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20
19
índice
01
APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO
E SUMÁRIO FINANCEIRO
03
NEGÓCIO
50 Enquadramento Macroeconómico
06 Mensagem conjunta do Presidente 60 Enquadramento do Sistema Financeiro
do Conselho de Administração e do Presidente 62 Banca Digital e Meios de Pagamento
da Comissão Executiva 65 Atividade das Áreas de Negócio
10 Principais Indicadores 65 Banca Comercial
71 Mercado de Capitais
77 Área Internacional e Financeira
02
81 Unidade de Promotores Externos,
Cooperantes e Intermediários de Crédito
14
14
21
23
29
Modelo de Governo Corporativo
Identificação e composição dos Órgãos Sociais
Estrutura Acionista e de Capital
Remunerações
Estrutura Organizativa
04
ANÁLISE
ECONÓMICO-FINANCEIRA
05
44 Eventos Subsequentes
98 Organização
104 Controlo e Gestão dos Riscos
114 Controlo Interno
07
PROPOSTA DE APLICAÇÃO
DOS RESULTADOS
08
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
E ANEXOS
“
O EuroBic continuou, em 2019,
a registar uma evolução positiva
do seu nível de atividade.
”
O contexto económico internacional de 2019 caracterizou-se pela continuação do abrandamento
económico iniciado no ano anterior em resultado das tensões comerciais e geopolíticas que impli-
caram um aumento da incerteza e a consequente deterioração da confiança dos agentes econó-
micos. Em especial, a Área do Euro, de que Portugal é parte integrante, registou uma desaceleração
significativa, tendo-se observado o seu mais baixo ritmo de evolução da atividade económica dos
últimos cinco anos. Com este enquadramento, a economia portuguesa voltou a abrandar em 2019,
registando um crescimento médio anual do PIB de 2,2%, abaixo do verificado em 2018.
O Banco Central Europeu prosseguiu com a sua política monetária caracterizada por taxas de juro
de referência historicamente baixas e significativa injeção de liquidez no sistema monetário euro-
peu. Face à referida desaceleração da atividade económica, esta orientação foi intensificada a
partir de setembro de 2019.
No que se refere ao seu resultado líquido, de 61 milhões de Euros, este representa o resultado mais
elevado alguma vez atingido pelo Banco, sendo certo que para tal contribuíram fatores não re-
correntes.
Face ao desempenho positivo registado no último ano, o objetivo último do Banco continuará a
ser o de aumentar o seu negócio e a sua quota de mercado. Mas irá fazê-lo de forma eficien-
te e prudente. Importa crescer, dando passos seguros de forma a garantir a sustentabilidade e
robustez do Banco bem como do seu modelo de negócio. Neste contexto, o controle da sua ex-
”
eficiente e prudente.
posição ao risco deve ser uma prioridade permanente. O Banco irá prosseguir no reforço da sua
capacidade nestes domínios atingindo níveis cada vez mais elevados de bom Compliance, de
boa gestão do risco e de bom controle interno. Estas funções fazem parte do negócio e, como tal,
devem suportar devidamente o negócio. Um Banco sem excessiva exposição ao risco, com uma
forte cultura de controle interno e de Compliance, é um Banco que vê reforçada a sua reputação
e a confiança dos seus clientes. É um Banco que assegura a estabilidade da sua operação, e não
compromete os interesses dos seus Stakeholders: clientes, colaboradores e acionistas.
A crise em curso da COVID-19 está a ter impactos significativos na atividade económica com
repercussões na atividade financeira. Vivemos ainda uma situação de elevado grau de incerteza,
mas iremos certamente enfrentar novos desafios durante e após esta crise. O ano de 2020 será,
assim, um ano em que importará manter o foco do Banco na sua estratégia para desenvolver a
sua atividade, bem servir os seus clientes, manter e fortalecer a cultura de rigor e profissionalismo,
de coesão e de trabalho de equipa, princípios que serão fundamentais para manter e reforçar a
confiança de que todos precisarão para vencer tais desafios que o futuro inevitavelmente trará.
7.654M€
ATIVO TOTAL
11.700M€ VOLUME
267.190 CLIENTES
LÍQUIDO DE NEGÓCIOS
60
250
50 7.000
40 6.000 200
30
5.000
150
20
4.000
10
3.000 100
0
2.000
-10
50
1.000
-20
-30 0 0
‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19 ‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19 ‘15 ‘16 ‘17 ‘18 ‘19
O resultado líquido de 61 milhões de Euros, Aumento de 6,1% (+300,8 milhões de Euros) do O crescimento resulta da melhoria da margem
apresenta-se como o melhor resultado obtido crédito a clientes e de 6,8% (+388,8 milhões de financeira alargada e dos outros resultados
nos onze anos de atividade do Banco. Euros) dos depósitos de clientes, o que demonstra de exploração.
o crescimento sustentado do volume de negócios.
”
e dos níveis de fidelização dos clientes.
(1) Excluindo efeitos não recorrentes ao nível dos custos operacionais e do produto bancário;
(2) Incluindo o resultado do próprio ano;
(3) Rácios calculados de acordo com Instrução n.° 16/2004 do Banco de Portugal;
(4) Texas Ratio = Non-Performing Exposure EBA/(Imparidades + Tangible Equity);
(5) Inclui Agências, Gabinetes de Empresas e Centros de Private Banking;
(6) Inclui Órgãos Sociais exceto Assembleia Geral.
I. Assembleia Geral
Em 31 de dezembro de 2019, a mesa da Assembleia Geral era composta pelos seguintes membros:
A 27 de junho de 2019, a Deloitte & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, S.A.
(Deloitte, S.A.), comunicou ao Banco BIC Português, S.A., a designação de João Carlos Henriques
Gomes Ferreira, ROC n.° 1129, para nos termos do n.° 1 do Artigo 75.° do Estatuto da OROC, apro-
vado pela Lei n.° 140/2015, de 07 de setembro, desempenhar, em representação da Deloitte, S.A.,
as funções de sócio principal.
Sem prejuízo dos poderes de gestão que por Lei lhe são genericamente conferidos compete ao
Conselho de Administração:
O Conselho de Administração reunirá, pelo menos, trimestralmente e sempre que for convocado
pelo seu Presidente ou por dois Administradores, sendo as reuniões convocadas por escrito, com a
antecedência mínima de cinco dias.
No âmbito dos poderes que lhe são delegados pelo Conselho de Administração, compete à
Comissão Executiva, designadamente:
Com a alteração da natureza das funções de José António de Azevedo Pereira de não executivo
para executivo a partir de 29 de março de 2019, e a integração no Conselho de Administração de
Rui Carlos de Carvalho Lopes enquanto membro não executivo do Conselho de Administração do
Banco BIC Português, S.A. a partir de 07 de junho de 2019, procedeu-se à alteração da composi-
ção deste Comité, traduzida na saída de José Azevedo Pereira e de Vanessa Ferreira Loureiro e na
entrada de Duarte Pitta Ferraz e de Rui Carlos de Carvalho Lopes.
Conselho de Crédito:
É a estrutura máxima do Banco no que respeita a poderes de decisão para a concessão de crédi-
to, é composto pelos membros da Comissão Executiva, pelo responsável da Direção de Análise de
Risco de Crédito (DARC), pelos responsáveis das áreas comerciais e da Direção de Contencioso e
Recuperação de Crédito (DCRC), deliberando por maioria dos votos expressos, tendo o respetivo
Presidente (igualmente Presidente da Comissão Executiva) voto de qualidade.
Reforça o processo de gestão de ativos e passivos, parte integrante da gestão de riscos, sen-
do essencial para uma gestão adequada e prudente e um contributo decisivo para garantir a
sustentabilidade dos compromissos assumidos, quer em termos de solvência, quer em termos de
liquidez. À ALCO compete o acompanhamento das condições macroeconómicas e dos mercados
financeiros, assim como das políticas e medidas dos Bancos Centrais.
Tem como objetivo consolidar uma visão transversal e compreensiva dos riscos que são relevantes
para a atividade do Banco, apoiando a Comissão Executiva e o Conselho Fiscal no âmbito do
exercício das respetivas funções.
Tem como missão a definição da estratégia, princípios e política de gestão de risco de crédito,
assim como zelar pela respetiva implementação; o acompanhamento do ciclo do risco de cré-
dito nas suas diferentes fases: organização, avaliação e decisão, ratificação, acompanhamento,
monitorização e recuperação de crédito e o desenvolvimento e operacionalização dos modelos
internos de risco (rating e scoring).
Comissão de Sistemas:
Comissão de Produtos:
Tem por missão a preparação, para aprovação pela Comissão Executiva, da proposta final de
novos produtos/serviços (ou alterações a produtos/serviços já existentes).
Em termos de reuniões realizadas por cada um dos órgãos sociais, a atividade de 2019 resume-se
da seguinte forma:
N.° de Reuniões
Assembleia Geral 1
Conselho de Administração 12
Conselho Fiscal 40
Comité de Governo da Sociedade 4
Comité de Riscos Financeiros 5
Comité de Auditoria e Controlo Interno 46
Comité de Nomeações e Remunerações 13
Comissão Executiva 69
% do % dos
Número Montantes
Acionista capital direitos
de ações (Euros)
social de voto
Santoro Financial Holding, SGPS, S.A. 25% 25% 26.042.500 102.607.450
Fernando Leonídio Mendes Teles 20% 20% 20.834.000 82.085.960
Finisantoro Holding Limited 17,5% 17,5% 18.229.750 71.825.215
Telesgest B.V. 17,5% 17,5% 18.229.750 71.825.215
Luís Manuel Cortez dos Santos 5% 5% 5.208.500 20.521.490
Manuel Pinheiro Fernandes 5% 5% 5.208.500 20.521.490
Sebastião Bastos Lavrador 5% 5% 5.208.500 20.521.490
Outros acionistas 5% 5% 5.208.500 20.521.490
TOTAL 100% 100% 104.170.000 410.429.800
O Banco pode emitir ações preferenciais sem voto e outras ações preferenciais, podendo estas ser
remíveis, pelo valor nominal ou com prémio que venha a ser fixado em Assembleia Geral, ou não
remíveis. Pode ainda emitir obrigações ou quaisquer outros instrumentos ou valores mobiliários
representativos de dívida, designadamente obrigações convertíveis em ações e obrigações com
direito a subscrever ações.
Por deliberação da Assembleia Geral, a Sociedade pode emitir warrants autónomos sobre valores
mobiliários próprios. Os valores mobiliários emitidos podem revestir a forma escritural.
O Conselho de Administração pode realizar todas as operações permitidas por Lei sobre ações e
obrigações próprias.
O Banco não tem conhecimento de qualquer acordo parassocial que possa conduzir a restrições
em matéria de transmissão de valores mobiliários ou de direitos de voto.
% do % dos
Acionista Titular capital direitos
social de voto
Santoro Financial Holding, SGPS, S.A. Isabel José dos Santos 25% 25%
Fernando Leonídio Mendes Teles Fernando Leonídio Mendes Teles 20% 20%
Finisantoro Holding Limited Isabel José dos Santos 17,5% 17,5%
Telesgest B.V. Fernando Leonídio Mendes Teles 17,5% 17,5%
TOTAL 80% 80%
h. A dquirir, alienar, locar, permutar ou, por qualquer outra forma, onerar bens ou direitos, móveis
ou imóveis, incluindo ações e obrigações próprias ou alheias, bem como participações no
capital de outras Sociedades, ainda que com objeto social diverso.
i. Deliberar sobre extensões ou reduções importantes da atividade do Banco.
j. Deliberar sobre a oportunidade e condições da emissão de obrigações e outros títulos de
dívida do Banco.
Montante de Remunerações
Órgão N.° de Elementos
Fixas (Euros)
Conselho de Administração 15 2.287.249
Conselho Fiscal 4 152.000
Mesa da Assembleia Geral 2 6.250
TOTAL 21 (1) 2.445.499
(1) Inclui todos os membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal, que exerceram funções ao longo de
todo o ano de 2019, no Banco BIC Português, S.A.
Montante das
Órgão Nome Cargo Remuneraçõe
Fixas (Euros)
Diogo Vasco Ramos Barrote Presidente do Conselho de Administração 142.366
Fernando Leonídio Mendes Teles Administrador Não Executivo 98.000
Francisco Manuel Constantino Pinto Administrador Não Executivo 98.000
Duarte Manuel Ivens Pitta Ferraz Administrador Não Executivo 98.000
Administrador Não Executivo
José António de Azevedo Pereira (2) 175.149
Administrador Executivo
Pedro Canastra de Azevedo Maia Administrador Não Executivo 98.000
Vanessa Ferreira Loureiro Administrador Não Executivo 98.000
CONSELHO DE
ADMINISTRAÇÃO Rui Carlos de Carvalho Lopes (3)
Administrador Não Executivo 51.589
Fernando Teixeira dos Santos Presidente da Comissão Executiva 287.365
José Fernando Maia de Araújo e Silva (4) Administrador Executivo 54.215
Rui Manuel Correia Pedras Administrador Executivo 217.347
Bernardo Leite de Faria Espírito Santo Administrador Executivo 217.337
José Miguel Coelho Antunes Administrador Executivo 217.215
Manuel Alexandre Veríssimo da Luz Administrador Executivo 217.328
Pedro Miguel Godinho de Almeida e Silva Administrador Executivo 217.337
SUBTOTAL 2.287.249
Susana Nereu de Oliveira Ribeiro Presidente do Conselho Fiscal 54.000
Ilídio Tomás Lopes Vogal 48.000
CONSELHO
FISCAL Armando Nunes Paredes (5)
Vogal 30.000
Carlos Alexandre de Pádua Corte-Real
Vogal 20.000
Pereira (6)
SUBTOTAL 152.000
MESA Jorge Manuel de Brito Pereira Presidente da Mesa 3.750
DA ASSEMBLEIA
GERAL Alberto Mendes Teles Vice-Presidente da Mesa 2.500
SUBTOTAL 6.250
TOTAL 2.445.499
(2) Desempenhou as funções de Administrador Não Executivo até 28/05/2019, passando depois a Administrador Executivo.
(3) Iniciou funções em 07/06/2019.
(4) Cessou funções em 31/03/2019, por renúncia.
(5) Cessou funções em 13/05/2019, por renúncia.
(6) Iniciou funções em 16/05/2019.
Assim, aos membros da Comissão Executiva que exerceram funções no exercício de 2018 foram-
-lhes atribuídos, no exercício de 2019, os montantes relativos a Remuneração Variável que a seguir
se discriminam:
De acordo com a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e Fiscali-
zação, a parte diferida da componente variável da remuneração apenas é paga após 3 anos da
data do pagamento inicial. Assim, tendo em atenção que o Banco apenas iniciou o pagamento
de Remuneração Variável no exercício de 2018, não procedeu no exercício de 2019 ao pagamento
de qualquer parte diferida da Remuneração Variável.
Para efeitos de delimitação dos colaboradores a que respeita esta informação considerou-se que
o universo de Colaboradores Identificados corresponde aos colaboradores da primeira linha das
Direções e dos Gabinetes que desempenharam “funções de controlo interno” durante todo o ano
de 2019, a saber, Direção de Auditoria Interna, Direção de Compliance, Direção de Controlo de Ris-
cos, Direção de Análise de Risco de Crédito e Gabinete de Segurança da Informação, bem como
aqueles que desempenharam funções da primeira linha e com categorias diretivas de segunda
linha das Direções e Gabinetes que reportam diretamente à Comissão Executiva e ainda os que
desempenharam funções de Diretor Regional, Coordenador dos Gabinetes de Empresas e Coor-
denador dos Centros de Private Banking.
(1) Existem 2 colaboradores que em 2019 exerceram as suas funções tanto na Banca de Retalho como na Banca Comercial.
Em 2019 ocorreram 2 novas contratações que integraram aquele universo às quais não foi pago
qualquer subsídio de contratação e que visaram a substituição de 2 rescisões antecipadas de
contrato, sendo que apenas uma destas beneficiou do pagamento de indemnização resultante
daquela rescisão antecipada no valor de 56.098,00 €.
No ano de 2019 a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e Fiscali-
zação manteve-se inalterada, todavia, o Regulamento sobre a Avaliação de Desempenho e Re-
muneração dos Membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização do Banco foi revisto tendo
para tal o CNR contado com a colaboração de Consultores Externos.
(7) R
esultado Líquido Normalizado - Os custos e proveitos não recorrentes serão excluídos da computação deste
indicador. Entende-se por “não recorrentes” aqueles custos ou proveitos que não tenham que ver com a atividade
diária e aprovados diretamente pelo Conselho de Administração.
2.1. O
s Colaboradores Identificados que mantêm uma relação jurídico-laboral com o Banco atra-
vés de contrato de trabalho, não beneficiam de outras formas de remuneração que não as
que decorram da normal aplicação do Acordo de Empresa ou do direito do trabalho.
2.2. Os colaboradores abrangidos pelo Acordo de Empresa beneficiam de um plano complemen-
tar de pensões, de contribuição definida, para o qual concorrem, em percentagens iguais
sobre a respetiva remuneração, os colaboradores e o Banco.
2.3. Os colaboradores beneficiam de uma remuneração fixa definida nos respetivos contratos de
trabalho.
2.4. A avaliação de desempenho dos colaboradores é anual e realizada pelo respetivo superior
hierárquico.
Para os colaboradores dos Serviços Centrais e Responsáveis de 1.a linha, a Avaliação do De-
sempenho é constituída unicamente por uma componente qualitativa - avaliação de Com-
petências Core e Específicas, e para os colaboradores da Área Comercial por uma compo-
nente qualitativa - avaliação de Competências Core e Específicas - com um peso de 40% e
por uma componente quantitativa com um peso de 60%,
Tendo o Banco registado em 2018 um Resultado Líquido Normalizado (8) positivo, a Assembleia
Geral deliberou atribuir uma Participação nos Resultados a todos os colaboradores com ava-
liação de desempenho positiva e sem registo de sanções disciplinares superiores a Repreen-
são Verbal nos últimos 2 anos.
A atribuição e o cálculo do montante da Remuneração Variável, paga através da Partici-
pação nos Resultados, têm por base os resultados da Avaliação Global Final realizada com
referência a todo o ano civil em causa, neste caso 2018.
A Participação nos Resultados foi paga em numerário e 40% do seu montante foi objeto de
diferimento pelo prazo de 3 anos e o valor a atribuir individualmente não ultrapassou 16% da
sua remuneração fixa anual.
Previamente ao seu pagamento, a Remuneração Variável atribuída a cada um dos Colabora-
dores Identificados foi sujeita a um Processo de Ajustamento pelo Risco, o qual avaliou sobre
a adequação do montante da Remuneração Variável a atribuir em função dos riscos atuais
e futuros, podendo a mesma, em resultado daquela avaliação ser sujeita a mecanismos de
redução e reversão.
2.5. Prevê-se que em 2020 seja paga uma Participação nos Resultados aos Colaboradores Iden-
tificados, sendo que o valor a atribuir a cada um não ultrapassará 22% da sua remuneração
fixa anual.
(8) Resultado Líquido Normalizado - Os custos e proveitos não recorrentes serão excluídos da computação deste
indicador. Entende-se por “não recorrentes” aqueles custos ou proveitos que não tenham que ver com a atividade
diária e aprovados diretamente pelo Conselho de Administração.
Direção
Revisor Oficial Conselho Conselho de Secretário
de Auditoria
de Contas Fiscal Administração da Sociedade
Interna
Comité
Comité Comité Comité de
Comissão de Auditoria
de Governo de Riscos Nomeações e
Executiva e Controlo
da Sociedade Financeiros Remunerações
Interno
Fernando José
Manuel Pedro
Teixeira Azevedo Bernardo Miguel
da Luz Almeira e Silva Rui Pedras
dos Santos Pereira Espírito Santo Antunes
Administrador Administrador Administrador
Presidente Administrador Administrador Administrador
(CFO) (COO)
(CEO) (CRO)
Comissão
Conselho
de Risco
de Crédito
de Crédito
Comissão
Comissão
de Gestão
de Produtos
de Crises
(1) Comunicação Institucional; (2) Reporte Administrativo; (3) Marketing Operacional.
Rebranding EuroBic;
2017 Lançamento do novo site corporativo;
Lançamento da App EuroBic
para clientes particulares.
Início do programa
de transformação digital
2018 e operativa (Programa Alvorada);
Reestruturação da área
dos seguros.
Neste quadro de mudança estrutural e continuada, as empresas tentam adaptar-se de forma ati-
va aos novos paradigmas, adotando modelos de gestão das pessoas e dos talentos adequados
aos novos tempos e aos novos desafios, com vista a desenvolver um clima profissional propiciador
de desempenhos de alta qualidade e geradores de níveis de satisfação individual que garanta a
estabilidade do quadro de colaboradores.
O setor financeiro em geral e o setor bancário em particular têm vindo a colocar-se no centro de
uma especial atenção das Sociedades avançadas, dada a sua criticidade para a estabilidade
das relações económicas e para os processos de modernização do sistema de trocas, baseado
fundamentalmente num ativo psicológico que é a confiança.
Num contexto em que a confiança se constitui como pedra angular do complexo processo de
relações multidimensionais potenciadas pela obsessiva presença das tecnologias no suporte às
operações financeiras, avulta a necessidade de cada empresa cuidar da sua relação com os
parceiros, construindo um capital de credibilidade que habilite os colaboradores a tomar parte no
processo de forma positiva e sem entraves injustificados.
Habilitações Literárias
39,18%
Ensino Secundário
59,45%
Ensino Superior
59,45%
TRABALHADORES
COM FORMAÇÃO
1,37% SUPERIOR
Ensino Básico
Quanto à dimensão da comunidade de colaboradores, assinala-se que 2019 regista o maior nú-
mero de colaboradores ao serviço do Banco, desde 2013. No final de 2019, o Banco registava no
ativo 1.465 colaboradores, 929 dos quais distribuídos pela rede comercial e os restantes 536 co-
locados nos serviços centrais. Nestes termos, o rácio representativo da distribuição dos colabo-
radores é de 1,73 colaboradores da rede comercial por cada colaborador dos serviços centrais.
544 806 592 835 599 844 619 839 634 826 642 805 649 816
Tem sido constatada e levada em consideração a importância que as novas gerações (pós-
-Millennials) atribuem ao potencial de valorização e progressão que a empresa proporciona e a
relevância atribuída por este segmento de colaboradores ao emprego permanente.
Em linha com esta perspetiva, em 2019 foram firmados mais 21 contratos de trabalho sem termo,
contribuindo assim para que 96,79% dos contratos de trabalho existentes sejam desta tipologia,
facto extremamente relevante no quadro de uma política de gestão de pessoas focada na esta-
bilidade do capital humano.
44% 56%
Uma linha muito importante da estratégia de gestão de pessoas é poder oferecer aos colabo-
radores atuais o acesso a um conjunto de novas oportunidades de enquadramento funcional,
proporcionando vantagens de crescimento profissional a todos os colaboradores que optem por
desempenhar diferentes funções, assumindo novos papéis e novas responsabilidades.
Tem sido prática reiterada a admissão e enquadramento adequado de profissionais mais jovens e
mais qualificados, dando resposta às necessidades verificadas em cada momento, quer na rede
comercial quer nas estruturas de suporte, garantindo nestas últimas um contributo de especiali-
zação, consoante a função.
A antiguidade média dos contratos de trabalho situa-se perto dos 16 anos, o que demonstra
estabilidade e compromisso na comunidade de colaboradores. O índice de rotatividade dos co-
laboradores (turnover), situa-se nos 3,44%, constituindo também uma evidência de estabilidade
do Banco.
Do ponto de vista da efetividade da prestação de trabalho deve ser sublinhado que a a taxa de
absentismo atingiu o equilibrado valor de 4,54%, sendo que mais de 1/5 de absentismo é relativo
à parentalidade e apoio à família.
Todos estes factos e dados relativos à comunidade de colaboradores demonstram que o Banco
tem conseguido traduzir em políticas de gestão de pessoas e de talento uma visão moderna e
construtiva das relações de trabalho, pondo em prática processos de valorização das funções
que proporcionam oportunidades de desenvolvimento pessoal e contribuem para a sustentabili-
dade do negócio.
No quadro desta política bem sucedida de enquadramento funcional e pessoal a formação tem
vindo a desempenhar um papel crucial, pelo que o Banco continua a investir neste processo de
capacitação como suporte a uma transformação estrutural das suas operativas e melhoria da
efetividade do trabalho, fatores que no longo prazo asseguram uma convergência de interesses
capaz de construir uma relação duradoura com os atuais e futuros clientes.
Neste âmbito, importa relevar que a política de gestão de capital humano do EuroBic constitui
uma variável relevante do processo de transformação digital em curso, visando adaptar as pes- A política de
soas aos novos meios tecnológicos, mas sobretudo incentivando as pessoas a tirar partido das gestão de capital
possibilidades de crescimento pessoal e profissional que a evolução tecnológica proporciona. humano do EuroBic
O modo agressivo como as novas tecnologias se impõem nos contextos profissionais, obrigando a
constitui uma
perspetivar a ação comercial apoiada essencialmente em novos canais digitais e fortemente orien- variável relevante
tados ao autosserviço, não exclui a vantagem da proximidade humana que só os colaboradores do processo de
podem construir e que deve constituir uma vantagem competitiva diferenciadora do EuroBic. transformação
Nesta linha de orientação estratégica, torna-se fundamental preparar as equipas para acomodar digital em curso
uma mudança da atitude e dos comportamentos e para atingir este objetivo implementou-se um
extenso programa de formação designado “Modelo Uniforme de Apoio à Rede” (MUDAR). Dese-
nhado no âmbito da Proposta de Valor e destinado especificamente à rede comercial, o progra-
ma MUDAR visa vários objetivos, dos quais se destacam:
Foram envolvidos nesta iniciativa 917 participantes e realizadas 15.272 horas de formação.
FORMAÇÃO
Ações de Formação
Outros Indicadores
COLABORADORES ALVO
906 1.247 1.223 1.451 1.127 1.454 1.419
FORMAÇÃO
Taxa de participação
70% 87% 85% 98% 77% 99% 96%
(colaboradores alvo/efetivo)
Custos 147.934 € 320.699 € 233.081 € 184.866 € 166.840 € 643.576 € 535.702 €
EFETIVO EUROBIC (*)
1.301 1.433 1.439 1.474 1.472 1.464 1.482
A formação regulamentar mereceu uma atenção determinante, tendo sido realizadas 34.655 ho-
ras (mais de 56% do total das horas de formação), envolvendo 3.283 participações, sobre temas
tão essenciais como sejam a “Prevenção do Branqueamento de Capitais e o Combate ao Terro-
rismo”, o Crédito Hipotecário, a DMIF II, a Nota e a Moeda Euro.
61.882
TOTAL DE HORAS
Em termos de metodologias utilizadas em 2019, verificou-se uma distribuição da formação en- EM FORMAÇÃO
tre presencial e e-learning que reflete bem o investimento realizado, tendo a vertente presencial
atingido 2.977 colaboradores e o e-learning 3.254. Em horas de formação, registaram-se 27.591 na
metodologia presencial e 34.291 via e-learning.
Com vista a suportar esta ambição de crescimento, ativando as forças comerciais e mobilizando
todos os colaboradores direta e indiretamente implicados no esforço de captação de novas re-
lações, foram desenvolvidas ações de marketing interno nas diversas regiões do país, procurando
fomentar nas equipas um forte sentimento de pertença à marca e de representação ativa da sua
proposta comercial junto dos alvos primordiais em cada praça.
O programa de eventos EuroBic on the road percorreu o país e mobilizou centenas de colabora- O programa
dores para sessões de partilha de conhecimento e debate de ações táticas de âmbito local, devi- de eventos
damente combinadas com tempo de qualidade no convívio entre equipas e destas com a Comis- EuroBic on the road
são Executiva, que foi parte ativa nestas sessões, liderando e incentivando a tomada de decisões.
percorreu o país e
O desenvolvimento deste programa interno de envolvimento e formação dos representantes da mobilizou centenas
marca foi acompanhado, mais uma vez, de uma ação virada para a relação direta com os clientes de colaboradores
e forças sociais relevantes em cada localidade, com a realização de sessões do Fórum Desafios para sessões
e Oportunidades.
de partilha de
Estes fóruns permitiram, em 2019, estabelecer contacto direto com mais de 700 participantes qua- conhecimento e
lificados, na sua maioria empresários e empreendedores relevantes na localidade de acolhimento, debate de ações
clientes e potenciais clientes do EuroBic.
táticas de âmbito
Estas sessões permitiram também convidar alguns dos mais distintos protagonistas da vida social, local
política e empresarial das regiões, suscitando o debate sobre os fatores críticos de desenvolvimento
local e garantindo repercussão mediática às opiniões emitidas, através de um sistema de colabora-
ção com meios de comunicação nacionais que se constituíram como media partners da iniciativa.
A ideia central deste processo é reposicionar a marca, fazendo-a evoluir, de forma gradual mas
enérgica, para uma posição de referência em matéria de qualidade de serviço apoiado por tec-
nologia, com operativas simples e muita proximidade pessoal, o que implica colaboradores forte-
mente envolvidos no projeto e cientes do seu papel crítico como embaixadores da marca.
A decisão de relacionar Vasco Palmeirim com a marca EuroBic foi tomada na sequência de um
processo de avaliação rigoroso, baseado em instrumentos analíticos muito sólidos, que permitiram
concluir pela significativa compatibilidade entre a imagem estabelecida do prescritor e os objeti-
vos delineados para a evolução simbólica da marca.
O racional estratégico desta decisão de marketing foi claramente confirmado pelos resultados
quantitativos e qualitativos da primeira campanha comercial e publicitária protagonizada por
Vasco Palmeirim, focada na proposta de crédito habitação, mas também dirigida à construção
de uma perceção institucional ancorada nos valores familiares e de responsabilidade parental.
No plano quantitativo importa sublinhar o carácter extraordinário da rapidez com que os sensores
de notoriedade registaram uma subida de resultados diretamente relacionados com a campanha
publicitária emitida em televisão, rádio e plataformas digitais.
O estudo semanal de recordação publicitária que serve de referência ao mercado, permitiu visualizar
um ganho de liderança em recordação espontânea de anúncios nas semanas da campanha, consti-
tuindo tal facto uma alteração fundamental ao padrão de contacto com o mercado desde 2017.
Por outro lado, a frequência e caráter francamente positivos das interlocuções comerciais sus-
citadas pela campanha, a par da consensualidade e apropriação ativa das mensagens pelos
colaboradores, permitiram concluir que a campanha acertou no time-to-market, resolvendo com
sucesso as várias apostas que a tinham justificado.
Este plano de reforço da notoriedade e reposicionamento da marca constitui um road map propí-
cio a amplificar os efeitos de outros programas internos de transformação operacional e melhoria
de desempenho, intensificando a dinâmica transformacional que a liderança da instituição tem
vindo a promover.
Entende-se que o efeito conjugado dos ganhos de eficácia operacional, motivação dos colabo-
radores, assertividade comercial e notoriedade de marca podem construir um novo padrão de
atratividade para segmentos de clientes menos satisfeitos com a oferta da concorrência.
Deste modo, será possível atingir num prazo razoável os objetivos de duplicação de quota de
mercado inscritos no plano estratégico em vigor, desiderato maior do Banco enquanto pilar fun-
damental da sua autonomia futura e da sustentabilidade da marca.
Em síntese, podemos afirmar que a marca EuroBic trilhou em 2019 um caminho de reforço das suas
capacidades de comunicação com os portugueses, aumentando o seu poder invocador para au- Em síntese,
diências mais alargadas e reiterando os valores distintivos e qualificadores de uma proposta de ser- podemos afirmar
viço bancário claramente apostada em ser conveniente, próxima, especializada e sobretudo digital. que a marca
Os resultados obtidos durante o ano de 2019 sustentam a ambição de construir um capital de
EuroBic trilhou em
confiança que corretamente transmitido à rede comercial propiciará a obtenção de resultados 2019 um caminho
conformes à estratégia de afirmação de uma vontade competitiva que se torne referência pela de reforço das suas
transparência, competência e senioridade das propostas apresentadas aos clientes. capacidades de
Nesta linha de atuação, é razoável afirmar que o EuroBic está a construir uma base sólida para comunicação com
realizar com sucesso o maior de todos os objetivos – crescer em clientes, aumentar o negócio, os portugueses
incrementar a margem e garantir a sustentabilidade num quadro concorrencial cada vez mais
desafiante.
MARÇO
EuroBic on the road
Continuação da iniciativa, iniciada em 2018, que no seu con-
junto percorreu todo o país e juntou a Comissão Executiva e a
rede comercial num conjunto de reuniões operacionais, finali-
zadas com um jantar entre todos os colaboradores das zonas
envolvidas e os membros da Comissão Executiva. Évora, Lisboa,
Porto, Leiria/Batalha, Coimbra, Viseu, Madeira, Açores, Cascais,
Algarve, Vale do Sousa, Vale do Tejo e Guimarães, foram as zo-
nas selecionadas para estas ações.
Este programa teve no “Fórum Desafios e Oportunidades” a
componente externa do evento, mediatizado através das par-
Linha de Apoio à Sustentabilidade Ambiental no Turismo cerias com o jornal económico ECO e com a TSF, para o qual
Disponibilização de linha de crédito para financiamento de pro- foram mobilizados mais de 700 participantes, e onde foram pro-
jetos de investimento que tenham em vista melhorar o desem- movidos debates profundos sobre o desenvolvimento das eco-
penho energético e ambiental das PME do Turismo. nomias locais. A primeira edição de 2019 decorreu em Évora e
contou, no painel de oradores, com Ana Costa Freitas, Reitora da
Universidade de Évora; José Pedro Salema, Presidente do Con-
selho de Administração da EDIA - Empresa de Desenvolvimento e
MAIO
Linha de Crédito para Estudantes do Ensino Superior
Lançamento de nova linha que visa apoiar a promoção do
acesso ao ensino superior através de financiamento em condi-
ções favoráveis.
Prémios AHRESP
Apoio à 5.a edição dos Prémios AHRESP que continuam a distin-
guir os melhores do ano no setor do Turismo, Hotelaria e Restau-
ração. Este ano, na qualidade de parceiro financeiro exclusivo, o
EuroBic entregou à Accessible Portugal a distinção de “Produto
ou Serviço do Ano” pelo projeto TUR4ALL, que visa promover o
turismo acessível a todos.
SETEMBRO
Depósitos Estruturados
No âmbito da estratégia de distribuição de soluções de inves-
timento, foi lançado o depósito estruturado “EuroBic Mix Global
Banco Oficial da Liga Portugal setembro 2019”, a 2 anos, exclusivo para clientes particulares.
O EuroBic renovou, por mais 2 anos (2019 a 2021), o protocolo
de patrocínio que lhe confere o estatuto de “Banco Oficial da Circuito de Golfe EuroBic
Liga Portugal”. Esta é uma oportunidade de investir no desporto Dado o enorme sucesso que o torneio anual EuroBic tem tido ao
nacional de alta competição e, em simultâneo, garantirmos uma longo dos últimos anos, o Banco decidiu alargar o seu envolvi-
maior proximidade com o público em geral. O EuroBic mantém mento com o golfe e organizar o Circuito de Golfe EuroBic. Duas
assim uma presença de marca muito visível no âmbito do des- provas de qualificação (na Quinta do Perú e na Estela) e uma
porto-rei dos portugueses. Final Nacional em Vidago, fizeram deste circuito um dos mais
concorridos do panorama nacional, onde valorizámos oportu-
nidades de relacionamento com clientes e potenciais clientes.
Com esta iniciativa o Banco mobilizou cerca de 250 participan-
tes tendo aproveitado para, junto destes, dinamizar o processo
de abertura de contas digital.
JULHO
Lançamento de cartões EuroBic Corporate e EuroBic Business Campanha Tinóni
Disponibilização de novos cartões de débito e de débito diferi- Apoio financeiro à Cruz Vermelha Portuguesa no lançamento da
do para empresas e ENI, o Cartão Business Electron e o EuroBic campanha Tinóni, iniciativa de recolha de fundos para a com-
Corporate, respetivamente. pra de três novas ambulâncias para a delegação do Porto.
NOVEMBRO
Depósito Estruturado EuroBic Luxo e Bem-Estar novembro 2019
Comercialização do depósito estruturado “EuroBic Luxo e Bem-
-Estar novembro 2019”, com Remuneração Variável em função
da performance de um cabaz de cinco ações.
“Na sequência dos eventos mediáticos suscitados pela divulgação de informações reservadas
relativas à Eng.a Isabel dos Santos – apresentadas internacionalmente como Luanda Leaks – e a
perceção pública de que este Banco possa não cumprir integralmente as suas obrigações pelo
facto de a Eng.a Isabel dos Santos ser um dos seus acionistas de referência, o Conselho de Admi-
nistração do EuroBic, em reunião hoje efetuada, deliberou:
- encerrar a relação comercial com entidades controladas pelo universo da acionista Eng.a Isabel
dos Santos e pessoas estreitamente relacionadas com a mesma.
No respeito pelos deveres de sigilo bancário a que o Banco está sujeito, apenas podemos escla-
recer publicamente que os pagamentos ordenados pela cliente Sociedade Nacional de Com-
bustíveis de Angola (Sonangol) à Matter Business Solutions respeitaram os procedimentos legais
e regulamentares formalmente aplicáveis no âmbito da regular relação comercial existente entre
este Banco e a Sonangol, designadamente os que se referem à prevenção do branqueamento
de capitais.
- face às informações vindas a público, com elementos que até esta data eram desconhecidos
por este Banco, solicitar a realização imediata de uma auditoria aos movimentos referidos no
ponto anterior;
Por fim, reiteramos que o EuroBic não é parte no processo que tem vindo a ser noticiado, o qual diz
apenas respeito à esfera de interesses e relações jurídicas da acionista Eng.a Isabel dos Santos.”
No dia 22 de janeiro de 2020, o Banco publicou um novo comunicado de imprensa, que se cita em
seguida, divulgando as diligências promovidas pelo Conselho de Administração:
“No quadro das diligências que têm vindo a ser promovidas pelo Conselho de Administração do
EuroBic, com vista a salvaguardar a confiança na instituição, informamos o seguinte:
1 - A Eng.a Isabel dos Santos tomou a decisão de saída da estrutura acionista do EuroBic;
2 - A operação de alienação da sua participação foi já iniciada, a qual, face à existência de inte-
ressados, tem assegurada a sua concretização a muito breve prazo, sujeita, nos termos da lei,
à prévia autorização das autoridades competentes;
4 - Na sequência destas decisões, os Administradores não executivos que exercem funções na
estrutura de gestão do Universo da Eng.a Isabel dos Santos apresentaram a renúncia aos seus
cargos no EuroBic com efeitos imediatos;
O arresto preventivo revoga a medida de apreensão anteriormente decretada nos mesmos autos
e determina a inerente privação do exercício de direito de voto por partes destas duas acionistas
e dos seus direitos a receber dividendos.
Coronavírus
O ano 2020 tem sido marcado pela epidemia denominada COVID-19, provocada pelo SARS-
-CoV-2, designação dada ao novo coronavírus. Em janeiro foram registados os primeiros casos na
Europa. O desenvolvimento de casos por todo o mundo levou a Organização Mundial de Saúde,
em março de 2020, a caracterizar a COVID-19 como uma pandemia.
Até à data de aprovação deste relatório pelo Conselho de Administração, tem-se observado um
agravamento da situação, tendo a pandemia vindo a alastrar-se por todo o mundo. Existe um
elevado nível de incerteza sobre os impactos económico-financeiros desta pandemia. Não obs-
tante, antecipa-se um efeito negativo para economia mundial e, consequentemente, nacional.
O sistema bancário tem no seu balanço um conjunto de ativos cuja recuperabilidade e respetiva
mensuração é influenciada, direta ou indiretamente, pela evolução económico-financeira global,
nomeadamente, a carteira de crédito concedido a clientes, os investimentos em carteira própria,
e os ativos por impostos diferidos. Neste contexto, o valor pelo qual estes ativos são reconhecidos
no balanço do Banco será influenciado em razão dos impactos negativos que se vierem a mate-
rializar ao nível da economia mundial e nacional, decorrente da escalada desta pandemia.
Com referência a 31 de dezembro de 2019, a valorização dos ativos referidos anteriormente não
incorpora os potenciais efeitos desta situação, dado tratar-se de um evento subsequente não
ajustável nos termos da Norma Internacional de Contabilidade n.° 10 – “Acontecimentos após a
data do balanço”. À data da aprovação das contas do exercício de 2019 pelo Conselho de Admi-
nistração o Banco não dispunha de informação que lhe permitisse quantificar com razoabilidade
e fiabilidade estes impactos negativos, cuja extensão é atualmente incerta, e dependerá de um
conjunto de fatores, incluindo a severidade e duração da pandemia, bem como das medidas ex-
traordinárias que os governos de cada país adotaram e/ou terão de adotar.
Negócio • 49
Enquadramento
Macroeconómico
ECONOMIA MUNDIAL
A economia global registou uma importante perda de dinamismo no ano de 2019, prolongando
o abrandamento verificado na segunda metade do ano precedente. As elevadas tensões co-
merciais e geopolíticas fizeram subir a incerteza e reduzir a confiança dos agentes económicos
ao nível global, com o consequente impacto negativo nas decisões de investimento e nos fluxos
de comércio mundiais. A atividade na indústria transformadora foi particularmente afetada (com
destaque para o setor automóvel num contexto de significativas mudanças regulamentares), com
o dinamismo a recuar para níveis semelhantes aos observados durante a crise financeira global.
Em contraponto estiveram a orientação da política monetária, crescentemente acomodatícia em
vários blocos económicos, e o suporte dado ao emprego pelo setor dos serviços.
Atividade global
De acordo com a informação disponível para o conjunto de 2019, a atividade económica mundial
desacelerou significativamente face ao ano anterior, acentuando o abrandamento já observado As estimativas
no ano de 2018. As estimativas mais recentes do Fundo Monetário Internacional (FMI) apontam mais recentes do
para um crescimento do PIB mundial de 2,9% em termos reais, após uma expansão de 3,6% em Fundo Monetário
2018 e de 3,8% em 2017. Tratou-se do ritmo de expansão mais baixo numa década. Tal ocorreu num
contexto de desaceleração da atividade económica na generalidade dos blocos económicos,
Internacional
com a notável exceção do Japão. apontam para um
crescimento do PIB
Nos EUA, registou-se um abrandamento da economia no conjunto de 2019, que retomou assim o mundial de 2,9%
desempenho observado dois anos antes depois de uma expansão acima da tendência de longo
prazo em 2018. A taxa de variação do PIB foi de 2,4% em 2019, contra 2,9% em 2018. Apesar da
perda de dinamismo, sentida sobretudo na atividade da indústria transformadora, a evolução
da economia manteve-se robusta no panorama das economias avançadas, suportada por uma
orientação expansionista de política orçamental e de política monetária e pela manutenção das
condições favoráveis nos mercados financeiros.
A economia do Reino Unido desacelerou marginalmente face ao ano anterior, com o PIB a apre-
sentar uma taxa de variação de 1,3% em 2019. Tratou-se do ritmo de crescimento mais baixo em
sete anos, num contexto marcado sobretudo pela incerteza associada ao processo de saída da
União Europeia e de fraco desempenho do consumo privado.
No conjunto das economias emergentes europeias, a desaceleração foi ainda mais acentuada,
com o PIB a reduzir o ritmo de expansão médio em 1,3 p.p. para 1,8%, em 2019. Na Rússia, o abran-
damento foi de 1,2 p.p. para uma taxa de crescimento de 1,1%. Tratou-se do ritmo de expansão
mais baixo desde a recessão de 2015-2016. Esta dinâmica refletiu, nomeadamente, o esgotamento
do impulso dado pelo investimento público em infraestruturas nos anos anteriores, o efeito da
subida do imposto sobre o consumo e o impacto da forte redução das exportações de algumas
matérias primas.
No mesmo sentido, o conjunto das economias da América Latina e Caraíbas registou um abran-
damento da atividade económica, com a taxa de variação do PIB a diminuir 1 p.p. para 0,1% no
ano transato. Contudo, as maiores economias deste bloco económico apresentaram intensidades
de desaceleração distintas: o Brasil registou uma desaceleração marginal do PIB (em 0,1 p.p. para
uma taxa de variação de 1,2%), quebrando apenas ligeiramente a dinâmica de recuperação face
à recessão de 2015-2016, enquanto o México observou um significativo abrandamento (de 2,1%
em 2018 para uma variação nula do PIB em 2019) num contexto de alguma incerteza política e de
instabilidade financeira e descida da notação da dívida soberana.
Para 2020, o FMI esperava, nas suas previsões de janeiro, alguma recuperação do dinamismo da
atividade económica global, com o PIB mundial a crescer 3,3%. Esta aceleração deveria resul-
tar do maior dinamismo do conjunto das economias emergentes e em desenvolvimento (taxa de
crescimento de 4,4%), uma vez que se esperava que as economias avançadas abrandassem ligei-
+3,3%
PREVISÃO DO
ramente face ao ritmo de crescimento do ano corrente (para 1,6%). Destacavam-se as previsões
de abrandamento para a China (para 6,0%), para os EUA (para 2,0%) e para o Japão (para 0,7%),
FMI PARA O
em contraste com as ligeiras acelerações na Área do Euro (para 1,3%) e no Reino Unido (para 1,4%). CRESCIMENTO
Contudo, a partir de março de 2020 ocorreu uma deterioração abrupta e significativa das pers- DO PIB MUNDIAL
petivas para a atividade económica mundial em virtude dos efeitos muito adversos da pandemia PARA 2020 EM
COVID-19. Nas previsões divulgadas a 2 de março, a OCDE apresentou uma revisão em baixa das FORMAÇÃO
perspetivas para o crescimento global, passando a prever um crescimento de apenas 2,4% para o
PIB mundial em 2020. A previsão foi revista significativamente em baixa para a China (para 4,9%),
mas também para a Área do Euro (para 0,8%), o Reino Unido (para 0,8%), o Japão (para 0,2%) e
os EUA (para 1,9%). Com o decorrer do mês de março, as perspetivas para a economia mundial
tornaram-se ainda mais negativas de acordo com os indicadores económicos disponíveis, mas
nenhuma organização económica internacional disponibilizou novas previsões macroeconómicas
nesse período.
Negócio • 51
Mercado de trabalho
Na área do Euro, o mercado de trabalho prolongou, em 2019, o ciclo de expansão que se mantém
há já vários anos. Apesar disso, o emprego revelou algum abrandamento face ao ano anterior (taxa
de variação de 1,1%, contra 1,5% em 2018), ainda que menos intenso que o PIB, enquanto a taxa de
desemprego se manteve em redução (para um valor médio anual de 7,6%, menos 0,6 p.p. que em
2018). Em dezembro, a taxa de desemprego atingiu já os 7,4%, o que constituiu o valor mais baixo
desde maio de 2008 e muito perto do mínimo histórico alcançado no início de 2008. Tal como em
2018, o movimento de redução da taxa de desemprego estendeu-se a todos os Estados-membros.
A evolução nos EUA foi semelhante, com o emprego a manter-se em expansão, mas desaceleran-
do um pouco face ao ano anterior (taxa de variação de 1,1%, face a 1,6% em 2018) e de forma mar-
ginalmente mais intensa que o PIB. As condições do mercado de trabalho mantiveram-se muito
robustas com a taxa de desemprego a fixar-se num novo mínimo de várias décadas (descida de
0,2 p.p. para 3,7%, um mínimo de 50 anos).
No Japão, apesar da aceleração do PIB, o emprego reduziu o ritmo de crescimento em 2019 à se-
melhança da generalidade das economias avançadas (taxa de variação de 0,5%, contra 1,0% em
2018). Esta taxa de expansão do emprego não permitiu baixar a taxa de desemprego, que ficou
assim estacionária em 2,7% (correspondente ao valor mínimo de 27 anos).
Comércio internacional
O volume de comércio internacional de bens e serviços apresentou uma desaceleração muito pro-
nunciada em 2019 ao nível mundial, acentuando o abrandamento já expressivo verificado no ano
precedente. A sua taxa de crescimento recuou para somente 1,0%, contra 3,7% e 5,3% em 2018 e
2017, respetivamente. Esta evolução foi reflexo do menor dinamismo no caso das economias avan-
çadas, mas, sobretudo, das economias emergentes e em desenvolvimento. Uma vez que o ritmo
de crescimento do comércio internacional foi inferior ao do PIB mundial, o ano 2019 caracterizou-
-se por uma significativa redução da intensidade das trocas comerciais ao nível mundial, pela
primeira vez desde a crise financeira internacional.
No conjunto das economias avançadas, a taxa de inflação, medida pela variação do Índice de
Preços no Consumidor (IPC), recuou 0,3 p.p. para 1,4% em 2019, após dois anos de ligeiras acelera-
ções. Esta evolução foi favorecida pelo menor dinamismo da procura agregada na generalidade
dos blocos económicos, a par do efeito da queda dos preços das matérias energéticas.
1,2%
TAXA DE INFLAÇÃO
Na Área do Euro, a taxa de inflação fixou-se em 1,2% em 2019, 0,6 p.p. abaixo do observado no ano NA ÁREA EURO
anterior. Tal ocorreu apesar do crescimento robusto dos salários, num contexto de ajustamento em EM 2019
baixa das margens de lucro empresariais em reação à significativa perda de dinamismo da procura.
Da mesma forma, no Reino Unido, verificou-se um abrandamento dos preços em 2019, acentuan-
do-se o movimento de abrandamento iniciada no ano anterior. A taxa de inflação foi, assim, de
1,8%, menos 0,6 p.p. que em 2018.
Nos EUA, a desaceleração dos preços no consumidor em 2019 foi apenas ligeiramente menos in-
tensa que na Área do Euro e no Reino Unido, com a taxa de inflação a recuar 0,4 p.p. para 1,8%.
O Banco Central Europeu (BCE) reativou, em setembro de 2019, o programa de compras líquidas
de ativos, tendo em vista contrariar o enfraquecimento crescente da economia da Área Euro (Ale-
manha em particular) e atingir o objetivo de médio prazo para a estabilidade de preços (inflação
perto de, mas abaixo, de 2%). O BCE anunciou que este programa, que havia sido interrompido
no final de 2018, será para manter “durante o tempo que for necessário para reforçar o impacto
acomodatício das taxas de juro diretoras”. O ritmo de compras líquidas mensais de títulos de dívi-
da (pública e privada) no âmbito do programa foi fixado em 20 mil milhões de Euros. Em paralelo,
o BCE manteve as suas taxas de juro de referência inalteradas durante 2019 (em 0% no caso da
taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento), com a exceção da taxa da
facilidade de depósito, que foi reduzida de -0,4% para -0,5%, embora com isenção de parte das
reservas excedentárias dos Bancos (com vista a salvaguardar a sua rentabilidade). Foi também
implementada (em março) uma nova série de empréstimos de longo prazo à banca (TLTRO na si-
gla inglesa), com o objetivo de incentivar a concessão de crédito às empresas e aos consumidores.
Em dezembro, Christine Lagarde iniciou funções como nova Presidente do BCE, tendo anunciado
que, ao longo de 2020, ocorrerá uma revisão estratégica da política monetária do BCE (a primeira
a ser levada a cabo desde 2003).
Nos EUA, a Reserva Federal inverteu o processo de normalização da política monetária conduzido
entre 2015 e 2018 (com um total de nove subidas de 0,25 p.p. da sua principal taxa de juro diretora,
Fed Funds Rate). O Banco Central efetuou, ao longo de 2019, três descidas de 0,25 p.p. da Fed Funds
Rate, fazendo recuar esta taxa para o intervalo de 1,5% a 1,75%. Em paralelo, a Reserva Federal
interrompeu o processo de redução do seu balanço. Estas medidas foram implementadas em face
das reduzidas pressões de inflação e do enfraquecimento do investimento e das exportações,
embora se tenha mantido um forte dinamismo do consumo e do mercado de trabalho.
No Reino Unido, o Banco Central optou por manter a taxa de juro oficial em 0,75% durante todo o
ano de 2019 (a anterior alteração tinha sido uma subida de 0,5% para 0,75% em agosto de 2018),
num quadro em que o elevado dinamismo do mercado de trabalho se manteve, mas a taxa de
inflação ficou abaixo do objetivo de 2% para o médio prazo. O programa de medidas não conven-
cionais de expansão monetária foi mantido nos moldes definidos em 2016 e 2017.
No Japão, o Banco Central manteve a sua taxa de juro diretora de curto prazo em -0,1% e o ob-
jetivo para as yields das obrigações do tesouro a 10 anos em 0%. O Banco do Japão manteve
também os montantes do programa de medidas não convencionais de expansão monetária e
controlo da yield curve. Com vista a clarificar o seu compromisso com uma postura de intensa fle-
xibilização monetária, o Banco Central indicou, no âmbito da sua estratégia de forward guidance,
que “pretende manter o corrente nível extremamente baixo de taxas de juro de curto e de longo
prazo por um intervalo de tempo prolongado, pelo menos até à Primavera de 2020, tomando em
consideração as incertezas quanto à atividade económica e preços (…)”. Em paralelo, o Banco do
Japão anunciou o alargamento da classe de ativos elegíveis como colateral nas operações de
crédito por si concedido, bem como a flexibilização das condições de operacionalização de vários
instrumentos do programa de medidas não convencionais de expansão monetária.
Negócio • 53
No mercado de capitais, as taxas de juro de mais longo prazo das economias avançadas apre-
sentaram uma tendência de descida no conjunto de 2019, apesar de alguma recuperação no
último trimestre do ano. Em valores médios de 2019, as yields das obrigações do tesouro a 10 anos
fixaram-se em -0,22% na Alemanha (face a 0,46% no ano anterior), 0,59% na média da Área do
Euro (1,27% em 2018) e 2,14% nos EUA (2,91% em 2018). O movimento global de descida refletiu a de-
terioração das perspetivas económicas e a orientação mais expansionista de política monetária
nos diferentes blocos económicos ao longo de 2019, dinâmica contrariada, apenas em parte, com
a perspetiva de um acordo comercial parcial entre os EUA e a China no final do ano.
Mercado cambial
Em 2019, prolongou-se o movimento de apreciação do dólar norte-americano iniciado no ano
precedente, nomeadamente face ao Euro e a várias moedas de economias emergentes e em de-
senvolvimento. Esta evolução ocorreu num contexto de alargamento do diferencial de crescimento
económico entre os EUA e as economias emergentes (dada a desaceleração significativamente
mais acentuada nestas últimas no cômputo do ano) e a manutenção de um diferencial significa-
tivo de taxas de juro entre os EUA e a Área do Euro. Merecem destaque também a trajetória de
apreciação do iene e do franco suíço ao longo do ano (beneficiando do acréscimo de volatilidade
nos mercados financeiros) e a evolução irregular da libra esterlina, com uma intensa depreciação
nos primeiros três trimestres a ser contrariada por um ganho acentuado de valor no final do ano
(em reação aos desenvolvimentos mais recentes do processo de Brexit).
Comparando a cotação média de dezembro de 2019 com o mesmo mês do ano anterior, o Euro apre-
sentou uma depreciação face às principais moedas, designadamente de 2,4% relativamente ao dólar,
de 5,2% face ao iene, de 5,6% contra a libra esterlina e de 0,5% face ao yuan. Já considerando o con-
1,6%
junto dos principais 19 parceiros comerciais da Área do Euro e em valor médio anual, a taxa de câmbio DIMINUIÇÃO DA
nominal efetiva do Euro recuou 1,6% em 2019, em contraste com um aumentou 2,5% no ano precedente. TAXA DE CÂMBIO
NOMINAL EFETIVA
Quanto às moedas das economias emergentes e em desenvolvimento, é de notar o movimento DO EURO
díspar observado ao longo do ano e também entre moedas. A maioria registou apreciações na
primeira metade do ano, designadamente mediante as indicações de relaxamento da postura de
política monetária nos EUA. Contudo, na segunda metade de 2019, a deterioração da perceção
do risco relativamente a várias destas economias induziu movimentos de depreciação cambial.
Estes movimentos foram mais notáveis no caso de várias moedas da América do Sul, atingindo
acentuada magnitude em particular no caso do peso argentino.
Contas públicas
A Área do Euro apresentou, em 2019, um ligeiro incremento do peso do défice público no PIB para
0,8% (mais 0,3 p.p. que no ano anterior), depois de oito anos consecutivos de redução (com um
pico de 6,3% em 2010). Ainda assim, ocorreu uma nova diminuição do rácio da dívida pública bruta
no PIB no ano passado, para 86,4% (menos 1,5 p.p. que em 2018), com este indicador a beneficiar
da expansão do PIB em termos nominais. Ao nível dos Estados-membros, a evolução foi díspar,
com nove países a apresentarem aumentos do peso do défice no PIB e os restantes a registarem
descidas. O cenário de heterogeneidade estendeu-se à evolução do rácio da dívida pública. Em
2019, na Área do Euro, apenas a França registou um rácio do défice acima do limite de 3% estabe-
lecido pelo Tratado de Maastricht, enquanto 10 países registaram excedentes orçamentais.
No Reino Unido, ocorreu uma descida marginal do rácio do défice público no PIB em 2019 para 2,2%
(menos 0,1 p.p. que no ano precedente), verificando-se, assim, uma atenuação face ao significati-
vo processo de consolidação fiscal verificado nos quatro anos anteriores. Ainda assim, o peso da
dívida pública no PIB apresentou turma ligeira redução, de 85,9% para 85,2%.
No Japão, prolongou-se, em 2018, a trajetória gradual de consolidação fiscal dos três anos anterio-
res, com o peso do défice público no PIB a baixar 0,1 p.p., para 2,9% (o valor mais baixo desde 2007).
Em paralelo, o rácio da dívida pública bruta recuou 0,1 p.p. para 236,7% do PIB no ano passado.
Em contraste, nos EUA, assistiu-se a uma nova deterioração das contas públicas em 2019, ainda
que a ritmo bastante menor que no ano anterior. O peso do défice público no PIB subiu 0,1 p.p.
para 6,7% (depois de uma subida de 2,3 p.p. em 2018). Refletindo o elevado défice público, e ape-
sar da importante expansão do PIB em termos nominais, o rácio da dívida pública bruta subiu 2,5
p.p., para 110,8% do PIB em 2019, o que constituiu um novo máximo dos últimos 40 anos.
Atividade global
Em 2019, a economia portuguesa voltou a abrandar, registando uma taxa de crescimento real
média do PIB de 2,2%, menos 0,4 p.p. que em 2018. Esta evolução decorreu do contributo positivo
menos intenso da procura interna para a variação real do PIB, que se situou em 2,7 p.p. (3,1 p.p. em
2018), e de um contributo negativo mais forte da procura externa líquida, que se situou em -0,6
p.p. (-0,4 p.p. em 2018).
A taxa de crescimento do PIB fixou-se, ainda assim, num valor claramente superior ao registado
na média da Área do Euro (1,2%). Tratou-se do terceiro ano consecutivo de diferencial positivo
e significativo de taxas de crescimento, depois de sistemático diferencial negativo no período
2011-2015.
Para 2020, o Banco de Portugal esperava, nas suas previsões de dezembro de 2019, uma nova
desaceleração da atividade económica, apontando para uma taxa de variação do PIB de 1,7%, o
que corresponderia a uma aproximação às estimativas disponíveis para o crescimento do produto
1,7%
potencial. Contudo, já a 26 março de 2020, o Banco de Portugal divulgou uma revisão das suas Banco de Portugal
previsões em resposta à deterioração abrupta e significativa da atividade económica nacional
esperava, nas
em virtude dos efeitos muito adversos da pandemia COVID-19 tanto em Portugal como no resto
do mundo. Sendo certo o impacto recessivo na atividade de 2020 decorrente de efeitos negati- suas previsões
vos significativos quer do lado da oferta (capacidade produtiva e de fornecimento) quer do lado de dezembro de
da procura, as previsões quanto à taxa de variação dos agregados macroeconómicos estão ro- 2019, uma nova
deadas de uma incerteza muito superior ao habitual. Nestas circunstâncias, o Banco de Portugal
decidiu divulgar dois cenários para a evolução da economia. No designado cenário base, prevê-
desaceleração
-se uma redução do PIB de 3,7% em 2020, refletindo uma queda marcada no segundo trimestre e da atividade
uma retoma da trajetória de crescimento no final do ano. O consumo privado deverá recuar 2,8%, económica
sobretudo devido a uma forte queda na componente de bens duradouros no contexto de um
aumento da poupança por motivos de precaução. A FBCF cairá 10,8% refletindo o forte recuo do
investimento empresarial, condicionado pela elevada incerteza quanto à magnitude e duração
da pandemia. Em contraste, o consumo público acelerará marcadamente, para 2,1%, espelhando
sobretudo o aumento significativo da despesa pública em saúde. Num quadro de contração da
procura global e de fortes restrições à movimentação de pessoas, as exportações de bens e ser-
viços deverão cair 12,1% e as importações 11,9%.
No designado cenário adverso, assume-se uma paralisação mais prolongada da atividade eco-
nómica nos vários países e uma maior turbulência dos mercados financeiros, apenas parcialmente
mitigada pela ação das políticas económicas. Nestas condições, prevê-se uma redução do PIB
de 5,7% em 2020 em Portugal. Todas as componentes de procura agregada apresentarão varia-
ções mais intensas que o previsto no cenário de base.
Produção e vendas
O índice de produção na indústria apresentou uma variação anual negativa em 2019 (variação
de -2,4%), refletindo um comportamento desfavorável em todas as categorias à exceção da dos
bens de investimento (com uma variação positiva de 2,1%). Destacam-se, em particular, os recuos
verificados nos bens de consumo duradouro (variação de -9,2%) e na energia (-9%).
Negócio • 55
No que respeita a vendas, o índice de volume de negócios na indústria continuou a abrandar,
tendo mesmo registado uma variação negativa de 0,7%, depois de ter observado um aumento
de 4,9% em 2018. Este andamento ficou a dever-se ao comportamento negativo da componente
energética (variação de -4,2%) e da componente de bens intermédios (variação de -1,4%), que
mais do que compensou o aumento verificado nos demais agrupamentos (sendo de realçar a
variação positiva de 3,5% nos bens de investimento).
Nos serviços, o índice de volume de negócios abrandou para 2,5% em 2019 (variação de 4,7% no
ano precedente). O ramo dos transportes foi o mais dinâmico (aumento de 4,7%), seguido do de
atividades de informação e comunicação e de atividades de consultoria, embora também estes
três ramos tenham estado em abrandamento face a 2018. Apesar da aceleração no número de
dormidas, o ritmo de crescimento do volume de negócios no alojamento manteve-se em 3,7%.
De realçar, em sentido negativo, uma ligeira diminuição ocorrida na componente nas atividades
administrativas e de serviços de apoio.
O índice de volume de negócios no comércio a retalho voltou a abrandar em 2019 (com uma varia-
ção de 3,5%, menos 1,5 p.p. que em 2018), em virtude de um menor dinamismo quer da componente
alimentar quer da componente não alimentar.
Já no setor hoteleiro, a atividade acelerou, com o número de dormidas a crescer 4,1% face ao ano
anterior e o número de hóspedes a aumentar 7,3%.
Em resultado da evolução descrita para cada um dos setores, o índice de volume de negócios
total (indústria, serviços e comércio a retalho) registou uma variação de apenas 1,5% (em claro
abrandamento face aos 5% e 7,1% registados, respetivamente, em 2018 e 2017).
Investimento
As estimativas mais recentes do INE apontam para uma ligeira aceleração da FBCF em 2019, com
uma taxa de variação real de 6,4% (o que compara com 5,8% em 2018).
Esta evolução resultou, sobretudo, do maior dinamismo da componente de construção (cujo cres-
cimento passou de 4,6% em 2018 para 9,4% em 2019), explicado, em grande medida, pela execução
de alguns projetos de infraestruturas de grande dimensão, nalguns casos relativos a investimento
público e beneficiando de financiamento europeu, mas também pelo crescimento do investimento
residencial, que terá beneficiado da manutenção de condições de financiamento favoráveis e da
procura relacionada com as atividades de turismo. Também a FBCF em produtos de propriedade
intelectual acelerou, ainda que de forma ligeira (aumentando 6,5%, mais 0,2 p.p. que em 2018).
A aceleração observada na FBCF em 2019 mais do que compensou o recuo verificado na variação
de existências (com uma variação de -13,5%, o que compara com 26,8% no ano precedente), o que
explica que o investimento acelerasse 0,3 p.p. para 6,5%.
A evolução estimada para o consumo privado e para o rendimento disponível bruto das famílias
ter-se-á traduzido numa redução da taxa de poupança em 2019, prosseguindo a evolução ocor-
rida nos dois anos anteriores. Considerando, neste caso, a informação disponível para os primeiros
três trimestres de 2019 (em termos nominais), o consumo privado cresceu 3,3% face a igual período
do ano anterior (4,4% no conjunto de 2018), enquanto o rendimento disponível bruto cresceu 3,1%
(4,4% no cômputo de 2018). Consequentemente, a taxa de poupança das famílias situou-se em
4,3% na média dos primeiros três trimestres de 2019, contra 6,5% e 6,6% nos dois anos anteriores.
Contas externas
Considerando as estimativas mais recentes para o ano de 2019, as exportações de bens e serviços
registaram um crescimento de 6,7% em valor e de 3,7% em volume (contra 4,3% e 4,5%, respetiva-
mente, no conjunto do ano anterior). Por seu turno, as importações de bens e serviços apresen-
6,7%
taram uma variação de 8,2% em valor e de 5,2% em volume (contra 5,1% e 5,7%, respetivamente, crescimento
no conjunto de 2018). O abrandamento das exportações em volume refletiu a desaceleração da
das exportações
componente de serviços (de 6,3% para 3,8%), enquanto no caso das importações decorreu da
componente de bens (de 5,7% para 4,5%). de bens e serviços
O comportamento, em valor, das exportações e das importações levou a que o saldo da balança
de bens e serviços se situasse num patamar apenas marginalmente positivo, de 0,4% do PIB (ótica
das Contas Nacionais) em 2019, recuando 0,6 p.p. face ao ano anterior.
Por sua vez, e considerando, neste caso, a informação disponível para os primeiros três trimestres
de 2018, o saldo da balança corrente e de capital (também na ótica das Contas Nacionais) des-
ceu para 0,6% do PIB, metade do registado no ano anterior, conjugando movimentos no sentido
de um menor saldo positivo da balança de capital e da balança de transferências correntes e de
um défice marginalmente mais intenso da balança de rendimento primário.
Mercado de trabalho
A taxa de desemprego média anual voltou a descer em 2019, situando-se num valor médio de 6,5% (o
que compara com 7,0% em 2018) e prolongando, assim, a trajetória descendente registada desde 2014.
Preços e custos
A taxa de inflação, medida pela variação do IPC, recuou novamente em 2019, situando-se em 0,3%
em média anual (o que compara com 1,0% no ano anterior). O diferencial de inflação face à média
da Área do Euro (índice harmonizado) foi nulo, depois de ter estado em terreno negativo em 2018.
O índice de custo do trabalho aumentou 2,7% no conjunto do ano passado, em resultado das
subidas de 2,8% nos custos salariais e de 2,4% nos outros custos. Esta evolução correspondeu a
um ligeiro abrandamento face a 2018, ano em que o índice apresentou um aumento de 3,0%, em
virtude de acréscimos de 2,9% nos custos salariais e de 3,3% nos outros custos.
Negócio • 57
Finalmente, segundo as estimativas mais recentes da Comissão Europeia, o índice de taxa de
câmbio real efetiva calculado com base na evolução dos custos laborais unitários relativos (cus-
tos nominais do trabalho por unidade produzida, face a um conjunto de 37 parceiros comerciais)
terá recuado 0,9% em 2019, indicando assim alguma recuperação da competitividade-custo da
economia portuguesa. Esta evolução ocorreu depois de três anos consecutivos de subida do in-
dicador (em 2018, o aumento havia sido de 1,7%, para um valor máximo de cinco anos) e refletiu
tanto a descida da componente da taxa de câmbio nominal (variação de -0,5%) como dos custos
laborais unitários face aos nossos parceiros comerciais (variação de -0,3%) em 2019. Os custos
laborais unitários relativos não caiam desde 2016.
Finanças públicas
Segundo as estimativas mais recentes do INE, o saldo das contas públicas na ótica da Contabi-
lidade Nacional observou novamente uma evolução favorável em 2019, passando de um rácio de
-0,4% para 0,2% do PIB. Este indicador atingiu, assim, um valor positivo pela primeira vez em muitas 0,2%
décadas. DÉFICE DO PIB
DAS CONTAS
As estimativas da INE (Procedimento dos Défices Excessivos) apontam, por sua vez, para um rácio PÚBLICAS
da dívida pública bruta no PIB de 117,7% em 2019, correspondente a um recuo de 4,3 p.p. face ao
ano anterior. Desde 2015, a dívida pública acumulou já uma redução de 15 p.p. do PIB.
Endividamento
O stock de dívida bruta do setor não financeiro voltou a aumentar em 2019, atingindo 721 mil mi-
lhões de Euros no final do ano, o que representou mais 3,1 mil milhões que no fim do ano anterior.
Este movimento correspondeu a evoluções em sentido semelhante das componentes privada e
pública.
Prosseguiu o movimento de agravamento da dívida no setor público, com um aumento de 2,4 mil
milhões de Euros, para 317,4 mil milhões. Este aumento do endividamento foi impulsionado quer
pela componente das Administrações Públicas, com um aumento de 1,9 mil milhões de Euros, para
310,1 mil milhões, quer pela parte das empresas públicas (setor empresarial do Estado, não incluído
nas Administrações Públicas), com uma subida de 452 milhões de Euros, para 7,3 mil milhões.
Depois de algum recuo no ano anterior, o setor privado voltou a observar um incremento do stock
da dívida bruta em 2019 (subida de 773 milhões de Euros para um total de 403,7 mil milhões). Toda-
via, esta subida deveu-se apenas ao comportamento dos particulares (essencialmente, famílias e
empresários em nome individual), que acentuaram o movimento ascendente dos dois anos ante-
riores com uma subida de 899 milhões de Euros, para 140,4 mil milhões no final de 2019. Em sentido
oposto, as empresas privadas mantiveram a trajetória descendente (ainda que a menor ritmo que
no ano anterior) com um recuo de 127 milhões de Euros, para 263,2 mil milhões.
Neste contexto, a economia angolana terá observado uma virtual estabilização da atividade no
cômputo de 2019, depois de importantes contrações nos anos anteriores, em particular em 2016 e
2018. Segundo as estimativas mais recentes do FMI, a taxa de variação real média do PIB terá sido
2019
de -0,3% no conjunto de 2019, depois de uma variação de -1,2% em 2018 e -0,2% em 2017. Note-se A economia
que estes valores representam consideráveis revisões das estimativas anteriores (de outubro de 2018,
angolana terá
altura em que se indicavam variações de -0,1% e de -2,5%, respetivamente). A virtual estabilização
da atividade no ano passado terá ocorrido num contexto de atenuação da quebra no setor petro- observado uma
lífero face a 2018, combinada com uma aceleração da atividade no setor não petrolífero. Este último virtual estabilização
terá beneficiado da atenuação dos constrangimentos no acesso a matérias-primas e bens intermé- da atividade, depois
dios importados devido à maior disponibilidade de reservas cambiais num contexto de flexibilização
do regime cambial (introduzida em 2018) e da consequente depreciação cambial do kwanza.
de importantes
contrações nos anos
A inflação, embora em redução nos últimos dois anos, continuou em níveis elevados. As pressões anteriores
inflacionistas refletiram os efeitos da eliminação dos subsídios às tarifas de água e da introdução
do IVA, assim como o efeito da significativa depreciação cambial na sequência da reforma do
regime cambial de 2018. Em sentido contrário, o processo de desinflação entretanto colocado em
curso terá beneficiado, entre outros aspetos, da maior restritividade das condições monetárias e
do reduzido dinamismo da procura interna, induzido pelas medidas de consolidação orçamental.
Considerando a evolução do IPC (para Luanda), as estimativas do FMI indicam uma taxa de infla-
ção média de 17,2% em 2019, face a 19,6% em 2018 e 29,8% em 2017.
Quanto aos fluxos de comércio externo, as estimativas mais recentes apontam para que, ao con-
trário do ano precedente, se tenha registado um crescimento em volume tanto das exportações
como das importações de bens e serviços. As primeiras terão crescido 0,7% em 2019 (subida de
0,1% em 2018) e as segundas 1,7% (queda de 8,6% em 2018). Depois de três anos de correção do
desequilíbrio das contas externas, o dinamismo das importações acima do das exportações levou
a um recuo do saldo externo em 2019, ainda que permanecendo em terreno positivo. Segundo as
estimativas do FMI, o saldo da balança corrente terá ficado em 0,9% do PIB no ano passado, de-
pois um significativo excedente de 6,1% em 2018.
Igualmente, o ano de 2019 caraterizou-se pela manutenção do saldo positivo das contas públicas,
apesar do recuo para 0,8% do PIB face a 2,2% no ano anterior, de acordo com as estimativas do
FMI. O peso das receitas públicas no PIB manteve a tendência descendente dos últimos 10 anos,
recuando, desta feita para 20% do PIB (contra 21,9% em 2018). Também o rácio das despesas públi-
cas manteve a sua tendência descendente dos últimos anos, diminuindo para 19,2% em 2019 (face
a 19,7% no ano anterior). A estratégia de consolidação orçamental continuou a assentar numa
contenção da despesa primária e no esforço de mobilização de receita não petrolífera.
Negócio • 59
Enquadramento
do Sistema Financeiro
Os progressos registados pelo setor bancário português têm sido significativos face ao perío-
do pré-crise, apresentando uma evolução considerável em diversas dimensões relevantes, como
sejam a qualidade dos ativos, a liquidez, a solvabilidade e a rendibilidade. Em termos gerais, em
resultado das importantes medidas de recapitalização levadas a cabo depois da crise econó-
mica e financeira, verificaram-se alterações significativas nas estruturas acionistas das principais
instituições financeiras e um reforço dos seus capitais próprios.
Tendo em conta a informação disponível para 2019, em termos de estrutura de balanço, destaca-
-se a subida do ativo total para 397,2 mil milhões de Euros até setembro de 2019, face a 384,7 mil
milhões em dezembro de 2018. Há a destacar, do lado do ativo, a evolução positiva observada
nos empréstimos a clientes, que registaram uma subida de 3,4% no mesmo período, para 237,4 mil
milhões de Euros. Trata-se do primeiro aumento desta rubrica de ativo depois de vários anos de
contração. Recorde-se que a crise económica e financeira levou a uma desalavancagem acen-
tuada da economia portuguesa, em especial do financiamento obtido junto do sistema bancário
e que se traduziu numa redução significativa dos empréstimos a clientes.
Neste contexto, importa também referir os progressos alcançados na redução dos créditos não pro-
dutivos (NPL): desde o máximo atingido em junho de 2016, os NPL diminuíram perto de 29 mil milhões
de Euros. Em setembro de 2019, os NPL fixaram-se em 21,7 mil milhões de Euros, equivalendo a um
rácio de 7,7%, menos 1,7 p.p. que em dezembro de 2018. Já o rácio de NPL líquido de imparidades
diminuiu 0,9 pp, para 3,6%. Apesar dos progressos registado, importa, todavia, referir que o rácio de
NPL se manteve ainda consideravelmente acima da média na Área do Euro (cerca de 3,5%).
Do lado do passivo, tem-se verificado um reforço dos depósitos de clientes como principal fonte
de financiamento do setor (apesar do contexto de taxas de juro muito baixas), em contraste com
um decréscimo significativo das fontes de financiamento de mercado e do financiamento obtido
junto do BCE. Os depósitos registaram uma subida de 4,6% entre dezembro de 2018 e setembro de
2019, para 269,8 mil milhões de Euros, acentuando o ritmo de crescimento verificado nos dois anos
anteriores. O peso dos depósitos na estrutura de financiamento dos Bancos portugueses fixou-se
em 67,9% do ativo total, bem acima da média da Área Euro (cerca de 54%).
Por seu turno, a situação de liquidez do setor manteve-se em níveis confortáveis em 2019. O rácio
de transformação prolongou a anterior trajetória descendente, iniciada já em 2010, estabelecen-
do-se em 88,0% em setembro de 2019 (menos 1 p.p. que em dezembro de 2018), nível considera-
velmente abaixo do máximo regulamentar (120%). Consequentemente, o funding gap continuou a
reduzir-se, desta feita para -32,4 mil milhões de Euros. Já o rácio de cobertura de liquidez manteve
a tendência de subida dos anos anteriores, aumentando para 210,9% (mais 4,5 p.p. que em dezem-
bro de 2018), significativamente acima do mínimo regulamentar (100%). 16,5%
AUMENTO DO
A solvabilidade do setor bancário continuou a registar melhorias, refletindo nomeadamente o re- RÁCIO DE FUNDOS
forço dos fundos próprios por parte de diversas instituições financeiras. O rácio de fundos próprios PRÓPRIOS
totais aumentou para 16,5% em setembro de 2019 (mais 1,3 p.p. que em dezembro de 2018), re-
Apesar do setor bancário português estar mais robusto e resiliente que no passado, continua a
defrontar-se com importantes desafios, que condicionam a capacidade de geração de capital,
designadamente a continuação do contexto de baixas taxas de juro por um período prolongado,
o novo enquadramento em termos de modelo de negócio, a concorrência crescente por parte de
novos operadores, assim como o peso da legislação e regulamentação.
Negócio • 61
Banca Digital
e Meios de Pagamento
BANCA DIGITAL
Em 2019, o EuroBic deu continuidade ao Plano Estratégico a quatro anos, iniciado em 2016, sempre
com o foco na sua afirmação no mercado português e apostando, cada vez mais, na otimização
dos processos e na evolução tecnológica.
Neste âmbito destaca-se o Projeto Alvorada que durante este ano entrou na fase de transforma-
ção/implementação com impacto direto nas atividades da Banca Digital.
Em causa estão novos modelos de organização, uma nova arquitetura de IT e uma nova visão
sobre a digitalização do negócio, abrindo caminho a uma nova forma de trabalhar e à oferta de
uma melhor experiência ao cliente.
•• Introdução de melhorias nos serviços, com novas funcionalidades no MBWay, na App EuroBic
e na disponibilização de transferências instantâneas através do Visa Direct;
•• Implementação do IVR (Interactive Voice Response) na Linha EuroBic;
•• Lançamento de Cartão Corporate e Business Débito para alargar a oferta de cartões para
Empresas e ENI;
•• Aposta na disponibilização do Serviço DCC (Dynamic Currency Conversion), o qual permite
aos titulares de cartões estrangeiros o pagamento, em TPA Netpay, na moeda original do
cartão, não se sujeitando a câmbios.
Através destes canais alternativos foram realizadas cerca de 115 milhões de transações, entre ope-
rações contabilísticas e consultas (+31% face a 2018). A evolução da atividade registada traduziu-se
num crescimento da movimentação, em termos de volume, na ordem dos 752 milhões de Euros (11,20%).
Valores em M€
CONTACT CENTER
Durante o ano de 2019, foram registadas mais de 6,3 milhões de visitas ao site do Banco, o que
representa um acréscimo de 23% face ao período homólogo. Estes acessos foram direcionados,
maioritariamente, para produtos de crédito habitação, contas integradas e ao serviço EuroBic Net
(homebanking).
Destaca-se ainda a introdução das seguintes funcionalidades que permitiram, no seu conjunto,
incrementar os índices de capacidade de resposta e de proximidade para com os clientes:
MEIOS DE PAGAMENTO
Em 31 de dezembro de 2019, o parque de máquinas ATM do Banco era de 222, das quais 171 ins-
taladas na rede comercial e 51 disponíveis em localizações fora de Agência (ou seja, em clientes).
Durante o ano, o Banco substituiu vários equipamentos visando reforço da segurança e rejuve-
nescimento do parque ATM.
No que respeita aos equipamentos Netpay (TPA), estes representam 6% de quota do mercado, o
que corresponde a um valor bem acima da quota natural do Banco. 6%
Quota de mercado
ADESÕES AO HOMEBANKING em Netpay (TPA)
Meios de Pagamento Quota (1)
TPA 6%
ATM 2%
Cartões 2%
Negócio • 63
No cômputo geral, os meios de pagamento disponibilizados pelo Banco apresentaram um au-
mento das operações realizadas, quer em número, quer em valor, seguindo a tendência de mer-
cado. Salienta-se o incremento de 10% observado nos volumes movimentados na rede Netpay e
pela carteira de cartões.
(Milhões de Euros)
2018 2019
A rede Netpay (TPA), produto diferenciador na oferta do Banco, é um serviço particularmente im-
portante na oferta da rede de Agências do Banco como facilmente se conclui pela expressão que
86%
este serviço representa junto dos clientes deste segmento (86%).
A rede física de distribuição conta com 185 espaços de atendimento ao público, distribuindo-se
em 170 Agências, 13 Gabinetes de Empresas e 2 Centros Private Banking. Esta rede garante a arti-
culação necessária e fundamental com os canais digitais do Banco que incluem o homebanking
e a aplicação móvel (App EuroBic).
A estratégia implementada pelo EuroBic ao longo dos últimos anos, visa uma oferta mais focada
e ajustada nos segmentos de mercado definidos como fundamentais, ou seja: os particulares, as
pequenas e médias empresas e os pequenos negócios. Deste modo, a aposta no Crédito Proto-
colado (com garantia mútua) é uma alavanca importante na oferta ao segmento das pequenas
e médias empresas, assim como dos pequenos negócios, na medida em que permite o financia-
mento em condições mais favoráveis, com mitigação de risco para o Banco, por via da garantia
associada a estas operações.
Em 2019 manteve-se a aposta nesta tipologia de crédito, rubrica onde foi atingido o valor recorde
de 184,4 M€, mais 28,4% do que havia sido registado em 2018 em termos de produção anual. A car-
teira viva de Crédito Protocolado também se mantém em crescimento, sendo que, de dezembro
2018 para dezembro 2019 a subida corresponde a 21,5%.
Em paralelo, e no que respeita à produção acumulada de garantias emitidas ao abrigo das linhas
de crédito protocolado, a atividade comercial contribuiu para que o Banco atingisse uma quota
de mercado no Sistema Nacional de Garantia Mútua de 7,7%, valor claramente superior à quota de
mercado natural do Banco, e que mantém a tendência de subida verificada em 2017 (6,1%) e 2018
(7,5%). A este incremento corresponde uma carteira viva de garantias de 6,49%, representando, em
volume, 238 milhões de Euros.
Rede de Agências
O ano de 2019 foi mais um ano muito importante para o EuroBic. Foram diversas as conquistas que
ilustraram o crescimento do Banco, conforme os indicadores operacionais vêm corroborar.
A rede de Agências acompanhava, no final de 2019, aproximadamente 259 mil clientes, gerindo
uma carteira de 7,59 mil milhões de Euros de volume de negócio, com a componente de depósitos
a representar 62,46% desse volume.
Negócio • 65
O Banco contava com um volume de negócios médio de 44,11 milhões de Euros por Agência, apre-
sentando esta rede, um rácio de transformação de 57,76%.
Valores em M€
Com efeito, do crescimento do volume de negócios observado em 2019, que superou os 632 mi-
lhões de Euros, os depósitos registaram um acréscimo de 263 milhões de Euros e o crédito de 352
milhões. Nesta última rubrica, 292 milhões derivaram do crédito habitação, produto em grande
destaque durante o ano de 2019. No crédito especializado, registou-se um crescimento de 14,1
milhões, tendo a carteira atingido 163,3 milhões de Euros. Merece ainda especial destaque a com-
ponente alocada ao Crédito Protocolado com a formalização de 1.700 novas operações, que
resultaram num montante de cerca de 120 milhões de Euros. O esforço da rede comercial traduz-se
ainda na redução do crédito vencido para 3,04%.
No que respeita ao produto Netpay, foi registada a colocação de 2.500 novos equipamentos.
A taxa dos depósitos sofreu uma redução de 7 pontos base, refletindo o impacto decorrente da
descida das taxas de referência, assim como o aumento da confiança no Banco. Por outro lado, a
taxa ativa registou uma redução de 28 pontos base o que traduz, não só as atuais condições do
mercado, mas também o facto da carteira ter ainda um peso significativo de operações de médio
e longo prazo, nomeadamente mútuos, crédito habitação e crédito automóvel.
De realçar que com a parceria no setor segurador, efetuada com a Victoria Seguros e a Multicare/
Fidelidade, que permitiram enriquecer a oferta de produtos e serviços, foram efetuadas 12.899
apólices, tendo os PPR superado os 13 milhões de Euros.
2000
1800
1600
1400
1200
1000
15.289
800 NOVOS
600
CLIENTES
400
200
0
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
No âmbito da Proposta de Valor, uma das componentes do Plano Estratégico 2020 (PE), foi imple-
mentado um novo modelo de atenção na rede de Agências com novos critérios de segmentação No Plano
e encarteiramento de clientes. Este novo modelo de negócio visa reforçar a eficácia comercial e a Estratégico 2020,
eficiência operacional com base em três princípios fundamentais: especialização, sinergias e dife- foi implementado
renciação. A implementação dos novos critérios de segmentação, mais alinhados com o mercado,
e a criação de objetivos comerciais claros e ajustados à natureza de cada segmento, contribuem
um novo modelo
para a eficácia pretendida. de negócio que
visa reforçar a
O novo modelo de atenção preconiza, sobretudo, que cada função existente nas Agências tenha eficácia comercial
a sua esfera de atuação bem definida e delimitada. A criação da figura do Gestor Especializado,
por exemplo, delimita os segmentos de maior valor enquanto sua esfera de atuação, e assegura o e a eficiência
compromisso com os valores e objetivos dos clientes particulares (segmentos Prime e 365) e clientes operacional
empresas (segmento PME). O objetivo é garantir que os gestores façam um acompanhamento inci- com base em
sivo da sua carteira, estando assim mais próximos das necessidades reais dos clientes e do seu perfil
três princípios
enquanto investidores. A fidelização dos atuais clientes e a angariação de novos é a sua grande
missão. Tudo isto pautado por princípios de qualidade e excelência de atendimento comercial. fundamentais:
especialização,
Os novos critérios de segmentação são: sinergias e
diferenciação
Rede de Empresas Centros Private Rede de Agências
PME (faturação > 5M€) Mass Market; Affluent
Corporate ENI de elevado rendimento ENI e Pequenos Negócios
Membro de Grupo Económico
Private Banking PME (faturação ≤ 5M€)
com faturação > 5M€
Face às realidades locais, a distribuição dos gestores especializados, de norte a sul do país, con-
fere uma melhor capacidade de gestão dos segmentos chave, com impacto positivo nos níveis de
satisfação dos clientes.
A coerência com o novo modelo de atenção especializado, implicou uma adaptação das Agências
com a criação de espaços específicos para atendimento aos clientes Prime e PME que conferem
privacidade no atendimento. Neste processo, foram alvo de intervenção de melhoria 104 Agências.
Para consolidar todas estas metas, todos os colaboradores da rede de Agências receberam pre-
paração técnica específica comportamental (soft skils) que fazem parte de um programa de sis- Programa MUDAR
temática comercial implementado em todo o país. surge com
o objetivo
O Programa MUDAR surge assim da necessidade da rede de Agências materializar o novo modelo
de atenção ao cliente de forma homogénea. O objetivo é dotar todos os colaboradores de uma
de aumentar os
nova sistemática comercial e de uma abordagem proativa mais adequada, que resultem no au- níveis de satisfação
mento dos níveis de satisfação dos clientes e consequente aumento do negócio. dos clientes
e consequente
Este programa veio, neste contexto, estimular na rede de Agências as capacidades dos comer-
ciais para que estes se adaptem às necessidades dos clientes. Tendo como princípios inerentes a aumento
melhoria contínua e o aumento da qualidade nos processos de gestão de Agência e satisfação do negócio
dos clientes, o MUDAR visa melhorar as formas de organização, cooperação e trabalho em equipa.
Negócio • 67
Por outro lado, pretende-se também reduzir as heterogeneidades com vista à criação de maior
valor e rentabilidade. O alinhamento com os objetivos - equilíbrio entre a venda e o serviço - foi
também uma meta a atingir.
Alicerçado em várias ações de formação específicas para cada função comercial, complemen-
tadas com ações internas de dinamização, o MUDAR será complementado por um portal que tem
como desígnio facilitar e medir a proatividade, os KPI e a implementação da sistemática comer-
cial. As grandes mais valias desta ferramenta são a organização da atividade e a desmaterializa-
ção do registo das ações da rede de Agências, cujos indicadores de acompanhamento permitem
obter uma visão sobre a atividade das Agências e dos gestores.
Em paralelo, e para aferir numa primeira fase as características do atendimento presencial nas
Agências e, posteriormente, os resultados da implementação do modelo de atenção especiali-
zado e do Programa MUDAR, foram efetuadas duas vagas de medição da qualidade de atendi-
mento em todo o Banco. Os métodos escolhidos foram ações de cliente mistério e inquéritos de
satisfação aos clientes.
A classificação obtida na 1.a vaga de ações de cliente mistério foi de 75% (que corresponde a uma
classificação global de Bom). Todas as Agências receberam uma visita, o que permitiu ter uma
visão abrangente de como o atendimento a potenciais clientes é efetuado em todas as Agências,
tendo em conta a jornada de cliente que passa pelas seguintes fases: acolhimento, diagnóstico,
apresentação do produto, fecho e follow-up.
Nos inquéritos de satisfação foram avaliados os níveis de satisfação com o atendimento, rapidez
e eficiência na resolução de problemas, bem como o grau de confiança na instituição, o nível de
recomendação da instituição – NPS – Net Promoter Score e, finalmente, a identificação de suges-
tões e oportunidades de melhoria. A amostra recolhida foi de 400 questionários estratificados por
segmento e Direção Regional.
De uma forma geral, o EuroBic beneficia de uma imagem claramente positiva junto dos clientes,
quer seja de forma espontânea, quer seja de forma sugerida. O Banco consegue assim uma ava-
liação de 8,6 p., numa escala de 0 a 10 no que respeita ao atendimento.
Outros Projetos
Para além das iniciativas relacionadas com a Proposta de Valor, prosseguindo a estratégia de
redução de custos, foi dada resposta à necessidade de dotar a rede de Agências com máquinas
recirculadoras de notas Euro que cumprem quatro objetivos que foram prontamente atingidos:
dotar o Banco de equipamentos com capacidade de recirculação automática de notas Euro;
otimizar os procedimentos internos de carregamento dos ATM, garantindo as condições definidas
pelo Banco de Portugal nesta matéria; reduzir o tempo despendido a fazer a recirculação manual
de notas; e a redução de custos com ETV.
Com efeito, foram instaladas 176 máquinas, o que teve como resultado a redução de 70% do nú-
mero médio mensal de transportes de valores face ao período homólogo de 2018, o que se tradu-
ziu numa poupança anual de cerca de 600.000€.
A par da aposta no alargamento da base de clientes, a concessão de crédito tem seguido uma
política criteriosa de risco, visando continuar a melhorar o perfil médio da carteira de crédito,
garantindo-se também uma redução dos níveis de concentração por via da diversificação da
carteira de clientes.
Valores em M€
Durante o ano de 2019 foram angariados 308 novos clientes, o que representa um aumento de
aproximadamente 14% e contribuiu para uma carteira global com cerca de 6.600 clientes. O volu-
me de negócios originado por estes clientes atingiu os 3.483 milhões de Euros, sendo de destacar
o crescimento de 47 milhões de Euros em depósitos, suportados, fundamentalmente, pela rubrica
de depósitos à ordem.
Valores em M€
O crédito a PME continua a apresentar bons índices de crescimento, quer em número de clientes,
quer em volume. Analisando a performance nos últimos 3 anos, constata-se que o incremento de
clientes contribuiu decisivamente para um acréscimo de volume global na ordem dos 99 milhões
24M€
de Euros, dos quais aproximadamente 24 milhões de Euros foram registados em 2019. Aumento de volume
do crédito a PME
Crédito Especializado
Valores em M€
Negócio • 69
Crédito Protocolado
Valores em M€
'18 '19 ∆%
Volume de crédito 85.742 111.494 30,03%
Produção anual 52.630 65.095 23,68%
30%
No ano em análise, o EuroBic continuou a sua forte aposta na dinamização das linhas de crédito AUMENTO
protocolado e dos créditos com garantia mútua, o que tem produzido resultados bastante posi- DO VOLUME
tivos. Em termos de volume de crédito protocolado, registou-se um crescimento assinalável face DE CRÉDITO
ao ano anterior, na ordem dos 30%, suportado na evolução da produção anual, que aumentou de
PROTOCOLADO
forma expressiva face a 2018: +12,5 milhões de Euros. Esta evolução foi possível devido à formaliza-
ção de 161 novas operações, com um montante global de 65 milhões de Euros.
Crédito Vencido
O Banco confere ainda especial atenção ao controlo do crédito vencido e à análise de sinais de
alerta, com vista à deteção precoce de eventos de incumprimento, negociando a constituição
de colaterais que permitam mitigar o risco de crédito, privilegiando uma diversificação do risco
da carteira por setores de atividade. Em 2019, verificou-se uma importante redução do rácio de
crédito vencido (em mais de 1 p.p.), para 3,38% (4,73% em 2018).
Enquanto prestador único de serviços no que diz respeito à aceitação de pagamentos com TPA,
o EuroBic tem no Netpay um produto diferenciador que tem vindo a apresentar um crescimento
constante. Em 2019, a rede de Empresas registou a colocação de TPA Netpay em 86 novos comer-
ciantes, terminando o ano com cerca de 3.100 terminais instalados.
Relativamente ao canal EuroBic Net, o número de clientes ativos aumentou, em 2019, 4% relativa-
mente ao total existente em 2018, com o registo de 282 novos acessos.
•• EuroBic PPR Ciclo de Vida: 4 sub-fundos de investimento de poupança reforma que, de for-
ma inovadora, acompanham o investidor ao longo da sua vida até à idade da reforma: 8,9
milhões de Euros sob gestão; 1.750 clientes e 51% destes com a solução de investimento recor-
rente periódica;
•• Fundo de Pensões Aberto SMART: criado em parceria com a Ageas Pensões e Intermoney
Valores SV S.A., um fundo simples, transparente, moderno e adequado para a reforma: 2,1
milhões de Euros sob gestão e 370 participantes;
•• Primeiro fundo flexível multi-estratégia sob a marca EuroBic – EuroBic Seleção TOP, com um
montante total de ativos sob gestão de 5,5 milhões de Euros;
•• Crescimento dos ativos sob gestão em fundos de investimento mobiliários e imobiliários
estrangeiros, com destaque, para os Fundos de Investimento Imobiliário da CORUM ASSET
MANAGEMENT;
•• Lançamento mensal de depósitos estruturados, desde setembro, seguindo a mesma lógica
comercial dos anteriores, nomeadamente, a garantia de capital e a remuneração indexada a
um cabaz de ações. Estes depósitos estruturados atingiram um total de 23,5 milhões de Euros
em 2019 e apresentaram-se como uma alternativa complementar aos depósitos a prazo;
•• O registo de depósitos de valores mobiliários de clientes situou-se nos 1,6 mil milhões de Euros.
Pelo segundo ano consecutivo, foi atribuído o prémio de Melhor Fundo Nacional Multi-Ativos pela
Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP) ao Fundo
EuroBic Brasil, que viu a gestão independente por parte da Tagus Investimentos (consultora de
investimento brasileiro) premiada. Adicionalmente, o Banco foi ainda distinguido com o prémio de
Melhor Fundo Nacional de Curto Prazo, também pela APFIPP, para o Fundo EuroBic Tesouraria, que
viu a sua rentabilidade ajustada pelo risco nos últimos três anos ser premiada.
EuroBic Tesouraria
Em 31 de dezembro de 2019, o montante sob gestão do fundo ascendia a 26,6 milhões de Euros.
Negócio • 71
Evolução do valor da unidade de participação da categoria A – EUR
e do montante sob gestão desde o arranque
1.796
4,8 € 0€
31/03/2011
31/07/2011
30/11/2011
31/03/2012
31/07/2012
30/11/2012
31/03/2013
31/07/2013
30/11/2013
31/03/2014
31/07/2014
30/11/2014
31/03/2015
31/07/2015
30/11/2015
31/03/2016
31/07/2016
30/11/2016
31/03/2017
31/07/2017
30/11/2017
31/03/2018
31/07/2018
30/11/2018
31/03/2019
31/07/2019
30/11/2019
PARTICIPANTES
A 31/12/19
Unidades de Participação AUM
EuroBic Investimento
Em 31 de dezembro de 2019, o montante sob gestão do fundo ascendia a 4,7 milhões de Euros. Carteira
diversificada
'17 '18 '19 de ativos na Europa
Valor da UP (Euros) 10,9583 10,6272 11,3077 com diferentes
graus de risco
11,5 € 24,6 €
11,2 € 20,5 €
16,4 €
10,9 €
12,3 €
10,6 €
8,2 €
10,3 € 4,1 €
10,0 € 0€
03/01/2013
03/04/2013
03/07/2013
03/10/2013
03/01/2014
03/04/2014
03/07/2014
03/10/2014
03/01/2015
03/04/2015
03/07/2015
03/10/2015
03/01/2016
03/04/2016
03/07/2016
03/10/2016
03/01/2017
03/04/2017
03/07/2017
03/10/2017
03/01/2018
03/04/2018
03/07/2018
03/10/2018
03/01/2019
03/04/2019
03/07/2019
03/10/2019
Em 31 de dezembro de 2019, o montante sob gestão do fundo ascendia a 25,3 milhões de dólares.
EuroBic Brasil
Em 31 de dezembro de 2019, o montante sob gestão do fundo ascendia a 15,3 milhões de dólares.
Negócio • 73
Evolução do valor da unidade de participação e do montante sob gestão desde o arranque
$95
$5,0 No final do ano 2019
$2,5
o Fundo passou
$85 $0,0
a ser um fundo
30-08-2011
30-12-2011
30-04-2012
31-08-2012
31-12-2012
30-04-2013
31-08-2013
31-12-2013
30-04-2014
31-08-2014
31-12-2014
30-04-2015
31-08-2015
31-12-2015
30-04-2016
31-08-2016
31-12-2016
30-04-2017
31-08-2017
31-12-2017
30-04-2018
31-08-2018
31-12-2018
30-04-2019
31-08-2019
31-12-2019
harmonizado
RENDIBILIDADE E RISCO
Ano Rendibilidade Líquida Risco Classe de Risco
2019 15,85% 7,16% 4
Em 31 de dezembro de 2019, o montante sob gestão do fundo ascendia a 5,46 milhões de Euros.
'18 '19
Valor da UP (Euros) 9,9650 9,9342
10,10 € 5,5 €
10,05 € 5,3 €
10,00 €
5,1 €
9,95 €
4,9 €
9,90 €
9,85 € 4,7 €
9,80 € 4,5 €
01/10/2018
01/11/2018
01/12/2018
01/01/2019
01/02/2019
01/03/2019
01/04/2019
01/05/2019
01/06/2019
01/07/2019
01/08/2019
01/09/2019
01/10/2019
01/11/2019
01/12/2019
Em 31 de dezembro de 2019, o montante sob gestão total dos quatro sub-fundos ascendia a 8,91
milhões de Euros.
Valores em M€
'18 '19
EuroBic PPR Ciclo de Vida -34 5.0013 5.3950
RENDIBILIDADE E RISCO
Rendibilidade Classe
Ano Risco
Líquida de Risco
EuroBic PPR Ciclo de Vida -34 7,87% 4,21% 4
EuroBic PPR Ciclo de Vida 35-44 6,98% 3,72% 4
2019
EuroBic PPR Ciclo de Vida 45-54 5,28% 2,81% 3
EuroBic PPR Ciclo de Vida +55 3,25% 1,75% 3
Negócio • 75
Banco Depositário
Data Comissão Ativos sob
Sociedade Gestora Fundo
de Arranque Depositário 2018 Gestão
Atena Equity Partners - Compromisso
Atena II dez 2018 7.500 € 50 M€
Sociedade de Capital de Risco, S.A. de Capital
IM Gestão de Ativos, Sociedade EuroBic Seleção Top out 2018 8.154 € 5,46 M€
Gestora de Organismos de EuroBic PPR
Investimento Coletivo, S.A. out 2018 5.949 € 8,91 M€
Ciclo de Vida
AGEAS – Sociedade Gestora
FPA SMART out 2018 Nota 1 5,46
de Fundos de Pensões, S.A.
Imonegócios mar 2000 268.971 € 173,9 M€
Imofundos Sociedade Gestora Real Estate fev 2001 Nota 2 3,84 M€
de Fundos de Investimento
Imobiliário, S.A. Imoreal jun 2002 39.554 € 81,05 M€
Imomarinas fev 2003 13.771 € 27,59 M€
Dunas Capital – Gestão de Ativos – EuroBic Tesouraria jan 2011 26.420 € 26,66 M€
Sociedade Gestora de Fundos
EuroBic Brasil ago 2011 32.558 $ 15,26 M$
de Investimento Mobiliário, S.A.
(“Dunas Capital”) EuroBic Investimento jan 2013 8.578 € 4,66 M€
ISQ - Sociedade de Capital ASK Celta mar 2011 9.000 € 5,08 M€ Compromisso
de Risco, S.A. ASK Capital ago 2011 9.000 € 7,59 M€ de Capital
Gestão de Tesouraria
A gestão da tesouraria do Banco tem como principais objetivos o cumprimento das reservas míni-
mas de caixa, e a manutenção de níveis adequados de liquidez para fazer face às necessidades
decorrentes da atividade do EuroBic.
O Banco efetua a monitorização periódica dos riscos de liquidez e de taxa de juro, sendo efetua-
das análises regulares, que são apresentadas e discutidas em sede de Comissão de Gestão de
Ativos e Passivos (Comité ALCO), tendo esta, funções consultivas e deliberativas.
Em 31 de dezembro de 2019, a pool de ativos dados como colateral (ativos elegíveis) para operações
de financiamento junto do Banco Central Europeu ascendia a 1.007 milhões de Euros. O EuroBic
tinha, assim, no final do exercício de 2019, linhas de financiamento disponíveis, e não utilizadas, no
valor de 718 milhões de Euros (vs 866 milhões de Euros em 31 de dezembro de 2018).
Mercado Cambial
No ano de 2019, manteve-se, à semelhança do ano anterior, alguma incerteza no mercado cam-
bial causada por riscos de natureza política e comercial.
Assistiu-se ao longo do ano, a tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China, com a apli-
cação de tarifas aduaneiras de ambas as partes. No final do ano, os dois países anunciaram um
acordo comercial preliminar, o que levou a uma melhoria do sentimento dos mercados.
O Reino Unido debateu o Brexit ao longo de todo o ano, processo que culminou com a realização de
novas eleições e com a aprovação, no parlamento britânico, de um acordo de saída da União Europeia.
Com a desaceleração do crescimento mundial assistimos, por parte dos Bancos Centrais, à intro-
dução de novos estímulos à economia.
Os Estados Unidos anunciaram três descidas das suas taxas de juro diretoras (Fed Funds) num
total de 75 pb. No final do ano, o intervalo de referência da taxa dos Fed Funds situava-se entre
1,50% e 1,75%, não sendo expectáveis alterações das taxas de juro durante o ano de 2020.
Negócio • 77
No final do ano, tanto o BCE como a FED, transmitiram uma mensagem de continuidade das me-
didas acomodatícias que foram aplicadas ao longo de 2019, prosseguindo os programas de com-
pras de ativos.
O Euro iniciou o ano a subir contra o dólar norte-americano, atingindo o seu valor máximo de
1,1535 dólares por Euro em meados de janeiro, registando depois uma descida ao longo do ano até
atingir o valor mínimo de 1,0889 dólares por Euro, no final de outubro. Nos últimos meses do ano o
Euro recuperou ligeiramente face ao dólar.
1,1650
1,1450
1,1250
1,1050
1,0850
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
A libra esterlina apresentou alguma volatilidade ao longo do ano de 2019, influenciada pelas incer-
tezas em torno do Brexit, tendo atingido o seu valor mínimo contra o Euro de 0,9283, em meados
de agosto. No final do ano, com a aprovação da decisão de saída da UE, a libra recuperou para
o Euro atingindo o máximo de 0,8342.
0,94
0,92
0,9
0,88
0,86
0,84
0,82
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
O EuroBic transacionou as principais moedas no mercado cambial, com grande destaque para o
EUR/USD.
89,12% 92,59%
3,20% 1,59%
4,18% 2,03%
1,70% 2018 2,80% 2019
0,74% 0,14%
1,05% 1,05%
Carteira própria
O investimento em instrumentos financeiros para a carteira própria do EuroBic manteve-se estável,
perfazendo um total de 1.494 milhões de Euros (valor de balanço) em 31 de dezembro de 2019. Este
montante representa uma redução de, aproximadamente, 95 milhões de Euros face ao final do
exercício anterior, traduzindo em termos percentuais uma diminuição de cerca de 6%.
(Valores de balanço)
-95
(-6%)
1.589 1.494
2018 2019
Nota: inclui instrumentos financeiros classificados como Custo Amortizado, EMTN junto de instituições financeiras e
investimentos em situação de default.
No final de 2018 e 2019, a composição da carteira própria do Banco era, respetivamente, em ter-
mos percentuais:
Negócio • 79
2018
Investimentos financeiros em carteira 2019
2% 21% 2% 20%
6%
17%
7%
3%
dez 15% 2% dez
2018 2019
7%
3%
27% 19% 46%
3%
Durante o ano de 2019, observou-se uma descida das yields da dívida pública portuguesa. Na
segunda metade do ano, as yields mantiveram-se estáveis, tendo apresentado uma ligeira subida
no mês de dezembro.
1,5
0,5
-0,5
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Destaque ainda para as parcerias que o Banco tem firmado com os seus principais Bancos corres-
pondentes e com as plataformas internacionais do Universo BIC, com o intuito de oferecer de for-
ma global, uma panóplia alargada de produtos e serviços internacionais, competitivos e eficazes,
aos seus clientes.
Em virtude da entrada em vigor do Decreto-Lei n.° 81-C/2017, em 01-01-2019, este canal deu início
ao processo de contratação de intermediários de crédito, tendo concluído o ano com 225 inter-
mediários autorizados pelo Banco de Portugal e 193 a aguardar autorização do supervisor.
A atividade desenvolvida durante 2019 permitiu o alargamento da base de clientes superior a 7%,
47%
face ao período homólogo, representando 9% no volume de negócios das Agências do Banco. % do total de novos
contratos de crédito
A UPECIC, enquanto área responsável pela gestão e dinamização dos canais externos de captação
de negócio do Banco, esteve presente, em conjunto com a rede comercial, em diversos congressos, habitação
feiras e convenções, com o objetivo de promover os produtos e serviços do Banco.
Não obstante os excelentes contributos nas diversas vertentes de negócio, destaca-se a contri-
buição da UPECIC na produção de crédito habitação, tendo este canal contribuído aproximada-
mente com 47% para o total de novos contratos celebrados em 2019, resultado direto da aposta do
EuroBic na dinamização das parcerias, em particular com os intermediários de crédito.
Negócio • 81
82 • Relatório & Contas 2019
04
ANÁLISE ECONÓMICO
FINANCEIRA
Análise Económico-Financeira • 83
Resultados e Balanço
A evolução da atividade do EuroBic em 2019 é caracterizada por um crescimento consistente do
seu volume de negócios, o que permitiu consolidar o resultado core (que corresponde ao agrega-
do da margem financeira e das comissões líquidas deduzidas dos custos operacionais). No último
triénio o Banco cresceu o volume de negócios em 2 mil milhões de Euros (crescimento médio anual
de 6,1%), e obteve um produto bancário acumulado e resultado líquido acumulado de 578 milhões
de Euros e 128 milhões de Euros, respetivamente.
Em 2019 o Banco consolidou a sua posição de referência no setor financeiro português ao nível dos
indicadores de qualidade dos seus ativos. Neste âmbito merece particular destaque:
O Banco evidencia níveis de capitalização adequados, tendo um rácio de fundos próprios princi-
pais de nível 1 (Common Equity Tier 1) de 13,03% com referência a 31 de dezembro de 2019 (13,64%
com a incorporação da totalidade do resultado líquido de 2019).
Análise Económico-Financeira • 85
Análise dos Resultados
RESULTADO LÍQUIDO
O resultado líquido de 61 milhões de Euros obtido em 2019 compara com os 42,5 milhões de Euros
registado no ano anterior.
(Milhares de Euros)
De referir que em 2018 o Banco realizou mais valias com a venda de dívida pública, no montante
de cerca de 21,2 milhões de Euros.
Valores em m€
'18 '19 ∆%
Margem Financeira 1 134.466 131.877 -1,9%
Rendimentos de inst. de capital 2 53 73 37,7%
Comissões Líquidas 3 33.531 36.432 8,7%
Resultados em operações financeiras 4 21.269 10.407 -49,9%
Resultados de alienação de outros ativos 5 516 5.230 913,6%
Outros resultados de exploração 6 650 33.910 5.116,9%
PRODUTO BANCÁRIO (=1+2+3+4+5+6) 7 189.969 217.929 14,7%
Custos com o pessoal 8 72.243 71.612 -0,9%
Gastos gerais administrativos 9 44.737 40.020 -10,5%
Amortizações 10 2.985 7.545 152,8%
CUSTOS OPERACIONAIS (=8+9+10) 11 119.965 119.177 -0,7%
RESULTADO OPERACIONAL (=7-11) 12 70.004 98.752 41,1%
Imparidade de crédito 13 20.154 23.240 15,3%
Imparidade de títulos 14 2.440 8.583 251,8%
Outras imparidades e provisões 15 1.153 12.418 977,0%
PROVISÕES E IMPARIDADE 16 23.747 44.241 86,3%
RESULTADOS ANTES DE IMPOSTOS (=12-16) 17 46.257 54.511 17,8%
Impostos 18 3.800 (6.560) -272,6%
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO (=17-18) 19 42.457 61.071 43,8%
CASH FLOW DE EXPLORAÇÃO (=7-11+10) 20 72.989 106.297 45,6%
Importa salientar que, não obstante a otimização de custos com gastos gerais administrativos
(ex. rendas, comunicações, transportes), a mesma não foi suficiente para acomodar o aumento
dos investimentos com a transformação digital e operativa (ex. aumento das amortizações), e o
cumprimento do acordo de aumento salarial estabelecido com os Sindicatos que representam os
trabalhadores do EuroBic.
MARGEM FINANCEIRA
No exercício de 2019, a margem financeira ascendeu a 131,8 milhões de Euros, evidenciando um de-
créscimo de 1,9% face aos 134,5 milhões de Euros alcançados em 2018, o que decorre naturalmente
do contexto de taxas de juro negativas.
(Milhares de Euros)
1,76% 1,76% 1,69%
Análise Económico-Financeira • 87
A margem financeira apresentou a seguinte decomposição:
Valores em m€
'18 '19 ∆%
JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES
Juros de crédito a clientes
Juros de crédito a clientes (não titulado) 102.039 106.472 4,3%
Juros de crédito a clientes (titulado) 14.383 10.789 -25,0%
Comissões assoc. ao custo amortizado 16.915 16.981 0,4%
Juros de aplicações em B.C.'s e O.I.C.'s 9.162 11.144 21,6%
Juros de ativos financeiros e outros juros 17.634 17.646 0,1%
TOTAL 160.133 163.032 1,8%
JUROS E ENCARGOS SIMILARES
Juros de depósitos de clientes 22.261 21.725 -2,4%
Comissões assoc. ao custo amortizado (1.966) 2.473 225,8%
Juros de recursos de B.C.'s e O.I.C.'s 4.702 6.022 28,1%
Juros de passivo titulado e outros juros 670 934 39,4%
TOTAL 25.667 31.154 21,4%
MARGEM FINANCEIRA 1 134.466 131.877 -1,9%
Ativos remunerados (saldo médio) 2 7.646.043 7.801.387 2,0%
Passivos remunerados (saldo médio) 6.555.718 6.925.899 5,6%
Taxa da margem financeira (=1/2) 1,76% 1,69% -
COMISSÕES
Em 2019 as comissões líquidas ascenderam a 36,4 milhões de Euros o que compara com os 33,5
milhões de Euros registados em 2018, traduzindo um aumento de cerca de 8,7%.
Valores em m€
'18 '19 ∆%
Netpay 6.295 7.076 12,4%
Garantias Prestadas 4.811 4.558 -5,3%
Crédito 4.541 4.313 -5,0%
Cartões 4.203 4.245 1,0%
Serviços prestados 3.732 5.862 57,1%
Dep. Ordem
Cheques
3.301
2.633
3.472
2.450
5,2%
-7,0%
8,7%
ATM's 2.409 2.402 -0,3% Aumento das
Seguros 1.786 2.519 41,0% comissões líquidas
Outras comissões (180) (465) -158,3%
COMISSÕES LÍQUIDAS 33.531 36.432 8,7%
A evolução favorável das comissões em 2019 decorre essencialmente das comissões por serviços
prestados, entre as quais se destacam as comissões das contas integradas as quais aumentaram
cerca de +1,3 milhões de Euros.
O crescimento observado nas comissões de seguros foi impulsionado pela consolidação da par-
ceria estratégica no negócio de bancassurance. Com efeito, estas comissões ascenderam a cerca
de 2,2 milhões de Euros o que compara com os 1,8 milhões de Euros registados em 2018.
Valores em m€
'18 '19 ∆%
Resultados de ativos e passivos avaliados
(3.714) 7.226 294,6%
ao justo valor através de resultados
Resultados de ativos financeiros ao justo valor
21.420 (1) -100,0%
através de outro rendimento integral
Resultados de ativos financeiros
0 100 100,0%
ao custo amortizado
Resultados cambiais 3.047 3.082 1,1%
RESULTADO EM OPERAÇÕES FINANCEIRAS 20.753 10.407 -49,9%
No exercício de 2019, a rubrica “Outros” inclui proveitos no montante de 30,6 milhões de Euros, re-
conhecidos na sequência da decisão do Tribunal Arbitral referente a um dos litígios com o Estado
Português no âmbito da reprivatização do Banco Português de Negócios.
Cost to income
(Milhões de Euros)
68,8%
66,5% 65,7%
Análise Económico-Financeira • 89
Custos operacionais (recorrentes)
(Milhões de Euros) 4
3
3
46
45
40
67 69
66
Ao nível dos custos com o pessoal, em 2019, os custos recorrentes ascenderam a 69,3 milhões de Euros
tendo aumentado cerca de 1,8 milhões de Euros (+2,7%), em resultado, essencialmente, dos au-
mentos salariais realizados no ano e das iniciativas em curso com vista à otimização de recursos.
Valores em m€
'18 '19 ∆%
Custos com o pessoal 72.243 71.612 -0,9%
Gastos gerais administrativos 44.737 40.020 -10,5%
Amortizações 2.985 7.545 152,8%
CUSTOS OPERACIONAIS 119.965 119.177 -0,7%
Cost to income (1)
65,7% 68,8%
Custos com pessoal/Produto bancário (1) 36,3% 40,2%
Produto bancário por empregado 129,8 147,1
(1) Excluindo efeitos não recorrentes ao nível dos custos operacionais e do produto bancário.
Em 2019 observou-se uma diminuição dos gastos gerais administrativos e um aumento das amor-
tizações decorrente da implementação da IFRS 16, nos montantes de -3,95 milhões de Euros e
+3,67 milhões de Euros, respetivamente.
PROVISÕES E IMPARIDADE
No exercício de 2019, o Banco registou um custo de crédito de cerca de 57 pontos base, em cum-
primento da política prudente de cobertura do risco de crédito instituída no Banco.
IMPOSTOS
No exercício de 2019 o custo com impostos correntes ascendeu a 3,7 milhões de Euros (21,8 milhões
de Euros em 2018), dos quais 3,5 milhões de Euros referem-se à contribuição extraordinária sobre a
banca (4,2 milhões de Euros em 2018).
A melhoria sustentada dos resultados core nos dois últimos exercícios, permitiu uma maior eficiên-
cia da componente fiscal pelo reconhecimento do proveito relacionado com ativos por impostos
9,6M€
diferidos em 2019 no valor de 9,6 milhões de Euros, o que compara ainda assim com os 18,1 milhões PROVEITO
de Euros reconhecidos em 2018. RELACIONADO
COM ATIVOS
De referir que as contribuições do Banco para o Fundo de Resolução e para o Mecanismo Único de POR IMPOSTOS
Resolução ascenderam em 2019 a 2,1 milhões de Euros (1,5 milhão de Euros em 2018) e 2,9 milhões DIFERIDOS EM 2019
de Euros (4,2 milhões de Euros em 2018), respetivamente.
O ativo total do Banco ascendeu, em 31 de dezembro de 2019, a cerca de 7,7 mil milhões de Euros,
tendo aumentado em 2019 cerca de 136 milhões de Euros.
No ano de 2019 verificou-se um crescimento importante da carteira de crédito em cerca de 311 mi-
lhões de Euros e um aumento dos recursos de clientes em cerca de 389 milhões de Euros, o que se
traduziu na manutenção do rácio de transformação em 84,6% e 85,0% em 31 de dezembro de 2019
e 2018, respetivamente. Também o rácio de transformação, líquido de imparidades, manteve-se
em 80,7% em ambos os exercícios.
De referir que no ano de 2018 o Banco procedeu ao reembolso das obrigações perpétuas no valor
de 94,5 milhões de Euros, no primeiro trimestre do ano.
A evolução do balanço e a sua composição traduzem uma forte solidez financeira e refletem a atividade
desenvolvida ao nível da banca comercial, com particular enfoque nos segmentos de particulares e PME.
Composição do Balanço
Análise Económico-Financeira • 91
Em 31 de dezembro de 2019, i) cerca de 13,9% do ativo do Banco é composto por liquidez disponível
em Bancos Centrais e em Outras Instituições de Crédito; ii) a carteira de títulos é composta maio-
ritariamente por dívida pública da zona Euro elegível para desconto no Banco Central Europeu
(cerca de 85%); iii) o crescimento da carteira de crédito foi originado pelo crescimento do crédito
à habitação e pela concessão de crédito a PME; e iv) os recursos de clientes nos últimos três anos
cresceram cerca de 1.009 milhões de Euros (19,6%), representando cerca de 80% da estrutura de
financiamento do Banco.
Valores em m€
'18 '19 ∆%
ATIVO
Ativos monetários e créditos a I.C.'s 1.242.849 1.067.387 -14,1%
Carteira de títulos 1.491.014 1.434.881 -3,8%
Crédito a clientes (1) 4.649.377 4.960.384 6,7%
Outros ativos 135.199 191.679 41,8%
TOTAL DO ATIVO 7.518.439 7.654.331 1,8%
PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO
Passivo
Recursos de B.C.'s 434.750 197.769 -54,5%
Recursos de I.C.'s 610.096 519.728 -14,8%
Recursos de clientes 5.759.241 6.148.041 6,8%
Outros passivos 194.912 218.316 12,0%
TOTAL DO PASSIVO 6.998.999 7.083.854 1,2%
Capitais próprios 519.440 570.477 9,8%
TOTAL DO PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO 7.518.439 7.654.331 1,8%
CRÉDITO A CLIENTES
Num contexto em que o crédito concedido pelo sistema bancário português tem vindo a reduzir
nos últimos anos, o EuroBic registou em 2019 um crescimento da carteira de crédito (bruto) de cerca
302 milhões de Euros (+6,2%), tendo terminado o ano com uma carteira de crédito (bruto) no valor +7%
de cerca de 5.197 milhões de Euros. Se excluirmos o efeito dos 40,7 milhões de Euros de write off, o AUMENTO
crescimento da carteira de crédito ascendeu a 342 milhões de Euros (+7%). DA CARTEIRA
DE CRÉDITO
O crescimento observado traduz o esforço do Banco na prossecução da estratégia de apoio às
famílias e ao tecido empresarial português, com especial enfoque no crédito concedido às Pe-
quenas e Médias Empresas. Com efeito, em 2019 o Banco aumentou a sua carteira de crédito ha-
bitação em cerca de 291 milhões de Euros (+26%), tendo inclusive obtido uma quota da produção
anual de mercado de cerca de 3,74%, superior à sua quota natural, e aumentou a sua carteira de
crédito a PME em cerca de 172 milhões de Euros (10,7%).
Valores em m€
'18 '19 ∆%
BANCA DE EMPRESAS
Crédito geral 1 2.604.434 2.677.691 2,8%
Crédito titulado 2 534.141 463.106 -13,3%
Factoring e GPF 3 75.183 84.737 12,7%
Locação financeira 4 215.354 227.318 5,6%
TOTAL (=1+2+3+4) 5 3.429.112 3.452.852 0,7%
BANCA DE PARTICULARES
Habitação 6 1.109.420 1.400.560 26,2%
Consumo e outros 7 198.600 192.306 -3,2%
TOTAL (=6+7) 8 1.308.020 1.592.866 21,8%
TOTAL CRÉDITO VINCENDO (=5+8) 9 4.737.132 5.045.718 6,5%
Crédito vencido 10 157.313 151.201 -3,9%
Juros e comissões associadas ao custo amortizado 11 3.496 1.778 -49,1%
Provisões específicas para crédito 12 248.564 238.313 -4,1%
CARTEIRA DE CRÉDITO LÍQUIDA (=9+10+11-12) 13 4.649.377 4.960.384 6,7%
Crédito por assinatura 14 388.723 353.249 -9,1%
QUALIDADE DO ATIVO
Em 31 de dezembro de 2018 e de 2019, os principais indicadores sobre a qualidade do crédito são
os seguintes:
Valores em m€
'18 '19 ∆%
Crédito vencido 157.313 151.201 -3,9%
Crédito Non-Performing (NPL) (1)
350.910 341.450 -2,7%
-2,7%
Crédito com incumprimento (2) 181.366 161.450 -11%
Provisões e imparidade de crédito 248.564 238.313 -4,1%
Crédito vencido/Crédito total 3,2% 2,9%
Crédito Non-Performing/Crédito total 7,2% 6,6%
Diminuição
Crédito Non-Performing, líquido/Crédito total 2,1% 2,0%
do crédito
Texas Ratio (3) 49,6% 45,3%
Non-Performing
Crédito em Incumprimento/Crédito 3,7% 3,1%
Cobertura do Crédito vencido 158,0% 157,6%
Cobertura do Crédito Non-Performing 70,8% 69,8%
Cobertura do crédito com incumprimento 137,1% 147,6%
Cobertura do crédito total 5,1% 4,6%
Custo do crédito 0,4% 0,6%
Custo do crédito com IFRS 9 1,0% n.a.
(1) Conceito de crédito “Non-Performing” alinhado com as orientaç ões da Autoridade Bancária Europeia (EBA).
(2) Crédito vencido há mais de 90 dias e de cobrança duvidosa.
(3) Texas Ratio = Non-Performing Exposure EBA/(Imparidades + Tangible Equity)
Análise Económico-Financeira • 93
Em 2019, a redução do volume de crédito Non-Performing, e a evolução favorável dos indicadores
de qualidade da carteira de crédito são o corolário do enfoque do Banco na recuperação do cré-
dito não produtivo e na monitorização dos processos de concessão e controlo do risco de crédito.
Ainda no que se refere a indicadores relativos à qualidade do ativo do Banco, importa sublinhar
a exposição marginal do Banco a imóveis adquiridos por recuperação de crédito, que representa
cerca de 0,05% do balanço.
Assim, no final de 2019 a totalidade de ativos não produtivos em balanço tinham uma cobertura
por imparidades e capital próprio de mais do dobro do seu valor bruto (Texas Ratio = 45,3%).
RECURSOS DE CLIENTES
O ano de 2019 foi um ano positivo na prossecução da estratégia do Banco de captação e fideli-
zação de clientes, o que se traduziu num importante crescimento dos depósitos em cerca de 389
milhões (+6,9%).
6,9%
Crescimento
Valores em m€
dos depósitos
'18 '19 ∆% de clientes
Depósitos à ordem 1.913.216 2.231.356 16,6%
Depósitos a prazo 3.794.999 3.868.994 1,9%
TOTAL DEPÓSITOS 5.708.215 6.100.350 6,9%
Juros e comissões associadas ao custo amortizado 11.742 9.861 -16,0%
Cheques e ordens a pagar 39.284 37.830 -3,7%
RECURSOS DE CLIENTES 5.759.241 6.148.041 6,8%
CARTEIRA DE TÍTULOS
A carteira de investimentos é gerida, essencialmente, numa estratégia buy and hold, aplicando os
excedentes de liquidez em ativos financeiros de elevada qualidade e liquidez.
A carteira de títulos reflete uma política de investimento conservadora, sendo composta maiorita-
riamente por ativos em dívida pública da Zona Euro, incluindo de Portugal, num total de 85,5% da
carteira, dos quais 50% em Bilhetes do Tesouro.
17,9%
Dívida pública
portuguesa
2,1%
Fundos e ações
de empresas 67,6%
Dívida pública
Zona Euro
12,2%
Obrigações de empresas
0,2%
Dívida pública
Países fora da Europa
Valores em m€
'18 '19 ∆%
Dívida pública portuguesa
ao justo valor 1 274.703 208.357 -24,2%
ao custo amortizado 2 153.496 52.067 -66,1%
TOTAL (=1+2) 3 428.199 260.424 -39,2%
Dívida pública zona Euro 4 728.577 985.681 35,3%
Dívida pública - países fora da Europa 5 174 180 3,4%
Obrigações de empresas 6 319.194 178.013 -44,2%
Instrumentos de capital 7 34.327 31.358 -8,6%
Outros ao custo histórico 8 2.379 2.384 0,2%
Juros a receber e imparidade 9 (21.836) (23.159) -6,1%
TOTAL (=3+4+5+6+7+8+9) 10 1.491.014 1.434.881 -3,8%
Em 2018 procedeu-se à venda de 213,5 milhões de Euros de dívida pública portuguesa, a qual
permitiu a realização de uma mais-valia bruta no montante de 21,2 milhões de Euros.
'18 '19 ∆%
Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 535.044 475.966 -11,0%
Recursos de Bancos Centrais (434.750) (197.769) 54,5%
76,7%
POSIÇÃO LÍQUIDA EM BANCOS CENTRAIS 100.294 278.197 177,4%
Disponibilidades e aplicações em outras Instituições
707.805 591.421 -16,4%
de Crédito
AUMENTO
Recursos de Instituições de Crédito (610.096) (519.728) 14,8%
DOS EXCEDENTES
POSIÇÃO LÍQUIDA EM OUTRAS INSTITUIÇÕES
97.709 71.693 -26,6% DE LIQUIDEZ EM
DE CRÉDITO
BANCOS CENTRAIS
E INSTITUIÇÕES
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018 o Banco mantém excedentes de liquidez significativos em Bancos DE CRÉDITO
Centrais e em Instituições de Crédito.
Análise Económico-Financeira • 95
96 • Relatório & Contas 2019
05 GESTÃO
DOS RISCOS
O Banco tem vindo a desenvolver uma cultura que incentiva uma atitude positiva em relação à
gestão do risco e ao cumprimento das orientações regulamentares e das “boas práticas”. Tem
também operacionalizado um framework de controlo interno robusto e abrangente.
Durante o ano de 2019, o EuroBic lançou um conjunto de iniciativas prosseguindo o esforço de for-
talecimento dos mecanismos de controlo, monitorização e prevenção dos riscos, destacando-se
o enfoque dado ao risco de tecnologias de informação e comunicação.
Em termos de gestão e controlo do risco, o Banco procura seguir as melhores práticas do setor. O
modelo existente encontra-se assente em seis linhas de defesa:
•• A Primeira Linha de Defesa assegura a gestão e a tomada de risco, de acordo com as regras,
procedimentos e orientações definidas nos regulamentos internos;
•• A Segunda Linha de Defesa, assegurada pela função de gestão de riscos, garante a medição e
monitorização do risco a que o Banco se encontra exposto através da definição, controlo e re-
porte dos limites de risco estabelecidos pelo Banco e do suporte à definição de planos de ação;
•• A Terceira Linha de Defesa, assegurada pela função de Auditoria Interna, procede de forma
independente, sistemática e eficiente, à avaliação das atividades das duas primeiras linhas
de defesa (compreendendo a eficiência das operações, a preservação dos ativos, a confian-
ça e integridade dos processos de reporte e, entre outros, a conformidade com leis, regula-
mentos e políticas aplicáveis) e as boas práticas no âmbito do governo societário, contribuin-
do para a melhoria e eficácia do Sistema de Controlo Interno do Banco;
•• A Quarta Linha de Defesa é assegurada pelos diferentes Órgãos Sociais do Banco, quer de
gestão, quer de fiscalização;
•• A Quinta Linha de Defesa é assegurada pela Auditoria Externa no seu relevante papel de
fiscalização;
•• A Sexta Linha de Defesa é assegurada pelos próprios Supervisores com os quais o Banco
mantém uma relação pautada pela transparência, cooperação e perceção das diferentes
oportunidades de melhoria.
CONSELHO
DE ADMINISTRAÇÃO
COMITÉ DE AUDITORIA
E CONTROLO INTERNO
CONSELHO FISCAL
(CACI)
SUPERVISIONAR
COMITÉ DE RISCOS
FINANCEIROS
COMITÉ DE GOVERNO
DA SOCIEDADE
COMISSÃO
EXECUTIVA
CONSELHO COMISSÃO
EXECUTAR DE CRÉDITO DE RISCO
COMISSÃO DE
ACOMPANHAMENTO DE
CRÉDITO NÃO PRODUTIVO
COMISSÃO
DE PRODUTOS
COMISSÃO
DE GESTÃO DE CRISES
Membros da CE,
Responsável
•• É a estrutura máxima do EuroBic no que respeita a poderes de decisão
da DARC
CONSELHO ao nível da concessão de crédito, deliberando por maioria dos votos
e responsáveis
DE CRÉDITO expressos, tendo o respetivo Presidente (igualmente Presidente da CE)
da DCEN, da DCES,
voto de qualidade.
da DCAN, da DCAS,
da DPB e da DCRC.
No âmbito da função de gestão de riscos, a DCR é coadjuvada pela DARC e pelo GSI respe-
tivamente no que respeita ao risco de crédito e ao risco de tecnologias de informação e co-
municação. Relativamente a este último, tendo em conta tratar-se de um risco emergente, cujo
acompanhamento exige um elevado grau de especialização, foram amplamente reforçadas as
competências e os meios afetos ao GSI, que passou a integrar a 2.a linha de defesa em articulação
estreita com a DCR. O risco de tecnologias de informação e comunicação mantem-se integrado
no Sistema de Gestão e Medição do Risco Operacional (SGMRO).
RISCO DE TECNOLOGIAS
DE INFORMAÇÃO E DE DSIT. •• Operacional, pelo GSI, em articulação com a DCR.
COMUNICAÇÃO (TIC)
RISCOS DE MERCADO
(LIQUIDEZ, TAXA DE
DIF e ALCO. •• DCR.
CÂMBIO, TAXA DE JURO
E CARTEIRA PRÓPRIA)
RISCO Todas as Estruturas •• A definição do modelo e sua supervisão são competência da DC.
DE REPUTAÇÃO Orgânicas. Apoio da DCR no que diz respeito às métricas aplicadas.
RISCO
Conselho de Administração coadjuvado pela DPCG.
DE ESTRATÉGIA
•• O Conselho de Crédito, com poderes para deliberar sobre concessão de crédito a clientes,
nos termos estabelecidos no Regulamento de Crédito, principalmente no que respeita à con-
cessão e acompanhamento de créditos a grandes exposições e a Grupos Económicos;
•• A Comissão de Risco de Crédito que acompanha, trimestralmente, a evolução da carteira de
crédito do Banco nas suas várias vertentes de análise (segmento, produto, setor de atividade,
rating, graus de vigilância, maiores exposições, Top 20 - Créditos reestruturados, Garantias,
Crédito vencido e NPL);
•• A Comissão de Acompanhamento de Crédito Não Produtivo, que monitoriza, bimestralmente, com
critérios definidos de materialidade, quer o crédito classificado em NPL quer o crédito vencido.
Em todo o ciclo de vida do crédito, o Banco procura criar e manter um processo de gestão ade-
quado que inclua políticas e procedimentos prudentes para identificação, medição, avaliação, O Banco procura
monitorização, reporte, controlo e mitigação de risco. criar e manter um
processo de gestão
Neste contexto, para garantir o sucesso na gestão do risco de crédito, o Banco rege-se pelos
seguintes vetores de atuação:
adequado que
inclua políticas
•• Rigor nos critérios de seleção e avaliação dos créditos visando a preservação da boa quali- e procedimentos
dade da carteira de crédito; prudentes para
•• Desenvolvimento e manutenção de princípios, políticas e ferramentas robustas de suporte à
avaliação, à quantificação, à monitorização e ao controlo do risco de crédito; identificação,
•• Alinhamento do perfil de risco da operação e do cliente com o apetite ao risco definido pelo medição, avaliação,
Banco; monitorização,
•• Foco permanente no conhecimento e acompanhamento da carteira de crédito, de forma a
reporte, controlo
estabelecer planos de ação atempados e adequados de gestão do risco de crédito;
•• Recuperação tempestiva, de forma solidária, do crédito em situação irregular, por todas as e mitigação de risco
áreas intervenientes no processo creditício.
A gestão criteriosa de riscos continua a ser um dos principais objetivos estratégicos definidos pelo
Banco, e neste âmbito, em 2019, o Sistema de Gestão de Risco de Crédito continuou a ser reforça-
do ao nível dos mecanismos de avaliação, controlo e monitorização, destacando-se, neste âmbi-
to, as iniciativas mais relevantes desenvolvidas durante o ano:
dez '19
Exposição de risco de crédito bruta 1 5.198.697.004
Non-Performing Loans (NPL) 2 341.450.164
Rácio NPL (=2/1) 3 6,57%
Imparidade p/crédito 4 238.313.132
Imparidade p/garantias 5 31.013.510
Imparidades p/crédito e garantias (=4+5) 6 269.326.642
Cobertura por imparidades (=4/2) 7 69,79%
A exposição a crédito não produtivo calculado de acordo com os critérios da EBA, “Non-Perfor-
ming Loans” ou NPL, em dezembro de 2019, situou-se nos 341,45 M€ com um rácio de NPL de 6,57%.
A cobertura de NPL por imparidades acumuladas no balanço era de 69,8% em dezembro de 2019
1,50
1,40 1,37
1,28
1,30 1,25
1,21 1,21
1,26 1,18
1,20
1,10 1,14 1,04
1,09 1,02 1,01
1,00 0,95 0,95
0,92 0,90
0,89
0,90 0,86 0,86
0,83
0,79
0,80 0,73 0,72
0,690,67
0,70
0,60
set 17
dez 17
mar 18
jun 18
set 18
dez 18
dez 13
mar 14
jun 14
set 14
dez 14
mar 15
jun 15
set 15
dez 15
mar 16
jun 16
set 16
dez 16
mar 17
jun 17
mar 19
jun 19
set 19
dez 19
9,00
8,00 8,09
7,75
7,50
set 17
dez 17
mar 18
jun 18
set 18
dez 18
dez 13
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mar 19
jun 19
set 19
dez 19
Dando cumprimento ao estabelecido na Instrução do Banco de Portugal n.° 5/2011, foi remetido
ao supervisor, em março de 2019, o Relatório sobre Risco de Concentração de Crédito, com data
de referência de 31 de dezembro de 2019.
A exposição a contrapartes financeiras apenas pode ser efetuada nos termos previamente apro-
vados, nomeadamente no que se refere à contraparte, tipo de produto, montante e prazo das
operações. Ultrapassagens pontuais aos limites estabelecidos para operações de mercado mo-
netário podem ser autorizadas conforme modelo de delegação de poderes em vigor.
RISCO OPERACIONAL
O risco operacional é definido como sendo o risco de perdas resultantes da inadequação ou de-
ficiência de procedimentos, do pessoal ou dos sistemas internos ou de eventos externos, incluindo
os riscos jurídicos.
Modelo de Gestão
O SGMRO do Banco assenta num modelo descentralizado, que melhor se adapta à natureza do
risco, designadamente por via da sua abrangência e disseminação, cujas qualidade e eficiência A metodologia
são garantidas por um conjunto de ferramentas informáticas. implementada para
o registo e reporte
Refira-se que, para efeitos de gestão, o Banco utiliza modelos internos, não obstante adotar o
método do indicador básico para o cálculo do montante de requisitos mínimos de fundos próprios.
de eventos permite
um conhecimento
No âmbito da gestão deste risco, a DCR é coadjuvada por uma rede de coordenadores de risco imediato e
operacional. Estes, são colaboradores afetos às diferentes estruturas orgânicas do Banco que têm transversal de todos
atribuídas tarefas específicas no âmbito do SGMRO.
os eventos ocorridos
A metodologia implementada para o registo e reporte de eventos, concebida no sentido de pri-
vilegiar a gestão do risco operacional a todos os níveis hierárquicos, permite um conhecimento
imediato e transversal de todos os eventos ocorridos. Para o efeito, está disponível a todas as
A inclusão de dados qualitativos nos modelos internos é crítica uma vez que permite integrar a sensibi-
lidade dos colaboradores aos riscos por eles geridos e, assim, captar os riscos de reduzida frequência
e elevada severidade, os quais raramente se encontram refletidos nas bases de dados de eventos.
O SGMRO contempla ainda os KRI, revistos e aprovados anualmente pela Administração, que per-
mitem controlar a evolução dos principais fatores de risco, tendo em conta o grau de tolerância
definido para as diferentes tipologias.
•• Revisão do apetite ao risco, através da atualização dos limites de exposição admissíveis para
cada tipologia de risco operacional (os KRI) e da definição de um volume máximo de perdas
por tipo de risco operacional em função do produto bancário gerado;
•• Elaboração de relatórios trimestrais com a tipificação dos eventos ocorridos;
•• Revisão e atualização contínua dos mapeamentos de risco operacional, nomeadamente
para as novas estruturas orgânicas do Banco e/ou as estruturas que sofreram alterações
significativas ao nível dos seus processos;
•• Identificação de oportunidades de melhoria em processos, nomeadamente no âmbito da
definição e implementação de medidas e procedimentos mitigadores do risco;
•• Iniciativas tendo em vista a mitigação do Risco Operacional;
•• Reforço do SGMRO, promovendo a sua integração com o acompanhamento do controlo in-
terno, incluindo a integração dos resultados do controlo interno na matriz de avaliação de
riscos operacionais;
•• Desenvolvimentos significativos no âmbito da operacionalização do Plano de Continuidade
de Negócio.
Durante o ano de 2019 foram levadas a cabo as seguintes iniciativas no sentido de evoluir e con-
solidar o PCN:
A metodologia de avaliação dos riscos de TIC encontra-se assente numa abordagem, eficiente
e prática, que está alinhada com as boas práticas internacionais (como por ex: a ISO/27005, a
ISO/22301, a NFPA 1600) e, naturalmente, com as orientações publicadas pela Autoridade Bancá-
ria Europeia (EBA) no que se refere à realização de Análises de Risco das Tecnologias de Informa-
ção e Comunicação (EBA/GL/2017/05).
RISCOS DE MERCADO
Relativamente aos riscos de mercado, destaca-se a Política de Investimentos (PI) do Banco, que
tem como enquadramento o atrás referido documento “Princípios e Política de Gestão de Risco” e
as diretrizes e orientações estratégicas definidas em sede de ALCO. Nesta, são estabelecidos os
princípios, metodologias e regras a adotar na Gestão do Risco de Taxa de Câmbio, do Risco de
taxa de juro e na Gestão da Carteira Própria do Banco, visando garantir o rigor, a segurança, a
liquidez e a rendibilidade adequadas aos objetivos estabelecidos superiormente.
Como documento autónomo, o Banco elaborou a Política de Gestão de liquidez, a qual comple-
menta a PI no estabelecimento dos princípios, regras e procedimentos de gestão e monitorização
dos principais riscos de mercado.
Neste âmbito, o Banco prossegue uma estratégia de não alavancagem da atividade através da
negociação de instrumentos financeiros ou da tomada de posições de cariz especulativo. O Ban-
co não faz investimentos em produtos estruturados complexos, nem em instrumentos financeiros
derivados, com exceção de eventuais operações de cobertura de taxa de juro e de tesouraria (p.e.
swaps cambiais e de taxa de juro).
Compete à DCR efetuar a monotorização dos limites definidos na PI, reportando superiormente
eventuais incumprimentos.
A carteira própria do Banco privilegia investimento em títulos de dívida, com destaque para os
investimentos em dívida soberana na Zona Euro. Em 31 de dezembro de 2019, o Banco não detinha
carteira de ações e a posição em unidades de participação em fundos de investimento era bas-
tante reduzida.
A carteira própria é monitorizada pela DIF que elabora periodicamente um relatório de reporte
com informação detalhada sobre a composição, duration e rendibilidade dos títulos da carteira,
incluindo evolução da Yield-to-Maturity e valor de mercado das posições.
A atividade de gestão da carteira própria do Banco é ainda analisada em sede de ALCO, sendo
elaborada informação mensal detalhada sobre a composição da carteira, a evolução do Mark-
-to-Market e as transações efetuadas (aquisições, vendas e reembolsos).
A DCR monitoriza o cumprimento dos limites de exposição definidos para as contrapartes, proce-
de ao cálculo do VaR da carteira e das necessidades de capital interno para cobertura do risco de
mercado da carteira própria e acompanha a evolução do rating dos títulos em carteira.
•• Níveis mínimos de liquidez disponível (aplicações de muito curto prazo no mercado monetário
interbancário);
•• Acesso aos mecanismos de política monetária do Banco Central Europeu;
•• Ativos líquidos, passíveis de serem alineados e convertidos em liquidez no curto prazo;
•• Linhas de financiamento disponíveis em outras Instituições de Crédito.
Relativamente ao LCR, trata-se de um rácio, com periodicidade de reporte mensal, que visa pro-
mover a resistência de liquidez de curto prazo ao garantir que o Banco dispõe de um nível suficien-
temente elevado de ativos líquidos de alta qualidade que lhe permita sobrevir, por um período de
30 dias, num cenário de stress. Em 31 de dezembro de 2019 o rácio de LCR ascende a 168%.
225%
200% 195%
181%
175% 169% 168%
164% 167% 163% 168%
162%
152% 152%
150%
141%
131%
125%
100%
dez 18
jan 19
fev 19
mar 19
abr 19
mai 19
jun 19
jul 19
ago 19
set 19
out 19
nov 19
dez 19
No que respeita ao NSFR, trata-se de um rácio com periodicidade de reporte trimestral, que visa
promover a capacidade da instituição fazer face às suas necessidades de liquidez numa situação
de stress continuado, num período de um ano, através da criação de uma estrutura mais equili-
brada e estável entre maturidades de ativos e passivos.
A monitorização do risco cambial é efetuada diariamente pela DCR. Adicionalmente, a DCR pro-
cede periodicamente ao cálculo do Value at Risck (VaR) para a posição cambial.
RISCO DE COMPLIANCE
A versão consolidada do Aviso do Banco de Portugal n.° 5/2008, de 1 de julho, introduziu um exi-
gente conjunto de princípios e requisitos mínimos que o sistema de controlo interno implementado
no Banco deve cumprir, nomeadamente no que respeita à denominada Função de Compliance,
um dos seus pilares. Nesse sentido, a Função de Compliance é uma atividade nuclear de todas as
iniciativas desenvolvidas pelas Pessoas Sujeitas, tendo a sua criação sido perspetivada como um
relevante contributo no reforço da cultura de Integridade e de Cumprimento.
A Função de Compliance assume um papel preponderante no Banco e constitui uma parte ina-
lienável da cultura interna, não se limitando ao mero cumprimento da legislação, regulamenta-
ção, guidelines e boas práticas do mercado nacional e internacional. A Função de Compliance
é permanente, efetiva e independente encontrando-se dotada dos meios humanos, técnicos e
materiais para o exercício das suas funções. A Função de Compliance é dotada de autonomia e
autoridade para atuar de forma independente face às áreas de negócio.
No âmbito das suas competências, é responsável pela gestão do Risco de Compliance (inclui o
Crime Financeiro e os crimes contra o mercado) enquanto probabilidade de ocorrência de impactos
negativos nos resultados ou no capital, decorrentes de violações ou desconformidades relativa-
mente a leis, regulamentos, contratos, códigos de conduta, práticas instituídas ou princípios éticos.
O Banco dispõe de uma Política de Gestão de Risco de Compliance e de uma Política de Preven-
ção do Branqueamento de Capitais e do Financiamento do Terrorismo, que refletem, de forma
genérica, os procedimentos existentes para gerir de forma adequada e de acordo com o exigido
legalmente, a exposição a este risco.
Tendo em conta o disposto na Lei n.° 83/2017, de 18 de agosto, e no Aviso do Banco de Portugal
n.° 2/2018, de 26 de setembro, a Função de Compliance encontra-se dotada de um Anti-Financial
Crime Officer e de um Responsável pelo Cumprimento Normativo, cujas competências refletem os
requisitos legais e regulamentares.
O Banco desenvolve a sua atividade seguindo políticas e critérios de prevenção, deteção e com-
bate ao Crime Financeiro, em conformidade com a legislação em vigor. O Banco cumpre com os
deveres determinados pela Lei e pelo Aviso e dispõe de uma estrutura orgânica dedicada exclusi-
vamente à prevenção, deteção e combate ao Crime Financeiro que se encontra integrada na Dire-
ção de Compliance. Adicionalmente, as equipas estão formadas nesta matéria e são regularmente
atualizadas a fim de identificar e monitorizar as situações de eventual risco, efetuando de imediato
as comunicações julgadas apropriadas aos órgãos competentes. Do mesmo modo, o Banco utiliza
ferramentas informáticas para acompanhar a operativa dos clientes e proceder à respetiva seg-
mentação em função do potencial risco, aplicando medidas de diligência reforçada, sempre que se
justifique, e satisfazendo os demais imperativos legais e regulamentares pertinentes.
ICAAP
O Processo de Autoavaliação da Adequação do Capital Interno (ICCAP), está regulamentado pela Ins-
trução n.° 3/2019 do Banco de Portugal de 25 de janeiro de 2019 (altera a Instrução n.° 15/2007 do Ban-
co de Portugal), e cumpre os objetivos do comummente designado Pilar II de Basileia, bem assim como
com as alterações que resultam das Orientações da Autoridade Bancária Europeia (EBA/GL/2016/10),
no sentido de garantir que os riscos a que as instituições se encontram expostas são corretamente
avaliados e que o capital interno de que dispõem é adequado face ao respetivo perfil de risco.
O desenvolvimento do ICAAP é realizado pela Direção de Controlo de Riscos (DCR), que reporta
à Administração do Banco, sendo que, o responsável pela aprovação do ICAAP é o Órgão de
Administração do Banco.
Neste acompanhamento, foram considerados os seguintes riscos: risco de crédito, risco de con-
centração de crédito, risco operacional, risco de sistemas de informação, risco de Compliance, ris-
co de liquidez, risco de concentração no risco de liquidez, risco de taxa de juro, risco de mercado,
risco de taxa de câmbio, risco de reputação e risco de estratégia.
ILAAP
O ILAAP, Processo de Autoavaliação da Adequação da liquidez Interna, tem como enquadramen-
to o artigo 115.° - U do Regime Geral da Instituições Crédito e Sociedades Financeiras, as Orien-
tações da Autoridade Bancária Europeia (EBA/GL/2016/10) e o Guia do BCE sobre o Processo de
Autoavaliação da Adequação da liquidez Interna datado de março de 2018.
Em 25 de janeiro de 2019, o Banco de Portugal publicou a Instrução n.° 3/2019 que veio regulamen-
tar o processo do ILAAP.
Os resultados obtidos atestam uma adequada capacidade de resposta por parte do Banco, não
sendo apurada uma necessidade de requisitos de capital interno para cobertura destes riscos.
Plano de Recuperação
O Decreto-Lei n.° 31-A/2012, de 10 de fevereiro, veio introduzir, no Regime Geral das Instituições de
Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF), a obrigação de as Instituições de Crédito apresen-
tarem ao Banco de Portugal um Plano de Recuperação. Este reporte regulamentar é atualmente
regulado pelo Aviso n.° 3/2015 do Banco de Portugal, bem como pelo Regulamento Delegado (UE)
2016/1075.
O Plano de Recuperação tem como objetivo identificar as medidas suscetíveis de serem adota-
das para corrigir tempestivamente uma situação em que uma instituição de crédito se encontre
em desequilíbrio financeiro, ou em risco de o ficar, garantindo a continuidade da sua atividade,
nomeadamente através do planeamento de medidas tendentes à recuperação de desequilíbrios
financeiros ao nível da solvabilidade e da liquidez.
Neste sentido, o Banco procedeu à revisão e atualização do seu Plano de Recuperação, que re-
meteu ao Banco de Portugal.
Em matéria de Controlo Interno e com o reforço da articulação entre os OCI, no sentido de pro-
mover uma sistematização dos princípios básicos que devem nortear a implementação de um
sistema de controlo interno, seguindo os conceitos reconhecidos e aceites a nível internacional,
está a ser revisto o seu modelo de governação que se pretende ser vertido em normativo próprio.
Ainda no âmbito das suas funções, a DAI emitiu pareceres diversos nas várias matérias sempre
que solicitado, garantiu a avaliação independente de processos de averiguação e assegurou o
acompanhamento próximo do processo de follow-up de recomendações emitidas por esta Dire-
ção tendo também dado seguimento ao processo de melhoria contínua interno, promovendo um
conjunto significativo de melhorias.
No EuroBic, as reclamações dos clientes (situações que configuram alguma insatisfação relacio-
nada com a prestação de serviços ou disponibilização dos produtos, pelo Banco, ou ainda com o
atendimento ao cliente) são entendidas como uma oportunidade para melhorar o serviço presta-
do e, desta forma, consolidar a relação com os seus clientes evitando eventuais litígios.
Considerando a relevância destes objetivos, em 2018 o Banco BIC Português, S.A. criou o Gabi-
nete de Provedoria do cliente, órgão especializado no tratamento das reclamações que procura
responder de forma célere e adequada a cada reclamação, aplicando os princípios da indepen-
dência e de imparcialidade.
Durante o ano de 2019, o Gabinete de Provedoria do cliente não só assegurou que todas as recla-
mações que lhe foram formalmente apresentadas tiveram resposta dentro do prazo legalmente
previsto, como formulou, sempre que aplicável, sugestões de melhoria de modo a que promover-
-se internamente e sempre que possível, a excelência no serviço ao cliente.
No que respeita ao cumprimento das obrigações de divulgação de informação previsto na Parte VIII
do Regulamento (EU) 575/2013 do Parlamento Europeu e Conselho, designadamente as relaciona-
das com a gestão de riscos e capital, em complemento à informação constante no presente relató-
rio, o Banco elabora, para o efeito, documento autónomo denominado “Divulgação complementar
de informação ao abrigo do Regulamento (EU) 575/2013”, o qual é disponibilizado no sítio do Banco.
Além de cumprir as regras e deveres que decorrem das disposições legais e regulamentares apli-
cáveis (Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, Diretiva dos Mercados
de Instrumentos Financeiros, e Código dos Valores Mobiliários), a atividade do Banco é prossegui-
da de acordo com o rigoroso cumprimento de princípios éticos e deontológicos.
Para que estes princípios e regras sejam de fácil apreensão por todos, o Banco desenvolve várias
ações de formação sobre algumas dessas temáticas, designadamente:
No que respeita ao Código de Conduta são vários os deveres aplicáveis às pessoas sujeitas às
suas regras, independentemente da natureza do seu vínculo, designadamente:
Nos casos em que se verifiquem necessidades de reequilíbrio financeiro, são utilizados instrumentos
devidamente suportados num quadro normativo para apoiar os colaboradores nas reestruturações
das suas situações financeiras, sem descurar as responsabilidades imediatas, bem como as futuras.
Paralelamente, o EuroBic procedeu à revisão das políticas de remuneração por forma a adequar
uma correta premiação do desempenho, favorecendo os colaboradores empenhados e compro-
metidos e, por outro lado, desincentivando as más práticas.
Uma medida que pretende dar relevo ao reconhecimento da importância do Capital Humano para
o Banco, reforçando a relação e o compromisso estabelecido com cada colaborador, prende-se
com a dispensa de assiduidade do(a) trabalhador(a) para celebração do seu dia de aniversário.
A acompanhar a aposta na formação dos colaboradores, o Banco pretende ainda afirmar o valor
da qualificação para o emprego, não só através da empregabilidade interna, por forma a dar
suporte às naturais e atendíveis expetativas dos colaboradores relativamente à mobilidade e à
carreira, mas também apoiando essa qualificação, através da atribuição de um subsídio mensal
de trabalhador estudante.
Num tema tão sensível como é o assédio, seja ele do tipo moral e/ou sexual, o Banco tem vindo
a adotar medidas, nomeadamente através do trabalho desenvolvido pela Direção de Recursos
Humanos, junto das diversas estruturas, hierarquias e colaboradores, para possibilitar a identi-
ficação rápida e segura de comportamentos percecionados como abusivos com o objetivo de
intimidar, coagir ou ameaçar a dignidade de outra(s) pessoa(s). Ao ter introduzido em 2018, normas
de conduta específicas, o Banco instituiu com aplicação já em 2019, um quadro disciplinar inequí-
voco para sancionar comportamentos considerados reprováveis, bem como, estabeleceu outras
medidas com caráter preventivo, a fim de desencorajar práticas que se revelem atentatórias, no
quadro de relações laborais.
O Banco manteve, em 2019, uma tendência crescente da população feminina, de forma consisten-
te desde 2013, com um aumento de 19%, comparativamente a 2019. Atualmente figuram no quadro
da empresa 649 colaboradoras.
A SOCIEDADE E O AMBIENTE
O EuroBic deu início a uma nova era na mobilidade, estudando, aprovando e implementando solu-
ções alternativas e mais amigas do ambiente, nomeadamente em relação à composição da frota
automóvel utilizada por quadros da instituição. Deste modo, o Banco realizou uma experiência pilo-
to, com a colocação em circulação, de dois veículos, um Plug-In e um 100% elétrico, para estudar a
viabilização deste tipo de veículos, para deslocações em serviço. O estudo efetuado revelou, além
dos aspetos positivos relacionados com o impacto ambiental, uma redução apreciável dos custos
operacionais. Em resultado, existe o propósito de renovar uma parte do parque automóvel do Banco,
por viaturas tipologia Plug-In ou elétrica, acentuando a tendência que melhor protege o ambiente.
SEGURANÇA E SAÚDE
No plano da Segurança e da Saúde, o Banco tem vindo a prosseguir com a execução das ações
que concorrem para o cumprimento das normas, nomeadamente, um rigoroso acompanhamento
de todos os colaboradores, por via de consultas de medicina do trabalho.
APOIO EMPRESARIAL
O apoio ao desenvolvimento empresarial, local ou nacional prosseguido pelo Banco tem um eixo
fundamental no estabelecimento de parcerias com as associações empresariais, estruturando
relacionamentos que proporcionam proximidade com as empresas associadas, de modo a po-
tenciar o negócio e estratégias competitivas com base em partilha de experiências e contactos.
Em 2019, canalizámos cerca de 31% da dotação orçamental disponível para quotas e donativos
para a relação com as Câmaras do Comércio e Associações Empresariais participando de forma
direta na vida institucional e suas iniciativas comerciais, prestando o nosso contributo e atenden-
do aos fins associativos destas entidades.
31%
Quotas
69%
Donativos
O Fórum Desafios
e Oportunidades
constituiu uma
Esta proximidade ao associativismo empresarial e às organizações setoriais foi complementada prova de vitalidade
com diversas iniciativas do próprio Banco, das quais se destaca a organização dos Fóruns Desafios organizativa
e Oportunidades, cuja iniciativa teve o seu início em 2018, e que mobilizou as entidades locais e e comercial
proporcionou contacto com mais de 700 empresários dos principais setores da economia nacional.
do Banco
Esta ação constituiu uma prova de vitalidade organizativa e comercial do Banco, que provou ter
capacidade efetiva para chegar aos empresários e promover uma jornada de reflexão com inte-
resse e utilidade para quem está na economia real. Em cada sessão foi possível garantir a presen-
ça e contributo de especialistas do mundo empresarial e académico, em discussão aberta com os
seus pares e com as autoridades locais com maior influência no desempenho económico.
Fernando Teixeira dos Santos, presidente da Comissão Executiva do EuroBic, participou em todas
as edições desta iniciativa, onde apresentou a perspetiva do Banco sobre o tecido empresarial da
região, as suas possibilidades de desenvolvimento e as ambições em matéria de apoio às empresas,
pondo à disposição dos empresários as capacidades financeiras e o conhecimento técnico do Banco
que dirige, garantindo que haverá sempre uma perspetiva interessada e otimista sobre o futuro.
Esta viagem do EuroBic iniciou-se em Évora, seguindo-se Batalha/Leiria, Viseu e Vale do Sousa.
Os protocolos estabelecidos com as Sociedades de Garantia Mútua são outra boa prática de
apoio ao desenvolvimento das PME e microempresas, fornecendo melhores condições de finan-
ciamento e potenciando a criação de valor a nível regional. Em 2019, o Banco celebrou e renovou
diversos Protocolos que se traduziram em:
RESPONSABILIDADE SOCIAL
O exercício da atividade bancária passa ainda pela interação com diversos tipos de entidades e
diferentes setores da Sociedade portuguesa, permitindo ao Banco conhecer e valorizar iniciativas,
ações e pessoas que, pela sua natureza, oportunidade e impactos sociais contribuem para o de-
senvolvimento humano, cultural e cívico.
O EuroBic tem interesse em afirmar-se como instituição financeira atenta às suas responsabilida-
des sociais e procura posicionar-se como um agente ativo da comunidade, apoiando iniciativas O EuroBic procura
válidas de solidariedade social, educação e cultura. posicionar-se como
um agente ativo
Donativos
da comunidade,
apoiando
iniciativas válidas
19% de solidariedade
Educação
social, educação
19%
Outros e cultura
12%
Solidariedade social
50%
Cultura
Solidariedade
Rock ’n’ Law
Pelo 6.° ano consecutivo, o EuroBic apoiou o Rock ‘n’ Law, que este ano juntou 1.650 pessoas e an-
gariou 81 mil Euros para a Associação Nossa Senhora do Mar. Esta é uma iniciativa sem fins lucrati-
vos que une o setor da advocacia num projeto de responsabilidade social que este ano aconteceu
no Kais e contou com a Lisbon Film Orquestra a abrir o evento.
Educação
Fundação Cidade de Lisboa
Renovação do apoio que tem vindo a ser dado à Fundação Cidade de Lisboa com atribuição de
2 bolsas de estudo anuais a estudantes, de origem africana, do Colégio Universitário da Coope-
ração – Nuno Krus Abecassis.
Cultura
A presença das unidades de retalho do Banco e a sua integração local suscita muitas vezes um
número significativo de apoios às associações recreativas e culturais, nomeadamente para apoio
a festas e feiras populares. Mas a ação cultural do EuroBic nesta área expressou-se também nos
seguintes projetos em que participou:
Casa da Música
Apoio ao Outono Jazz, momento alto do Ciclo de Jazz da Casa da Música, que decorreu de 10
de outubro a 4 de novembro. Este ciclo é um dos principais blocos programáticos da Casa da
Música e, na sua sétima edição, o festival continuou a revelar a melhor música que se faz sob a
capa abrangente de um género marcado pelo culto da improvisação e da inovação. Entre nomes
consagrados e novos valores, todas as tendências do jazz foram bem acolhidas.
Maria Mendes
O Banco apoiou financeiramente a gravação do terceiro trabalho discográfico “Close to Me” da
fadista Maria Mendes, que contou com a participação do famoso produtor/pianista americano
John Beasley e a maior orquestra sinfónica de jazz do mundo, detentora de 4 Grammys (18 no-
meações), a Metropole Orkest. A cantora realizou 4 concertos em Lisboa e no Porto para promo-
ção e divulgação deste projeto.
Ambiente
Em 2019 o Banco continuou a implementar um conjunto de iniciativas de redução do impacto am-
biental, destacando-se entre as mais relevantes as seguintes:
•• embalagens de plástico: 30
•• embalagens de madeira: 3.220
•• equipamentos fora de uso contendo clorofluorcarbonetos, HCFC, HFC e materiais perigosos: 9.601
•• componentes retirados de equipamento fora de uso: 1.076
•• pilhas de chumbo: 0,2
•• ladrilhos, telhas e materiais cerâmicos: 1.420
•• papel e cartão 57.811
•• equipamento elétrico e eletrónico: 0,6
•• plásticos: 2.386
•• outros resíduos urbanos: 1,26
Por conseguinte, o Conselho de Administração do Banco propõe à Assembleia Geral que nos termos
do disposto na alínea f) do n.° 5 do artigo 66.° e na alínea b) do n.° 1 do artigo 376.°, ambos do Código
das Sociedades Comerciais, ao resultado líquido apurado seja dada a seguinte aplicação:
'19 '18
Ativo Imparidade Ativo Ativo
Notas
Bruto e Amortizações Líquido Líquido
ATIVO
Caixa, disponibilidades em Bancos Centrais e em outras Instituições
3 601.124 (38) 601.086 658.590
de Crédito
Ativos financeiros ao justo valor através de resultados
Ativos financeiros detidos para negociação 4 236 - 236 53
Ativos financeiros não detidos para negociação obrigatoriamente
4 70.935 - 70.935 67.884
ao justo valor através dos resultados
Ativos financeiros pelo justo valor através de outro rendimento integral 5 262.424 - 262.424 357.305
Ativos financeiros ao custo amortizado
Aplicações em Instituições de Crédito 6 466.523 (223) 466.300 584.259
Crédito a clientes 7 4.726.700 (233.554) 4.493.146 4.112.938
Títulos de dívida 8 1.577.965 (9.204) 1.568.761 1.602.264
Derivados – Contabilidade de cobertura 9 41 - 41 -
Ativos não correntes detidos para venda 10 4.246 (527) 3.719 11.391
Ativos tangíveis 11 115.359 (43.371) 71.988 42.138
Ativos intangíveis 11 18.405 (4.183) 14.222 6.707
Ativos por impostos
Ativos por impostos correntes 12 15.052 - 15.052 19
Ativos por impostos diferidos 12 47.502 - 47.502 36.177
Outros ativos 13 40.867 (1.948) 38.919 38.714
TOTAL DO ATIVO 7.947.379 (293.048) 7.654.331 7.518.439
RUBRICAS EXTRAPATRIMONIAIS
Garantias prestadas e outros passivos eventuais 31 1.200.672 1.703.567
Compromissos 31 3.027.269 3.735.127
'19 '18
Ativo Ativo
Notas
Líquido Líquido
PASSIVO
Passivos financeiros detidos para negociação 4 275 168
Passivos financeiros ao custo amortizado
Recursos de Bancos Centrais 14 197.769 434.750
Recursos de outras Instituições de Crédito 15 519.728 610.096
Recursos de clientes e outros empréstimos 16 6.148.041 5.759.241
Derivados – Contabilidade de cobertura 9 909 328
Provisões 17 48.726 38.044
Passivos por impostos
Passivos por impostos correntes 12 4.960 11.151
Passivos por impostos diferidos 12 3.355 4.505
Outros passivos 18 160.091 140.716
TOTAL DO PASSIVO 7.083.854 6.998.999
CAPITAL PRÓPRIO
Capital 19 410.430 410.430
Prémios de emissão 20 6.790 6.790
Outro rendimento integral acumulado 20 1.221 11.255
Outras reservas 20 85.472 81.226
Resultados transitados 20 5.493 (32.718)
Resultado do exercício 20 61.071 42.457
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 570.477 519.440
TOTAL DO PASSIVO E DO CAPITAL PRÓPRIO 7.654.331 7.518.439
'19 '18
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
Recebimento de juros e comissões 224.500 206.090
Pagamento de juros e comissões (43.051) (44.006)
Pagamentos ao pessoal e fornecedores (127.379) (97.993)
Resultados cambiais e outros resultados operacionais 33.985 3.075
Recuperação de créditos incobráveis 426 27
RESULTADOS OPERACIONAIS ANTES DAS ALTERAÇÕES NOS ATIVOS OPERACIONAIS 88.481 67.193
(Aumentos)/diminuições de ativos operacionais:
Ativos financeiros detidos para negociação e designados ao justo valor através de resultados 3.937 (34.420)
Ativos financeiros ao justo valor através de outro rendimento integral 86.278 394.960
Ativos financeiros ao custo amortizado
Aplicações em Instituições de Crédito 117.602 (53.703)
Crédito a clientes (340.624) (592.734)
Títulos de dívida (48.241) (8.978)
Derivados de cobertura 370 89
Ativos não correntes detidos para venda 12.977 5.475
Outros ativos 3.657 342
(164.044) (288.969)
Aumentos/(diminuições) de passivos operacionais:
Recursos de Bancos Centrais (237.338) (65.200)
Passivos financeiros detidos para negociação 107 (6)
Recursos de outras Instituições de Crédito (90.442) 167.437
Recursos de clientes e outros empréstimos 390.682 411.656
Outros passivos (7.819) (872)
55.190 513.015
CAIXA LÍQUIDA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS ANTES DOS IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO (20.373) 291.239
Impostos sobre os lucros (24.301) (26.163)
CAIXA LÍQUIDA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS (44.674) 265.076
FLUXOS DE CAIXA DE ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Aquisições de ativos tangíveis e intangíveis (12.811) (7.944)
Alienações de ativos tangíveis e intangíveis 15 -
CAIXA LÍQUIDA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO (12.796) (7.944)
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Reembolso/Remuneração paga relativa a passivos subordinados - (94.450)
Outros - (820)
CAIXA LÍQUIDA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO - (95.270)
Aumento/(diminuição) de caixa e seus equivalentes (57.470) 161.862
Caixa e seus equivalentes no início do exercício 658.594 496.732
CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO FIM DO EXERCÍCIO 601.124 658.594
1. NOTA INTRODUTÓRIA
O Banco BIC Português, S.A. (adiante igualmente designado por “EuroBic” ou “Banco”), entidade anteriormente designada por Banco
Português de Negócios, S.A. (adiante designado por “BPN”), é uma instituição de crédito com sede em Lisboa, que iniciou a sua
atividade bancária em 1 de julho de 1993.
Em novembro de 2008, todas as ações representativas do capital social do BPN foram nacionalizadas ao abrigo da Lei n.° 62-
A/2008, de 11 de novembro. De acordo com a referida Lei, a nacionalização foi motivada pelo volume de perdas acumuladas
pelo Banco, ausência de liquidez adequada e iminência de uma situação de rutura de pagamentos que ameaçava os interesses
dos depositantes e a estabilidade do sistema financeiro. O BPN passou assim a ter a natureza de Sociedade Anónima de capitais
exclusivamente públicos, sendo detido pela Direção Geral do Tesouro e Finanças. A gestão do BPN foi atribuída à Caixa Geral de
Depósitos, S.A. (CGD).
Durante o exercício de 2010, o Estado Português, acionista do BPN, aprovou a reprivatização do BPN através do Decreto-Lei n.°
2/2010 de 5 de janeiro, tendo em 9 de dezembro de 2011 celebrado um Acordo Quadro com os acionistas do Banco BIC Português,
S.A.. Este Acordo Quadro regula as relações entre o Estado Português e o EuroBic no âmbito da operação de privatização, visando
a aquisição por parte dos seus acionistas das ações representativas da totalidade do capital social e direitos de voto do BPN. O
contrato de compra e venda de ações foi celebrado a 30 de março de 2012, tendo sido adquiridas a totalidade das ações do BPN
pelos acionistas do EuroBic em junho de 2012.
Neste contexto, em junho de 2012, o grupo de acionistas que passou a deter e controlar o BPN e o EuroBic deliberou, por questões de
racionalidade económica, incorporar este naquele, mediante a concretização de uma fusão por incorporação. A 7 de dezembro de
2012, após a aprovação do Banco de Portugal, foi registada a referida fusão por incorporação na Conservatória do Registo Comercial,
com efeitos retroagidos a 1 de julho de 2012. Na mesma data, o BPN alterou a sua denominação social para Banco BIC Português, S.A..
O Banco tem sede em Lisboa, na Avenida António Augusto Aguiar n.° 132, e dedica-se à obtenção de recursos de terceiros, sob a
forma de depósitos ou outros, os quais aplica, juntamente com os seus recursos próprios, em todos os setores da economia, na sua
maior parte na concessão de empréstimos a clientes empresas e particulares, prestando ainda outros serviços bancários, designa-
damente enquanto Banco correspondente na Zona Euro.
Para a realização das suas operações, em 31 de dezembro de 2019, o Banco contava com uma rede nacional de 170 Agências, 13
gabinetes de empresa e 2 centros de Private Banking (173 Agências, 13 gabinetes de empresa e 2 centros de Private Banking em 31
de dezembro de 2018).
As políticas contabilísticas apresentadas nesta nota são consistentes com as utilizadas na preparação das Demonstrações Finan-
ceiras do exercício anterior, salvo exceção para as alterações que resultam da adoção da IFRS 16 – Locações.
As Demonstrações Financeiras do Banco foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros
e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios previstos na IAS 1 – Apresentação das Demonstrações Financeiras.
O Conselho de Administração procedeu à avaliação da capacidade do Banco operar em continuidade, tendo por base toda a infor-
mação relevante, factos e circunstâncias, de natureza financeira, comercial ou outra disponível sobre o futuro, incluindo os aconteci-
mentos subsequentes à data de referência das Demonstrações Financeiras descritos na Nota 38. Em resultado da avaliação efetuada,
o Conselho de Administração concluiu que o Banco dispõe de níveis de capital e liquidez adequados para manter as atividades, pelo
que considerou adequado o uso do pressuposto da continuidade das operações na preparação das Demonstrações Financeiras.
As Demonstrações Financeiras do Banco relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2019 foram aprovadas pelo Conselho de
Administração em 23 de abril de 2020.
•• IFRS 16 – “Locações”: esta norma vem introduzir os princípios de reconhecimento e mensuração de locações, substituindo a IAS
17 – Locações. A norma define um único modelo de contabilização de contratos de locação que resulta no reconhecimento pelo
locatário de ativos e passivos para todos os contratos de locação, excepto para as locações com um período inferior a 12 meses
ou para as locações que incidam sobre ativos de valor reduzido. Os locadores continuarão a classificar as locações entre ope-
racionais ou financeiras, sendo que a IFRS 16 não implicará alterações substanciais para tais entidades face ao definido na IAS 17.
•• Emenda à IFRS 9 – “Características de pagamentos antecipados com compensação negativa”: esta emenda vem permitir que
ativos financeiros com condições contratuais que prevêem, na sua amortização antecipada, o pagamento de um montante
considerável por parte do credor, possam ser mensurados ao custo amortizado ou a justo valor por reservas (consoante o mo-
delo de negócio), desde que: (i) na data do reconhecimento inicial do ativo, o justo valor da componente da amortização ante-
cipada seja insignificante; e (ii) a possibilidade de compensação negativa na amortização antecipada seja única razão para o
ativo em causa não ser considerado um instrumento que contempla apenas pagamentos de capital e juros.
•• IFRIC 23 – “Incertezas no tratamento de imposto sobre o rendimento”: esta interpretação vem dar orientações sobre a determi-
nação do lucro tributável, das bases fiscais, dos prejuízos fiscais a reportar, dos créditos fiscais a usar e das taxas de imposto
em cenários de incerteza quanto ao tratamento em sede de imposto sobre o rendimento.
•• Emenda à IAS 19 – “Alteração do Plano, Restrição ou Liquidação”: Se ocorrer uma emenda, corte ou liquidação do plano, o
custo do serviço corrente e os juros líquidos do período após a remensuração devem ser determinados usando os pressupostos
usados para a remensuração. Além disso, foram incluídas alterações para esclarecer o efeito de uma alteração, redução ou
liquidação do plano sobre os requisitos relativos ao limite máximo do ativo.
•• Emenda à IAS 28 – “Investimentos de longo prazo em associadas e acordos conjuntos”: esta emenda vem clarificar que a IFRS
9 deve ser aplicada (incluindo os respetivos requisitos relacionados com imparidade) a investimentos em associadas e acordos
conjuntos quando o método da equivalência patrimonial não é aplicado na mensuração dos mesmos.
As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, com aplicação obrigatória em exercícios económicos futuros, foram, até à
data de aprovação destas Demonstrações Financeiras, adotadas (endorsed) pela União Europeia:
•• Emenda a referências à Estrutura Conceptual nas normas IFRS: Corresponde a emendas em diversas normas (IFRS 2, IFRS 3,
IFRS 6, IFRS 14, IAS 1, IAS 8, IAS 34, IAS 37, IAS 38, IFRIC 12, IFRIC 19, IFRIC 20, IFRIC 22 e SIC 32) em relação a referências à Estrutura
Conceptual revista em Março de 2018. A Estrutura Conceptual revista inclui definições revistas de um ativo e de um passivo e
novas orientações sobre mensuração, desreconhecimento, apresentação e divulgação. É aplicável nos exercícios iniciados em
ou após 1 de Janeiro de 2020.
•• Emenda à IAS 1 e IAS 8 – “Definição de material”: Corresponde a emendas para clarificar a definição de material na IAS 1. A
definição de material na IAS 8 passa a remeter para a IAS 1. A emenda altera a definição de material em outras normas para
garantir consistência. A informação é material se pela sua omissão, distorção ou ocultação, seja razoavelmente esperado que
influencie as decisões dos utilizadores primários das Demonstrações Financeiras, tendo por base as Demonstrações Financeiras.
É aplicável nos exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2020.
Estas normas apesar de aprovadas (endorsed) pela União Europeia, não foram adotadas pelo Banco em 2019, em virtude de a sua
aplicação não ser ainda obrigatória. O Conselho de Administração entende que a aplicação destas normas não terá um impacto
materialmente relevante nas Demonstrações Financeiras do Banco.
As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões, com aplicação obrigatória em exercícios económicos futuros, não foram,
até à data de aprovação destas Demonstrações Financeiras, adotadas (endorsed) pela União Europeia:
•• IFRS 17 – “Contratos de seguro”: esta norma estabelece, para os contratos de seguros dentro do seu âmbito de aplicação, os
princípios para o seu reconhecimento, mensuração, apresentação e divulgação. Esta norma substitui a norma IFRS 4 - Contratos
de seguros. É aplicável nos exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2021.
•• Emenda à IFRS 3 – “Definição de negócio”: Corresponde a emendas à definição de negócio, pretendendo clarificar a identifica-
ção de aquisição de negócio ou de aquisição de um grupo de ativos. A definição revista clarifica ainda a definição de output de
um negócio como fornecimento de bens ou serviços a clientes. As alterações incluem exemplos para identificação de aquisição
de um negócio. É aplicável nos exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2020.
•• Emenda às normas IFRS 9, IAS 39 e IFRS 7 – “Reforma das taxas de juro benchmark (IBOR Reform)”: corresponde a emendas às
normas IFRS 9, IAS 39 e IFRS 7 relacionadas com o projeto de reforma das taxas de juro de benchmark (conhecido como “IBOR
Reform”), no sentido de diminuir o impacto potencial da alteração de taxas de juro de referência no relato financeiro, nomeada-
mente na contabilidade de cobertura. É aplicável nos exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2020.
Estas normas não foram ainda adotadas (endorsed) pela União Europeia e, como tal, não foram aplicadas pelo Banco no exercício
findo em 31 de dezembro de 2019. O Conselho de Administração não estima que da futura adoção das mesmas decorram impactos
significativos para as Demonstrações Financeiras do Banco.
As transações em moeda distinta da moeda funcional, e os correspondentes proveitos e custos, são registadas ao câmbio da data
em que ocorrem. Em cada data de balanço, os ativos e passivos expressos em moeda distinta da moeda funcional são convertidos
à taxa de câmbio de fecho (fixing do Banco de Portugal).
Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos inicialmente pelo seu justo valor. Os custos de transação que são diretamente
atribuíveis à aquisição ou emissão de ativos ou passivos financeiros (outros que não os ativos e passivos financeiros mensurados ao
justo valor através de resultados (FVTPL)) são adicionados ou deduzidos do justo valor dos ativos ou passivos financeiros, conforme
apropriado, no momento do reconhecimento inicial. Os custos de transação atribuíveis diretamente à aquisição dos ativos ou pas-
sivos financeiros ao FVTPL são reconhecidos imediatamente em resultados.
a) Ativos financeiros
O Banco procede no momento do reconhecimento inicial dos seus ativos financeiros à respetiva classificação destes instrumen-
tos em função das características dos fluxos de caixa contratuais destes ativos e do modelo de negócio utilizado para a gestão
dos mesmos. A classificação dos ativos financeiros determina a forma como os ativos serão subsequentemente mensurados.
Os ativos financeiros são, no momento do reconhecimento inicial, classificados numa das seguintes categorias:
Os requisitos acima descritos não são aplicáveis a contas a receber de locações, que cumprem os critérios previstos na IFRS
16 – Locações (IAS 17 – Locações até 31 de dezembro de 2018).
Avaliação se os fluxos de caixa contratuais correspondem apenas ao reembolso de capital e juros (SPPI – Solely Payments of
Principal and Interest)
A avaliação se os fluxos de caixa contratuais correspondem apenas ao reembolso de capital e juros é efetuada sempre que
os ativos financeiros são originados (e que cumprem com os critérios para reconhecimento), tendo por base os seus termos
contratuais originais.
Para o âmbito desta avaliação, considera-se capital como o justo valor do ativo financeiro no momento do reconhecimento
inicial. O montante de capital pode sofrer alterações ao longo da vida útil do ativo financeiro (por exemplo, se existirem reem-
bolsos de capital). O juro corresponde à remuneração pelo efeito do valor temporal do dinheiro, do risco de crédito associado ao
montante em dívida durante um determinado período, de outros riscos e custos relativos a contratos de empréstimo assim como
pode incluir uma margem de lucro. A análise SPPI é efetuada na moeda em que o ativo financeiro está denominado.
Os fluxos de caixa contratuais que correspondem apenas ao reembolso de capital e juros são consistentes com um acordo de
empréstimo básico. Cláusulas contratuais que introduzam exposição a riscos ou volatilidade dos fluxos de caixa contratuais
que não estejam relacionados com um contrato básico de empréstimo não dão origem a fluxos de caixa contratuais que são
apenas pagamentos relativos a capital e a juros calculados sobre o montante de capital em dívida.
No âmbito da sua avaliação às características dos fluxos de caixa contratuais, e não obstante as considerações acima descri-
tas, o Banco tem em particular consideração:
•• Se os elementos mais significativos da componente de juros correspondem à retribuição pelo valor temporal do dinheiro e
pelo risco de crédito;
•• Existência de opções de compra (“call”) ou venda (“put”);
•• Existência de derivados embutidos;
•• Existência de desfasamento temporal entre o indexante de taxa de juro do ativo financeiro e o prazo de refixação da respe-
tiva taxa.
•• O ativo financeiro está inserido num modelo de negócio cujo objetivo é manter os ativos financeiros de forma a obter os cash
flows contratuais associados;
•• Os termos contratuais do ativo financeiro dão lugar, em datas específicas, a fluxos de caixa contratuais que respeitam ape-
nas a capital e juros, relativos ao montante de capital em dívida.
Esta categoria inclui as rubricas de aplicações em Instituições de Crédito, crédito a clientes e títulos de dívida geridos numa
ótica de obtenção somente dos fluxos de caixa contratuais.
Mensuração subsequente
Os ativos financeiros ao custo amortizado são subsequentemente mensurados ao custo amortizado.
Os juros dos ativos financeiros ao custo amortizado são reconhecidos na margem financeira na rubrica “Juros e rendimentos
similares”, tendo por base o método da taxa de juro efetiva e de acordo com os princípios detalhados na nota 2.5 alínea h).
As perdas de crédito esperadas são estimadas desde o reconhecimento inicial destes ativos financeiros e de acordo com os
princípios descritos na nota 2.5 alínea f), sendo reconhecidas em resultados na rubrica “Imparidade de ativos financeiros ao
custo amortizado”.
Os ganhos ou perdas gerados no momento do desreconhecimento de ativos financeiros ao custo amortizado são reconhecidos
em resultados na rubrica “Ganhos/(perdas) com o desreconhecimento de ativos financeiros ao custo amortizado”.
•• O ativo financeiro está inserido num modelo de negócio cujo objetivo é atingido não só pela obtenção dos cash flows con-
tratuais associados, como também pela venda dos respetivos ativos;
•• Os termos contratuais do ativo financeiro dão lugar, em datas específicas, a fluxos de caixa contratuais que respeitam ape-
nas a capital e juros, relativos ao montante de capital em dívida.
Adicionalmente, o Banco pode optar, de forma irrevogável no momento do reconhecimento inicial, por classificar um instrumento de
capital na categoria de “Ativos financeiros ao justo valor através de outro rendimento integral”, desde que o mesmo não seja detido
para negociação, nem apresente uma retribuição contingente reconhecida por um adquirente numa concentração de atividades
empresariais à qual se aplica a IFRS 3. Esta alternativa é exercida investimento a investimento e são apenas elegíveis os instrumen-
tos financeiros que se enquadram no âmbito da definição de instrumentos de capital prevista nas disposições da IFRS 9 e IAS 32.
Mensuração subsequente
Os ativos financeiros ao justo valor através de outro rendimento integral são subsequentemente mensurados ao justo valor.
As variações no justo valor dos instrumentos de dívida são reconhecidas em outro rendimento integral na rubrica “Outro rendi-
mento integral acumulado” e, no momento da sua alienação, os respetivos ganhos ou perdas acumuladas nesta rubrica são
reclassificados para uma rubrica específica de resultados designada “Ganhos ou perdas com o desreconhecimento de ativos
financeiros ao justo valor através de outro rendimento integral”.
Os juros, prémios ou descontos dos ativos financeiros ao justo valor através de outro rendimento integral são reconhecidos na
rubrica de “Juros e rendimentos similares”, tendo por base o método da taxa de juro efetiva e de acordo com os princípios de-
talhados na nota 2.5 alínea h).
As perdas de crédito esperadas para os instrumentos de dívida são estimadas desde o reconhecimento inicial destes ativos
financeiros de acordo com os princípios descritos na alínea f), sendo reconhecidas em resultados na rubrica “Imparidade de ati-
vos financeiros ao justo valor através de outro rendimento integral”, por contrapartida da rubrica de “Outro rendimento integral
acumulado”, e não reduzem o valor de balanço destes ativos financeiros.
As variações no justo valor dos instrumentos de capital são reconhecidas em outro rendimento integral na rubrica “Outro rendi-
mento integral acumulado”, sendo os ganhos ou perdas geradas no momento do desreconhecimento transferidos para “Resul-
tados transitados”. Os dividendos são reconhecidos em resultados na rubrica “Rendimentos de instrumentos de capital” quando
for atribuído o direito ao seu recebimento e o montante possa ser mensurado com razoabilidade.
Não são reconhecidas perdas de imparidade para os instrumentos de capital ao justo valor através de outro rendimento integral.
Adicionalmente, e ainda que o ativo financeiro cumpra com os critérios para mensuração ao custo amortizado ou ao justo valor
através de outro rendimento integral, o Banco pode optar por, de forma irrevogável e no momento do reconhecimento inicial,
designar o ativo financeiro ao justo valor através de resultados, desde que tal elimine ou reduza significativamente um accoun-
ting mismatch, que de outra forma seria originado pela mensuração de ativos ou passivos ou pelo reconhecimento de ganhos
e perdas sobre os mesmos em diferentes bases.
A categoria “ativos financeiros ao justo valor através de resultados” encontra-se segregada pelas seguintes sub-rubricas:
Mensuração subsequente
Os ativos financeiros ao justo valor através de resultados são subsequentemente mensurados ao justo valor.
As variações no justo valor destes ativos financeiros, bem como os ganhos ou perdas geradas no momento da sua alienação são
reconhecidas em resultados na rubrica “Resultados em operações financeiras – Ativos e passivos financeiros detidos para negocia-
ção”, “Resultados em operações financeiras – Ativos financeiros não detidos para negociação obrigatoriamente ao justo valor atra-
vés dos resultados” ou “Resultados em operações financeiras - Ativos financeiros designados ao justo valor através de resultados”.
Os juros inerentes aos ativos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são
reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”, tendo por base o método da taxa de juro efetiva e de
acordo com os princípios detalhados na nota 2.5 alínea h).
Os juros associados a instrumentos financeiros derivados de negociação são classificados na rubrica “Resultados de operações
financeiras – Ativos e passivos financeiros detidos para negociação”.
Os rendimentos de títulos de rendimento variável são registados como proveitos na rubrica “Rendimentos de instrumentos de
capital” quando é estabelecido o direito do Banco ao seu recebimento, salvo exceção para os dividendos de instrumentos de
capital que sejam detidos para negociação, sendo estes reconhecidos na rubrica “Resultados de operações financeiras – Ativos
e passivos financeiros detidos para negociação”.
Justo valor
Conforme acima referido, os ativos financeiros registados nas categorias de “Ativos financeiros ao justo valor através de outro
rendimento integral” e “Ativos financeiros ao justo valor através de resultados” são valorizados pelo justo valor.
De acordo com a IFRS 13 entende-se por justo valor o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou pago para transferir
um passivo numa transação efetuada entre participantes no mercado à data de mensuração. Na data de contratação ou de
início de uma operação, o justo valor é geralmente o valor da transação.
O justo valor dos ativos financeiros transacionados em mercados ativos é o seu bid-price ou a sua cotação de fecho à data
do balanço. Se um preço de mercado não estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com base em técnicas de
valorização, que incluem modelos de avaliação de preços ou técnicas de discounted cash flows.
Quando são utilizadas técnicas de discounted cash flows, os fluxos financeiros futuros são estimados de acordo com as expeta-
tivas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de mercado para instrumentos financeiros com características
semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado.
Os ativos financeiros devem ser reclassificados sempre que ocorra uma alteração do modelo de negócio do respetivo portfólio.
Nesta situação, todos os ativos financeiros que compõem o portfólio cujo modelo de negócio alterou, devem ser reclassificados,
sendo que os requisitos de classificação e mensuração relativos à nova categoria são aplicados prospectivamente a partir da
data da reclassificação, não devendo ser reexpressos quaisquer ganhos, perdas ou juros anteriormente reconhecidos.
O princípio geral é o de que os ativos financeiros são desreconhecidos do balanço quando (i) os direitos contratuais do Banco
sobre os respetivos fluxos de caixa do respetivo ativo financeiro expiraram, ou (ii) o Banco transferiu substancialmente todos os
riscos e benefícios associados à sua detenção.
Uma renegociação ou modificação dos fluxos de caixa contratuais de um ativo financeiro pode conduzir ao seu desreconhe-
cimento e, ao subsequente reconhecimento de um novo ativo financeiro. Nestas circunstâncias, o desreconhecimento implica
(i) o reconhecimento da perda ou ganho que resulta da diferença entre o custo amortizado do ativo original e o valor atual
líquido (NPV) do novo ativo financeiro em resultados, (ii) a avaliação se as novas características dos fluxos de caixa contratuais
correspondem somente a capital e juros sobre o montante de capital em dívida, o que pode implicar a reclassificação do ativo
para uma categoria de mensuração diferente e, (iii) a avaliação, no momento do reconhecimento inicial, e desde que não seja
classificado na categoria de “ativos financeiros ao justo valor através de resultados”, da existência de imparidade no ativo
originado. Caso o novo ativo financeiro seja originado com imparidade (POCI), é aplicada, até à maturidade do contrato, uma
probabilidade de default lifetime para o respetivo apuramento das perdas de crédito esperadas, sendo determinada a taxa de
juro efetiva ajustada pelo crédito.
O Banco considera que uma modificação nos termos contratuais do ativo financeiro resulta no seu desreconhecimento e no
subsequente reconhecimento de um novo ativo financeiro quando a modificação se traduz em pelo menos uma das seguintes
condições:
•• Transferência do risco de crédito do instrumento para outro mutuário acompanhado de uma redução muito significativa do
spread; ou
•• Mudança das características qualitativas, designadamente os fluxos de caixa contratuais deixarem de corresponder apenas
ao reembolso de capital e juros.
Caso uma renegociação ou modificação dos fluxos de caixa contratuais de um ativo financeiro não resulte em nenhuma das
condições acima descritas, considera-se que se está perante um ativo financeiro modificado, isto é, o ativo financeiro não é
desreconhecido, o que implica (i) o reconhecimento da perda ou ganho que resulta da diferença entre o valor bruto contabilís-
tico da operação original e o NPV da nova operação em resultados e, (ii) a aplicação dos critérios descritos na nota 2.5 alínea f)
para avaliação do aumento significativo do risco de crédito.
d) Política de write-off
O Banco reconhece um crédito abatido ao ativo quando, esgotadas as ações desenvolvidas para a recuperação dos valores, não
tem expetativas razoáveis na sua recuperação. Este desreconhecimento é efetivado após a avaliação do custo benefício combi-
nado considerando, i) a materialidade da operação; ii) a aceitação fiscal do write-off e iii) a eficiência operacional do seu registo.
Os ativos financeiros adquiridos ou originados em imparidade de crédito (POCI) são ativos que apresentam evidências objetivas
de imparidade de crédito no momento do seu reconhecimento inicial. Um ativo está em imparidade de crédito se um ou mais
eventos tiverem ocorrido com um impacto negativo nos fluxos de caixa futuros estimados do ativo.
O Banco considera que os ativos financeiros originados na sequência de um processo de modificação dos termos e condições
do contrato original, os quais apresentavam evidências objetivas de imparidade, que tenham resultado no seu desreconhe-
cimento (nota 2.5 c) originam uma exposição POCI quando o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados do ativo é
inferior a 90% do valor presente dos fluxos de caixa estimados do ativo modificado.
As perdas por imparidade apuradas são reconhecidas por contrapartida de resultados do exercício. No caso de, em períodos
futuros, se verificar uma redução da perda de crédito esperada estimada, a imparidade inicialmente registada é igualmente
revertida por contrapartida de resultados.
O Banco determina as perdas por imparidade para cada operação em função da deterioração do risco de crédito observada
desde o momento do seu reconhecimento inicial. Neste contexto, as operações são classificadas num dos seguintes stages de
imparidade:
•• Stage 1: são classificadas neste stage todas as operações para as quais não existe evidência de um aumento significativo
do risco de crédito (SICR) desde o seu reconhecimento inicial e que não se encontram em situação de default. As perdas por
imparidade associadas a operações classificadas neste stage correspondem a perdas de crédito esperadas que resultem de
um evento de default suscetível de ocorrer no prazo de 12 meses a contar da data de reporte.
•• Stage 2: são classificadas neste stage todas as operações para as quais existe evidência de um aumento significativo do
risco de crédito (SICR) desde o seu reconhecimento inicial (sub-nota “Aumento significativo do risco de crédito (SICR)”), mas
que não se encontram em situação de default. As perdas por imparidade associadas a operações classificadas neste stage
correspondem a perdas de crédito esperadas, resultantes de eventos de default que poderão ocorrer ao longo do período
de vida residual esperado das operações (perdas de crédito esperadas “lifetime”).
•• Stage 3: são classificadas neste stage todas as operações que se encontrarem em situação de default (sub-nota “Definição
de default”). As perdas por imparidade associadas a operações classificadas neste stage correspondem a perdas de crédito
esperadas “lifetime”.
•• A reclassificação das operações de crédito de stage 3 para stage 2 respeita um período de quarentena de 12 ou 3 meses em
função de se tratar de operações de crédito reestruturadas ou não reestruturadas por dificuldades financeiras do cliente,
respetivamente. Durante este período de quarentena não se deve verificar qualquer condição elegível de transferência para
stage 3, nem crédito vencido superior a 30 dias;
•• No caso das reestruturações em que existam evidências de degradação significativa do risco de crédito por dificuldades
financeiras do devedor o período de quarentena é de 12 meses após o vencimento da primeira prestação de capital, não se
podendo verificar nenhum incumprimento;
•• É aplicado um período probatório em stage 2 de 15 meses para operações de crédito que se encontravam em stage 1 no
momento anterior e um período probatório em stage 2 de 24 meses para operações de crédito que se encontravam em stage
3 no momento anterior.
Apuramento de perdas por imparidade para crédito concedido a clientes, garantias e compromissos irrevogáveis, e títulos de
dívida associados a operações de crédito
Análise Individual
O Banco efetua uma análise individual aos clientes que cumpram um dos seguintes requisitos:
Para os clientes não sujeitos a análise individual e os clientes analisados individualmente para os quais não sejam apuradas
perdas de imparidade, o Banco determina o valor realizável dos créditos e atribui um valor de imparidade com base num mo-
delo de apuramento de perdas por imparidade coletiva.
Para as exposições incluídas no perímetro de análise individual, é efetuada uma análise individual de stage com base em cri-
térios quantitativos e qualitativos. Para as exposições que, na sequência desta análise, sejam classificadas em stage 2 ou em
stage 3 são calculadas perdas por imparidade individual com base nas seguintes abordagens:
•• “Going concern” – a análise da recuperabilidade da dívida é efetuada assumindo a continuidade das operações do cliente
e consiste em avaliar se os fluxos de caixa gerados pelo negócio do cliente são suficientes para assegurar o reembolso da
dívida;
•• “Gone concern” – neste caso o negócio do cliente não gera fluxos de caixa suficientes para assegurar o reembolso da dívida,
estando a sua recuperabilidade igualmente dependente dos fluxos de caixa que podem resultar da dação ou execução do
colateral associado.
Adicionalmente, o cálculo das perdas por imparidade individual considera três cenários (pessimista, base e otimista) definidos
de acordo com as especificidades e grau de incerteza associado à recuperação da dívida de cada cliente. Para efeitos do
apuramento das perdas por imparidade, estes cenários são ponderados por probabilidades de ocorrência.
Análise Coletiva
Para os clientes não sujeitos a análise individual e os clientes analisados individualmente para os quais não sejam apuradas
perdas por imparidade, o Banco determina o valor realizável dos créditos com base num modelo de apuramento de perdas por
imparidade coletiva. A análise baseada num modelo coletivo consiste em apurar e reconhecer as perdas de crédito esperadas
dos instrumentos, avaliando um grupo ou subgrupo de instrumentos financeiros de acordo com metodologias e parâmetros de
risco estandardizados para um conjunto de clientes.
Os clientes-alvo de análise coletiva apresentam perfis de risco muito semelhantes entre si e características comuns relativa-
mente às operações de crédito em questão e, por isso, inserem-se em grupos de risco homogéneos.
Para efeitos de apuramento de perdas por imparidade coletiva, o Banco segmentou a sua carteira da seguinte forma:
O crédito concedido a empresas foi segmentado em termos de dimensão (grandes empresas, médias empresas e pequenas
empresas) e atividade económica (construção, indústria, comércio e reparações e outros setores).
A classificação entre grandes empresas, médias empresas e pequenas empresas foi efetuada com base nos seguintes critérios:
•• Grandes empresas aquelas que apresentavam um volume de negócios igual ou superior a 50.000 m.Euros, ou ativo líquido
igual ou superior a 43.000 m.Euros, ou financiamento bancário igual ou superior a 35.000 m.Euros ou capital social igual ou
superior a 10.750 m.Euros;
•• Médias empresas aquelas que apresentavam um volume de negócios igual ou superior a 1.000 m.Euros, ou ativo líquido igual
ou superior a 1.000 m.Euros, ou financiamento bancário igual ou superior a 800 m.Euros ou capital social igual ou superior a
250 m.Euros;
•• Pequenas empresas aquelas que apresentavam um volume de negócios ou ativo líquido inferior a 1.000 m.Euros.
O Banco considera no seu modelo de análise coletiva informação forward-looking. Neste sentido, o modelo de cálculo das
perdas por imparidade assenta em informação relativa à previsão de eventos futuros e de indicadores macroeconómicos. Os
dados macroeconómicos considerados pelo Banco são fornecidos pela Moody’s Analytics.
O modelo de análise coletiva baseia-se na estimativa dos fatores de risco para o momento atual e para o futuro e contempla o
valor temporal do dinheiro. Desta forma, a projeção das variáveis macroeconómicas e dos fatores de risco é realizada para um
período de 3 anos, seguido de um período de 2 anos de convergência. Estas projeções refletem uma estimativa do paradigma
económico para um período razoável de tempo, sendo que o período de convergência reflete o período para o qual se consi-
dera fiável estimar o impacto dos fatores macroeconómicos.
Os principais fatores de risco utilizados para a mensuração das perdas de crédito esperadas numa base coletiva, incluem as
seguintes variáveis:
A probabilidade de incumprimento (PD) corresponde à probabilidade de um contrato entrar em situação de default num deter-
minado horizonte temporal. Para a estimação das PD’s, o Banco implementou um modelo que permite estimar curvas de PD que
incorporam perspetivas de evolução macroeconómica futura (forward-looking), através (i) da análise histórica do comporta-
mento da carteira de crédito do Banco nos últimos 5 anos; (ii) da modelação macroeconómica com recurso a regressões lineares
múltiplas, que consiste na estimação, por segmento, de uma regressão linear múltipla entre a informação histórica das PD cro-
nológicas, apuradas a partir da carteira de crédito do Banco, e um conjunto de dados macroeconómicos históricos fornecidos
A perda dado o incumprimento (LGD) corresponde à perda que se espera que ocorra caso a exposição entre em incumprimen-
to. A metodologia do Banco de cálculo das LGD’s baseia-se em dados históricos dos fluxos de recuperação observados na
carteira do Banco nos últimos 5 anos.
A atualização dos fatores de risco (PD e LGD) é efetuada com uma periodicidade anual.
A exposição dado o incumprimento (EAD) corresponde à exposição esperada caso a exposição e/ou cliente entre em incum-
primento. Esta componente é relevante para os instrumentos financeiros que têm uma estrutura de amortização variável em
função da utilização do cliente.
Para garantias e compromissos assumidos, o valor da EAD considera a expectativa do valor potencial futuro que poderá ser utilizado.
Para os ativos classificados em stage 2, o Banco calcula as perdas de crédito esperadas tendo em consideração a probabili-
dade de ocorrência de um evento de default, ao longo do período de vida residual dos ativos. Para as operações renováveis, o
Banco considera um prazo residual de 24 meses e, em caso de ocorrência de um evento de default, um fator de conversão em
crédito de 90%. Estas variáveis foram determinadas através da realização de estudos comportamentais.
Apuramento de perdas por imparidade para títulos de dívida não associados a operações de crédito, aplicações em outras
Instituições de Crédito e disponibilidades
O cálculo das perdas por imparidade sobre os títulos de dívida não associados a operações de crédito e sobre as aplicações
em OIC’s é efetuado tendo por base as PD’s e LGD’s divulgadas pela Agência de notação de risco Moody’s, segmentadas de
acordo com a notação de rating atribuída a cada instrumento financeiro ou contraparte (sendo efetuado o paralelismo para
a notação de outra Agência igualmente reconhecida – S&P, Fitch ou DBRS – caso o emitente não tenha rating Moody’s). A
imparidade destes instrumentos financeiros é apurada com base nas perdas esperadas nos próximos 12 meses, ou nas perdas
esperadas que poderão ocorrer ao longo do período de vida residual do instrumento (lifetime), consoante o stage em que o
emitente/contraparte esteja classificado. As PD’s utilizadas são devidamente ajustadas tendo em conta o prazo residual dos
instrumentos (no caso de investimentos com maturidade inferior a 1 ano).
As entidades sem rating atribuído por uma Agência de notação de risco são sujeitas a análise individual de imparidade. Para as expo-
sições a entidades em que não sejam apuradas perdas em base individual, são calculadas perdas por imparidade em base coletiva,
considerando a PD e a LGD acumulada do segmento de grandes empresas apuradas no modelo de imparidade coletiva do Banco.
g) Passivos financeiros
No momento do seu reconhecimento inicial, os passivos financeiros são classificados numa das seguintes categorias:
Os passivos financeiros são registados na data de contratação pelo respetivo justo valor, deduzido de custos diretamente atri-
buíveis à transação.
Subsequentemente são valorizados pelo custo amortizado, sendo os juros, quando aplicável, reconhecidos de acordo com o
método da taxa efetiva.
Os juros associados a instrumentos financeiros derivados de negociação são classificados na rubrica “Resultados em operações
financeiras - ativos e passivos financeiros detidos para negociação”.
O justo valor dos derivados que não são transacionados em bolsa é estimado com base no montante que seria recebido ou
pago para liquidar o contrato na data em análise, considerando as condições de mercado vigentes, bem como a qualidade
creditícia das contrapartes.
O Banco procede ao desreconhecimento de passivos financeiros quando estes são cancelados ou extintos.
h) Reconhecimento de juros
Os resultados gerados pelos instrumentos financeiros ativos e passivos mensurados ao custo amortizado e pelos instrumen-
tos de dívida mensurados ao justo valor através de outro rendimento integral na denominação de juros são reconhecidos na
margem financeira, mais especificamente nas rubricas de “Juros e proveitos similares” ou “Juros e custos similares”. Os juros são
reconhecidos pelo método da taxa de juro efetiva.
A taxa de juro efetiva corresponde à taxa que desconta os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida
esperada do instrumento financeiro (ou, quando apropriado, por um período mais curto) para o valor líquido atual de balanço
do ativo ou passivo financeiro.
Para a determinação da taxa de juro efetiva, o Banco procede à estimativa dos fluxos de caixa futuros considerando todos os
termos contratuais do instrumento financeiro, não considerando eventuais perdas por imparidade. O cálculo inclui as comissões
pagas ou recebidas consideradas como parte integrante da taxa de juro efetiva, custos de transação e todos os prémios ou
descontos diretamente relacionados com a transação.
Os proveitos com juros reconhecidos em resultados associados a contratos classificados em stage 1 ou 2 são apurados apli-
cando a taxa de juro efetiva de cada contrato sobre o seu valor de balanço bruto. O valor de balanço bruto de um contrato é
o seu custo amortizado, antes da dedução da respetiva imparidade. Para os ativos financeiros incluídos no stage 3, os juros são
reconhecidos em resultados com base no seu valor de balanço líquido (deduzido de imparidade). O reconhecimento de juros é
realizado sempre de forma prospetiva, i.e. para ativos financeiros que entrem em stage 3 os juros são reconhecidos sobre o custo
amortizado (líquido de imparidade) nos períodos subsequentes.
Para ativos financeiros originados ou adquiridos em imparidade de crédito (POCIs) a taxa de juro efetiva reflete as perdas de
crédito esperadas na determinação dos fluxos de caixa futuros expectáveis a receber do ativo financeiro.
i) Contabilidade de cobertura
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o Banco tinha sete e seis derivados, respetivamente, para cobertura do risco de taxa de juro
de uma operação de crédito concedida a um cliente e de títulos em carteira com taxa de juro fixa, os quais apresentavam con-
dições simétricas às das operações (Nota 9). O Banco aplica contabilidade de cobertura quando se verificam cumulativamente
os requisitos da IFRS 9.
Os ganhos ou perdas resultantes da reavaliação dos derivados são reconhecidos em resultados (cobertura de justo valor),
sendo os ganhos ou perdas resultantes da variação do justo valor do elemento coberto igualmente reconhecidos em resultados.
Estes ativos são registados pelo valor de aquisição definido no âmbito de processos de execução judicial ou adjudicação fiscal,
pelo valor constante do contrato de dação em pagamento ou pelo valor de venda imediata resultante de avaliação a preços de
mercado, caso este seja inferior. Os bens recuperados na sequência da rescisão de contratos de locação financeira são registados
no ativo pelo valor do capital em dívida à data da rescisão do contrato.
Adicionalmente, são registados nesta rubrica os imóveis de serviço próprio do Banco que se encontram em processo de venda.
Estes ativos são transferidos pelo seu valor contabilístico de acordo com a IAS 16 (custo de aquisição, líquido de amortizações
e perdas por imparidade), sendo igualmente objeto de avaliações periódicas para apuramento de eventuais perdas por
imparidade.
O Banco ao utilizar o expediente prático disponível na transição para a IFRS 16 reconheceu um passivo pelo valor presente dos
pagamentos futuros, utilizando uma taxa de juro incremental à data inicial de aplicação do normativo e o direito de uso do ativo
subjacente pelo montante do passivo da locação.
•• Não contabilização do passivo de locação e respetivo direito de uso em operações em que o contrato de locação, tenha uma
maturidade não superior a 12 meses – locações de curto-prazo;
•• Não contabilização do passivo de locação e respetivo direito de uso em operações em que o valor do ativo subjacente ao
contrato de locação, individualmente e no seu estado em novo, tenha um valor inferior a 5 m.Euros – locações de baixo-valor;
•• Não inclusão dos custos diretos iniciais incorridos no cálculo do direito de uso associado à locação;
•• Recurso a uma taxa de desconto incremental, apurada por tipologia de ativo subjacente ao contrato de locação;
•• Para as locações que foram classificadas como locações financeiras de acordo com a IAS 17, o montante contabilístico dos
ativos sob direito de uso, e o passivo da locação, a 1 de janeiro de 2019, foram determinados ao valor contabilístico do ativo
da locação e passivo da locação de acordo com a IAS 17, imediatamente antes da referida data.
b) No Balanço:
i. Registo em outros ativos tangíveis, pelo reconhecimento dos ativos sob direito de uso (Nota 11);
ii. Registo em outros passivos pelo valor dos passivos de locação reconhecidos (Nota 18).
Aquando do início de um contrato, o Banco avalia se este é, ou contém, uma locação. Para que o referido contrato seja consi-
derado como uma locação, o mesmo deverá verificar cumulativamente as seguintes condições:
Como locador
Face à anterior IAS 17, na perspetiva do locador as alterações não foram substanciais, continuando o locador a classificar as
operações de locação entre financeiras e operacionais com base na avaliação quanto à transferência, ou não, dos riscos e
benefícios inerentes à propriedade do ativo subjacente.
Para classificar cada locação, o Banco avalia globalmente se a mesma transfere substancialmente todos os riscos e benefí-
cios inerentes à propriedade do ativo subjacente. Se for esse o caso, a locação é financeira; se não, trata-se de uma locação
operacional. Como parte dessa avaliação, o Banco considera diversos indicadores, entre os quais se a locação compreende a
maior parte da vida económica do ativo.
Na IFRS 16 são definidos um conjunto de requisitos, nomeadamente quanto à classificação e mensuração de operações de lo-
cação numa ótica do locatário. Enquanto locatário, o Banco procede ao registo de um passivo de locação e um ativo de direito
de uso na data de início da respetiva operação:
•• Passivo de locação: é determinado, na data de início do respetivo contrato, pelo valor presente das rendas futuras a incorrer com
o contrato, descontando estes pagamentos pela taxa de desconto implícita no contrato, caso a mesma seja determinável. Nos
casos em que a taxa implícita não esteja disponível, ou não possa ser mensurada, é utilizada uma taxa de desconto incremental.
i) pagamentos fixos;
ii) pagamentos variáveis dependentes de um índice ou taxa (caso os pagamentos considerados variáveis não dependam de
um índice ou taxa, os mesmos são reconhecidos na demonstração de resultados no momento em que são incorridos);
iii) os valores expectáveis a serem pagos sob uma garantia de valor residual;
iv) os pagamentos relativos ao exercício da opção de compra, da renovação opcional ou da rescisão antecipada, caso seja
razoavelmente certo que o Banco irá exercer alguma destas opções.
O passivo de locação, após o seu reconhecimento inicial, é mensurado pelo custo amortizado usando o método de taxa de juro
efetiva, sendo remensurado sempre que ocorra a alteração de uma das seguintes variáveis:
i) alteração do valor dos pagamentos variáveis dependentes de um índice ou taxa (unicamente para o período em questão);
ii) lteração da avaliação quanto à decisão de exercer, ou não, a opção de compra, extensão ou rescisão sobre o ativo subjacente;
a
iii) alteração do valor residual do ativo; ou
iv) alteração do termo do contrato. Caso se verifique uma alteração do prazo do contrato ou uma alteração da avaliação do
exercício da opção de compra, extensão e rescisão (pontos (ii) e (iv)), uma nova taxa de desconto é apurada para a remen-
suração do passivo.
Quando o passivo de locação é reavaliado, a respetiva diferença proveniente da reavaliação é efetuada por contrapartida do
ativo de direito de uso, ou é registada em resultados se o valor contabilístico do ativo de direito de uso tiver sido reduzido para zero.
•• Ativo de direito de uso – No que respeita ao direito de uso o mesmo é mensurado inicialmente ao custo, correspondendo ao
valor inicial do passivo de locação, ajustado por eventuais pagamentos ocorridos até a data de início, adicionado de quaisquer
custos diretos iniciais incorridos e uma estimativa de custos a incorrer no termo do contrato (desmontar, remover ou restaurar o
ativo subjacente ou local no qual o mesmo está localizado), e subtraído de quaisquer incentivos de locação recebidos.
Posteriormente, o ativo de direito de uso é depreciado usando o método linear, desde a data de início até ao fim da vida útil
do ativo de direito de uso, ou o término do prazo da locação. Adicionalmente, o ativo do direito de uso é ajustado caso seja
efetuadas remensurações ao passivo de locação. Periodicamente, o Banco realiza testes de imparidade aos seus ativos de
direito de uso, reduzindo o seu valor em situações de perdas por imparidade.
Sublocação
Num contrato de sublocação o locatário transfere o direito de usar o ativo subjacente, ou parte dele, a um terceiro. A operação
ocorre num período posterior à locação inicial, tornando-se o locatário num locador intermediário.
O locador intermediário avalia a classificação de locação de uma sublocação com referência ao ativo de direito de uso pro-
veniente da locação principal, e não com referência ao ativo subjacente, devendo a locação principal e a sublocação ser
contabilizadas independentemente.
Se um acordo contiver tanto componentes de locação como de não-locação, o Banco aplica a IFRS 15 para alocar os mon-
tantes contratuais.
As locações financeiras compreendem as operações em que, substancialmente, todos os riscos e vantagens que recaem sobre o
bem objeto de locação se transferem para o locatário.
As operações em que o Banco intervém como locador são registadas como financiamento concedido na rubrica do balanço "Ativos
financeiros ao custo amortizado" pelo valor resultante da soma dos valores atuais dos fluxos a receber do locatário. Estes fluxos incor-
poram o preço de exercício da opção de compra a favor do locatário no vencimento do contrato, nos casos em que o preço de exer-
cício seja suficientemente inferior ao justo valor do bem na data de vencimento da opção, de modo que seja provável que vá exercer.
Nas operações em que intervém como locatário, o custo dos ativos arrendados é registado nas respetivas rubricas do balanço, de
acordo com a natureza do bem, e, simultaneamente, é registado um passivo pelo mesmo valor, que será o menor entre o justo valor
do bem arrendado e a soma dos valores atuais a pagar ao locador acrescido, se for o caso, do preço de exercício da opção.
Estes ativos são amortizados utilizando os mesmos critérios que para os restantes ativos tangíveis de uso próprio.
Tanto os proveitos financeiros quando se atua como locador, como os gastos financeiros quando se atua como locatário são regis-
tados na demonstração de resultados nas rubricas "Receitas de juros" e "Despesas com juros", respetivamente.
Locações operacionais
As locações operacionais compreendem as operações em que, substancialmente, todos os riscos e vantagens que recaem sobre o
bem objeto de arrendamento e também a sua propriedade, se mantém no locador.
Nas operações em que o Banco intervém como locatário, os custos com estes contratos são registados na rubrica “Outras despesas
administrativas” da conta de resultados.
As amortizações são calculadas numa base sistemática ao longo da vida útil estimada do bem, a qual corresponde ao período em
que se espera que o ativo esteja disponível para uso, que é:
As despesas com obras e beneficiações em imóveis ocupados pelo Banco como locatário em regime de locação operacional são
capitalizadas nesta rubrica e amortizadas, em média, ao longo de um período de 10 anos.
Os ativos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.
As amortizações são registadas numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos ativos, a qual corresponde a um período
de 3 anos.
As despesas com manutenção de software são contabilizadas como custo no exercício em que são incorridas.
O EuroBic está sujeito ao regime geral de IRC consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (Código do IRC).
Os impostos sobre lucros (correntes ou diferidos) são refletidos nos resultados do exercício, exceto nos casos em que as transações
que os originaram tenham sido refletidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de ativos finan-
ceiros ao justo valor através de outro rendimento integral). Nestas situações, o correspondente imposto é igualmente refletido por
contrapartida de capital próprio, não afetando o resultado do exercício.
O imposto corrente é calculado com base no lucro tributável do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajusta-
mentos resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos
contabilísticos, bem como de ajustamentos resultantes de variações patrimoniais positivas e/ou negativas não refletidas no resulta-
do contabilístico, às quais deva ser dada relevância fiscal em conformidade com a legislação fiscal aplicável. O cálculo do imposto
corrente tem igualmente em consideração as tributações autónomas devidas no exercício.
•• A taxa de IRC para os exercícios de 2019 e 2018 cifrada em 21% sobre a matéria coletável. A este valor acresce a Derrama Muni-
cipal prevista na Lei das Finanças Locais (taxa máxima de 1,5%), bem como a Derrama Estadual, ambas aplicáveis sobre o lucro
tributável apurado no exercício;
•• A Derrama Estadual, introduzida pela Lei n.° 12 – A/2010, de 30 de Junho, é devida pelos sujeitos passivos que apurem um lucro
tributável sujeito e não isento de IRC superior a 1.500 m.Euros, de acordo com os seguintes escalões do lucro tributável:
As autoridades fiscais têm a possibilidade de rever a situação fiscal do Banco durante um período de 4 anos, exceto nos casos de
utilização de prejuízos fiscais reportáveis, em que o prazo de caducidade é o do exercício desse direito, podendo resultar devido a
diferentes interpretações da legislação eventuais correções ao resultado fiscal dos exercícios em aberto para inspeção tributária.
Os exercícios dos anos de 2016 a 2019 ainda não foram inspecionados pelas autoridades fiscais.
Os prejuízos fiscais reportáveis podem ser deduzidos aos lucros tributáveis futuros dentro dos respetivos prazos de reporte, com o
limite de 70% do lucro tributável, sem prejuízo de a parte não deduzida poder ser reportada dentro dos prazos previstos na lei.
O prazo de reporte dos prejuízos fiscais é de 5 anos desde 2012, com exceção dos exercícios compreendidos entre 2014 e 2016 em
que foi de 12 anos.
Com a publicação do Aviso n.° 5/2015 do Banco de Portugal, o Banco passou a elaborar as Demonstrações Financeiras de acordo
com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), tal como adotadas, em cada momento, por Regulamento da União
Europeia e respeitando a estrutura conceptual para a preparação e apresentação de Demonstrações Financeiras que enquadra
aquelas normas.
A publicação desta norma veio também revogar o Aviso n.° 3/95 do Banco de Portugal e por conseguinte, o Banco passou a estar
sujeito ao registo de perdas por imparidade calculadas de acordo com os requisitos previstos nas Normas Internacionais de Relato
Financeiro IAS 39, até 31 de dezembro de 2017 e IFRS 9 a partir de 1 de janeiro de 2018, em detrimento do registo de provisões para
risco específico de crédito, provisões para riscos gerais de crédito e provisões para risco-país.
O Decreto Regulamentar n.° 13/2018, de 28 de dezembro, veio estabelecer o regime fiscal das imparidades para o ano de 2018, man-
tendo-se o critério de dedução fiscal das imparidades de crédito até aos limites mínimos previstos pelo revogado Aviso n.° 3/95 do
Banco de Portugal, bem como a restrição à dedução fiscal de imparidades sobre créditos cobertos por direitos reais sobre imóveis.
Em 2018, o Banco procedeu à adoção da IFRS 9 – Instrumentos Financeiros, sendo que relativamente a esta matéria não existe um
regime transitório que estabeleça o tratamento fiscal a conferir aos ajustamentos de transição para a nova norma, pelo que o tra-
tamento conferido resultou da interpretação do Banco da aplicação das regras gerais do Código do IRC.
O novo regime apenas elenca as seguintes exceções específicas à dedutibilidade das referidas perdas por imparidade
•• Créditos e outros direitos sobre pessoas singulares ou coletivas que detenham, direta ou indiretamente, mais de 10% do capital
do sujeito passivo ou sobre membros dos seus órgãos sociais (salvo nos casos em que o devedor tenha pendente processo de
execução, processo de insolvência, processo especial de revitalização ou procedimento de recuperação de empresas por via
extrajudicial ao abrigo do Sistema de Recuperação de Empresa por Via Extrajudicial (SIREVE), aprovado pelo Decreto-Lei n.°
17/2012, de 3 de agosto, ou os créditos tenham sido reclamados judicialmente ou em tribunal arbitral);
•• Créditos e outros direitos sobre Sociedades nas quais o sujeito passivo detenha, direta ou indiretamente, mais de 10% do capital
ou sobre entidades com as quais se encontre numa situação de relações especiais nos termos das alíneas a) a g) do n.° 4 do
artigo 63.° do Código do IRC, que tenham sido concedidos em momento posterior ao da aquisição da participação ou verifica-
ção da condição da qual resulta a situação de relações especiais, salvo nos casos referidos no ponto anterior.
Até ao final do ano de 2023 continuarão a ser aplicadas as regras em vigor até 2018, salvo se for exercida antecipadamente a opção
pela aplicação do novo regime. O Banco optou desde já pela aplicação do novo regime.
Por outro lado, com a publicação da Lei n.° 55 - A/2010, de 31 de dezembro, o Banco passou a estar abrangido pelo regime de con-
tribuição sobre o setor bancário. A contribuição sobre o setor bancário incide sobre
a) O passivo representativo de dívidas para com terceiros, apurado e aprovado pelos sujeitos passivos, deduzido dos elementos do
passivo que integram os fundos próprios e dos depósitos abrangidos pelo Fundo de Garantia de Depósitos. Ao passivo apurado
são deduzidos:
i. Elementos que, segundo as normas de contabilidade aplicáveis, sejam reconhecidos como capitais próprios;
ii. Passivos associados ao reconhecimento de responsabilidades por planos de benefício definido;
iii. Passivos por provisões;
iv. Passivos resultantes da reavaliação de instrumentos financeiros derivados;
v. Receitas com rendimento diferido, sem consideração das referentes as operações passivas;
vi. Passivos por ativos não desreconhecidos em operações de titularização;
vii. Outros passivos tratados, para efeitos prudenciais, como fundos próprios complementares (Tier 2).
b) O valor nocional dos instrumentos financeiros derivados fora do balanço apurado pelos sujeitos passivos, com exceção dos ins-
trumentos financeiros derivados de cobertura ou cuja posição em risco se compensa mutuamente.
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, as taxas aplicáveis às bases de incidência definidas pelas alíneas a) e b) anteriores eram 0,110%
e 0,00030%, respetivamente, em função do valor apurado, conforme previsto nos números 1 e 2 do artigo 5.° da Portaria n.° 121/2011,
de 30 de março, alteradas pela Portaria n.° 176-A/2015 de 12 de junho e Portaria n.° 165-A/2016, de 14 de junho.
Impostos diferidos
Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar/pagar em períodos futuros resultante de diferenças tem-
porárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos ativos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do
lucro tributável.
Os passivos por impostos diferidos são registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos di-
feridos ativos só são reconhecidos até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a
utilização das correspondentes diferenças temporárias dedutíveis.
Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das
diferenças temporárias, as quais correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço.
Em 31 de dezembro de 2019, a taxa de impostos utilizada pelo Banco no apuramento e registo de impostos diferidos foi de 26,05%
(22,5% em 2018), a qual incorpora uma taxa de Derrama Estadual média de 3,55%. No exercício de 2019, o Banco apurou prejuízo
fiscal, tendo calculado imposto diferido ativo com base na taxa nominal de imposto de 21%.
O Banco tem registado ativos por impostos diferidos por prejuízos fiscais reportáveis e diferenças temporárias dedutíveis, até ao
montante que entende ser recuperável em função dos estudos de que dispõe e que demonstram a probabilidade de obtenção de
lucros fiscais no futuro (Nota 12).
Caso não seja provável o futuro dispêndio de recursos, trata-se de um passivo contingente. Os passivos contingentes são apenas
objeto de divulgação, a menos que a possibilidade da sua concretização seja remota.
As provisões para outros riscos e encargos destinam-se a fazer face a contingências diversas do Banco, nomeadamente a proces-
sos judiciais em curso e outros riscos específicos decorrentes da sua atividade (Nota 17).
A assistência médica aos empregados no ativo e pensionistas do Banco está a cargo do Serviço de Assistência Médico-Social
(SAMS). As contribuições obrigatórias para os SAMS, a cargo do Banco, correspondem a 6,5% do total das retribuições efetivas dos
trabalhadores no ativo, incluindo, entre outras, o subsídio de férias e o subsídio de Natal.
De acordo com o estabelecido no Acordo de Empresa, o Banco assumiu o compromisso de atribuir aos colaboradores no ativo que
completem 15, 25 e 30 anos de bom e efetivo serviço, um prémio de antiguidade de valor igual, respetivamente, a 1, 2 e 3 meses da
sua retribuição mensal efetiva, respetivamente. Para efeito, são considerados os anos de serviço prestados no setor bancário.
Adicionalmente, é pago um prémio aos trabalhadores que se encontrem numa situação de passagem à situação de invalidez ou invali-
dez presumível de valor proporcional àquele de que beneficiaria se continuasse ao serviço até reunir os pressupostos do escalão seguinte.
Aplicação da IAS 19
As responsabilidades com benefícios dos empregados são reconhecidas de acordo com os princípios estabelecidos pela Norma
IAS 19 – “Benefícios aos empregados”.
Nos termos da Norma IAS 19 – “Benefícios aos empregados”, o Banco regista na rubrica de “Custos com pessoal” da demonstração
dos resultados o custo dos serviços correntes e o custo dos juros (Nota 29).
Os ganhos e perdas atuariais resultantes das diferenças entre os pressupostos atuariais utilizados e os valores efetivamente veri-
ficados (ganhos e perdas de experiência), bem como as alterações de pressupostos atuariais e financeiros são reconhecidos por
contrapartida da demonstração do outro rendimento integral, no que se refere às responsabilidades com encargos de saúde e da
demonstração dos resultados na rubrica de “Custos com pessoal” relativamente às responsabilidades com prémios de antiguidade.
As responsabilidades com encargos com saúde e prémios de antiguidade são calculadas por peritos externos (Willis Towers Wat-
son), com base no método “Projected Unit Credit”. Os pressupostos atuariais (financeiros e demográficos) têm por base expetativas
para o crescimento dos salários e das pensões e baseiam-se em tábuas de mortalidade que se consideram adequadas à popula-
ção do Banco. A taxa de desconto é determinada com base em taxas de mercado de obrigações de empresas de bom risco e de
prazo semelhante ao da liquidação das responsabilidades.
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, as responsabilidades com encargos de saúde e prémios de antiguidade são registadas na rubri-
ca “Outros passivos - Encargos a pagar – Responsabilidades com benefícios de longo prazo” (Nota 18).
Benefícios pós-emprego
Os colaboradores admitidos no Banco estão inscritos na Segurança Social, estando abrangidos por um plano de pensões comple-
mentar de contribuição definida ao abrigo da cláusula 114.° do Acordo de Empresa. O referido plano é financiado através de con-
tribuições dos colaboradores (1,5%) e do Banco (1,5%) sobre o valor da retribuição mensal efetiva. Para este efeito, cada colaborador
pode optar por um fundo de pensões aberto à sua escolha.
Os benefícios de curto prazo, incluindo uma eventual participação nos lucros a pagar aos colaboradores, são refletidos em “Custos
com pessoal” no período a que respeitam, de acordo com o princípio da especialização de exercícios.
As comissões por serviços prestados são normalmente reconhecidas como proveito ao longo do período de prestação do serviço ou
de uma só vez, se corresponderem à compensação pela execução de atos únicos.
O Banco não efetua a cobrança de prémios de seguro por conta das seguradoras, nem efetua a movimentação de fundos relativos
a contratos de seguros.
Determinação de perdas por imparidade para ativos financeiros mensurados ao custo amortizado e
instrumentos de dívida mensurados ao justo valor através de outro rendimento integral.
As perdas por imparidade são determinadas com base em fluxos de caixa esperados e estimativas do valor a recuperar de acordo
com a metodologia definida na Nota 2.5. a). A imparidade é determinada em base individual para as entidades que apresentam
responsabilidades perante o Banco de montante significativo ou determinadas características que possam implicar um maior risco
de incobrabilidade, tendo por base o julgamento do Banco quanto à situação económica e financeira dos seus clientes e a estima-
tiva do valor das garantias recebidas em colateral. A determinação da imparidade para as restantes operações é efetuada através
de um modelo coletivo de apuramento de perdas por imparidade que tem em consideração as características das operações, valor
dos colaterais, classificação das exposições creditícias em “stages” e parâmetros de risco, como a probabilidade de incumprimento
e taxas de perda após incumprimento (“loss given default”).
O Banco considera que as perdas por imparidade, determinadas com base na metodologia referida na Nota 2.5. f) refletem ade-
quadamente o risco associado à sua carteira de ativos financeiros ao custo amortizado e instrumentos de dívida ao justo valor
através de outro rendimento integral.
Conforme referido na Nota 2.13., as responsabilidades do Banco por benefícios pós-emprego e outros benefícios de longo prazo con-
cedidos aos seus empregados são determinadas com base em avaliações atuariais. Estas avaliações atuariais incorporam pressupos-
tos atuariais relativos a mortalidade, invalidez, crescimentos salariais e de pensões, taxa de desconto, entre outros. Os pressupostos
adotados correspondem à melhor estimativa do Banco e dos seus atuários do comportamento futuro das respetivas variáveis.
O reconhecimento de impostos diferidos ativos pressupõe a existência de resultados e de matéria coletável futura. Desta forma, o
Banco tem registado ativos por impostos diferidos por diferenças temporárias dedutíveis, até ao montante que entende ser recupe-
rável em função dos estudos de que dispõe e que demonstram a probabilidade de obtenção de lucros fiscais no futuro (Nota 2.11.).
Adicionalmente, os impostos diferidos ativos e passivos foram determinados com base na interpretação da legislação fiscal atual.
Deste modo, alterações na legislação fiscal ou na sua interpretação por parte das autoridades competentes podem ter impacto no
valor dos impostos diferidos.
O desfecho dos processos judiciais em curso, bem como a respetiva necessidade de constituição de provisões, é estimado tendo por
base a opinião dos advogados/consultores legais do Banco e as decisões até à data dos tribunais, os quais no entanto poderão
vir a não se concretizar.
Em 31 de dezembro de 2019 existe um conjunto de processos judiciais interpostos contra o Banco, tendo sido registado provisões nos
casos em que, com base na opinião dos advogados/consultores legais do Banco e as decisões até à data dos tribunais, se concluiu
que a probabilidade de perda era superior à probabilidade de ganho.
Relativamente a contingências que poderão resultar de processos potenciais, ainda não conhecidos, de natureza vária (ex. legal,
contraordenacional ou regulamentar, fiscal ou outras), é realizada uma avaliação pela gestão sobre o potencial destes riscos ou
contingências se virem a materializar, e, consequentemente é avaliada a respetiva necessidade de constituição de provisões.
Neste âmbito, relativamente aos potenciais efeitos da investigação realizada pelo consórcio internacional de jornalistas denomi-
nada por “Luanda Leaks” (ver nota 38), designadamente no que se refere às operações de transferência ordenadas pela Sonangol,
o Banco tomou a decisão de comunicar toda a informação ao Banco de Portugal e de realizar uma ação de averiguação interna,
tendo-se concluído que os pagamentos respeitaram os procedimentos legais e regulamentares formalmente aplicáveis no âmbito
da regular relação comercial existente entre este Banco e a Sonangol.
Por outro lado, de acordo com informação tornada pública encontra-se em curso uma ação de inspeção do Banco de Portugal sobre
os procedimentos implementados pelo Banco em matéria de prevenção do branqueamento de capitais e financiamento do terroris-
mo, incluindo o estado de implementação de um conjunto de determinações específicas e recomendações nesta matéria emitidas
no âmbito de uma ação inspetiva realizada em 2015. No âmbito da ação de inspeção em curso, estão igualmente a ser analisadas as
transações referidas no parágrafo anterior. Até à data, o Banco não foi notificado dos resultados desta ação de inspeção.
Com base em toda a informação disponível à data atual, tendo em conta o enfoque dado pelo Conselho de Administração em matéria
de prevenção do branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo, consubstanciado nos investimentos efetuados ao longo dos
últimos três anos bem como no reforço dos procedimentos que o Banco tem implementados sobre estas matérias, este considerou que
tendo em consideração os requisitos previstos na Norma Internacional de Contabilidade 37 – “Provisões, Passivos Contingentes e Ativos
Contingentes”, não era aplicável o registo de provisões nas Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2019 para eventuais contin-
gências decorrentes de contraordenações que possam vir a ser aplicadas ao Banco relacionadas com as matérias acima mencionadas.
As reservas mínimas efetivamente constituídas são remuneradas, durante o período de manutenção, à média da taxa marginal de
colocação (ponderada de acordo com o número de dias de calendário) das operações principais de refinanciamento do Eurosistema.
O valor das reservas mínimas a cumprir por cada instituição é determinado a partir da aplicação dos coeficientes de reservas à base
de incidência, a qual resulta do somatório de um subconjunto de rubricas do passivo do seu balanço. As responsabilidades de prazo
igual ou inferior a 2 anos estão sujeitas ao coeficiente de 1%, sendo este de 0% para as restantes.
No dia 12 de setembro de 2019, o Conselho de Governadores do BCE tomou um conjunto de decisões de política monetária entre as
quais se destaca a introdução de um sistema de dois níveis para a remuneração de reservas, em que parte das reservas em excesso
ficam isentas de remuneração negativa. Este novo sistema entrou em vigor no período de reservas que teve início em 30 de outubro,
sendo que a isenção de remuneração negativa é aplicável a um coeficiente (múltiplo) do requisito de reservas mínimas de caixa ao
qual se adiciona o valor das reservas mínimas.
Estas alterações conduziram à Decisão BCE/2019/1743 de 15 de outubro de 2019 que veio reformular a Decisão BCE/2014/23 rela-
tiva à remuneração de reservas excedentárias e de determinados depósitos. O BCE fixou em seis o coeficiente inicial das reservas
obrigatórias das instituições a ser utilizado no cálculo da componente isenta de remuneração negativa. As restantes reservas exce-
dentárias mantêm-se remuneradas à taxa de zero por cento ou à taxa de juro da facilidade permanente de depósito, consoante a
que for mais baixa (atualmente taxa negativa de 0,50%).
Em dezembro de 2019, o saldo médio dos depósitos à ordem no Banco de Portugal foi de cerca de 581 milhões de Euros remunerado a
uma taxa de -0,12% comparando com um saldo médio de cerca de 366 milhões de Euros remunerados a uma taxa de -0,33% em 2018.
Os cheques a cobrar correspondem a cheques sobre clientes de outros Bancos enviados para compensação. Estes valores são co-
brados nos primeiros dias do exercício subsequente, geralmente não permanecem nesta conta por mais de um dia útil.
'19
Ativos financeiros não detidos para
Ativos e Passivos financeiros
negociação obrigatoriamente ao Total
detidos para negociação
justo valor através de resultados
INSTRUMENTOS DE DÍVIDA
De residentes
Dívida subordinada - 23.583 23.583
De não residentes
Dívida subordinada - 15.994 15.994
- 39.577 39.577
UNIDADES DE PARTICIPAÇÃO
De residentes - 20.604 20.604
De não residentes - 6.282 6.282
- 26.886 26.886
OUTROS INSTRUMENTOS
De não residentes 4.472 4,472
- 70.935 70.935
INSTRUMENTOS DERIVADOS (NOTA 9)
Com justo valor positivo 236 - 236
Com justo valor negativo (275) - (275)
(39) - (39)
(39) 70.935 70.896
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o detalhe dos instrumentos de dívida classificados nesta rubrica é o seguinte:
'19
Valor Justo Juros Valor de
Descrição Cotação
Nominal Valor Acrescidos Balanço
INSTRUMENTOS DE DÍVIDA
De residentes - Dívida subordinada
CGXD 10.75 PERP - CAIXA GERAL DE DEP 20.000 117,92 23.583 - 23.583
De não residentes - Dívida subordinada
SANTAN 6 1/4 PERP - BANCO SANTANDER S.A. 15.000 106,28 15.942 52 15.994
39.577
'18
Valor Justo Juros Valor de
Descrição Cotação
Nominal Valor Acrescidos Balanço
INSTRUMENTOS DE DÍVIDA
De residentes - Dívida subordinada
CGXD 10.75 PERP - CAIXA GERAL DE DEP 20.000 109,11 21.822 54 21.876
De não residentes - Dívida subordinada
SANTAN 6 1/4 PERP - BANCO SANTANDER S.A. 15.000 98,07 14.710 52 14.762
36.638
'19
Montante
Natureza Moeda Quantidade Cotação
(USD/EUR)
EuroBic Brasil USD 33.453 139,59 4.670
EuroBic Obrigações Global USD 8.043 136,83 1.101
EuroBic Tesouraria – Categoria B USD 57.378 8,21 471
6.242
CONTRAVALOR EM EUROS 5.556
EuroBic Tesouraria – Categoria A EUR 1.642.110 5,88
EuroBic Obrigações Global EUR 61.479 86,25 9.647
EuroBic Seleção TOP EUR 500.000 9,93 5.303
EuroBic Investimento EUR 125.000 11,31 4.967
21.330
26.886
'18
Montante
Natureza Moeda Quantidade Cotação
(USD/EUR)
EuroBic Brasil USD 50.180 119,78 6.010
EuroBic Obrigações Global USD 12.065 126,39 1.525
EuroBic Tesouraria – Categoria B USD 172.134 8,02 1.381
8.916
CONTRAVALOR EM EUROS 7.787
EuroBic Tesouraria – Categoria A EUR 1.642.110 5,84 9.595
EuroBic Obrigações Global EUR 92.218 81,90 7.553
EuroBic Seleção TOP EUR 500.000 9,97 4.983
EuroBic Investimento EUR 125.000 10,63 1.328
23.459
31.246
Em 31 de dezembro de 2019, os outros instrumentos de não residentes correspondem a ações preferenciais da Visa Inc. (series C). No
exercício de 2019, estes instrumentos foram reclassificados de “Ativos ao justo valor através de outro rendimento integral” (Nota 5)
para “Ativos financeiros não detidos para negociação obrigatoriamente ao justo valor através dos resultados”.
'19 '18
Total Total
INSTRUMENTOS DE DÍVIDA
De residentes
De dívida pública 208.358 274.703
De outros residentes
Dívida não subordinada 19.869 20.828
De não residentes
De outros não residentes
Dívida não subordinada 31.813 56.314
INSTRUMENTOS DE CAPITAL
De residentes 2.353 2.348
De não residentes 31 3.112
262.424 357.305
Em junho de 2018, o Banco vendeu 178.775 m.Euros de títulos de dívida pública portuguesa. Esta venda gerou um ganho, antes de
impostos, de 21.195 m.Euros reconhecido na rubrica “Resultados em operações financeiras – Ganhos em ativos financeiros pelo justo
valor através de outro rendimento integral – Em instrumentos de dívida” (Nota 24).
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a rubrica “Outro rendimento integral” apresenta a seguinte composição (Nota 20):
'19 '18
VALIAS POTENCIAIS
Instrumentos de dívida (6.826) (1.272)
Instrumentos de capital 86 1.267
(6.740) (5)
Imparidade 19.619 20.027
12.879 20.022
Efeito fiscal (Nota 12) (3.355) (4.505)
9.524 15.517
'19
OUTRO RENDIMENTO INTEGRAL
ACUMULADO (NOTA 20)
Outras rubricas
Custo de Juros Valor de
Valias Imparidade Total de capital
aquisição a receber balanço
próprio (Nota 17)
INSTRUMENTOS DE DÍVIDA
De residentes
De dívida pública
O.T.-Abril 155.901 4.160 4.891 343 5.234 (343) 164.952
O.T. PGB 4.8% 06/15/20 24.154 626 16 27 443 (27) 25.196
O.T. PGB 5.65% 02/15/2024 8.384 395 1.527 19 1.546 (19) 10.306
O.T. PGB 5.125% 10/15/2024 4.469 48 517 10 527 (10) 5.034
O.T. PGB 3.875% 02/15/30 2.093 71 06 5 711 (5) 2.870
95.001 5.300 8.057 404 8.461 (404) 208.358
De outros residentes
Dívida não subordinada
GALPPL3 01/14/21 8.001 231 246 180 426 (180) 8.478
PARPUBLICA - PARPUB3 0.75 07/21 4.992 93 291 5 296 (5) 5.376
Banco Espírito Santo - BESPL 4 8.499 - (6.322) 7.557 1.235 (7.557) 2.177
BESPL 2 .625 05/17 8.000 - (6.039) 7.114 1.075 (7.114) 1.961
BRISA CONCESSAO 2014-2021 1.499 44 73 2 75 (2) 1.616
BESPL 4% 21/01/19 1.500 - (1.239) 1.332 93 (1.332) 261
32.491 368 (12.990) 16.190 3.200 (16.190) 19.869
De outros residentes
Dívida subordinada
EDP FINANCE BV - ELEPOR 5.25% 01/21 11.147 269 318 11 329 (11) 11.734
ELEPOR 4 7/8% 14/09/20 9.991 144 360 8 368 (8) 10.495
ELEPOR 2 5/8% 01/22 4.990 125 276 5 281 (5) 5.391
REN FINANCE 4.75 10/16/2020 4.001 39 151 3 154 (3) 4.191
ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP 3.000 - (2.998) 2.998 - (2.998) 2
33.129 577 (1.893) 3.025 1.132 (3.025) 31.813
INSTRUMENTOS DE CAPITAL
De residentes
Valorizados ao justo valor
SIBS 2.257 - 86 - 86 - 2.343
Portugal Capital Ventures - SCR. S.A 5 - - - - - 5
Norgarante - Sociedade de Garantia
3 - - - - - 3
Mútua, S.A.
Garval - Sociedade de Garantia Mútua, S.A. 1 - - - - - 1
Lisgarante - Sociedade de Garantia
1 - - - - - 1
Mútua, S.A.
2.267 - 86 - 86 - 2.353
De não residentes
Valorizados ao justo valor
SWIFT 31 - - - - - 31
262.919 6.245 (6.740) 19.619 12.879 (19.619) 262.424
INSTRUMENTOS DE DÍVIDA
De residentes
De dívida pública
O.T.-Abril 158.848 4.171 7.326 486 7.812 (486) 170.345
O.T. PGB 4.75% 06/14/19 57.651 1.497 1.186 94 1.280 (94) 60.334
O.T. PGB 4.8% 06/15/20 24.487 628 1.309 78 1.387 (78) 26.424
O.T. PGB 5.65% 02/15/2024 8.477 395 1.543 26 1.569 (26) 10.415
O.T. PGB 5.125% 10/15/2024 4.390 47 180 14 194 (14) 4.617
O.T. PGB 3.875% 02/15/30 2.092 71 405 7 412 (7) 2.568
255.945 6.809 11.949 705 12.654 (705) 274.703
De outros residentes
Dívida não subordinada
GALPPL3 01/14/21 8.004 231 245 180 425 (180) 8.480
PARPUBLICA - PARPUB3 0.75 07/21 4.988 92 429 5 434 (5) 5.509
Banco Espírito Santo - BESPL 4 8.499 - (6.066) 7.557 1.491 (7.557) 2.433
BESPL 2 .625 05/17 8.000 - (5.674) 7.114 1.440 (7.114) 2.326
BRISA CONCESSAO 2014-2021 1.499 44 119 2 121 (2) 1.662
BESPL 4% 21/01/19 1.500 - (1.082) 1.332 250 (1.332) 418
32.490 367 (12.029) 16.190 4.161 (16.190) 20.828
De outros residentes
Dívida subordinada
ELEPOR 4.9 10/19 13.361 162 90 12 102 (12) 13.613
EDP FINANCE BV - ELEPOR 5.25% 01/21 10.955 264 216 12 228 (12) 11.435
ELEPOR 4 7/8% 14/09/20 9.979 144 829 11 840 (11) 10.952
EDP FINANCE BV - ELEPOR 2.625 4/19 6.009 112 35 2 37 (2) 6.156
ELEPOR 2 5/8% 01/22 4.986 125 319 5 324 (5) 5.430
EDP FINANCE BV - ELEPOR FLOAT 19 06/2019 4.367 1 15 2 17 (2) 4.383
REN FINANCE 4.75 10/16/2020 4.001 40 302 4 306 (4) 4.343
ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP 3.000 - (2.998) 2.998 - (2.998) 2
56.658 848 (1.192) 3.046 1.854 (3.046) 56.314
INSTRUMENTOS DE CAPITAL
De residentes
Valorizados ao justo valor
SIBS 2.343 - - 86 86 (86) 2.343
Portugal Capital Ventures - SCR. S.A 5 - - - - - 5
2.348 - - 86 86 (86) 2.348
De não residentes
Valorizados ao justo valor
Visa Inc. Series C Convertible Participating 1.814 - 1.267 - 1.267 - 3.081
SWIFT 31 - - - - - 31
1.845 - 1.267 - 1.267 - 3.112
349.286 8.024 (5) 20.027 20.022 (20.027) 357.305
'19 '18
APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO NO PAÍS
Aplicações a muito curto prazo - 59.201
Depósitos 26.415 22.417
Empréstimos 36.455 58.357
Outras aplicações 2.269 -
APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO NO ESTRANGEIRO
Aplicações a muito curto prazo 50.481 36.201
Empréstimos 349.089 406.501
Outras aplicações 1.500 1.133
JUROS A RECEBER
De aplicações em Instituições de Crédito no país 127 107
De aplicações em Instituições de Crédito no estrangeiro 187 445
466.523 584.362
Imparidade (Nota 17 e 36) (223) (103)
466.300 584.259
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a rubrica de “Aplicações em Instituições de Crédito” inclui 96.624 m.Euros e 65.541 m.Euros no BIC
Cabo Verde (Nota 33), respetivamente.
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, os prazos residuais das aplicações em Instituições de Crédito têm a seguinte classificação:
'19 '18
Até três meses 442.539 563.060
De três meses a um ano 10.161 92
De um a cinco anos 10.054 20.077
Indeterminado 3.769 1.133
466.523 584.362
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o montante do prazo residual “Indeterminado” inclui os depósitos de colateral efetuados pelo
Banco no Banco Central de França à ordem do Conselho Único de Resolução para garantia dos Compromissos Irrevogáveis de
Pagamento assumidos pelo Banco relativamente à Contribuição ex-ante de 2016 a 2019 e de 2016 a 2018, para o Fundo Único de
Resolução, nos montantes de 1.500 m.Euros e 1.133 m.Euros, respetivamente.
Em 31 de dezembro de 2019, o montante do prazo residual “Indeterminado” inclui ainda a aplicação mantida junto do Banco de Por-
tugal para reflexão das transferências imediatas efetuadas por clientes do Banco, no montante de 2.269 m.Euros.
'19 '18
CRÉDITO INTERNO
Empréstimos 1.875.759 1.775.328
Crédito à habitação 1.360.173 1.080.469
Créditos em conta corrente 654.438 685.967
Operações de locação financeira 237.947 224.816
Descontos e outros créditos titulados por efeitos 67.986 86.567
Créditos tomados - factoring 78.241 71.178
Descobertos em depósitos à ordem 11.466 9.238
Outros créditos 66.914 80.354
CRÉDITO AO EXTERIOR
Empréstimos 175.514 145.862
Crédito à habitação 40.772 29.697
Créditos tomados - factoring 6.496 4.005
Créditos em conta corrente 3.421 6.693
Operações de locação financeira 220 915
Outros créditos 2.811 1.789
4.582.158 4.202.878
Correções de valor de ativos objeto de cobertura 81 113
4.582.239 4.202.991
Crédito e juros vencidos 144.835 150.946
Juros a receber 8.705 9.701
4.735.779 4.363.638
Comissões associadas ao custo amortizado a diferir (9.079) (8.734)
4.726.700 4.354.904
Imparidade para crédito a clientes (Notas 17 e 36) (233.554) (241.966)
4.493.146 4.112.938
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a rubrica de Crédito a clientes inclui 106.288 m.Euros e 132.090 m.Euros, respetivamente, de crédito
concedido que beneficia de garantias prestadas pelo BIC Angola (Nota 33).
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, os prazos residuais do “Crédito a clientes” têm a seguinte decomposição:
'19 '18
Até três meses 619.123 657.953
De três meses a um ano 421.117 426.941
De um a cinco anos 1.198.365 1.147.911
Mais de cinco anos 2.497.174 2.130.833
4.735.779 4.363.638
Nas mesmas datas, a antiguidade do “Crédito e juros vencidos” apresentava a seguinte estrutura:
'19 '18
Até três meses 4.477 4.570
De três a seis meses 6.044 2.349
De seis meses a um ano 5.314 7.013
De um a três anos 24.986 42.190
De três a cinco anos 103.163 94.170
Mais de cinco anos 851 654
144.835 150.946
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o crédito concedido a clientes apresentava a seguinte estrutura por setores de atividade:
'19 '18
Indústrias transformadoras:
Alimentação, bebidas e tabacos 165.599 159.596
Máquinas, equipamento e metalúrgicas de base 191.941 158.227
Têxteis 95.257 96.388
Químicas e atividades conexas 64.868 70.569
Produtos minerais não metálicos 65.754 67.811
Fabricação de mobiliário e outras indústrias transformadoras 35.114 32.552
Madeira e cortiça 32.775 31.639
Papel, artes gráficas e editoriais 25.477 23.088
Crédito à habitação 1.408.312 1.117.399
Comércio, manutenção e reparação de veículos 613.581 619.362
Construção e atividades imobiliárias 629.398 638.052
Transporte, armazenagem e comunicações 242.275 288.501
Particulares 208.876 214.625
Atividade e intermediação financeira 42.077 50.261
Consultadoria, aquisição de títulos ou de créditos e respetiva gestão 111.271 119.253
Restaurantes e hotéis 174.107 148.721
Agricultura e silvicultura 80.430 81.137
Eletricidade, água e gás 67.123 71.561
Indústrias extrativas 8.997 10.094
Outros 463.468 356.068
4.726.700 4.354.904
Em 2019 e 2018, o apuramento da imparidade para crédito a clientes, títulos de dívida associados a operações de crédito e provisões
para garantias e compromissos assumidos foi efetuado de acordo com a metodologia descrita na Nota 2.5. Em 31 de dezembro de
2019 e 2018, a imparidade e provisões registadas têm a seguinte composição:
'19 '18
Análise individual 110.003 131.671
Análise coletiva 159.325 141.451
269.328 273.122
'19 '18
Imparidade para crédito a clientes 233.554 241.966
Imparidade para títulos de dívida associados a operações de crédito (Nota 8) 4.760 6.598
Imparidade e provisões para garantias e compromissos assumidos (Nota 17) 31.014 24.558
269.328 273.122
As responsabilidades e a imparidade resultante das análises individual e coletiva, bem como outra informação relevante sobre o
risco de crédito encontra-se detalhada na secção “Risco de crédito” da Nota 36.
'19 '18
INSTRUMENTOS DE DÍVIDA ASSOCIADOS A OPERAÇÕES DE CRÉDITO
Instrumentos de dívida corporate
De emitentes nacionais
Papel comercial 279.813 319.618
Obrigações 172.911 201.934
De emitentes estrangeiros
Papel comercial 8.825 8.391
Obrigações 10.075 13.094
Correções de valor de ativos objeto de cobertura 374 -
471.998 543.037
Imparidade (Notas 17 e 36) (4.760) (6.598)
467.238 536.439
INSTRUMENTOS DE DÍVIDA NÃO ASSOCIADOS A OPERAÇÕES DE CRÉDITO
Instrumentos de dívida pública
Dívida pública portuguesa 52.067 153.496
Dívida pública estrangeira 985.861 728.752
1.037.928 882.248
Instrumentos de dívida corporate
De emitentes nacionais
Obrigações 67.751 186.412
Correções de valor de ativos objeto de cobertura 288 117
1.105.967 1.068.777
Imparidade (Nota 17 e 36) (4.444) (2.952)
1.101.523 1.065.825
1.568.761 1.602.264
'19 '18
INSTRUMENTOS DE DÍVIDA CORPORATE
Indústrias transformadoras:
Papel, artes gráficas e editoriais 57.494 57.561
Alimentação, bebidas e tabacos 43.698 47.312
Madeira e cortiça 19.622 13.023
Máquinas, equipamento e metalúrgicas de base 17.537 25.472
Produtos minerais não metálicos 11.165 11.915
Químicas e atividades conexas 8.693 7.594
Têxteis 401 1.051
Atividade e intermediação financeira 162.306 181.341
Construção e atividades imobiliárias 64.961 91.060
Transporte, armazenagem e comunicações 40.407 174.838
Comércio, manutenção e reparação de veículos 33.281 44.770
Restaurantes e hotéis 23.044 24.404
Indústrias extrativas 9.907 10.507
Agricultura e silvicultura 8.412 9.201
Consultadoria, aquisição de títulos ou de créditos e respetiva gestão 6.302 4.057
Outros 32.145 25.343
539.375 729.449
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a carteira de títulos de dívida pública ao custo amortizado apresentava o seguinte detalhe:
'19
Valor de
Valor Custo de Juros a Valor de Valor de
balanço antes Imparidade
nominal aquisição receber balanço mercado
de imparidade
O apuramento da imparidade para títulos de dívida associados a operações de crédito foi efetuado de acordo com a metodologia
descrita na Nota 2.5.. Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a imparidade registada tem a seguinte composição:
'19 '18
Análise individual 4.612 6.362
Análise coletiva 148 236
4.760 6.598
As responsabilidades e a imparidade resultante das análises individual e coletiva, bem como outra informação relevante sobre o
risco de crédito encontra-se detalhada na secção “Risco de crédito” da Nota 36.
'19
VALOR NOCIONAL VALOR NOCIONAL
INSTRUMENTOS DERIVADOS
DE NEGOCIAÇÃO (NOTA 5)
Instrumentos derivados
com justo valor negativo
Forwards
Compras 4 322 147 88 - - 557 557 -
Vendas - 321 146 89 - - 556 - 556
Swaps - Contratos sobre cotações
(equity swaps)
Justo valor positivo 232
- 8.288 - 23.545 - 31.833 31.833 -
Justo valor negativo (275)
(39) 643 8.581 177 23.545 - 32.946 32.390 556
Instrumentos derivados
de cobertura
Cobertura com justo valor
Swaps de taxa de juro
Justo valor positivo 41
- - - - 51.473 51.473 51.473 -
Justo valor negativo (909)
(868) - - - - 51.473 51.473 51.473 -
'18
VALOR NOCIONAL VALOR NOCIONAL
INSTRUMENTOS DERIVADOS
DE NEGOCIAÇÃO (NOTA 5)
Instrumentos derivados
com justo valor negativo
Forwards
Compras 2 502 671 - - - 1.173 1.173 -
Vendas (14) 504 677 - - - 1.181 - 1.181
Swaps - Contratos sobre cotações
(equity swaps)
Justo valor positivo 51
- - - 44.768 - 44.768 44.768 -
Justo valor negativo (154)
(115) 1.006 1.348 - 44.768 - 47.122 45.941 1.181
Instrumentos derivados
de cobertura
Cobertura com justo valor
Swaps de taxa de juro (328) - - - - 41.500 41.500 41.500 -
(328) - - - - 41.500 41.500 41.500 -
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, os forwards cambiais e os equity swaps resultam de operações celebradas com clientes.
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, os swaps de taxa de juro referem-se a operações contratadas com uma instituição financeira
com o objetivo de cobrir o risco de taxa de juro de financiamentos concedidos a clientes e títulos em carteira com taxa de juro fixa.
'19 '18
IMÓVEIS
Imóveis adquiridos em dação em pagamento 3.644 3.602
Imóveis de serviço próprio para venda 161 8.004
3.805 11.606
EQUIPAMENTOS 441 441
4.246 12.047
Imparidade (Nota 17)
Imóveis adquiridos em dação em pagamento (526) (589)
Imóveis de serviço próprio para venda (1) (67)
(527) (656)
3.719 11.391
Em 2018, o Banco transferiu da rubrica de “Outros ativos tangíveis – Imóveis de serviço próprio” para a rubrica de “Ativos não correntes
detidos para venda – Imóveis de serviço próprio para venda” os montantes de 7.658 m.Euros e 5.650 m.Euros (valores deduzidos de amor-
tizações e imparidade) referentes aos edifícios sitos na Rua Nicolau Bettencourt e na Avenida da República, respetivamente (Nota 11).
Em 2019 o Banco alienou o edifício sito na Rua Nicolau Bettencourt, tendo realizado uma mais-valia de 5.008 m.Euros (Nota 26).
Em 2018 o Banco alienou o edifício sito na Avenida da República, a uma entidade relacionada, tendo realizado uma mais-valia de
394 m.Euros (Nota 26 e 33).
Ajustamento
Valor Amortização Valor Amortização
de transição Adições
bruto acumulada bruto acumulada
IFRS 16
No exercício de 2019, com a aplicação da IFRS 16, foram reconhecidos ativos sob direito de uso em “Outros ativos tangíveis – Direito
de uso” e passivos de locação em “Outros passivos” (Nota 18) para todos os contratos de locação, à exceção das locações com um
período inferior a 12 meses ou para as locações que incidam sobre ativos de valor reduzido, em que os pagamentos são reconheci-
dos como custo na rubrica “Gastos gerais administrativo - Rendas e alugueres” (Nota 30).
Em 2019, o aumento da rubrica “Sistema de tratamento automático de dados (software)” decorre, essencialmente, dos gastos com o
Programa de transformação digital e operativa do Banco e com a implementação da segunda Diretiva dos Serviços de Pagamento
(PSD2), nos montantes de 2.354 m.Euros e 3.365 m.Euros, respetivamente.
Adicionalmente, relativamente ao Programa de transformação digital e operativa, os ativos intangíveis são transferidos da rubrica
“Ativos intangíveis em curso” para a rubrica “Sistema de tratamento automático de dados (software)” à medida que os vários mó-
dulos vão entrando em execução.
Imparidade
Valor Amortização Valor Amortização Amortizações Valor Amortização Imparidade Valor
do exercício
bruto acumulada bruto acumulada do exercício bruto acumulada acumulada líquido
(Nota 17)
ATIVOS TANGÍVEIS
Imóveis de serviço próprio
Terrenos 11.114 - - - - (3.219)
Edifícios 39.628 (3.736) 597 - - (10.830)
Obras em imóveis arrendados 5.465 (2.482) 1.022 - - (12)
Equipamento
Mobiliário e material de escritório 4.173 (3.931) 29 - - 11
Máquinas e ferramentas 14.805 (12.252) 1.002 (44) 44 200
Equipamento informático 10.685 (10.585) 5 - - -
Instalações interiores 3.330 (3.007) 98 (18) 6 -
Material de transporte 248 (247) 2 - - -
Equipamento de segurança 2.826 (1.952) 29 - - 32
Outro equipamento 1 (1) - - - -
Imóveis em locação financeira 1.050 (149) - - - -
Outros ativos tangíveis 35 (8) - - - -
Ativos tangíveis em curso 360 - 150 - - (246)
93.720 (38.350) 2.934 (62) 50 (14.064)
ATIVOS INTANGÍVEIS
Sistemas de tratamento automático
2.831 (2.486) 159 - - 228
de dados (software)
Outros ativos intangíveis 192 (176) - - - -
Ativos intangíveis em curso 1.281 - 4.852 - - (228)
4.304 (2.662) 5.011 - - -
Em 2018, o Banco transferiu da rubrica de “Outros ativos tangíveis – Imóveis de serviço próprio” para a rubrica de “Ativos não corren-
tes detidos para venda – Imóveis de serviço próprio para venda” os montantes de 7.658 m.Euros e 5.650 m.Euros (valores deduzidos
de amortizações e imparidade) referentes aos edifícios sitos na Rua Nicolau Bettencourt e na Avenida da República, respetivamente
(Nota 10).
Em 2018 o Banco adquiriu a BIC Mediação de Seguros – Sociedade de Mediação de Seguros, Lda. (adiante igualmente designado
por BIC Seguros) por 597 m.Euros. Em 31 de dezembro de 2017 (data de referência da transação) a BIC Seguros tinha sob gestão uma
carteira de seguros (ramo Vida e Não Vida) no montante de 7.052 m.Euros. Com referência a 31 de março de 2018 o Banco procedeu
à fusão por incorporação da BIC Seguros, tendo registado um ativo intangível de 382 m.Euros associado à carteira de seguros ad-
quirida (Nota 33).
Em 2018, o aumento da rubrica “Ativos intangíveis em curso” decorre essencialmente dos gastos com o Programa de transformação
digital e operativa do Banco.
Imparidade
Amortização Valor Amortização Amortizações do Valor Amortização Valor
do exercício
acumulada bruto acumulada exercício bruto acumulada líquido
(Nota 17)
- - - - - 7.895 - 7.895
538 - - (176) (778) 29.395 (3.976) 25.419
- - - - (480) 6.475 (2.962) 3.513
'19 '18
Ativos por impostos correntes
Imposto sobre o rendimento a recuperar 15.052 19
Ativos por impostos diferidos
Relativos a diferenças temporárias 46.964 36.177
Relativos a prejuízos fiscais 538 -
47.502 36.177
Passivos por impostos correntes
Imposto sobre o rendimento a pagar 4.960 11.151
Passivos por impostos diferidos 3.355 4.505
54.239 20.540
Em 31 de dezembro de 2019, os “Ativos por impostos correntes” incluem 14.958 m.Euros relativos a pagamentos por conta efetuados
no exercício.
Os custos com impostos sobre lucros registados em resultados podem ser apresentados como se segue:
'19 '18
Impostos correntes
Do exercício (700) (17.644)
De exercícios anteriores 1.114 (18)
Contribuição sobre o setor bancário 414 (17.662)
Do exercício (3.891) (4.200)
De exercícios anteriores 400 -
(3.491) (4.200)
(3.077) (21.862)
Impostos diferidos 9.637 18.062
6.560 (3.800)
No exercício de 2019, os “Impostos correntes de exercícios anteriores” correspondem a reembolsos de IRC relativos aos exercícios de
2006, 2007, 2015 e 2017.
A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efetiva de imposto nos exercícios de 2019 e 2018 pode ser demonstrada como segue:
'19 '18
Resultado antes de impostos 54.511 46.257
Taxa de imposto corrente 21,00% 21,00%
IMPOSTO APURADO COM BASE NA TAXA DE IMPOSTO CORRENTE VIGENTE (11.447) (9.714)
Contribuição sobre o setor bancário (3.891) (4.200)
Derramas - (4.534)
Tributação autónoma (700) (478)
Dedutibilidade de imparidade para crédito concedido 6.361 -
Reversão de custos e provisões tributadas 4.358 -
Inclusão da Derrama Estadual na taxa de impostos diferidos 6.005 -
Constituição de impostos diferidos ativos para diferenças temporárias de exercícios anteriores 5.136 15.829
Variações patrimoniais positivas - (372)
Outros 738 (331)
Impostos registados em resultados 6.560 (3.800)
TAXA EFETIVA DE IMPOSTO -12,03% 8,21%
A Derrama Estadual, introduzida pela Lei n.° 12 – A/2010, de 30 de Junho, é devida pelos sujeitos passivos que apurem um lucro tri-
butável sujeito e não isento de IRC superior a 1.500 m.Euros, de acordo com os seguintes escalões do lucro tributável:
'19 '18
Menor do que 1.500 m.Euros 0% 0%
Entre 1.500 m.Euros e 7.500 m.Euros 3% 3%
Entre 7.500 m.Euros e 35.000 m.Euros 5% 5%
Maior do que 35.000 m.Euros 9% 9%
Com a publicação da Lei n.° 55-A/2010, de 31 de dezembro (Lei do Orçamento do Estado), o Banco passou a estar abrangido pelo
regime de contribuição sobre o setor bancário, tendo as condições de aplicação desta contribuição sido definidas através da Por-
taria n.° 121/2011, de 30 de março. A referida Portaria foi alterada pela Portaria n.° 77/2012, de 26 de março, pela Portaria n.° 64/2014,
de 12 de março, pela Portaria n.° 176-A/2015, de 12 de junho e pela Portaria n.° 165-A/2016, de 14 de junho. Nos exercícios de 2019 e
2018, o Banco estimou a contribuição sobre o setor bancário, nos montantes de 3.891 m.Euros e 4.200 m.Euros, respetivamente.
O Decreto Regulamentar n.° 5/2016, de 18 de novembro, veio estabelecer o regime fiscal das imparidades para 2016, mantendo-se
o critério de dedução fiscal das imparidades até aos limites mínimos impostos pelo revogado Aviso n.° 3/95 do Banco de Portugal.
O Decreto Regulamentar prevê um regime optativo para “a diferença positiva, apurada a 1 de janeiro de 2016, entre o valor das pro-
visões por perdas por imparidade de créditos constituídas ao abrigo do Aviso n.° 3/95 e as imparidades constituídas a 1 de janeiro
de 2016 referentes aos mesmos créditos”, ao abrigo do qual essa diferença positiva poderá ser abatida aos prejuízos fiscais gerados
nos exercícios entre 2012 e 2015 que ainda se encontrem em reporte, sendo o valor remanescente considerado no apuramento do
lucro tributável de 2016.
Pelo facto de as provisões ao abrigo do Aviso n.° 3/95 já não serem contabilizadas, considerou-se que a alteração contabilística
aplicável a partir de 1 de janeiro de 2016 implica o apuramento dos limites da dedução fiscal das imparidades numa base individual
(entenda-se, crédito a crédito), tendo sido apurada uma diferença positiva de 28.718 m.Euros a 1 de janeiro de 2016. À diferença po-
sitiva apurada, foram abatidos prejuízos fiscais de 2013 no montante de 24.998 m.Euros, tendo a parte remanescente (3.720 m.Euros)
sido acrescida ao lucro tributável de 2016.
Para 2018, com a publicação do Decreto Regulamentar n.° 13/2018, de 28 de dezembro, manteve-se como referência, para efeitos de
dedução fiscal das imparidades em crédito, os limites mínimos previstos pelo revogado Aviso n.° 3/95 do Banco de Portugal.
No Diário da República de 4 de setembro de 2019 foi publicada a Lei n.° 98/2019, que procede à adaptação do regime de aceitação
fiscal, em sede de IRC, das perdas por imparidade das Instituições de Crédito. O diploma publicado altera os artigos 28.° - A e 28.° -
C do Código do IRC, estabelecendo a aceitação fiscal das perdas por imparidade contabilizadas para risco de crédito, numa base
individual ou coletiva, e em títulos, relativamente aos períodos de tributação com início em, ou após, 1 de janeiro de 2019, desde que
reconhecidas e determinadas pelas Instituições de Crédito e outras instituições financeiras de acordo com as normas contabilísticas
e regulamentares aplicáveis.
Até ao final do ano de 2023 continuarão a ser aplicadas as regras em vigor até 2018, salvo se for exercida antecipadamente a opção
pela aplicação do novo regime. O Banco optou desde já pela aplicação do novo regime.
De acordo com o “IAS 12 – Impostos sobre lucros”, o Banco tem registado os impostos diferidos ativos até ao montante em que, de
acordo com os estudos efetuados, a existência de lucros tributáveis futuros permitam a utilização das correspondentes diferenças
temporárias dedutíveis (Nota 2.11).
'19
Resultados Rendimento Integral
Alteração
Variação Variação Alteração da
31-12-2018 da taxa de 31-12-2019
da base da base taxa de imposto
imposto
'18
Ajustamento de
Saldo em Rendimento
31-12-2017 transição IFRS 9 Resultados 31-12-2018
01-01-2018 integral
(Nota 41)
Em 2019, o Banco alterou a taxa de imposto utlizado no apuramento e registo dos impostos diferidos para 26,05% (22,5% em 31 de
dezembro de 2018). A taxa de imposto diferido passou a considerar uma taxa de drrama estadual média de 3,55%, na sequência da
atualização das projeções do lucro fiscal futuro.
No exercício de 2019, o Banco apurou prejuízo fiscal, tendo calculado imposto diferido ativo com base na taxa nominal de imposto de 21%.
'19 '18
DEVEDORES E OUTRAS APLICAÇÕES
Setor público administrativo 18.511 17.981
Devedores diversos 8.483 8.668
Aplicações diversas 408 419
Bonificações a receber 454 302
Visa Inc. - 564
DESPESAS COM ENCARGO DIFERIDO
Seguros 209 188
Rendas 20 246
Outras 3.484 773
OPERAÇÕES ATIVAS A REGULARIZAR
Outras operações ativas a regularizar 4.419 7.803
Operações sobre valores mobiliários - 79
Posição cambial à vista 55 231
Posição cambial a prazo - 7
OUTROS RENDIMENTOS A RECEBER 4.824 2.149
40.867 39.410
Imparidade para devedores diversos (Nota 17) (1.948) (696)
38.919 38.714
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o saldo da rubrica “Setor público administrativo” refere-se essencialmente a valores de Imposto
Sobre o Valor Acrescentado (IVA) a recuperar. Este ativo respeita a imposto deduzido, decorrente da atividade normal do Banco e a
regularizações de imposto incorrido em anos anteriores, em resultado da revisão dos procedimentos adotados ao nível dos métodos
de dedução utilizados, os quais foram indeferidos pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), tendo sido registados por contra-
partida da rubrica do passivo “Receitas com rendimento diferido”, no montante de 7.317 e 5.144 m.Euros, respetivamente (Nota 18).
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o saldo da rubrica “Devedores diversos” inclui valores a receber do Estado Português no âmbito
da prestação de serviços diversos.
Em 21 de junho de 2016 foi concretizada a operação de aquisição de 100% do capital da Visa Europe Limited pela Visa Inc., tendo em
conta a oferta pública de aquisição apresentada por esta entidade no último trimestre de 2015. Um dos impactos desta operação
para o Banco correspondeu ao direito ao recebimento, em numerário, no terceiro aniversário da operação (21 de junho de 2019), do
montante de 575 m.Euros. Em 31 de dezembro de 2018, o saldo da rubrica “Visa Inc.” respeita ao valor atual do montante a receber,
tendo por base uma taxa de desconto de 4%.
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o saldo da rubrica “Devedores e outras aplicações – Bonificações a receber”, diz respeito a bo-
nificações de juros a receber de operações que se encontram ao abrigo do programa PME Investimentos e cujo pagamento será
efetuado pelo FINOVA (Fundo de Apoio ao Financiamento à Inovação). Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o Banco tem constituída
uma provisão para as bonificações a receber no montante de 348 m.Euros e 197 m.Euros, respetivamente, registada na rubrica “Pro-
visão para outros riscos e encargos” (Nota 17).
Em 31 de dezembro de 2019, o saldo da rubrica “Despesas com engargo diferido – Outras” refere-se essencialmente a adiantamen-
tos efetuados a fornecedores de bens e serviços.
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o saldo da rubrica “Operações ativas a regularizar” inclui os montantes pagos em dezembro,
por adiantamento, a fornecedores de bens objeto de contratos de locação financeira que foram regularizados em janeiro do ano
seguinte, nos montantes de 749 m.Euros e 3.359 m.Euros, respetivamente.
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o saldo desta rubrica inclui igualmente cheques bancários emitidos nos últimos dias do ano, que
foram regularizados em janeiro do ano seguinte, nos montantes de 819 m.Euros e 1.065 m.Euros, respetivamente.
'19 '18
RECURSOS DE BANCOS CENTRAIS
Depósitos e outros recursos 200.000 437.338
Juros a pagar 9 368
Juros a receber (2.240) (2.956)
197.769 434.750
Em 31 de dezembro de 2019, os depósitos e outros recursos de Bancos Centrais incluem uma operação de financiamento junto do
Banco Central Europeu, no montante de 200.000 m.Euros, ao abrigo da segunda série da linha Target Longer-Term Refinancing
Operations (TLTRO-II), contratada em março de 2017 e com vencimento em março de 2021.
Esta operação tem opção de reembolso antecipado por parte do Banco, parcial ou total, após 2 anos e daí em diante em cada 3 meses.
Em 31 de dezembro de 2018, os recursos de Bancos Centrais incluem ainda uma operação de financiamento junto do Banco Central
Europeu, no montante de 150.000 m.Euros, ao abrigo da segunda série da linha Target Longer-Term Refinancing Operations (TLTRO-
-II), contratada em junho de 2016, e com vencimento em Junho de 2020, a qual foi reembolsada antecipadamente por parte do
Banco no exercício de 2019.
Em 31 de dezembro de 2018, os recursos de Bancos Centrais incluem tomadas de fundos junto do Banco Nacional de Angola, no
montante de 87.338 m.Euros, com vencimento até um mês.
A taxa de juro aplicada a estas operações é fixa e igual à taxa aplicada às operações principais de refinanciamento (MRO) em vigor
à data da colocação, a qual ascendia a 0% na data de contratação de ambas as operações supra referidas. Adicionalmente, o
Banco poderá ter um benefício na taxa de juro, dependendo da evolução da atividade creditícia elegível em relação aos valores de
referência reportados no início da TLTRO-II. Esse benefício corresponde a uma redução das taxas de juro aplicáveis a estas opera-
ções que pode ser, no máximo, igual à diferença entre a taxa de juro da MRO e a taxa de juro da facilidade permanente de depósito
em vigor à data da colocação de cada operação, a qual ascendia a -0,4% na data de contratação de ambas as operações.
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, em função da evolução da atividade creditícia elegível em relação aos valores de referência
reportados no início da TLTRO-II e do benefício na taxa de juro das operações acima referidas, o Banco tinha reconhecido os mon-
tantes de 2.240 m.Euros e 2.956 m.Euros de juros a receber, respetivamente.
'19 '18
RECURSOS DE INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO NO PAÍS
Depósitos e outros recursos 27.568 23.526
Empréstimos - 892
RECURSOS DE INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO NO ESTRANGEIRO
Depósitos e outros recursos 491.914 585.506
JUROS A PAGAR
De Instituições de Crédito no país 25 6
De Instituições de Crédito no estrangeiro 221 166
246 172
519.728 610.096
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, os prazos residuais dos recursos de outras Instituições de Crédito apresentam a seguinte estrutura:
'19 '18
Até três meses 480.923 567.586
De três meses a um ano 33.682 36.577
De um a cinco anos 700 700
Mais de cinco anos 5.123 5.233
519.728 610.096
'19 '18
Depósitos a prazo 3.845.574 3.775.143
Depósitos à ordem 2.231.355 1.913.215
Depósitos de poupança 23.348 19.804
Outros recursos
Cheques e ordens a pagar 37.788 39.242
Outros 115 95
6.138.180 5.747.499
Juros a pagar 9.861 11.742
6.148.041 5.759.241
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos apresentam a seguinte estrutura:
'19 '18
À vista 2.308.130 1.966.128
Até três meses 1.097.209 1.106.323
De três meses a um ano 2.386.154 2.377.284
De um a cinco anos 338.462 290.607
Mais de cinco anos 18.086 18.899
6.148.041 5.759.241
'19
Saldo em Reposições Diferenças Saldo em
Reforços Utilizações
31-12-2018 e anulações de câmbio 31-12-2019
'18
Ajustamento de
Saldo em Saldo em Reposições Diferenças Saldo em
transição IFRS 9 Reforços Utilizações
31-12-2017 01-01-2018 e anulações de câmbio 31-12-2018
(Nota 40)
Em 2019 e 2018 o Banco abateu ao ativo 40.749 m.Euros e 77.522 m.Euros de créditos que se encontravam totalmente provisionados,
respetivamente.
'19 '18
Credores e outros recursos
Fornecedores 23.978 17.027
Setor público administrativo 30.000 27.330
Outros 782 779
Passivo de locação
Edifícios 27.485 -
Veículos 859 -
Equipamento Informático 167 -
Encargos a pagar
Por gastos com pessoal
Responsabilidades com benefícios de longo prazo 34.447 41.129
Férias e subsídio de férias 9.588 10.480
Outros encargos com pessoal 6.612 5.343
Outros encargos a pagar 6.333 14.126
Receitas com rendimento diferido
Imposto sobre o Valor Acrescentado (Nota 14) 7.317 5.144
Outras 907 1.526
Outras contas de regularização
Outras operações passivas a regularizar 11.616 17.832
160.091 140.716
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a rubrica “Setor público administrativo” inclui o montante de 25.675 m.Euros e 21.398 m.Euros,
respetivamente, referente a valores a pagar ao Estado no âmbito do Acordo Quadro e do Contrato de Compra e Venda celebrado
em 2012.
Em 31 de dezembro de 2019, a rubrica “Passivo de locação” corresponde ao valor presente das rendas futuras a incorrer com os con-
tratos de locação, em que o Banco é locatário e para os quais reconheceu um direito de uso (Nota 2.7).
Em 31 de dezembro de 2019, a rubrica “Encargos a pagar – Responsabilidades com benefícios de longo prazo” inclui as responsabi-
lidades com encargos de saúde e prémios de antiguidade nos montantes de 26.869 m.Euros e 7.578 m.Euros, respetivamente (19.655
m.Euros e 8.502 m.Euros para os encargos de saúde e prémios de antiguidade em 31 de dezembro de 2018) (Nota 29).
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a rubrica “Encargos a pagar – Por gastos com pessoal - Outros encargos com pessoal” corres-
ponde essencialmente ao valor da participação nos lucros de 2019 e 2018 a ser pago aos colaboradores e à Comissão Executiva.
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o saldo da rubrica “Outras contas de regularização – Outras operações passivas a regularizar”,
inclui pendentes a liquidar relacionados com transferências de clientes, compensação de valores do negócio de meios de paga-
mento e taxas e impostos diversos no montante de 3.489 m.Euros e 6.314 m.Euros, cuja liquidação ocorreu no início de 2020 e 2019,
respetivamente.
Capital
Estrutura Acionista % Capital N.° de Ações
(em Euros)
Santoro Financial Holding, SGPS, S.A. 25% 26.042.500 102.607.450
Fernando Leonídio Mendes Teles 20% 20.834.000 82.085.960
Finisantoro Holding Limited 17,50% 18.229.750 71.825.215
Telesgest B.V. 17,50% 18.229.750 71.825.215
Luís Manuel Cortez dos Santos 5% 5.208.500 20.521.490
Manuel Pinheiro Fernandes 5% 5.208.500 20.521.490
Sebastião Bastos Lavrador 5% 5.208.500 20.521.490
Outros acionistas 5% 5.208.500 20.521.490
100% 104.170.000 410.429.800
'19 '18
Resultado líquido do exercício 61.071 42.457
Número médio ponderado de ações ordinárias emitidas 104.170.000 104.170.000
Resultado por ação básico 0,59 0,41
'19 '18
Prémio de emissão 6.790 6.790
Outro rendimento integral acumulado
Desvios atuariais por benefícios pós-emprego
Valor bruto (Nota 29) (11.228) (5.500)
Efeito fiscal (Nota 12) 2.925 1.238
Ativos financeiros ao justo valor através de outro rendimento integral (Nota 5)
Instrumentos de capital
Variação de justo valor (Nota 5) 86 1.353
Efeito fiscal (Nota 12) (22) (304)
Instrumentos de dívida
Variação de justo valor (Nota 5) 12.793 18.669
Efeito fiscal (Nota 12) (3.333) (4.201)
1.221 11.255
Outras reservas e resultados acumulados
Outras reservas 54.725 54.725
Reserva legal 30.747 26.501
Resultados transitados 5.493 (32.718)
90.965 48.508
Resultado líquido do exercício 61.071 42.457
160.047 109.010
O outro rendimento integral acumulado representa as mais e menos valias potenciais, líquidas de impostos diferidos, relativas à
carteira de títulos classificados como “Ativos financeiros pelo justo valor através de outro rendimento integral” e os desvios atuariais
por responsabilidades pelo pagamento de benefícios pós-emprego relacionados com o plano médico.
'19 '18
JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES
Juros de disponibilidades em Instituições de Crédito 934 746
Juros de ativos financeiros ao custo amortizado
Aplicações em Instituições de Crédito
No país 910 914
No estrangeiro 7.905 6.079
Crédito a clientes
Crédito interno 97.986 96.088
Crédito ao exterior 5.528 3.696
Crédito vencido 2.958 2.254
Títulos de dívida 17.369 19.963
Juros e rendimentos similares de outros ativos financeiros
Juros de ativos financeiros não detidos para negociação obrigatoriamente
3.087 2.284
ao justo valor através de resultados
Juros de ativos financeiros ao justo valor através de outro rendimento integral 7.978 14.200
Outros juros e rendimentos similares - 22
Juros de Bancos Centrais 1.396 1.424
146.051 147.670
Comissões recebidas ao custo amortizado 16.981 16.915
163.032 164.585
JUROS E ENCARGOS SIMILARES
Juros de recursos de Bancos Centrais 3.163 2.115
Juros de passivos financeiros ao custo amortizado
Recursos de Instituições de Crédito
No país 77 50
No estrangeiro 2.783 2.538
Recursos de clientes e outros empréstimos
De residentes
Do setor público administrativo 457 456
De emigrantes 205 222
De outros residentes 18.359 19.257
De não residentes 2.704 2.326
Títulos de dívida emitidos: passivos subordinados - 412
Juros de passivos financeiros de negociação 124 108
Juros de derivados de cobertura 285 149
Juros de locações 524 -
Outros juros e encargos similares 1 1
28.682 27.634
Comissões pagas ao custo amortizado 2.473 2.485
31.155 30.119
'19 '18
RENDIMENTO DE SERVIÇOS E COMISSÕES
Por serviços prestados 20.994 21.068
Por garantias prestadas 5.752 5.879
Outras operações realizadas por conta de terceiros 5.961 4.861
Outros 14.792 12.592
47.499 44.400
ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES
Por serviços bancários prestados por terceiros 9.460 9.247
Por operações realizadas por terceiros 1.607 1.622
11.067 10.869
'19 '18
Resultados em ativos e passivos detidos para negociação 85 30
Resultados em ativos financeiros não detidos para negociação obrigatoriamente
7.141 (3.744)
ao justo valor através de resultados
Ganhos em ativos financeiros pelo justo valor através de outro rendimento integral
(1) 21.420
- Em instrumentos de dívida
Resultados em operações de cobertura e elementos cobertos
Correções de valor de ativos objeto de cobertura (744) (230)
Derivados de cobertura 744 230
Ganhos/(perdas) com o desreconhecimento de ativos financeiros ao custo amortizado 100 -
7.325 17.706
No mês de junho de 2018 foi reconhecida uma mais-valia na rubrica de “Ganhos em ativos financeiros pelo justo valor através
de outro rendimento integral – Em instrumentos financeiros”, no montante de 21.195 m.Euros relativa à venda de títulos de dívida
pública (Nota 5).
'19 '18
Resultados em ativos não financeiros
Ativos não correntes detidos para venda 5.222 524
Outros ativos tangíveis 8 (8)
5.230 516
Em 2019, o Banco alienou o edifício sito na Rua Nicolau Bettencourt que se encontrava registado na rubrica de “Ativos não correntes
detidos para venda”, tendo realizado uma mais valia de 5.008 m.Euros (Nota 10).
Em 2018, o Banco alienou o edifício sito na Avenida da República que se encontrava registado na rubrica de “Ativos não correntes
detidos para venda” a um familiar próximo de um dos acionistas, tendo realizado uma mais valia de 394 m.Euros (Notas 10 e 33).
'19 '18
OUTROS PROVEITOS DE EXPLORAÇÃO
Rendimentos de prestações de serviços diversos 2.934 4.207
Ganhos em rendimentos operacionais
Reembolso de despesas 1.045 1.118
Recuperação de crédito, juros e despesas 426 27
Outros 35.882 776
40.287 6.128
OUTROS CUSTOS DE EXPLORAÇÃO
Contribuições para o Mecanismo Único de Resolução 1.889 1.929
Contribuições para o Fundo de Resolução 2.076 1.537
Taxa de supervisão 81 81
Outros 27 23
Outros impostos
Impostos indiretos 400 504
Impostos diretos 142 136
Quotizações e donativos 353 246
Outros 1.409 1.022
6.377 5.478
33.910 650
Em 2019, o saldo da rubrica “Outros proveitos de exploração - Outros” inclui 30.572 m.Euros de proveitos reconhecidos na sequência
da decisão do Tribunal Arbitral referente a um dos litígios com o Estado Português no âmbito da reprivatização do Banco Português
de Negócios.
Em 2019 e 2018, o saldo da rubrica “Outros proveitos de exploração – Outros” inclui os proveitos reconhecidos no âmbito dos con-
tratos celebrados com as entidades do Universo BIC por serviços prestados e cedência de pessoal, nos montantes de 1.123 m.Euros
e 454 m.Euros, respetivamente (Nota 33).
Em 2018, o saldo da rubrica “Outros custos de exploração - Outros” inclui uma indemnização paga no âmbito de um processo judicial
no montante de 327 m.Euros.
'19 '18
Remuneração de empregados 51.343 50.389
Remunerações dos órgãos de gestão e de fiscalização (Nota 33) 4.059 3.977
Outros encargos relativos a remunerações 11.770 13.364
Encargos com benefícios de longo prazo (Nota 29) 2.441 2.016
Outros encargos sociais obrigatórios 328 311
Plano de contribuição definida (Nota 29) 659 642
Outros custos com o pessoal 1.012 1.544
71.612 72.243
Em 2019 as rubricas “Remunerações de empregados” e “Remunerações dos órgãos de gestão e de fiscalização” incluem os custos
estimados com a participação nos lucros de 2019, a ser paga aos colaboradores e aos membros da Comissão Executiva, nos mon-
tantes de 3.202 m.Euros e 1.201 m.Euros, respetivamente (3.174 m.Euros e 1.587 m.Euros, respetivamente, em 2018).
O número efetivo de empregados em 31 de dezembro de 2019 e 2018, por tipo de funções, foi o seguinte:
'19 '18
Técnicos 818 754
Administrativos 395 429
Chefias 164 173
Direção 95 98
Auxiliares 10 10
1.482 1.464
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018 o correspondente passivo encontrava-se registado em “Outros passivos” e ascendia a 7.569
m.Euros e 8.502 m.Euros, respetivamente (Nota 18).
'19 '18
PRESSUPOSTOS FINANCEIROS
Taxa de desconto 1,14% 2,00%
Taxa de crescimento dos salários 1,25% 1,75%
Taxa de crescimento das pensões 0,50% 0,50%
Taxa de rendimento das contribuições para o plano de Contribuição Definida 3,00% 3,00%
Inflação
Revalorização dos salários até 2001 e crescimento da RMM 2,00% 2,00%
Revalorização dos salários após 2001 2,125% 2,125%
PRESSUPOSTOS DEMOGRÁFICOS
Método atuarial Projected Unit Credit Projected Unit Credit
Tábua de mortalidade
Homens TV 88/90 TV 88/90
TV 88/90 -
Mulheres TV 88/90
Dois anos (1)
Tábua de invalidez 100% EKV80 100% EKV80
Tábua de saídas Não considerada Não considerada
Idade de reforma da Segurança Social 66 anos (2) 66 anos (2)
Percentagem de casados 80,00% 80,00%
60% no Regime geral da 60% no Regime geral da
Segurança Social e 100% Segurança Social e 100%
Reversibilidade
no plano complementar no plano complementar
de contribuição definida. de contribuição definida
As mulheres são 3 anos As mulheres são 3 anos
Diferença de idades entre cônjuges mais novas que os mais novas que os
respetivos maridos. respetivos maridos
(1)
A tábua de mortalidade considerada para as mulheres corresponde à TV88/90 ajustada em menos dois anos (o que tem implícito um aumento da esperança
média de vida face à que seria considerada em função da sua idade efetiva).
(2)
A idade de acesso à pensão tem como base os 66 anos acrescidos do número de meses, equivalentes à proporção de dois terços da evolução da esperança
média de vida, aos 65 anos, verificada entre o segundo e o terceiro ano anteriores à data do início da pensão. Deste modo é definido anualmente, a idade
normal de acesso à pensão de reforma, tendo como referência os 66 anos em 2014 e o aumento da esperança média de vida. A idade de acesso à pensão de
velhice do regime geral da segurança social em 2020 é de 66 anos e 5 meses (66 anos e 5 meses em 2019).
Em 2019 e 2018 a contribuição efetuada pelo Banco para o plano de contribuição definida referido na Nota 2.13 ascendeu a 659 e
642 m.Euros, respetivamente (Nota 28).
O custo do exercício relativo a responsabilidades de benefícios de longo prazo relacionadas com encargos de saúde e prémios de
antiguidade tem a seguinte composição (Nota 28):
'19 '18
Custo dos serviços correntes 1.608 1.607
Custo dos juros 530 514
Desvios atuariais com prémios de antiguidade 303 (105)
2.441 2.016
Encargos Prémio de
com saúde antiguidade
RESPONSABILIDADES EM 31.12.2017 18.962 8.451
Custo dos serviços correntes 1.137 470
Custo dos juros 379 135
(Ganhos)/perdas atuariais (780) (105)
Pagamento de benefícios (43) (449)
RESPONSABILIDADES EM 31.12.2018 (NOTA 18) 19.655 8.502
Custo dos serviços correntes 1.146 462
Custo dos juros 393 137
(Ganhos)/perdas atuariais 5.728 303
Pagamento de benefícios (53) (383)
Outros - (1.443)
RESPONSABILIDADES EM 31.12.2019 (NOTA 18) 26.869 7.578
Os desvios atuariais com encargos com saúde e prémio de antiguidade ocorridos nos exercícios de 2019 e 2018 podem ser explica-
dos como segue:
'19 '18
Encargos Prémio de Encargos Prémio de
com saúde antiguidade com saúde antiguidade
Alteração de pressupostos
Alteração da taxa de desconto 5.301 470 - -
Alteração da tábua de mortalidade 913 9 - -
Alteração da taxa de crescimento salarial (435) (229) - -
5.779 250 - -
Alterações demográficas (399) (89) (738) (150)
Alterações de salários 387 181 (2) 23
Outros (39) (39) (40) 22
5.728 303 (780) (105)
'19
ENCARGOS PRÉMIO
TOTAL
COM SAÚDE DE ANTIGUIDADE
Pressupostos Financeiros % em valor % em valor % em valor
ALTERAÇÃO NA TAXA DE DESCONTO
Acréscimo de 0,25% -6,39% (1.659) -1,78% (167) -5,17% (1.826)
Redução de 0,25% 6,93% 1.799 1,84% 172 5,58% 1.971
ALTERAÇÃO DA TAXA DE CRESCIMENTO DOS SALÁRIOS
Acréscimo de 0,25% 0,83% 215 1,49% 140 1,01% 355
Redução de 0,25% -0,80% (208) -1,46% (137) -0,98% (345)
ALTERAÇÃO DA TAXA DE CRESCIMENTO DAS PENSÕES
Acréscimo de 0,25% 2,89% 749 - - 2,12% 749
Redução de 0,25% -2,76% (716) - - -2,03% (716)
'18
ENCARGOS PRÉMIO
TOTAL
COM SAÚDE DE ANTIGUIDADE
Pressupostos Financeiros % em valor % em valor % em valor
ALTERAÇÃO NA TAXA DE DESCONTO:
Acréscimo de 0,25% -6,27% (1.232) -1,86% (158) -4,90% (1.390)
Redução de 0,25% 6,78% 1.333 1,93% 164 5,27% 1.497
ALTERAÇÃO DA TAXA DE CRESCIMENTO DOS SALÁRIOS:
Acréscimo de 0,25% 0,17% 34 1,93% 164 0,70% 198
Redução de 0,25% -0,10% (19) -1,87% (159) -0,63% (178)
ALTERAÇÃO DA TAXA DE CRESCIMENTO DAS PENSÕES:
Acréscimo de 0,25% 2,74% 539 - - 1,90% 539
Redução de 0,25% -2,64% (518) - - -1,82% (518)
'19 '18
Com fornecimentos 2.618 2.823
Com serviços
Rendas e alugueres 390 4.263
Comunicações 3.553 2.473
Publicidade 3.103 3.795
Conservação e reparação 2.240 2.310
Transportes 927 1.549
Deslocações, estadas e representação 1.249 1.229
Seguros 743 610
Formação de pessoal 537 403
Com serviços especializados
Informática 12.953 12.551
Avenças e honorários 1.993 3.046
Judiciais, contencioso e notariado 883 1.151
Limpeza 880 851
Informações 557 530
Segurança e vigilância 291 270
Outros serviços especializados 6.347 4.846
Outros serviços 756 2.037
40.020 44.737
No exercício de 2019, com a aplicação da IFRS 16, foram reconhecidos ativos sob direito de uso em “Outros ativos tangíveis – Direito
de uso” (Nota 11) e passivos de locação em “Outros passivos” (Nota 18) para todos os contratos de locação, à exceção das locações
com um período inferior a 12 meses ou para as locações que incidam sobre ativos de valor reduzido, em que os pagamentos são
reconhecidos como custo na rubrica “Gastos gerais administrativo - Rendas e alugueres”.
Nos exercícios de 2019 e 2018, os honorários de revisão legal das contas e de outros serviços de garantia de fiabilidade atribuídos à
Deloitte & Associados SROC, S.A. e à sua rede foram os seguintes, excluindo o Imposto Sobre o Valor Acrescentado:
'19 '18
Revisão Legal das Contas 496 292
Outros serviços de garantia de fiabilidade
Exigidos por Lei 206 235
Suporte ao Conselho Fiscal 191 182
Outros - 79
893 788
'19 '18
GARANTIAS PRESTADAS E OUTROS PASSIVOS EVENTUAIS
Garantias, avales prestados
Residentes 278.012 288.196
Não residentes 3.104 5.322
Créditos documentários abertos
Residentes 14.305 18.245
Não residentes 57.828 76.960
Outras garantias pessoais prestadas e outros passivos eventuais 92 92
353.341 388.815
Ativos dados em garantia 847.331 1.314.752
1.200.672 1.703.567
COMPROMISSOS
Compromissos irrevogáveis
Linhas de crédito 462.997 575.652
Contratos a prazo de depósitos 17.533 -
Responsabilidades a prazo de contribuições anuais para o FGD 5.889 5.523
Responsabilidade potencial para com o Sistema de Indemnização aos Investidores 1.124 1.124
Outros compromissos irrevogáveis 2.066 2.067
489.609 584.366
Compromissos revogáveis
Linhas de crédito 771.865 732.836
Facilidades de desconto em conta 14.555 17.216
786.420 750.052
Responsabilidades por serviços prestados
Depósito e guarda de valores 1.620.098 2.178.515
De cobrança de valores 28.313 30.826
Valores administrados pela instituição 102.829 191.368
1.751.240 2.400.709
3.027.269 3.735.127
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a rubrica “Ativos dados em garantia” refere-se ao valor de mercado dos títulos dados em garan-
tia ao Banco Central Europeu, como colateral de linhas de financiamento disponíveis nos montantes de 718.432 m.Euros e 865.550
m.Euros, respetivamente.
•• Negociação e vendas: compreende a atividade bancária relacionada com a gestão da carteira própria de títulos, operações
de mercado monetário e cambial, receção e transmissão de ordens em relação com um ou mais instrumentos financeiros e
execução de ordens por conta de clientes;
•• Banca de retalho: compreende a atividade bancária junto dos particulares e empresários em nome individual, tais como a rece-
ção de depósitos e de outros fundos reembolsáveis, empréstimos, concessão de garantias e assunção de outros compromissos.
Inclui também o montante total devido ao Banco pelos clientes ou grupo de clientes ligados entre si;
•• Banca comercial: atividades creditícia e de captação de recursos junto de empresas, bem como a tomada de fundos para fazer
face aos compromissos com a concessão de crédito;
•• Outros: compreende todos os segmentos de atividade que não foram contemplados nas linhas de negócio anteriores.
A distribuição dos principais ativos, passivos e rubricas de resultados por linhas de negócio e mercados geográficos nos exercícios
de 2019 e 2018 é a seguinte:
Linhas de negócio
'19
Negociação Banca Banca
Outros Total
e Vendas de retalho comercial
ATIVO
Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais
601.086 - - - 601.086
e em outras Instituições de Crédito (líquido)
Ativos financeiros detidos para negociação 236 - - - 236
Ativos financeiros ao justo valor através de resultados 70.935 - - - 70.935
Ativos financeiros pelo justo valor através
262.424 - - - 262.424
de outro rendimento integral
Ativos financeiros ao custo amortizado
Aplicações em Instituições de Crédito (líquido) 466.300 - - - 466.300
Crédito a clientes (líquido) - 1.576.810 2.916.336 - 4.493.146
Títulos de dívida (líquido) 1.229.656 - 339.105 - 1.568.761
Outros - - - 191.443 191.443
TOTAL DO ATIVO LÍQUIDO 2.630.637 1.576.810 3.255.441 191.443 7.654.331
PASSIVO
Passivos financeiros detidos para negociação 275 - - - 275
Passivos financeiros ao custo amortizado
Recursos de Bancos Centrais 197.769 - - - 197.769
Recursos de outras Instituições de Crédito 519.728 - - - 519.728
Recursos de clientes e outros empréstimos - 3.670.321 2.439.890 37.830 6.148.041
Outros - - - 218.041 218.041
TOTAL DO PASSIVO 717.772 3.670.321 2.439.890 255.871 7.083.854
'18
Negociação Banca Banca
Outros Total
e Vendas de retalho comercial
ATIVO
Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais
658.590 - - - 658.590
e em outras Instituições de Crédito (líquido)
Ativos financeiros detidos para negociação 53 - - - 53
Ativos financeiros ao justo valor através de resultados 67.884 - - - 67.884
Ativos financeiros pelo justo valor através
357.305 - - - 357.305
de outro rendimento integral
Ativos financeiros ao custo amortizado
Aplicações em Instituições de Crédito (líquido) 584.259 - - - 584.259
Crédito a clientes (líquido) - 1.300.507 2.812.431 - 4.112.938
Títulos de dívida (líquido) 1.206.969 - 395.295 - 1.602.264
Outros - - - 135.146 135.146
TOTAL DO ATIVO LÍQUIDO 2.875.060 1.300.507 3.207.726 135.146 7.518.439
PASSIVO
Passivos financeiros detidos para negociação 168 - - - 168
Passivos financeiros ao custo amortizado
Recursos de Bancos Centrais 434.750 - - - 434.750
Recursos de outras Instituições de Crédito 610.096 - - - 610.096
Recursos de clientes e outros empréstimos - 3.557.784 2.162.173 39.284 5.759.241
Outros - - - 194.912 194.912
TOTAL DO PASSIVO 1.045.014 3.557.784 2.162.173 234.196 6.999.167
Os principais critérios de alocação utilizados pelo Banco na construção destes mapas foram os seguintes:
•• As rubricas “Crédito a clientes” e “Recursos de clientes e outros empréstimos” foram segregadas entre “Particulares” e “Empre-
sas”, tendo sido alocados os respetivos saldos aos segmentos “Banca de retalho” e “Banca comercial”, respetivamente.
•• As operações de papel comercial cujo EuroBic não intervém como Banco agente encontram-se registadas na rubrica “Crédito
a clientes” e alocadas ao segmento “Negociação e vendas”.
•• As rubricas “Recursos de outras Instituições de Crédito” e “Recursos de Bancos Centrais”, foram alocadas a “Negociação e Ven-
das” dado que a finalidade é serem utilizados na atividade normal do Banco.
•• Os outros ativos e passivos foram considerados em “Outros”, dado a impossibilidade de alocação segmental.
'19
União
Portugal Outros Total
Europeia
Margem Financeira 114.651 15.125 2.101 131.877
Rendimentos de instrumentos de capital 43 - 30 73
Rendimentos de serviços e comissões 46.084 299 1.116 47.499
Encargos de serviços e comissões (11.059) (3) (5) (11.067)
Resultados de ativos e passivos mensurados ao justo valor através
6.549 677 - 7.226
de resultados (líquido)
Resultados de ativos e passivos mensurados ao justo valor através
(1) - - (1)
de outro rendimento integral (líquido)
Resultados de ativos e passivos avaliados ao custo amortizado 100 - - 100
Resultados de reavaliação cambial (líquido) 3.082 - - 3.082
Resultados de alienação de outros ativos 5.230 - - 5.230
Outros resultados de exploração 33.716 6 188 33.910
PRODUTO BANCÁRIO 198.395 16.104 3.430 217.929
Outros custos e proveitos (156.858)
61.071
'18
União
Portugal Outros Total
Europeia
Margem Financeira 117.823 14.868 1.775 134.466
Rendimentos de instrumentos de capital 30 - 23 53
Rendimentos de serviços e comissões 42.824 137 1.439 44.400
Encargos de serviços e comissões (10.859) (5) (5) (10.869)
Resultados de ativos e passivos mensurados ao justo valor através
(1.694) (2.020) - (3.714)
de resultados (líquido)
Resultados de ativos e passivos mensurados ao justo valor através
21.414 6 - 21.420
de outro rendimento integral (líquido)
Resultados de ativos e passivos avaliados ao custo amortizado 3.047 - - 3.047
Resultados de reavaliação cambial (líquido) 516 - - 516
Resultados de alienação de outros ativos (1.219) 10 1.859 650
PRODUTO BANCÁRIO 171.882 12.996 5.091 189.969
Outros custos e proveitos (147.512)
42.457
'19
Nome Participação direta (%) Participação efetiva (%)
ACIONISTAS (NOTA 19)
Santoro Financial Holding, SGPS, S.A. 25% 25%
Finisantoro Holding Limited 17,5% 17,5%
Isabel José dos Santos - 42,5%
Telesgest B.V. 17,5% 17,5%
Fernando Leonídio Mendes Teles 20% 37,5%
Luís Manuel Cortez dos Santos 5% 5%
Manuel Pinheiro Fernandes 5% 5%
Sebastião Bastos Lavrador 5% 5%
MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO (1)
Fernando Leonídio Mendes Teles 20% 37,5%
Duarte Manuel Ivens Pitta Ferraz - -
Pedro Canastra de Azevedo Maia - -
José António de Azevedo Pereira - -
Francisco Manuel Constantino Pinto - -
Diogo Vasco Ramos Barrote - 1%
Fernando Teixeira dos Santos - -
Rui Manuel Correia Pedras - -
Manuel Alexandre Veríssimo da Luz - -
Pedro Miguel Godinho de Almeida e Silva - -
Bernardo Leite Faria Espírito Santo - -
José Miguel Coelho Antunes - -
Vanessa Ferreira Loureiro (3) - -
Rui Carlos de Carvalho Lopes (2) (3)
- -
MEMBROS DO CONSELHO FISCAL
Susana Nereu de Oliveira Ribeiro - -
Ilídio Tomás Lopes - -
Armando Nunes Paredes - -
Carlos Alexandre de Padua Corte-Real Pereira (suplente)
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS ONDE OS ACIONISTAS
TÊM INFLUÊNCIA SIGNIFICATIVA
Banco BIC, S.A. (BIC Angola) - -
Banco BIC Cabo Verde S.A. (BIC Cabo Verde) - -
Bank BIC Namíbia, S.A. - -
Os quadros infra incluem as entidades relacionadas acima referidas, bem como as restantes entidades que se enquadram na defi-
nição de entidades relacionadas nos termos da Norma Internacional de Contabilidade 24 – “Divulgações de partes relacionadas”.
'19
Membros do ENTIDADES ONDE OS ACIONISTAS Entidades onde os
Conselho de TÊM INFLUÊNCIA SIGNIFICATIVA Membros do Conselho
Acionistas Administração de Administração e do Total
e do Conselho BIC BIC Cabo Outras Conselho Fiscal têm
Fiscal (1) Angola Verde Entidades (2) influência significativa (2)
ATIVO
Ativos financeiros ao justo valor através
- - - - 8.478 - 8.478
de outro rendimento integral
Aplicações em Instituições de Crédito - - - 96.264 - - 96.264
Crédito a clientes 31 502 - - 37.795 6 38.334
Outros ativos - - 327 43 58 - 428
Imparidade (12) (1) - - (8.119) - (8.132)
19 501 327 96.307 38.212 6 135.372
PASSIVO
Recursos de Instituições de Crédito (Nota 15) - - 182.144 208.375 46.267 - 436.786
Recursos de clientes 74.533 658 - - 392.491 3.048 470.730
Provisões para garantias
14 - - - 218 - 232
e compromissos assumidos
74.547 658 182.144 208.375 438.976 3.048 907.748
RESULTADOS
Custos
Juros e encargos similares (339) (2) (1.663) (48) (1.022) (31) (3.105)
Custos com pessoal (Nota 28) - (4.059) - - - - (4.059)
Gastos gerais administrativos - - - - (2.236) - (2.236)
Provisões e imparidade do exercício (26) 1 - - (7.695) - (7.720)
Proveitos
Juros e rendimentos similares 3 1 607 2.913 1.350 - 4.874
Rendimentos de serviços e comissões 5 1 80 289 470 1 846
Outros resultados de exploração 1 - 1.033 91 115 - 1.240
(356) (4.058) 57 3.245 (9.018) (30) (10.160)
EXTRAPATRIMONIAIS
Garantias prestadas - - 2.911 - 372 - 3.283
Créditos documentários à exportação - - 28.228 - 13.076 - 41.304
Linhas não utilizadas 109 30 - - 18.086 14 18.239
109 30 31.139 - 31.534 14 62.826
ATIVO
Ativos financeiros ao justo valor através
- - - - 8.480 - 8.480
de outro rendimento integral
Aplicações em Instituições de Crédito - - - 65.541 - - 65.541
Crédito a clientes 22 522 - - 29.725 6 30.275
Outros ativos - - 1.044 69 18 - 1.131
Imparidade - (2) - - (495) - (497)
22 520 1.044 65.610 37.728 6 104.930
PASSIVO
Recursos de Instituições de Crédito (Nota 15) - - 164.344 197.546 29.026 - 390.916
Recursos de clientes 37.269 638 - - 368.824 3.110 409.841
Provisões para garantias
- - - - 148 - 148
e compromissos assumidos
37.262 638 164.344 197.546 397.998 3.110 800.905
RESULTADOS
Custos
Juros e encargos similares (419) (2) (528) (81) (593) (25) (1.648)
Custos com pessoal (Nota 28) - (3.977) - - - - (3.977)
Gastos gerais administrativos - - - - (1.740) - (1.740)
Provisões e imparidade do exercício (26) 1 - - (150) - (175)
Proveitos
Juros e rendimentos similares 1 1 738 2.383 1.166 1 4.290
Rendimentos de serviços e comissões 3 2 460 324 261 1 1.051
Resultados de alienação de ativos
- - - - 394 - 394
não financeiros
Outros resultados de exploração - - 816 4 75 - 895
(441) (3.975) 1.486 2.630 (587) (23) (910)
EXTRAPATRIMONIAIS
Garantias prestadas - - 4.894 - 561 - 5.455
Créditos documentários à exportação - - 51.110 - 5.551 - 56.661
Linhas não utilizadas 118 30 - - 22.082 14 22.244
118 30 56.004 - 28.194 14 84.360
Todas as transações efetuadas com entidades relacionadas foram efetuadas a preços de mercado.
Em 31 de dezembro de 2019, os penhores de depósitos a prazo e garantias prestadas pelo BIC Angola para colaterizar operações
de crédito concedidas a clientes do Banco ascendiam a 2.000 m.Euros e 107.364 m.Euros, respetivamente (2.000 m.Euros e 146.743
m.Euros, respetivamente, em 31 de dezembro de 2018).
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, os créditos documentários à exportação encontram-se totalmente colaterizados por penhores
de depósitos a prazo prestados pelo BIC Angola.
Em 31 de dezembro de 2019, o penhor de depósitos a prazo e títulos detidos pelo BIC Cabo Verde para colaterizar as aplicações do
EuroBic naquela Instituição, ascendia a 112.017 m.Euros e 30.026 m.Euros, respetivamente (86.866 m.Euros e 38.745 m.Euros, respeti-
vamente, em 31 de dezembro de 2018).
Em 31 de dezembro de 2019, o crédito concedido ao universo de entidades controladas pela Sra. Engenheira Isabel dos Santos e
a entidades controladas por pessoas estreitamente relacionadas com a mesma totalizava 32.019 m.Euros. Em consequência dos
eventos subsequentes descritos na Nota 38, em 31 de dezembro de 2019 foi registada imparidade de 8.050 m.Euros para estes saldos.
Após 31 de dezembro de 2019, estes créditos foram amortizados em cerca de 13.952 m.Euros.
Em 2018 o Banco adquiriu a BIC Mediação de Seguros – Sociedade de Mediação de Seguros, Lda. (adiante igualmente designado
por BIC Seguros), a qual era detida por acionistas do EuroBic, por 597 m.Euros. Em 31 de dezembro de 2017 (data de referência da
transação) a BIC Seguros tinha sob gestão uma carteira de seguros (ramo Vida e Não Vida) no montante de 7.052 m.Euros. Com
referência a 31 de março de 2018 o Banco procedeu à fusão por incorporação da BIC Seguros, tendo registado um ativo intangível
de 382 m.Euros associado à carteira de seguros adquirida (Nota 11).
Em 2018, o Banco alienou o edifício sito na Avenida da República que se encontrava registado na rubrica de “Ativos não correntes
detidos para venda” a um familiar próximo de um dos acionistas, tendo realizado uma mais valia de 394 m.Euros (Notas 10 e 26).
No quadro seguinte resume-se a composição do capital regulamentar e rácios prudenciais do Banco em 31 de dezembro de 2019 e 2018:
'19 '18
A - FUNDOS PRÓPRIOS DE NÍVEL 1 (TIER 1)
A1 - FUNDOS PRÓPRIOS PRINCIPAIS DE NÍVEL 1 (COMMON EQUITY TIER)
Capital elegível 417.220 417.220
Reservas e resultados totais 152.036 90.965
Reservas e resultados não elegíveis (25.905) (10.181)
Outros elementos/deduções aos fundos próprios principais de nível 1 11.407 27.554
554.758 525.558
B - FUNDOS PRÓPRIOS DE NÍVEL 2 (TIER 2)
Capital e passivos subordinados elegíveis - -
D - TOTAL DE FUNDOS PRÓPRIOS ELEGÍVEIS (A+B) 554.758 525.558
E - ATIVOS PONDERADOS PELO RISCO (RWA) 4.256.503 4.005.639
RÁCIOS
Tier 1 (A/E) 13,03% 13,12%
Common Equity Tier 1 (A1/E) 13,03% 13,12%
Tier 2 (B/E) 0,00% 0,00%
TOTAL CAPITAL (D/E) 13,03% 13,12%
'19 '18
Ramo Ramo Ramo Ramo
Total Total
Vida Não Vida Vida Não Vida
Santander Totta Seguros
713 - 713 730 - 730
- Companhia de Seguros de Vida, S.A.
Real Vida Seguros, S.A. 309 16 325 399 19 418
Lusitânia - Companhia de Seguros, S.A. - 185 185 - 180 180
Victoria Seguros, S.A. 600 195 795 75 113 188
Outros 23 286 309 17 177 194
1.645 682 2.327 1.221 489 1.710
A 31 de dezembro de 2019 e 2018, não existem valores pendentes de regularização relacionados com a atividade de mediação de seguros.
É considerado fundamental assegurar a segregação de funções entre as áreas que originam o risco e as áreas que o acompanham,
possibilitando a estas últimas desempenhar as suas competências de uma forma objetiva e independente.
Nesse sentido, o Banco tem vindo a desenvolver uma estrutura de gestão e acompanhamento dos diferentes riscos, procurando
dotar as estruturas orgânicas de meios técnicos e humanos que se revelem ajustados aos diferentes tipos de risco incorridos na sua
atividade. Cada uma das áreas dispõe de uma estrutura organizativa própria que atende à natureza, dimensão e complexidade
das atividades desenvolvidas, procurando-se que o grau de sofisticação dos sistemas de gestão dos diferentes tipos de risco seja
proporcional e adequado ao respetivo nível de exposição e grau de tolerância.
O risco de taxa de juro pode ser definido como o impacto nos resultados e nos capitais próprios de uma variação adversa das taxas
de juro de mercado. O Banco incorre na assunção de risco de taxa de juro sempre que, no desenvolvimento da sua atividade, con-
trata operações com fluxos financeiros futuros sensíveis a eventuais variações da taxa de juro.
Para além da elaboração do reporte semestral regulamentar de risco de taxa de juro, o risco de taxa de juro é também acompa-
nhado através da análise mensal dos gaps de taxa de juro, resultantes da agregação em intervalos residuais de revisão de taxa de
juro ou de maturidade residual no caso de taxas fixas, para todos os ativos e passivos sensíveis à mesma. Os respetivos resultados
são apresentados trimestralmente em sede da Comissão de Gestão de Ativos e Passivos.
Adicionalmente, tendo em conta os limites estabelecidos internamente, o Banco monitoriza trimestralmente o risco estrutural de
taxa de juro com base em análises de sensibilidade da margem financeira e do valor económico face a variações das curvas de
taxas de juro.
O risco de liquidez é o risco de uma instituição não possuir recursos suficientes para financiar os seus ativos ou para honrar os seus
compromissos sem incorrer em perdas inaceitáveis.
A gestão do risco de liquidez baseia-se na análise dos prazos residuais de maturidade dos diferentes ativos e passivos do balanço,
evidenciando, para cada um dos intervalos considerados, os volumes de cash inflows e cash outflows esperados, bem como os res-
petivos gaps de liquidez. Esta análise é realizada com periodicidade mensal.
O EuroBic tem ainda mecanismos de monitorização periódica dos níveis de liquidez, sendo de destacar a realização da Comissão
de Gestão de Ativos e Passivos e o acompanhamento diário das posições e grau de cumprimento dos limites por parte da Direção
de Controlo de Riscos.
A gestão de liquidez do EuroBic baseia-se em critérios conservadores, assegurando a permanência de níveis adequados de liquidez
disponível para fazer face a eventuais pressões de tesouraria.
Neste âmbito, são definidos limites mínimos de aplicações de muito curto prazo em Mercado Monetário Interbancário (MMI), bem
como regras que assegurem a existência de ativos líquidos e o acesso aos mecanismos de Política Monetária do BCE (elegibilidade
dos ativos detidos na carteira própria do Banco).
O controlo do risco de liquidez é efetuado através do acompanhamento regular do Rácio de Cobertura de liquidez (Liquidity Cove-
rage Ratio – LCR) e do Rácio de Financiamento Líquido Estável (Net Stable Funding Ratio – NSFR), bem como do Additional Liquidity
Monitoring Metrics (ALMM), enquadrados no âmbito do Regulamento (UE) n.° 575/2013.
Risco de mercado
O risco de mercado é o risco da existência de perdas decorrentes da variação adversa de valor de um instrumento financeiro como
consequência da variação de fatores de risco, nomeadamente taxa de juro, taxa de câmbio, spreads de crédito, preços de ações
e preços de mercadorias.
O risco de mercado é gerido em permanência pelo Banco, dispondo diariamente de informação sobre a valorização dos instrumen-
tos financeiros em carteira. Adicionalmente, são efetuadas análises periódicas ao VaR da carteira.
Ainda neste âmbito, o Banco dispõe de uma abrangente Política de Investimentos que pretende evitar a tomada excessiva de risco,
encontrando-se estabelecidos limites por tipologia de ativos admissíveis; composição e estrutura da carteira, assim como níveis de
concentração por entidade, área geográfica e rating.
Risco cambial
O risco cambial representa o risco de perdas devido a variações adversas nas taxas de câmbio. O Banco prossegue uma política
prudente de gestão de ativos e passivos em moeda estrangeira que minimiza o risco de taxa de câmbio associado. O objetivo é a
cobertura permanente das posições cambiais nas várias moedas.
O risco de crédito da contraparte representa a possibilidade de não cumprimento, por determinada contraparte, de obrigações
relativas à liquidação de operações que envolvam a negociação de ativos financeiros.
No risco de crédito de contraparte, é objetivo do Banco a diversificação das contrapartes, tendo como suporte base metodologias
de avaliação, acompanhamento e controlo dos limites de crédito para Instituições. Neste âmbito o EuroBic tem implementado limites
de exposição para com as suas contrapartes, que são monitorizados em permanência.
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, os cash flows previsionais (não descontados), dos instrumentos financeiros, de acordo com a
respetiva maturidade contratual, apresentam o seguinte detalhe:
- - - - - - 601.107
- 196.764 - - - - 196.764
6.631 10 10 26 5.145 - 519.962
1.451.492 314.458 26.480 14.984 3.615 - 6.161.152
152 510 2.160 46.748 13.912 - 152.406
1.458.275 511.742 28.650 61.758 22.672 - 7.030.284
(414.521) 972.910 743.014 820.476 1.437.937 31.358 1.342.555
As unidades de participação em organismos de investimento coletivo foram incluídas, pelo seu valor de balanço, na coluna
“Indeterminado”.
- - - - - - 658.387
- 344.338 - - - - 431.713
4.169 11 11 27 5.261 - 609.848
1.473.014 248.712 27.263 15.905 3.725 - 5.778.605
79 15 1 42.516 - - 126.659
1.477.262 593.076 27.275 58.448 8.986 - 6.946.825
(845.139) 999.392 772.911 869.047 1.166.836 34.327 1.305.570
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o detalhe dos instrumentos financeiros por exposição ao risco de taxa de juro apresenta o
seguinte detalhe:
'19
EXPOSIÇÃO A
ATIVO
Caixa, disponibilidades em Bancos Centrais e em outras
468.628 44.511 87.985 601.124
Instituições de Crédito
Ativos financeiros não detidos para negociação
35.000 - 35.935 70.935
obrigatoriamente ao justo valor através dos resultados
Ativos financeiros pelo justo valor através de outro rendimento integral 235.278 - 27.146 262.424
Ativos financeiros ao custo amortizado
Aplicações em Instituições de Crédito (1) 446.208 20.000 315 466.523
Crédito a clientes (1)
145.492 4.414.476 166.732 4.726.700
Títulos de dívida (1)
1.268.426 294.461 15.078 1.577.965
2.599.032 4.773.448 333.191 7.705.671
PASSIVOS
Passivos financeiros ao custo amortizado
Recursos de Bancos Centrais 200.000 - (2.231) 197.769
Recursos de outras Instituições de Crédito 339.389 1.716 178.623 519.728
Recursos de clientes e outros empréstimos 3.783.285 102.536 2.262.220 6.148.041
Outros passivos 64 50 159.977 160.091
4.322.738 104.302 2.598.589 7.025.629
'18
EXPOSIÇÃO A
ATIVO
Caixa, disponibilidades em Bancos Centrais e em outras
534.514 43.668 80.412 658.594
Instituições de Crédito
Ativos financeiros não detidos para negociação
35.000 - 32.937 67.937
obrigatoriamente ao justo valor através dos resultados
Ativos financeiros pelo justo valor através de outro rendimento integral 312.004 4.367 40.934 357.305
Ativos financeiros ao custo amortizado
Aplicações em Instituições de Crédito (1) 561.810 22.000 552 584.362
Crédito a clientes (1) 156.646 4.069.847 128.411 4.354.904
Títulos de dívida (1) 1.298.570 289.612 23.632 1.611.814
2.898.544 4.429.494 306.878 7.634.916
PASSIVOS
Passivos financeiros ao custo amortizado
Recursos de Bancos Centrais 437.336 - (2.586) 434.750
Recursos de outras Instituições de Crédito 391.701 1.335 217.060 610.096
Recursos de clientes e outros empréstimos 3.703.897 120.172 1.935.172 5.759.241
Outros passivos 64 50 164.270 164.384
4.532.998 121.557 2.313.916 6.968.471
'19
DATAS DE REFIXAÇÃO/DATAS DE MATURIDADE
> 7 Dias > 1 Mês > 3 Meses > 6 Meses > 12 Meses
< = 7 Dias > 3 Anos Total
< = 1 Mês < = 3 Meses < = 6 Meses < = 12 Meses < = 3 Anos
ATIVO
Caixa, disponibilidades em Bancos
408.628 104.512 - - - - - 513.140
Centrais e em outras Instituições de Crédito
Ativos financeiros não detidos para
negociação obrigatoriamente ao justo - - - - - 35.000 - 35.000
valor através dos resultados
Ativos financeiros pelo justo valor
- - - 24.000 14.000 182.727 14.551 235.278
através de outro rendimento integral
Ativos financeiros ao custo amortizado
Aplicações em Instituições de Crédito (1) 276.538 168.873 20.705 92 - - - 466.208
Crédito a clientes (1)
253.878 722.074 1.861.959 1.420.084 259.914 26.426 15.633 4.559.968
Títulos de dívida (1)
111.900 182.065 174.731 269.988 679.400 100.738 44.065 1.562.887
1.050.944 1.177.524 2.057.395 1.714.164 953.314 344.891 74.249 7.372.481
PASSIVO
Passivos financeiros ao custo amortizado
Recursos de Bancos Centrais - - - - - 200.000 - 200.000
Recursos de outras Instituições de Crédito 95.689 135.653 74.385 23.640 6.615 - 5.123 341.105
Recursos de clientes e outros empréstimos 163.790 315.615 712.471 937.627 1.439.180 297.694 19.444 3.885.821
Outros passivos (inclui impostos a pagar) - - - 61 53 - - 114
259.479 451.268 786.856 961.328 1.445.848 497.694 24.567 4.427.040
EXPOSIÇÃO LÍQUIDA 791.465 726.256 1.270.539 752.836 (492.534) (152.803) 49.682 2.945.441
'18
DATAS DE REFIXAÇÃO/DATAS DE MATURIDADE
> 7 Dias > 1 Mês > 3 Meses > 6 Meses > 12 Meses
< = 7 Dias > 3 Anos Total
< = 1 Mês < = 3 Meses < = 6 Meses < = 12 Meses < = 3 Anos
ATIVO
Caixa, disponibilidades em Bancos
474.513 103.669 - - - - - 578.182
Centrais e em outras Instituições de Crédito
Ativos financeiros não detidos para
negociação obrigatoriamente ao justo - - - - - 15.000 20.000 35.000
valor através dos resultados
Ativos financeiros pelo justo valor
- 168 - 67.867 13.352 215.517 19.467 316.371
através de outro rendimento integral
Ativos financeiros ao custo amortizado
Aplicações em Instituições de Crédito (1) 281.927 278.789 23.002 92 - - - 583.810
Crédito a clientes (1)
223.361 701.811 1.687.547 1.323.800 238.090 13.312 38.572 4.226.493
Títulos de dívida (1)
81.200 177.730 356.110 330.167 368.400 234.400 40.175 1.588.182
1.061.001 1.262.167 2.066.659 1.721.926 619.842 478.229 118.214 7.328.038
PASSIVO
Passivos financeiros ao custo amortizado
Recursos de Bancos Centrais - 87.336 - - - 350.000 - 437.336
Recursos de outras Instituições de Crédito 107.186 94.559 149.512 32.353 4.193 - 5.233 393.036
Recursos de clientes e outros empréstimos 125.580 351.578 720.593 918.666 1.456.222 231.800 19.630 3.824.069
Outros passivos (inclui impostos a pagar) - - - 61 53 - - 114
232.766 533.473 870.105 951.080 1.460.468 581.800 24.863 4.654.555
EXPOSIÇÃO LÍQUIDA 828.235 728.694 1.196.554 770.846 (840.626) (103.571) 93.351 2.673.483
(1) Exposição bruta.
Em 31 de dezembro de 2019, os instrumentos financeiros sujeitos à aplicação dos requisitos de imparidade previstos na IFRS 9, anali-
sados por stage de imparidade, encontram-se detalhados nos quadros seguintes:
'19
EXPOSIÇÃO BRUTA
'19
PERDAS POR IMPARIDADE
'19
EXPOSIÇÃO LÍQUIDA
'18
EXPOSIÇÃO BRUTA
'18
PERDAS POR IMPARIDADE
'18
EXPOSIÇÃO LÍQUIDA
As perdas de crédito esperadas para instrumentos de dívida ao justo valor através de outro rendimento integral são reconhecidos
em resultados por contrapartida de outro rendimento integral, pelo que não diminuem o valor de balanço destes ativos, conforme
previsto na norma IFRS 9.
De seguida apresenta-se a análise, por categoria de ativos financeiros, dos principais fatores que justificam as variações nas perdas
por imparidade durante os anos de 2018 e 2019:
Ativos financeiros ao custo amortizado - Crédito a clientes, Títulos de dívida associados a operações de crédito,
compromissos irrevogáveis e garantias prestadas
Stage 1 Stage 2 Stage 3 Total
De seguida apresenta-se informação adicional, por categoria de ativo financeiro, sobre as alterações significativas no valor bruto
contabilístico durante os anos de 2018 e 2019 que contribuíram para as alterações relativas às perdas por imparidade:
Ativos financeiros ao custo amortizado - Crédito a clientes, Títulos de dívida associados a operações de crédito,
compromissos irrevogáveis e garantias prestadas
Stage 1 Stage 2 Stage 3 Total
O montante considerado na linha de novos ativos financeiros originados ou adquiridos nos anos de 2019 e 2018 inclui a renovação
de operações de revolving.
Como resultado da atividade de reestruturação de operações de crédito pelo Banco, os ativos financeiros podem ter sido modi-
ficados. Apresenta-se de seguida informação detalhada sobre os ativos financeiros modificados que não tenham resultado em
desreconhecimento:
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, as operações de crédito, os títulos de dívida associados a operações de crédito, garantias pres-
tadas e compromissos irrevogáveis e revogáveis classificadas em “stage 1”, “stage 2” e “stage 3” apresentam a seguinte exposição
e imparidade em base individual e coletiva:
STAGE 1 STAGE 2
Segmento Exposição Imparidade % Exposição Imparidade
EMPRESAS
Grandes empresas 1.114.969 9.204 0,8% 113.707 7.297
Médias empresas - Construção 376.943 3.640 1,0% 16.681 1.693
Médias empresas - Indústria 313.371 2.341 0,7% 24.152 2.996
Médias empresas - Comércio e reparações 301.325 2.465 0,8% 15.487 1.818
Médias empresas - Outros setores 520.190 4.691 0,9% 28.843 2.343
Pequenas empresas - Construção 140.336 1.232 0,9% 3.745 460
Pequenas empresas - Indústria 47.028 857 1,8% 1.325 300
Pequenas empresas - Comércio e reparações 98.782 1.161 1,2% 5.638 1.093
Pequenas empresas - Outros setores 178.909 2.331 1,3% 6.637 1.298
3.091.853 27.922 0,9% 216.215 19.298
Responsabilidades extrapatrimoniais:
Garantias prestadas (1) 271.970 1.133 0,4% 26.994 1.123
Compromissos irrevogáveis 345.307 976 0,3% 19.938 743
Compromissos revogáveis 753.829 4.590 0,6% 18.175 972
1.371.106 6.699 0,5% 65.107 2.838
4.462.959 34.621 0,8% 281.322 22.136
PARTICULARES
Habitação 1.370.169 1.122 0,1% 71.569 3.239
Consumo 79.238 498 0,6% 9.082 1.261
Revolving (2)
5.599 20 0,4% 917 194
Empresários em nome individual (ENI's) 28.866 352 1,2% 1.541 308
1.483.872 1.992 0,1% 83.109 5.002
Responsabilidades extrapatrimoniais:
Garantias prestadas (1) 3.595 7 0,2% 115 -
Compromissos irrevogáveis 82.759 102 0,1% 2.070 239
Compromissos revogáveis 8.006 31 0,4% 131 25
94.360 140 0,1% 2.316 264
1.578.232 2.132 0,1% 85.425 5.266
6.041.191 36.753 0,6% 366.747 27.402
A linha “Revolving” refere-se a contas correntes caucionadas, cartões de crédito e descobertos bancários.
'19
STAGE 1 STAGE 2 STAGE 3 TOTAL
Setor de atividade Exposição Imparidade % Exposição Imparidade % Exposição Imparidade % Exposição Imparidade %
Crédito
1.578.232 2.132 0,1% 85.425 5.266 6,2% 52.045 32.444 62,3% 1.715.702 39.842 2,3%
a Particulares
Crédito
a Empresas
Construção 999.053 7.803 0,8% 107.174 4.185 3,9% 117.081 50.974 43,5% 1.223.308 62.962 5,1%
Indústria 746.028 6.363 0,9% 62.338 8.442 13,5% 47.467 31.423 66,2% 855.833 46.228 5,4%
Comércio
807.810 6.532 0,8% 40.084 4.439 11,1% 66.942 43.603 65,1% 914.836 54.574 6,0%
e reparações
Outros setores 1.910.068 13.923 0,7% 71.726 5.070 7,1% 119.062 46.729 39,2% 2.100.856 65.722 3,1%
6.041.191 36.753 0,6% 366.747 27.402 7,5% 402.597 205.173 51,0% 6.810.535 269.328 3,95%
'18
STAGE 1 STAGE 2 STAGE 3 TOTAL
Seto de atividade Exposição Imparidade % Exposição Imparidade % Exposição Imparidade % Exposição Imparidade %
Crédito
1.306.165 1.937 0,1% 54.906 1.974 3,6% 61.110 30.620 50,1% 1.422.181 34.531 2,4%
a Particulares
Crédito
a Empresas
Construção 852.301 4.933 0,6% 210.665 3.149 1,5% 154.810 71.221 46,0% 1.217.776 79.303 6,5%
Indústria 710.782 8.501 1,2% 56.267 3.730 6,6% 53.640 30.922 57,6% 820.689 43.153 5,3%
Comércio
707.966 5.799 0,8% 161.549 3.285 2,0% 62.141 45.279 72,9% 931.656 54.363 5,8%
e reparações
Outros setores 1.858.283 9.012 0,5% 236.265 5.503 2,3% 134.344 47.257 35,2% 2.228.892 61.772 2,8%
5.435.497 30.182 0,6% 719.652 17.641 2,5% 466.045 225.299 48,3% 6.621.194 273.122 4,12%
'19
AVALIAÇÃO INDIVIDUAL AVALIAÇÃO COLETIVA TOTAL
Crédito por Crédito por Crédito por
Geografia Imparidade Imparidade Imparidade
desembolso desembolso desembolso
Portugal 1.713.662 80.411 3.213.443 151.729 4.927.105 232.140
União Europeia 46.412 4.594 39.651 671 86.063 5.265
Outros 136.785 518 57.824 391 194.609 909
1.896.859 85.523 3.310.918 152.791 5.207.777 238.314
'19
AVALIAÇÃO INDIVIDUAL AVALIAÇÃO COLETIVA TOTAL
Crédito por Crédito por Crédito por
Geografia Imparidade Imparidade Imparidade
assinatura assinatura assinatura
Portugal 715.900 24.395 778.991 6.465 1.494.891 30.860
União Europeia 2.025 43 1.661 13 3.686 56
Outros 57.312 42 46.869 56 104.181 98
775.237 24.480 827.521 6.534 1.602.758 31.014
'18
AVALIAÇÃO INDIVIDUAL AVALIAÇÃO COLETIVA TOTAL
Crédito por Crédito por Crédito por
Geografia Imparidade Imparidade Imparidade
desembolso desembolso desembolso
Portugal 2.007.555 111.921 2.658.648 135.118 4.666.203 247.039
União Europeia 83.139 706 33.168 317 116.307 1.023
Outros 76.591 160 47.574 342 124.165 502
2.167.285 112.787 2.739.390 135.777 4.906.675 248.564
'18
AVALIAÇÃO INDIVIDUAL AVALIAÇÃO COLETIVA TOTAL
Crédito por Crédito por Crédito por
Geografia Imparidade Imparidade Imparidade
assinatura assinatura assinatura
Portugal 858.823 18.586 639.987 5.664 1.498.810 24.250
União Europeia 10.375 32 1.660 5 12.035 37
Outros 199.390 266 4.284 5 203.674 271
1.068.588 18.884 645.931 5.674 1.714.519 24.558
EMPRESAS
Grandes
empresas
Outros setores 134 287.752 1.864 169 222.768 5.694 56 46.731 134.237 99 24.708 1.042
294 603.314 9.316 275 269.604 8.643 129 79.365 822.230 163 35.271 1.703
Médias
empresas
Construção 823 138.530 3.550 504 109.032 3.498 409 76.963 4.693 312 20.741 1.503
Indústria 1.178 123.580 6.655 558 71.956 2.212 454 46.376 4.744 510 31.648 2.422
Comércio
e reparações
1.646 93.194 3.607 756 70.893 4.138 651 43.388 3.743 628 32.383 3.994
Outros setores 827 139.949 3.891 606 143.033 3.479 610 109.569 7.987 493 65.672 1.436
4.474 495.253 17.703 2.424 394.914 13.327 2.124 276.296 21.167 1.943 150.444 9.355
Pequenas
empresas
Construção 1.163 138.530 1.184 727 41.410 706 567 14.739 677 445 13.820 369
Indústria 653 123.580 638 372 12.007 961 330 7.900 679 318 6.187 860
Comércio
e reparações
1.591 93.194 1.302 1.077 29.722 1.889 972 17.014 1.522 837 9.974 935
Outros setores 1.854 139.949 2.074 1.480 63.648 1.960 1.316 29.784 1.769 1.073 14.583 1.143
5.261 495.253 5.198 3.656 146.787 5.516 3.185 69.437 4.647 2.673 44.564 3.307
PARTICULARES
Habitação 4.466 419.121 513 3.729 346.861 739 2.917 239.413 1.504 1.297 90.484 896
Consumo 1.648 25.556 1.535 1.733 27.481 1.152 1.549 18.618 1.702 1.131 9.402 1.108
Revolving 3.480 368 16 5.067 802 35 5.277 812 55 5.313 634 50
ENI's 693 12.440 658 498 5.512 260 392 4.052 238 390 2.888 384
10.287 457.485 2.722 11.027 380.656 2.186 10.135 262.895 3.499 8.131 103.408 2.438
20.316 1.738.786 34.939 17.382 1.191.961 29.672 15.573 687.993 30.762 12.910 333.687 16.803
Garantias
prestadas
1.162 60.388 1.057 797 43.588 715 772 37.800 1.145 578 20.937 510
Compromissos
irrevogáveis
4.786 169.644 449 5.893 130.436 1.132 5.653 50.899 1.113 5.846 23.759 273
Compromissos
revogáveis
729 51.382 329 720 34.571 422 704 45.538 726 735 34.681 320
6.677 281.414 1.835 7.410 208.595 2.269 7.129 134.237 2.984 7.159 79.377 1.103
26.993 2.020.200 36.774 24.792 1.400.556 31.941 22.702 822.230 33.746 20.069 413.064 17.906
21 3.939 666 12 18.338 1.767 9 720 88 275 6.014 1.189 468 191.307 7.846
33 18.913 256 10 1.331 81 20 3.965 68 53 12.075 423 240 213.879 8.010
24 1.762 302 21 4.262 916 13 1.444 114 111 30.015 507 297 103.187 2.647
29 90.638 1.084 64 80.394 4.019 17 12.842 143 137 11.511 263 705 777.344 14.494
107 115.252 2.308 107 104.325 6.783 59 18.971 413 576 59.615 2.382 1.710 1.285.717 32.997
359 33.397 6.367 228 36.308 2.905 185 15.350 1.808 674 25.157 9.899 3.494 455.478 34.223
537 16.595 2.493 479 28.304 2.914 411 21.059 2.113 1.168 33.118 5.283 5.295 372.636 28.836
787 23.839 2.429 602 29.021 2.040 487 26.189 2.704 1.221 38.558 11.798 6.778 357.465 34.453
478 62.114 2.853 329 25.010 1.802 251 23.490 2.882 456 26.107 3.543 4.050 594.944 27.873
2.161 135.945 14.142 1.638 118.643 9.661 1.334 86.088 9.507 3.519 122.940 30.523 19.617 1.780.523 125.385
486 7.213 584 325 4.455 674 189 2.721 663 633 5.396 2.932 4.535 152.150 7.789
297 2.926 582 257 2.014 483 167 2.095 600 513 2.116 1.048 2.907 54.838 5.851
858 7.319 1.125 521 5.091 818 410 4.792 1.204 1.308 6.813 4.260 7.574 117.638 13.055
1.074 11.811 1.686 499 5.692 844 322 3.576 534 1.087 5.806 3.826 8.705 198.732 13.836
2.715 29.269 3.977 1.602 17.252 2.819 1.088 13.184 3.001 3.541 20.131 12.066 23.721 523.358 40.531
1.045 67.977 1.505 816 50.961 1.254 130 9.178 656 5.157 244.578 10.242 19.557 1.468.573 17.309
802 7.535 1.345 258 3.464 655 166 2.046 884 1.694 10.745 6.317 8.981 104.847 14.698
4.459 834 105 2.223 492 48 863 313 78 13.068 4.730 2.173 39.750 8.985 2.560
442 1.959 288 266 1.959 245 241 2.256 515 1.179 4.708 2.246 4.101 35.774 4.834
6.748 78.305 3.243 3.563 56.876 2.202 1.400 13.793 2.133 21.098 264.761 20.978 72.389 1.618.179 39.401
11.731 358.771 23.670 6.910 297.096 21.465 3.881 132.036 15.054 28.734 467.447 65.949 117.437 5.207.777 238.314
609 26.578 975 467 25.445 1.327 218 8.582 301 1.530 130.025 13.465 6.133 353.343 19.495
6.192 20.958 526 2.806 15.565 110 950 2.730 58 8.062 49.004 642 40.188 462.995 4.303
988 47.440 956 1.282 104.843 917 1.401 109.007 1.340 5.925 358.958 2.206 12.484 786.420 7.216
7.789 94.976 2.457 4.555 145.853 2.354 2.569 120.319 1.699 15.517 537.987 16.313 58.805 1.602.758 31.014
19.520 453.747 26.127 11.465 442.949 23.819 6.450 252.355 16.753 44.251 1.005.434 82.262 176.242 6.810.535 269.328
EMPRESAS
Grandes
empresas
Outros setores 223 443.630 5.170 63 64.050 291 106 28.856 1.698 67 122.975 1.352
379 737.637 9.968 140 139.859 1.732 186 93.183 10.557 147 164.624 2.121
Médias
empresas
Construção 787 123.854 3.784 435 101.196 5.210 357 31.851 3.811 437 45.487 7.863
Indústria 1.369 113.957 4.379 446 63.832 5.897 556 46.709 3.877 528 30.231 3.163
Comércio
e reparações
1.891 113.874 4.484 762 60.427 4.475 672 43.047 2.809 900 34.557 2.704
Outros setores 905 191.463 4.323 659 134.265 5.376 575 110.671 2.029 626 80.317 2.693
4.952 543.148 16.970 2.302 359.720 20.958 2.160 232.278 12.526 2.491 190.592 16.423
Pequenas
empresas
Construção 1.107 54.341 993 631 23.272 819 542 18.066 620 601 9.202 680
Indústria 701 18.016 392 378 11.214 856 353 8.541 453 380 4.291 565
Comércio
e reparações
1.778 43.251 982 1.050 22.323 1.501 1.005 14.842 1.021 1.039 10.483 1.149
Outros setores 1.877 82.226 1.633 1.433 39.542 1.633 1.282 22.325 1.255 1.356 17.015 1.580
5.463 197.834 4.000 3.492 96.351 4.809 3.182 63.774 3.349 3.376 40.991 3.974
PARTICULARES
Habitação 4.167 380.293 604 3.205 271.820 1.243 1.412 103.550 964 1.131 77.388 1.575
Consumo 2.010 35.730 911 2.007 26.747 2.002 1.598 14.025 1.448 1.237 11.563 1.762
Revolving 5.078 659 8 5.355 3.296 28 5.648 760 26 4.740 924 62
ENI's 800 9.227 322 510 6.777 345 511 4.585 598 596 3.178 322
12.055 425.909 1.845 11.077 308.640 3.618 9.169 122.920 3.036 7.704 93.053 3.721
22.849 1.904.528 32.783 17.011 904.570 31.117 14.697 512.155 29.468 13.718 489.260 26.239
Garantias
prestadas
1.451 149.079 716 875 44.299 1.101 627 27.741 334 690 31.419 1.050
Compromissos
irrevogáveis
6.518 324.869 816 6.017 106.129 1.082 6.460 25.839 192 6.903 39.034 300
Compromissos
revogáveis
808 60.195 479 778 46.519 363 837 38.035 313 1.080 47.642 642
8.777 534.143 2.011 7.670 196.947 2.546 7.924 91.615 839 8.673 118.095 1.992
31.626 2.438.671 34.794 24.681 1.101.517 33.663 22.621 603.770 30.307 22.391 607.355 28.231
25 8.818 423 4 3.208 933 7 5.998 15 101 30.494 246 254 135.280 2.911
66 99.856 7.101 11 18.543 1.073 3 733 21 19 9.509 114 558 788.152 16.820
120 153.570 10.209 37 34.545 3.565 18 7.350 46 166 53.359 2.627 1.193 1.384.127 40.825
261 45.299 5.233 166 17.857 3.870 59 4.091 1.525 568 28.518 14.541 3.070 398.153 45.837
486 40.254 4.043 308 24.005 2.431 143 8.933 1.056 590 34.039 6.210 4.426 361.960 31.056
622 35.032 3.086 407 27.482 2.986 159 8.553 3.513 749 31.531 11.586 6.162 354.503 35.643
410 36 357 1.916 227 29.266 3.520 75 4.126 1.204 331 27.642 3.149 3.808 614.107 24.210
1.779 156.942 14.278 1.108 98.610 12.807 436 25.703 7.298 2.238 121.730 35.486 17.466 1.728.723 136.746
390 5.484 666 178 3.139 808 70 1.293 717 501 6.649 3.835 4.020 121.446 9.138
296 2.326 532 153 2.543 695 48 725 420 255 1.644 791 2.564 49.300 4.704
653 6.121 721 422 5.586 1.114 146 1.530 861 839 6.294 3.761 6.932 110.430 11.110
680 7.882 940 332 3.928 605 180 2.229 1.429 725 4.181 2.567 7.865 179.328 11.642
2.019 21.813 2.859 1.085 15.196 3.222 444 5.777 3.427 2.320 18.768 10.954 21.381 460.504 36.594
901 58.383 802 139 10.765 483 100 7.665 181 5.402 264.529 5.711 16.457 1.174.393 11.563
738 5.222 805 242 2.489 976 1.195 5.485 4.642 466 10.733 2.871 9.493 111.994 15.417
2.277 556 31 848 325 50 613 258 159 10.280 4.890 1.735 34.839 11.668 2.099
369 2.357 416 275 3.339 544 76 630 450 987 5.173 2.323 4.124 35.266 5.320
4.285 66.518 2.054 1.504 16.918 2.053 1.984 14.038 5.432 17.135 285.325 12.640 64.913 1.333.321 34.399
8.203 398.843 29.400 3.734 165.269 21.647 2.882 52.868 16.203 21.859 479.182 61.707 104.953 4.906.675 248.564
566 31.715 1.175 284 9.919 179 119 5.219 45 1.225 89.428 9.781 5.837 388.819 14.381
3.254 15.594 53 1.048 2.961 23 303 635 3 8.566 60.587 629 39.069 575.648 3.098
1.440 105.513 816 1.584 109.012 1.214 395 36.981 563 6.202 306.155 2.689 13.124 750.052 7.079
5.260 152.822 2.044 2.916 121.892 1.416 817 42.835 611 15.993 456.170 13.099 58.030 1.714.519 24.558
13.463 551.665 31.444 6.650 287.161 23.063 3.699 95.703 16.814 37.852 935.352 74.806 162.983 6.621.194 273.122
'19 '18
Ativos financeiros ao custo amortizado
Aplicações em Instituições de Crédito (Nota 6) 466.300 584.259
Crédito a clientes (Nota 7) 4.502.225 4.121.672
Títulos de dívida associados a operações de crédito (Nota 8) 467.238 536.439
Títulos de dívida não associados a operações de crédito (Nota 8) 1.101.523 1.065.825
Instrumentos de dívida ao justo valor através de outro rendimento integral (Nota 5) 262.424 357.305
6.799.710 6.665.500
EXTRAPATRIMONIAIS
Garantias e compromissos assumidos 1.571.744 1.689.961
8.371.454 8.355.461
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a exposição máxima ao risco de crédito de ativos financeiros não sujeitos a requisitos de impa-
ridade apresenta o seguinte detalhe:
'19 '18
Ativos financeiros não detidos para negociação obrigatoriamente ao justo valor
através de resultados (Nota 4)
Instrumentos de dívida 35.052 35.106
35.052 35.106
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o justo valor e o valor líquido contabilístico dos imóveis recebidos em dação pode ser detalhado
como segue:
'19
VALOR CONTABILÍSTICO
POR TEMPO DE DAÇÃO
Valor
Número Justo Valor ≥ 1 ano e
contabilístico < 1 ano ≥ 2,5 anos
Imóveis do ativo < 2,5 anos
(Nota 10)
TERRENO
Urbano 2 41 41 - 41 41
Rústico 6 397 397 132 265 -
8 438 438 132 265 41
EDIFÍCIOS CONSTRUÍDOS
Comerciais 14 358 358 - - 358
Habitação 12 1.253 1.253 336 111 805
Outros 5 1.069 1.069 92 962 15
31 2.680 2.680 428 1.073 1.178
39 3.118 3.118 560 1.338 1.219
Conforme referido na nota 2.6 os imóveis recebidos em dação não são amortizados, sendo valorizados ao menor entre a quantia es-
criturada e o justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes ativos é determinado com base em avaliações
periódicas efetuadas por peritos avaliadores independentes. Sempre que o valor decorrente dessas avaliações (líquido de custos de
venda) seja inferior ao valor por que se encontram contabilizados, são registadas perdas por imparidade.
Ativos onerados
Considera-se um ativo onerado, um ativo explícita ou implicitamente constituído como garantia ou sujeito a um acordo para garantir,
colateralizar ou melhorar a qualidade de crédito em qualquer operação da qual não possa ser livremente retirado.
De acordo com os requisitos definidos na Instrução n.° 28/2014, de 15 de janeiro de 2015 do Banco de Portugal, apresenta-se de
seguida informação sobre os ativos onerados.
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a composição dos ativos onerados e não onerados é a seguinte:
'19
ATIVOS ONERADOS ATIVOS NÃO ONERADOS
Valor Justo Valor Justo
contabilístico valor contabilístico valor
Caixa, disponibilidades em Bancos Centrais e em outras Instituições de Crédito 1.216 1.216 599.870 599.870
Ativos financeiros não detidos para negociação obrigatoriamente ao
- - 70.935 70.935
justo valor através dos resultados
Ativos financeiros pelo justo valor através de outro rendimento integral 57.254 57.254 205.170 205.170
Ativos financeiros ao custo amortizado
192.680 194.309 1.376.081 1.402.650
- Títulos de dívida
251.150 252.779 2.252.056 2.278.625
'18
ATIVOS ONERADOS ATIVOS NÃO ONERADOS
Valor Justo Valor Justo
contabilístico valor contabilístico valor
Ativos financeiros não detidos para negociação obrigatoriamente ao
- - 67.884 67.884
justo valor através dos resultados
Ativos financeiros pelo justo valor através de outro rendimento integral 92.249 92.249 265.056 265.056
Ativos financeiros ao custo amortizado
306.455 307.691 1.295.809 1.314.699
- Títulos de dívida
398.704 399.940 1.628.749 1.647.639
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o Banco não apresenta qualquer colateral recebido onerado.
'19
Restante
Portugal Outros Total
União Europeia
Ativos financeiros não detidos para negociação
obrigatoriamente ao justo valor através dos resultados
A - 15.994 - 15.994
B1 23.583 - - 23.583
Sem rating 16.447 6.282 8.629 31.358
40.030 22.276 8.629 70.935
Emitidos por:
Instituições financeiras 23.583 15.994 4.472 44.049
Outros emitentes 16.447 6.282 4.157 26.886
40.030 22.276 8.629 70.935
Ativos financeiros pelo justo valor através
de outro rendimento integral
A- 1.616 - - 1.616
BBBH 213.733 - - 213.733
BBB - 4.191 - 4.191
BBB- - 27.620 - 27.620
Sem rating 15.230 2 32 15.264
230.579 31.813 32 262.424
Emitidos por:
Governos e Outras Autoridades Locais 208.358 - - 208.358
Corporates 17.811 31.811 - 49.622
Instituições financeiras 4.400 - - 4.400
Outros emitentes 10 2 32 44
230.579 31.813 32 262.424
Ativos financeiros ao custo amortizado - Títulos de dívida
A - 102.558 - 102.558
Aa3 - - - -
B - - 166 166
Baa3 22.861 - - 22.861
BB 5.206 - - 5.206
BB- - 280.823 280.823
BBB - 400.035 - 400.035
BBBH (1) 51.956 198.196 - 250.152
Sem rating 488.188 18.772 - 506.960
568.211 1.000.384 166 1.568.761
Emitidos por:
Governos e Outras Autoridades Locais 51.956 981.612 166 1.033.734
Corporates 434.706 8.809 - 443.515
Instituições financeiras 5.206 - - 5.206
Outros emitentes 76.343 9.963 - 86.306
568.211 1.000.384 166 1.568.761
'19
Portugal Bélgica Espanha Outros Total
AAA - - - 1.500 1.500
Aa3 - 50.483 - 17.632 68.115
AL - - 113.056 - 113.056
Baa1 - - - - -
BBBH - - - 65.095 65.095
BBB+ - - 47.207 - 47.207
BBB 42.779 - - - 42.779
BB+ - - 9.996 - 9.996
Sem rating 22.289 - - 96.263 118.552
65.068 50.483 170.259 180.490 466.300
'18
Portugal Bélgica Espanha Outros Total
AAA - - - 1.133 1.133
Aa3 - 110.267 - - 110.267
Baa1 27.360 - - 114.848 142.208
BBBH - - 116.266 - 116.266
BBBL 35.210 - - - 35.210
BBH 22.291 - - - 22.291
BB 32.988 - - - 32.988
Sem rating 22.157 - 36.198 65.541 123.896
140.006 110.267 152.464 181.522 584.259
O risco de mercado corresponde ao risco de variação do justo valor ou dos cash flows dos instrumentos financeiros em função de
alterações nos preços de mercado, incluindo os seguintes riscos: taxa de juro, cambial e de preço.
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o impacto no justo valor dos instrumentos financeiros sensíveis a risco de taxa de juro de des-
locações paralelas na curva das taxas de juro de referência de 25 e 100 basis points (bp), respetivamente, pode ser demonstrado
pelos seguintes quadros:
'19
-100 bp -25 bp +25 bp +100 bp
Caixa, disponibilidades em Bancos Centrais e em outras
97 24 (24) (96)
Instituições de Crédito
Aplicações em Instituições de Crédito 345 86 (83) (197)
Carteira de títulos 19.247 4.632 (4.364) (16.241)
Crédito a clientes (saldo bruto) 99.598 22.528 (19.088) (55.847)
TOTAL DO ATIVO SENSÍVEL 119.287 27.270 (23.560) (72.381)
Recursos de Bancos Centrais (2.470) (612) 609 2.415
Recursos de outras Instituições de Crédito (1.081) (260) 253 976
Recursos de clientes e outros empréstimos (22.411) (5.518) 5.427 21.173
TOTAL DO PASSIVO SENSÍVEL (25.962) (6.390) 6.289 24.564
IMPACTO LÍQUIDO 93.325 20.880 (17.271) (47.817)
'18
-100 bp -25 bp +25 bp +100 bp
Caixa, disponibilidades em Bancos Centrais e em outras
98 24 (24) (97)
Instituições de Crédito
Aplicações em Instituições de Crédito 623 143 (102) (259)
Carteira de títulos 23.239 5.389 (5.192) (20.006)
Crédito a clientes (saldo bruto) 88.165 18.585 (15.431) (49.802)
TOTAL DO ATIVO SENSÍVEL 112.125 24.141 (20.749) (70.164)
Recursos de Bancos Centrais (6.793) (1.679) 1.667 6.594
Recursos de outras Instituições de Crédito (1.057) (255) 249 963
Recursos de clientes e outros empréstimos (21.457) (5.232) 5.142 20.181
TOTAL DO PASSIVO SENSÍVEL (29.307) (7.166) 7.058 27.738
IMPACTO LÍQUIDO 82.818 16.975 (13.691) (42.426)
Para além de se considerar o floor do indexante para os contratos que o têm, considerou-se que todas as operações com clientes
(Crédito a clientes e Recursos de clientes) tem um floor natural de 0% na taxa de juro final. Para todas as restantes operações do
balanço (por exemplo, operações de Money Market), considerou-se que este floor natural não existe.
VaR
A Direção de Controlo de Riscos procede semanalmente ao cálculo do VaR, com um nível de confiança de 99% e com um horizon-
te temporal de perda máxima a uma semana. A simulação engloba duas metodologias: paramétrico e através de simulações de
Monte Carlo. Para cada uma destas análises é ainda efetuado um cálculo de perda máxima acima do valor previsível inerente ao
intervalo de confiança (expected shortfall) sendo ainda complementarmente apurado o VaR Marginal. Para os títulos com impacto
em reservas de reavalição é adicionalmente apurado o VaR a um mês, com um nível de confiança de 99%.
A Direção de Controlo de Riscos remete semanalmente os resultados do cálculo do VaR à Direção Internacional e Financeira como
elemento de suporte à gestão da carteira própria por parte desta.
O cálculo do VaR incide sobre títulos de dívida e instrumentos de capital, incluindo unidades de participação em organismos de
investimento coletivo.
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o VaR associado à carteira era de, aproximadamente, 4.117 m.Euros e 7.032 m.Euros, respetivamente.
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, os instrumentos financeiros apresentam o seguinte detalhe por moeda:
'19
MOEDA
Dólar Norte Libra
Euro Iene Outras Total
Americano Esterlina
ATIVO
Caixa, disponibilidades em Bancos Centrais
549.079 47.185 1.314 10 3.536 601.124
e em outras Instituições de Crédito (1)
Ativos financeiros detidos para negociação 792 (556) - - - 236
Ativos financeiros não detidos para
negociação obrigatoriamente ao justo valor 60.907 10.028 - - - 70.935
através dos resultados
Ativos financeiros pelo justo valor através
245.657 16.767 - - - 262.424
de outro rendimento integral
Aplicações em Instituições de Crédito (1) 60.234 352.313 52.898 - 1.078 466.523
Crédito a clientes (1)
4.697.859 28.841 - - - 4.726.700
Títulos de dívida (1) 1.568.960 180 8.825 - - 1.577.965
Derivados - Contabilidade de cobertura 41 - - - - 41
Outros 272.300 (31.199) 171 36 123 241.431
7.455.829 423.559 63.208 46 4.737 7.947.379
PASSIVO
Passivos financeiros detidos para negociação 275 - - - - 275
Recursos de Bancos Centrais 197.769 - - - - 197.769
Recursos de outras Instituições de Crédito 247.726 223.367 45.263 1 3.371 519.728
Recursos de clientes e outros empréstimos 5.930.744 199.550 16.529 3 1.215 6.148.041
Derivados - Contabilidade de cobertura 909 - - - - 909
Outros 215.063 459 1.417 42 151 217.132
6.592.486 423.376 63.209 46 4.737 7.083.854
CAPITAL PRÓPRIO
Outro rendimento integral acumulado 1.220 1 - - - 1.221
DIFERENCIAL 862.123 182 (1) - - 862.304
Justo Valor
A comparação entre o justo valor e o valor de balanço dos principais ativos e passivos registados pelo custo amortizado, em 31 de
dezembro de 2019 e 2018, é apresentado como se segue:
'19
Valor de balanço Justo valor Diferença
ATIVO
Caixa, disponibilidades em Bancos Centrais e em outras
601.086 601.086 -
Instituições de Crédito
Aplicações em Instituições de Crédito 466.300 466.300 -
Crédito a clientes 4.493.146 4.719.054 225.908
Títulos de dívida 1.568.761 1.596.959 28.198
7.129.293 7.383.399 254.106
PASSIVO
Recursos de Bancos Centrais 197.769 197.769 -
Recursos de outras Instituições de Crédito 519.727 519.036 (691)
Recursos de clientes e outros empréstimos 6.148.041 6.153.903 5.862
6.865.537 6.870.708 5.171
•• A rubrica “Caixa, disponibilidades em Bancos Centrais e em outras Instituições de Crédito”, dado tratarem-se de aplicações
à vista ou de muito curto prazo, o Banco considera que o valor contabilístico é uma aproximação razoável do seu justo valor.
•• O mesmo racional foi aplicado às “Aplicações em Instituições de Crédito” à vista ou de curto prazo. Para as restantes “Aplicações
em Instituições de Crédito” foi aplicado o método do desconto dos cash flows futuros, considerando a curva de Obrigações do
Tesouro;
•• As operações de crédito analisadas foram sujeitas ao desconto dos cash flows futuros (capital e juros) para a data de referên-
cia, à taxa de juro média ponderada pelo montante para créditos concedidos nos três meses anteriores, para cada segmento
analisado. Para os casos em que os clientes apresentem indícios de imparidade e cujo justo valor do crédito é superior ao mon-
tante recuperável, foi considerado este último;
•• Para os “Ativos financeiros ao custo amortizado - Títulos de dívida”, tratando-se de instrumentos financeiros admitidos à nego-
ciação em mercado regulamentado é considerado o respetivo valor de mercado. Para as restantes situações é efetuada uma
abordagem semelhante às operações de crédito;
•• Para as tomadas de fundos de curto prazo obtidas junto de Bancos Centrais foi assumido que o seu valor contabilístico constitui
uma aproximação razoável do seu justo valor. Para os restantes recursos obtidos junto de Bancos Centrais, os quais estão en-
quadrados em operações de financiamento de longo prazo (TLTRO), foi aplicado o método do desconto dos cash flows futuros,
considerando as taxas disponibilizadas pelo BCE nos últimos leilões efetuados;
•• Para os “Recursos de outras Instituições de Crédito” de curto prazo, o Banco considera que o valor contabilístico é uma aproxi-
mação razoável do seu justo valor. Para os restantes foi aplicado o método do desconto dos cash flows futuros, considerando
as curvas da Euribor/Libor e das Obrigações do Tesouro;
•• Recursos de clientes e outros empréstimos: do total de recursos de clientes mantidos junto do Banco em 31 de dezembro de 2019,
cerca de 2,27 mil milhões de Euros correspondiam a recursos à vista (1,96 mil milhões de Euros em 31 de dezembro de 2018). Para
esta componente, o Banco considera que o valor contabilístico é uma aproximação razoável do seu justo valor, uma vez que
a política de pricing para estes depósitos se manteve constante ao longo do ano. Para os restantes, que ascendiam em 31 de
dezembro de 2019, a aproximadamente 3,87 mil milhões de Euros (3,79 mil milhões de Euros em 31 de dezembro de 2018), o Banco
aplicou a taxa média ponderada pelo montante dos depósitos constituídos nos últimos três meses.
Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a forma de apuramento do justo valor dos Instrumentos Financeiros refletidos nas Demonstrações
Financeiras, pode ser resumida como se segue:
'19
Inputs observáveis Outras técnicas
Total
de mercado de valorização
Nível 2 Nível 3
Ativos financeiros não detidos para negociação obrigatoriamente
66.463 4.472 70.935
ao justo valor através dos resultados
Ativos financeiros pelo justo valor através de outro rendimento integral 260.076 2.348 262.424
Títulos de dívida não associados a operações de crédito 1.101.523 - 1.101.523
1.428.062 6.820 1.434.882
Nível 1: Cotações de mercado – nesta coluna foram incluídos os instrumentos financeiros valorizados com base em cotações de
mercados ativos e transações;
Nível 2: Técnicas de valorização – inputs observáveis no mercado – nesta coluna foram incluídos os instrumentos financeiros valo-
rizados com base em bids indicativos fornecidos por contrapartes externas disponíveis na Bloomberg, bem como unidades
de participação em organismos de investimento coletivo;
Nível 3: Outras técnicas de valorização – esta coluna inclui os instrumentos financeiros valorizados com base em modelos de avalia-
ção ou preços fornecidos pelas entidades estruturadoras dos produtos.
O Novo Banco teve inicialmente como único acionista o Fundo de Resolução, o qual foi criado pelo Estado Português em 2012, tendo
iniciado atividade em junho desse ano. No âmbito da medida de resolução acima descrita, a entrada de capital do Fundo de Resolução
no Novo Banco foi financiada através de um empréstimo concedido por um sindicato bancário (no qual o Banco Participou), num mon-
tante de cerca de 700.000 m.Euros, e de um empréstimo concedido pelo Estado Português de, aproximadamente, 3.900.000 m.Euros.
Por comunicado público de 28 de setembro de 2016, o Fundo de Resolução anunciou ter acordado com o Ministério das Finanças a
revisão do empréstimo de 3.900.000 m.Euros originalmente concedido ao Fundo de Resolução em 2014 para financiamento da medida
de resolução aplicada ao BES. De acordo com o Fundo de Resolução, a revisão visava assegurar a capacidade do Fundo de Resolução
para cumprir as suas obrigações através das suas receitas regulares, independentemente das eventuais contingências a que o Fundo
de Resolução esteja exposto. No mesmo dia, o Gabinete do Ministro das Finanças anunciou igualmente que aumentos de responsa-
bilidades decorrentes da materialização de contingências futuras determinarão o ajustamento da maturidade dos empréstimos do
Estado e dos Bancos ao Fundo de Resolução, de forma a manter o esforço contributivo exigido ao setor bancário nos níveis atuais.
O Banco participou no sindicato bancário através de um contrato mútuo de 20.000 m.Euros. Este contrato mútuo vigorava até 4 de
novembro de 2014, sendo renovável automaticamente por períodos de 3 meses, até ao prazo máximo de 2 anos, contado desde 4
de agosto de 2014.
Em 15 de fevereiro de 2017, de forma a ajustar o plano de reembolso à capacidade do Fundo de Resolução para cumprir integralmen-
te as obrigações emergentes do contrato mútuo com base nas suas receitas regulares, excluindo assim o recurso a contribuições
especiais ou qualquer outro tipo de contribuição extraordinária, foi efetuado um aditamento ao contrato de mútuo em que a data
de vencimento do contrato de mútuo passou para 31 de dezembro de 2046.
Foi ainda neste aditamento consagrado o tratamento pari passu das obrigações do Fundo de Resolução emergentes deste contra-
to de mútuo e dos contratos de empréstimo celebrados pelo Fundo de Resolução com o Estado.
Em 15 de janeiro de 2016, o Conselho de Administração do Banco de Portugal iniciou um segundo processo de venda da participa-
ção do Fundo de Resolução no Novo Banco, após ter optado por interromper, em 15 de setembro de 2015, o primeiro processo de
venda sem aceitar qualquer das três propostas vinculativas por considerar que nenhuma delas apresentava condições adequadas
em matéria de preço e de risco para o Fundo de Resolução.
Em 2 de outubro de 2017, o Estado Português celebrou um Acordo Quadro com o Fundo de Resolução, por um período máximo de
onze anos, o qual prevê a disponibilização dos fundos necessários para assegurar o cumprimento das responsabilidades assumidas
no âmbito do processo de venda do Novo Banco, com um limite anual de 850.000 m.Euros.
O Acordo Quadro consagra que as responsabilidades assumidas pelo Fundo de Resolução ao abrigo do mesmo apenas poderão
ser satisfeitas após terem sido pagos todos os montantes devidos ao abrigo dos empréstimos concedidos pelo Estado Português e
pelo sindicato bancário, nos montantes de 3.900.000 m.Euros e 700.000 m.Euros, respetivamente.
No mesmo dia, o Estado Português e o Fundo de Resolução celebraram um contrato de abertura de crédito até ao montante máxi-
mo de 1.000.000 m.Euros, com o limite de utilização anual de 850.000 m.Euros e vencimento em 31 de dezembro de 2046.
Em 24 de maio de 2018, o Fundo de Resolução comunicou a realização nessa mesma data do pagamento ao Novo Banco do montante
de cerca de 792 milhões de Euros, resultante da aplicação do mecanismo de capitalização contingente acima referido, tendo para o efei-
to utilizado recursos próprios, complementados por um empréstimo adicional do Estado Português no montante de 430 milhões de Euros.
Em 6 de maio de 2019, o Fundo de Resolução procedeu ao pagamento ao Novo Banco da verba apurada relativamente ao exercício
de 2018 no montante de 1.149 milhões de Euros, utilizando para este efeito recursos próprios e recorrendo a um empréstimo junto do
Estado de 850 milhões de Euros, o qual corresponde ao limite máximo de financiamento acordado.
Na comunicação dos resultados do exercício de 2019 efetuada em 28 de fevereiro de 2020, o Novo Banco divulgou que irá solicitar
uma compensação adicional de 1.037 milhões de Euros ao abrigo do mecanismo de capital contingente (MCC). Assim, o valor total
das compensações solicitadas em 2017 e 2018 e a solicitar relativamente a 2019 totalizam 2,98 mil milhões de Euros. O montante
máximo de compensação estabelecido no MCC é de 3,89 mil milhões de Euros.
A maior parte dos ativos que não foram objeto de alienação foram transferidos para um veículo de gestão de ativos, denominado
Oitante, S.A. (Oitante), criado especificamente para o efeito, o qual tem como acionista único o Fundo de Resolução. Para o efeito, o
Oitante procedeu à emissão de obrigações representativas de dívida, as quais foram adquiridas na totalidade pelo BST, tendo sido
para o efeito prestada uma garantia pelo Fundo de Resolução e uma contragarantia pelo Estado Português.
A operação envolveu um apoio público de cerca de 2.255.000 m.Euros para cobertura de contingências futuras, dos quais 489.000
m.Euros pelo Fundo de Resolução e 1.766.000 m.Euros diretamente pelo Estado, em resultado das opções acordadas entre as auto-
ridades portuguesas, as instâncias europeias e o BST, para a delimitação do perímetro dos ativos e passivos alienados.
Na presente data, não existe qualquer estimativa relativamente ao valor total das eventuais perdas a incorrer pelo Fundo de Reso-
lução resultantes do processo de alienação do Novo Banco, dos litígios associados ao processo de resolução do BES, incluindo no
âmbito do denominado “processo dos lesados do BES” e tentativas de resolução do mesmo, das eventuais perdas na sequência da
resolução do Banif e encargos relacionados com os respetivos processos.
As Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2019 refletem a expectativa do Conselho de Administração de que não serão
exigidas ao Banco, enquanto entidade participante do Fundo de Resolução, contribuições especiais ou qualquer outro tipo de con-
tribuições extraordinárias para financiar as medidas de resolução aplicadas ao BES e ao Banif ou qualquer outro passivo ou passivo
contingente assumido pelo Fundo de Resolução no contexto das referidas medidas, tendo em consideração:
•• as condições definidas no âmbito da renegociação em março de 2017 dos empréstimos que o Fundo de Resolução obteve
para financiamento das medidas de resolução, incluindo a extensão do prazo de vencimento para 31 de dezembro de 2046 e a
possibilidade de ajustamento desse prazo, tendo por objetivo garantir que o Fundo de Resolução tem capacidade para cumprir
integralmente as suas obrigações com base em receitas regulares e sem necessidade de recurso a contribuições especiais ou
qualquer outro tipo de contribuições extraordinárias por parte do setor bancário;
•• os comunicados públicos efetuados pelo Fundo de Resolução e pelo Gabinete do Ministro das Finanças, que referem o objetivo
de assegurar que tais contribuições não serão necessárias.
“Luanda Leaks”
Em 19 de janeiro de 2020 foi tornada pública uma investigação realizada por um consórcio internacional de jornalistas aos negócios
da Sra. Engenheira Isabel dos Santos, acionista do EuroBic.
No dia 20 de janeiro de 2020, em reunião do Conselho de Administração, foi tomado um conjunto de deliberações divulgadas ao
mercado nesse mesmo dia através do seguinte comunicado de imprensa:
“Na sequência dos eventos mediáticos suscitados pela divulgação de informações reservadas relativas à Eng.a Isabel dos Santos –
apresentadas internacionalmente como Luanda Leaks – e a perceção pública de que este Banco possa não cumprir integralmente
as suas obrigações pelo facto de a Eng.a Isabel dos Santos ser um dos seus acionistas de referência, o Conselho de Administração
do EuroBic, em reunião hoje efetuada, deliberou:
- encerrar a relação comercial com entidades controladas pelo universo da acionista Eng.a Isabel dos Santos e pessoas estreita-
mente relacionadas com a mesma.
No respeito pelos deveres de sigilo bancário a que o Banco está sujeito, apenas podemos esclarecer publicamente que os paga-
mentos ordenados pela cliente Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) à Matter Business Solutions respeitaram
os procedimentos legais e regulamentares formalmente aplicáveis no âmbito da regular relação comercial existente entre este
Banco e a Sonangol, designadamente os que se referem à prevenção do branqueamento de capitais.
- face às informações vindas a público, com elementos que até esta data eram desconhecidos por este Banco, solicitar a realização
imediata de uma auditoria aos movimentos referidos no ponto anterior;
- remeter ao Banco de Portugal todo o processo em poder do EuroBic referente às operações envolvendo as quantias transferidas
pela Sonangol para a Matter em novembro de 2017 bem como informá-lo das decisões tomadas.
Por fim, reiteramos que o EuroBic não é parte no processo que tem vindo a ser noticiado, o qual diz apenas respeito à esfera de
interesses e relações jurídicas da acionista Eng.a Isabel dos Santos.”
“No quadro das diligências que têm vindo a ser promovidas pelo Conselho de Administração do EuroBic, com vista a salvaguardar
a confiança na instituição, informamos o seguinte:
1 - A Eng.a Isabel dos Santos tomou a decisão de saída da estrutura acionista do EuroBic;
2 - A operação de alienação da sua participação foi já iniciada, a qual, face à existência de interessados, tem assegurada a sua
concretização a muito breve prazo, sujeita, nos termos da lei, à prévia autorização das autoridades competentes;
3 - Uma vez que tal decisão de saída é definitiva e irá concretizar-se o mais brevemente possível, a acionista renunciou desde já e
em definitivo ao exercício dos seus direitos de voto;
4 - Na sequência destas decisões, os Administradores não executivos que exercem funções na estrutura de gestão do Universo da
Eng.a Isabel dos Santos apresentaram a renúncia aos seus cargos no EuroBic com efeitos imediatos;
5 - De todas estas decisões foi dado conhecimento prévio ao Banco de Portugal.”
A medida foi decretada em cumprimento de carta rogatória passada pelas Justiças de Angola – Serviço Nacional de Recuperação
de Ativos.
O arresto preventivo revoga a medida de apreensão anteriormente decretada nos mesmos autos e determina a inerente privação
do exercício de direito de voto por partes destas duas acionistas e dos seus direitos a receber dividendos.
As alterações mais relevantes ocorridas no AE foram a alteração na fórmula de determinação da contribuição da entidade
empregadora para os SAMS e a introdução de um novo benefício denominado Prémio fim de carreira que substitui o Prémio
de antiguidade. Estas são enquadradas como alteração dos benefícios de longo prazo nos termos previstos na IAS 19, como
tal têm impacto no valor atual das responsabilidades com serviços prestados que serão reconhecidos na demonstração dos
resultados.
O impacto estimado das alterações descritas anteriormente ascende a 10,1 milhões de Euros, antes de imposto, pela diminuição de
responsabilidades com serviços prestados por benefícios de longo prazo. Por conseguinte, o impacto líquido estimado no resultado
do exercício de 2020 e, consequentemente, nos capitais próprios do Banco, ascende a 7,5 milhões de Euros positivo.
Coronavírus
O ano 2020 tem sido marcado pela epidemia denominada Covid-19, provocada pelo SARS-CoV-2, designação dada ao novo
coronavírus. Em janeiro foram registados os primeiros casos na Europa. O desenvolvimento de casos por todo o Mundo levou a Or-
ganização Mundial de Saúde, em março de 2020, a caracterizar a Covid-19 como uma pandemia.
Existe um elevado nível de incerteza sobre os impactos económico-financeiros desta pandemia. Não obstante, antecipa-se um
efeito negativo para economia mundial e, consequentemente, nacional.
O sistema bancário tem no seu balanço um conjunto de ativos cuja recuperabilidade e respetiva mensuração é influenciada, direta
ou indiretamente, pela evolução económico-financeira global, nomeadamente, a carteira de crédito concedido a clientes, os inves-
timentos em carteira própria, e os ativos por impostos diferidos. Neste contexto, o valor pelo qual estes ativos são reconhecidos no
balanço do Banco será influenciado em razão dos impactos negativos que se vierem a materializar ao nível da economia mundial e
nacional, decorrente da escalada desta pandemia.
Com referência a 31 de dezembro de 2019, a valorização dos ativos referidos anteriormente não incorpora os potenciais efeitos desta
situação, dado tratar-se de um evento subsequente não ajustável nos termos da Norma Internacional de Contabilidade n.° 10 –
“Acontecimentos após a data do balanço”.
À data da aprovação das contas do exercício de 2019 pelo Conselho de Administração o Banco não dispunha de informação que
lhe permitisse quantificar com razoabilidade e fiabilidade estes impactos negativos, cuja extensão é atualmente incerta, e depen-
derá de um conjunto de fatores, incluindo a severidade e duração da pandemia, bem como das medidas extraordinárias que os
governos de cada país adotaram e/ou terão de adotar.
A par dos Organismos e Autoridades internacionais e locais, o Conselho de Administração do Banco tem vindo a implementar um
Plano de Contingência para fazer face aos efeitos desta pandemia, garantindo os níveis de capital, liquidez e de capacidade ope-
racional que asseguram a continuidade das operações e da sua atividade.
No âmbito do processo de adoção da IFRS 16, na data de transição, o Banco analisou a totalidade dos contratos relevantes de
forma a reavaliar se os mesmos constituem, ou contêm, uma locação, não aplicando o expediente prático de definição de locação
definido na norma, isto é, considerar apenas os contratos que cumprem com os requisitos de locação definidos na IAS 17.
A partir das operações consideradas como locações segundo a norma IFRS 16, o passivo de locação foi mensurado pelo valor pre-
sente dos pagamentos remanescentes da locação, descontados com base na taxa incremental de financiamento do locatário, com
referência a 1 de janeiro de 2019.
Na data de transição, o Banco apurou uma taxa incremental de financiamento segmentada por natureza de ativo subjacente ao
contrato de locação para o apuramento do passivo de locação, tendo em consideração a maturidade definida, o tipo de bem
locado e a moeda do contrato. A média ponderada da taxa incremental de financiamento, por tipologia de ativo subjacente, apli-
cada no apuramento do passivo de locação na data de transição é apresentada na tabela abaixo.
Taxa
Imóveis 1,81%
Veículos 2,73%
Equipamentos -
Os ativos de direito de uso foram mensurados pelo valor igual ao passivo de locação, ajustado por montantes pagos antecipada-
mente, entre outros.
Para locações anteriormente classificadas como locações financeiras, o Banco reconheceu o valor contabilístico do ativo e passivo
de locação imediatamente antes da transição como o valor contabilístico do direito de uso e do passivo de locação na data da
implementação inicial.
Tal como previsto na IFRS 16 o Banco adotou os seguintes expedientes práticos previstos na norma:
•• Não contabilização do passivo de locação e respetivo direito de uso em operações em que contrato de locação, tenha uma
maturidade não superior a 12 meses – locações de curto-prazo;
Os impactos no balanço decorrentes da adoção da IFRS 16 com referência a 1 de janeiro de 2019 são detalhados conforme segue:
Impacto
31-12-2018 01-01-2019
da IFRS 16
ATIVO
Caixa, disponibilidades em Bancos Centrais e em outras Instituições de Crédito 658.590 - 658.590
Ativos financeiros ao justo valor através de resultados
Ativos financeiros detidos para negociação 53 - 53
Ativos financeiros não detidos para negociação obrigatoriamente ao justo
67.884 - 67.884
valor através de resultados
Ativos financeiros ao justo valor através de outro rendimento integral 357.305 - 357.305
Ativos financeiros ao custo amortizado
Aplicações em Instituições de Crédito 584.259 - 584.259
Créditos a clientes 4.112.938 - 4.112.938
Títulos de dívida 1.602.264 - 1.602.264
Ativos não correntes detidos para venda 11.391 - 11.391
Ativos tangíveis 42.138 28.803 70.941
Ativos intangíveis 6.707 - 6.707
Ativos por impostos - - -
Ativos por impostos correntes 19 - 19
Ativos por impostos diferidos 36.177 - 36.177
Outros ativos 38.714 (200) 38.514
TOTAL DO ATIVO 7.518.439 28.603 7.547.042
PASSIVO
Passivos financeiros detidos para negociação 168 - 168
Passivos financeiros ao custo amortizado
Recursos de Bancos Centrais 434.750 - 434.750
Recursos de outras Instituições de Crédito 610.096 - 610.096
Recursos de clientes e outros empréstimos 5.759.241 - 5.759.241
Derivados – Contabilidade de cobertura 328 - 328
Provisões 38.044 - 38.044
Passivos por impostos correntes 11.151 - 11.151
Passivos por impostos diferidos 4.505 - 4.505
Outros passivos 140.716 28.603 169.319
TOTAL DO PASSIVO 6.998.999 28.603 7.027.602
CAPITAL PRÓPRIO
Capital 410.430 - 410.430
Prémio de emissão 6.790 - 6.790
Outro rendimento integral acumulado 11.255 - 11.255
Outras reservas 81.226 - 81.226
Resultados transitados 32.718) - 32.718)
Resultado do exercício 42.457 - 42.457
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 519.440 - 519.440
TOTAL DO PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO 7.518.439 28.603 7.547.042
A implementação desta norma não teve impacto líquido nos Resultados Transitados a 1 de janeiro de 2019.
A IFRS 9 introduziu novos requisitos relacionados essencialmente com a classificação e mensuração de instrumentos financeiros,
determinação de perdas por imparidade de ativos financeiros e aplicação de contabilidade de cobertura.
A Norma não teve impacto ao nível da classificação e mensuração dos passivos financeiros do Banco.
Contabilidade de cobertura
O Banco aplica os requisitos para a aplicação de contabilidade de cobertura previstos na norma IFRS 9.
As políticas contabilísticas em vigor no Banco ao nível dos instrumentos financeiros após adoção da IFRS 9 em 1 de janeiro de 2018,
encontram-se descritas na nota 2.5. Instrumentos financeiros.
Os requisitos previstos na IFRS 9 foram, na generalidade, aplicados pelo Banco de forma retrospetiva através do ajustamento do ba-
lanço de abertura à data da aplicação inicial (1 de janeiro de 2018). Não obstante, conforme permitido pelas disposições transitórias
da IFRS 9, o Banco optou por não proceder à reexpressão dos saldos comparativos do período anterior. As diferenças nos valores
contabilísticos dos ativos e passivos financeiros resultantes da adoção da IFRS 9 foram reconhecidos em Resultados transitados em
1 de janeiro de 2018.
O impacto da adoção da IFRS 9 nas Demonstrações Financeiras do Banco encontra-se detalhado abaixo.
O impacto da implementação da IFRS 9 em 1 de janeiro de 2018 no capital próprio do Banco foi o seguinte:
'18
Outro Outras
Outras Total do
rendimento reservas e
rubricas de Capital
integral resultados
Capital Próprio Próprio
acumulado transitados
Capital Próprio em 31 de dezembro de 2017 - Antes da IFRS 9 442.249 37.471 44.942 524.662
Imparidade (Nota 17)
Disponibilidades em Bancos Centrais e outras Instituições
- - (3) (3)
de Crédito
Ativos ao custo amortizado
Aplicações em Instituições de Crédito - - (145) (145)
Crédito a clientes - - (12.795) (12.795)
Títulos de dívida - - (2.208) (2.208)
Ativos financeiros pelo justo valor através de outro
- 2.985 (2.985) -
rendimento integral
- 2.985 (18.136) (15.151)
Provisões para compromissos e garantias financeiras (Nota 19) - - (11.692) (11.692)
Alteração da classificação de títulos - (4.236) 1.654 (2.582)
- (1.251) (28.174) (29.425)
Impostos diferidos (Nota 12) - 282 6.711 6.993
IMPACTO TOTAL - (969) (21.463) (22.432)
CAPITAL PRÓPRIO EM 1 DE JANEIRO DE 2018 - APÓS A IFRS 9 442.249 36.502 23.479 502.230
O impacto da implementação da IFRS 9 no rácio CET1 do Banco foi uma redução de 52 p.b. de 12,45% em 31 de dezembro de 2017
para 11,93% em 1 de janeiro de 2018 numa base fully loaded.
O Banco aderiu ao regime de diferimento prudencial do impacto de transição relacionado com as perdas esperadas de crédito,
previstas no Regulamento 2017/2395 do BCE. Com efeito, o impacto da transição, para efeitos prudenciais, será diferido em cinco
anos. O impacto no CET1 para o ano de 2018 é de apenas 6 bps.
Os impactos no balanço do Banco decorrentes da adoção da IFRS 9 com referência a 1 de janeiro de 2018 são detalhados conforme segue:
'18
IAS 39 IFRS 9
Reclassificações Remensuração
31-12-2017 01-01-2018
ATIVO
Caixa, disponibilidades em Bancos Centrais e em outras Instituições de Crédito 496.732 - (3) 496.729
Ativos financeiros ao justo valor através de resultados
Ativos financeiros detidos para negociação 32 - - 32
Ativos financeiros não detidos para negociação obrigatoriamente ao
n.a. 37.092 37.092
justo valor através de resultados
Ativos financeiros designados ao justo valor através de resultados 16.171 (16.171) - -
Ativos financeiros ao justo valor através de outro rendimento integral n.a. 738.092 - 738.092
Ativos financeiros disponíveis para venda 1.501.079 (1.498.497) (2.582) -
Ativos financeiros ao custo amortizado
Aplicações em Instituições de Crédito 530.436 - (145) 530.291
Créditos a clientes 3.555.106 - (12.795) 3.542.311
Títulos de dívida 617.586 1.002.106 (2.208) 1.617.484
Investimentos detidos até à maturidade 262.622 (262.622) - -
Derivados – Contabilidade de cobertura - - - -
Ativos não correntes e grupos para alienação classificados
2.976 - - 2.976
como detidos para venda
Ativos tangíveis 55.370 - - 55.370
Ativos intangíveis 1.642 - - 1.642
Ativos por impostos
Ativos por impostos correntes - - - -
Ativos por impostos diferidos 11.579 - 6.711 18.290
Outros ativos 39.576 - - 39.576
TOTAL DO ATIVO 7.090.907 - (11.022) 7.079.885
PASSIVO
Passivos financeiros detidos para negociação 174 - - 174
Passivos financeiros ao custo amortizado
Recursos de Bancos Centrais 501.184 - - 501.184
Recursos de outras Instituições de Crédito 442.565 - - 442.565
Recursos de clientes e outros empréstimos 5.349.810 - - 5.349.810
Títulos de dívida emitidos: passivos subordinados 94.858 - - 94.858
Derivados – Contabilidade de cobertura 1 - - 1
Provisões 27.943 - 11.692 39.635
Passivos por impostos
Passivos por impostos correntes 15.433 - - 15.433
Passivos por impostos diferidos 12.292 (372) 90 12.010
Outros passivos 121.985 - - 121.985
TOTAL DO PASSIVO 6.566.245 (372) 11.782 6.577.655
CAPITAL PRÓPRIO
Capital 410.430 - - 410.430
Prémio de emissão 6.790 - - 6.790
Outro rendimento integral acumulado 37.471 (1.282) 313 36.502
Outras reservas 81.226 - - 81.226
Resultados transitados (36.284) 1.654 (23.117) (57.747)
Resultado do exercício 25.029 - - 25.029
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 524.662 372 (22.804) 502.230
TOTAL DO PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO 7.090.907 - (11.022) 7.079.885
Nas alíneas seguintes encontram-se explicados em maior detalhe os impactos da adoção da IFRS 9 ao nível da classificação e
mensuração de instrumentos financeiros e da determinação de perdas por imparidade de ativos financeiros.
O quadro abaixo apresenta a categoria de mensuração e o valor contabilístico dos ativos financeiros, de acordo com a IAS 39 e a
IFRS 9, em 1 de janeiro de 2018.
'18
IAS 39 IFRS 9
Valor Valor
Categoria Mensuração Categoria Mensuração
contabilístico contabilístico
Não se verificaram alterações ao nível da classificação e mensuração dos passivos financeiros do Banco decorrentes da adoção da IFRS 9.
O quadro seguinte apresenta a reconciliação entre os valores contabilísticos dos ativos financeiros de acordo com as categorias de
mensuração de IAS 39 e IFRS 9, em 1 de janeiro de 2018 (data de transição).
'18
ATIVOS FINANCEIROS AO CUSTO AMORTIZADO
IAS 39 IFRS 9
Notas Reclassificação Remensuração
31-12-2017 01-01-2018
Caixa, disponibilidades em Bancos Centrais e em outras Instituições
de Crédito
SALDO DE ABERTURA EM IAS 39 496.732 - - 496.732
Remensuração: perdas por imparidade (A) - - (3) (3)
SALDO FINAL EM IFRS 9 496.732 - (3) 496.729
Aplicações em Instituições de Crédito
SALDO DE ABERTURA EM IAS 39 530.436 - - 530.436
Remensuração: perdas por imparidade (A) - - (145) (145)
SALDO FINAL EM IFRS 9 530.436 - (145) 530.291
Crédito a clientes
SALDO DE ABERTURA EM IAS 39 3.555.106 - - 3.555.106
Remensuração: perdas por imparidade (A) - - (12.795) (12.795)
SALDO FINAL EM IFRS 9 3.555.106 - (12.795) 3.542.311
Títulos de dívida
SALDO DE ABERTURA EM IAS 39 617.586 - - 617.586
Transferência: de Ativos financeiros detidos até à maturidade (IAS 39) (B) - 262.622 - 262.622
Transferência: de Ativos financeiros disponíveis para venda (IAS 39) (C) - 739.484 - 739.484
Remensuração: perdas por imparidade (A) - - (2.208) (2.208)
SALDO FINAL EM IFRS 9 617.586 1.002.106 (2.208) 1.617.484
Ativos financeiros detidos até à maturidade
SALDO DE ABERTURA EM IAS 39 262.622 - - 262.622
Transferência: para Ativos financeiros ao custo amortizado
(B) - (262.622) - (262.622)
- títulos de dívida (IFRS 9)
SALDO FINAL EM IFRS 9 262.622 (262.622) - -
TOTAL DE ATIVOS FINANCEIROS AO CUSTO AMORTIZADO 5.462.482 739.484 (15.151) 6.186.815
'18
ATIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR
ATRAVÉS DE RESULTADOS
IAS 39 IFRS 9
Notas Reclassificação Remensuração
31-12-2017 01-01-2018
(A) N
o âmbito da aplicação dos requisitos previstos na IFRS 9, o Banco apurou perdas por imparidade adicionais para os seguintes ativos financeiros, por
contrapartida da rubrica de “Resultados transitados”:
- Disponibilidades em outras Instituições de Crédito;
- Ativos financeiros ao custo amortizado – Aplicações em Instituições de Crédito;
- Ativos financeiros ao custo amortizado – Crédito a clientes;
- Ativos financeiros ao custo amortizado – Títulos de dívida;
- Ativos financeiros ao justo valor através de outro rendimento integral - instrumentos de dívida.
(B) Instrumentos de dívida reclassificados para novas categorias de acordo com a IFRS 9, na sequência da eliminação das categorias anteriores da IAS 39, sem
alterações na sua base de mensuração:
- Instrumentos anteriormente classificados como detidos até à maturidade, atualmente classificados como ativos financeiros ao custo amortizado;
- Instrumentos anteriormente classificados como ao justo valor através de resultados, atualmente classificados como não detidos para negociação
obrigatoriamente ao justo valor através de resultados;
- Instrumentos anteriormente classificados como disponíveis para venda, atualmente classificados como ativos financeiros ao justo valor através de outro
rendimento integral.
(C) Classificação em “Ativos financeiros ao custo amortizado – Títulos de dívida” de títulos de dívida anteriormente em “Ativos financeiros disponíveis para
venda”, cujo modelo de negócio é “held to collect” e cujas características dos fluxos de caixa contratuais se enquadram no âmbito da definição de SPPI.
(D) C
lassificação em “Ativos financeiros não detidos para negociação obrigatoriamente ao justo valor através de resultados” de títulos de dívida anteriormente
em “Ativos financeiros disponíveis para venda”, cujas características dos fluxos de caixa contratuais não se enquadram no âmbito da definição de SPPI.
(E) O
Banco optou pela designação irrevogável de instrumentos de capital, que não sejam detidos para negociação nem retribuição contingente reconhecida
por um adquirente numa concentração de atividades empresariais à qual se aplique a IFRS 3, como ao justo valor através de outro rendimento integral,
conforme permitido pela IFRS 9. Estes instrumentos encontravam-se anteriormente classificados como “Ativos financeiros disponíveis para venda”.
As variações de justo valor destes instrumentos não serão reclassificados para resultados quando do respetivo desreconhecimento.
'18
Reclassificações para Ativos financeiros ao custo amortizado
De ativos financeiros disponíveis para venda (IAS 39)
Justo valor em 31 de dezembro de 2018 101.426
Variação no justo valor que teria sido reconhecida em outro rendimento integral durante o exercício de 2018
409
se os ativos financeiros não tivessem sido reclassificados
O quadro abaixo apresenta a reconciliação entre os valores contabilísticos das imparidades e provisões em balanço de acordo com
as categorias de mensuração da IAS 39 e IFRS 9 em 1 de janeiro de 2018 (data de aplicação inicial):
'18
Perdas por Perdas por
Categoria de mensuração imparidade IAS 39/ Reclassificação Remensuração imparidade/
Provisões IAS 37 Provisões IFRS 9
I Modelo de Negócio
Descrição do objetivo e da amplitude do envolvimento da instituição (i.e. compromissos Ver Relatório e Contas:
5.
e obrigações assumidos), relativamente a cada atividade desenvolvida; - Áreas de Negócio
Descrição qualitativa e quantitativa dos resultados com ênfase nas perdas Ver Relatório e Contas:
8.
(quando aplicável) e impacto dos write-downs nos resultados; - Análise Económico‑Financeira.
10. Descrição dos motivos e fatores responsáveis pelo impacto sofrido; N.A.
12. Decomposição dos write-downs entre montantes realizados e não realizados; N.A.
13. Descrição da influência da turbulência financeira na cotação das ações da entidade; N.A.
eurobic.pt
2019
RELATÓRIO & CONTAS