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Conhecimentos Bancários

Os bancos na era digital:

Presente, tendências e desafios

O que é um banco digital?


Muito além de oferecer serviços por internet banking ou mobile banking que auxiliem clien-
tes a realizar suas transações financeiras, o banco digital se caracteriza por oferecer serviços
de forma totalmente digital.
Diferente dos bancos digitalizados, que oferecem plataformas digitais e canais interativos,
esse tipo de banco (digital) dispensa a necessidade de presença do cliente na agência bancária.
Eles surgiram da necessidade de desburocratizar os processos dos grandes bancos com
tecnologia focando na experiência do cliente com segurança, transparência e agilidade.
Além disso, por resolverem todas as necessidades dos clientes pelo computador ou apli-
cativos, esses bancos possibilitam a inclusão bancária de milhões de pessoas ao viabilizar a
utilização simplificada do dinheiro.

https://blog.simply.com.br/banco-digital-desafio-setor-financeiro/

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Conhecimentos Bancários
Os bancos na era digital:

https://blog.simply.com.br/banco-digital-desafio-setor-financeiro/

Características:
• Relacionamento mais personalizado;
• Atuação de forma antecipatória, observando possíveis problemas e criando soluções.
• Banco com caráter informativo e orientador.

Quais os desafios e estratégias de um banco digital?


• Interações através de canais virtuais, mas principalmente, da automação e digitalização dos pro-
cessos para sustentar as expectativas do cliente e promover a melhor experiência possível.
• Construir uma nova forma de se relacionar com o cliente, baseando-se na análise do seu compor-
tamento e necessidades, através de dados oferecidos por suas transações financeiras, interações
com canais digitais e atividades de mídia social.
• Trabalhar dados a fim de extrair informações relevantes, ter visão ampla do relacionamento com
o cliente, simplificar processos, agir de maneira informativa e proativa são alguns dos desafios
do banco digital. (Big Data);
• Necessidade de surpreender os clientes com estratégias preventivas.
• A abertura de canais de relacionamento mais intuitivos e que melhorem a experiência do cliente,
também cria uma relação mais próxima, baseada na troca de informações.

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Conhecimentos Bancários
Os bancos na era digital:

https://valor.globo.com/financas/noticia/2019/06/24/banco-digital-acelera-expansao-e-testa-folego-do-segmento.ghtml

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Os Bancos na Era Digital
Internet Banking, Banco Virtual
e Dinheiro de Plástico. Mobile Banking.
Prof: Alex Mendes

Internet Banking

O conceito de transformação digital pode ser considerado como um processo, no


qual as instituições se utilizam da tecnologia para garantir seus resultados, aumentar seu
alcance e melhorar seu desempenho.
Sendo assim, a TI não pode ser vista apenas como um apoio, mas um meio estratégico
de transformação de negócio.
Ao perceber que os clientes estavam se voltando para soluções mais modernas e
que entregavam mais valor, boa parte dos bancos, que ainda não haviam traçado estratégias
de transformação digital, voltaram-se para essas novidades.
Atualmente, as instituições financeiras não apenas lideram muitos aspectos de
inovação, como buscam ser referência sempre quando falamos em transformação digital e
novas tecnologias. Essa atitude é fruto do aumento da concorrência trazida pelo surgimento
das Fintechs e globalização de serviços.
O foco das instituições financeiras é fornecer seus produtos e serviços de maneira
totalmente digital, permitindo a sua contratação por meio da internet, dispositivos móveis e
computadores pessoais.
O internet banking é uma destas soluções.
Essa iniciativa visa agregar valor junto ao usuário, que preza por sua liberdade em
gerir suas finanças de qualquer local, sem a necessidade de se deslocar até uma agência
para poder tomar qualquer atitude em relação a sua conta.
Desta maneira é preciso perceber também que a transformação digital não está ligada
tão somente ao atendimento ao cliente e a satisfação de suas necessidades, mas também ao
uso de tecnologias que permitam conduzir o negócio da melhor forma possível.

INTERNET BANKING E MOBILE BANKING


Internet banking é uma ferramenta online, que permite acessar a conta corrente-
corrente e outras pela internet. Com esse recurso pode-se verificar o saldo, fazer transferências,
pagar contas, solicitar empréstimos, realizar investimentos, etc.
O uso de aplicativos de bancos para celular e tablets, o chamado mobile banking, é
outra modalidade virtual de acesso a contas e movimentações. A expansão da telefonia celular
e da internet banda larga permitiu que este canal fosse o mais utilizado pelos brasileiros para
operações bancárias em 2016, superando pela primeira vez o internet banking, segundo
pesquisa divulgada pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).

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Os Bancos na Era Digital
Internet Banking, Banco Virtual
e Dinheiro de Plástico. Mobile Banking.
Prof: Alex Mendes

VANTAGENS DO INTERNET BANKING E MOBILE BANKING PARA OS CLIENTES


• Encontrar o produto certo;
• Contar com mais mobilidade;
• Ter atendimento personalizado;
• Gerir suas finanças com mais liberdade;
• Pagar menos tarifas.

E QUAIS AS VANTAGENS PARA OS BANCOS QUE DECIDEM ADOTAR O


DIGITAL?
• Melhor relacionamento com o cliente;
• Menor índice de abandono;
• Maior capacidade de investimentos e organização.
Os desafios a serem enfrentados
• Armazenamento de Informações;
• Atender as demandas de produtos digitais por parte de seus clientes.

Dinheiro de Plástico
Dinheiro de plástico significa “cartão de crédito” ou “cartão de débito” que são usados
para pagar contas ao invés do dinheiro em espécie, no papel moeda comum.
Dinheiro de plástico é portanto devido aos cartões serem feitos de plástico e terem
se tornado a principal forma de pagamento em vários tipos de estabelecimentos.

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Internet Banking, Banco Virtual
e Dinheiro de Plástico. Mobile Banking.
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Fatores de Crescimento
• Comodidade • Segurança

MODALIDADES
Cartões de Débito
Utilizado especificamente para funções de débito, todavia podem ter um perfil
desejado pelo comerciante, tal como prazo, carência.

Cartões de Crédito
Indutor ao crescimento de vendas e consumo.

Cartão Private Label


Parceria com uma loja específica. É o cartão que só pode ser usado em compras na
loja que o emite.

Cartão de Afinidade
Parceria com entidades e organizações sem finalidade de lucro. Cartão de crédito em
que grupos, organizações beneficentes, associações, clubes e afins exibem sua marca ou
logotipo.
Vantagem para o grupo, é receber um percentual do faturamento da operadora e
para a operadora, representa uma ampliação rápida e objetiva de sua base operacional de
clientes.
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Os Bancos na Era Digital
Internet Banking, Banco Virtual
e Dinheiro de Plástico. Mobile Banking.
Prof: Alex Mendes

Cartões Co-Branded
Parceria com empresas. É uma variação dos cartões de afinidade, emitida por uma
empresa reconhecida no mercado (FIAT, GM, FORD) em associação com uma operadora e
um banco específico.
Traz vantagens para os associados, por exemplo, programas de incentivos, bônus,
descontos ou milhas a cada compra efetuada.

Cartões inteligentes
Reúne características de todos os cartões, e possuem chips capazes de realizar
operações com várias instituições, e suportam volume de dados até 200 vezes maior.

Cartão de Valor Agregado (Stored-Value-Card)


É o dinheiro eletrônico em sua essência, emitido por um banco com valores
previamente determinados, em geral de pequeno montante pré-pago.

Caiu na prova!

01. Ano: 2008 Banca: CESGRANRIO Órgão: Caixa Prova: CESGRANRIO Cargo: Escriturário
Os A evolução da tecnologia e da teleinformática permitiu um acelerado desenvolvimento
da troca de informações entre os bancos e seus clientes. Um dos mais notáveis exemplos
dessa evolução é o home banking. O home banking é basicamente

a) o atendimento remoto ao cliente com o objetivo principal de redução das filas nos Bancos,
sendo um exemplo comum a utilização dos caixas 24 horas.
b) toda e qualquer ligação entre o cliente e o banco, que permita às partes se comunicarem
a distância, possibilitando ao cliente realizar operações bancárias sem sair de sua casa ou
escritório, como o pagamento de contas pela internet.
c) toda operação realizada pelo banco com o uso de tecnologia avançada com o objetivo
de gerar comodidade ao cliente, como, por exemplo, o cadastramento de contas em débito
automático.
d) qualquer serviço de atendimento ao cliente realizado pelo banco, permitindo a troca de
documentação sem a necessidade de o cliente sair de casa, como, por exemplo, a entrega
de talões de cheque em domicílio.
e) a disponibilização de serviços no caixa 24 horas, que anteriormente só poderiam ser
realizados nas agências bancárias, sendo a liberação de crédito automática um exemplo
desse tipo de serviço.

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Os Bancos na Era Digital
Internet Banking, Banco Virtual
e Dinheiro de Plástico. Mobile Banking.
Prof: Alex Mendes

02. Ano: 2012 Banca: CESGRANRIO Órgão: Banco do Brasil Cargo: Escriturário
Nos dias de hoje, o uso do “dinheiro de plástico” está superando cada vez mais outras
modalidades de pagamento, que, com o passar dos anos, estão ficando obsoletas. 
Um tipo de “dinheiro de plástico” muito utilizado no comércio de rua é o 

a) cartão cidadão
b) cartão de crédito
c) cartão de senhas
d) talão de cheques
e) internet banking

Gabarito
1. B 2. B
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Os Bancos na Era Digital
Open banking
Prof: Alex Mendes

Open Banking

Instituições financeiras são conhecidas por terem um modelo de funcionamento em


que todos os serviços e aplicativos são criados e gerenciados internamente.
Esse modelo dá ao negócio total controle sobre cada aspecto das suas operações e
como cada atividade será executada. 
No entanto, os custos operacionais são elevados, uma vez que a companhia terá que
investir diretamente em uma série de rotinas e na manutenção de equipes especializadas.
O Open Banking é um modelo de negócios que funciona de uma forma diferente.

A empresa passa a ter foco maior nos seus processos críticos, liberando interfaces
baseadas em APIs (Interface de Programação de Aplicações ou  Application Programming
Interface) para que outras empresas possam criar aplicativos que agreguem valor aos
serviços do negócio.
Assim, os bancos podem focar em seu serviço primário enquanto o desenvolvimento
de aplicativos ou integrações passa a ser de responsabilidade de uma comunidade de
servidores.

COMO ESSE CONCEITO FUNCIONA?


A ideia principal é permitir que terceiros desenvolvam aplicações em torno das
instituições financeiras.
Essas, por sua vez, teriam que abrir suas  APIs  — um conjunto de padrões de
programação que permite a construção de aplicativos.

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Os Bancos na Era Digital
Open banking
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Isso possibilita, por exemplo, que um aplicativo de controle de gastos possa se


conectar diretamente aos sistemas do banco.
Assim, ele consegue capturar os gastos do usuário automaticamente, bem como os
rendimentos de seus investimentos e outros serviços disponibilizados pelas instituições em
suas APIs.

Pede para Autoriza o O banco


Cliente utiliza
conectar sua acesso ao libera acesso
um aplicativo
conta aplicativo ao aplicativo

Para que isso seja possível, a instituição financeira deve criar um conjunto de APIs
abertas (ou restritas a parceiros selecionados) e bem documentadas. Isso criará uma
comunidade em volta da instituição financeira, com equipes de desenvolvedores expandindo
as possibilidades dos serviços do negócio e tornando os clientes mais fidelizados.

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Os Bancos na Era Digital
Open banking
Prof: Alex Mendes

QUAL O IMPACTO DO OPEN BANKING NO CENÁRIO DE NEGÓCIOS?

Desde a criação do  The


Open Banking Working Group,
em 2015, o Open Banking
tornou-se um conceito mais
sólido e padronizado, que tem
como principal objetivo integrar
as iniciativas de abertura desse
mercado, dando mais agilidade e
uniformidade aos procedimentos
adotados pelos bancos.
No Brasil, algumas
instituições já fazem parte
dessa iniciativa. Elas buscam
benefícios  como maior
engajamento de usuários,
possibilidade aumentar a venda
de produtos e serviços a partir do
uso de suas APIs e ter um posicionamento de destaque no mercado.

OS BENEFÍCIOS DO OPEN BANKING


Melhoria da experiência do usuário, com uma oferta de serviços muito mais
diversificada e próxima do cliente, a exemplo das plataformas de streaming, como Netflix e
Spotify.
Os produtos financeiros dos bancos podem ser fornecidos em diversas plataformas,
que podem, por exemplo, ser especializadas em um único tipo de produto, como seguros
ou empréstimos — e o usuário conta com um leque muito maior de escolha.
Diversificação de fontes de receita
O outro lado da moeda, para os bancos e instituições financeiras, é que eles ganham
diversos canais para oferecer seus produtos.
Assim, se antes o consumidor tinha que ir até o canal específico do banco, e muitas
vezes passar pela burocracia de abrir uma conta corrente, agora esse mesmo usuário pode
acessar o produto em diversas plataformas diferentes.
Há também o benefício de contar com a inteligência da plataforma para sugerir as
alternativas que são mais adequadas para ele.
Ainda em relação à diversificação de receitas, o banco ganha a possibilidade de
participar das vendas de outros produtos que não fazem parte do seu core business.

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Os Bancos na Era Digital
Open banking
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Ecossistema Fechado
• Dados e compartilhamento limitados
• Modelo de negócios antiquado
Ecossistema Aberto
• Bancos como plataforma e tecido de serviços
• Acesso a dados e compartilhamento bi-laterais
• Modelo de negócios distribuído

Os desafios do Open Banking


REGULAÇÃO
É preciso definir exatamente quais dados bancários poderão ser passados e as regras
para isso.
Aqui estamos falando desde o cadastro dos clientes até o lado transacional, com
movimentação de contas e saldo.
Assim, essas questões devem ser levadas em consideração para elaborar uma
regulamentação que realmente dê lugar à inovação que essa tecnologia permite, ao mesmo
tempo em que mantém a segurança dos dados do cliente

PADRONIZAÇÃO
Cada banco criou seu próprio padrão de API.
Na prática, isso inviabiliza que uma startup consiga se conectar simultaneamente
com múltiplas instituições.
No Brasil, onde o grau de concentração bancária é relativamente alto, corre-se o risco
de ter startups conectadas a apenas um banco, o que faria com que se perdesse um dos
benefícios, que é justamente o da diversificação da oferta.

SEGURANÇA
Nesse sentido, o entendimento é que os bancos e as fintechs estejam preparados
para oferecer a segurança necessária aos clientes, uma vez que ambos precisam passar pelo
crivo do Banco Central para poder operar.

Início da Implementação do Open Banking

No dia 24/04/2019, o Banco Central divulgou as diretrizes fundamentais que vão


orientar a regulamentação do open banking no Brasil. 

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Os Bancos na Era Digital
Open banking
Prof: Alex Mendes

São medidas que seguem a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) com o objetivo
de regular o modelo e assegurar a eficiência das instituições financeiras, de pagamento e
demais instituições em compliance também com as regras do BACEN.
• Quando autorizados pelo cliente, o modelo a ser adotado deverá compartilhar:
• Dados relativos aos produtos e serviços oferecidos pelas instituições participantes
(localização de pontos de atendimento, características de produtos, termos e condições
contratuais e custos financeiros, entre outros);
• Dados cadastrais dos clientes (nome, filiação, endereço, entre outros);
• Dados transacionais dos clientes (dados relativos a contas de depósito, a operações
de crédito, a demais produtos e serviços contratados pelos clientes, entre outros); e
• Serviços de pagamento (inicialização de pagamento, transferências de fundos,
pagamentos de produtos e serviços, entre outros).
Para viabilizar o consentimento prévio do cliente para compartilhamento dos dados
citados, o processo deve ser conduzido de forma a proporcionar uma experiência simples,
eficiente e segura para o cliente.
A expectativa é que o Banco Central submeta a consulta pública as minutas no
segundo semestre de 2019 e que o modelo de Open Banking descrito seja implementado a
partir do segundo semestre de 2020.

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Os Bancos na Era Digital
O comportamento do consumidor na
relação com o banco - A experiência do usuário
Prof: Alex Mendes

O Comportamento do Consumidor
O perfil do consumidor de serviços bancários vem mudando no Brasil.
A revolução provocada pela internet vem alterando a forma com a qual o cliente se
relaciona com o banco e o que espera deste.
De forma geral, podemos classificar o usuário com as seguintes características:

O CONSUMIDOR É ALTAMENTE INFORMADO


A chegada dos dispositivos móveis cada vez mais avançados impulsionou essa
característica, atribuindo mais velocidade nas pesquisas do consumidor e permitindo que
ele faça comparativos em tempo real entre bancos tradicionais, digitais, fintechs, etc.
Estudo da Accenture identificou um crescimento de 73% nos últimos 3 anos de
usuários que passaram a usar a Internet para pesquisar sobre suas aquisições de bens e
serviços (Accenture).

O CONSUMIDOR É SOCIALMENTE CONECTADO


As mídias sociais são um fenômeno abrangente.
O Facebook atingiu recentemente a marca de 1 bilhão de usuários.
O Twitter tem mais de 500 milhões de usuários registrados que geraram mais de 340
milhões de tweets e administra mais de 1.6 bilhões de buscas por dia.
O consumidor de serviços bancários é ultraconectado e faz parte dessas estatísticas.
Isto revela uma possibilidade de conquista e manutenção de novos clientes, porém, as
redes sociais se tornaram um espaço aberto para divulgação de insatisfações, reclamações
e análises de atendimentos ruins, que tem o poder de alcançar mais pessoas de maneira
incrivelmente rápida.

O CONSUMIDOR É SENSÍVEL A PREÇOS


Embora com um mercado bancário muito concentrado no Brasil e, portanto, sem
muitas alternativas em relação aos bancos tradicionais, os bancos digitais tendem a “morder”
parte do mercado e assim, os clientes se tornarem mais sensíveis a tarifas bancárias e mais
refratárias a custos elevados e baixas remunerações.

O CONSUMIDOR CONFIA NAS OPINIÕES DE OUTROS USUÁRIOS


A era digital proveu aos consumidores uma plataforma para compartilhar experiências
pessoais em vários assuntos.
A opinião social tem se transformado em algo extremamente importante para
o Consumidor que valoriza as experiências dentro de suas redes sociais mais do que as
propagandas feitas pelas marcas.
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Os Bancos na Era Digital
O comportamento do consumidor na
relação com o banco - A experiência do usuário
Prof: Alex Mendes

Exemplo: o TripAdvisor exemplifica como o consumidor pode ser persuasivo: na


plataforma, existem mais de 75 milhões de análises e opiniões dadas por usuários e mais de
62 milhões de usuários únicos por mês (Forbes).
Isto deve impactar futuramente na escolha da instituição financeira a serviço do
cliente.
Uma das mais importantes etapas do processo de análise e consequente conquista
do consumidor é o conteúdo de qualidade.
Lançar informações adequadas em cada um dos estágios da  jornada de
relacionamento a fim de conquistá-lo pouco a pouco e respeitando o seu grau de interesse
é fundamental para construir uma relação de confiança.
É preciso identificar, o mais rápido possível, as reais necessidades dessas pessoas e
oferecer a elas o que tanto buscam.
Quanto mais rápido isso acontecer, melhor, afinal de contas, o tempo do seu potencial
cliente é curto.
É preciso conquistá-lo o quanto antes para não correr o risco de perdê-lo para um
concorrente cuja comunicação se apresente de forma mais ágil, mais objetiva, logo mais
eficaz.

Caiu na prova!

01. Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: BANRISUL Cargo: Escriturário


Desde a primeira Revolução Industrial até os dias atuais, passamos da “era da produção”
para a “era do cliente”. Uma consequência dessa passagem é

a) a decadência dos departamentos de vendas e das ações de marketing das empresas.


b) a redução da importância do ato de venda, como fim em si mesmo, ao passo que o papel
do vendedor passa a ser o de identificar as necessidades e satisfazer o consumidor.
c) a redução da importância das pesquisas de mercado.
d) o abandono dos canais de comunicação com os clientes, como os Serviços de Atendimento
ao Consumidor (SACs), que se tornaram obsoletos.
e) o abandono de estratégias como a segmentação e o posicionamento de mercado, com o
advento do consumo de massa.

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Os Bancos na Era Digital
O comportamento do consumidor na
relação com o banco - A experiência do usuário
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02. Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: Banestes Cargo: Técnico Bancário

Todo atendimento passa por momentos da verdade, que são os contatos entre o cliente e
as empresas. Esses contatos são preciosos porque:
a) são avaliados apenas nos primeiros momentos;
b) criam as condições para que as objeções sejam vencidas;
c) podem favorecer uma venda, se forem de boa qualidade;
d) são construídos unicamente pelos profissionais de atendimento;
e) podem ser uniformizados e replicados no momento da verdade.

Gabarito
1. B 2. C 5
Os Bancos na Era Digital
Segmentação e interações digitais -
Inteligência artificial cognitiva.
Prof: Alex Mendes

Segmentação e Interações Digitais


BANCO DIGITAL E BANCO DIGITALIZADO
O QUE É UM BANCO DIGITAL?
É um modelo operacional com infraestrutura capaz de responder às interações de
seus clientes em tempo real e criar uma cultura que se adeque às inovações tecnológicas de
forma ágil.
Muito além de oferecer serviços por  internet banking  ou aplicativos que auxiliem
clientes a realizar suas transações financeiras, o banco digital se caracteriza por apresentar
uma proposta de valor onde a maioria dos seus produtos e serviços sejam oferecidos de
forma digital.
De acordo com a pesquisa FEBRABAN de tecnologia bancária, o Banco digital possui
um processo não presencial no momento da abertura de contas, com captura digital de
documentos e informações e coleta eletrônica de assinatura.
Com relação à consulta e resolução de problemas, o banco digital possui acesso a
canais eletrônicos para todas as consultas e contratação de produtos.
A resolução de problemas é feito por múltiplos canais sem a necessidade da ida à
agência.

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Segmentação e interações digitais -
Inteligência artificial cognitiva.
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O processo de transformação digital tem passado por três estágios:


1. Oferta de Canais Virtuais
2. Banco Digitalizado
3. Banco Digital
Fintechs  são as startups que criam inovações no setor financeiro, baseados em
tecnologia.
Elas têm sido uma aposta dos bancos tradicionais para acelerar a inovação tecnológica
e se inserir na era digital.
Fintechs de pagamento
As fintechs de pagamento surgem para facilitar nossa vida quando o assunto é
compra e venda. Podem oferecer novidades em cartões de crédito ou máquinas de cartão,
por exemplo. Nessa categoria, entra o Nubank, que surgiu como uma empresa de cartão de
crédito sem taxas e anuidade, além de cobrar juros rotativos abaixo da média de mercado.
Fintechs de crédito ou empréstimo
Já pensou aproximar quem precisa de dinheiro e quem pode emprestar cobrando
juros menores? Bem, é essa a ideia das fintechs de crédito ou empréstimo. Elas possuem
estrutura enxuta e realizam análise de crédito a partir de soluções tecnológicas para melhorar
a dinâmica dos serviços financeiros. Um exemplo é a Geru.
Fintechs de crowdfunding
Ter uma ideia de negócio é fácil. O difícil é tirar essa ideia do papel e conseguir
capital para materializá-la. A Catarse, primeira plataforma de crowdfunding (financiamento
coletivo) do Brasil — outro ótimo exemplo para compreender o que é uma fintech —, foi
aberta para facilitar esse processo.
Fintechs de Bitcoins
Com a febre dos Bitcoins mundo afora, surgiram fintechs para facilitar as transações
dos investidores por aqui. Empresas como a Mercado Bitcoin cresceram muito em pouco
tempo, aproveitando o interesse pela novidade digital.
Fintechs de controle financeiro
Para quem precisa manter as finanças em ordem, vieram as fintechs de controle
financeiro. Um exemplo desse tipo é o Organizze, que auxilia no controle de despesas pelo
celular, permitindo a criação de categorias de gastos e definição de metas.
Fintechs de investimento
Para oferecer mais facilidade na hora de fazer seu dinheiro render, vieram as fintechs
de investimentos.

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Quais as vantagens de uma Fintech?


Ao contrário de muitos bancos tradicionais, as fintechs trabalham para facilitar a vida
das pessoas, fazendo com que elas consigam resolver problemas e utilizar serviços com
rapidez e segurança. Essa postura inovadora explica porque essas empresas cresceram mais
de 350% entre agosto de 2015 e maio de 2017.
Enquanto um banco tradicional exige a presença do cliente na hora de abrir uma
conta, com as fintechs o processo é bem mais prático. Hoje, é possível abrir uma conta de
investimentos sem precisar sair de casa, bastando preencher os dados principais, como CPF
e identidade.
Benefícios que ilustram bem o que é fintech:
Tecnologia: 
é possível resolver quase tudo online sem abrir mão da segurança.
Agilidade: menos burocracia.
Novidade: 
serviços que inovam o setor e trazem novas soluções.
Preço justo: costumam oferecer serviços com preços mais baixos, sem abrir mão da
qualidade.

Via de regra, os bancos diferenciam os clientes em 3 grandes grupos por perfil


de renda/investimentos:
Segmento varejo – compreende o grupo de clientes com renda inferior a 8 mil reais
(varia de banco pra banco) e com volume de investimentos inferior a 100 mil reais.
Segmento alta renda – compreende o grupo de clientes com renda superior a 8 mil
reais (varia de banco pra banco) e com volume de investimentos superior a 100 mil reais.
Segmento private bank – compreende o grupo de clientes com volume de
investimentos superior a 1 milhão (varia de banco pra banco – tem bancos que o mínimo é
3 milhões e alguns outros que o mínimo chega a 20 milhões).

Investimentos financeiros geralmente superiores a 1 milhão

Private
Bank

Investimentos financeiros geralmente acima de 100 mil


Alta
renda

Público em geral
Varejo

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Segmentação e interações digitais -
Inteligência artificial cognitiva.
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Varejo – atendido na rede de agências, devendo se dirigir a elas, pegar senha e


ficar na fila de atendimento esperando. Será atendido de forma massificada. Clientes de
varejo normalmente não possuem um gerente da conta e são atendidos pelas posições de
atendimento, por quem quer que seja o funcionário da vez. Alguns bancos criaram uma
subdivisão no varejo (Personalizado, Uniclass, Exclusive, etc), onde há a figura do gerente do
cliente.
Alta renda – atendido na rede de agências diferenciada.
Como o volume de clientes nesse segmento é menor, as filas serão menores, poderá
ocorrer o agendamento dos atendimentos.
Nesse modelo, o foco dos gerentes é relacionar-se cada vez mais com sua carteira
de forma a sempre apresentar soluções financeiras adequadas para o momento da vida de
cada cliente.
Um gerente de alta renda possui em sua carteira, normalmente, até 400 clientes.
Private – atendido em escritórios private, sempre com horários agendados, podendo
ser inclusive na residência ou empresa do cliente.
Trata-se do mais elevado nível de atendimento bancário e é normal também que um
gerente private viaje para atender clientes em outras cidades.
O segmento private também possui subdivisões e por isso um gerente private pode
ter de 50 a 150 (varia de banco pra banco) clientes na carteira.
Normalmente o atendimento private é tratado pelo grupo familiar. Assim, se um
cliente é enquadrado no segmento private, o seu filho e sua esposa também farão parte do
segmento, independente dos volumes de investimentos.

Inteligência Artificial Cognitiva


Até há pouco tempo, a Inteligência Artificial (IA) e os Chatbots eram vistos pelos
executivos do mercado financeiro como uma tecnologia futurista, não confiável e distante.
Atualmente, essas soluções já fazem parte da realidade de grande parte dos bancos,
empresas de investimentos e financeiras. 
Com a adoção de sistemas inteligentes, essas empresas conseguem otimizar o
atendimento ao consumidor de forma personalizada, realizar avaliação de crédito e otimizar
outros processos internos. 
A IA está se tornando parte integrante de nossas vidas, nos ajudando a selecionar
a música que ouvimos, os filmes que assistimos, ajustar a temperatura em nossas casas,
dirigir nossos carros e também consegue nos auxiliar como administramos nossas finanças
pessoais.

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Inteligência artificial cognitiva.
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Embora pareça um paradoxo, a tecnologia empregada nas instituições bancárias tem


como objetivo principal facilitar e humanizar a relação com o cliente.
Solucionar dúvidas, oferecer serviços e negócios financeiros e outras disposições dos
bancos estão sendo viabilizadas por tecnologias baseadas em inteligência artificial, como
machine learning (aprendizado de máquina) e computação cognitiva.
A análise de dados possibilita atendimento personalizado por parte das instituições
financeiras, sofisticando a relação entre bancos e clientes.
A maioria das instituições financeiras planeja implantar uma solução de chatbot nos
próximos 12 meses, 46% já possuem um projeto de bot ativo e 26% planejam lançar bots no
próximo ano.
Entre as tecnologias mais atuais e populares, podemos citar os chatbots.
A inclinação dos clientes em utilizar um dispositivo móvel é cada vez maior, e isso
inclui rotinas financeiras.
O Bradesco por exemplo é mais um a utilizar chatbots para se aproximar dos clientes.
A instituição criou a BIA (Bradesco Inteligência Artificial), plataforma com o objetivo
de tirar dúvidas das pessoas, que já comemora um aproveitamento de 94% no atendimento.
36% das empresas financeiras acreditam que mais da metade das conversas com
clientes serão conduzidas por bots nos próximos 3 a 5 anos.
Atendimento cada vez mais personalizado.
As inovações de integração de dados e inteligência artificial  facilitam o
relacionamento dos bancos com os seus clientes, identificando o que ele mais precisa e o que
mais gosta, interagindo e oferecendo uma experiência cada vez mais próxima e personalizada.
Este recurso faz com que os bancos entendam até momentos específicos da vida
do cliente, por meio da ferramenta advanced analytics (análises avançadas), oferecendo a
melhor solução para ele naquela hora ou necessidade.
Este nível de atendimento agrega valor ao banco, que acaba sendo visto como uma
instituição que realmente está preparada para ajudar a pessoa naquele exato momento,
relacionado a determinado serviço.
86% das instituições financeiras acreditam que os chatbots ajudarão a engajar os
millenials.
O segmento bancário entendeu que a era da massificação já passou.
Os perfis de público estão sendo cada vez mais segmentados e é preciso entender e
suprir as necessidades destes nichos.
A tendência em atender de maneira mais individualizada integra até dados geográficos,
por meio do machine learning e de softwares com inteligência reflexiva.  

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Os Bancos na Era Digital
Segmentação e interações digitais -
Inteligência artificial cognitiva.
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BIG DATA
A tecnologia que permite, por meio de suas ferramentas, armazenar e processar
grandes quantidades de informações já tem sido aplicada pelas empresas do setor financeiro.
Uma das características da tecnologia é a possibilidade de cruzar uma grande
quantidade de dados com diferentes bases em um curto espaço de tempo. Para ter uma
ideia, a tecnologia permitiu que um banco diminuísse o seu tempo de cálculo de 96 horas
para apenas 4, transformando-se em um exemplo de automação no setor financeiro.

Caiu na prova!

01. Ano: 2018 Banca: CESGRANRIO Órgão: Banco da Amazônia Cargo: Técnico Bancário
A segmentação é uma estratégia importante para que as marcas se consolidem no mercado.
Entre os diversos fins de sua aplicabilidade pelas empresas, está a

a) alocação dos produtos em áreas de maior concorrência.


b) análise dos fatores que atuam no macroambiente.
c) avaliação das forças e fraquezas da companhia.
d) identificação de nichos rentáveis de mercado.
e) paridade com as marcas concorrentes.

Gabarito
1. D 8
Os Bancos na Era Digital
Banco Digitalizado
x Banco Digital
Prof: Alex Mendes

Banco Digital
O QUE É BANCO DIGITAL
Como o próprio nome diz, banco digital é uma instituição financeira que concede a
maior parte de seus produtos e serviços de forma online.
Nessa instituição, você pode acessar sua conta pelo computador ou por um aplicativo
no celular.
Assim, consegue ver seu extrato bancário e realizar transações financeiras a qualquer
momento do dia.
Além disso, consegue abrir uma conta, enviar documentos, dados e até resolver
problemas com o banco pelo meio digital.
Isso é extremamente econômico uma vez que não é necessário se deslocar até uma
agência física, nem usar o telefone, na maioria das vezes.
Uma das maiores vantagens é que uma conta aberta em um banco digital é que
esses bancos não costumam cobrar taxas para nenhum tipo de transação. Em alguns casos,
inclusive, é possível fazer investimentos nesse tipo de banco, que vão render ainda mais do
que nos bancos tradicionais.

VANTAGENS DO BANCO DIGITAL


• Acesso fácil e descomplicado;
• Acesso aos serviços qualquer hora do dia, a qualquer dia da semana;
• Inovação com acesso a todos os serviços de um banco tradicional de forma
completamente online;
• Saques ilimitados na rede de Bancos 24 Horas;
• Transferências para o mesmo banco são ilimitadas;
• Transferência via DOC ou TED para o mesmo banco ou não, também são ilimitadas;
Você paga as suas contas e seus boletos sem custo adicional e sem precisar sair de
casa;
Consulta o saldo e o extrato da sua conta sem pagar taxas e sem sair de casa também;
Faz todas as transações através da internet, usando seu telefone ou seu computador,
sem pagar taxas por isso;
Tem um cartão de débito para compras e saques disponíveis e sem custos e pode
solicitar a função crédito também;

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Os Bancos na Era Digital
Banco Digitalizado
x Banco Digital
Prof: Alex Mendes

Banco Digitalizado
O QUE É BANCO DIGITAL
Tendência de realizações de operações por meio digital.
• Mobile banking
• Internet banking
• Caixas automatizados
• Fone banking
• Caixas 24 horas
• Dinheiro de plástico
• Open banking

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Os Bancos na Era Digital
Fintechs e startups -
Soluções mobile e Service design
Prof: Alex Mendes

Startup
Startup significa o ato de começar algo, normalmente relacionado com companhias
e empresas que estão no início de suas atividades e que buscam explorar atividades
inovadoras no mercado.
Empresas startup são jovens e buscam a inovação em qualquer área ou ramo de
atividade, procurando desenvolver um modelo de negócio escalável e que seja repetível.
Um modelo de negócio é a forma como a empresa gera valor para os clientes.
Um modelo escalável e repetível significa que, com o mesmo modelo econômico,
a empresa vai atingir um grande número de clientes e gerar lucros em pouco tempo, sem
haver um aumento significativo dos custos.

Fintech
Fintech é um termo que surgiu da junção das palavras financial (financeiro) e
technology (tecnologia). Fintech é uma startup que trabalha para inovar e otimizar serviços
do setor financeiro. Essas empresas possuem custos operacionais muito mais baixos que
de bancos tradicionais. Isso é possível porque conseguem utilizar tecnologias que elevam a
eficiência dos processos.
A grande missão das fintechs é a inovação e otimização dos processos financeiros.
Com a tecnologia, visam a implantar novos produtos e processos ou aprimorar os já
existentes.
As fintechs tem foco na tecnologia, são menos burocráticas, possuem menos
produtos, mas com mais especificidade. Propõem soluções inéditas ao consumidor, como,
por exemplo, cartão de crédito sem anuidade.

QUE SERVIÇOS UMA FINTECH OFERECE?


CONTA BANCÁRIA DIGITAL
Com as fintechs, a conta corrente da pessoa física ou jurídica pode ser digital, sem
burocracia, com todos os recursos de uma versão tradicional. Isso significa que, estando
conectado à internet, não importa se no computador, tablet ou celular, o usuário realiza
todas as movimentações financeiras que desejar.
Isso inclui transferências de valores, pagamentos de contas, consulta de saldo e de
extrato, entre outras funções. É o serviço que mais preocupa os bancos tradicionais.

EMPRÉSTIMOS
Outro mercado tradicional das instituições financeiras no país que começa a ser
modificado pelo avanço das fintechs são os empréstimos, que já podem ser solicitados
100% online sem sair de casa.
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Os Bancos na Era Digital
Fintechs e startups -
Soluções mobile e Service design
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O cliente recebe o dinheiro de forma rápida, além de ter baixas taxas de juros. As
linhas de crédito podem ser disponibilizadas no formato de economia compartilhada, de
pessoa física para pessoa física.

CARTÃO DE CRÉDITO
Sonho de consumo de muitos brasileiros, um  cartão de crédito sem anuidade e
com taxas mais baixas já é realidade. Mas não é apenas isso, pois o produto é totalmente
gerenciado pelo usuário via aplicativo de celular.
Na prática, o cliente tem o controle total sobre as suas operações e pode até mesmo
alterar o seu limite. Tudo isso torna o uso da ferramenta mais interessante para ele, que
perde menos tempo com a burocracia.
Assim como ocorre com outros serviços financeiros, no caso do cartão o segredo do
baixo custo está na menor estrutura exigida da fintech para o seu funcionamento, pois em
uma startup, todos os processos são enxutos.
MICROSSEGUROS
Com os microsseguros, é possível realizar também por via digital a contratação de
seguro de vida, seguro viagem, para automóveis e outros veículos, para empresas e também
para residências. Tudo isso de forma direta, sem intermediários.

OUTROS SERVIÇOS
INVESTIMENTOS
As fintechs que oferecem esse tipo de serviço disponibilizam o acesso via navegador
ou aplicativo de celular. A maior autonomia para o investidor é um atrativo, assim como o
menor custo para aplicar seu dinheiro.
Utilizar a tecnologia para encontrar a aplicação que mais combina com o usuário
pode ser uma forma de conquistar um público que ainda prefere a poupança.
Outro diferencial está no aspecto intuitivo dos aplicativos disponibilizados pelas
fintechs, que possuem conteúdo de fácil entendimento, focados na educação financeira do
usuário.

SOLUÇÕES EM PAGAMENTOS
Algumas soluções propostas por fintechs são pensadas especialmente para públicos
de rendas inferiores. Por isso, até mesmo a partir de um celular comum (sem acesso à
internet) é possível utilizar a funcionalidade, confirmando a operação a partir de uma senha
recebida por SMS.
Outros modelos de empresa trabalham com cartões pré-pagos e podem ser utilizados
também por pessoas jurídicas para quitar suas despesas.

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Os Bancos na Era Digital
Fintechs e startups -
Soluções mobile e Service design
Prof: Alex Mendes

SOLUÇÕES EM RECEBIMENTOS PARA EMPRESAS


Para quem tem uma empresa, é fundamental planejar uma política de cobrança que
seja adequada ao seu perfil de clientes.
Sempre haverá aqueles que preferem pagar no dinheiro, outros que gostam do
boleto e muitos são adeptos dos cartões de crédito e débito.
Seja qual for a escolha do seu negócio, é possível encontrar uma solução disponibilizada
por uma fintech no Brasil.
A emissão de boletos pode estar vinculada à própria conta digital, muitas vezes com
documentos ilimitados e taxas menores, aplicadas apenas na sua compensação.
Já a maquininha de cartão é extremamente útil por ser esse o meio de pagamento
preferido do brasileiro.

MAIS OPÇÕES OFERECIDAS


NEGOCIAÇÃO DE DÍVIDAS
Essa é uma solução para credores e devedores. De um lado, ganha a empresa, que
nem sempre tem uma política adequada (e nem tempo) para abordar o cliente inadimplente.
De outro, ganha o endividado, que muitas vezes desconhece o débito ou o seu valor, mas
tem interesse na quitação.
Em alguns aplicativos, basta inserir o CPF e todo o seu drama financeiro é conhecido.
O próximo passo é a intermediação entre credores e devedores, o que pode ocorrer
por e-mail, redes sociais e até mesmo por aplicativos de mensagens instantâneas.
O acordo é fechado assim que as partes chegam a um consenso sobre as melhores
condições de negociação do débito.

GESTÃO FINANCEIRA
Por meio de aplicativos oferecidos por fintechs, o usuário enxerga melhor a sua
realidade financeira. Consegue organizar melhor os gastos e gerenciar seu dinheiro de
maneira facilitada.
Para empresas, o conceito de gestão financeira é aplicado integralmente. Além de
controles automatizados sobre receitas e despesas.
Operações como, por exemplo, fluxo de caixa, conciliação bancária, emissão de notas
fiscais e integração contábil são realizadas a partir de plataformas online.

GESTÃO DE BENEFÍCIOS
A gestão de benefícios trabalhistas é também uma área de atuação eficaz das fintechs.
A entrada dessas startups no mercado trouxe maior comodidade para empresários e seus
colaboradores.

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O diferencial do serviço é principalmente a dispensa de cartão físico para concessão


de benefícios como vale alimentação e refeição, vale transporte e vale combustível.
O trabalhador recebe os valores em uma conta pessoal e pode realizar pagamentos
pelo celular, até mesmo por mensagem do tipo SMS.

Insurtechs: as fintechs do setor de seguros


As insurtechs são outra inovação dentro do universo das startups. Eles têm
transformado o mercado de seguros, utilizando novas tecnologias em análise de dados e
bloqueio para medir com maior precisão o risco.
A insurtech permite uma interação em tempo real entre a seguradora e o cliente, para
que as empresas possam oferecer novos produtos e incentivar os consumidores a reduzir
seus riscos.
Uma pesquisa feita pela Gartner revela que 64% das 25 maiores seguradoras do
mundo já estão investindo direta ou indiretamente em insurtech, por meio de capital de
risco. A transformação da indústria de seguros vem acontecendo por meio de aplicativos
móveis e do uso de novas tecnologias, como dispositivos portáteis e inteligência artificial.

5 tendências das fintechs


1) Machine learning
Machine learning, em inglês, quer dizer aprendizado de máquina. É o aprendizado
automático ou aprendizagem automática, um subcampo da ciência da computação que
evoluiu do estudo de reconhecimento de padrões e da teoria do aprendizado computacional
em inteligência artificial.
Essa já é uma realidade e tem tudo para continuar sendo. É a  capacidade de as
máquinas adquirirem novos conhecimentos de acordo com os dados que têm disponíveis.
Nas fintechs, o machine learning pode ser usado para gerar melhorias na vida
financeiras dos clientes, aprender sobre comportamentos de compra e até mesmo dar
sugestões aos clientes.
2) Open Banking
Open Banking é a criação de novos modelos de negócios digitais através de APIs
(Application Programming Interface – em português, Interface de programação de aplicações).
As APIs  são disponibilizadas por uma instituição financeira para que empresas e
aplicativos terceiros possam oferecer serviços específicos integrados à instituição.
Através da disponibilização de APIs por parte das instituições financeiras, as startups
podem promover novos serviços, de acordo com as informações de cada usuário.
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3) Blockchain
Blockchain é um tipo de base de dados distribuída que guarda um registo de
transações permanente e à prova de violação. O blockchain, também conhecido como “o
protocolo da confiança”, é uma tecnologia que visa à descentralização como medida de
segurança.
São bases de registros e dados distribuídos e compartilhados que têm a função de
criar um índice global para todas as transações que ocorrem em um determinado mercado.
Funciona como um livro-razão, só que de forma pública, compartilhada e universal.
O blockchain é visto como a principal inovação tecnológica do bitcoin.
4) Mobile
“Mobile first” é um conceito aplicado em projetos web onde o foco inicial da
arquitetura e desenvolvimento é direcionado aos dispositivos móveis.
Se até pouco tempo atrás era obrigatório qualquer empresa ter um side, hoje a
obrigação dessas empresas é seguir o modelo “mobile first”. O mobile continua a ser uma
enorme tendência entre as fintechs este ano.
5) Chatbots
Assim como em outras áreas, os chatbots estão dominando também nas fintechs. Os
robôs automatizados voltados ao atendimento ao cliente prometem ficar cada vez mais
preparados para darem respostas mais rápidas e assertivas.
São também chamados de assistentes virtuais, agentes virtuais ou simplesmente bot.
O Chatbot permite, por exemplo, atender clientes 24 horas por dia, em qualquer lugar.

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Caiu na prova!

01. Ano: 2013 Banca: CESGRANRIO Órgão: LIQUIGÁS - Conhecimentos básicos


O Brasil não pode pensar em ser uma das maiores economias do mundo sem passar pela
economia do conhecimento, o que inclui as startups de tecnologia da informação”, afirma
Rafael Moreira, coordenador geral de  software  e serviços de TI do Ministério de Ciência,
Tecnologia e Inovação. Recentemente, o Ministério lançou o programa Start-Up Brasil, que irá
destinar R$ 40 milhões até 2014 para empresas de produtos digitais em fase de lançamento.
[...] O termo que se pretende popularizar não é sinônimo de empresa pequena. Ou seja,
montar uma  startup  é diferente de abrir uma lanchonete ou uma loja de  shopping.  Por
definição, startup é um empreendimento [...] com potencial para crescer e ganhar escala e
é um negócio de risco, já que, na maioria das vezes, ninguém testou a ideia antes para ver
se dava certo.
Revista Galileu, São Paulo: Editora Abril, no 260, março de 2013. p. 38-39.
De acordo com as informações acima, a principal característica desse negócio, uma startup,
é a seguinte:
a) controle de qualidade
b) estocagem da produção
c) subcontratação no trabalho
d) inovação no empreendimento
e) investimentos de capitais em grandes proporções

Gabarito
1. D 8
Os Bancos na Era Digital
O dinheiro na era digital Blockchain,
Bitcoin e demais criptomoedas
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Blockchain
O QUE É BLOCKCHAIN?
É uma espécie de grande “livro contábil” que registra vários tipos de transações e possui
seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas,
como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se
fazer a seguinte analogia: as “páginas” desse “livro contábil” estão armazenadas em várias
“bibliotecas” espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma
árdua tarefa.
Este sistema é formado por uma “cadeia de blocos”. Um conjunto de transações é
colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de
criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar
e auditar as movimentações registradas nela.

COMO A BLOCKCHAIN FAZ ESTAS TRANSAÇÕES?


Todas as transações que acontecem na blockchain são reunidas em blocos. Cada
bloco é ligado ao anterior por um elo, um código chamado “hash”. Juntos, eles formam uma
“corrente de blocos”, ou “blockchain”. Os responsáveis por montar a “blockchain” são os
chamados mineradores.
Eles reúnem as transações que estão sendo incluídas na rede, mas ainda não foram
colocadas em um bloco. O trabalho do minerador é, entre outras
coisas, calcular o “hash” certo para formar a ligação entre os blocos. Como os cálculos são
bastante complexos, há um custo computacional bastante alto.

BLOCKCHAIN É UMA TECNOLOGIA SEGURA?


Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um
“bloco” é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital
sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos
criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recepientes. Isso
garante, por exemplo, que:
• cada moeda chegue ao destino certo;
• uma moeda não seja usada mais de uma vez;
• transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia.
Como funciona a Blockchain: Passo a Passo
1- Um usuário solicita uma transação;
2- Um bloco é criado que represente a transação;
3- O bloco se difunde para todos os nós da rede;
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Bitcoin e demais criptomoedas
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4- Todos os nós validam o bloco e a transação;


5- O bloco é adicionado à blockchain
6- A transação é verificada e executada.

A BLOCKCHAIN SÓ SERVE PARA MOEDAS VIRTUAIS?


Não, ela pode ter várias aplicações. Vários segmentos da economia já demonstraram
interesse na tecnologia. Por exemplo, uma carga de soja enviada dos Estados Unidos para a
China se tornou o primeiro carregamento agrícola que teve todas as suas etapas registradas
em blockchain.
Outro exemplo que mistura aplicações e moedas virtuais é ether. Ele é uma moeda
criptográfica que alimenta o ethereum, uma blockchain de aplicações conectadas, que são
programinhas que rodam enquanto houver quem os abasteça com ether.

QUAL A VISÃO DE GRANDES BANCOS SOBRE A BLOCKCHAIN?


Elas tem simpatia pela tecnologia. JPMorgan tem projeto de como implantar uma
blockchain para seus processos, assim como vários outros bancos gigantes, como BNP
Paribas, HSBC, Santander, Bank of America, ABN Amro, Goldman Sachs, Credit Suisse e
Morgan Stanley.
Bancos brasileiros formaram inclusive um grupo para estudar como podem usar
blockchain para integrar alguns serviços financeiros.

O GOVERNO BRASILEIRO JÁ DEU SUA OPINIÃO SOBRE A BLOCKCHAIN?


Até o Banco Central brasileiro acha Blockchain uma boa ideia. Tanto é que publicou
no ano passado um estudo que mostra como pode substituir com uma blockchain o sistema
de transferências interbancários, caso o Brasil enfrente dificuldades que faça a plataforma
corrente entrar colapso.

Criptomoedas
O QUE SÃO CRIPTOMOEDAS?
Criptomoedas ou moedas virtuais são ativos digitais de segurança garantida através
de criptografia.
Na maioria dos casos, suas transações são armazenadas em bancos de dados de
blockchain.

Bitcoin
É uma moeda virtual criada em 2008 e a primeira a usar criptografia.
Ao contrário das moedas físicas, como o real ou o dólar, o bitcoin não é emitido pelo
Banco Central de nenhum país.
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Os Bancos na Era Digital
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Bitcoin e demais criptomoedas
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O responsável por sua “criação” é um programa de computador central e complexo.


Uma peculiaridade do bitcoin, é que todas as suas transações são públicas e podem
ser checadas por qualquer um. O que é exibido, no entanto, são os números das carteiras
virtuais envolvidas na transferência e quanto foi enviado.
A criptografia embaralha os dados para protegê-los e, no caso do bitcoin, é usada
para manter as transações seguras e ocultas.

MOEDA VIRTUAL, DIGITAL E CRIPTOMOEDA SÃO A MESMA COISA?


Sim. Criptomoeda é o nome técnico empregado por conta do uso da criptografia. Já
moeda virtual e/ou digital são sinônimos atribuídos porque a circulação dessa divisa ocorre
apenas na internet.
COMO É O SISTEMA DE COMPRA E VENDA?
As transferências de bitcoin acontecem entre as carteiras do comprador e do vendedor.
A transação dura alguns minutos. Para ser efetivada, ocorre um processo complicado nos
bastidores.
Todas as transações são reunidas em blocos. Cada bloco é ligado ao anterior por
um elo, um código chamado “hash”. Juntos, eles formam uma “corrente de blocos”, ou
“blockchain”.
Os responsáveis por montar a “blockchain” são os chamados mineradores. Eles
reúnem as transações que estão sendo incluídas na rede, mas ainda não foram colocadas
em um bloco. Além disso, o minerador tem de calcular o “hash” certo para formar a ligação
entre os blocos. Como os cálculos são bastante complexos, há um custo computacional
bastante grande.
É por isso que computadores domésticos comuns não têm chance de competir com
os mineradores profissionais, que fazem uso de supermáquinas para conseguir o maior
número de tentativas no menor período de tempo.

O QUE GANHAM OS MINERADORES?


Como recompensa por manter a rede funcionando, o minerador fica com uma certa
quantia de bitcoin. Ele também ganha quando os envolvidos na transação querem que a
transferência seja incluída logo no bloco. Para isso, têm de pagar uma taxa.

BITCOIN É ILEGAL?
As moedas virtuais ainda enfrentam questões em torno da sua regulamentação.
Alguns países se mostram favoráveis ao seu uso, como Japão, Suíça Reino Unido e Estados
Unidos. Outros, como Bolívia, Tailândia e Índia, proíbem algumas formas de transações
financeiras com moedas que não são emitidas pelo governo.

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Os Bancos na Era Digital
O dinheiro na era digital Blockchain,
Bitcoin e demais criptomoedas
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Em ataques hackers, é comum que os criminosos solicitem pagamento em bitcoin


para liberar, por exemplo, um sistema invadido. O motivo é que a compra e venda da moeda
não é regulada e o nome dos investidores é sigiloso, o que dificulta a identificação dos
suspeitos.

NO BRASIL, O BITCOIN É REGULADO?


Não. Nem o Banco Central, nem a Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
regulamentam aplicações em bitcoin.

O QUE DIZ O BANCO CENTRAL DO BRASIL?


O Banco Central não recomenda o investimento em bitcoin.
O presidente do BC brasileiro, classifica o bitcoin como um investimento de alto risco
e vê na moeda virtual indícios de bolha financeira.

É POSSÍVEL COMPRAR ALGO COM BITCOIN?


Sim. Algumas empresas aceitam bitcoin como forma de pagamento. Apesar disso,
sua aceitação ainda é restrita. O mais comum é trocar bitcoin por outras moedas em casas
de câmbio e depois comprar o bem desejado usando dinheiro.

Caiu na prova!

01. Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: Banestes Cargo: Técnico Bancário
Acerca dos riscos ligados às chamadas criptomoedas ou moedas virtuais, o Banco Central
do Brasil, em comunicado de novembro de 2017, alertou para questões relacionadas à
conversibilidade e ao lastro de tais ativos, destacando que não é responsável por regular,
autorizar ou supervisionar o seu uso. Assim, é correto afirmar que seu valor:
a) decorre da garantia de conversão em moedas soberanas;
b) decorre da emissão e garantia por conta de autoridades monetárias;
c) decorre de um lastro em ativos reais;
d) é associado ao tamanho da base monetária;
e) decorre exclusivamente da confiança conferida pelos indivíduos ao seu emissor.

Gabarito
1. E 6
Os Bancos na Era Digital
O desafio dos bancos
na era digital
Prof: Alex Mendes

Abertura do Mercado
No campo regulatório, os bancos tradicionais e digitais enfrentam a abertura do
mercado nacional para uma acirrada concorrência.
Além disso, têm que adaptar seus processos e estruturas para as adequações exigidas
por novas leis dos setores financeiro e tecnológico.
Esse movimento começa ainda em 2016, quando a resolução nº 4.480 do Conselho
Monetário Nacional estabeleceu diretrizes para a abertura e fechamento de contas online
por todas as instituições que têm funcionamento autorizado pelo Banco Central.
Essa mesma norma fez com que os bancos digitais precisassem adotar soluções a fim
de garantir a identidade dos proponentes e autenticidade das informações apresentadas,
além de instaurar procedimentos de combate à lavagem de dinheiro e terrorismo. 
Já em 2018, a resolução nº 4.656 do Conselho Monetário Nacional (CMN) permitiu
que as fintechs trabalhassem com operações de empréstimo e financiamento entre pessoas,
ampliando as oportunidades para empresas que não atuam no segmento bancário. 
No mesmo ano, é sancionada também a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais
(LGPD) - ela traz novas preocupações aos bancos digitais, que precisam implementar
processos e ferramentas para ficarem em compliance com a nova regulamentação até o
início de sua vigência, em agosto de 2020. 

Fraudes

FRAUDES DE IDENTIDADE EVOLUEM COM OS AVANÇOS TECNOLÓGICOS


As fraudes de identidade continuam crescentes e em constante evolução com a
tecnologia, tornando-se grandes obstáculos tanto para os bancos físicos quanto para os
digitais.
Isso faz com que a identificação de novos clientes seja um dos principais entraves
enfrentados por 24% das instituições bancárias do mundo inteiro, de acordo com pesquisa
realizada pela Kaspersky Lab. 
A mesma pesquisa aponta que 59% dos bancos preveem o aumento dos prejuízos
ocasionados pelas fraudes nos próximos três anos, já que elas também facilitam a ocorrência
de outros ataques digitais às instituições financeiras bancárias.
Exposto ao constante perigo das operações fraudulentas, o mercado brasileiro investe
R$ 2 bi com segurança antifraude, anualmente.

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Os Bancos na Era Digital
O desafio dos bancos
na era digital
Prof: Alex Mendes

Bancos x Fintechs
BANCOS X FINTECHS: UMA CONCORRÊNCIA ACIRRADA
Atualmente, a FEBRABAN registra cinco instituições bancárias como detentoras de
quase todas as contas abertas em bancos 100% digitais: Original, Inter, Itaú, Conta Fácil BB
e Next – Bradesco, que totalizam 2,9 milhões de contas.
Ainda que o cenário seja de um aparente oligopólio, a abertura de mercado
proporcionada pela resolução nº 4.480/16 do CMN fez com que o número de fintechs
registradas na categoria de bancos digitais aumentasse em 260% entre 2016 e 2017,
chegando a um total de 373.
Com o aumento agressivo da concorrência, os bancos digitais têm que disputar
espaço não apenas com os já consolidados bancos tradicionais, mas com o número cada
vez maior de empresas entrantes nesse mercado.

Conquista de Dados
SEM DADOS, CONQUISTAR UMA NOVA BASE DE CLIENTES É MISSÃO
(QUASE) IMPOSSÍVEL

O avanço das redes sociais e de outros canais digitais de comunicação deu maior
autonomia de escolha e foi responsável por mudanças significativas no perfil do consumidor,
que agora tem ao seu alcance uma enorme variedade de empresas e produtos.
Embora os bancos digitais tenham mais facilidade para se moldar ao cliente digital,
que espera um atendimento facilitado, sem burocracia e disponível 24 horas por dia, a
conquista de novos clientes ainda é uma das maiores dificuldades desse setor.
Por outro lado, os bancos mais antigos e consolidados encontram menos obstáculos
na aquisição e retenção de novos clientes, por diversos motivos. Um deles ainda é a falta
de confiança de uma parcela dos consumidores em relação aos procedimentos realizados
integralmente online.
Além disso, essas instituições bancárias possuem uma ampla base de dados e recursos
financeiros para investir em novas ferramentas.

Custos de Aquisição
ALTOS CUSTOS DE AQUISIÇÃO COLOCAM BANCOS TRADICIONAIS EM
VANTAGEM
Os custos de aquisição nunca foram tão altos quanto agora para os bancos físicos
— ainda assim, eles estão em clara vantagem frente às agências digitais quando se fala de
conquistar novos clientes.
4
Os Bancos na Era Digital
O desafio dos bancos
na era digital
Prof: Alex Mendes

Isso porque, como mencionado, as instituições bancárias já consolidadas têm uma


extensa base de dados, adquiridos de seus consumidores ao longo dos anos. As agências
tradicionais também possuem maior capacidade e estrutura para escalabilidade.
Os bancos digitais, por sua vez, ainda buscam um modelo rentável de subsistência.
Embora sejam data-driven e mais inovadores tecnologicamente, não têm a mesma quantidade
de estatísticas para facilitar os processos de planejamento e aquisição de novos clientes.
Além disso, têm que enfrentar a concorrência de agências físicas que estão investindo
grandes quantias de dinheiro para tornarem-se ainda mais competitivas com as startups.

Fidelização

DIFICULDADE EM FIDELIZAR CLIENTES DA ERA DIGITAL


O consumidor da era digital exige, entre outras coisas, que as empresas disponibilizem
diversos pontos de contato para um atendimento rápido e conciso.
Além disso, ele também cobra mais transparência na forma como elas lidam e
compartilham as informações pertencentes aos seus clientes, e isso se estende aos bancos
digitais.
Se a opção atual não está alinhada aos seus princípios, o cliente moderno não hesita
até encontrar uma que atenda aos seus requisitos.
Segundo uma pesquisa global realizada pela Bain, 29% dos consumidores mudariam
de banco se o processo fosse mais fácil.
Com os bancos digitais desburocratizando diversos procedimentos, esse número
tende a aumentar consideravelmente e passa a ser uma preocupação para o setor bancário
em geral.
A facilitação da mudança e a ampla oferta de opções torna o atendimento ao cliente
um ponto crucial para que as agências bancárias online fidelizem seus clientes.
Um outro ponto importante a ser destacado é a valorização do atendimento humano
— apesar da digitalização de processos e da possibilidade para resolver todos os problemas
por canais eletrônicos, os clientes ainda buscam interação com pessoas reais ao contatar
empresas.

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Os Bancos na Era Digital
Novos modelos de negócios

Novos modelos de negócios


A cada dia, novos modelos de negócios inovadores surgem em diversos setores, modifi-
cando as operações tidas, até então, como as tradicionais e padrões.
E aqui encontramos justamente o caso dos serviços bancários. Até ontem: tradicionais,
baseados em agências físicas, burocratizado e pouco dinâmico.
Hoje: baseado em plataformas digitais, com utilização de Big Data, estruturas abertas e
virtuais, com uma experiência melhor para o cliente que, consegue acesso fácil e rápido a pro-
dutos financeiros digitais.
Para se tornarem modelos de negócios inovadores com a oferta de serviços financeiros,
muitos bancos e fintechs fecharam parcerias com empresas de varejo, tal como, a Natura com
o Santander e o Magazine Luiza com o Banco do Brasil.
Isso tem permitido escalabilidade e massificação – com personalização – de produtos e
serviços num montante nunca antes visto.
Esses novos modelos envolvem:
• Democratização do acesso ao mercado financeiro;
• Novos desenhos de produtos;
• Créditos específicos;
• Personalização de produtos/serviços/atendimento
• Integração de serviços
• Criação de uma moeda digital

Inteligência Artificial
Um dos elementos-chave para a um novo sistema de negócios vem da Inteligência Artificial
(IA).

Duas formas de atuação são destaque:


a. Combate às fraudes
A inteligência artificial nos bancos vem sendo empregada para melhorar o atendimento e o re-
lacionamento com o cliente. Ela tanto pode ser o “cérebro” por trás de plataformas de Customer
Relationship Management (CRM) como a “cabeça pensante” que orienta os chatbots.
b. Análise de crédito
Por meio de sofisticados algoritmos, eles conseguem traçar em milissegundos um perfil que,
uma vez conhecido, indica a viabilidade de um empréstimo. Assim sendo, a inteligência artificial
vem reduzindo a falha humana, aumentando a eficiência do compliance bancário.

Chatbot
Uma das inovações da Inteligência artificial aderidas pelos bancos é o chatbot. Uma ferramenta tecno-
lógica capaz de prever situações e necessidades de clientes para atender suas demandas e expectativas
de forma mais assertiva.

3
Os Bancos na Era Digital
Novos modelos de negócios

Inteligência Artificial por reconhecimento de voz


Outro fator importante nas aplicações bancárias é o objetivo de tornar o manuseio de senhas e outros
códigos de acesso tornarem obsoletos. E para que isso aconteça, outro exemplo, é o reconhecimento
de voz no caixa eletrônico, no aplicativo do celular ou no internet banking.

Personalizar serviços
Além disso, a tecnologia permite a solução de serviços personalizados, integrando ferramentas para
captar e analisar dados de clientes. O objetivo das instituições bancárias é o relacionamento com o
usuário.
A inteligência artificial integrada com o analytics, por exemplo, é entender o comportamento do usuário:
o que ele comprou ou não comprou, quais serviços ele contratou e em quais têm interesse. Tudo isso,
abre caminhos alternativos para as instituições trabalharem de forma personalizada para conquistar
esses clientes.

Segurança e Fraudes
Ainda na solução da Inteligência artificial integrando com a ferramenta analytics. É possível identificar
comportamentos anormais de usuários. Portanto, ao detectar um movimento suspeito de operação
bancária em meios digitais, a facilidade em agir de forma antecipada para combater fraudes, é evidente.

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Os Bancos na Era Digital
Sistema de bancos-sombra (Shadow banking)

Bancos sombra
O advento dos meios de comunicação e transporte cada vez mais eficientes, permitiu o
avanço da globalização e com ela, mercados financeiros de todo o mundo ficaram cada vez
mais interligados e dependentes entre si.
Mas apesar dos benefícios que essa integração trouxe, os riscos envolvidos em cada mer-
cado deixaram de ter um caráter local e passaram a comprometer o mundo inteiro.
Nesse contexto, um dos principais fatores de preocupação atualmente é a operação do
controverso sistema de shadow banking.
A expressão shadow banking ("sistema bancário de sombra"), criada em meados da década
passada, serve para categorizar o grupo de empresas intermediárias do segmento financeiro
que não participa do sistema bancário tradicional. Ou seja, estão "à sombra" do sistema, por
isso o nome.
Por ser uma estrutura paralela aos mercados tradicionais, o shadow banking está sujeito a
pouca ou nenhuma regulação. A atuação desse sistema pode colocar em risco todo o mercado
global – como já aconteceu durante a crise do subprime ocorrida no final da década de 2000.
Para termos uma ideia, essa estrutura hoje já movimenta mais de uma centena de trilhões
de dólares, cerca de ¼ do total de capital financeiro a nível global.
Observem na figura abaixo - no segundo gráfico à direita - o crescimento anual da "rede
não bancária" (shadow banking) no mundo desde 2002.

Essa rede não bancária já estava presente entre nós sem ser muito percebida.
É o caso por exemplo do Mercado Pago da varejista de e-commerce, Mercado Livre. A
chinesa Alibaba tem a AliPay. A Apple Pay; Amazon Pay; Google Pay; Messenger Pay; Microsoft
Pay; Samsung Pay, etc.
Dentre os intermediários não-regulamentados que podem fazer parte do shadow banking
estão os:
• Bancos de investimento;
• Fundos de hedge;
• Operações com derivativos e títulos securitizados;
• Fundos do mercado monetário;
• Companhias de seguros;
• Fundos de capital privado;

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Os Bancos na Era Digital
Sistema de bancos-sombra (Shadow banking)

• Fundos de direitos creditórios;


• Factorings e fomentadoras mercantis;
• Empréstimos descentralizados (peer-to-peer lending).

Por que o shadow banking existe?


Instituições que praticam o shadow banking geralmente servem como intermediários
entre credores e tomadores de empréstimos, fornecendo crédito e capital para investidores e
corporações.
Mas como essas instituições não são bancárias, elas não recebem depósitos tradicionais
como um banco tradicional. Por isso, muitas operações feitas por essas instituições possuem
maiores riscos de mercado, de crédito e de liquidez, além de não possuir uma reserva de capital
para servir como garantia.

Regulação e limitações propostas ao shadow banking


Após a crise de 2008, as autoridades do mundo inteiro se empenharam para aprovar uma
série de medidas que regulasse e limitasse a operação do shadow banking.
Porém, apesar das reformas, principalmente aquelas aprovadas pelo Congresso ameri-
cano, essas instituições ainda não estão sujeitas aos mesmos regulamentos que os bancos
depositários tradicionais.
Isso significa que o shadow banking ainda permanece ativo e altamente alavancado, com
uma alta proporção de dívida em relação aos seus ativos de garantia.
Por isso, muitos acreditam que o esse sistema ainda pode estar expondo os mercados
financeiros de todo mundo a um risco sistêmico excessivo.

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Os Bancos na Era Digital
Funções da moeda

Funções da Moeda
Em termos econômicos, moeda é tudo aquilo que é geralmente aceito para liquidar as tran-
sações, isto é, para pagar pelos bens e serviços e para quitar obrigações, ou seja, de acordo com
esta definição, qualquer coisa pode ser moeda, desde que aceita como forma de pagamento.
1. Ela é considerada o instrumento básico para que se possa operar no mercado. Em primeiro lugar,
é um meio de troca, isto é, as pessoas estão dispostas a aceitá-la em troca de bens e serviços e,
portanto, não há necessidade de haver coincidência mútua de desejos para que uma transação
ocorra.
2. Em segundo lugar, serve como unidade de conta, e como tal os preços são cotados em unidades
monetárias e não em relação a outros bens e serviços. Nestes dois papéis a moeda facilita o
processo de troca.
3. Em terceiro lugar, a moeda é uma reserva de valor e, neste papel, é igual aos demais ativos
financeiros. Quando as pessoas recebem dinheiro em troca de bens e serviços, não precisam
gastá-lo imediatamente, porque ele mantém seu valor (exceto em períodos de inflação, quando
deixa de ser usado como reserva de valor)

Resumindo as três funções, temos:


• Moeda como meio de troca: intermediário entre as mercadorias;
• Moeda com unidade de conta: ser o referencial das trocas, o instrumento pelo qual as merca-
dorias são cotadas; e
• Moeda como reserva de valor: poder de compra que se mantém no tempo, ou seja, forma de se
medir a riqueza.

Características essenciais da moeda


• Indestrutibilidade e inalterabilidade das suas características físicas;
• Homogeneidade de duas unidades equivalentes de moeda;
• Divisibilidade;
• Transferibilidade (sem registro da propriedade anterior); e,
• Facilidade de manuseio e transporte.
Moeda Fiduciária: A moeda fiduciária atual surgiu da evolução do papel-moeda. Trata-se de
notas e moedas emitidas pelo Banco Central e não lastreadas ou conversíveis em ouro e prata.
Moeda Bancária (moeda invisível ou moeda escritural): São os depósitos a vista nos bancos
comerciais.
Moeda eletrônica (“e-money”):
• Cartões de débito;
• Cartão de valor acumulado;
• Dinheiro e cheque eletrônico.

Demanda por moeda


a. Motivo Transação - Esse motivo foi desdobrado em dois. Keynes denominou -os motivos-renda
e giro de negócios. Quanto à renda, trata-se da necessidade de conservar recursos líquidos
para garantir a transição entre os recebimentos e os desembolsos. Quanto ao giro de negócios,
incluiu -se sob este motivo a moeda retida pelas empresas para garantir os pagamentos que se

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Os Bancos na Era Digital
Funções da moeda

efetuam no intervalo entre as compras de insumos e remunerações dos fatores e as entradas


de caixa resultantes da realização das vendas.
b. Precaucional: para despesas incertas - Enquanto o motivo transação se refere ao atendimento
de despesas ordinárias e certas, o motivo precaução decorre da necessidade de se fazer frente
a despesas extraordinárias e incertas. Há, assim, motivos que levam os agentes a se p reaverem
quanto às contingências inesperadas. A força deste segundo motivo depende, em grande parte,
a inda segundo a versão de Keynes, do custo e da segurança dos métodos para obter moeda em
caso de necessidades imprevistas.
c. Especulativo: para despesas diferidas - Enquanto os dois motivos anteriores são comuns aos
clássicos e a Keynes, o motivo especulação é especificamente Keynesiano. Quanto a este ter-
ceiro motivo, Keynes procura mostrar que, ao contrário do que pensavam os clássicos, não o é
irracional manter ativos monetários para satisfazer a oportunidades especulativas, desde que
os agentes econômicos tenham razões para acreditar em mudanças a seu favor no preço dos
títulos e, portanto, na taxa de juros.
A expectativa sobre mudanças futuras na taxa de juros situa-se, assim, atrás do motivo especu-
lação. Sob uma expectativa generalizada de alta na taxa de juros ou de uma queda equivalente
no preço dos títulos, no futuro, a retenção de saldos monetários para fins especulativos tende
a se elevar; caso contrário, a retenção de moeda devida a esse motivo tende a diminuir. (Lopes
& Rossetti, p. 56)

Oferta de moeda
A forma pela qual a oferta de moeda é determinada na maioria das economias experimen-
tou uma alteração fundamental no século XX. Nas suas primeiras décadas a moeda sem lastro
não era usada de forma geral, mas sim o ouro e a moeda com lastro em ouro.
O papel-moeda, quando em uso, podia ser convertido naquele metal precioso por um preço
fixo. Nesse sistema monetário, as variações na oferta de moeda eram determinadas, principal-
mente, pela produção do metal precioso (do ouro, em particular).
Por outro lado, no sistema de curso forçado, a oferta de moeda é determinada, principalmen-
te, pela política governamental. A diferença é crucial. A maioria das nações tem uma instituição
oficial normalmente chamada banco central, que possui autoridade legal para imprimir dinheiro.
Nos Estados Unidos, o banco central é o Sistema Federal de Reserva; na Inglaterra, o Banco
da Inglaterra; na União Europeia, o Banco Central Europeu; no Japão, o Banco do Japão e, n o
Brasil, o Banco Central do Brasil.
Como regra geral, o banco central de cada país, ao buscar determinar a oferta de moeda,
usa o agregado composto pelo papel moeda e moedas metálicas em poder do público não
-bancário, mais as reservas que os bancos com merceais mantém junto a si e no banco central
(este agregado é denominado de M0, ou base Monetária).
Como o banco central é a única autoridade que pode imprimir (ou autorizar que se imprima)
uma nota de dinheiro ou cunhar uma moeda, ele determina a oferta dessas notas e moedas na
economia (que são mantidas como dinheiro pelo público ou como reservas bancárias).

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Marketplace

Marketplace

Marketplace banking
Um marketplace é uma plataforma que conecta oferta com a demanda de produtos ou
serviços. Ou seja, reúne diversos vendedores em um só ambiente online. De forma geral, um
marketplace funciona como um shopping virtual.
Neste ambiente, os consumidores contam com a comodidade de encontrar e conhecer
os detalhes; comparar e solicitar diversas ofertas de produtos financeiros de forma simples e
segura, sem a necessidade de sair em pesquisa das ofertas nos sites de cada banco.
Dentre os produtos e serviços oferecidos estão: cartões de crédito, contas digitais, maqui-
ninhas de cartão e empréstimos de diversas instituições financeiras do país. Eles são separados
por categorias para que o usuário possa comparar de acordo com o que realmente deseja.
Quando alguém quer contratar um cartão, por exemplo, essa pessoa pode escolher de
acordo com a categoria que mais faz sentido para ela, como: cashback, milhas, anuidade grátis,
recompensas, cartões destinados a clientes negativados ou com score de crédito baixo.
Os marketplaces popularizam produtos e serviços financeiros dos bancos!
As principais características de um modelo de marketplace banking são:
• A instituição, não necessariamente financeira, é especializada em tecnologia e trabalha na oferta
de serviços de conta corrente;
• Pode possuir licença bancária ou faz uso de uma licença, num modelo parecido com “barriga de
aluguel”, para entregar as soluções de banking;
• Conta com fornecedores terceirizados para integrar outros serviços financeiros por meio de APIs.
Em outras palavras, o marketplace banking funciona como um ecossistema em que a plata-
forma possui vários fornecedores especializados para oferecer diferentes serviços aos clientes.
Nesse modelo, o grande diferencial é a liberdade que o cliente tem para poder escolher
apenas as soluções que deseja, dentro de um pacote disponibilizado pelo marketplace banking
de produtos de terceiros.

Diferenças entre o marketplace banking e o open banking


Diferente do modelo de marketplace banking, o open banking permite que os participan-
tes se conectem à solução e interajam entre si, criando e trocando valor. O consumidor final é
o maior vencedor no open banking, ele ganha direito sobre o que já era seu: seus dados, seu
histórico financeiro.
No modelo open banking, a instituição pode ser somente um provedor de conta corrente
ou pode ainda ser um agregador de um conjunto de serviços a fim de entregar uma solução, ou
informação sobre determinada pessoa ou empresa.
Para participar destas modalidades, basta que os fornecedores terceirizados cumpram os
requisitos mínimos de plug-in estabelecidos pela plataforma bancária, não havendo limite para
integrações.

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Marketplace

Marketplace banking Open banking

O banco cria APIs bem definidas para permitir uma O banco cria uma plataforma para expor APIs para
melhor experiência. É ele que controla e proporciona a outras empresas, fintechs e desenvolvedores consumi-
experiência de integração. las e criar seus próprios produtos.
O banco seleciona parceiros especializados para Qualquer fornecedor terceirizado consegue conectar
oferecer serviços financeiros adicionais, seus produtos à plataforma, desde que estejam de
complementando seus produtos. acordo com determinados padrões básicos.
Os clientes podem escolher entre um fornecimento
Os clientes têm escolhas limitadas.
mais aberto de produtos.

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Correspondentes

Correspondentes Bancários
O Banco Central define correspondente bancário como “empresa contratada por instituições
financeiras e demais instituições autorizadas pelo Banco Central para a prestação de serviços
de atendimento aos clientes e usuários dessas instituições.”
Em outras palavras é uma empresa não bancária (pessoa jurídica) responsável por mediar
instituições financeiras e clientes. Essas empresas realizam operações de crédito e outros ser-
viços, em nome de um banco, e podem estar conveniadas a mais de uma companhia.
Entre os correspondentes mais conhecidos encontram-se as lotéricas e o banco postal,
marca utilizada pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT.
O principal objetivo é levar serviços bancários à maior parte da população, estender a luga-
res onde não há agência dos principais bancos, por exemplo. Dessa forma, consegue acelerar
o atendimento ao cliente e facilitar o acesso ao crédito.
Além disso, muitas organizações apostam em parcerias de vendas com outras empresas
para alcançar um maior número de clientes. Por exemplo, várias fintechs, companhias espe-
cializadas em finanças, concedem crédito, mas precisam de instituições parceiras para emitir
propriamente o capital e outras para captar público.
De acordo com a regulamentação do Banco Central, essas instituições podem realizar
serviços financeiros variados, como:
• Recebimentos e pagamentos de contas qualquer natureza
• recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósitos à vista e a prazo
• Coleta de informações cadastrais e análise de crédito
• Serviços de cobranças
• Ordens de pagamento
• Solicitação de empréstimos pessoais, empresariais e financiamentos
• Solicitação de cartão de crédito e débito para trabalhadores e aposentados
• Realização de recebimentos, pagamentos e transferências eletrônicas visando à movimentação
de contas de depósitos de titularidade de clientes mantidas pela instituição contratante;
• Aplicação e resgate em fundo de investimento
• Realização de operações de câmbio de responsabilidade da instituição contratante
Um correspondente bancário pode não só representar um serviço financeiro de um banco,
mas também usar os recursos deste para conceder crédito.
Muitas companhias que oferecem empréstimo, por exemplo, fecham parcerias com outras
com público propenso à contratação do recurso.
Existem 2 modalidades gerais de correspondentes bancários:
1. Pessoas que já têm um estabelecimento (ex: um comércio, uma concessionária, etc) e também
oferecem serviços bancários aos seus clientes.
2. Pessoas que são apenas correspondentes, e não possuem um estabelecimento específico. Por
exemplo, o Correspondente Caixa Aqui.
Os serviços prestados pelos correspondentes podem ser cobrados?
Todo serviço prestado por um correspondente bancário é cobrado. Entretanto, esse valor
não pode ser repassado para o cliente.

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Correspondentes

O correspondente é remunerado pela instituição para o qual presta o serviço. Dessa forma,
não pode cobrar nenhuma tarifa ou taxa adicional dos clientes.
É importante ressaltar o que essas empresas NÃO podem fazer, segundo a lei. Estão proi-
bidas de:
• Cobrar pagamento adiantado.
• Impor tarifas sobre o serviço de intermediação prestado.
• Liberar empréstimo sem ter parceria com um banco.

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Arranjos de pagamentos

Arranjo de pagamentos
Um arranjo de pagamento é o conjunto de regras e procedimentos que disciplina a prestação
de determinado serviço de pagamento ao público. As regras do arranjo facilitam as transações
financeiras que usam dinheiro eletrônico.
Diferentemente da compra com dinheiro vivo entre duas pessoas que se conhecem, o ar-
ranjo conecta todas as pessoas que a ele aderem.
É o que acontece quando o cliente usa uma bandeira de cartão de crédito numa compra
que só é possível porque o vendedor aceita receber daquela bandeira.
Os arranjos podem se referir, por exemplo, aos procedimentos utilizados para realizar com-
pras com cartões de crédito, débito e pré-pago, em moeda nacional ou estrangeira. Os serviços
de transferência e remessas de recursos também são arranjos de pagamentos.
As pessoas jurídicas não financeiras que executam os serviços de pagamento no arranjo
são chamadas de instituições de pagamento e são responsáveis pelo relacionamento com os
usuários finais do serviço. Instituições financeiras também podem operar com pagamentos.

Atenção na prova!
Alguns tipos de arranjo de pagamentos não estão sujeitos à regulação do BCB, tais como os cartões
private label – emitidos por grandes varejistas e que só podem ser usados no estabelecimento que o
emitiu ou em redes conveniadas. Também não são sujeitos à supervisão do BC os arranjos para paga-
mento de serviços públicos (como provisão de água, energia elétrica e gás) ou carregamento de cartões
pré-pagos de bilhete de transporte. Incluem-se nessa categoria, ainda, os cartões de vale-refeição e
vale-alimentação e ainda, os subcredenciadores e os prestadores de serviço de rede.
Os primeiros são instituições que habilitam os estabelecimentos comerciais a aceitar ins-
trumentos de pagamentos, como cartões de crédito e débito, ligados a outros credenciadores
participantes do mesmo arranjo de pagamento.
São exemplos: PagPop, Moip, Stelo, Pagar.Me, Aceita Fácil, PayU, PayLeven. Já os pres-
tadores de serviços de rede apenas disponibilizam a infraestrutura de rede para a captura e o
direcionamento de transações de pagamento

Atenção!
A legislação proíbe que instituições de pagamento prestem serviços privativos de instituições finan-
ceiras, como a concessão de empréstimos e financiamentos ou a disponibilização de conta bancária e
de poupança.

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Os Bancos na Era Digital
Arranjos de pagamentos

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Os Bancos na Era Digital
Arranjos de pagamentos

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Conhecimentos Bancários
PIX - Sistema de pagamentos instantâneos

PIX

Pix é o pagamento instantâneo brasileiro. O meio de pagamento criado pelo Banco Central
(BC) em que os recursos são transferidos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora
ou dia.
O Pix pode ser realizado a partir de uma conta corrente, conta poupança ou conta de paga-
mento pré-paga.
O Pix pode ser utilizado para transferências e pagamentos:
entre pessoas (transações P2P, person to person);
• entre pessoas e estabelecimentos comerciais, incluindo comércio eletrônico (transações P2B,
person to business);
• entre estabelecimentos, como pagamentos de fornecedores, por exemplo (transações B2B, busi-
ness to business);
• para transferências envolvendo entes governamentais, como pagamentos de taxas e impostos
(transações P2G e B2G, person to government e business to government).

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Conhecimentos Bancários
PIX - Sistema de pagamentos instantâneos

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Conhecimentos Bancários
PIX - Sistema de pagamentos instantâneos

Atenção!
O Banco Central do Brasil divulgou uma série de mudanças no Pix.
• Limite de R$ 1 mil em transferências noturnas que ocorrerem entre 20h e 6h do dia seguinte. O
limite inclui pagamentos com cartões de débito e transferências interbancárias.
• As transferências que ocorrerem durante o dia também serão alteradas. Neste caso, será levado
em conta o limite do cliente para as TEDs, segundo a autoridade monetária.
• Observação importante: o usuário que precisar aumentar o limite de transferência por algum motivo,
deve fazer uma solicitação por meio do canal digital.
• O prazo para resposta é no mínimo 24 horas e máximo de 48 horas, impedindo o aumento imediato
em situação de risco.

Confira as demais mudanças no Pix:


• faculdade de estabelecer limites transacionais diferentes no Pix para os períodos diurno e noturno,
permitindo limites menores durante a noite;
• determinar que as instituições ofertem funcionalidade que permita aos usuários cadastrar previa-
mente contas que poderão receber Pix acima dos limites estabelecidos, permitindo manter seus
limites baixos para as demais transações;
• estabelecer prazo mínimo de 24h para que o cadastramento prévio de contas por canal digital
produza efeitos, impedindo o cadastramento imediato em situação de risco;

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Conhecimentos Bancários
PIX - Sistema de pagamentos instantâneos

• permitir que os participantes recebedores do Pix retenham uma transação por 30 minutos durante
o dia ou por 60 minutos durante a noite para a análise de risco da operação, informando ao usuário
quanto à retenção;
• tornar obrigatório o mecanismo, já existente e hoje facultativo, de marcação no Diretório de Iden-
tificadores de Contas Transacionais (DICT) de contas em relação às quais existam indícios de
utilização em fraudes no Pix, inclusive no caso de transações realizadas entre contas mantidas
no mesmo participante;
• determinar que os participantes de arranjos de pagamentos eletrônicos compartilhem, tempesti-
vamente, com autoridades de segurança pública, as informações sobre transações suspeitas de
envolvimento com atividades criminosas;
• exigir das instituições reguladas controles adicionais sobre fraudes, com reporte para o Comitê
de Auditoria e para o Conselho de Administração ou, na sua ausência, à Diretoria Executiva, bem
como manter à disposição do Banco Central tais informações; e
• exigir histórico comportamental e de crédito para que empresas possam antecipar recebíveis de
cartões com pagamento no mesmo dia (D+0), mitigando a ocorrência de fraudes.
• As mudanças no Pix, já estão em vigor!

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Conhecimentos Bancários
PIX - Sistema de pagamentos instantâneos

https://www.pinbank.com.br/images/como-funciona-PIX.png

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