, que representa os interesses das
fintechs, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a Associação Brasileira de Bancos (ABBC),
Associação Brasileira de Instituições de Pagamentos (Abipag), a Associação Brasileira de Internet
(Abranet), entre outras, além de um conselheiro independente.

Papel do Banco Central no Open Banking

O BC é o juiz do ecossistema do Open Banking. A autoridade monetária estabelece a estrutura inicial


do processo de implementação do Open Banking e aprova o conteúdo da convenção.
Na prática, o BC é o responsável pela fiscalização e punição das instituições participantes. A ideia é
que tudo o que acontece no âmbito do Open Banking seja observado de perto pelo BC – portanto, a
tendência é que a operação e dinâmica do Open Banking sejam seguras.

O que são as APIs e como se relacionam com o Open Banking?

A API (Application Programming Interface, em inglês, ou Interface de Programação de Aplicativos) é o


recurso que permitirá às instituições compartilhar as informações no ecossistema do Open Banking de
maneira padronizada.
Vale dizer que a API não foi criada para o Open Banking. É um elemento universal de tecnologia, que
já é amplamente usado hoje na integração de sistemas em diversos âmbitos. Basicamente, é a forma
como todos os softwares “se falam” dentro da internet.
Para facilitar a compreensão, a API é uma espécie de ponte que conecta aplicações diferentes por
meio de uma mesma linguagem. Por exemplo, a Uber usa uma API do Google Maps para que tenha os
mapas no seu aplicativo, bem como o Airbnb também usa uma API para mostrar as localizações dos
imóveis disponíveis para aluguel.
Dessa maneira, as APIs vão permitir o fluxo de troca de dados de clientes entre as instituições de
forma ágil e segura. Ágil porque todas as instituições receberão e enviarão as informações no mesmo
padrão e seguro porque todo o processo será supervisionado pelo BC.
Outra maneira de entender a API é considerá-la como um contrato, com cláusulas que os participantes
precisam seguir para conseguir se comunicar.
O problema de não padronizar as APIs são as disfunções que poderiam ser geradas na troca de
informações, justamente pela falta de cláusulas “nesse contrato”.

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Por exemplo, o banco A informa o saldo de R$ 100 da conta do cliente João para o banco B, juntamente
com o nome completo dele e o número da conta.
Mas o banco B tem como padrão uma leitura de números com pontos em vez de vírgula e, quando o
saldo entra em seu domínio, ele não consegue traduzir o valor em R$ 100, o que gera um erro na leitura
da informação pelo banco B, por exemplo.
Seria um detalhe, mas em uma escala que envolve milhares de contas pode atrapalhar muito o
funcionamento do sistema. Então, a API vai padronizar o formato dos números como se fosse uma das
cláusulas de um contrato.
No fim do dia, a API será a estrutura por trás da experiência do Open Banking, que vai facilitar a
integração de informações e a visualização de forma rápida e simples para o consumidor – viabilizando
uma boa experiência.
O formato da API que será utilizado no Brasil ainda está em discussão e será desenvolvido pelo grupo
de trabalho do Open Banking (veja mais sobre isso abaixo).

Relações com o PIX

O Open Banking e o Pix são diferentes. Enquanto o Pix é um meio de pagamento instantâneo, o Open
Banking é um conjunto de regras sob o qual o sistema financeiro nacional vai atuar.
São recursos independentes, mas que podem atuar em conjunto. Ambos fazem parte da agenda de
inovação e mais competição do BC e têm cronogramas que andam em paralelo.
O Pix é uma ferramenta que pode ajudar o Open Banking a evoluir do puro compartilhamento de
informações para a movimentação do dinheiro de forma instantânea.
Além disso, a criação recente da figura do iniciador de pagamento (PISP), aprovada pelo BC como
entidade regulada, vai possibilitar que essa relação entre Pix e Open Banking se consolide.
Na prática, com o PISP será possível acessar o banco ou outra instituição financeira por canais que
não necessariamente são o aplicativo ou o internet banking do banco. Assim, será possível iniciar as
transferências por canais como WhatsApp, Mercado Pago, iFood, entre outros, e efetuá-las com Pix –
embora o Pix não seja a única opção nesse caso, já que será possível usar outras formas de transação
como TED, DOC ou boleto.

Soluções Mobile e Service Design

Os celulares atualmente disponibilizados no mercado possuem diferentes meios de se comunicar


através de interfaces e protocolos. É muito comum referenciarmos recursos como 3G, Wifi, Bluetooth,
NFC etc.
Tendo tantos canais de comunicação, assim como os serviços disponibilizados pelos sistemas
operacionais mobile, cresce consideravelmente os pontos de controle a serem aplicados durante o
desenvolvimento de aplicações seguras. Identificar e dimensionar estes controles tornou-se uma tarefa
mais complexa e que exige cada vez mais dos arquitetos de soluções mobile.
O desenvolvimento de soluções mobile empresariais é a prática de criar e implantar aplicativos
confiáveis, portáteis e escaláveis em dispositivos móveis, a fim de facilitar a interação de grandes
organizações com clientes, parceiros e funcionários.
O objetivo do desenvolvimento de aplicativos mobile corporativos é possibilitar a conectividade em
qualquer lugar, sem descumprir os requisitos de segurança e confiabilidade que são essenciais para
organizações de grande porte.

Já a principal função do Service Design, ou Design de Serviço, é o estudo das interações entre todos
os indivíduos envolvidos na execução de um serviço ou produção de um produto, seja ele o consumidor
final ou um dos funcionários de sua empresa1.
Service Design é uma das áreas de design mais importantes e impactantes para empresas e marcas.
Tamanha relevância deve-se ao fato de que a metodologia do Design de Serviço permite que se atinja os
resultados de forma mais clara e com uma significativa redução da margem de erro.
A sua concepção tem como principal fundamento melhorar um serviço ou criar um novo, para que
atenda à necessidade do consumidor. Com as melhores práticas do design, o Service
Design compreende o perfil do usuário e seus anseios para propor um produto ou serviço competitivo e
relevante.

1
https://agenciagrup.com.br/service-designs-solucoes-para-definir-sua-persona/

11
1677421 E-book gerado especialmente para THAYNNARA ALICE QUEIROZ PESSOA
A compreensão de que todos nós somos consumidores com desejos e necessidades diferentes é
fundamental para a construção de uma experiência relevante, inesquecível e inovadora. Por isso, cada
dia que passa, vemos mais empresas com estratégias que buscam encantar o cliente, com forte apelo ao
emocional.
O Design de Serviço procura entender qualquer problema de forma holística, ou seja, ele vai analisar
todos os agentes envolvidos na produção dos produtos, atuar em todas as variáveis do seu negócio. A
atividade de planejar, organizar pessoas, infraestruturas e comunicação melhora a interação entre
empresas e consumidores.
Os princípios básicos do Service Design estão em: propor uma solução que deverá atender à
expectativa de um consumidor, responder como será a experiência de quem produzirá tal produto e como
a empresa irá conciliar seus valores com a entrega ao consumidor final.
Essencialmente, o Service Design tenta responder a algumas perguntas básicas que dizem respeito à
experiência das pessoas ao interagirem com determinado serviço.
Como deve ser a experiência do consumidor ao usar este serviço?
Como deve ser a experiência do funcionário ao prestar este serviço?
Como uma empresa se mantém fiel à sua missão e se mantém relevante para o consumidor, ao mesmo
tempo?
Utilizando metodologias do Design, o Service Design trabalha para entender o perfil dos consumidores,
seus desejos e suas necessidades a fim de garantir que determinado serviço seja competitivo para o
mercado e relevante para quem o usa.
As metodologias utilizadas tornam o Service Design sempre em aprimoramento para melhor atender
as expectativas dos consumidores e reduzir ao máximo as dúvidas e reclamações.

Questões

01.(BRB - Escrituário - IADES/2019).Por meio do Comunicado nº 33.455/2019, o Banco Central


aprovou os requisitos fundamentais para a implementação do Sistema Financeiro Aberto (open banking)
no Brasil. De acordo com o modelo proposto, o conceito de open banking refere-se à (ao)
(A) integração de plataformas e infraestruturas de sistemas de informação para fins de
compartilhamento de produtos e serviços entre as instituições financeiras, sendo vedada a identificação
do cliente.
(B) atribuição de uma nota de crédito ao cliente (credit score), que poderá ser consultada por qualquer
instituição financeira, mediante prévio consentimento.
(C) compartilhamento de dados cadastrais, produtos e serviços pelas instituições financeiras, mediante
prévia autorização, por meio de sistemas de informações integrados que garantam uma experiência
simples e segura ao cliente.
(D) inclusão do nome do cliente em um cadastro positivo para fins de compartilhamento de dados,
produtos e serviços pelas instituições financeiras, garantindo ao cliente acesso a taxas de juros menores.
(E) implementação de uma interface de integração digital para compartilhamento de dados entre
instituições financeiras, com base no princípio de que os dados pertencem às instituições, e não aos
usuários.

02. (BRB - Escriturário - IADES/2019). Acerca de conceitos e aplicações do design de serviços no


contexto bancário, assinale a alternativa correta.
(A) O foco do design de serviços é aprimorar apenas a experiência em serviços digitais, como
aplicativos móveis, internet banking e outros.
(B) Queixas recorrentes de clientes são indicativos de que o design de serviço poderia ser aprimorado.
(C) A aplicação correta da metodologia sugere que os especialistas devem se reunir e projetar um
design que, posteriormente, deverá ser seguido por toda a organização.
(D) Um dos princípios do design de serviços é ser centrado no ser humano. Entende-se, com isso, que
o design deve se concentrar apenas na experiência do cliente.
(E) Soluções móveis devem aplicar apenas o design da experiência do usuário (ux design), e não o
design de serviço.

Gabarito
01.C / 2. B

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Comentários
01. Resposta: C

O Open Banking, ou sistema financeiro aberto, é a possibilidade de clientes de produtos e serviços


financeiros permitirem o compartilhamento de suas informações entre diferentes instituições autorizadas
pelo Banco Central e a movimentação de suas contas bancárias a partir de diferentes plataformas e não
apenas pelo aplicativo ou site do banco, de forma segura, ágil e conveniente.

6 - Fintechs, startups e big techs

Startups

Um grupo de pessoas2 iniciando uma empresa, trabalhando com uma ideia diferente, escalável e em
condições de extrema incerteza.
Tudo começou durante a época que chamamos de bolha da internet, entre 1996 e 2001. Apesar de
usado nos EUA há várias décadas, só na bolha ponto.com o termo "startup" começou a ser usado por
aqui. Significava um grupo de pessoas trabalhando com uma ideia diferente que, aparentemente, poderia
fazer dinheiro. Além disso, "startup" sempre foi sinônimo de iniciar uma empresa e colocá-la em
funcionamento.
Investidores dizem que qualquer pequena empresa em seu período inicial pode ser considerada uma
startup. Outros defendem que um startup é uma empresa inovadora com custos de manutenção muito
baixos, mas que consegue crescer rapidamente e gerar lucros cada vez maiores.
No entanto, há uma definição mais atual, uma startup é caracterizada por ser um modelo de negócios
repetível e escalável que cresce de uma forma muito mais rápida e eficiente em comparação a uma
pequena ou média empresa tradicional (PME).
De fato, muitas Startups são empresas em fase inicial, sendo que possuem propostas inovadoras e,
um grande potencial de crescimento. Além disso, normalmente, elas utilizam a tecnologia e o meio digital
para suas operações.

Características de uma Startup


Inovação
A inovação é a capacidade de propor soluções criativas para resolver um problema. Essa característica
é essencial em uma Startup, já que esse tipo de negócio precisa oferecer produtos e soluções únicas ao
mercado.

Escalabilidade
As Startups são negócios escaláveis. Ou seja, elas conseguem crescer sem aumentar seus custos
proporcionalmente. Por isso, esse tipo de negócio é tão vantajoso, tendo a capacidade de aumentar seu
faturamento em um ritmo muito maior do que o crescimento das despesas.

Flexibilidade
Toda Startup precisa ser ágil e dinâmica. Esse modelo de negócio exige que as decisões sejam
tomadas com rapidez, se adequando à demanda do mercado atual e sempre otimizando a sua forma de
trabalho.

Repetição
Para saber o que é Startup, você deve entender que elas precisam ser repetíveis. Ou seja, elas tem
que ser capazes de entregar o mesmo produto ou serviço em larga escala. Para tais empresas, é preciso
que o produto ou serviço seja replicado e reproduzido de forma simples. Tenha como exemplo os serviços
de streaming que, diferentemente das antigas locadoras, entregam o mesmo filme várias vezes seguidas.

Tipos de Startups
Essas empresas são muito variadas e, por isso, podem atuar de diversas formas. Alguns dos principais
modelos de Startups são:

2
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/o-que-e-uma-startup,6979b2a178c83410VgnVCM1000003b74010aRCRD

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B2B (Business to Business)
O modelo B2B, que em em português significa “negócio para negócio”, atende outras empresas e não,
o consumidor final. Um exemplo é o site Alibaba, que ficou famoso por conectar fornecedores e
empreendimentos.

B2C (Business to Consumer)


Esse modelo, que em português significa “negócio para consumidor”, envolve o fornecedor de produtos
ou serviços e o consumidor final. Existem diversas Startups B2C que são cases de sucesso. O Uber, por
exemplo, é um Marketplace que conecta motoristas (prestadores de serviços) com passageiros
(consumidores finais).

B2B2C (Business to Business to Consumer)


Em português, esse modelo significa “negócios para empresas para consumidores”. O iFood é um
ótimo case de startup B2B2C. Ele faz parceria com outras empresas, que são os restaurantes, para
facilitar a venda aos clientes finais.

Modelo de negócios das Startups

SaaS
O Software as a Service (SaaS), ou software como serviço, oferece um serviço na nuvem. Assim, ele
funciona como um software autônomo, capaz de automatizar os serviços manuais. Esse modelo de
negócios é indicado principalmente para o público empresarial.

Marketplace
Esse tipo de negócio conecta oferta e demanda por meio de uma plataforma digital. Nela, os clientes
podem encontrar vários vendedores ou prestadores de serviço, como se fosse um shopping virtual. Muitos
falam que o marketplace é a evolução do e-commerce.
Esse modelo de Startup é indicado para quem pretende focar em um nicho de mercado e construir um
negócio altamente escalável. Por exemplo, grandes empresas como Uber, Facebook, Airbnb e Mercado
Livre são marketplaces ou usam os princípios desse modelo de alguma forma.

Assinatura
O modelo de assinaturas é bem amplo e se difundiu com o avanço das tecnologias. Um exemplo é o
streaming, que possibilita a entrega constante de serviços em troca de um valor mensal. Esse modelo é
vantajoso para o empreendedor que quer garantir uma receita fixa. Mas, é necessário que a proposta da
empresa esteja muito bem construída, para assim evitar cancelamentos.

Redes Sociais
Neste modelo de negócios, o serviço é oferecido gratuitamente ao consumidor que, em troca, visualiza
publicidade. Esse modelo é muito comum em aplicativos. Ele é vantajoso pois o cliente usufrui do serviço
gratuitamente, mas podem haver aqueles que se sentem incomodados com um excesso à propaganda.

Fintech

A palavra fintech é uma abreviação para financial technology (tecnologia financeira, em português).
Ela é usada para se referir a startups ou empresas que desenvolvem produtos financeiros totalmente
digitais, nas quais o uso da tecnologia é o principal diferencial em relação às empresas tradicionais do
setor.
As fintechs podem oferecer as mais diversas soluções, como cartão de crédito, conta digital, cartão de
débito, empréstimos, seguros, entre outros.
Esses serviços inovadores não se resumem a bancos digitais. Apesar de estarem sob um mesmo
nome, essas empresas podem oferecer produtos e serviços diferentes entre si.
A maioria delas permite que os clientes controlem os produtos inteiramente através de smartphones,
sem nunca precisar pisar em uma agência ou corretora.

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Áreas de atuação que uma fintech pode ter:

Fintechs de pagamento
As fintechs de pagamento surgem para facilitar a vida do cliente quando o assunto é compra e venda.
Podem oferecer novidades em cartões de crédito ou máquinas de cartão, por exemplo. Nessa categoria,
entra o Nubank, que surgiu como uma empresa de cartão de crédito sem taxas e anuidade, além de
cobrar juros rotativos abaixo da média de mercado.

Fintechs de crédito ou empréstimo


Já pensou aproximar quem precisa de dinheiro e quem pode emprestar cobrando juros menores? Bem,
é essa a ideia das fintechs de crédito ou empréstimo. Elas possuem estrutura enxuta e realizam análise
de crédito a partir de soluções tecnológicas para melhorar a dinâmica dos serviços financeiros. Um
exemplo é a Geru.

Fintechs de crowdfunding
Ter uma ideia de negócio é fácil. O difícil é tirar essa ideia do papel e conseguir capital para materializá-
la. A Catarse, primeira plataforma de crowdfunding (financiamento coletivo) do Brasil — outro ótimo
exemplo para compreender o que é uma fintech —, foi aberta para facilitar esse processo.

Fintechs de Bitcoins
Com a febre dos Bitcoins mundo afora, surgiram fintechs para facilitar as transações dos investidores
por aqui. Empresas como a Mercado Bitcoin cresceram muito em pouco tempo, aproveitando o interesse
pela novidade digital.

Fintechs de controle financeiro


Para quem precisa manter as finanças em ordem, vieram as fintechs de controle financeiro. Um
exemplo desse tipo é o Organizze, que auxilia no controle de despesas pelo celular, permitindo a criação
de categorias de gastos e definição de metas.

Fintechs de investimento
Para oferecer mais facilidade na hora de fazer o dinheiro render, vieram as fintechs de investimentos.
A Toro surgiu para ressignificar o conceito de corretora de valores, oferecendo a melhor experiência digital
de investimentos do mundo.

Vantagens das fintechs

No geral, as fintechs são conhecidas por oferecer soluções financeiras inéditas, menos burocráticas,
mais intuitivas de serem usadas – afinal, elas normalmente estão disponíveis no smartphone do cliente –
e com custos baixíssimos, às vezes inexistentes, para os usuários.
Um exemplo são os cartões de crédito sem anuidade ou as contas digitais gratuitas.
Tudo isso graças à tecnologia. Por já terem nascido no mundo digital e não contarem com grandes
estruturas físicas, como as agências bancárias, seus custos são muito reduzidos. Por isso muitas
oferecem produtos livres de taxas e conseguem escalar rapidamente.
Em resumo, as fintechs chegam no mercado trazendo produtos financeiros inovadores. Em muitos
casos, eles foram desenhados para serem mais simples e vantajosos para os clientes.

As fintechs são seguras?

No Brasil, nos Estados Unidos e em grande parte dos países do mundo, o setor financeiro é vigiado
de perto pelo governo.
Todas as empresas que criam produtos para este setor – sejam novos meios de pagamento ou cartões
de crédito, por exemplo – precisam seguir uma série de regras e normas específicas.
O Banco Central é uma das instituições que regula o mercado e monitora as atividades do setor
financeiro no Brasil. Mesmo fintechs precisam seguir regras rígidas para oferecer seus produtos à
população.
Por serem geralmente novas, nem sempre as fintechs possuem marcas reconhecidas pelo público.
Uma das formas de saber se uma fintech (banco, corretora, ou qualquer outra empresa que ofereça
serviços financeiros no Brasil) existe de verdade é por uma consulta no banco de dados do Banco Central.
Basta acessar o link e digitar o nome da empresa ou o CNPJ no campo de buscas.

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Qual a diferença entre fintech e startup?

Uma fintech também pode ser, no início, uma startup. Podemos dizer que as fintechs são uma espécie
de evolução das startups do setor financeiro
As fintechs são empresas de serviços financeiros que se diferenciam pelo uso da tecnologia e
inovação.
As startups, por sua vez, são empresas inovadoras que ainda estão em estágio inicial — acabaram de
chegar ao mercado, geralmente não apresentam lucro de início, mas têm grande potencial de rápido
crescimento.
A grande diferença entre elas é que a startup não necessariamente faz parte do setor financeiro. Ela
pode atuar no mercado de entretenimento, seguros, alimentação, tecnologia, vestuário, ou qualquer outro
do mercado.

Big techs

As Big Techs são uma das grandes responsáveis por moldar a forma das pessoas trabalharem,
comunicarem, comprarem, venderem e consumirem determinados produtos ou serviços.
Apesar da economia estar contraída e muitas empresas batalharem para sua sobrevivência no
mercado, as empresas de tecnologia estão acumulando riquezas e influência de maneiras, que antes
eram invisíveis.
As Big Techs são as grandes empresas de tecnologia, que predominam o mercado. Inicialmente essas
organizações geralmente estão localizadas no Vale do Silício, criam um modelo de negócios escalável e
ágil.
O principal motor dessas empresas é a inovação, pois sempre estão definindo novas tecnologias e
serviços, constantemente atualizando produtos e dispositivos para atender todas as demandas.
As companhias precisam definir novas tecnologias e serviços continuamente, atualizando produtos e
dispositivos para atenderem às demandas e se manterem relevantes.
Cada Big Tech têm uma mistura diversificada de aplicativos e serviços em nuvem, produtos e acúmulo
de dados, enquanto outros têm um foco mais singular. As maiores empresas do mundo já controlam cerca
de 80% do mercado, entre as 5 principais estão a Apple, Amazon, Alphabet, Microsoft e Facebook
Cada uma com sua especialidade, elas possuem dominância a nível global. Essas grandes da
tecnologia, além de mudarem o comportamento e consumo das pessoas, põem em questionamento
questões sobre privacidade, proteção de dados e influência no mercado financeiro

Questões

01. (BRB - Escriturário - IADES/2019). A respeito das definições de startups e dos respectivos tipos
e nichos de atuação, assinale a alternativa correta.
(A) Startups B2B são as que têm outras empresas como consumidores finais e, para se manterem
competitivas, precisam evitar que o respectivo modelo de negócio seja repetível.
(B) Startups são empresas nascentes escaláveis ou não, desde que atuem com negócios digitais
inovadores e em cenários minimamente estáveis.
(C) Toda empresa no respectivo estágio inicial pode ser considerada uma startup, exceto franqueadas,
por se tratarem, na verdade, de filiais de empresas cuja marca já é consolidada.
(D) Fintechs são bancos digitais que aproveitam o alcance da internet para ofertarem serviços
financeiros a um custo menor e nos quais o foco está na experiência do usuário.
(E) Startups B2B2C são as que atuam com modelos de negócio repetível e escalável em parceria com
outras empresas, visando à realização de vendas para o cliente final.

02. (Prefeitura de Campo Bom/RS - Assistente Administrativo - FUNDATEC/2019).


“Empreender no Brasil não é fácil, ainda mais se o negócio nasceu há pouco tempo. Entretanto, as
nacionais estão recebendo mais atenção a cada ano e, com a ajuda de investidores, aceleradoras e
incubadoras, o cenário vem se abrindo aos novos empreendedores. Em 2018, seis empresas iniciantes
conseguiram se firmar como unicórnios, termo utilizado para se referir às que alcançam valor de mercado
avaliado em, pelo menos, US$ 1 bilhão. Seja no setor financeiro, de educação ou transporte urbano, o
cenário para as novas empresas tem se expandido, segundo Rafael Ribeiro, diretor-executivo” (Fonte:
canaltech.com.br, de 28/12/2018).

16
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A reportagem aborda um termo para designar empresas recém-criadas e rentáveis, que começou a
ser popularizado nos anos 1990, quando houve a primeira grande "bolha da internet". Muitos
empreendedores com ideias inovadoras e promissoras, principalmente associadas à tecnologia,
encontraram financiamento para os seus projetos, que se mostraram extremamente lucrativos e
sustentáveis. O termo significa o ato de começar algo, normalmente relacionado com companhias e
empresas que estão no início de suas atividades e que buscam explorar atividades inovadoras no
mercado. Trata-se:
(A) Do Bitcoin.
(B) Do Crowd-Innovation.
(C) Das Startups.
(D) Do E-Commerce.
(E) Do Online-to-Offline.

Gabarito
01. E / 02. C

7- Sistema de bancos-sombra (Shadow banking)

SISTEMA DE BANCOS - SOMBRA (SHADOW BANKING)

Com a globalização, os mercados financeiros de todo o mundo ficaram cada vez mais interligados e
dependentes entre si. Mas apesar dos benefícios que essa integração trouxe, os riscos envolvidos em
cada mercado deixaram de ter um caráter local e passaram a comprometer o mundo inteiro. Nesse
contexto, um dos principais fatores de preocupação atualmente é a operação do controverso sistema de
shadow banking.

Shadow banking

O shadow banking3, também conhecido em português como “sistema bancário sombra”, é um conjunto
de operações e intermediários financeiros que fornecem crédito em todo o sistema financeiro global de
forma “informal”.
Ou seja, por meio de uma série de atividades paralelas ao sistema bancário, algumas instituições e
agentes conseguem realizar financiamentos de forma indireta, sem passar por nenhuma supervisão ou
regulação.
Estas empresas intermediárias do segmento financeiro não participam do sistema bancário tradicional.
Ou seja, estão "à sombra" do sistema, por isso o nome.
O sistema financeiro tradicional é organizado em função dos bancos e da relação que eles possuem
com os governos de cada país. No entanto, como consequência da evolução mundial em termos de
globalização e aumento de tecnologia, nos dias atuais existem diversas alternativas dentro do segmento.
Assim passou a existir essas novas formas de trabalhar com operações financeiras com o nome de
"shadow banking”.

Dentre os intermediários não-regulamentados que podem fazer parte do shadow banking estão os:
Bancos de investimento;
Fundos de hedge;
Operações com derivativos e títulos securitizados;
Fundos do mercado monetário;
Companhias de seguros;
Fundos de capital privado;
Fundos de direitos creditórios;
Factorings e fomentadoras mercantis;
Empréstimos descentralizados (peer-to-peer lending).

3 https://www.suno.com.br/artigos/shadow-banking/

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A grande questão em relação ao shadow banking é a falta de fiscalização. Eles não sofrem com o
mesmo rigor imposto aos bancos tradicionais, algo que pode apresentar maiores riscos a todas as partes
envolvidas.
Apenas para ilustrar essa questão, podemos citar duas das obrigações que uma instituição bancária
regulamentada precisa seguir:

O banco precisa ter patrimônio líquido suficiente para cobrir todos os seus compromissos financeiros
- inclusive com os seus clientes.
O banco é obrigado a estabelecer processos que permitam a verificação dos seus clientes com o intuito
de impedir o uso dos seus recursos de maneira ilegal.
Como um shadow banking deixa de ser regulamentado e fiscalizado, ele também não precisa seguir
todas as exigências. Neste ponto, vale reforçar que citamos apenas dois exemplos de uma série de
requisitos que instituições bancárias seguem. Sem a obrigatoriedade, quem garante que uma empresa
fará todos os processos exigidos? Com isso, claro, aumenta-se o risco do negócio.

Existência do Shadow banking

Instituições que praticam o shadow banking geralmente servem como intermediários entre credores e
tomadores de empréstimos, fornecendo crédito e capital para investidores e corporações.
Mas como essas instituições não são bancárias, elas não recebem depósitos tradicionais como um
banco tradicional. Por isso, muitas operações feitas por essas instituições possuem maiores riscos de
mercado, de crédito e de liquidez, além de não possuir uma reserva de capital para servir como garantia.
Críticas e riscos envolvidos no shadow banking

O setor bancário paralelo desempenha um papel crítico ao atender crescente demanda por crédito no
mercado global. Porém, embora muitos argumentam que a atuação desse sistema bancário paralelo pode
aumentar a eficiência econômica, sua operação gera preocupações quanto ao risco sistêmico de sistema
financeiro.
Muitos acreditam, por exemplo, que o shadow banking foi o principal responsável pela crise de 2008 –
a maior recessão econômica desde a Grande Depressão dos anos 1930.
Isso se deve porque, na véspera da crise de 2008, o sistema financeiro paralelo nos Estados Unidos
tinha crescido aproximadamente o mesmo tamanho do sistema bancário tradicional do país. Por isso,
quando os junk bonds imobiliários criados pelo shadow banking começaram a derreter, os investidores
correram para tentar resgatar seu capital.
Mas como todas essas operações estavam completamente alavancadas (ou seja, sem nenhum lastro
ou garantia real), não haviam fundos para honrar nenhum compromisso. Logo, esse problema se alastrou
por todo o mercado financeiro, desencadeando todo o restante da crise e afetando profundamente a
economia mundial.

Regulação e limitações propostas ao shadow banking

Após a crise de 2008, as autoridades do mundo inteiro se empenharam para aprovar uma série de
medidas que regulasse e limitasse a operação do shadow banking. Porém, apesar das reformas,
principalmente aquelas aprovadas pelo Congresso americano, essas instituições ainda não estão sujeitas
aos mesmos regulamentos que os bancos depositários tradicionais.
Isso significa que o shadow banking ainda permanece ativo e altamente alavancado, com uma alta
proporção de dívida em relação aos seus ativos de garantia. Por isso, muitos acreditam que o esse
sistema ainda pode estar expondo os mercados financeiros de todo mundo a um risco sistêmico
excessivo.

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8- Funções da moeda. 9 - O dinheiro na era digital: blockchain, bitcoin e demais
criptomoedas

FUNÇÕES E TIPOS DE MOEDAS4

Funções da moeda

A moeda possui diversas funções. Vamos conhece-las:

Instrumento de Troca
Toda peça monetária representa um direito sobre riquezas existentes, permitindo ao seu portador
adquirir certa quantidade dessas riquezas, à sua escolha, até onde alcance o valor facial indicado. É muito
mais cômodo possuir esse bônus que qualquer outro bem.
A introdução da moeda nas transações comerciais dissociou a anterior troca direta "in natura" (uma só
operação) em duas fases distintas:
a) Troca de bens ou serviços produzidos pelo indivíduo, por moeda (operação de venda);
b) Troca de moeda por bens ou serviços produzidos pelo indivíduo, por moeda (operação de compra).
A progressiva divisão do trabalho, vindo a dificultar o regime de troca direta, em que as mercadorias
funcionavam como instrumento de troca, deu lugar à adoção da moeda para preenchimento dessa função.
A posse da moeda representa liquidez imediata para quem a possui. Liquidez é a capacidade da moeda
se transformar em algum ativo, sem custos, ou vice-versa, de um ativo se transformar em moeda

Denominador comum monetário


Possibilita que sejam expressos em unidades monetárias ou valores de todos os bens e serviços
produzidos pelo sistema econômico. É um padrão de medida. Racionaliza informações econômicas
constrói sistema agregado de contabilidade social, produção, investimento, consumo, poupança;

Reserva de Valor
A moeda permite armazenar e conservar os valores para utilização oportuna. Isto é, pode ser
acumulada para a aquisição de um bem ou serviço no futuro. O requisito básico para que a moeda
funcione como reserva de valor é a sua estabilidade diante dos preços dos bens e serviços, já que a
inflação corrói o poder de compra da moeda, e a deflação (queda de preços) a valoriza.

Função liberatória:
Liquida débitos e salda dívidas, poder garantido pelo Estado;

Padrão de pagamentos:
Permite realizar pagamentos ao longo do tempo, permite crédito e adiantamento, viabiliza fluxos de
produção e de renda;

Instrumento de poder:
Instrumento de poder econômico, conduz ao poder político, permite manipulação na relação Estado-
Sociedade.

Características da moeda

A moeda apresenta, ainda, algumas características essenciais. Segundo Adam Smith, a moeda se
caracterizaria principalmente por sua:

Indestrutibilidade e inalterabilidade:
A moeda deve ser suficientemente durável, no sentido de que não se destrua ou se deteriore, à medida
que é manuseada na intermediação das trocas”. (...) Além disso, a indestrutibilidade e a inalterabilidade
são obstáculos à sua falsificação (...).

4
VASCONCELLOS, M. A. S.; GARCIA, M. E. Fundamentos de Economia. São Paulo: Saraiva, 2000.
ROSSETTI, J. P. Introdução à economia. 16º ed.– São Paulo: Atlas, 1994.

19
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Homogeneidade:
Duas unidades monetárias distintas, mas de igual valor, devem ser rigorosamente iguais. ]

Divisibilidade:
A moeda deve possuir múltiplo e submúltiplos em quantidade tal que tanto as transações de grande
porte quanto as pequenas possam realizar-se de tal que tanto as transações de grande porte quanto as
pequenas possam realizar-se sem dificuldade.

Transferibilidade:
Outra característica essencial da moeda diz respeito à facilidade com que deve processar-se sua
transferência, de um possuidor para outro. É desejável que tanto a mercadoria quanto a cédula não
tragam quaisquer marcas que identifiquem seu atual possuidor. Embora, de um lado, esta característica
reduza a segurança dos que possuem a moeda em uso, de outro lado, facilita o processo de troca.

Facilidade de manuseio e transporte:


Se o porte da moeda for dificultado, sua utilização certamente será pouco a pouco descartada.

Tipos de moedas

Definem-se três tipos de moedas:

Moedas metálicas:
Emitidas pelo Banco Central, constituem pequena parcela da oferta monetária e visam facilitar as
operações de pequeno valor e/ou como unidade monetária fracionada (troco);

Papel moeda:
Também emitido pelo Banco Central, representa parcela significativa da quantidade de dinheiro em
poder do público;

Moeda escritural ou bancária:


É representada pelos depósitos à vista (depósitos em conta corrente) nos bancos comerciais (é a
moeda contábil, escrituradas nos bancos comerciais).

O papel moeda e as moedas metálicas em poder do público (famílias e empresas) são denominados
moeda manual.

Questões

01. (TCE/AM - Auditor – FCC/2015) São funções da moeda:


(A) meio de pagamento e reservas internacionais.
(B) meio de pagamento, unidade de conta e reserva de valor.
(C) reserva de valor e seguro contra a inflação.
(D) meio de pagamento e preço da moeda estrangeira.
(E) meio de pagamento e custo do dinheiro.

02. (BNDES - Profissional Básico - Comunicação Social – CESGRANRIO) As moedas-mercadoria,


usadas como intermediárias de troca nas economias de mercado, são constituídas de substâncias que
devem ter certas características físicas ou químicas, dentre as quais NÃO figura a
(A) flexibilidade.
(B) durabilidade.
(C) homogeneidade.
(D) divisibilidade.
(E) facilidade de transporte.

Respostas

01. Resposta: B
São funções da moeda:

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Meio de pagamento (Instrumento de troca), Unidade de conta (Medida de valor) e Reserva de valor
(Instrumento de reserva de valor).

02. Resposta: A
Divisibilidade – não se trata de divisão física da moeda, trata-se da divisão centesimal, centavos, no
caso do nosso Real.
Transferibilidade – a moeda passa, transfere-se de um possuidor a outro, de mão em mão.
Homogeneidade– é necessário que unidades monetárias com mesmo valor sejam iguais,
homogêneas.
Transportabilidade– é uma qualidade essencial da moeda, a facilidade de transporte e manejo de
grandes somas representadas por algumas cédulas, diferentemente do passado, quando o peso dos
metais e as moedas-mercadorias dificultavam o transporte e o manuseio, o que demonstra a evolução da
moeda.
Indestrutibilidade e inalterabilidade – a moeda deve ser durável; à medida que circula de mão em mão,
ela não deve facilmente se dilacerar, rasgar. A inalterabilidade, além disso, dificulta a falsificação, o crime
de moeda falsa.

O DINHEIRO NA ERA DIGITAL

Segundo o Banco Central Europeu, as moedas virtuais são uma forma não regulamentada de dinheiro
virtual, comumente distribuído e controlado por seus desenvolvedores. Este dinheiro é usado e aceite
entre membros de uma comunidade virtual específica.
Na prática, as moedas virtuais são uma nova forma de realizar transações, de forma virtual. Elas não
são consideradas oficialmente como dinheiro, não são controladas e não são emitidas, garantidas ou
reguladas pelo Banco Central. Assim, elas não sofrem inflação, nem desvalorização, possuem forma,
denominação e valor próprios, ou seja, não se trata de moedas oficiais, a exemplo do real
Porém, elas possuem cotações tal como o dinheiro tradicional e podem ser trocadas por este. Em
certos locais já é possível depositar dinheiro real em caixas automáticas e obter criptomoedas e vice-
versa.
As moedas virtuais poderão ser o dinheiro do futuro, com as transações a decorrem virtualmente, sem
necessidade de dinheiro de mão ou de cartões de crédito.
As diversas moedas virtuais possuem processos específicos e complexos de funcionamento. Em geral,
uma moeda virtual permite transferir dinheiro sem intermediários, através da utilização de uma tecnologia
denominada “blockchain” que regista as transações publicamente e impede que se utilize a mesma
moeda.
Assim, uma moeda virtual permite transações rápidas e a menores custos. As operações com estas
moedas podem ser realizadas a qualquer altura e sem o risco de falsificação.
Contrariamente ao dinheiro tradicional, com a moeda virtual apenas se produz uma quantidade de
unidades definidas previamente, a uma velocidade restringida pelo valor pré-estipulado

Blockchain

A tecnologia Blockchain nada mais é do que um livro de razão pública (ou livro contábil) que faz o
registro de uma transação de moeda virtual (a mais popular delas é o Bitcoin), de forma que esse registro
seja confiável e imutável.
O blockchain é um livro contábil compartilhado e imutável que facilita o processo de registro de
transações e o rastreamento de ativos em uma rede de negócios. Um ativo pode ser tangível (uma casa,
um carro, dinheiro, terras) ou intangível (propriedade intelectual, patentes, direitos autorais e criação de
marcas). Praticamente qualquer coisa de valor pode ser rastreada e negociada em uma rede de
blockchain, o que reduz os riscos e os custos para todos os envolvidos.
Ou seja, a blockchain registra informações como: a quantia de bitcoins (ou outras moedas)
transacionadas, quem enviou, quem recebeu, quando essa transação foi feita e em qual lugar do livro ela
está registrada. Isso mostra que a transparência é um dos principais atributos da blockchain.
O blockchain é importante porque as empresas dependem de informações. Quanto mais precisas e
rápidas de receber elas forem, melhor. O Blockchain é ideal para isso porque fornece essas informações
de forma imediata, compartilhada e completamente transparente, armazenando-as em um livro contábil
imutável que pode ser acessado somente por membros autorizados da rede. Uma rede de blockchain
pode acompanhar pedidos, pagamentos, contas, produção, entre outras coisas. Como os membros

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compartilham uma visualização única dos fatos, é possível ver completamente todos os detalhes de uma
transação, o que oferece maior confiança e novas eficiências e oportunidades.

Elementos do blockchain

Tecnologia de livro contábil distribuído


Todos os participantes da rede têm acesso ao livro contábil distribuído e ao seu registro imutável de
transações. Com esse livro contábil compartilhado, as transações são registradas somente uma vez,
eliminando a duplicação de esforços típica das redes de negócios tradicionais.

Registros imutáveis
Nenhum participante pode mudar ou corromper uma transação depois de seu registro no livro contábil
compartilhado. Se um registro de transação incluir um erro, uma nova transação deverá ser incluída para
reverter esse erro e ambas as transações serão visíveis.

Contratos inteligentes
Para acelerar as transações, um conjunto de regras, chamado de contrato inteligente, é armazenado
no blockchain e executado automaticamente. Um contrato inteligente pode definir condições para
transferências de seguro-garantia corporativo, incluir termos para o pagamento do seguro de viagem e
muito mais.

Como funciona o blockchain

Cada transação é registrada como um "bloco" de dados, após sua ocorrência


Essas transações mostram a movimentação de um ativo, que pode ser tangível (um produto) ou
intangível (intelectual). O bloco de dados pode registrar as informações de sua escolha: quem, o que,
quando, onde, quanto e até mesmo como, por exemplo, como está a temperatura de uma remessa de
alimentos.

Cada bloco está conectado aos anteriores e posteriores


Esses blocos formam uma cadeia de dados conforme o ativo muda de um lugar ou de propriedade. Os
blocos confirmam a hora exata e a sequência das transações e se ligam de forma segura para evitar que
qualquer um deles seja mudado ou inserido entre dois outros existentes.

As transações são bloqueadas em conjunto em uma cadeia irreversível: o blockchain


Cada bloco adicional fortalece a verificação do anterior e, portanto, de toda a cadeia de blockchain.
Isso torna o blockchain inviolável, entregando o aspecto principal da imutabilidade. Isso remove a
possibilidade de violação por um agente malicioso e cria um livro contábil de transações no qual você e
outros membros da rede podem confiar.

Vantagens do blockchain

Maior confiança
Por meio do blockchain, como membro de uma rede somente para membros, é possível ter certeza de
que você está recebendo dados precisos e oportunos e de que seus registros confidenciais no blockchain
serão compartilhados somente com os membros da rede aos quais você especificamente concedeu
acesso.

Maior segurança
O consenso sobre a precisão dos dados é necessário para todos os membros da rede e todas as
transações validadas são imutáveis: registradas permanentemente. Ninguém, nem mesmo um
administrador de sistema, pode excluir uma transação.

Mais eficiências
Com um livro contábil distribuído que é compartilhado entre os membros de uma rede, as
reconciliações de registro que desperdiçam tempo são eliminadas. Além disso, para acelerar as
transações, um conjunto de regras chamado de "contrato inteligente" pode ser armazenado no blockchain
e executado automaticamente.

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Criptomoedas

Genericamente, uma criptomoeda é um tipo de dinheiro – como outras moedas com as quais
convivemos cotidianamente – com a diferença de ser totalmente digital, se tornando uma moeda digital.
Além disso, ela não emitida por nenhum governo (como é o caso do real ou do dólar, por exemplo).
As criptomoedas podem ser usadas com as mesmas finalidades do dinheiro físico em si. As três
principais funções são servir como meio de troca, facilitando as transações comerciais; reserva de valor,
para a preservação do poder de compra no futuro; e ainda como unidade de conta, quando os produtos
são precificados e o cálculo econômico é realizado em função dela.

Principais criptomoedas
Embora o Bitcoin seja a moeda digital mais conhecida – as duas palavras muitas vezes tidas como
sinônimos – existe uma variedade de outros tipos, com características distintas. Conheça as principais
criptomoedas disponíveis no mercado:

Bitcoin
Bitcoin (BTC) é a mais conhecida das moedas digitais. Trata-se do primeiro sistema de pagamentos
global totalmente descentralizado. Foi desenhado em 2008, em meio à crise financeira global iniciada no
mercado americano de hipotecas, com o objetivo de substituir o dinheiro de papel, além de eliminar a
necessidade da presença de bancos para intermediar operações financeiras.

Bitcoin Cash
O Bitcoin Cash (BCH) é uma nova versão do Bitcoin original, criada mais recentemente – em agosto
de 2017. Ela foi desenvolvida numa tentativa de aperfeiçoar a primeira moeda, que conta com taxas
consideradas elevadas e demanda um tempo grande de processamento de cada operação.
A principal diferença é que o Bitcoin Cash possui um limite de tamanho de bloco de 8 MB, bem maior
que o de 1 MB do Bitcoin original. Com isso, as confirmações das transações podem acontecer de
maneira mais rápida e também com taxas mais baixas. Isso garante a ela uma escala ainda maior que a
da sua predecessora.
Quem tinha Bitcoins recebeu em suas carteiras a mesma quantidade de Bitcoin Cash quando foi criada.
As regras de funcionamento são semelhantes às do ativo original, também com um limite de 21 milhões
de moedas.

Ethereum
Existem algumas semelhanças, mas também diferenças, entre o Bitcoin e o Ethereum (ETH). A moeda
digital original, na verdade, se chamava Ether. Em 2016, no entanto, um hacker encontrou uma falha no
sistema e, a partir dela, conseguiu roubar o equivalente a US$ 50 milhões em Ether. Diante de dúvidas
sobre o que seria do futuro da moeda, a comunidade que a mantinha optou por criar uma nova rede.
O Ether original – alvo do roubo – passou a ser chamado de Ethereum Classic e a moeda que começou
a circular na nova rede ganhou o nome de Ethereum. Com o apoio da comunidade, ela vale mais que a
sua primeira versão.
Originalmente, o Ether não foi criado para ser uma moeda digital como o Bitcoin. A ideia era que se
tornasse um ativo para recompensar os desenvolvedores pelo uso da plataforma Ethereum em seus
projetos. Trata-se de uma plataforma descentralizada utilizada para executar “contratos inteligentes”, que
são operações realizadas automaticamente quando certas condições são cumpridas.
O blockchain também é a base para a validação das transações com Ethereum, para garantir a
segurança e ainda evitar fraudes. Assim como no caso do Bitcoin, a criação de novas moedas também
se baseia no processo de mineração. Hoje, o Ethereum está entre as criptomoedas mais negociadas do
mundo.

Tether
Ao contrário do Bitcoin e outras moedas digitais, o Tether (USDT), lançado em 2014 por uma empresa
de mesmo nome, é uma stablecoin, porque tem lastro em uma moeda física. A proposta dessa
criptomoeda é de manter uma paridade com o dólar americano. Ou seja, para cada Tether emitido é
preciso haver um dólar equivalente em caixa.
Desde que a criptomoeda foi criada, no entanto, especialistas questionam a paridade, já que a empresa
não oferecia transparência sobre como fazia para segui-la. Em 2019, foi anunciado que nem todo Tether
está realmente lastreado em um dólar. Segundo a empresa, 100% deles são garantidos, mas não apenas

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por moeda tradicional, como também por equivalentes de caixa e outros ativos ou recebíveis de
empréstimos feitos pela Tether a terceiros.
A característica do Tether é ser uma moeda estável que representa moedas físicas no mundo digital.
Devido à menor volatilidade, ele se tornou uma boa opção para realizar transferências entre sistemas e
com diferentes criptomoedas. Assim, investidores se protegem das variações de preço de outros ativos e
evitam o risco de ter perdas significativas durante essas operações.
O Tether é predominantemente negociado na Bitfinex, uma grande bolsa de criptomoedas, que tem
acionistas e executivos em comum com a Tether (a empresa controladora da moeda). Embora possua
algumas vantagens em relação a outros ativos digitais, já esteve envolvido em grandes polêmicas.

Ripple
O Ripple (XRP) é um protocolo de pagamento distribuído criado em 2011, e a moeda desse sistema é
a XRP. Uma característica da plataforma Ripple é suportar na sua rede outros tokens representando
moedas tradicionais e até outros bens. A ideia é que o sistema permita realizar pagamentos seguros e
instantâneos.
Não se trata apenas de uma moeda, mas de um sistema em que qualquer moeda – incluindo a
criptomoeda mais conhecida, o Bitcoin – possa ser negociada. Em certa medida, o funcionamento Ripple
se assemelha em algum grau ao dos bancos, por aceitar vários ativos e facilitar a realização das
transações.
Justamente por isso, o Ripple vai na contramão do discurso sobre as moedas digitais em geral, que
têm como ideal a não dependência do sistema financeiro tradicional para realizar operações. Outra
característica diferente do sistema é que não há um processo de mineração, como no caso do Bitcoin e
do Ethereum.

Litecoin
O Litecoin (LTC) foi criado em 2011 por um ex-funcionário do Google chamado Charlie Lee e tem
muitas características semelhantes ao Bitcoin. A principal diferença está no processo de mineração, que
busca reduzir o tempo necessário para confirmar transações feitas com a moeda. A intenção é de que
seja mais fácil para qualquer pessoa participar do processo de criação de novos Litecoins.
Por conta do processamento mais rápido de transações, o Litecoin é considerado uma alternativa
melhor para a realização de operações no dia a dia. O Bitcoin, por sua vez, funcionaria melhor como uma
reserva de valor. O Litecoin foi projetado para produzir mais unidades, com um limite de 84 milhões de
moedas, contra 21 milhões do Bitcoin.

Mineração
As moedas digitais representam um código complexo que não pode ser alterado. As transações
realizadas com elas são protegidas por criptografia.
Como não há uma autoridade central que acompanhe essas transações, elas precisam ser registradas
e validadas uma a uma por um grupo de pessoas, que usam seus computadores para gravá-las no
chamado blockchain.
Quem registra as transações no blockchain são os chamados mineradores. Eles oferecem a
capacidade de processamento dos seus computadores para realizar esses registros e conferir as
operações feitas com as moedas – em troca disso, são remunerados com novas unidades delas. Bitcoins
são criados conforme os milhares de computadores que formam essa rede conseguem resolver
problemas matemáticos complexos que verificam a validade das transações incluídas no blockchain.
Em outras palavras, a mineração representa a criação de novas unidades de alguns tipos de moedas
digitais. Se mais computadores passam a ser usados para aumentar a capacidade de processamento
voltada à mineração, os problemas matemáticos que precisam ser resolvidos se tornam mais difíceis.
Isso acontece exatamente para limitar o processo de mineração.

Como funciona a variação de preço


Basicamente, o preço das moedas digitais varia segundo a boa e velha lei da oferta e da demanda.
Nas épocas em que as criptomoedas ganham mais atenção, é normal que elas sejam mais procuradas
pelos investidores, o que amplia o volume de compras – e consequentemente, os preços tendem a subir.

Vantagens e riscos de investir em criptomoedas


Criptomoedas são ativos recentes e com uma lógica bastante sofisticada de funcionamento. Por isso,
ainda há muita gente procurando entender melhor como operar com elas.
As moedas digitais têm algumas vantagens sobre moedas físicas e outros meios de pagamentos.

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Liberdade de pagamento: Com um Bitcoin, é possível enviar ou receber qualquer valor
instantaneamente em qualquer lugar.
Taxas baixas: Atualmente, pagamentos realizados com moedas digitais são processados com taxas
baixas ou até isentas. Há cobranças caso os usuários desejem ter uma confirmação mais rápida das
operações pelo sistema. Para o comércio em geral, existem serviços baseados em Bitcoins em que o
processamento das vendas e a transferência dos valores são realizados diariamente e com custos
menores do que os dos métodos tradicionais, como PayPal ou redes de cartão de crédito.
Segurança: Segundo o site Bitcoin.org, os pagamentos com Bitcoin podem ser realizados sem vincular
informações pessoais do usuário à transação. “Isto oferece forte proteção contra furto de identidade”,
informa. Outra vantagem é que o usuário pode proteger o dinheiro com cópias de segurança e criptografia.
Transparente: Todas as informações sobre a oferta de unidades de Bitcoin ficam disponíveis na
blockchain para qualquer pessoa. Ninguém, nem nenhuma organização, pode controlar ou manipular o
protocolo da moeda digital porque ele é criptografado. Com isso, o núcleo do Bitcoin é reconhecido como
confiável por ser neutro, transparente e previsível.

Quem aposta no mercado de moedas digitais, por outro lado, precisa estar atento para uma série de
detalhes que são específicos desse segmento. Alguns deles são:

Grau de aceitação: Como uma quantidade relativamente pequena de pessoas conhece e – menor
ainda – usa as moedas digitais, são poucos os estabelecimentos que aceitam essa forma de pagamento,
conforme informa o site Bitcoin.org.
Volatilidade: Grandes ajustes de preços não são raros em moedas digitais como o Bitcoin. Isso
acontece exatamente porque, aos poucos, as criptomoedas estão ganhando visibilidade, o que atrai
muitos novos usuários e acaba sobrevalorizando o ativo.
Segurança: Embora o Bitcoin.org reforce a segurança como um aspecto positivo da moeda digital, há
a ressalva que se os usuários não forem cuidados correm o risco de “apagar” ou perder seus Bitcoins.
Uma vez que o arquivo digital esteja perdido, o dinheiro está perdido, da mesma forma com dinheiro vivo
de papel.
As carteiras de moedas digitais podem ser protegidas por criptografia, mas que cabe ao usuário ativá-
la. Se um usuário não cifra a sua carteira, os Bitcoins podem ser roubados por malware. Da mesma forma,
as casas de câmbio de moedas digitais precisam se proteger da ação de hackers – notícias sobre roubos
acontecem eventualmente.

Vamos conceituar um pouco mais as Bitcoins

O Bitcoin surgiu em 2008 como uma resposta à crise financeira, com a ideia de substituir o dinheiro
físico que usamos e, principalmente, tirar a necessidade de intermediação dos bancos nas operações
financeiras.
A criptomoeda apareceu pela primeira vez em um artigo publicado por Satoshi Nakamoto, um
pseudônimo que até hoje não se sabe se é uma pessoa ou um grupo de pessoas. O texto descrevia como
funcionava esta moeda digital e criava o sistema que posteriormente passou a ser chamado de
“blockchain”, que é como um livro-razão que registra todas as operações.
Seu uso foi pensado para ser exatamente uma moeda digital, usada para realizar compras e fazer
transações de forma segura, anônima e com rapidez. Apesar disso, diante de sua forte volatilidade e
aumento de valor, se tornou um investimento de alto risco, sendo considerados por muitos especialistas
também uma reserva de valor, como o ouro.
O Bitcoin usa um código complexo, que não pode ser alterado, e todas as transações são protegidas
por criptografia. Cada transação é validada por um grupo de pessoas, chamadas de mineradores, por
meio de computadores, que gravam estas operações na blockchain, garantindo a segurança de todo o
sistema.
É também por meio do processo de mineração que se criam novos bitcoins. Conforme os mineradores
validam as operações, eles vão completando cada “bloco” do sistema (por isso o nome blockchain). A
cada bloco terminado, eles ganham como recompensa frações de novos bitcoins, sendo que a cada 210
mil blocos esta recompensa cai pela metade, em um processo chamado de “halving”.
Uma das principais características do Bitcoin é o alegado anonimato dos usuários. A moeda não existe
de forma palpável, cada transação é somente um código alfanumérico trocado entre quem vende e
compra algo. Como não há bancos ou governos centralizando as operações, elas são praticamente
impossíveis de serem rastreadas. Alguns especialistas, contudo, afirmam que uma negociação de grande
valor poderia ser identificada através da triangulação de informações.

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Nenhum Bitcoin pode ser confiscado, você pode mandá-lo para quem quiser pagando taxas menores.
Além disso, ele é seguro e dá mais privacidade, controle e transparência nas negociações. Contudo, o
Bitcoin pode ser utilizado também como investimento para que está procurando diversificar seu patrimônio
para ter melhores ganhos. O Bitcoin trouxe excelentes retornos e a tendência é que ele se torne mais
popular a longo prazo.

Como comprar e vender bitcoins


Atualmente existem três maneiras de adquirir bitcoins de maneira eficiente: através da mineração,
comprando em exchanges ou comprando diretamente com outras pessoas.
Minerar
É possível adquirir Bitcoins através da mineração. É preciso comprar um computador específico para
isso e ceder seu poder computacional para a rede, confirmando transações. Para isso, será
recompensando com bitcoins a cada bloco minerado. Atualmente não é viável minerar no Brasil, porque
o custo de eletricidade é muito alto.
Foxbit
Dá para adquirir bitcoins através de Exchanges como a Foxbit. As exchanges são sites que reúnem
compradores e vendedores em um ambiente seguro, onde as trocas ocorrem de forma anônima e rápida.
P2P
Também é possível comprar Bitcoins diretamente com outras pessoas, sem precisar passar por uma
exchange. O problema é que vai precisar encontrar alguém de confiança e que conheça bitcoin, porque
golpes nesse tipo de transação são comuns.

Questões

01. (BRB - Escriturário - IADES/2019). Com base nas características e nas possíveis aplicações
para a blockchain, assinale a alternativa correta.
(A) A blockchain é uma lista de tamanho fixo de registros interligados a partir de criptografia, em que
cada bloco contém dados relativos à transação, um timestamp e um hash criptográfico do próximo bloco.
(B) A blockchain é uma espécie de base de dados pública e centralizada, que é usada para registrar
transações na nuvem, de forma que qualquer registro envolvido não possa ser alterado retroativamente
sem a alteração de todos os blocos subsequentes.
(C) Mesmo que fosse possível atacar e controlar mais de 50% de uma rede verificadora de transações
blockchain, não seria possível reverter transações já realizadas ou realizar gastos duplos.
(D) A invenção da blockchain para uso no bitcoin tornou-o a primeira moeda digital a resolver o
problema do gasto duplo sem a necessidade de envolver uma autoridade confiável ou servidor central
como mediador. A blockchain remove a característica de reprodutibilidade infinita de um ativo digital
(E) A blockchain demonstrou potencial apenas como base tecnológica para as criptomoedas, sendo,
portanto, improvável que outras indústrias encontrem novas aplicações em razão das diversas limitações
que apresentam.

02. (Banestes - Técnico Bancário - FGV). Acerca dos riscos ligados às chamadas criptomoedas ou
moedas virtuais, o Banco Central do Brasil, em comunicado de novembro de 2017, alertou para questões
relacionadas à conversibilidade e ao lastro de tais ativos, destacando que não é responsável por regular,
autorizar ou supervisionar o seu uso.

Assim, é correto afirmar que seu valor:


(A) decorre da garantia de conversão em moedas soberanas;
(B) decorre da emissão e garantia por conta de autoridades monetárias;
(C) decorre de um lastro em ativos reais;
(D) é associado ao tamanho da base monetária;
(E) decorre exclusivamente da confiança conferida pelos indivíduos ao seu emissor.

03. (Prefeitura de Sertãozinho - SP - Auxiliar de Saúde Bucal - VUNESP). Leia o trecho da matéria.

Na quinta-feira (11.01) o bitcoin, registrou queda significativa após o Governo da Coreia do Sul
anunciar que discute um plano para bani-lo do mercado local, um dos mais importantes do mundo. Nesta
sexta-feira (12.01), foi a vez de instituições do Brasil entrarem na lista das autoridades mundiais que estão
buscando formas para regulamentar um ativo cujos preços dispararam no ano passado.
(goo.gl/n2hQWt. Adaptado)

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Bitcoin é
(A) uma letra de câmbio emitida pelo governo brasileiro.
(B) uma ação comercializada nas bolsas de valores da China.
(C) um investimento baseado na cotação do ouro no mercado internacional.
(D) uma moeda digital, criada por computadores e que circula apenas na internet.
(E) um fundo de ações controlado pelo Banco Central alemão.

Gabarito
01. D / 02. E / 03.D

Comentários

01. Resposta D
Alternativa A: Errado, a lista cresce conforme o tempo
Alternativa B :Errado, BlockChain é descentralizado
Alternativa C: Errado, inclusive há uma grande preocupação à respeito da empresa BitMain conseguir
controlar mais de 50% da blockchain do Bitcoin
Alternativa E: Errado, há outras formas de se utilizar a tecnologia BlockChain.

02. Resposta: E
As chamadas “moedas virtuais” ou “moedas criptográficas” são representações digitais de valor que
não são emitidas por Banco Central ou outra autoridade monetária. O seu valor decorre da confiança
depositada nas suas regras de funcionamento e na cadeia de participantes.

03. Resposta: D
Bitcoin (também conhecida pela sigla BTC), é uma moeda virtual (ou digital) criada por Satoshi
Nakamoto. Significa moeda bit (sendo que coin é moeda em inglês, e bit corresponde ao dígito binário,
termo que expressa menor unidade de informação no contexto informático).

10 - Marketplace

O marketplace é um modelo de negócio que surgiu no Brasil em 2012, também é conhecido como uma
espécie de shopping center virtual. É considerado vantajoso para o consumidor, visto que reúne diversas
marcas e lojas em um só lugar, facilita a procura pelo melhor produto e melhor preço.
Um marketplace5 é um espaço onde vendedores e compradores se encontram e fazem transações.
Falando mais especificamente do mundo virtual, s são plataformas onde vendedores oferecem seus
produtos e serviços a potenciais compradores.
O pode ser definido como um shopping virtual, no qual diversos lojistas dividem a mesma plataforma.
No caso de um e-commerce convencional, cada empresa é responsável por criar e por gerir o seu site de
vendas. No Marketplace, a lógica é coletiva.
A principal vantagem do Marketplace é tornar os seus produtos visíveis para mais internautas,
aumentando as possibilidades de você alcançar o seu público-alvo. Os consumidores também têm
vantagens em comprar neste tipo de canal, já que podem ter uma experiência semelhante à que acontece
em um shopping center.

Qual a diferença de um marketplace para uma loja virtual?

Enquanto uma loja virtual, como Submarino ou Magazine Luiza, só tem um dono, um marketplace,
como eBay ou MercadoLivre, reúne muitas lojas, de diferentes donos, que podem, inclusive, vender
produtos iguais a preços diferentes.
No marketplace, o cliente encontra concorrência e isso significa maior poder de escolha e melhores
preços.

5
https://meunegocio.uol.com.br/blog/o-que-e-um-marketplace-e-como-ele-pode-ser-util-para-minha-loja-virtual/#rmcl

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Para quem vende, a vantagem é a visibilidade. Vender seus produtos em um marketplace significa
poder ser encontrado mais facilmente pelo comprador.

Funcionamento do

O marketplace é dividido em dois níveis de acesso: um para o lojista e um para o cliente. Dessa forma,
o lojista tem a oportunidade de customizar o seu mix de produtos ofertados e lidar com a organização do
marketplace.
Enquanto isso, para o cliente, é como acessar uma loja virtual comum, com a diferença de que existem
várias opções de lojas.
Ou seja, isso quer dizer que, na hora de fechar uma compra, o procedimento adotado é como em
qualquer outro comércio virtual. Então, não é necessário redirecionar o consumidor para o site de cada
loja ou fazer cobranças separadas.
O Marketplace reúne todos os vendedores virtuais no mesmo ambiente e centraliza a função de
pagamento. Assim, o procedimento para fechar uma venda é semelhante a dos outros comércios
eletrônicos. Não é necessário que o cliente seja redirecionado para a página de cada loja e, se ele comprar
produtos de diferentes vendedores, poderá fazer um pagamento único
O marketplace pode ser desenvolvido para um determinado segmento específico ou então trabalhar
com todas as lojas interessadas, agrupando-as em segmentos, como em uma loja de departamentos.
Em alguns casos, a visibilidade dos lojistas aumenta porque os marketplaces são sites conhecidos e
comumente acessados pelos consumidores.
Não existe um padrão estabelecido para os shoppings online. Alguns são mais focados no varejo,
outros no atacado e há ainda aqueles que atendem os dois tipos de clientes.

Vantagens do 6

Visibilidade
É mais fácil atrair o público para um website que conta com diversas marcas e produtos do que para
um e-commerce de apenas uma loja. Portanto, ganha-se visibilidade através da divulgação feita por todo
o marketplace.

Baixo investimento e alto retorno


Exige-se um baixo investimento para começar as vendas através de um marketplace e o retorno obtido
pode ser alto de acordo com o sucesso das vendas.

Diversificação de público
O público que acessa o marketplace é muito variado. Ou seja, muitos deles nunca procurariam pela
sua loja. Mas, ao ver os produtos todos em um mesmo lugar, podem acabar se interessando.

Desvantagens do

Depender do marketplace
Um grande perigo é ficar dependente do marketplace e não conseguir vender por conta própria. Então,
isso pode ser um grande problema em casos de imprevistos em relação ao marketplace.

Pouca importância para a sua marca


Por estar exposto com várias outras marcas, a importância e o reconhecimento que você recebe por
não ser tão bom quanto nas vendas pelo seu próprio site.

Competição pelo preço


Em marketplaces com muitas lojas de um mesmo segmento pode acontecer de ter tantas opções
diferentes que o preço se torna um fator diferencial. Pois, a competição pelo preço nem sempre é
vantajosa.

6 https://blog.vindi.com.br/o-que-e-marketplace-e-como-funciona/

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11 - Correspondentes bancários

Correspondentes Bancários são empresas, integrantes ou não do Sistema Financeiro Nacional,


contratadas por Instituições Financeiras para a prestação de determinados serviços.
A nomenclatura “correspondente bancário” ou “banco correspondente” deve ser utilizada apenas
para as instituições financeiras que estabeleceram convênios com outros bancos para a prestação de
serviços financeiros, conforme previsto na Resolução 1.865, do Conselho Monetário Nacional, de 05 de
setembro de 1991.
Os correspondentes bancários geralmente são pequenos estabelecimentos comerciais que, atuando
em nome dos bancos, oferecem alguns serviços bancários e de pagamentos inclusive em locais não
atendidos pela rede bancária convencional, permitindo a expansão geográfica do sistema de meios de
pagamento. Normalmente são casas lotéricas, farmácias, supermercados e outros estabelecimentos
varejistas que agregam o serviço bancário”.
Cada vez mais encontrados em casas lotéricas, supermercados e até farmácias, os correspondentes
bancários podem prestar uma série de serviços também encontrados fora dos postos onde atuam. O
leque de serviços oferecidos pelo profissional vai da abertura de contas de depósitos até a análise de
crédito e cadastro.
A função de corresponde bancário foi criada sob o argumento de oferecer à população acesso mais
simples ao Sistema Financeiro Nacional, “como forma de propiciar a melhoria das condições de obtenção
de crédito, de realização de poupança e de aquisição de produtos financeiros, além da maior comodidade
para pagamento de contas por parte das pessoas de menor renda”, justifica a Resolução 3.156 do Banco
Central.

Características principais do Correspondente Bancário


- Definição: execução de serviços de cunho acessório às atividades privativas de instituições
financeiras, por meio de empresas contratadas para este fim
- Correspondente não pode ter como atividade principal a recepção e encaminhamento de propostas
de abertura de contas de depósitos à vista, a prazo e de poupança e os recebimentos e pagamentos
relativos a contas de depósitos à vista, a prazo e de poupança, bem como a aplicações e resgates em
fundos de investimento
- Responsabilidade pelos serviços prestados permanece com o banco
- Correspondente não pode cobrar tarifa por conta própria

Aproveitamento de sinergias

Banco: ganha capilaridade, canal de menor investimentos, compartilhamento de custos e amigável


para clientes de menor renda, horário flexível
Correspondente: aproveita recursos ociosos, aumenta o movimento e usa a marca do banco e amplia
as receitas

Atividades de correspondentes bancário


I - recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósitos à vista, a prazo e de
poupança;
II – recebimentos e pagamentos relativos a contas de depósito à vista, a prazo e de poupança, bem
como as aplicações e resgates em fundos de investimento;
III - recebimentos, pagamentos e outras atividades decorrentes de convênios de prestação de serviços
mantidos pelo contratante na forma da regulamentação em vigor;
IV - execução ativa ou passiva de ordens de pagamento em nome do contratante;
V - recepção e encaminhamento de pedidos de empréstimos e de financiamentos;
VI - análise de crédito e cadastro;
VII - execução de serviços de cobrança;
VIII - recepção e encaminhamento de propostas de emissão de cartões de crédito;
IX - outros serviços de controle, inclusive processamento de dados, das operações pactuadas;
X - outras atividades, a critério do Banco Central do Brasil.

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Ganhos para o país e para a sociedade
- Penetração bancária no segmento mais pobre da população e para as regiões mais desassistidas,
contribuindo para realizar a inclusão social
- Desenvolvimento e disponibilidade de produtos e serviços ajustados para a
população de baixa renda e para as operações de pequeno valor
- Fomento da economia local
- Aumento da arrecadação
- Geração de empregos
- Fomento de novos negócios
- Valorização da cidadania da população local

12 - Arranjos de pagamentos.

Um arranjo de pagamento7 é o conjunto de regras e procedimentos que disciplina a prestação de


determinado serviço de pagamento ao público. As regras do arranjo facilitam as transações financeiras
que usam dinheiro eletrônico. Diferentemente da compra com dinheiro vivo entre duas pessoas que se
conhecem, o arranjo conecta todas as pessoas que a ele aderem. É o que acontece quando o cliente usa
uma bandeira de cartão de crédito numa compra que só é possível porque o vendedor aceita receber
daquela bandeira.
O arranjo conecta pessoas que, sem ele, não teriam como realizar transações financeiras entre si.
Supervisionado pelo Banco Central, o arranjo fornece praticidade, confiabilidade e acesso do público a
diversas formas de pagamento.
Os arranjos de pagamento são as regras para viabilizar transferências de recursos, aportes e saques
e tudo a mais que puder ser definido como pagamento.
Os arranjos podem se referir, por exemplo, aos procedimentos utilizados para realizar compras com
cartões de crédito, débito e pré-pago, em moeda nacional ou estrangeira. Os serviços de transferência e
remessas de recursos também são arranjos de pagamentos.
As pessoas jurídicas não financeiras que executam os serviços de pagamento no arranjo são
chamadas de instituições de pagamento e são responsáveis pelo relacionamento com os usuários finais
do serviço. Instituições financeiras também podem operar com pagamentos.
Alguns tipos de arranjo de pagamentos não estão sujeitos à regulação do BCB, tais como os cartões
private label – emitidos por grandes varejistas e que só podem ser usados no estabelecimento que o
emitiu ou em redes conveniadas. Também não são sujeitos à supervisão do BC os arranjos para
pagamento de serviços públicos (como provisão de água, energia elétrica e gás) ou carregamento de
cartões pré-pagos de bilhete de transporte. Incluem-se nessa categoria, ainda, os cartões de vale-refeição
e vale-alimentação.
A legislação proíbe que instituições de pagamento prestem serviços privativos de instituições
financeiras, como a concessão de empréstimos e financiamentos ou a disponibilização de conta bancária
e de poupança.

Entre as empresas que prestam serviços de pagamento, temos:

As instituidoras do arranjo, isto é , aquelas que estabelecem as regras. É os casos das bandeiras
de cartão de crédito, que conectam pessoas do mundo inteiro para que o dinheiro do comprador chegue
ao vendedor.

As instituições financeiras ou de pagamento que aderirem ao arranjo. O papel delas é variado


incluindo, respectivamente, a gestão das contas correntes bancárias, e a emissão dos instrumentos de
pagamento, com os cartões de crédito e débito.

As transações são registradas em conta corrente ou em conta de pagamento. Esta diferente daquela
pois seus recursos não podem ser usados para empréstimos a terceiros.

7
https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/arranjospagamento

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Arranjos de pagamentos integrantes do Sistema de Pagamento Brasileiro (SPB)8

Arranjos de pagamento integrantes do SPB são aqueles em que o conjunto de participantes apresenta,
de forma consolidada, nos últimos 12 meses, volumes iguais ou superiores a pelo menos um dos limites
constantes no quadro ao lado e não estão enquadrados nas demais hipóteses do art. 2º da Circular nº
3.682/2013.
Os instituidores de arranjos de pagamento, integrantes do SPB, devem solicitar autorização de
funcionamento em até 30 dias após o arranjo de pagamento superar os limites do quadro.

BR Code, padrão único de QR Code para pagamentos no Brasil

O BR Code é o padrão de QR Code que deve ser utilizado pelos arranjos de pagamento integrantes
do SPB que ofertem a iniciação de uma transação de pagamento por meio desse mecanismo, conforme
disposto na Circular nº 3.989/2020.
A existência de um único QR Code vai facilitar o processo de iniciação dos pagamentos pelos usuários
pagadores, que terão um instrumento comum para iniciar a transação, utilizando o arranjo da sua escolha
que seja aceito pelo usuário recebedor para efetivar a operação. Do ponto de vista do recebedor, existe
uma redução dos custos de aceitação de arranjos que permitem a iniciação por meio do BR Code, além
de uma racionalização da quantidade de QR Codes expostos nos estabelecimentos.
Conforme estabelecido pela Carta Circular nº 4.014/2020, as especificações técnicas do BR Code
estão detalhadas no Manual do BR Code.

Pedido de autorização de funcionamento


As informações e os documentos que compõem o pedido de autorização de arranjos de pagamento
integrantes do SPB devem ser apresentados em conformidade com os modelos e as orientações descritas
nos anexos da Carta Circular nº 3.949/2019.
O Banco Central do Brasil iniciou, em 23/8/2018, um ciclo de autorizações para arranjos de pagamento.

Ciclo de autorizações
As autorizações estão organizadas em “lotes”, de acordo com critérios de semelhança de
características, natureza dos arranjos e complexidade da análise, bem como de cronologia do
recebimento dos pedidos de autorização.
Nesse contexto, o rito de autorização adota a seguinte ordem de prioridade: (i) arranjos fechados com
conta de pagamento pré-paga ou pós-paga; (ii) arranjos abertos com conta de pagamento de depósito à
vista ou pré-paga; e (iii) arranjos abertos com conta de pagamento pós-paga. Esse processo depende,
ainda, do atendimento tempestivo a demandas do Banco Central por ajustes ou de particularidades que
podem, eventualmente, não estar no pleno domínio do instituidor.
Vale ressaltar que a autorização dos arranjos é apenas um dos processos que compõem a vigilância
dos arranjos de pagamentos integrantes do Sistema de Pagamentos Brasileiro. Independentemente da
concessão de autorização, o Banco Central continua atuando, por outros meios, a fim de garantir a
segurança e a eficiência dos arranjos de pagamento.

Prazo e forma de entrega das informações exigidas dos arranjos integrantes do SPB
Essa obrigação deve ser cumprida conforme o disposto na Carta Circular nº 3.923/2018 e na Carta
Circular nº 3.872/2018.

13 - Sistema de pagamentos instantâneos (PIX)

SISTEMA DE PAGAMENTOS INSTANTÂNEOS - PIX

PIX9 é o pagamento instantâneo brasileiro. O meio de pagamento criado pelo Banco Central (BC) com
início em novembro de 2020 em que os recursos são transferidos entre contas em poucos segundos, a
qualquer hora ou dia. O PIX pode ser realizado a partir de uma conta corrente, conta poupança ou conta

8 https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/arranjosintegrantesspb
9
https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/PIX

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de pagamento pré-paga. O PIX se tornou uma nova opção ao lado de TED, DOC e cartões para pessoas
e empresas fazerem transferências de valores, realizarem ou receberem pagamentos.
Qualquer pessoa que tenha conta em banco, plataforma de pagamento ou fintech (startups de
tecnologia que oferecem serviços financeiros) pode usar o PIX.
O primeiro passo para aderir ao PIX é criar a chave PIX. Para isso, a pessoa deve usar os canais de
atendimento do banco ou instituição financeira onde tem conta.
O PIX10 é uma função que vai aparecer no aplicativo de celular dos clientes de bancos, instituições
financeiras e outras empresas de pagamento. Na hora de fechar uma transação - pagamento ou envio de
dinheiro - basta escolher o PIX no aplicativo como forma de realizar a operação.
Para cadastrar o PIX é preciso primeiro criar uma chave PIX. A chave PIX representa o endereço da
sua conta no PIX. Para criar uma chave PIX, a pessoa ou empresa precisa usar uma dessas quatro
formas de identificação: CPF/CNPJ, email, número de telefone celular ou a chave aleatória.
A chave aleatória é uma forma de receber um PIX sem precisar informar dados pessoais. Será como
um login, ou seja, um conjunto de números, letras e símbolos gerados aleatoriamente que identificará a
conta do destino de recursos.
Existe ainda o QR Code, que pode ser utilizado para realização de compras ou pagamentos, mas é
necessário ter uma Chave PIX cadastrada para utilizá-lo. O QR Code pode ser estático (gerado para uma
única transação) ou dinâmico (gerado para várias transações).
Os dinâmicos mudam a cada transação; e os estáticos, permitem usar em múltiplas transações e
podem ter ou não um valor já definido no código (ideal para estabelecimentos, por exemplo). Basta
apontar a câmera do celular e fazer o pagamento, como já existe em outros aplicativos semelhantes.
Empresas poderão oferecer o PIX como forma de pagamento aos seus clientes por meio de um QR
Code também. Na hora de fechar o negócio, basta escolher o PIX no seu aplicativo e capturar a imagem
do QR Code.
É possível cadastrar o PIX em mais de um banco/plataforma/fintech. No entanto, as chaves terão que
ser diferentes das utilizadas nas outras contas.

Vantagens do PIX
O serviço estará disponível 24 horas do dia, todos os dias, inclusive finais de semana.
As transações serão concluídas em menos de 10 segundos
O PIX será gratuito para pessoas físicas, inclusive MEIs (microempreendedores individuais.

O PIX pode ser utilizado para:


Transferências entre pessoas;
Pagamento em estabelecimentos comerciais, incluindo lojas físicas e comércio eletrônico;
Pagamento de prestadores de serviços;
Pagamento entre empresas, como pagamentos de fornecedores, por exemplo;
Recolhimento de receitas de Órgãos Públicos Federais como taxas (custas judiciais, emissão de
passaporte etc.), aluguéis de imóveis públicos, serviços administrativos e educacionais, multas, entre
outros (esses recolhimentos poderão ser feitos por meio do PagTesouro);
Pagamento de cobranças;
Pagamento de faturas de serviços públicos, como energia elétrica, telecomunicações (telefone celular,
internet, TV a cabo, telefone fixo) e abastecimento de água; e
Recolhimento de contribuições do FGTS e da Contribuição Social (a partir de 2021).

Limite de valor nas transações


Não há limite mínimo para pagamentos ou transferências via PIX. Isso quer dizer que pode fazer
transações a partir de R$0,01. Em geral, também não há limite máximo de valores. Entretanto, as
instituições que ofertam o PIX poderão estabelecer limites máximos de valor baseados em critérios de
mitigação de riscos de fraude e de critérios de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do
terrorismo.

Além de aumentar a velocidade em que pagamentos ou transferências são feitos e recebidos, o PIX
tem o potencial de: alavancar a competitividade e a eficiência do mercado; baixar o custo, aumentar a
segurança e aprimorar a experiência dos clientes; incentivar a eletronização do mercado de pagamentos
de varejo; promover a inclusão financeira; e preencher uma série de lacunas existentes na cesta de
instrumentos de pagamentos disponíveis atualmente à população.

10
https://economia.uol.com.br/guia-de-economia/o-que-e-PIX-tudo-sobre-o-novo-sistema-de-pagamentos.htm

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Questões

01.( Prefeitura de Cachoeira dos Índios/PB - Assistente Social- EDUCA/2020). A partir de


16/11/2020, o PIX estará amplamente disponível para pagamentos e transferências. Mas, desde
05/10/2020, os consumidores já podem acessar sua conta pelo aplicativo celular e fazer o registro das
chaves PIX para receber de forma mais fácil, ou seja, associar às suas contas um método de identificação
(número de celular, e-mail, CPF, CNPJ).
(https://www.bcb.gov.br)

No que se refere ao PIX, meio de pagamento criado pelo Banco Central (BC), assinale a alternativa
INCORRETA:
(A) O PIX foi criado para ser um meio de pagamento bastante amplo. Qualquer pagamento ou
transferência que hoje é feito usando diferentes meios (TED, cartão, boleto etc.), poderá ser feito com o
PIX, simplesmente com o uso do aparelho celular.
(B) As transferências tradicionais no Brasil são entre contas da mesma instituição (transferência
simples) ou entre contas de instituições diferentes (TED e DOC). O PIX é mais uma opção disponível à
população que convive com os tipos tradicionais. A diferença é que, com o PIX, não é necessário saber
onde a outra pessoa tem conta.
(C) As transações de pagamento por meio de boleto exigem a leitura de código de barras, enquanto o
PIX pode fazer a leitura de um QR Code.
(D) No PIX a liquidação é em tempo real, o pagador e o recebedor são notificados a respeito da
conclusão da transação, porém o pagamento não pode ser feito em qualquer dia ou horário.
(E) As transações de pagamento utilizando cartão de débito exigem uso de maquininhas ou
instrumento similar. Com PIX, as transações podem ser iniciadas por meio do telefone celular, sem a
necessidade de qualquer outro instrumento.

Gabarito
01. D

Comentários

01. Resposta: D
Dentre as vantagens do PIX é a utilização do serviço que estará disponível 24 horas do dia, todos os
dias, inclusive finais de semana.

14 - Segmentação e interações digitais. 15 - Transformação digital no Sistema


Financeiro

Prezado (a) candidato (a) os assuntos acima foram abordados no decorrer desta apostila, tratamos
das novas tecnologias, interações digitais, bancos digitais e novas facilidades com esta transformação
digital no sistema financeiro atual.

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