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OS BANCOS NA ERA

DIGITAL: ATUALIDADE,
TENDÊNCIAS E DESAFIOS
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INTRODUÇÃO
O fenômeno da digitalização bancária engloba, em menor ou maior grau, todas as institui-
ções financeiras, incluindo os maiores conglomerados bancários, que já estão em processo
de migração integral para o ambiente digital e têm estimulado a migração dos clientes para
esse canal de atendimento.

BANCO DIGITAL
Banco Digital é a denominação dada às instituições financeiras que funcionam de forma online,
atendendo a todas as necessidades dos clientes como em um banco tradicional, ou seja, da
abertura da conta corrente, passando pelos cartões de débito/crédito, ao atendimento e
pagamento de boletos.

https://www.infopedia.pt/defimages/lingua-portuguesa/desktop/f/financeiriza%C3%A7%-
C3%A3o.png
Características
» De maneira geral – não possuem estrutura física de atendimento ao cliente, o que
reduz os custos operacionais;
» Menor custo de tarifas ou até mesmo a sua eliminação.
» Escalabilidade
» Atendimento em massa (o que reduz custos e amplia a base potencial de clientes).

ATENÇÃO!
Banco digital ≠ Banco digitalizado
» Banco digitalizado é o tradicional que oferece app e internet banking para os clientes
realizarem algumas operações online e para diversos serviços ainda é necessário ir
a uma agência ou caixa eletrônico – até mesmo para desbloquear o app.

VANTAGENS DO BANCO DIGITAL


» Acesso fácil e descomplicado;
» Acesso aos serviços qualquer hora do dia, a qualquer dia da semana;
» Inovação com acesso a todos os serviços de um banco tradicional de forma com-
pletamente online;
» Saques ilimitados na rede de Bancos 24 Horas;
» Transferências para o mesmo banco são ilimitadas;
» Transferência via DOC ou TED para o mesmo banco ou não, também são ilimitadas;

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TENDÊNCIA DE REALIZAÇÕES DE OPERAÇÕES POR MEIO DIGITAL:


» Mobile banking
» Internet banking
» Caixas automatizados
» Fone banking
» Caixas 24 horas
» Dinheiro de plástico
» Open banking

https://issuu.com/revistaciab/docs/pesquisa_febraban_de_tecnologia_ban/68

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FINTECHS E BIGTECHS
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FINTECH
Fintech é uma startup baseada em plataforma digital com investimento pesado em tecnologia.
Esse movimento começa ainda em 2016, quando a resolução nº 4.480 do CMN estabeleceu
diretrizes para a abertura e fechamento de contas online por todas as instituições que têm
funcionamento autorizado pelo Banco Central.
Essa mesma norma fez com que os bancos digitais precisassem adotar soluções a fim de
garantir a identidade dos proponentes e autenticidade das informações apresentadas, além
de instaurar procedimentos de combate à lavagem de dinheiro e terrorismo.
Já em 2018, a resolução nº 4.656 do Conselho Monetário Nacional (CMN) permitiu que as fin-
techs trabalhassem com operações de empréstimo e financiamento entre pessoas, ampliando
as oportunidades para empresas que não atuam no segmento bancário.
Fintech é um termo que surgiu da junção das palavras financial (financeiro) e technology (tec-
nologia). Fintech é uma startup que trabalha para inovar e otimizar serviços do setor financeiro.
Essas empresas possuem custos operacionais muito mais baixos que de bancos tradicionais.
Isso é possível porque conseguem utilizar tecnologias que elevam a eficiência dos processos.
A grande missão das fintechs é a inovação e otimização dos processos financeiros. Com a
tecnologia, visam a implantar novos produtos e processos ou aprimorar os já existentes.
As fintechs tem foco na tecnologia, são menos burocráticas, possuem menos produtos, mas
com mais especificidade. Propõem soluções inéditas ao consumidor, como, por exemplo,
cartão de crédito sem anuidade.

https://www.finanfor.com.br/wp-content/uploads/2021/08/fintechs.jpg

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DIFERENÇA ENTRE BANCO E FINTECH


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https://49educacao.com.br/wp-content/uploads/2021/12/categorias-fintechs-distrito.png

BIG TECHS
As Big Techs são as grandes empresas de tecnologia que dominaram o mercado nos últimos
anos. Inicialmente pequenas startups, essas organizações, geralmente localizadas no Vale
do Silício, criaram serviços inovadores e disruptivos se utilizando de um modelo de negócios
escalável, dinâmico e ágil. Muitas vezes gratuitos, esses produtos passaram a fazer parte do
dia a dia de várias pessoas, como é o caso dos serviços do Google, da Uber e da Netflix.

BIG TECHS E O MERCADO BANCÁRIO ATUAL


Para se manterem inovadoras e lucrativas, as empresas de tecnologia estão direcionando os
seus serviços para várias áreas. O mercado bancário não é diferente.
Focando no potencial comercial e na possibilidade de gerar disrupção em um campo normal-
mente conhecido como rígido, muitos empreendedores estão voltando os seus projetos para
esse ramo.
O Facebook, por exemplo, quer investir em pagamentos online com o apoio do blockchain. A
ferramenta já chegou ao WhatsApp, com o WhatsApp Pay, e promete facilitar as transações
comerciais no país.
Já a Amazon, anunciou uma linha de crédito para pequenos empreendedores em parceria
com o Goldman Sachs.

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Em parceria com o Bank of America e Goldman Sachs, a empresa vem investindo em diversos
subprodutos que envolvem novas formas de pagamentos, conta corrente, empréstimos e
seguros

https://dock.tech/wp-content/uploads/2020/03/Captura-de-Tela-2020-04-01-as-16.29.
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A Apple já lançou o Apple Card e o Google, que não poderia ficar para trás, já tem planos para
sua própria conta corrente.

MODELO GAFA
Segundo levantamento feito pela consultoria Accenture, o modelo “GAFA” – Google, Amazon,
Facebook e Apple – estão entre as alternativas mais atraentes para as gerações mais jovens
quando se fala em fornecedores de serviços financeiros.

https://monitormercantil.com.br/wp-content/uploads/2021/07/Big-Tech.jpg

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OPEN BANKING
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OPEN BANKING
Instituições financeiras são conhecidas por terem um modelo de funcionamento em que todos
os serviços e aplicativos são criados e gerenciados internamente. Esse modelo dá ao negócio
total controle sobre cada aspecto das suas operações e como cada atividade será executada.
No entanto, os custos operacionais são elevados, uma vez que a companhia terá que investir
diretamente em uma série de rotinas e na manutenção de equipes especializadas.
O Open Banking é um modelo de negócios que funciona de uma forma diferente.
A empresa passa a ter foco maior nos seus processos críticos, liberando interfaces baseadas
em APIs (Interface de Programação de Aplicações ou Application Programming Interface) para
que outras empresas possam criar aplicativos que agreguem valor aos serviços do negócio.
Assim, os bancos podem focar em seu serviço primário enquanto o desenvolvimento de apli-
cativos ou integrações passa a ser de responsabilidade de uma comunidade de servidores.

https://openbankingbrasil.com.br/wp-content/uploads/2021/03/open-banking.jpg

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https://midia.gruposinos.com.br/_midias/jpg/2021/07/09/open_banking-19726430.jpg
A ideia principal é permitir que terceiros desenvolvam aplicações em torno das instituições
financeiras. Essas, por sua vez, teriam que abrir suas APIs — um conjunto de padrões de pro-
gramação que permite a construção de aplicativos.
Isso possibilita, por exemplo, que um aplicativo de controle de gastos possa se conectar dire-
tamente aos sistemas do banco. Assim, ele consegue capturar os gastos do usuário automati-
camente, bem como os rendimentos de seus investimentos e outros serviços disponibilizados
pelas instituições em suas plataformas.

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https://www.opus-software.com.br/wp-content/uploads/2021/03/Impactos-do-Open-Ban-
king.png
Para compartilhar os seus dados, o cliente precisa executar três etapas: consentimento,
autenticação e confirmação.
» O cliente pode solicitar o compartilhamento para qualquer instituição participante
do sistema (bancos e outras instituições financeiras ou não financeiras).
» Essas instituições têm autorização do Banco Central para compartilhar os dados com
demais empresas do ecossistema.
» As instituições financeiras devem manter os registros de consentimento dos clientes
e dos dados compartilhados com cada participante do sistema.

RELAÇÃO ENTRE O OPEN BANKING E A LGPD


Um dos riscos relacionados ao sistema financeiro é sobre a segurança de dados, tendo em vista
a sensibilidade das informações que serão compartilhadas. Por isso, garantir a cyber segurança
seguindo as diretrizes da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

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BENEFÍCIOS
» Melhoria da experiência do usuário
» Oferta de serviços muito mais diversificada e próxima do cliente, a exemplo das
plataformas de streaming, como Netflix e Spotify.
» Os produtos financeiros dos bancos podem ser fornecidos em diversas plataformas
» O usuário conta com um leque muito maior de escolha.
» Diversificação de fontes de receita para os bancos (eles ganham diversos canais para
oferecer seus produtos)

DESAFIOS
Regulação: é preciso definir exatamente quais dados bancários poderão ser passados e as
regras para isso. Aqui estamos falando desde o cadastro dos clientes até o lado transacional,
com movimentação de contas e saldo.
Padronização: cada banco criou seu próprio padrão de API. Na prática, isso inviabiliza que uma
startup consiga se conectar simultaneamente com múltiplas instituições.

SEGURANÇA
Quando autorizados pelo cliente, o modelo a ser adotado deverá compartilhar:
» Dados relativos aos produtos e serviços oferecidos pelas instituições participantes
(localização de pontos de atendimento, características de produtos, termos e con-
dições contratuais e custos financeiros, entre outros);
» Dados cadastrais dos clientes (nome, filiação, endereço, entre outros);
» Dados transacionais dos clientes (dados relativos a contas de depósito, a operações
de crédito, a demais produtos e serviços contratados pelos clientes, entre outros); e

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» Serviços de pagamento (inicialização de pagamento, transferências de fundos, paga-


mentos de produtos e serviços, entre outros).

OPEN FINANCE
A grande diferença entre o Open Banking e o Open Finance é que enquanto o primeiro tem
como proposta o compartilhamento de informações entre instituições bancárias, o segundo
expande essa ideia para outras instituições financeiras do mercado, como corretoras de inves-
timentos, seguros e previdência, câmbio, etc.
Por isso, podemos afirmar que o Open Finance é a evolução do Open Banking, com a abertura
de um leque maior de possibilidades para os consumidores.
Essa mudança começou a ser implementada em dezembro de 2021, quando iniciou-se o com-
partilhamento de dados das instituições financeiras com o Banco Central.

ATENÇÃO!
Todas as instituições participantes precisam ser autorizadas pelo Banco Central. Dessa forma,
é possível garantir maior transparência, segurança e praticidade.
Com todos os processos dentro dos canais digitais oficiais das instituições financeiras, via
aplicativo ou internet banking, é o consumidor quem fará a solicitação do compartilhamento
e decidirá quais instituições terão acesso aos seus dados, além de indicar para qual finalidade.

https://belvo.com/wp-content/uploads/2022/04/Open-Finance-Open-Banking-open-data-di-
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QUAIS AS VANTAGENS DO OPEN FINANCE?

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NOVOS MODELOS DE
NEGÓCIOS
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NOVOS MODELOS DE NEGÓCIOS


A cada dia, novos modelos de negócios inovadores surgem em diversos setores, modificando
as operações tidas, até então, como as tradicionais e padrões. E aqui encontramos justamente
o caso dos serviços bancários.
Até ontem: tradicionais, baseados em agências físicas, burocratizado e pouco dinâmico.
Hoje: baseado em plataformas digitais, com utilização de Big Data, estruturas abertas e virtuais,
com uma experiência melhor para o cliente que, consegue acesso fácil e rápido a produtos
financeiros digitais.
Para se tornarem modelos de negócios inovadores com a oferta de serviços financeiros, mui-
tos bancos e fintechs fecharam parcerias com empresas de varejo, tal como, a Natura com o
Santander e o Magazine Luiza com o Banco do Brasil.
Isso tem permitido escalabilidade e massificação – com personalização – de produtos e serviços
num montante nunca antes visto.

https://www.poderdaescuta.com/wp-content/uploads/2020/07/Lideran%C3%A7a-Digital-iS-
tock-504376094_2-1.jpg
A tendência é que com o do PIX (sistema de pagamento automático), fintechs, bancos digitais,
open banking e Big Data, tenhamos um acelerador para o surgimento de novos modelos de
negócios do ponto de vista de inovação e co-criação, uma vez que um dos principais impulsio-
nadores do sistema para as instituições financeiras será a complementaridade de suas ofertas,
agregando serviços e produtos de outras instituições, criando assim marketplaces, proporcio-
nando ainda mais para os clientes melhores experiências, jornadas mais intuitivas, simples e
ao mesmo tempo sofisticadas, com a personalização de suas jornadas digitais e ofertas custo-
mizadas de acordo com as reais necessidades e até mesmo um novo ecossistema financeiro.
Esses novos modelos envolvem:
» Democratização do acesso ao mercado financeiro;
» Novos desenhos de produtos;
» Créditos específicos;
» Personalização de produtos/serviços/atendimento
» Integração de serviços
» Criação de uma moeda digital

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FERRAMENTAS
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Duas formas de atuação são destaque:
a) Combate às fraudes
A inteligência artificial nos bancos vem sendo empregada para melhorar o atendimento e o
relacionamento com o cliente. Ela tanto pode ser o “cérebro” por trás de plataformas de Cus-
tomer Relationship Management (CRM) como a “cabeça pensante” que orienta os chatbots.

https://gizmodo.uol.com.br/wp-content/blogs.dir/8/files/2022/04/onde-a-inteligencia-arti-
ficial-realmente-importa-e-onde-ela-e-superflua-2.jpg
b) Análise de crédito
Por meio de sofisticados algoritmos, eles conseguem traçar em milissegundos um perfil
que, uma vez conhecido, indica a viabilidade de um empréstimo. Assim sendo, a inteligência
artificial vem reduzindo a falha humana, aumentando a eficiência do compliance bancário.
Inteligência Artificial por reconhecimento de voz
c) Personalizar serviços
Chatbot

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Uma das inovações da Inteligência artificial aderidas pelos bancos é o chatbot. Uma ferra-
menta tecnológica capaz de prever situações e necessidades de clientes para atender suas
demandas e expectativas de forma mais assertiva. Para os bancos, o atendimento aos clientes
por meio de “robôs” é uma solução viável para otimizar processos e deixar o atendimento
humano para ocasiões mais importantes

https://codificar.com.br/wp-content/uploads/2017/06/beneficio-chatbot.png

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STARTUPS
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INTRODUÇÃO
Startup significa o ato de começar algo, normalmente relacionado com companhias e empresas
que estão no início de suas atividades e que buscam explorar atividades inovadoras no mercado.
Empresas startup são jovens e buscam a inovação em qualquer área ou ramo de atividade,
procurando desenvolver um modelo de negócio escalável e que seja repetível.

https://blog.sopj.com.br/wp-content/uploads/2019/10/startups-unicornios-2019-1-300x276.
png
Um modelo de negócio é a forma como a empresa gera valor para os clientes. Um modelo
escalável e repetível significa que, com o mesmo modelo econômico, a empresa vai atingir
um grande número de clientes e gerar lucros em pouco tempo, sem haver um aumento sig-
nificativo dos custos.

QUAIS SÃO AS CARACTERÍSTICAS DE UMA STARTUP?


Inovação
» A inovação é a capacidade de propor soluções criativas, únicas e fora do comum para
determinado problema. Toda startup precisa enxergar o mundo de um jeito diferente
e oferecer produtos que revolucionam ou que até mesmo criem novos mercados.
Escalabilidade
» Um negócio escalável é aquele que consegue crescer sem aumentar seus custos
proporcionalmente. Ou seja, é a capacidade da empresa de ampliar seu faturamento
em um ritmo muito maior do que as despesas, como custos com funcionários,
matérias-primas, aluguéis, produção, entre outros e melhorando constantemente
sua forma de trabalho.

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https://www.oberlo.com/media/1613484603-o-que-e-startup.png?fit=max&fm=jpg&w=1440
Flexibilidade
» Ser flexível significa ter capacidade de se adaptar com agilidade, tanto internamente
quanto externamente. Toda startup precisa organizar seus processos de forma dinâ-
mica, tomando decisões com rapidez, testando possibilidades, se adequando à
demanda do mercado

O QUE É BOOTSTRAPPING?
Bootstrapping significa montar um negócio usando apenas o próprio dinheiro.
Gigantes do mercado de tecnologia como Microsoft e Dell, por exemplo, foram criadas apenas
com os recursos de seus fundadores.

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O QUE É O INVESTIDOR-ANJO PARA UMA STARTUP?


Investidor-anjo é a pessoa que investe em projetos iniciantes que tenham alto potencial de
crescimento, como as startups. Basicamente, a pessoa que investe aplica seu dinheiro em troca
de uma participação minoritária na empresa (equity).

O QUE É B2B?
B2B é uma sigla em inglês que significa Business to Business, ou seja, é quando uma empresa
vende seu produto/serviço para outras empresas. Esse modelo de negócio tem como objetivo
movimentar mercadorias que serão revendidas ou transformadas pelo comprador.

https://startse-wordpress.s3.us-east-2.amazonaws.com/2017/05/anjox-vc.png

O QUE É B2C?
B2C, ou Business to Consumer, é um modelo abrangente de empresas que comercializam
diretamente para o consumidor final. Basicamente é quando uma empresa vende para o
consumidor geral, o que é comum em qualquer lugar do mundo.

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ATENÇÃO!
» B2E (Business to Employee): Compreende as relações comerciais entre uma empresa
e seus colaboradores, os quais acabam se tornando consumidores dos produtos e
serviços do seu empregador.
» B2G (Business to Government): Descreve as relações comerciais entre empresas e
a administração pública. B2B2C (Business to Business to Consumer): este modelo
descreve um tipo de relação que se tornou mais comum após o aumento das compras
on-line. Isso acontece pois, em alguns casos, não é necessário a loja virtual ter um
produto em estoque, mas sim contar com uma logística que permita a sua compra
sob demanda. Um exemplo que se tornou frequente é a criação de marketplaces;
» C2C (Consumer to Consumer): Esse tipo de relação comercial envolve dois ou mais
consumidores. Basicamente é quando uma pessoa vende seu carro, por exemplo.
As redes sociais e aplicativos ajudam nas operações C2C, já que por meio delas é
possível conseguir compradores para qualquer coisa;
» D2C (Direct to Consumer): Por fim, existe a relação direta com o consumidor, quando
o fabricante ou distribuidor de um produto vende diretamente para o consumidor
final, dispensando os intermediários.

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SISTEMA DE PAGAMENTO
INSTANTÂNEO (PIX)
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 3
COM QUEM É POSSÍVEL FAZER UM PIX����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
ATENÇÃO!��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������5
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INTRODUÇÃO
Pix é o pagamento instantâneo brasileiro. O meio de pagamento criado pelo Banco Central (BC)
em que os recursos são transferidos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia.
O Pix pode ser realizado a partir de uma conta corrente, conta poupança ou conta de paga-
mento pré-paga. Além de aumentar a velocidade em que pagamentos ou transferências são
feitos e recebidos, o Pix tem o potencial de:
» alavancar a competitividade e a eficiência do mercado;
» baixar o custo, aumentar a segurança e aprimorar a experiência dos clientes;
» incentivar a eletronização do mercado de pagamentos de varejo;
» promover a inclusão financeira; e
» preencher uma série de lacunas existentes na cesta de instrumentos de pagamentos
disponíveis atualmente à população.

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icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/
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COM QUEM É POSSÍVEL FAZER UM PIX


O Pix pode ser utilizado para transferências e pagamentos:
» entre pessoas (transações P2P, person to person);
» entre pessoas e estabelecimentos comerciais, incluindo comércio eletrônico (tran-
sações P2B, person to business);
» entre estabelecimentos, como pagamentos de fornecedores, por exemplo (transa-
ções B2B, business to business);

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» para transferências envolvendo entes governamentais, como pagamentos de taxas e


impostos (transações P2G e B2G, person to government e business to government).

https://credisis.com.br/wp-content/uploads/2020/11/tab_1.png

https://lh5.googleusercontent.com/fypACOKSk_f9p0WBq6nr0LYD6SOqM7Oya-5WDmdqlhv-
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https://campinas.tech/wp-content/uploads/2020/09/img_pix.png

ATENÇÃO!
O Banco Central anunciou atualizações das regras das transações via Pix. A partir do dia 2 de
janeiro de 2023, os bancos não precisam mais impor limites de valor, apenas restrição por
período de tempo. Antes da mudança, quem tinha um limite de R$ 1.000 por transação e R$
3.000 por dia, por exemplo, precisava fazer três operações para movimentar o valor máximo
diário. Agora, poderá fazer uma única transação de R$ 3.000.
Para empresas, o limite para transações via Pix fica a critério de cada instituição financeira.
O BC também elevou o limite para as retiradas de dinheiro por meio das modalidades Pix
Saque e Pix Troco. O valor máximo passou de R$ 500 para R$ 3.000 durante o dia e de R$ 100
para R$ 1.000 no período noturno.
Porém, existem regras para os clientes solicitarem mudanças nos limites. Os pedidos para
diminuição dos valores de operações via Pix devem ser aceitas pelas instituições financeiras
de forma imediata. Já as solicitações de aumento dos limites têm um prazo entre 24 e 48 horas
para serem analisadas pelos bancos.
O BC também alterou a regulamentação para o pagamento de salários e benefícios previden-
ciários pelo Governo Federal. O Tesouro Nacional poderá pagar salários ao funcionalismo,
aposentadorias e pensões por meio do Pix. O BC também facilitará o recebimento de recursos
por correspondentes bancários pela modalidade.
O Pix se consolidou como o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros.

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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL
NO SISTEMA FINANCEIRO
SUMÁRIO

TRANSFORMAÇÃO DIGITAL NO SISTEMA FINANCEIRO������������������������������������������������ 3


INTRODUÇÃO�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 3
INTERAÇÕES DIGITAIS������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
ATENÇÃO!��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������5
BIG DATA����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������5
TRANSFORMAÇÃO DIGITAL NO SISTEMA FINANCEIRO 3

TRANSFORMAÇÃO DIGITAL NO SISTEMA FINANCEIRO


INTRODUÇÃO
O conceito de transformação digital pode ser considerado como um processo, no qual as
instituições se utilizam da tecnologia para garantir seus resultados, aumentar seu alcance e
melhorar seu desempenho. Sendo assim, a TI não pode ser vista apenas como um apoio, mas
um meio estratégico de transformação de negócio.
Sendo assim, o foco das instituições financeiras voltou-se para fornecer seus produtos e serviços
de maneira totalmente digital, permitindo a sua contratação por meio da internet, dispositivos
móveis e computadores pessoais.

https://multimidia.gazetadopovo.com.br/media/info/2019/201907/pesquisa-transformacao-
-digital.png

INTERAÇÕES DIGITAIS
Cada vez mais o mercado tem entendido que o padrão de agências bancárias precisa ser
mudado.

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Mais interatividade e conectividade devem ser adicionadas ao novo modelo, ou melhor, aos
novos modelos. A agência possou a ser vista como espaço de alto conhecimento financeiro,
e é aí que entra a IA (inteligência artificial), chatbots e Big Data.
Até há pouco tempo, a Inteligência Artificial (IA) e os Chatbots eram vistos pelos executivos
do mercado financeiro como uma tecnologia futurista, não confiável e distante.
Atualmente, essas soluções já fazem parte da realidade de grande parte dos bancos, empresas
de investimentos e financeiras.
Com a adoção de sistemas inteligentes, essas empresas conseguem otimizar o atendimento ao
consumidor de forma personalizada, realizar avaliação de crédito e otimizar outros processos
internos.

https://uoledtech.com.br/hubfs/Imported_Blog_Media/data-drive.png

https://cmsportal.febraban.org.br/Arquivos/documentos/PDF/pesquisa-febraban-relatorio.pdf

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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL NO SISTEMA FINANCEIRO 5

Embora pareça um paradoxo, a tecnologia empregada nas instituições bancárias tem como
objetivo principal facilitar e humanizar a relação com o cliente.

https://cmsportal.febraban.org.br/Arquivos/documentos/PDF/pesquisa-febraban-relatorio.pdf
Os chatbots para os bancos podem ter quatro funções diferentes. São elas:
» informacionais: são capazes de responder às dúvidas e interações do usuário;
» transacionais: confirmam e informam sobre transações, como pagamentos, compras
e faturas;
» preditivos: podem dar assistência e antecipar dúvidas mais avançadas baseados em
interações anteriores;
» consultivos: aconselham financeiramente o usuário.

ATENÇÃO!
Conceito: customer centric
Colocar o cliente no centro de todas as decisões.

BIG DATA
A tecnologia que permite, por meio de suas ferramentas, armazenar e processar grandes
quantidades de informações já tem sido aplicada pelas empresas do setor financeiro.
Uma das características da tecnologia é a possibilidade de cruzar uma grande quantidade de
dados com diferentes bases em um curto espaço de tempo. Para ter uma ideia, a tecnologia
permitiu que um banco diminuísse o seu tempo de cálculo de 96 horas para apenas 4, trans-
formando-se em um exemplo de automação no setor financeiro.

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https://www.sydle.com/assets/post/big-data-definicao-importancia-e-tipos-614b91d588e-
600016a9279a7/o-que-e-bigdata.png?w=720

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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL NO SISTEMA FINANCEIRO 7

https://noomis-database-magazine-hmg.s3.amazonaws.com/072/big_data_box.png

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SEGMENTAÇÃO E
INTERAÇÕES DIGITAIS
SUMÁRIO

SEGMENTAÇÃO������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������ 3
1 - SEGMENTAÇÃO COMPORTAMENTAL: AS ESCOLHAS DO CLIENTE�����������������������������������������������������������������������������3
2 - SEGMENTAÇÃO PSICOGRÁFICA: ESTILO DE VIDA DO CLIENTE��������������������������������������������������������������������������������4
3 - SEGMENTAÇÃO DEMOGRÁFICA: UM PERFIL DO CLIENTE�����������������������������������������������������������������������������������������4
4 - SEGMENTAÇÃO GEOGRÁFICA: A CASA DE UM CLIENTE��������������������������������������������������������������������������������������������4
NICHO DE MERCADO���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������5
INTERAÇÃO DIGITAL���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 6
ATENÇÃO!��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������6
O PODER DA FIDELIZAÇÃO�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������7
O FATOR HUMANO�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������7
 3

SEGMENTAÇÃO
Via de regra, os bancos diferenciam os clientes em 3 grandes grupos por perfil de renda/
investimentos:
» Segmento varejo – compreende o grupo de clientes com renda inferior a 8 mil reais
(varia de banco pra banco) e com volume de investimentos inferior a 100 mil reais.
» Segmento alta renda – compreende o grupo de clientes com renda superior a 8 mil
reais (varia de banco pra banco) e com volume de investimentos superior a 100 mil
reais.
» Segmento private bank – compreende o grupo de clientes com volume de investi-
mentos superior a 1 milhão (varia de banco pra banco – tem bancos que o mínimo
é 3 milhões e alguns outros que o mínimo chega a 20 milhões).

Outros tipos de segmentação (4 tipos)


Os 4 modelos de segmentação de clientes incluem:
» Segmentação comportamental
» Segmentação psicográfica
» Segmentação demográfica
» Segmentação geográfica

1 - SEGMENTAÇÃO COMPORTAMENTAL: AS ESCOLHAS DO CLIENTE


» A segmentação comportamental aprofunda os hábitos de compra dos clientes mais
do que a demográfica. Traz também um dos tipos de perfil de cliente mais popular
a ser integrado em campanhas de marketing.

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Exemplos de segmentação comportamental


» Benefícios procurados
» Facilidade para comprar ou influenciar
» Segmentação baseada em taxas de uso
» Características comuns

2 - SEGMENTAÇÃO PSICOGRÁFICA: ESTILO DE VIDA DO CLIENTE


A psicografia é um tipo de segmentação de clientes que se concentra em características internas
ou qualitativas. Atributos psicográficos são aqueles que não são claros apenas olhando para
o cliente. Em vez disso, ela requer uma análise ainda mais profunda.
Exemplos de segmentação psicográfica:
» Hábitos
» Hobbies, atividades ou interesses
» Valores ou opiniões
» Personalidade ou atitude
» Estilo de vida
» Status social

3 - SEGMENTAÇÃO DEMOGRÁFICA: UM PERFIL DO CLIENTE


Os dados demográficos são a divisão de suas personas em características mais superficiais,
como idade ou sexo. A técnica oferece informações básicas sobre seus clientes e costuma ser
considerada um dos tipos de segmentação mais amplos.
» Sexo
» Idade
» Renda
» Religião
» Profissão
» Educação

4 - SEGMENTAÇÃO GEOGRÁFICA: A CASA DE UM CLIENTE


Geográficos são os estudos de seu cliente com base em sua localização física, o que pode
afetar mais as interações físicas no mercado. Os consumidores agrupados em áreas seme-
lhantes podem compartilhar preferências parecidas. É por isso que esse tipo de segmentação
é excelente para combinar com tipos mais abstratos, como comportamentais.
Exemplos de segmentação geográfica
» Cidade
» Estado
» País

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» Densidade populacional
» Status econômico
» Área
» Clima regional
» Nicho de mercado

NICHO DE MERCADO
O Nicho de Mercado representa um público que possui necessidades específicas e que, em
geral, é pouco explorado comercialmente ou não é atendido por nenhuma empresa ou mercado.
Ou seja, nicho se refere a um grupo ou a uma parcela de um mercado. No entanto, não se
trata de qualquer grupo, visto que nicho de mercado é diferente de segmento de mercado.
Exemplo:
Pense em uma empresa de materiais esportivos, que oferece uma infinidade de produtos no
mercado: roupas para prática esportiva, equipamentos, entre outros materiais. Ao se posicio-
nar no mercado, o seu segmento será um grupo muito amplo de pessoas, que, com alguma
regularidade, praticam esporte.
Sendo este o segmento de nossa empresa de materiais esportivos, qual seria, então, o nicho
de mercado que ela atua? Basicamente, poderia se tratar de um grupo muito restrito dentro
deste segmento, como tenistas, que contam com uma baixíssima disponibilidade de produtos
e serviços especializados para o esporte que praticam.
Perceba que o nicho está ligado a uma noção de oportunidade, isto é, trata-se de parte do
segmento ainda pouco ou nada explorada pelas empresas do setor. Nesse sentido, podemos
também apontar exemplos reais de identificação de nicho no mercado financeiro, como é o
caso dos bancos digitais.

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INTERAÇÃO DIGITAL
Atualmente, os clientes buscam uma proximidade maior com as companhias. Dessa forma,
a venda deixou de ser algo frio e se transformou em consequência de um relacionamento.
Atendimento omnichannel
A presença em vários canais – que também pode ser chamada de omnichannel, no inglês
– significa a diversificação, amplificação de meios de contato com o cliente e o aumento no
poder da interação.

https://globalbot.com.br/wp-content/uploads/2020/11/omnichannel-vs-multicanal.png.webp
A proposta é oferecer diferentes opções para atender a públicos amplos. Assim, um negócio
que trabalha com adolescentes, adultos e idosos deve entender que não é possível interagir
com os clientes apenas via Instagram. Isso porque não dá para assumir que todas as pessoas
acima de 60 anos têm intimidade com a plataforma.
De forma geral, trabalha-se ao menos cinco canais de contato básicos:
» Telefone;
» E-mail;
» Redes sociais (que podem variar de acordo com o público-alvo);
» Chat online (automatizado ou não);
» WhatsApp.

ATENÇÃO!
Oferecer ao cliente diferentes canais de contato não significa realizar o mesmo tipo de comu-
nicação em todos eles. Cada meio exige linguagem e agilidade diferentes. Além disso, a neces-
sidade do cliente pode mudar de acordo com a plataforma.

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Ferramentas como chat e redes sociais, por exemplo, costumam ser mais usadas para resolver
problemas corriqueiros. O telefone, por sua vez, envolve questões mais complexas.
O conceito envolve análise de dados para entender os padrões de comportamento dos clientes,
em busca de melhores resultados e acaba aumentando o poder da interação.

O PODER DA FIDELIZAÇÃO
Ao responder à demanda do cliente de um jeito claro e rápido, a empresa gera engajamento
e admiração. Isso é essencial porque, em 2020, 62% dos brasileiros deixaram de adquirir pro-
dutos e serviços por causa de uma experiência negativa na hora de interagir com a instituição.

O FATOR HUMANO
Embora 40% das pessoas tenham relatado experiências positivas em todas ou na maioria das
vezes em que interagiram com um robô, segundo a “CX Trends 2021”, não há tecnologia que
substitua uma boa conversa para liquidar uma demanda.

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OPEN FINANCE
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 3
ATENÇÃO!��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
APLICAÇÃO������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
OPEN DATA������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������5
 3

INTRODUÇÃO
O Open Finance é uma evolução do Open Banking, pois amplia a iniciativa para além do serviço
de bancos, agregando também as instituições financeiras.
É, como define o Banco Central, “compartilhamento padronizado de dados e serviços por meio
de abertura e integração de sistemas”.
Essa nova versão abarca também serviços de cartão de crédito, câmbio, investimentos, finte-
chs, seguros e previdência.
O projeto de mudança de nomenclatura do sistema foi lançado pelo Bacen em parceria com
o Conselho Monetário Nacional, na Resolução Conjunta nº 4 de 24 de março de 2022.

ATENÇÃO!
» A instituição já planeja incluir nessa nova definição o Open Insurance, inicia-
tiva de compartilhamento de dados no setor de seguros que já está em fase de
implementação.
» O sistema anteriormente chamado de Open Banking, de acordo com essa resolução,
passou a se chamar Open Finance.
» Por isso, o Open Finance não é um novo sistema que passará por um processo
de implementação como o Open Banking, mas é uma nova etapa desse mesmo
processo.

https://vcrpbrasil.com/wp-content/uploads/Beneficios-do-Open-Finance-1-2-640x1024.png

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APLICAÇÃO
Com o acesso a dados e informações centralizadas, o Open Finance poderá ser usado em
uma série de atividades para facilitar a experiência do cliente, desde a diminuição de custos
das soluções financeiras até a automação da coleta de dados para a declaração de impostos.
Há também a aplicação dessas informações para prevenir a ocorrência de fraudes financeiras,
seja em bancos ou outras instituições.
Algumas possibilidades de aplicação do Open Finance:
» Declaração de Imposto de Renda: o contribuinte poderia, ao autorizar o compartilha-
mento de dados, importar uma lista de dados financeiros que preencheria diversos
campos do IR de forma automática.
» Prevenção à fraude com a biometria de voz. Em um sistema Open Finance, o usuá-
rio pode autorizar que outra instituição use essa forma de identificação em outros
aplicativos.
» Biometria comportamental é o nome usado pelo mercado para se referir a uma
solução que analisa o histórico do cliente para verificar se uma transação pode ser
uma tentativa de fraude
» No cenário do Open Finance, bancos e instituições financeiras poderão compartilhar
os padrões comportamentais das transações dos usuários que autorizarem. Nesse
caso, o histórico do cliente seria ainda maior, pois estaria unindo dados de diferen-
tes fontes, proporcionando uma biometria de comportamento ainda mais precisa.
» Evolução do Banking as a Service (BasS):é um tipo de tecnologia que permite que qual-
quer empresa ofereça serviços financeiros, sem que seja um banco ou uma instituição
financeira propriamente dita. Então, o que antes era oferecido apenas por bancos, como
cartão de débito, crédito e empréstimos, pode ser feito por empresas de outros setores.
» Mais segurança em onboarding e mudanças cadastrais: os bancos também podem
compartilhar entre si informações sobre os usuários e aumentar as chances de
detecção de fraudes com documentos e dados pessoais vazados.

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OPEN DATA
A ideia central é a mesma do Open Finance: cada pessoa é a titular das suas informações e
poderá optar por consentir acesso a elas como uma forma de obter benefícios. Seja para con-
tratar novos serviços, adquirir produtos ou apenas obter atendimento adequado de qualquer
espécie.
Trata-se de mais um movimento de compartilhamento de informações viabilizado pelo surgi-
mento de ferramentas afiadas para refinar dados coletados e gerar insights valiosos.
Com o avanço do Open Data, os dados coletados e tratados (comumente conhecidos como
“smart data”) também poderão ser utilizados por outros segmentos, como transporte, energia,
telecomunicações etc.

https://dock.tech/wp-content/uploads/2022/06/open-data-1-2048x1116.jpg

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FUNÇÕES DA MOEDA –
PARTE 1
SUMÁRIO

FUNÇÕES DA MOEDA���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 3
APROFUNDANDO O CONHECIMENTO!������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
 3

FUNÇÕES DA MOEDA
Em termos econômicos, moeda é tudo aquilo que é geralmente aceito para liquidar as transa-
ções, isto é, para pagar pelos bens e serviços e para quitar obrigações, ou seja, de acordo com
esta definição, qualquer coisa pode ser moeda, desde que aceita como forma de pagamento.
Ela é considerada o instrumento básico para que se possa operar no mercado.
1.Em primeiro lugar, é um meio de troca, isto é, as pessoas estão dispostas a aceitá-la em troca
de bens e serviços e, portanto, não há necessidade de haver coincidência mútua de desejos
para que uma transação ocorra.
2. Em segundo lugar, serve como unidade de conta, e como tal os preços são cotados em
unidades monetárias e não em relação a outros bens e serviços. Nestes dois papéis a moeda
facilita o processo de troca.
3. Em terceiro lugar, a moeda é uma reserva de valor e, neste papel, é igual aos demais ativos
financeiros. Quando as pessoas recebem dinheiro em troca de bens e serviços, não precisam
gastá-lo imediatamente, porque ele mantém seu valor (exceto em períodos de inflação, quando
deixa de ser usado como reserva de valor)
Resumindo as três funções, temos:
» Moeda como meio de troca: intermediário entre as mercadorias;
» Moeda com unidade de conta: ser o referencial das trocas, o instrumento pelo qual
as mercadorias são cotadas; e
» Moeda como reserva de valor: poder de compra que se mantém no tempo, ou seja,
forma de se medir a riqueza.

Ao longo do tempo, a moeda evoluiu, primeiramente tínhamos a moeda-mercadoria (sal,


animais, etc.), passando pela moeda metálica (ouro, prata, metais preciosos) até chegarmos
ao que temos hoje, o papel-moeda ou moeda fiduciária, para o qual não existe qualquer tipo

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de lastro. Isto é, não existe a garantia física sustentando o valor da moeda, e sua aceitação se
deve à imposição legal do Governo.

APROFUNDANDO O CONHECIMENTO!
Economia de trocas: necessidade de dupla coincidência de desejos.
Moeda mercadoria: forma mais primitiva de moeda na economia.
Moeda metálica: originou-se da função de moeda dada aos metais preciosos e, depois, pela
implementação da “cunhagem” da moeda.
Papel-moeda: origem na moeda-papel, quando pessoas tinham ouro e guardavam em casas
especiais que emitiam um certificado de depósito.
Bancos comerciais privados: bancos passaram a emitir notas e recibos bancários que circula-
vam como moeda, dando origem ao papel-moeda.
Padrão-ouro: emissão do papel-moeda lastreado em ouro, que acabou se tornando um obs-
táculo para a expansão das economias nacionais e comércio internacional.
Moeda de curso-forçado: a partir de 1920, a emissão de moeda passou a ser livre.
Bretton Woods (1944): regime de moeda lastreada, na qual o dólar americano passa a ser
moeda internacional respeitando o padrão-ouro. Em 1971, foi suspenso o padrão-ouro e quase
todas as moedas nacionais do mundo passaram a ser fiduciárias.
Tipos de moeda:
ͫ moedas metálicas;
ͫ papel-moeda;
ͫ moeda escritural ou bancária.
As duas primeiras são denominadas moedas manuais, por estarem em poder do público.
Conceito de meios de pagamento: total de moeda à disposição do setor privado não bancário,
de liquidez imediata.
Liquidez: capacidade da moeda de ser um ativo prontamente disponível e aceito para diversas
transações.
Os meios de pagamento são dados, tradicionalmente, pela soma da moeda em poder público
mais os depósitos à vista nos bancos comerciais:
meios de pagamento = moeda em poder público + depósitos à vista nos bancos comerciais
Desmonetização da Economia: diminuição da quantidade de moeda sobre o total de ativos
financeiros decorrente de as pessoas procurar e se defender da inflação com aplicações finan-
ceiras que rendem juros.
Monetização da Economia: com inflação baixa, as pessoas mantêm mais moeda que não rende
juros em relação aos demais ativos financeiros.

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FUNÇÕES DA MOEDA –
PARTE 2
SUMÁRIO

FUNÇÕES DA MOEDA – PARTE 2������������������������������������������������������������������������������ 3


CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS DA MOEDA�������������������������������������������������������������������������������������� 3
MOEDA FIDUCIÁRIA�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
MOEDA BANCÁRIA (MOEDA INVISÍVEL OU MOEDA ESCRITURAL)�����������������������������������������������������������������������������������3
MOEDA ELETRÔNICA (“E-MONEY”):�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
DEMANDA POR MOEDA�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
OFERTA DE MOEDA�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
FUNÇÕES DA MOEDA – PARTE 2 3

FUNÇÕES DA MOEDA – PARTE 2


CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS DA MOEDA
» Indestrutibilidade e inalterabilidade das suas características físicas;
» Homogeneidade de duas unidades equivalentes de moeda;
» Divisibilidade;
» Transferibilidade (sem registro da propriedade anterior); e,
» Facilidade de manuseio e transporte.

MOEDA FIDUCIÁRIA
A moeda fiduciária atual surgiu da evolução do papel-moeda. Trata-se de notas e moedas
emitidas pelo Banco Central e não lastreadas ou conversíveis em ouro e prata.

MOEDA BANCÁRIA (MOEDA INVISÍVEL OU MOEDA ESCRITURAL)


São os depósitos a vista nos bancos comerciais.

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MOEDA ELETRÔNICA (“E-MONEY”):


» Cartões de débito;
» Cartão de valor acumulado;
» Dinheiro e cheque eletrônico

DEMANDA POR MOEDA


a) Motivo Transação
b) Motivo Precaucional
c) Especulativo
https://files.passeidireto.com/23326364-d9bf-4088-8de8-a931e9a175e5/bg3.png

OFERTA DE MOEDA
» A forma pela qual a oferta de moeda é determinada na maioria das economias
experimentou uma alteração fundamental no século XX. Nas suas primeiras décadas
a moeda sem lastro não era usada de forma geral, mas sim o ouro e a moeda com
lastro em ouro.
» O papel-moeda, quando em uso, podia ser convertido naquele metal precioso por um
preço fixo. Nesse sistema monetário, as variações na oferta de moeda eram deter-
minadas, principalmente, pela produção do metal precioso (do ouro, em particular
» Por outro lado, no sistema de curso forçado, a oferta de moeda é determinada,
principalmente, pela política governamental. A diferença é crucial. A maioria das
nações tem uma instituição oficial normalmente chamada banco central, que possui
autoridade legal para imprimir dinheiro.
» Como regra geral, o banco central de cada país, ao buscar determinar a oferta de
moeda, usa o agregado composto pelo papel moeda e moedas metálicas em poder
do público não -bancário, mais as reservas que os bancos com merceais mantém
junto a si e no banco central (este agregado é denominado de M0, ou base Monetária
» Como o banco central é a única autoridade que pode imprimir (ou autorizar que
se imprima) uma nota de dinheiro ou cunhar uma moeda, ele determina a oferta
dessas notas e moedas na economia (que são mantidas como dinheiro pelo público
ou como reservas bancárias).

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O DINHEIRO NA ERA
DIGITAL: BLOCKCHAIN
SUMÁRIO

O DINHEIRO NA ERA DIGITAL: BLOCKCHAIN�������������������������������������������������������������� 3


O QUE É BLOCKCHAIN?������������������������������������������������������������������������������������������������������������������ 3
QUAL A VANTAGEM DO BLOCKCHAIN?�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4
o dinheiro na era digital: blockchain 3

O DINHEIRO NA ERA DIGITAL: BLOCKCHAIN


O QUE É BLOCKCHAIN?
É uma espécie de grande “livro contábil” que registra vários tipos de transações e possui seus
registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o
bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores.
Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as “páginas” desse “livro contábil” estão arma-
zenadas em várias “bibliotecas” espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento
presente nele é uma árdua tarefa.
Este sistema é formado por uma “cadeia de blocos”. Um conjunto de transações é colocado
dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia.
Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as
movimentações registradas nela.
Todas as transações que acontecem na blockchain são reunidas em blocos. Cada bloco é ligado
ao anterior por um elo, um código chamado “hash”. Juntos, eles formam uma “corrente de
blocos”, ou “blockchain”.

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https://blog.xpeducacao.com.br/wp-content/uploads/2022/02/o-que-sao-criptomoedas-
-blockchain.png?quality=60&w=481
A tecnologia blockchain é empregada em sistemas para registro de:
» Propriedade intelectual;
» Música;
» Ativo financeiro;
» Dinheiro;
» Contratos de propriedade, etc.
Entre as características da blockchain estão:
» Sistema de fé pública para os registros, baseado em confiança e transparência;
» Sistema feito em código aberto, assim como bitcoin, passível de ser modificado;
» Segurança feita em criptografia, que requer a participação de outros computadores;
» Automatização, para que não existam erros como duplicidade ou conflitos na rede.
» Descentralização: não depende de uma organização ou de alguma estrutura centra-
lizada. Como estamos lidando com uma cadeia de blocos, onde os participantes vão
validar e preencher os blocos, a estrutura é totalmente descentralizada.

QUAL A VANTAGEM DO BLOCKCHAIN?


» A principal vantagem do blockchain é a segurança, que impede que os registros do
banco de dados sejam apagados ou alterados. No entanto, isso exige que os próprios
usuários validem as transações, caso contrário ficam dependentes de entidades
centralizadas.
» Além de segura, é uma forma rápida, transparente, e autônoma de realizar transa-
ções financeiras, ou do registro de informações no formato digital.
» Em resumo, este banco de dados descentralizado elimina a necessidade de terceiros
para proteger e autenticar os dados.

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o dinheiro na era digital: blockchain 5

Exemplo:
» Suponha que Maria quer enviar um ativo digital (uma criptomoeda, um contrato ou
um arquivo digital) para João;
» O ativo é representado online como um bloco onde os detalhes estão armazenados;
» O bloco é distribuído pela rede e cada máquina fica com uma cópia da transação
em tempo real;
» A rede verifica se o ativo é válido em questão de minutos;
» Se aprovado, o bloco é adicionado a uma corrente de blocos e ganha um registro
permanente na rede. Isso significa que ele não pode ser alterado;
» A propriedade do ativo, que era de Maria, agora fica registrada na rede como sendo
de João.
» Toda essa movimentação é validada pela rede, mas ninguém sabe quem está fazendo
a transação. Essa informação é protegida por um código formado por letras e núme-
ros muito difícil de ser descoberto.

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O DINHEIRO NA ERA
DIGITAL: BITCOIN E DEMAIS
CRIPTOMOEDAS
2

BITCOIN
O Bitcoin é uma moeda digital, utilizada para comprar e vender produtos e serviços pela
internet. Diferente de outras moedas, como o real ou dólar, o Bitcoin hoje só existe no meio
virtual, sendo guardadas em uma carteira digital.
A moeda surgiu em 2009, como uma forma de facilitar as negociações pela internet. Não se
sabe muito sobre o seu criador, apenas que se trata de um programador, ou grupo de progra-
madores, que utiliza o pseudônimo de Satoshi Nakamoto. O objetivo do Bitcoin era funcionar
como uma moeda descentralizada, sem uma instituição financeira, como um banco, para
intermediar a troca de dinheiro entre duas pessoas.
Assim as transações pela internet poderiam ser mais rápidas, baratas e as moedas poderiam
ser utilizadas em qualquer país, sem limites ou condições especiais.
Devido à sua rápida valorização, o Bitcoin se tornou, para muitos, a oportunidade de um
“investimento” com alto potencial de retorno.

FUNCIONAMENTO
A base do sistema do Bitcoin é a criptografia. É ela que garante que o sistema funcione e que
todas as transações sejam realizadas de forma segura e anônima.
Por isso os Bitcoins também são chamados de criptomoedas.
A moeda existe apenas de forma digital e todas as transações realizadas com bitcoins só são
possíveis com o intermédio da Internet. Para isso, o cliente precisa ter uma carteira digital e
usar os serviços de corretoras que se encarregam de enviar e receber os bitcoins conforme
você os negocia na rede.
A criação dos bitcoins é realizada num processo que se convencionou chamar de mineração:
computadores poderosos e extremamente especializados rodam um software que executa
milhões de cálculos matemáticos por segundo, na esperança de gerar a moeda.
Para evitar que a inflação corroa o valor da moeda, o bitcoin tem um mecanismo que, sozinho,
aumenta a complexidade do processo de mineração para evitar que, de uma hora para outra,
vários mineradores consigam gerar quantidades grandes da moeda.
Na prática, isso significa que, com o passar do tempo, gerar bitcoin se torna cada vez mais difícil.
O valor do bitcoin oscila de acordo com a demanda da moeda no mercado, seguindo mais ou
menos as mesmas relações de causas e efeitos que fazem com que a bolsa de valores ou o
dólar variem de preço dia a dia.
Atualmente existem três maneiras de adquirir bitcoins de maneira eficiente: através da mine-
ração, comprando em exchanges ou comprando diretamente com outras pessoas
Minerar
É possível adquirir Bitcoins através da mineração. Você vai precisar comprar um computador
específico para isso e ceder seu poder computacional para a rede, confirmando transações.
Para isso, você será recompensando com bitcoins a cada bloco minerado. Atualmente não é
viável minerar no Brasil, porque o custo de eletricidade é muito alto.

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 3

Exchanges
Dá para adquirir bitcoins através de Exchanges. As exchanges são sites que reúnem compradores
e vendedores em um ambiente seguro, onde as trocas ocorrem de forma anônima e rápida.
P2P
Também é possível comprar Bitcoins diretamente com outras pessoas, sem precisar passar
por uma exchange. O problema é que você vai precisar encontrar alguém de confiança e que
conheça bitcoin, porque golpes nesse tipo de transação são comuns.
Como converter bitcoins em reais?
Em geral, o mesmo site que realiza a intermediação entre sua carteira e o mercado de bitcoins
deve permitir a troca da moeda virtual por reais. O processo é todo digital: você determina a
quantia que deseja trocar por dinheiro de verdade, realiza a conversão e direciona o depósito
desse dinheiro para uma conta bancária, ou serviço monetário como tipo PayPal.

ATENÇÃO!
No momento, bitcoins não são alvo de fiscalização de governos e sua circulação não envolve
pagamento de taxas e impostos. Entretanto, a partir do momento em que a moeda virtual se
torna dinheiro de verdade na sua conta isso muda: taxas e impostos passam a incidir sobre
o dinheiro.

POLÊMICAS
Os críticos apontam que a escalada vertiginosa de valorização sinaliza para a criação de uma
bolha financeira, há quem considere as criptomoedas esquemas de pirâmide e uma série de
críticos chamam a atenção para o fato de que a natureza descentralizada, descontrolada e
inerentemente anônima do bitcoin tem servido de refúgio para lavagem de dinheiro e para que
criminosos movimentem dinheiro sem que as autoridades tenham como saber e investigar.
Exemplo disso foram os recentes grandes ataques de ransomware que exigiam das vítimas
pagamento de resgates em forma de bitcoins.

https://blog.cresol.com.br/wp-content/uploads/2022/12/202212_Cresol_Criptomoedas_famo-
sas.png

https://foxbit.com.br/wp-content/uploads/2019/11/Virtuais-x-Digitais2-04-04-1024x572.jpg

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FORMAS DE ATUAÇÃO DO
SISTEMA FINANCEIRO:
MARKETPLACE
2

MARKETPLACE BANKING
Um marketplace é uma plataforma que conecta oferta com a demanda de produtos ou ser-
viços. Ou seja, reúne diversos vendedores em um só ambiente online. De forma geral, um
marketplace funciona como um shopping virtual.
Neste ambiente, os consumidores contam com a comodidade de encontrar e conhecer os
detalhes; comparar e solicitar diversas ofertas de produtos financeiros de forma simples e
segura, sem a necessidade de sair em pesquisa das ofertas nos sites de cada banco.
Dentre os produtos e serviços oferecidos estão: cartões de crédito, contas digitais, maquininhas
de cartão e empréstimos de diversas instituições financeiras do país.
Eles são separados por categorias para que o usuário possa comparar de acordo com o que
realmente deseja.
Quando alguém quer contratar um cartão, por exemplo, essa pessoa pode escolher de acordo
com a categoria que mais faz sentido para ela, como: cashback, milhas, anuidade grátis, recom-
pensas, cartões destinados a clientes negativados ou com score de crédito baixo.
Os marketplaces popularizam produtos e serviços financeiros dos bancos!
As principais características de um modelo de marketplace banking são:
» A instituição, não necessariamente financeira, é especializada em tecnologia e tra-
balha na oferta de serviços de conta corrente;
» Pode possuir licença bancária ou faz uso de uma licença, num modelo parecido com
“barriga de aluguel”, para entregar as soluções de banking;
» Conta com fornecedores terceirizados para integrar outros serviços financeiros por
meio de APIs.
Em outras palavras, o marketplace banking funciona como um ecossistema em que a plata-
forma possui vários fornecedores especializados para oferecer diferentes serviços aos clientes.
Nesse modelo, o grande diferencial é a liberdade que o cliente tem para poder escolher ape-
nas as soluções que deseja, dentro de um pacote disponibilizado pelo marketplace banking
de produtos de terceiros.

DIFERENÇAS ENTRE O MARKETPLACE BANKING E O OPEN BANKING


Diferente do modelo de marketplace banking, o open banking permite que os participantes
se conectem à solução e interajam entre si, criando e trocando valor.
O consumidor final é o maior vencedor no open banking, ele ganha direito sobre o que já era
seu: seus dados, seu histórico financeiro.
No modelo open banking, a instituição pode ser somente um provedor de conta corrente ou
pode ainda ser um agregador de um conjunto de serviços a fim de entregar uma solução, ou
informação sobre determinada pessoa ou empresa.
Para participar destas modalidades, basta que os fornecedores terceirizados cumpram os
requisitos mínimos de plug-in estabelecidos pela plataforma bancária, não havendo limite
para integrações.

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MARKETPLACE BANKING OPEN BANKING


O banco cria uma plataforma para expor
O banco cria APIs bem definidas para permitir
APIs para outras empresas, fintechs e desen-
uma melhor experiência. É ele que controla e
volvedores consumi-las e criar seus próprios
proporciona a experiência de integração.
produtos.
Qualquer fornecedor terceirizado consegue
O banco seleciona parceiros especializados
conectar seus produtos à plataforma, desde
para oferecer serviços financeiros adicionais,
que estejam de acordo com determinados
complementando seus produtos.
padrões básicos.
Os clientes podem escolher entre um forneci-
Os clientes têm escolhas limitadas.
mento mais aberto de produtos.

BANK AS A SERVICE
Quais as diferenças de um modelo Bank as a Marketplace e Bank as a Service?
» Diferente do modelo Bank as a Marketplace, a estratégia de Bank as a Service (BaaS)
vai além da oferta tradicional de produtos, pois trata-se de um modelo de negócios
plug-and-play que permite que os participantes se conectem a ela, interajam entre
si, criem e troquem valor.
» O modelo BaaS possui algumas características que o diferenciam de um modelo de
Bank as a Marketplace como:
» Banco pode ser somente um provedor de conta corrente ou mesmo um fornecedor
de um conjunto completo de serviços;
» Banco cria uma plataforma, na qual expõe APIs para outras empresas, fintechs e
desenvolvedores para que estes possam consumi-las e criar seus próprios produtos;
» Qualquer fornecedor terceirizado consegue conectar seus produtos à plataforma
desde que estes estejam de acordo com determinados padrões básicos;
» Os clientes deste banco “plug-and-play” podem escolher entre um fornecimento
mais aberto de produtos.
» Uma das diferenças mais marcantes do modelo BaaS quando comparado ao Mar-
ketplace Banking é que nele não há um limite na participação de fornecedores
terceirizados além dos requisitos mínimos de plug-in estabelecidos pela plataforma
bancária. Logo tais parceiros conseguem se ligar e se desconectar da plataforma
com facilidade.

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FORMAS DE ATUAÇÃO DO
SISTEMA FINANCEIRO:
CORRESPONDENTES
BANCÁRIOS
2

CORRESPONDENTES BANCÁRIOS
O Banco Central define correspondente bancário como “empresa contratada por instituições
financeiras e demais instituições autorizadas pelo Banco Central para a prestação de serviços
de atendimento aos clientes e usuários dessas instituições.”
Em outras palavras é uma empresa não bancária (pessoa jurídica) responsável por mediar
instituições financeiras e clientes. Essas empresas realizam operações de crédito e outros
serviços, em nome de um banco, e podem estar conveniadas a mais de uma companhia.
Entre os correspondentes mais conhecidos encontram-se as lotéricas e o banco postal, marca
utilizada pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT.
O principal objetivo é levar serviços bancários à maior parte da população, estender a lugares
onde não há agência dos principais bancos, por exemplo. Dessa forma, consegue acelerar o
atendimento ao cliente e facilitar o acesso ao crédito.
Além disso, muitas organizações apostam em parcerias de vendas com outras empresas para
alcançar um maior número de clientes. Por exemplo, várias fintechs, companhias especializadas
em finanças, concedem crédito, mas precisam de instituições parceiras para emitir propria-
mente o capital e outras para captar público.
De acordo com a regulamentação do Banco Central, essas instituições podem realizar serviços
financeiros variados, como:
» Recebimentos e pagamentos de contas qualquer natureza
» Recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósitos à
vista e a prazo
» Coleta de informações cadastrais e análise de crédito
» Serviços de cobranças
» Ordens de pagamento
» Solicitação de empréstimos pessoais, empresariais e financiamentos
» Solicitação de cartão de crédito e débito para trabalhadores e aposentados
» Realização de recebimentos, pagamentos e transferências eletrônicas visando à
movimentação de contas de depósitos de titularidade de clientes mantidas pela
instituição contratante;
» Aplicação e resgate em fundo de investimento
» Realização de operações de câmbio de responsabilidade da instituição contratante
O correspondente bancário facilita o acesso a inúmeras operações, sem que o cliente precise
se deslocar até uma agência. Também é possível resolver tudo em um lugar só. Por exemplo,
uma loja de varejo, além de vender produtos próprios, pode disponibilizar saques, pagamento,
abertura de contas, recarga de celular e seguros.
Sem contar que é muito mais barato para os bancos e financeiras ter correspondentes em
diferentes lugares em vez de instalar várias agências ou caixas eletrônicos.
Com custos baixos, as empresas credoras também conseguem oferecer condições de paga-
mento melhores.
Por outro lado, é importante ressaltar o que essas empresas NÃO podem fazer, segundo a lei.
Estão proibidas de:
» Cobrar pagamento adiantado.
» Impor tarifas sobre o serviço de intermediação prestado
» Liberar empréstimo sem ter parceria com um banco.

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Com menos agências, cresce a importância dos caixas 24HORAS (multibanco), dos bancos
digitais e fintechs e ainda dos correspondentes bancários

https://sindicatodosbancarios.org.br/wp-content/uploads/2022/05/Quadro-de-fechamento-
-de-agencias.png

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FORMAS DE ATUAÇÃO DO
SISTEMA FINANCEIRO:
ARRANJO DE PAGAMENTOS
2

ARRANJO DE PAGAMENTOS
Um arranjo de pagamento é o conjunto de regras e procedimentos que disciplina a prestação
de determinado serviço de pagamento ao público. As regras do arranjo facilitam as transações
financeiras que usam dinheiro eletrônico.
Diferentemente da compra com dinheiro vivo entre duas pessoas que se conhecem, o arranjo
conecta todas as pessoas que a ele aderem. É o que acontece quando o cliente usa uma ban-
deira de cartão de crédito numa compra que só é possível porque o vendedor aceita receber
daquela bandeira.
Os arranjos podem se referir, por exemplo, aos procedimentos utilizados para realizar compras
com cartões de crédito, débito e pré-pago, em moeda nacional ou estrangeira. Os serviços de
transferência e remessas de recursos também são arranjos de pagamentos.
As pessoas jurídicas não financeiras que executam os serviços de pagamento no arranjo são
chamadas de instituições de pagamento e são responsáveis pelo relacionamento com os
usuários finais do serviço. Instituições financeiras também podem operar com pagamentos.

ATENÇÃO NA PROVA!
Alguns tipos de arranjo de pagamentos não estão sujeitos à regulação do BCB, tais como os
cartões private label – emitidos por grandes varejistas e que só podem ser usados no estabe-
lecimento que o emitiu ou em redes conveniadas.
Também não são sujeitos à supervisão do BC os arranjos para pagamento de serviços públicos
(como provisão de água, energia elétrica e gás) ou carregamento de cartões pré-pagos de
bilhete de transporte.
Incluem-se nessa categoria, ainda, os cartões de vale-refeição e vale-alimentação e ainda,
os subcredenciadores e os prestadores de serviço de rede. Os primeiros são instituições que
habilitam os estabelecimentos comerciais a aceitar instrumentos de pagamentos, como car-
tões de crédito e débito, ligados a outros credenciadores participantes do mesmo arranjo de
pagamento.
São exemplos: PagPop, Moip, Stelo, Pagar.Me, Aceita Fácil, PayU, PayLeven. Já os prestadores
de serviços de rede apenas disponibilizam a infraestrutura de rede para a captura e o direcio-
namento de transações de pagamento.

OBSERVAÇÃO!
A legislação proíbe que instituições de pagamento prestem serviços privativos de instituições
financeiras, como a concessão de empréstimos e financiamentos ou a disponibilização de
conta bancária e de poupança.

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https://www.bcb.gov.br/conteudo/home-ptbr/PublishingImages/Jornalismo%20Interno/Deati/
Arranjos%20de%20pagamento/tabela_v2.png

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SHADOW BANKING
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INTRODUÇÃO
O advento dos meios de comunicação e transporte cada vez mais eficientes, permitiu o avanço
da globalização e com ela, mercados financeiros de todo o mundo ficaram cada vez mais
interligados e dependentes entre si.
Mas apesar dos benefícios que essa integração trouxe, os riscos envolvidos em cada mercado
deixaram de ter um caráter local e passaram a comprometer o mundo inteiro. Nesse contexto,
um dos principais fatores de preocupação atualmente é a operação do controverso sistema
de shadow banking.
A expressão shadow banking (“sistema bancário de sombra”), criada em meados da década
passada, serve para categorizar o grupo de empresas intermediárias do segmento financeiro
que não participa do sistema bancário tradicional. Ou seja, estão “à sombra” do sistema, por
isso o nome.
O sistema financeiro tradicional é organizado em função dos bancos e da relação que eles
possuem com os governos de cada país. No entanto, como consequência da evolução mundial
em termos de globalização e aumento de tecnologia, nos dias atuais existem diversas alter-
nativas dentro do segmento.
Por ser uma estrutura paralela aos mercados tradicionais, o shadow banking está sujeito a
pouca ou nenhuma regulação. A atuação desse sistema pode colocar em risco todo o mercado
global – como já aconteceu durante a crise do subprime ocorrida no final da década de 2000.
Para termos uma ideia, essa estrutura hoje já movimenta mais de uma centena de trilhões de
dólares, cerca de ¼ do total de capital financeiro a nível global.
Observem na figura abaixo o crescimento anual da “rede não bancária” (shadow banking) no
mundo desde 2002.

Essa rede não bancária já estava presente entre nós sem ser muito percebida. É o caso por
exemplo do Mercado Pago da varejista de e-commerce, Mercado Livre. A chinesa Alibaba tem a
AliPay. A Apple Pay; Amazon Pay; Google Pay; Messenger Pay; Microsoft Pay; Samsung Pay, etc.
Dentre os intermediários não-regulamentados que podem fazer parte do shadow banking
estão os:
» Bancos de investimento;
» Fundos de hedge;
» Operações com derivativos e títulos securitizados;

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» Fundos do mercado monetário;


» Companhias de seguros;
» Fundos de capital privado;
» Fundos de direitos creditórios;
» Factorings e fomentadoras mercantis;
» Empréstimos descentralizados (peer-to-peer lending).

POR QUE O SHADOW BANKING EXISTE?


Instituições que praticam o shadow banking geralmente servem como intermediários entre
credores e tomadores de empréstimos, fornecendo crédito e capital para investidores e corpo-
rações. Mas como essas instituições não são bancárias, elas não recebem depósitos tradicionais
como um banco tradicional.
Por isso, muitas operações feitas por essas instituições possuem maiores riscos de mercado,
de crédito e de liquidez, além de não possuir uma reserva de capital para servir como garantia.
Mas com o desenvolvimento dos mercados globais e a estruturação de operações cada vez
mais complexas, o shadow banking passou a desempenhar um papel cada vez mais relevante
em todo o sistema financeiro.
De acordo com estudos da área, estima-se que em 2015 existiam 92 trilhões de dólares em
os ativos financeiros não bancários circulando pelo mundo.

CRÍTICAS E RISCOS ENVOLVIDOS NO SHADOW BANKING


O setor bancário paralelo desempenha um papel crítico ao atender crescente demanda por
crédito no mercado global. Porém, embora muitos argumentam que a atuação desse sistema
bancário paralelo pode aumentar a eficiência econômica, sua operação gera preocupações
quanto ao risco sistêmico de sistema financeiro.
Muitos acreditam, por exemplo, que o shadow banking foi o principal responsável pela crise
de 2008 – a maior recessão econômica desde a Grande Depressão dos anos 1930.
Isso se deve porque, na véspera da crise de 2008, o sistema financeiro paralelo nos Estados
Unidos tinha crescido aproximadamente o mesmo tamanho do sistema bancário tradicional
do país. Por isso, quando os junk bonds imobiliários criados pelo shadow banking começaram
a derreter, os investidores correram para tentar resgatar seu capital.
Mas como todas essas operações estavam completamente alavancadas (ou seja, sem nenhum
lastro ou garantia real), não haviam fundos para honrar nenhum compromisso. Logo, esse
problema se alastrou por todo o mercado financeiro, desencadeando todo o restante da crise
e afetando profundamente a economia mundial.

REGULAÇÃO E LIMITAÇÕES PROPOSTAS AO SHADOW BANKING


Após a crise de 2008, as autoridades do mundo inteiro se empenharam para aprovar uma
série de medidas que regulasse e limitasse a operação do shadow banking. Porém, apesar
das reformas, principalmente aquelas aprovadas pelo Congresso americano, essas instituições
ainda não estão sujeitas aos mesmos regulamentos que os bancos depositários tradicionais.
Isso significa que o shadow banking ainda permanece ativo e altamente alavancado, com uma
alta proporção de dívida em relação aos seus ativos de garantia.
Por isso, muitos acreditam que o esse sistema ainda pode estar expondo os mercados finan-
ceiros de todo mundo a um risco sistêmico excessivo.

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REMOTE BANKING:
INTERNET BANKING E
MOBILE BANKING
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INTERNET BANKING
O conceito de transformação digital pode ser considerado como um processo, no qual as
instituições se utilizam da tecnologia para garantir seus resultados, aumentar seu alcance e
melhorar seu desempenho. Sendo assim, a TI não pode ser vista apenas como um apoio, mas
um meio estratégico de transformação de negócio
Ao perceber que os clientes estavam se voltando para soluções mais modernas e que entre-
gavam mais valor, boa parte dos bancos, que ainda não haviam traçado estratégias de trans-
formação digital, voltaram-se para essas novidades.
Atualmente, as instituições financeiras não apenas lideram muitos aspectos de inovação, como
buscam ser referência sempre quando falamos em transformação digital e novas tecnologias.
Essa atitude é fruto do aumento da concorrência trazida pelo surgimento das Fintechs e glo-
balização de serviços.
O foco das instituições financeiras é fornecer seus produtos e serviços de maneira totalmente
digital, permitindo a sua contratação por meio da internet, dispositivos móveis e computadores
pessoais. O internet banking é uma destas soluções.
Essa iniciativa visa agregar valor junto ao usuário, que preza por sua liberdade em gerir suas
finanças de qualquer local, sem a necessidade de se deslocar até uma agência para poder
tomar qualquer atitude em relação a sua conta.
Desta maneira é preciso perceber também que a transformação digital não está ligada tão
somente ao atendimento ao cliente e a satisfação de suas necessidades, mas também ao uso
de tecnologias que permitam conduzir o negócio da melhor forma possível.
Internet banking é uma ferramenta online, que permite acessar a conta corrente-corrente e
outras pela internet. Com esse recurso pode-se verificar o saldo, fazer transferências, pagar
contas, solicitar empréstimos, realizar investimentos, etc.

VANTAGENS DO INTERNET BANKING PARA OS CLIENTES


» Encontrar o produto certo
» Contar com mais mobilidade
» Ter atendimento personalizado
» Gerir suas finanças com mais liberdade
» Pagar menos tarifas

E QUAIS AS VANTAGENS PARA OS BANCOS QUE DECIDEM ADOTAR O


DIGITAL?
» Melhor relacionamento com o cliente
» Menor índice de abandono
» Maior capacidade de investimentos e organização
» Os desafios a serem enfrentados.

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» Armazenamento de Informações
» Atender as demandas de produtos digitais por parte de seus clientes

MOBILE BANKING
Basicamente, o termo mobile banking refere-se ao uso de um smartphone ou outro dispositivo
móvel para realizar tarefas bancárias que normalmente só podiam ser feitas nas agências ou
por meio do computador pessoal.
É também como são chamados os serviços on-line que os bancos oferecem aos seus clientes,
tais como monitoramento de saldos da conta corrente, transferência de fundos entre contas,
pagamento de faturas, entre outros.
A expansão da telefonia celular e da internet banda larga permitiu que este canal fosse o mais
utilizado pelos brasileiros para operações bancárias em 2016, superando pela primeira vez o
internet banking, segundo pesquisa divulgada pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).
Do ponto de vista dos banqueiros, o mobile banking traz inúmeras vantagens. De redução de
custos à melhoria na experiência do cliente, passando por rapidez nas transações, possibilidade
de melhor segmentação e análises preditivas (Big Data) para oferecer produtos e serviços cada
vez mais personalizados e aderentes.
Já para os clientes, pessoas físicas e jurídicas, o mobile banking oferece a comodidade de
realizar transações bancárias a qualquer hora e em qualquer lugar onde haja conexão com
a internet. Traz, portanto, ganho de tempo e também facilita a realização de negócios em
poucos cliques

DESAFIOS
» Transformar o mobile banking em um canal transacional: elevar o número de vendas
de produtos e serviços
» Melhorar a usabilidade das aplicações mobile: segurança e simplicidade no uso das
ferramentas
» Lidar com as ameaças à segurança da informação: o Brasil é líder no mundo em
trojans bancários – os famosos vírus “cavalos de Troia”, que são instalados sem que
os usuários percebam e silenciosamente roubam dados de transações financeiras.

https://teletime.com.br/wp-content/uploads/2021/06/ciab1-1080x602-1-1024x571.jpg

https://blog.simply.com.br/wp-content/uploads/2021/06/transacoes-bancarias-2021-1.png

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Crime de Lavagem de
Dinheiro

Versão Condensada
Sumário
Crime de Lavagem de Dinheiro�������������������������������������������������������������������������������������� 3

1. BCB - Circular nº 3.978, de 23 de Janeiro de 2020������������������������������������������������������������������������������������������������ 3

1.1 Capítulo I - Do Objeto e do Âmbito de Aplicação����������������������������������������������������������������������������������������������������������� 3

1.2 Capítulo II - Da Política de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo������������������������ 3

1.3 Capítulo IV - Da Avaliação Interna de Risco�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 3

1.4 Capítulo VIII - Dos Procedimentos de Comunicação ao COAF�������������������������������������������������������������������������������������6

2. Carta Circular nº 4.001, de 29 de Janeiro de 2020������������������������������������������������������������������������������������������������ 6

 2

A L F A C O N
Crime de Lavagem de Dinheiro

CIRCULAR NO 3.978, DE 23 DE JANEIRO DE 2020 E CARTA CIRCULAR NO 4.001, DE 29 DE JANEIRO DE 2020 E


SUAS ALTERAÇÕES

1. BCB - Circular nº 3.978, de 23 de Janeiro de 2020

Dispõe sobre a política, os procedimentos e os controles internos a serem adotados pelas

instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil visando à prevenção da utilização do sistema
financeiro para a prática dos crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores, de que trata a Lei nº
9.613, de 3 de março de 1998, e de financiamento do terrorismo, previsto na Lei nº 13.260, de 16 de março de 2016.

1.1 Capítulo I - Do Objeto e do Âmbito de Aplicação

Art. 1º Esta Circular dispõe sobre a política, os procedimentos e os controles internos a serem adotados pelas insti-
tuições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil visando à prevenção da utilização do sistema financeiro
para a prática dos crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores, de que trata a Lei nº 9.613, de 3 de
março de 1998, e de financiamento do terrorismo, previsto na Lei nº 13.260, de 16 de março de 2016.

Parágrafo único. Para os fins desta Circular, os crimes referidos no caput serão denominados genericamente “lava-
gem de dinheiro” e “financiamento do terrorismo”.

1.2 Capítulo II - Da Política de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao


Financiamento do Terrorismo

Art. 2º As instituições mencionadas no art. 1º devem implementar e manter política formulada com base em princí-
pios e diretrizes que busquem prevenir a sua utilização para as práticas de lavagem de dinheiro e de financiamento
do terrorismo.

Parágrafo único. A política de que trata o caput deve ser compatível com os perfis de risco:

I - dos clientes;

II - da instituição;

III - das operações, transações, produtos e serviços; e

IV - dos funcionários, parceiros e prestadores de serviços terceirizados.

Art. 4º Admite-se a adoção de política de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo única
por conglomerado prudencial e por sistema cooperativo de crédito.

1.3 Capítulo IV - Da Avaliação Interna de Risco

Art. 10. As instituições referidas no art. 1º devem realizar avaliação interna com o objetivo de identificar e mensurar o
risco de utilização de seus produtos e serviços na prática da lavagem de dinheiro e do financiamento do terrorismo.

§ 1º Para identificação do risco de que trata o caput, a avaliação interna deve considerar, no mínimo, os perfis de risco:

Crime de Lavagem de Dinheiro 3

A L F A C O N
I - dos clientes;

II - da instituição, incluindo o modelo de negócio e a área geográfica de atuação;

III - das operações, transações, produtos e serviços, abrangendo todos os canais de distribuição e a utilização de
novas tecnologias; e

IV - das atividades exercidas pelos funcionários, parceiros e prestadores de serviços terceirizados.

§ 2º O risco identificado deve ser avaliado quanto à sua probabilidade de

ocorrência e à magnitude dos impactos financeiro, jurídico, reputacional e socioambiental para a instituição.

1.3.1 Seção II - Da Identificação dos Clientes

Art. 16. As instituições referidas no art. 1º devem adotar procedimentos de identificação que permitam verificar e
validar a identidade do cliente.

§ 1º Os procedimentos referidos no caput devem incluir a obtenção, a verificação e a validação da autenticidade de


informações de identificação do cliente, inclusive, se necessário, mediante confrontação dessas informações com
as disponíveis em bancos de dados de caráter público e privado.

§ 2º No processo de identificação do cliente devem ser coletados, no mínimo:

I - o nome completo e o número de registro no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), no caso de pessoa natural; e
(Redação dada, a partir de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.)

II - a firma ou denominação social e o número de registro no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), no caso
de pessoa jurídica. (Redação dada, a partir de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.)

§ 3º No caso de cliente pessoa natural residente no exterior desobrigada de inscrição no CPF, na forma definida pela
Secretaria da Receita Federal do Brasil, admite -se a utilização de documento de viagem na forma da Lei, devendo
ser coletados, no mínimo, o país emissor, o número e o tipo do documento.

§ 4º No caso de cliente pessoa jurídica com domicílio ou sede no exterior desobrigada de inscrição no CNPJ, na
forma definida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, as instituições devem coletar, no mínimo, o nome da
empresa, o endereço da sede e o número de identificação ou de registro da empresa no respectivo país de origem.

Art. 17. As informações referidas no art. 16 devem ser mantidas atualizadas

1.3.1 Seção VII - Da Qualificação como Pessoa Exposta Politicamente

Art. 27. As instituições mencionadas no art. 1º devem implementar procedimentos que permitam qualificar seus
clientes como pessoa exposta politicamente.

§ 1º Consideram-se pessoas expostas politicamente:

I - os detentores de mandatos eletivos dos Poderes Executivo e Legislativo da União;

II - os ocupantes de cargo, no Poder Executivo da União, de:

a) Ministro de Estado ou equiparado;

b) Natureza Especial ou equivalente;

c) presidente, vice-presidente e diretor, ou equivalentes, de entidades da administração pública indireta; e

d) Grupo Direção e Assessoramento Superiores (DAS), nível 6, ou equivalente;

Crime de Lavagem de Dinheiro 4

A L F A C O N
III - os membros do Conselho Nacional de Justiça, do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores, dos
Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais do Trabalho, dos Tribunais Regionais Eleitorais, do Conselho
Superior da Justiça do Trabalho e do Conselho da Justiça Federal;

IV - os membros do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República, o Vice-Procurador-Ge-


ral da República, o Procurador-Geral do Trabalho, o Procurador-Geral da Justiça Militar, os Subprocuradores-Gerais
da República e os ProcuradoresGerais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal;

V - os membros do Tribunal de Contas da União, o Procurador-Geral e os Subprocuradores-Gerais do Ministério


Público junto ao Tribunal de Contas da União;

VI - os presidentes e os tesoureiros nacionais, ou equivalentes, de partidos políticos;

VII - os Governadores e os Secretários de Estado e do Distrito Federal, os Deputados Estaduais e Distritais, os pre-
sidentes, ou equivalentes, de entidades da administração pública indireta estadual e distrital e os presidentes de
Tribunais de Justiça, Tribunais Militares, Tribunais de Contas ou equivalentes dos Estados e do Distrito Federal; e

VIII - os Prefeitos, os Vereadores, os Secretários Municipais, os presidentes, ou equivalentes, de entidades da


administração pública indireta municipal e os Presidentes de Tribunais de Contas ou equivalentes dos Municípios.

§ 2º São também consideradas expostas politicamente as pessoas que, no exterior, sejam:

I - chefes de estado ou de governo;

II - políticos de escalões superiores;

III - ocupantes de cargos governamentais de escalões superiores;

IV - oficiais-generais e membros de escalões superiores do Poder Judiciário;

V - executivos de escalões superiores de empresas públicas; ou

VI - dirigentes de partidos políticos.

§ 3º São também consideradas pessoas expostas politicamente os dirigentes de escalões superiores de entidades
de direito internacional público ou privado.

1.3.1 Seção III- Do Registro das Operações em Espécie

Art. 33. No caso de operações com utilização de recursos em espécie de valor individual superior a R$2.000,00 (dois
mil reais), as instituições referidas no art. 1º devem incluir no registro, além das informações previstas nos arts. 28
e 30, o nome e o respectivo número de inscrição no CPF do portador dos recursos.

Parágrafo único. Nas operações de que trata o caput, realizadas por empresa de transporte de valores devidamente
autorizada e registrada na autoridade competente, nos termos da legislação em vigor, considera-se essa empresa
como a portadora dos recursos, a qual será identificada por meio do registro do número de inscrição no CNPJ e da
firma ou denominação social. (Incluído, a partir de 1º/9/2021, pela Resolução BCB nº 119, de 27/7/2021.)

Art. 34. No caso de operações de depósito ou aporte em espécie de valor individual igual ou superior a R$50.000,00
(cinquenta mil reais), as instituições referidas no art. 1º devem incluir no registro, além das informações previstas
nos arts. 28 e 30:

I - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF ou no CNPJ, conforme o caso, do proprietário dos recursos;

II - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF do portador dos recursos; e

III - a origem dos recursos depositados ou aportados.

Crime de Lavagem de Dinheiro 5

A L F A C O N
Parágrafo único. Na hipótese de recusa do cliente ou do portador dos recursos em prestar a informação referida no
inciso III do caput, a instituição deve registrar o fato e utilizar essa informação nos procedimentos de monitoramento,
seleção e análise de que tratam os art. 38 a 47.

1.4 Capítulo VIII - Dos Procedimentos de Comunicação ao COAF

Seção I - Da Comunicação de Operações e Situações Suspeitas

Art. 48. As instituições referidas no art. 1º devem comunicar ao Coaf as operações ou situações suspeitas de lava-
gem de dinheiro e de financiamento do terrorismo.

1.4.1 Seção II - Da Comunicação de Operações em Espécie

Art. 49. As instituições mencionadas no art. 1º devem comunicar ao Coaf:

I - as operações de depósito ou aporte em espécie ou saque em espécie de valor igual ou superior a R$50.000,00
(cinquenta mil reais);

II - as operações relativas a pagamentos, recebimentos e transferências de recursos, por meio de qualquer instru-
mento, contra pagamento em espécie, de valor igual ou superior a R$50.000,00 (cinquenta mil reais); e

III - a solicitação de provisionamento de saques em espécie de valor igual ou superior a R$50.000,00 (cinquenta mil
reais) de que trata o art. 36.

Parágrafo único. A comunicação mencionada no caput deve ser realizada até o dia útil seguinte ao da ocorrência
da operação ou do provisionamento

2. Carta Circular nº 4.001, de 29 de Janeiro de 2020

Divulga relação de operações e situações que podem configurar indícios de ocorrência dos crimes de “lavagem”
ou ocultação de bens, direitos e valores, de que trata a Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998, e de financiamento ao
terrorismo, previstos na Lei nº 13.260, de 16 de março de 2016, passíveis de comunicação ao Conselho de Controle
de Atividades Financeiras (Coaf).

Art. 1º As operações ou as situações descritas a seguir exemplificam a ocorrência de indícios de suspeita para fins
dos procedimentos de monitoramento e seleção previstos na Circular nº 3.978, de 23 de janeiro de 2020:

I - situações relacionadas com operações em espécie em moeda nacional com a utilização de contas de depósitos
ou de contas de pagamento:

a) depósitos, aportes, saques, pedidos de provisionamento para saque ou

qualquer outro instrumento de transferência de recursos em espécie, que apresentem atipicidade em relação à
atividade econômica do cliente ou incompatibilidade com a sua capacidade financeira;

b) movimentações em espécie realizadas por clientes cujas atividades possuam como característica a utilização de
outros instrumentos de transferência de recursos, tais como cheques, cartões de débito ou crédito;

c) aumentos substanciais no volume de depósitos ou aportes em espécie de qualquer pessoa natural ou jurídica,
sem causa aparente, nos casos em que tais depósitos ou aportes forem posteriormente transferidos, dentro de
curto período de tempo, a destino não relacionado com o cliente;

d) fragmentação de depósitos ou outro instrumento de transferência de recurso em espécie, inclusive boleto de


pagamento, de forma a dissimular o valor total da movimentação;

Crime de Lavagem de Dinheiro 6

A L F A C O N
e) fragmentação de saques em espécie, a fim de burlar limites regulatórios de reportes;

f) depósitos ou aportes de grandes valores em espécie, de forma parcelada, principalmente nos mesmos caixas
ou terminais de autoatendimento próximos, destinados a uma única conta ou a várias contas em municípios ou
agências distintas;

g) depósitos ou aportes em espécie em contas de clientes que exerçam atividade comercial relacionada com nego-
ciação de bens de luxo ou de alto valor, tais como obras de arte, imóveis, barcos, joias, automóveis ou aeronaves;

h) saques em espécie de conta que receba diversos depósitos por transferência eletrônica de várias origens em
curto período de tempo;

i) depósitos ou aportes em espécie com cédulas úmidas, malcheirosas, mofadas, ou com aspecto de que foram
armazenadas em local impróprio ou ainda que apresentem marcas, símbolos ou selos desconhecidos, empacotadas
em maços desorganizados e não uniformes;

j) depósitos, aportes ou troca de grandes quantidades de cédulas de pequeno valor, por pessoa natural ou jurídica,
cuja atividade ou negócio não tenha como característica recebimentos de grandes quantias de recursos em espécie;

k) saques no período de cinco dias úteis em valores inferiores aos limites

estabelecidos, de forma a dissimular o valor total da operação e evitar comunicações de operações em espécie;

l) dois ou mais saques em espécie no caixa no mesmo dia, com indícios de tentativa de burla para evitar a identi-
ficação do sacador;

m) dois ou mais depósitos em terminais de autoatendimento em espécie, no período de cinco dias úteis, com indícios
de tentativa de burla para evitar a identificação do depositante;

n) depósitos em espécie relevantes em contas de servidores públicos e de qualquer tipo de Pessoas Expostas
Politicamente (PEP), conforme elencados no art. 27 da Circular nº 3.978, de 2020, bem como seu representante,
familiar ou estreito colaborador;

II - situações relacionadas com operações em espécie e cartões pré-pagos em moeda estrangeira e cheques de
viagem:

a) movimentações de moeda estrangeira em espécie ou de cheques de viagem denominados em moeda estran-


geira, que apresentem atipicidade em relação à atividade econômica do cliente ou incompatibilidade com a sua
capacidade financeira;

b) negociações de moeda estrangeira em espécie ou de cheques de viagem denominados em moeda estrangeira,


que não apresentem compatibilidade com a natureza declarada da operação;

c) negociações de moeda estrangeira em espécie ou de cheques de viagem denominados em moeda estrangeira,


realizadas por diferentes pessoas naturais, não relacionadas entre si, que informem o mesmo endereço residencial,
telefone de contato ou possuam o mesmo representante legal;

d) negociações envolvendo taxas de câmbio com variação significativa em relação às praticadas pelo mercado;

e) negociações de moeda estrangeira em espécie envolvendo cédulas úmidas, malcheirosas, mofadas, ou com
aspecto de terem sido armazenadas em local impróprio, ou ainda que apresentem marcas, símbolos ou selos des-
conhecidos, empacotadas em maços desorganizados e não uniformes;

f) negociações de moeda estrangeira em espécie ou troca de grandes quantidades de cédulas de pequeno valor,
realizadas por pessoa natural ou jurídica, cuja atividade ou negócio não tenha como característica o recebimento
desse tipo de recurso;

Crime de Lavagem de Dinheiro 7

A L F A C O N
g) utilização, carga ou recarga de cartão pré-pago em valor não compatível com a capacidade financeira, atividade
ou perfil do cliente;

h) utilização de diversas fontes de recursos para carga e recarga de cartões prépagos;

i) carga e recarga de cartões pré-pagos seguidas imediatamente por saques em caixas eletrônicos;

XVII - situações relacionadas com operações realizadas em municípios localizados em regiões de risco:

a) operação atípica em municípios localizados em regiões de fronteira;

b) operação atípica em municípios localizados em regiões de extração mineral;

c) operação atípica em municípios localizados em outras regiões de risco.

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Lei nº 12.846/2013 e
decreto nº 11.129, de
11/07/2022: legislação
anticorrupção

Versão Condensada
Sumário
Lei nº 12.846/2013 e decreto nº 11.129, de 11/07/2022: legislação anticorrupção����� 3

1. Lei nº 12.846/2013�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 3

1.1 Capítulo I - disposições gerais������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������ 3

1.2 Capítulo II - dos atos lesivos à administração pública nacional ou estrangeira��������������������������������������������������������� 3

1.3 Capítulo III - da responsabilização administrativa��������������������������������������������������������������������������������������������������������� 4

1.4 Capítulo V - do acordo de leniência�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 4

2. Decreto nº 11.129, de 11 de julho de 2022��������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 5

2.1 Capítulo I - disposições preliminares��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������5

2.2 Capítulo IV - do acordo de leniência��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������5

2.3 Capítulo VI - do cadastro nacional de empresas inidôneas e suspensas e do cadastro nacional de empresas
punidas���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������5

3. Decreto nº 11.129, de 11 de julho de 2022��������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 6

3.1 Capítulo I - disposições preliminares��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������6

3.2 Capítulo II - da responsabilização administrativa�����������������������������������������������������������������������������������������������������������7

3.3 Capítulo III - das sanções administrativas e dos encaminhamentos judiciais���������������������������������������������������������� 11

3.4 Capítulo IV - do acordo de leniência������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������ 15

3.5 Capítulo V - do programa de integridade��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 20

3.6 Capítulo VI - do cadastro nacional de empresas inidôneas e suspensas e do cadastro nacional de empresas
punidas�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������21

3.7 Capítulo VII - Disposições Finais����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 23

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A L F A C O N
Lei nº 12.846/2013 e decreto nº 11.129, de

11/07/2022: legislação anticorrupção

1. Lei nº 12.846/2013

Dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a adminis-
tração pública, nacional ou estrangeira, e dá outras providências

1.1 Capítulo I - disposições gerais

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a responsabilização objetiva administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de
atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira.

Parágrafo único. Aplica-se o disposto nesta Lei às sociedades empresárias e às sociedades simples, personificadas
ou não, independentemente da forma de organização ou modelo societário adotado, bem como a quaisquer funda-
ções, associações de entidades ou pessoas, ou sociedades estrangeiras, que tenham sede, filial ou representação
no território brasileiro, constituídas de fato ou de direito, ainda que temporariamente.

Art. 2º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas objetivamente, nos âmbitos administrativo e civil, pelos atos
lesivos previstos nesta Lei praticados em seu interesse ou benefício, exclusivo ou não.

Art. 3º A responsabilização da pessoa jurídica não exclui a responsabilidade individual de seus dirigentes ou admi-
nistradores ou de qualquer pessoa natural, autora, coautora ou partícipe do ato ilícito.

§ 1º A pessoa jurídica será responsabilizada independentemente da responsabilização individual das pessoas natu-
rais referidas no caput .

§ 2º Os dirigentes ou administradores somente serão responsabilizados por atos ilícitos na medida da sua culpabilidade.

1.2 Capítulo II - dos atos lesivos à administração pública nacional ou estrangeira

Art. 5º Constituem atos lesivos à administração pública, nacional ou estrangeira, para os fins desta Lei, todos aqueles
praticados pelas pessoas jurídicas mencionadas no parágrafo único do art. 1º , que atentem contra o patrimônio
público nacional ou estrangeiro, contra princípios da administração pública ou contra os compromissos internacionais
assumidos pelo Brasil, assim definidos:

I - prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem indevida a agente público, ou a terceira pessoa a
ele relacionada;

II - comprovadamente, financiar, custear, patrocinar ou de qualquer modo subvencionar a prática dos atos ilícitos
previstos nesta Lei;

III - comprovadamente, utilizar-se de interposta pessoa física ou jurídica para ocultar ou dissimular seus reais inte-
resses ou a identidade dos beneficiários dos atos praticados;

IV - no tocante a licitações e contratos:

a) frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o caráter competitivo de proce-
dimento licitatório público;

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b) impedir, perturbar ou fraudar a realização de qualquer ato de procedimento licitatório público;

c) afastar ou procurar afastar licitante, por meio de fraude ou oferecimento de vantagem de qualquer tipo;

d) fraudar licitação pública ou contrato dela decorrente;

e) criar, de modo fraudulento ou irregular, pessoa jurídica para participar de licitação pública ou celebrar contrato
administrativo;

f) obter vantagem ou benefício indevido, de modo fraudulento, de modificações ou prorrogações de contratos


celebrados com a administração pública, sem autorização em lei, no ato convocatório da licitação pública ou nos
respectivos instrumentos contratuais; ou

g) manipular ou fraudar o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos celebrados com a administração pública;

V - dificultar atividade de investigação ou fiscalização de órgãos, entidades ou agentes públicos, ou intervir em sua
atuação, inclusive no âmbito das agências reguladoras e dos órgãos de fiscalização do sistema financeiro nacional.

§ 1º Considera-se administração pública estrangeira os órgãos e entidades estatais ou representações diplomáticas


de país estrangeiro, de qualquer nível ou esfera de governo, bem como as pessoas jurídicas controladas, direta ou
indiretamente, pelo poder público de país estrangeiro.

1.3 Capítulo III - da responsabilização administrativa

Art. 6º Na esfera administrativa, serão aplicadas às pessoas jurídicas consideradas responsáveis pelos atos lesivos
previstos nesta Lei as seguintes sanções:

I - multa, no valor de 0,1% (um décimo por cento) a 20% (vinte por cento) do faturamento bruto do último exercício
anterior ao da instauração do processo administrativo, excluídos os tributos, a qual nunca será inferior à vantagem
auferida, quando for possível sua estimação; e

II - publicação extraordinária da decisão condenatória.

§ 3º A aplicação das sanções previstas neste artigo não exclui, em qualquer hipótese, a obrigação da reparação
integral do dano causado.

§ 4º Na hipótese do inciso I do caput , caso não seja possível utilizar o critério do valor do faturamento bruto da
pessoa jurídica, a multa será de R$ 6.000,00 (seis mil reais) a R$ 60.000.000,00 (sessenta milhões de reais).

1.4 Capítulo V - do acordo de leniência

Art. 16. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade pública poderá celebrar acordo de leniência com as pessoas
jurídicas responsáveis pela prática dos atos previstos nesta Lei que colaborem efetivamente com as investigações
e o processo administrativo, sendo que dessa colaboração resulte:

I - a identificação dos demais envolvidos na infração, quando couber; e

II - a obtenção célere de informações e documentos que comprovem o ilícito sob apuração.

§2º A celebração do acordo de leniência isentará a pessoa jurídica das sanções previstas no inciso II do art. 6º e no
inciso IV do art. 19 e reduzirá em até 2/3 (dois terços) o valor da multa aplicável.

§ 3º O acordo de leniência não exime a pessoa jurídica da obrigação de reparar integralmente o dano causado.

§ 10. A Controladoria-Geral da União - CGU é o órgão competente para celebrar os acordos de leniência no âmbito
do Poder Executivo federal, bem como no caso de atos lesivos praticados contra a administração pública estrangeira.

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2. Decreto nº 11.129, de 11 de julho de 2022

Regulamenta a Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013, que dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil
de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira.

2.1 Capítulo I - disposições preliminares

Art. 1º Este Decreto regulamenta a responsabilização objetiva administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática
de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira, de que trata a Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013.

§ 1º A Lei nº 12.846, de 2013, aplica-se aos atos lesivos praticados:

I - por pessoa jurídica brasileira contra administração pública estrangeira, ainda que cometidos no exterior;

II - no todo ou em parte no território nacional ou que nele produzam ou possam produzir efeitos; ou

III - no exterior, quando praticados contra a administração pública nacional.

§ 2º São passíveis de responsabilização nos termos do disposto na Lei nº 12.846, de 2013, as pessoas jurídicas que
tenham sede, filial ou representação no território brasileiro, constituídas de fato ou de direito.

Art. 2º A apuração da responsabilidade administrativa de pessoa jurídica, decorrente do exercício do poder san-
cionador da administração pública, será efetuada por meio de Processo Administrativo de Responsabilização - PAR
ou de acordo de leniência.

Art. 31. No âmbito da administração pública federal direta, inclusive nas hipóteses de que tratam os art. 17 e art. 18,
a atuação judicial será exercida pela Procuradoria-Geral da União, observadas as atribuições da Procuradoria-Geral
da Fazenda Nacional para inscrição e cobrança de créditos da União inscritos em Dívida Ativa.

Parágrafo único. No âmbito das autarquias e das fundações públicas federais, a atuação judicial será exercida pela
Procuradoria-Geral Federal, inclusive no que se refere à cobrança da multa administrativa aplicada no PAR, respei-
tadas as competências da Procuradoria-Geral do Banco Central.

2.2 Capítulo IV - do acordo de leniência

Art. 32. O acordo de leniência é ato administrativo negocial decorrente do exercício do poder sancionador do
Estado, que visa à responsabilização de pessoas jurídicas pela prática de atos lesivos contra a administração pública
nacional ou estrangeira.

Parágrafo único. O acordo de leniência buscará, nos termos da lei:

I - o incremento da capacidade investigativa da administração pública;

II - a potencialização da capacidade estatal de recuperação de ativos; e

III - o fomento da cultura de integridade no setor privado.

2.3 Capítulo VI - do cadastro nacional de empresas inidôneas e suspensas e do


cadastro nacional de empresas punidas

Art. 58. O Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas - CEIS conterá informações referentes às sanções
administrativas impostas a pessoas físicas ou jurídicas que impliquem restrição ao direito de participar de licitações
ou de celebrar contratos com a administração pública de qualquer esfera federativa, entre as quais:

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I - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a administração pública,
conforme disposto no inciso III do caput do art. 87 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993;

II - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a administração pública, conforme disposto no inciso
IV do caput do art. 87 da Lei nº 8.666, de 1993, e no inciso IV do caput do art. 156 da Lei nº 14.133, de 2021;

III - impedimento de licitar e contratar com a União, os Estados, o Distrito Federal ou os Municípios, conforme dis-
posto no art. 7º da Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002, no art. 47 da Lei nº 12.462, de 4 de agosto de 2011, e no
inciso III do caput do art. 156 da Lei nº 14.133, de 2021;

IV - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a administração pública,


conforme disposto no inciso IV do caput do art. 33 da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011;

V - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a administração pública, conforme disposto no inciso
V do caput do art. 33 da Lei nº 12.527, de 2011;

VI - declaração de inidoneidade para participar de licitação com a administração pública federal, conforme disposto
no art. 46 da Lei nº 8.443, de 16 de julho de 1992;

VII - proibição de contratar com o Poder Público, conforme disposto no art. 12 da Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992;

VIII - proibição de contratar e participar de licitações com o Poder Público, conforme disposto no art. 10 da Lei nº
9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e

IX - declaração de inidoneidade, conforme disposto no inciso V do caput do art. 78-A combinado com o art. 78-I da
Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001.

Parágrafo único. Poderão ser registradas no CEIS outras sanções que impliquem restrição ao direito de participar em
licitações ou de celebrar contratos com a administração pública, ainda que não sejam de natureza administrativa.

3. Decreto nº 11.129, de 11 de julho de 2022

Regulamenta a Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013, que dispõe sobre a responsabilização administrativa e
civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso IV, da Constituição, e
tendo em vista o disposto na Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013,

3.1 Capítulo I - disposições preliminares

Art. 1º Este Decreto regulamenta a responsabilização objetiva administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática
de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira, de que trata a Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013.

§ 1º A Lei nº 12.846, de 2013, aplica-se aos atos lesivos praticados:

I - por pessoa jurídica brasileira contra administração pública estrangeira, ainda que cometidos no exterior;

II - no todo ou em parte no território nacional ou que nele produzam ou possam produzir efeitos; ou

III - no exterior, quando praticados contra a administração pública nacional.

§ 2º São passíveis de responsabilização nos termos do disposto na Lei nº 12.846, de 2013, as pessoas jurídicas que
tenham sede, filial ou representação no território brasileiro, constituídas de fato ou de direito.

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Art. 2º A apuração da responsabilidade administrativa de pessoa jurídica, decorrente do exercício do poder san-
cionador da administração pública, será efetuada por meio de Processo Administrativo de Responsabilização - PAR
ou de acordo de leniência.

3.2 Capítulo II - da responsabilização administrativa

3.2.1 Seção I - da investigação preliminar

Art. 3º O titular da corregedoria da entidade ou da unidade competente, ao tomar ciência da possível ocorrência
de ato lesivo à administração pública federal, em sede de juízo de admissibilidade e mediante despacho funda-
mentado, decidirá:

I - pela abertura de investigação preliminar;

II - pela recomendação de instauração de PAR; ou

III - pela recomendação de arquivamento da matéria.

§ 1º A investigação de que trata o inciso I do caput terá caráter sigiloso e não punitivo e será destinada à apuração
de indícios de autoria e materialidade de atos lesivos à administração pública federal.

§ 2º A investigação preliminar será conduzida diretamente pela corregedoria da entidade ou unidade competente,
na forma estabelecida em regulamento, ou por comissão composta por dois ou mais membros, designados entre
servidores efetivos ou empregados públicos.

§ 3º Na investigação preliminar, serão praticados os atos necessários à elucidação dos fatos sob apuração, com-
preendidas todas as diligências admitidas em lei, notadamente:

I - proposição à autoridade instauradora da suspensão cautelar dos efeitos do ato ou do processo objeto da
investigação;

II - solicitação de atuação de especialistas com conhecimentos técnicos ou operacionais, de órgãos e entidades


públicos ou de outras organizações, para auxiliar na análise da matéria sob exame;

III - solicitação de informações bancárias sobre movimentação de recursos públicos, ainda que sigilosas, nesta
hipótese, em sede de compartilhamento do sigilo com órgãos de controle;

IV - requisição, por meio da autoridade competente, do compartilhamento de informações tributárias da pessoa


jurídica investigada, conforme previsto no inciso II do § 1º do art. 198 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 -
Código Tributário Nacional;

V - solicitação, ao órgão de representação judicial ou equivalente dos órgãos ou das entidades lesadas, das medidas
judiciais necessárias para a investigação e para o processamento dos atos lesivos, inclusive de busca e apreensão,
no Brasil ou no exterior; ou

VI - solicitação de documentos ou informações a pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, nacionais
ou estrangeiras, ou a organizações públicas internacionais.

§ 4º O prazo para a conclusão da investigação preliminar não excederá cento e oitenta dias, admitida a prorrogação,
mediante ato da autoridade a que se refere o caput.

§ 5º Ao final da investigação preliminar, serão enviadas à autoridade competente as peças de informação obtidas,
acompanhadas de relatório conclusivo acerca da existência de indícios de autoria e materialidade de atos lesivos
à administração pública federal, para decisão sobre a instauração do PAR.

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3.2.1 Seção II - do processo administrativo de responsabilização

Art. 4º A competência para a instauração e para o julgamento do PAR é da autoridade máxima da entidade em
face da qual foi praticado o ato lesivo ou, em caso de órgão da administração pública federal direta, do respectivo
Ministro de Estado.

Parágrafo único. A competência de que trata o caput será exercida de ofício ou mediante provocação e poderá ser
delegada, vedada a subdelegação.

Art. 5º No ato de instauração do PAR, a autoridade designará comissão, composta por dois ou mais servidores
estáveis.

§ 1º Em entidades da administração pública federal cujos quadros funcionais não sejam formados por servidores
estatutários, a comissão a que se refere o caput será composta por dois ou mais empregados permanentes, prefe-
rencialmente com, no mínimo, três anos de tempo de serviço na entidade.

§ 2º A comissão a que se refere o caput exercerá suas atividades com imparcialidade e observará a legislação, os
regulamentos e as orientações técnicas vigentes.

§ 3º Será assegurado o sigilo do PAR, sempre que necessário à elucidação do fato ou quando exigido pelo interesse
da administração pública, garantido à pessoa jurídica processada o direito à ampla defesa e ao contraditório.

§ 4º O prazo para a conclusão dos trabalhos da comissão de PAR não excederá cento e oitenta dias, admitida a
prorrogação, mediante solicitação justificada do presidente da comissão à autoridade instauradora, que decidirá
de maneira fundamentada.

Art. 6º Instaurado o PAR, a comissão avaliará os fatos e as circunstâncias conhecidas e indiciará e intimará a pes-
soa jurídica processada para, no prazo de trinta dias, apresentar defesa escrita e especificar eventuais provas que
pretenda produzir.

§ 1º A intimação prevista no caput:

I - facultará expressamente à pessoa jurídica a possibilidade de apresentar informações e provas que subsidiem a
análise da comissão de PAR no que se refere aos elementos que atenuam o valor da multa, previstos no art. 23; e

II - solicitará a apresentação de informações e documentos, nos termos estabelecidos pela Controladoria-Geral da


União, que permitam a análise do programa de integridade da pessoa jurídica.

§ 2º O ato de indiciação conterá, no mínimo:

I - a descrição clara e objetiva do ato lesivo imputado à pessoa jurídica, com a descrição das circunstâncias relevantes;

II - o apontamento das provas que sustentam o entendimento da comissão pela ocorrência do ato lesivo imputado; e

III - o enquadramento legal do ato lesivo imputado à pessoa jurídica processada.

§ 3º Caso a intimação prevista no caput não tenha êxito, será feita nova intimação por meio de edital publicado na
imprensa oficial e no sítio eletrônico do órgão ou da entidade pública responsável pela condução do PAR, hipótese
em que o prazo para apresentação de defesa escrita será contado a partir da última data de publicação do edital.

§ 4º Caso a pessoa jurídica processada não apresente sua defesa escrita no prazo estabelecido no caput, contra
ela correrão os demais prazos, independentemente de notificação ou intimação, podendo intervir em qualquer fase
do processo, sem direito à repetição de qualquer ato processual já praticado.

Art. 7º As intimações serão feitas por qualquer meio físico ou eletrônico que assegure a certeza de ciência da
pessoa jurídica processada.

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§ 1º Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial, excluindo-se da contagem o dia do começo
e incluindo-se o dia do vencimento, observado o disposto no Capítulo XVI da Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999.

§ 2º Na hipótese prevista no § 4º do art. 6º, dispensam-se as demais intimações processuais, até que a pessoa
jurídica interessada se manifeste nos autos.

§ 3º A pessoa jurídica estrangeira poderá ser notificada e intimada de todos os atos processuais, independentemente
de procuração ou de disposição contratual ou estatutária, na pessoa do gerente, representante ou administrador
de sua filial, agência, sucursal, estabelecimento ou escritório instalado no Brasil.

Art. 8º Recebida a defesa escrita, a comissão avaliará a pertinência de produzir as provas eventualmente requeridas
pela pessoa jurídica processada, podendo indeferir de forma motivada os pedidos de produção de provas que sejam
ilícitas, impertinentes, desnecessárias, protelatórias ou intempestivas.

§ 1º Caso sejam produzidas provas após a nota de indiciação, a comissão poderá:

I - intimar a pessoa jurídica para se manifestar, no prazo de dez dias, sobre as novas provas juntadas aos autos,
caso tais provas não justifiquem a alteração da nota de indiciação; ou

II - lavrar nova indiciação ou indiciação complementar, caso as novas provas juntadas aos autos justifiquem altera-
ções na nota de indiciação inicial, devendo ser observado o disposto no caput do art. 6º.

§ 2º Caso a pessoa jurídica apresente em sua defesa informações e documentos referentes à existência e ao
funcionamento de programa de integridade, a comissão processante deverá examiná-lo segundo os parâmetros
indicados no Capítulo V, para a dosimetria das sanções a serem aplicadas.

Art. 9º A pessoa jurídica poderá acompanhar o PAR por meio de seus representantes legais ou procuradores, sen-
do-lhes assegurado amplo acesso aos autos.

Parágrafo único. É vedada a retirada de autos físicos da repartição pública, sendo autorizada a obtenção de cópias,
preferencialmente em meio digital, mediante requerimento.

Art. 10. A comissão, para o devido e regular exercício de suas funções, poderá praticar os atos necessários à eluci-
dação dos fatos sob apuração, compreendidos todos os meios probatórios admitidos em lei, inclusive os previstos
no § 3º do art. 3º.

Art. 11. Concluídos os trabalhos de apuração e análise, a comissão elaborará relatório a respeito dos fatos apurados
e da eventual responsabilidade administrativa da pessoa jurídica, no qual sugerirá, de forma motivada:

I - as sanções a serem aplicadas, com a respectiva indicação da dosimetria, ou o arquivamento do processo;

II - o encaminhamento do relatório final à autoridade competente para instrução de processo administrativo espe-
cífico para reparação de danos, quando houver indícios de que do ato lesivo tenha resultado dano ao erário;

III - o encaminhamento do relatório final à Advocacia-Geral da União, para ajuizamento da ação de que trata o art.
19 da Lei nº 12.846, de 2013, com sugestão, de acordo com o caso concreto, da aplicação das sanções previstas
naquele artigo, como retribuição complementar às do PAR ou para a prevenção de novos ilícitos;

IV - o encaminhamento do processo ao Ministério Público, nos termos do disposto no art. 15 da Lei nº 12.846, de
2013; e

V - as condições necessárias para a concessão da reabilitação, quando cabível.

Art. 12. Concluído o relatório final, a comissão lavrará ata de encerramento dos seus trabalhos, que formalizará sua
desconstituição, e encaminhará o PAR à autoridade instauradora, que determinará a intimação da pessoa jurídica
processada do relatório final para, querendo, manifestar-se no prazo máximo de dez dias.

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Parágrafo único. Transcorrido o prazo previsto no caput, a autoridade instauradora determinará à corregedoria da
entidade ou à unidade competente que analise a regularidade e o mérito do PAR.

Art. 13. Após a análise de regularidade e mérito, o PAR será encaminhado à autoridade competente para julgamento,
o qual será precedido de manifestação jurídica, elaborada pelo órgão de assistência jurídica competente.

Parágrafo único. Na hipótese de decisão contrária ao relatório da comissão, esta deverá ser fundamentada com
base nas provas produzidas no PAR.

Art. 14. A decisão administrativa proferida pela autoridade julgadora ao final do PAR será publicada no Diário Oficial
da União e no sítio eletrônico do órgão ou da entidade pública responsável pelo julgamento do PAR.

Art. 15. Da decisão administrativa sancionadora cabe pedido de reconsideração com efeito suspensivo, no prazo
de dez dias, contado da data de publicação da decisão.

§ 1º A pessoa jurídica contra a qual foram impostas sanções no PAR e que não apresentar pedido de reconsideração
deverá cumpri-las no prazo de trinta dias, contado do fim do prazo para interposição do pedido de reconsideração.

§ 2º A autoridade julgadora terá o prazo de trinta dias para decidir sobre a matéria alegada no pedido de recon-
sideração e publicar nova decisão.

§ 3º Mantida a decisão administrativa sancionadora, será concedido à pessoa jurídica novo prazo de trinta dias para
o cumprimento das sanções que lhe foram impostas, contado da data de publicação da nova decisão.

Art. 16. Os atos previstos como infrações administrativas à Lei nº 14.133, de 1º de abril de 2021, ou a outras nor-
mas de licitações e contratos da administração pública que também sejam tipificados como atos lesivos na Lei nº
12.846, de 2013, serão apurados e julgados conjuntamente, nos mesmos autos, aplicando-se o rito procedimental
previsto neste Capítulo.

§ 1º Concluída a apuração de que trata o caput e havendo autoridades distintas competentes para o julgamento,
o processo será encaminhado primeiramente àquela de nível mais elevado, para que julgue no âmbito de sua com-
petência, tendo precedência o julgamento pelo Ministro de Estado competente.

§ 2º Para fins do disposto no caput, o chefe da unidade responsável no órgão ou na entidade pela gestão de lici-
tações e contratos deve comunicar à autoridade a que se refere o caput do art. 3º eventuais fatos que configurem
atos lesivos previstos no art. 5º da Lei nº 12.846, de 2013.

Art. 17. A Controladoria-Geral da União possui, no âmbito do Poder Executivo federal, competência:

I - concorrente para instaurar e julgar PAR; e

II - exclusiva para avocar os processos instaurados para exame de sua regularidade ou para lhes corrigir o anda-
mento, inclusive promovendo a aplicação da penalidade administrativa cabível.

§ 1º A Controladoria-Geral da União poderá exercer, a qualquer tempo, a competência prevista no caput, se pre-
sentes quaisquer das seguintes circunstâncias:

I - caracterização de omissão da autoridade originariamente competente;

II - inexistência de condições objetivas para sua realização no órgão ou na entidade de origem;

III - complexidade, repercussão e relevância da matéria;

IV - valor dos contratos mantidos pela pessoa jurídica com o órgão ou com a entidade atingida; ou

V - apuração que envolva atos e fatos relacionados com mais de um órgão ou entidade da administração pública
federal.

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§ 2º Ficam os órgãos e as entidades da administração pública obrigados a encaminhar à Controladoria-Geral da
União todos os documentos e informações que lhes forem solicitados, incluídos os autos originais dos processos
que eventualmente estejam em curso.

Art. 18. Compete à Controladoria-Geral da União instaurar, apurar e julgar PAR pela prática de atos lesivos a admi-
nistração pública estrangeira, o qual seguirá, no que couber, o rito procedimental previsto neste Capítulo.

Parágrafo único. Os órgãos e as entidades da administração pública federal direta e indireta deverão comunicar à
Controladoria-Geral da União os indícios da ocorrência de atos lesivos a administração pública estrangeira, iden-
tificados no exercício de suas atribuições, juntando à comunicação os documentos já disponíveis e necessários
à apuração ou à comprovação dos fatos, sem prejuízo do envio de documentação complementar, na hipótese de
novas provas ou informações relevantes, sob pena de responsabilização.

3.3 Capítulo III - das sanções administrativas e dos encaminhamentos judiciais

3.3.1 Seção I - disposições gerais

Art. 19. As pessoas jurídicas estão sujeitas às seguintes sanções administrativas, nos termos do disposto no art.
6º da Lei nº 12.846, de 2013:

I - multa; e

II - publicação extraordinária da decisão administrativa sancionadora.

Parágrafo único. Caso os atos lesivos apurados envolvam infrações administrativas à Lei nº 14.133, de 2021, ou a
outras normas de licitações e contratos da administração pública e tenha ocorrido a apuração conjunta prevista no
art. 16, a pessoa jurídica também estará sujeita a sanções administrativas que tenham como efeito a restrição ao
direito de participar em licitações ou de celebrar contratos com a administração pública, a serem aplicadas no PAR.

3.3.1 Seção II - da multa

Art. 20. A multa prevista no inciso I do caput do art. 6º da Lei nº 12.846, de 2013, terá como base de cálculo o
faturamento bruto da pessoa jurídica no último exercício anterior ao da instauração do PAR, excluídos os tributos.

§ 1º Os valores que constituirão a base de cálculo de que trata o caput poderão ser apurados, entre outras formas,
por meio de:

I - compartilhamento de informações tributárias, na forma do disposto no inciso II do § 1º do art. 198 da Lei nº 5.172,
de 1966 - Código Tributário Nacional;

II - registros contábeis produzidos ou publicados pela pessoa jurídica acusada, no Brasil ou no exterior;

III - estimativa, levando em consideração quaisquer informações sobre a sua situação econômica ou o estado de
seus negócios, tais como patrimônio, capital social, número de empregados, contratos, entre outras; e

IV - identificação do montante total de recursos recebidos pela pessoa jurídica sem fins lucrativos no ano anterior
ao da instauração do PAR, excluídos os tributos incidentes sobre vendas.

§ 2º Os fatores previstos nos art. 22 e art. 23 deste Decreto serão avaliados em conjunto para os atos lesivos apu-
rados no mesmo PAR, devendo-se considerar, para o cálculo da multa, a consolidação dos faturamentos brutos de
todas as pessoas jurídicas pertencentes de fato ou de direito ao mesmo grupo econômico que tenham praticado
os ilícitos previstos no art. 5º da Lei nº 12.846, de 2013, ou concorrido para a sua prática.

Art. 21. Caso a pessoa jurídica comprovadamente não tenha tido faturamento no último exercício anterior ao da
instauração do PAR, deve-se considerar como base de cálculo da multa o valor do último faturamento bruto apurado

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pela pessoa jurídica, excluídos os tributos incidentes sobre vendas, que terá seu valor atualizado até o último dia
do exercício anterior ao da instauração do PAR.

Parágrafo único. Na hipótese prevista no caput, o valor da multa será estipulado observando-se o intervalo de R$
6.000,00 (seis mil reais) a R$ 60.000.000,00 (sessenta milhões de reais) e o limite mínimo da vantagem auferida,
quando for possível sua estimação.

Art. 22. O cálculo da multa se inicia com a soma dos valores correspondentes aos seguintes percentuais da base
de cálculo:

I - até quatro por cento, havendo concurso dos atos lesivos;

II - até três por cento para tolerância ou ciência de pessoas do corpo diretivo ou gerencial da pessoa jurídica;

III - até quatro por cento no caso de interrupção no fornecimento de serviço público, na execução de obra contratada
ou na entrega de bens ou serviços essenciais à prestação de serviços públicos ou no caso de descumprimento de
requisitos regulatórios;

IV - um por cento para a situação econômica do infrator que apresente índices de solvência geral e de liquidez geral
superiores a um e lucro líquido no último exercício anterior ao da instauração do PAR;

V - três por cento no caso de reincidência, assim definida a ocorrência de nova infração, idêntica ou não à anterior,
tipificada como ato lesivo pelo art. 5º da Lei nº 12.846, de 2013, em menos de cinco anos, contados da publicação
do julgamento da infração anterior; e

VI - no caso de contratos, convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres mantidos ou pretendidos
com o órgão ou com as entidades lesadas, nos anos da prática do ato lesivo, serão considerados os seguintes
percentuais:

a) um por cento, no caso de o somatório dos instrumentos totalizar valor superior a R$ 500.000,00 (quinhentos mil
reais);

b) dois por cento, no caso de o somatório dos instrumentos totalizar valor superior a R$ 1.500.000,00 (um milhão
e quinhentos mil reais);

c) três por cento, no caso de o somatório dos instrumentos totalizar valor superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões
de reais);

d) quatro por cento, no caso de o somatório dos instrumentos totalizar valor superior a R$ 50.000.000,00 (cinquenta
milhões de reais); ou

e) cinco por cento, no caso de o somatório dos instrumentos totalizar valor superior a R$ 250.000.000,00 (duzentos
e cinquenta milhões de reais).

Parágrafo único. No caso de acordo de leniência, o prazo constante do inciso V do caput será contado a partir da
data de celebração até cinco anos após a declaração de seu cumprimento.

Art. 23. Do resultado da soma dos fatores previstos no art. 22 serão subtraídos os valores correspondentes aos
seguintes percentuais da base de cálculo:

I - até meio por cento no caso de não consumação da infração;

II - até um por cento no caso de:

a) comprovação da devolução espontânea pela pessoa jurídica da vantagem auferida e do ressarcimento dos danos
resultantes do ato lesivo; ou

b) inexistência ou falta de comprovação de vantagem auferida e de danos resultantes do ato lesivo;

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III - até um e meio por cento para o grau de colaboração da pessoa jurídica com a investigação ou a apuração do
ato lesivo, independentemente do acordo de leniência;

IV - até dois por cento no caso de admissão voluntária pela pessoa jurídica da responsabilidade objetiva pelo ato
lesivo; e

V - até cinco por cento no caso de comprovação de a pessoa jurídica possuir e aplicar um programa de integridade,
conforme os parâmetros estabelecidos no Capítulo V.

Parágrafo único. Somente poderão ser atribuídos os percentuais máximos, quando observadas as seguintes
condições:

I - na hipótese prevista na alínea “a” do inciso II do caput, quando ocorrer a devolução integral dos valores ali referidos;

II - na hipótese prevista no inciso IV do caput, quando a admissão ocorrer antes da instauração do PAR; e

III - na hipótese prevista no inciso V do caput, quando o plano de integridade for anterior à prática do ato lesivo.

Art. 24. A existência e quantificação dos fatores previstos nos art. 22 e art. 23 deverá ser apurada no PAR e evi-
denciada no relatório final da comissão, o qual também conterá a estimativa, sempre que possível, dos valores da
vantagem auferida e da pretendida.

Art. 25. Em qualquer hipótese, o valor final da multa terá como limite:

I - mínimo, o maior valor entre o da vantagem auferida, quando for possível sua estimativa, e:

a) um décimo por cento da base de cálculo; ou

b) R$ 6.000,00 (seis mil reais), na hipótese prevista no art. 21; e

II - máximo, o menor valor entre:

a) três vezes o valor da vantagem pretendida ou auferida, o que for maior entre os dois valores;

b) vinte por cento do faturamento bruto do último exercício anterior ao da instauração do PAR, excluídos os tributos
incidentes sobre vendas; ou

c) R$ 60.000.000,00 (sessenta milhões de reais), na hipótese prevista no art. 21, desde que não seja possível estimar
o valor da vantagem auferida.

§ 1º O limite máximo não será observado, caso o valor resultante do cálculo desse parâmetro seja inferior ao resul-
tado calculado para o limite mínimo.

§ 2º Na ausência de todos os fatores previstos nos art. 22 e art. 23 ou quando o resultado das operações de soma
e subtração for igual ou menor que zero, o valor da multa corresponderá ao limite mínimo estabelecido no caput.

Art. 26. O valor da vantagem auferida ou pretendida corresponde ao equivalente monetário do produto do ilícito,
assim entendido como os ganhos ou os proveitos obtidos ou pretendidos pela pessoa jurídica em decorrência direta
ou indireta da prática do ato lesivo.

§ 1º O valor da vantagem auferida ou pretendida poderá ser estimado mediante a aplicação, conforme o caso, das
seguintes metodologias:

I - pelo valor total da receita auferida em contrato administrativo e seus aditivos, deduzidos os custos lícitos que a
pessoa jurídica comprove serem efetivamente atribuíveis ao objeto contratado, na hipótese de atos lesivos prati-
cados para fins de obtenção e execução dos respectivos contratos;

II - pelo valor total de despesas ou custos evitados, inclusive os de natureza tributária ou regulatória, e que seriam
imputáveis à pessoa jurídica caso não houvesse sido praticado o ato lesivo pela pessoa jurídica infratora; ou

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III - pelo valor do lucro adicional auferido pela pessoa jurídica decorrente de ação ou omissão na prática de ato do
Poder Público que não ocorreria sem a prática do ato lesivo pela pessoa jurídica infratora.

§ 2º Os valores correspondentes às vantagens indevidas prometidas ou pagas a agente público ou a terceiros a


ele relacionados não poderão ser deduzidos do cálculo estimativo de que trata o § 1º.

Art. 27. Com a assinatura do acordo de leniência, a multa aplicável será reduzida conforme a fração nele pactuada,
observado o limite previsto no § 2º do art. 16 da Lei nº 12.846, de 2013.

§ 1º O valor da multa prevista no caput poderá ser inferior ao limite mínimo previsto no art. 6º da Lei nº 12.846, de 2013.

§ 2º No caso de a autoridade signatária declarar o descumprimento do acordo de leniência por falta imputável à
pessoa jurídica colaboradora, o valor integral encontrado antes da redução de que trata o caput será cobrado na
forma do disposto na Seção IV, descontando-se as frações da multa eventualmente já pagas.

3.3.1 Seção III - da publicação extraordinária da decisão administrativa sancionadora

Art. 28. A pessoa jurídica sancionada administrativamente pela prática de atos lesivos contra a administração
pública, nos termos da Lei nº 12.846, de 2013, publicará a decisão administrativa sancionadora na forma de extrato
de sentença, cumulativamente:

I - em meio de comunicação de grande circulação, física ou eletrônica, na área da prática da infração e de atuação
da pessoa jurídica ou, na sua falta, em publicação de circulação nacional;

II - em edital afixado no próprio estabelecimento ou no local de exercício da atividade, em localidade que permita
a visibilidade pelo público, pelo prazo mínimo de trinta dias; e

III - em seu sítio eletrônico, pelo prazo mínimo de trinta dias e em destaque na página principal do referido sítio.

Parágrafo único. A publicação a que se refere o caput será feita a expensas da pessoa jurídica sancionada.

3.3.1 Seção IV - da cobrança da multa aplicada

Art. 29. A multa aplicada será integralmente recolhida pela pessoa jurídica sancionada no prazo de trinta dias,
observado o disposto no art. 15.

§ 1º Feito o recolhimento, a pessoa jurídica sancionada apresentará ao órgão ou à entidade que aplicou a sanção
documento que ateste o pagamento integral do valor da multa imposta.

§ 2º Decorrido o prazo previsto no caput sem que a multa tenha sido recolhida ou não tendo ocorrido a comprova-
ção de seu pagamento integral, o órgão ou a entidade que a aplicou encaminhará o débito para inscrição em Dívida
Ativa da União ou das autarquias e fundações públicas federais.

§ 3º Caso a entidade que aplicou a multa não possua Dívida Ativa, o valor será cobrado independentemente de
prévia inscrição.

§ 4º A multa aplicada pela Controladoria-Geral da União em acordos de leniência ou nas hipóteses previstas nos
art.17 e art. 18 será destinada à União e recolhida à conta única do Tesouro Nacional.

§ 5º Os acordos de leniência poderão pactuar prazo distinto do previsto no caput para recolhimento da multa apli-
cada ou de qualquer outra obrigação financeira imputada à pessoa jurídica.

3.3.1 Seção V - dos encaminhamentos judiciais

Art. 30. As medidas judiciais, no Brasil ou no exterior, como a cobrança da multa administrativa aplicada no PAR, a
promoção da publicação extraordinária, a persecução das sanções previstas no caput do art. 19 da Lei nº 12.846, de

Lei nº 12.846/2013 e decreto nº 11.129, de 11/07/2022: legislação anticorrupção 14

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2013 , a reparação integral dos danos e prejuízos, além de eventual atuação judicial para a finalidade de instrução ou
garantia do processo judicial ou preservação do acordo de leniência, serão solicitadas ao órgão de representação
judicial ou equivalente dos órgãos ou das entidades lesadas.

Art. 31. No âmbito da administração pública federal direta, inclusive nas hipóteses de que tratam os art. 17 e art. 18,
a atuação judicial será exercida pela Procuradoria-Geral da União, observadas as atribuições da Procuradoria-Geral
da Fazenda Nacional para inscrição e cobrança de créditos da União inscritos em Dívida Ativa.

Parágrafo único. No âmbito das autarquias e das fundações públicas federais, a atuação judicial será exercida pela
Procuradoria-Geral Federal, inclusive no que se refere à cobrança da multa administrativa aplicada no PAR, respei-
tadas as competências da Procuradoria-Geral do Banco Central.

3.4 Capítulo IV - do acordo de leniência

Art. 32. O acordo de leniência é ato administrativo negocial decorrente do exercício do poder sancionador do
Estado, que visa à responsabilização de pessoas jurídicas pela prática de atos lesivos contra a administração pública
nacional ou estrangeira.

Parágrafo único. O acordo de leniência buscará, nos termos da lei:

I - o incremento da capacidade investigativa da administração pública;

II - a potencialização da capacidade estatal de recuperação de ativos; e

III - o fomento da cultura de integridade no setor privado.

Art. 33. O acordo de leniência será celebrado com as pessoas jurídicas responsáveis pela prática dos atos lesivos
previstos na Lei nº 12.846, de 2013, e dos ilícitos administrativos previstos na Lei nº 14.133, de 2021, e em outras
normas de licitações e contratos, com vistas à isenção ou à atenuação das respectivas sanções, desde que cola-
borem efetivamente com as investigações e o PAR, devendo resultar dessa colaboração:

I - a identificação dos demais envolvidos nos ilícitos, quando couber; e

II - a obtenção célere de informações e documentos que comprovem a infração sob apuração.

Art. 34. Compete à Controladoria-Geral da União celebrar acordos de leniência no âmbito do Poder Executivo
federal e nos casos de atos lesivos contra a administração pública estrangeira.

Art. 35. Ato conjunto do Ministro de Estado da Controladoria-Geral da União e do Advogado-Geral da União:

I - disciplinará a participação de membros da Advocacia-Geral da União nos processos de negociação e de acom-


panhamento do cumprimento dos acordos de leniência; e

II - disporá sobre a celebração de acordos de leniência pelo Ministro de Estado da Controladoria-Geral da União
conjuntamente com o Advogado-Geral da União.

Parágrafo único. A participação da Advocacia-Geral da União nos acordos de leniência, consideradas as condições
neles estabelecidas e observados os termos da Lei Complementar nº 73, de 10 de fevereiro de 1993, e da Lei nº
13.140, de 26 de junho de 2015, poderá ensejar a resolução consensual das penalidades previstas no art. 19 da Lei
nº 12.846, de 2013.

Art. 36. A Controladoria-Geral da União poderá aceitar delegação para negociar, celebrar e monitorar o cumprimento
de acordos de leniência relativos a atos lesivos contra outros Poderes e entes federativos.

Art. 37. A pessoa jurídica que pretenda celebrar acordo de leniência deverá:

I - ser a primeira a manifestar interesse em cooperar para a apuração de ato lesivo específico, quando tal circuns-
tância for relevante;

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II - ter cessado completamente seu envolvimento no ato lesivo a partir da data da propositura do acordo;

III - admitir sua responsabilidade objetiva quanto aos atos lesivos;

IV - cooperar plena e permanentemente com as investigações e o processo administrativo e comparecer, sob suas
expensas e sempre que solicitada, aos atos processuais, até o seu encerramento;

V - fornecer informações, documentos e elementos que comprovem o ato ilícito;

VI - reparar integralmente a parcela incontroversa do dano causado; e

VII - perder, em favor do ente lesado ou da União, conforme o caso, os valores correspondentes ao acréscimo patri-
monial indevido ou ao enriquecimento ilícito direta ou indiretamente obtido da infração, nos termos e nos montantes
definidos na negociação.

§ 1º Os requisitos de que tratam os incisos III e IV do caput serão avaliados em face da boa-fé da pessoa jurídica
proponente em reportar à administração a descrição e a comprovação da integralidade dos atos ilícitos de que tenha
ou venha a ter ciência, desde o momento da propositura do acordo até o seu total cumprimento.

§ 2º A parcela incontroversa do dano de que trata o inciso VI do caput corresponde aos valores dos danos admitidos
pela pessoa jurídica ou àqueles decorrentes de decisão definitiva no âmbito do devido processo administrativo ou
judicial.

§ 3º Nas hipóteses em que de determinado ato ilícito decorra, simultaneamente, dano ao ente lesado e acréscimo
patrimonial indevido à pessoa jurídica responsável pela prática do ato, e haja identidade entre ambos, os valores a
eles correspondentes serão:

I - computados uma única vez para fins de quantificação do valor a ser adimplido a partir do acordo de leniência; e

II - classificados como ressarcimento de danos para fins contábeis, orçamentários e de sua destinação para o ente
lesado.

Art. 38. A proposta de celebração de acordo de leniência deverá ser feita de forma escrita, oportunidade em que
a pessoa jurídica proponente declarará expressamente que foi orientada a respeito de seus direitos, garantias e
deveres legais e de que o não atendimento às determinações e às solicitações durante a etapa de negociação
importará a desistência da proposta.

§ 1º A proposta deverá ser apresentada pelos representantes da pessoa jurídica, na forma de seu estatuto ou
contrato social, ou por meio de procurador com poderes específicos para tal ato, observado o disposto no art. 26
da Lei nº 12.846, de 2013.

§ 2º A proposta poderá ser feita até a conclusão do relatório a ser elaborado no PAR.

§ 3º A proposta apresentada receberá tratamento sigiloso e o acesso ao seu conteúdo será restrito no âmbito da
Controladoria-Geral da União.

§ 4º A proponente poderá divulgar ou compartilhar a existência da proposta ou de seu conteúdo, desde que haja
prévia anuência da Controladoria-Geral da União.

§ 5º A análise da proposta de acordo de leniência será instruída em processo administrativo específico, que conterá
o registro dos atos praticados na negociação.

Art. 39. A proposta de celebração de acordo de leniência será submetida à análise de juízo de admissibilidade, para
verificação da existência dos elementos mínimos que justifiquem o início da negociação.

§ 1º Admitida a proposta, será firmado memorando de entendimentos com a pessoa jurídica proponente, definindo
os parâmetros da negociação do acordo de leniência.

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§ 2º O memorando de entendimentos poderá ser resilido a qualquer momento, a pedido da pessoa jurídica propo-
nente ou a critério da administração pública federal.

§ 3º A assinatura do memorando de entendimentos:

I - interrompe a prescrição; e

II - suspende a prescrição pelo prazo da negociação, limitado, em qualquer hipótese, a trezentos e sessenta dias.

Art. 40. A critério da Controladoria-Geral da União, o PAR instaurado em face de pessoa jurídica que esteja nego-
ciando a celebração de acordo de leniência poderá ser suspenso.

Parágrafo único. A suspensão ocorrerá sem prejuízo:

I - da continuidade de medidas investigativas necessárias para o esclarecimento dos fatos; e

II - da adoção de medidas processuais cautelares e assecuratórias indispensáveis para se evitar perecimento de


direito ou garantir a instrução processual.

Art. 41. A Controladoria-Geral da União poderá avocar os autos de processos administrativos em curso em outros
órgãos ou entidades da administração pública federal relacionados com os fatos objeto do acordo em negociação.

Art. 42. A negociação a respeito da proposta do acordo de leniência deverá ser concluída no prazo de cento e
oitenta dias, contado da data da assinatura do memorando de entendimentos.

Parágrafo único. O prazo de que trata o caput poderá ser prorrogado, caso presentes circunstâncias que o exijam.

Art. 43. A desistência da proposta de acordo de leniência ou a sua rejeição não importará em reconhecimento da
prática do ato lesivo.

§ 1º Não se fará divulgação da desistência ou da rejeição da proposta do acordo de leniência, ressalvado o disposto
no § 4º do art. 38.

§ 2º Na hipótese prevista no caput, a administração pública federal não poderá utilizar os documentos recebidos
durante o processo de negociação de acordo de leniência.

§ 3º O disposto no § 2º não impedirá a apuração dos fatos relacionados com a proposta de acordo de leniência,
quando decorrer de indícios ou provas autônomas que sejam obtidos ou levados ao conhecimento da autoridade
por qualquer outro meio.

Art. 44. O acordo de leniência estipulará as condições para assegurar a efetividade da colaboração e o resultado
útil do processo e conterá as cláusulas e obrigações que, diante das circunstâncias do caso concreto, reputem-se
necessárias.

Art. 45. O acordo de leniência conterá, entre outras disposições, cláusulas que versem sobre:

I - o compromisso de cumprimento dos requisitos previstos nos incisos II a VII do caput do art. 37;

II - a perda dos benefícios pactuados, em caso de descumprimento do acordo;

III - a natureza de título executivo extrajudicial do instrumento do acordo, nos termos do disposto no inciso II do
caput do art. 784 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 - Código de Processo Civil;

IV - a adoção, a aplicação ou o aperfeiçoamento de programa de integridade, conforme os parâmetros estabelecidos


no Capítulo V, bem como o prazo e as condições de monitoramento;

V - o pagamento das multas aplicáveis e da parcela a que se refere o inciso VI do caput do art. 37; e

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VI - a possibilidade de utilização da parcela a que se refere o inciso VI do caput do art. 37 para compensação com
outros valores porventura apurados em outros processos sancionatórios ou de prestação de contas, quando relativos
aos mesmos fatos que compõem o escopo do acordo.

Art. 46. A Controladoria-Geral da União poderá conduzir e julgar os processos administrativos que apurem infrações
administrativas previstas na Lei nº 12.846, de 2013, na Lei nº 14.133, de 2021, e em outras normas de licitações e
contratos, cujos fatos tenham sido noticiados por meio do acordo de leniência.

Art. 47. O percentual de redução do valor da multa aplicável de que trata o § 2º do art. 16 da Lei nº 12.846, de 2013,
levará em consideração os seguintes critérios:

I - a tempestividade da autodenúncia e o ineditismo dos atos lesivos;

II - a efetividade da colaboração da pessoa jurídica; e

III - o compromisso de assumir condições relevantes para o cumprimento do acordo.

Parágrafo único. Os critérios previstos no caput serão objeto de ato normativo a ser editado pelo Ministro de Estado
da Controladoria-Geral da União.

Art. 48. O acesso aos documentos e às informações comercialmente sensíveis da pessoa jurídica será mantido
restrito durante a negociação e após a celebração do acordo de leniência.

§ 1º Até a celebração do acordo de leniência, a identidade da pessoa jurídica signatária do acordo não será divul-
gada ao público, ressalvado o disposto no § 4º do art. 38.

§ 2º As informações e os documentos obtidos em decorrência da celebração de acordos de leniência poderão ser


compartilhados com outras autoridades, mediante compromisso de sua não utilização para sancionar a própria pessoa
jurídica em relação aos mesmos fatos objeto do acordo de leniência, ou com concordância da própria pessoa jurídica.

Art. 49. A celebração do acordo de leniência interrompe o prazo prescricional da pretensão punitiva em relação aos
atos ilícitos objeto do acordo, nos termos do disposto no § 9º do art. 16 da Lei nº 12.846, de 2013, que permanecerá
suspenso até o cumprimento dos compromissos firmados no acordo ou até a sua rescisão, nos termos do disposto
no art. 34 da Lei nº 13.140, de 2015.

Art. 50. Com a celebração do acordo de leniência, serão concedidos em favor da pessoa jurídica signatária, nos
termos previamente firmados no acordo, um ou mais dos seguintes efeitos:

I - isenção da publicação extraordinária da decisão administrativa sancionadora;

II - isenção da proibição de receber incentivos, subsídios, subvenções, doações ou empréstimos de órgãos ou


entidades públicos e de instituições financeiras públicas ou controladas pelo Poder Público;

III - redução do valor final da multa aplicável, observado o disposto no art. 27; ou

IV - isenção ou atenuação das sanções administrativas previstas no art. 156 da Lei nº 14.133, de 2021, ou em outras
normas de licitações e contratos.

§ 1º No acordo de leniência poderá ser pactuada a resolução de ações judiciais que tenham por objeto os fatos
que componham o escopo do acordo.

§ 2º Os efeitos do acordo de leniência serão estendidos às pessoas jurídicas que integrarem o mesmo grupo
econômico, de fato ou de direito, desde que tenham firmado o acordo em conjunto, respeitadas as condições nele
estabelecidas.

Art. 51. O monitoramento das obrigações de adoção, implementação e aperfeiçoamento do programa de integridade
de que trata o inciso IV do caput do art. 45 será realizado, direta ou indiretamente, pela Controladoria-Geral da União,

Lei nº 12.846/2013 e decreto nº 11.129, de 11/07/2022: legislação anticorrupção 18

A L F A C O N
podendo ser dispensado, a depender das características do ato lesivo, das medidas de remediação adotadas pela
pessoa jurídica e do interesse público.

§ 1º O monitoramento a que se refere o caput será realizado, dentre outras formas, pela análise de relatórios, docu-
mentos e informações fornecidos pela pessoa jurídica, obtidos de forma independente ou por meio de reuniões,
entrevistas, testes de sistemas e de conformidade com as políticas e visitas técnicas.

§ 2º As informações relativas às etapas do processo de monitoramento serão publicadas em transparência ativa


no sítio eletrônico da Controladoria-Geral da União, respeitados os sigilos legais e o interesse das investigações.

Art. 52. Cumprido o acordo de leniência pela pessoa jurídica colaboradora, a autoridade competente declarará:

I - o cumprimento das obrigações nele constantes;

II - a isenção das sanções previstas no inciso II do caput do art. 6º e no inciso IV do caput do art. 19 da Lei nº 12.846,
de 2013, bem como das demais sanções aplicáveis ao caso;

III - o cumprimento da sanção prevista no inciso I do caput do art. 6º da Lei nº 12.846, de 2013; e

IV - o atendimento dos compromissos assumidos de que tratam os incisos II a VII do caput do art. 37 deste Decreto.

Art. 53. Declarada a rescisão do acordo de leniência pela autoridade competente, decorrente do seu injustificado
descumprimento:

I - a pessoa jurídica perderá os benefícios pactuados e ficará impedida de celebrar novo acordo pelo prazo de três
anos, contado da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa que julgar rescindido o acordo;

II - haverá o vencimento antecipado das parcelas não pagas e serão executados:

a) o valor integral da multa, descontando-se as frações eventualmente já pagas; e

b) os valores integrais referentes aos danos, ao enriquecimento indevido e a outros valores porventura pactuados
no acordo, descontando-se as frações eventualmente já pagas; e

III - serão aplicadas as demais sanções e as consequências previstas nos termos dos acordos de leniência e na
legislação aplicável.

Parágrafo único. O descumprimento do acordo de leniência será registrado pela Controladoria-Geral da União, pelo
prazo de três anos, no Cadastro Nacional de Empresas Punidas - CNEP.

Art. 54. Excepcionalmente, as autoridades signatárias poderão deferir pedido de alteração ou de substituição de
obrigações pactuadas no acordo de leniência, desde que presentes os seguintes requisitos:

I - manutenção dos resultados e requisitos originais que fundamentaram o acordo de leniência, nos termos do dis-
posto no art. 16 da Lei nº 12.846, de 2013;

II - maior vantagem para a administração, de maneira que sejam alcançadas melhores consequências para o inte-
resse público do que a declaração de descumprimento e a rescisão do acordo;

III - imprevisão da circunstância que dá causa ao pedido de modificação ou à impossibilidade de cumprimento das
condições originalmente pactuadas;

IV - boa-fé da pessoa jurídica colaboradora em comunicar a impossibilidade do cumprimento de uma obrigação


antes do vencimento do prazo para seu adimplemento; e

V - higidez das garantias apresentadas no acordo.

Parágrafo único. A análise do pedido de que trata o caput considerará o grau de adimplência da pessoa jurídica
com as demais condições pactuadas, inclusive as de adoção ou de aperfeiçoamento do programa de integridade.

Lei nº 12.846/2013 e decreto nº 11.129, de 11/07/2022: legislação anticorrupção 19

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Art. 55. Os acordos de leniência celebrados serão publicados em transparência ativa no sítio eletrônico da Contro-
ladoria-Geral da União, respeitados os sigilos legais e o interesse das investigações.

3.5 Capítulo V - do programa de integridade

Art. 56. Para fins do disposto neste Decreto, programa de integridade consiste, no âmbito de uma pessoa jurídica,
no conjunto de mecanismos e procedimentos internos de integridade, auditoria e incentivo à denúncia de irregula-
ridades e na aplicação efetiva de códigos de ética e de conduta, políticas e diretrizes, com objetivo de:

I - prevenir, detectar e sanar desvios, fraudes, irregularidades e atos ilícitos praticados contra a administração
pública, nacional ou estrangeira; e

II - fomentar e manter uma cultura de integridade no ambiente organizacional.

Parágrafo único. O programa de integridade deve ser estruturado, aplicado e atualizado de acordo com as carac-
terísticas e os riscos atuais das atividades de cada pessoa jurídica, a qual, por sua vez, deve garantir o constante
aprimoramento e a adaptação do referido programa, visando garantir sua efetividade.

Art. 57. Para fins do disposto no inciso VIII do caput do art. 7º da Lei nº 12.846, de 2013, o programa de integridade
será avaliado, quanto a sua existência e aplicação, de acordo com os seguintes parâmetros:

I - comprometimento da alta direção da pessoa jurídica, incluídos os conselhos, evidenciado pelo apoio visível e
inequívoco ao programa, bem como pela destinação de recursos adequados;

II - padrões de conduta, código de ética, políticas e procedimentos de integridade, aplicáveis a todos os empregados
e administradores, independentemente do cargo ou da função exercida;

III - padrões de conduta, código de ética e políticas de integridade estendidas, quando necessário, a terceiros, tais
como fornecedores, prestadores de serviço, agentes intermediários e associados;

IV - treinamentos e ações de comunicação periódicos sobre o programa de integridade;

V - gestão adequada de riscos, incluindo sua análise e reavaliação periódica, para a realização de adaptações
necessárias ao programa de integridade e a alocação eficiente de recursos;

VI - registros contábeis que reflitam de forma completa e precisa as transações da pessoa jurídica;

VII - controles internos que assegurem a pronta elaboração e a confiabilidade de relatórios e demonstrações finan-
ceiras da pessoa jurídica;

VIII - procedimentos específicos para prevenir fraudes e ilícitos no âmbito de processos licitatórios, na execução de
contratos administrativos ou em qualquer interação com o setor público, ainda que intermediada por terceiros, como
pagamento de tributos, sujeição a fiscalizações ou obtenção de autorizações, licenças, permissões e certidões;

IX - independência, estrutura e autoridade da instância interna responsável pela aplicação do programa de integri-
dade e pela fiscalização de seu cumprimento;

X - canais de denúncia de irregularidades, abertos e amplamente divulgados a funcionários e terceiros, e mecanis-


mos destinados ao tratamento das denúncias e à proteção de denunciantes de boa-fé;

XI - medidas disciplinares em caso de violação do programa de integridade;

XII - procedimentos que assegurem a pronta interrupção de irregularidades ou infrações detectadas e a tempestiva
remediação dos danos gerados;

XIII - diligências apropriadas, baseadas em risco, para:

Lei nº 12.846/2013 e decreto nº 11.129, de 11/07/2022: legislação anticorrupção 20

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a) contratação e, conforme o caso, supervisão de terceiros, tais como fornecedores, prestadores de serviço, agentes
intermediários, despachantes, consultores, representantes comerciais e associados;

b) contratação e, conforme o caso, supervisão de pessoas expostas politicamente, bem como de seus familiares,
estreitos colaboradores e pessoas jurídicas de que participem; e

c) realização e supervisão de patrocínios e doações;

XIV - verificação, durante os processos de fusões, aquisições e reestruturações societárias, do cometimento de


irregularidades ou ilícitos ou da existência de vulnerabilidades nas pessoas jurídicas envolvidas; e

XV - monitoramento contínuo do programa de integridade visando ao seu aperfeiçoamento na prevenção, na detec-


ção e no combate à ocorrência dos atos lesivos previstos no art. 5º da Lei nº 12.846, de 2013.

§ 1º Na avaliação dos parâmetros de que trata o caput, serão considerados o porte e as especificidades da pessoa
jurídica, por meio de aspectos como:

I - a quantidade de funcionários, empregados e colaboradores;

II - o faturamento, levando ainda em consideração o fato de ser qualificada como microempresa ou empresa de
pequeno porte;

III - a estrutura de governança corporativa e a complexidade de unidades internas, tais como departamentos, dire-
torias ou setores, ou da estruturação de grupo econômico;

IV - a utilização de agentes intermediários, como consultores ou representantes comerciais;

V - o setor do mercado em que atua;

VI - os países em que atua, direta ou indiretamente;

VII - o grau de interação com o setor público e a importância de contratações, investimentos e subsídios públicos,
autorizações, licenças e permissões governamentais em suas operações; e

VIII - a quantidade e a localização das pessoas jurídicas que integram o grupo econômico.

§ 2º A efetividade do programa de integridade em relação ao ato lesivo objeto de apuração será considerada para
fins da avaliação de que trata o caput.

3.6 Capítulo VI - do cadastro nacional de empresas inidôneas e suspensas e do


cadastro nacional de empresas punidas

Art. 58. O Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas - CEIS conterá informações referentes às sanções
administrativas impostas a pessoas físicas ou jurídicas que impliquem restrição ao direito de participar de licitações
ou de celebrar contratos com a administração pública de qualquer esfera federativa, entre as quais:

I - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a administração pública,


conforme disposto no inciso III do caput do art. 87 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993;

II - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a administração pública, conforme disposto no inciso
IV do caput do art. 87 da Lei nº 8.666, de 1993, e no inciso IV do caput do art. 156 da Lei nº 14.133, de 2021;

III - impedimento de licitar e contratar com a União, os Estados, o Distrito Federal ou os Municípios, conforme dis-
posto no art. 7º da Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002, no art. 47 da Lei nº 12.462, de 4 de agosto de 2011, e no
inciso III do caput do art. 156 da Lei nº 14.133, de 2021;

IV - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a administração pública,


conforme disposto no inciso IV do caput do art. 33 da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011;

Lei nº 12.846/2013 e decreto nº 11.129, de 11/07/2022: legislação anticorrupção 21

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V - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a administração pública, conforme disposto no inciso
V do caput do art. 33 da Lei nº 12.527, de 2011;

VI - declaração de inidoneidade para participar de licitação com a administração pública federal, conforme disposto
no art. 46 da Lei nº 8.443, de 16 de julho de 1992;

VII - proibição de contratar com o Poder Público, conforme disposto no art. 12 da Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992;

VIII - proibição de contratar e participar de licitações com o Poder Público, conforme disposto no art. 10 da Lei nº
9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e

IX - declaração de inidoneidade, conforme disposto no inciso V do caput do art. 78-A combinado com o art. 78-I da
Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001.

Parágrafo único. Poderão ser registradas no CEIS outras sanções que impliquem restrição ao direito de participar
em licitações ou de celebrar contratos com a administração pública, ainda que não sejam de natureza administrativa.

Art. 59. O CNEP conterá informações referentes:

I - às sanções impostas com fundamento na Lei nº 12.846, de 2013; e

II - ao descumprimento de acordo de leniência celebrado com fundamento na Lei nº 12.846, de 2013.

Parágrafo único. As informações sobre os acordos de leniência celebrados com fundamento na Lei nº 12.846, de
2013, serão registradas em relação específica no CNEP, após a celebração do acordo, exceto se sua divulgação
causar prejuízos às investigações ou ao processo administrativo.

Art. 60. Constarão do CEIS e do CNEP, sem prejuízo de outros a serem estabelecidos pela Controladoria-Geral da
União, dados e informações referentes a:

I - nome ou razão social da pessoa física ou jurídica sancionada;

II - número de inscrição da pessoa jurídica no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ ou da pessoa física no
Cadastro de Pessoas Físicas - CPF;

III - tipo de sanção;

IV - fundamentação legal da sanção;

V - número do processo no qual foi fundamentada a sanção;

VI - data de início de vigência do efeito limitador ou impeditivo da sanção ou data de aplicação da sanção;

VII - data final do efeito limitador ou impeditivo da sanção, quando couber;

VIII - nome do órgão ou da entidade sancionadora;

IX - valor da multa, quando couber; e

X - escopo de abrangência da sanção, quando couber.

Art. 61. Os registros no CEIS e no CNEP deverão ser realizados imediatamente após o transcurso do prazo para
apresentação do pedido de reconsideração ou recurso cabível ou da publicação de sua decisão final, quando lhe
for atribuído efeito suspensivo pela autoridade competente.

Art. 62. A exclusão dos dados e das informações constantes do CEIS ou do CNEP se dará:

I - com o fim do prazo do efeito limitador ou impeditivo da sanção ou depois de decorrido o prazo previamente
estabelecido no ato sancionador; ou

II - mediante requerimento da pessoa jurídica interessada, após cumpridos os seguintes requisitos, quando aplicáveis:

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a) publicação da decisão de reabilitação da pessoa jurídica sancionada;

b) cumprimento integral do acordo de leniência;

c) reparação do dano causado;

d) quitação da multa aplicada; e

e) cumprimento da pena de publicação extraordinária da decisão administrativa sancionadora.

Art. 63. O fornecimento dos dados e das informações de que trata este Capítulo pelos órgãos e pelas entidades
dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de cada uma das esferas de governo será disciplinado pela Con-
troladoria-Geral da União.

Parágrafo único. O registro e a exclusão dos registros no CEIS e no CNEP são de competência e responsabilidade
do órgão ou da entidade sancionadora.

3.7 Capítulo VII - Disposições Finais

Art. 64. As informações referentes ao PAR instaurado no âmbito dos órgãos e das entidades do Poder Executivo
federal serão registradas no sistema de gerenciamento eletrônico de processos administrativos sancionadores
mantido pela Controladoria-Geral da União, conforme ato do Ministro de Estado da Controladoria-Geral da União.

Art. 65. Os órgãos e as entidades da administração pública, no exercício de suas competências regulatórias, dispo-
rão sobre os efeitos da Lei nº 12.846, de 2013, no âmbito das atividades reguladas, inclusive no caso de proposta
e celebração de acordo de leniência.

Art. 66. O processamento do PAR ou a negociação de acordo de leniência não interfere no seguimento regular dos
processos administrativos específicos para apuração da ocorrência de danos e prejuízos à administração pública
federal resultantes de ato lesivo cometido por pessoa jurídica, com ou sem a participação de agente público.

Art. 67. Compete ao Ministro de Estado da Controladoria-Geral da União editar orientações, normas e procedimentos
complementares para a execução deste Decreto, notadamente no que diz respeito a:

I - fixação da metodologia para a apuração do faturamento bruto e dos tributos a serem excluídos para fins de
cálculo da multa a que se refere o art. 6º da Lei nº 12.846, de 2013;

II - forma e regras para o cumprimento da publicação extraordinária da decisão administrativa sancionadora;

III - avaliação do programa de integridade, inclusive sobre a forma de avaliação simplificada no caso de microem-
presas e empresas de pequeno porte; e

IV - gestão e registro dos procedimentos e sanções aplicadas em face de pessoas jurídicas e entes privados.

Art. 68. O Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Advocacia-Geral da União e a Controladoria-Geral da União:

I - estabelecerão canais de comunicação institucional:

a) para o encaminhamento de informações referentes à prática de atos lesivos contra a administração pública
nacional ou estrangeira ou derivadas de acordos de colaboração premiada e acordos de leniência; e

b) para a cooperação jurídica internacional e recuperação de ativos; e

II - poderão, por meio de acordos de colaboração técnica, articular medidas para o enfrentamento da corrupção e
de delitos conexos.

Art. 69. As disposições deste Decreto se aplicam imediatamente aos processos em curso, resguardados os atos
praticados antes de sua vigência.

Lei nº 12.846/2013 e decreto nº 11.129, de 11/07/2022: legislação anticorrupção 23

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Art. 70. Fica revogado o Decreto nº 8.420, de 18 de março de 2015.

Art. 71. Este Decreto entra em vigor em 18 de julho de 2022.

Lei nº 12.846/2013 e decreto nº 11.129, de 11/07/2022: legislação anticorrupção 24

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Resolução Cmn nº
4.893, de 26/02/2021:
Segurança Cibernética

Versão Condensada
Sumário
Resolução CMN nº 4.893, de 26/02/2021: Segurança Cibernética����������������������������� 3

1. Resolução���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 3

1.1 Gerenciamento de crise����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 4

1.2 Plano de Continuidade de Negócios������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 4

1.3 Serviços prestados no exterior������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������5

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A L F A C O N
Resolução CMN nº 4.893, de 26/02/2021:

Segurança Cibernética

1. Resolução

A Resolução 4893/2021 do Bacen, publicada em 26 de fevereiro de 2021, define sobre a Política de Segurança
Cibernética e sobre os requisitos para a contratação de serviços de processamento e armazenamento de dados e de
computação em nuvem a serem observados pelas instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.

Atenção!

A resolução não se aplica às instituições de pagamento.

A Política de Segurança Cibernética deve ser estruturada de modo a ser compatível com:

ͫ porte da empresa,

ͫ perfil de risco

ͫ modelo de negócio da instituição

ͫ natureza das operações

ͫ complexidade dos produtos e/ou serviços

ͫ atividades e processos da organização

ͫ sensibilidade dos dados e das informações sob responsabilidade da instituição.

A implementação da política de segurança cibernética deve contemplar os mecanismos para disseminação da cultura
de segurança cibernética na instituição, que inclui a implementação de programas de capacitação e de avaliação
periódica de pessoal, prestação de informações aos clientes e usuários sobre precauções na utilização de produtos
e serviços financeiros, além do comprometimento da alta administração com a melhoria contínua dos procedimentos
relacionados com a segurança cibernética.

É admitida a adoção de política de segurança cibernética única por:

ͫ conglomerado prudencial;

ͫ sistema cooperativo de crédito.

Resolução Cmn nº 4.893, de 26/02/2021: Segurança Cibernética 3

A L F A C O N
ͫ rocedimentos e controles mínimos:

Os procedimentos e os controles citado acima devem abranger, no mínimo:

ͫ autenticação;

ͫ criptografia;

ͫ prevenção e a detecção de intrusão;

ͫ prevenção de vazamento de informações;

ͫ realização periódica de testes e varreduras para detecção de vulnerabilidades;

ͫ proteção contra softwares maliciosos;

ͫ estabelecimento de mecanismos de rastreabilidade;

ͫ controles de acesso e de segmentação da rede de computadores; e

ͫ manutenção de cópias de segurança dos dados e das informações.

1.1 Gerenciamento de crise

As instituições financeiras e demais instituições autorizadas pelo BACEN (aqui chamadas de “IFs ou instituições
autorizadas”) devem estabelecer e documentar os critérios que configurem uma situação de crise.

ͫ realização periódica de testes e varreduras para detecção de vulnerabilidades;

ͫ proteção contra softwares maliciosos;

ͫ estabelecimento de mecanismos de rastreabilidade;

ͫ controles de acesso e de segmentação da rede de computadores; e

ͫ manutenção de cópias de segurança dos dados e das informações.

1.2 Plano de Continuidade de Negócios

A Resolução CMN nº 4.893/2021 prevê como requisitos do Plano de Continuidade de Negócios das IFs ou institui-
ções autorizadas (art. 20):

Resolução Cmn nº 4.893, de 26/02/2021: Segurança Cibernética 4

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https://opiceblum.com.br/wp-content/uploads/2019/07/Entenda-os-principais-pontos-da-Resolucao-CMN-4893-2021-do-Banco-Central-do-Brasil.pdf

Requisitos obrigatórios na contratação de serviços relevantes de processamento, armazenamento de dados e de


computação em nuvem:

ͫ Indicação dos países e da região em cada país onde os serviços poderão ser prestados e os dados poderão ser
armazenados, processados e gerenciados

ͫ Políticas, estratégias e estruturas para gerenciamento de riscos que contemplem a contratação no País ou no
exterior

ͫ Práticas de governança e procedimentos que assegurem a verificação de capacidade da empresa e aderência


às exigências da IF ou instituição autorizada e da regulamentação em vigor antes da contratação, considerando:

I Criticidade de serviço; e

II Sensibilidade dos dados.

Atenção!

ͫ A IF ou instituição autorizada como responsável pela confiabilidade, integridade, disponibilidade dos serviços
contratados

ͫ Obrigação de notificar a subcontratação de serviços relevantes para a IF ou instituição autorizada

ͫ Comunicação ao BACEN da contratação ou atualização contratual de serviços relevantes. Essa comunicação


deve ser realizada em até 10 dias após a contratação dos serviços ou atualização contratual

1.3 Serviços prestados no exterior

A contratação de serviços relevantes de processamento, armazenamento de dados e de computação em nuvem


prestados no exterior, é necessário que haja a observância:

Resolução Cmn nº 4.893, de 26/02/2021: Segurança Cibernética 5

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ͫ existência de convênio para troca de informações entre o Banco Central do Brasil e às autoridades supervisoras
dos países onde os serviços poderão ser prestados;

ͫ instituição contratante deve assegurar que a prestação dos serviços não cause prejuízos ao seu regular funcio-
namento nem embaraço à atuação do Banco Central do Brasil;

ͫ a instituição contratante deve definir, previamente à contratação, os países e as regiões em cada país onde os
serviços poderão ser prestados e os dados poderão ser armazenados, processados e gerenciados; e

ͫ a instituição contratante deve prever alternativas para a continuidade dos negócios, no caso de impossibilidade
de manutenção ou extinção do contrato de prestação de serviços.

Atenção!

Caso não haja o convênio, a instituição contratante deverá solicitar autorização do Banco Central do Brasil para a
contratação do serviço, em até 60 dias antes da contratação. Este prazo é também válido em caso de alterações
contratuais que impliquem modificação de informações.

Resolução Cmn nº 4.893, de 26/02/2021: Segurança Cibernética 6

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