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APOSTILA COMPLETA

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ATENÇÃO!

O Concursos GG adverte que reproduzir e compartilhar apostilas, imagens e


aulas é crime de violação de direito autoral, previsto na Lei 9.610 e no art.
184, §§ 1º e 2º, do Código Penal, podendo gerar punição, culminando em
uma pena de reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
É muito importante ressaltar que o direito brasileiro realiza uma ampla
proteção ao direito de imagem, prevendo o dever de indenizar em caso
de sua violação. A proteção é de tamanha importância, que possui previsão
constitucional, no art. 5º, inciso V, da Constituição Federal.
Além disso, o Código Civil, em seu artigo 20, também confere proteção ao
direito de imagem, proibindo a divulgação de escritos, a transmissão da
palavra ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma
pessoa, sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a
boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.
A Súmula nº 203 do Superior Tribunal de Justiça relata ainda que independe
de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada de
imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais.
Portanto, o aluno que compartilha materiais, aulas e outros, possui o dever
de reparar pelo uso indevido da imagem, mesmo que não haja prova do
prejuízo e/ou dolo na conduta do agente. Além disso, ainda pode vir a sofrer
as sanções penais supracitadas.
Desta forma, é terminantemente proibido o rateio de materiais do curso
através de grupos de Whatsapp, Facebook, E-mail ou qualquer outro meio
de compartilhamento. Inclusive alertamos que a matrícula do aluno pode vir
a ser cancelada caso seja constatada a prática de rateio, conforme previsão
contratual.
Atualidades do
Mercado Financeiro
Prof. Edgar Abreu

CARTA AOS FUTUROS ESCRITURÁRIOS DO BANCO DO BRASIL

Futuro escriturário do Banco do Brasil. Sou o professor Edgar Abreu, serei o responsável por fazer
você acertar TODAS as questões de atualidades do mercado financeiro no dia 23 de Abril.
Tenho bastante experiência em concursos, mais de 15 anos. A maioria dos funcionários aprovados
em concursos no Banrisul, CEF, BRB, BNB e também Banco do Brasil, foram meus alunos.
Dessa vez não vai ser diferente. Se você ler com calma, dedicar tempo e atenção, tenho certeza que
você será compensado.
Já estive aí no seu lugar, estudando para o concurso do Banrisul, há exatamente 20 anos. Estudei
também por uma apostila, comprada, já que não tinhamos apostilas grátis na época (fui o pioneiro
no Brasil a disponibilizar esse tipo de conteúdo de forma gratuita).
Fui aprovado e o que eu posso te dizer é que o cargo público, trabalhar em um banco, mudou mi-
nha vida e me formou como profissional. Hoje eu sou o professor mais conhecido e respeitado em
TODOS os bancos do país, públicos ou privados, e tudo começou com uma “simples” apostila. Sai
do banco apenas para realizar o meu sonho, ser professor.
Espero que esse concurso possa mudar a sua vida também. Pode contar comigo e todos os meus
amigos professores, aqui na turma do GG.
Agora sim, desejo bons estudos para todos nós e espero que assim que sair o resultado você me
mande um e-mail ou poste uma foto no Instagram ou Facebook me marcando, deixo abaixo meus
contatos:
• Instagram: @prof.edgarabreu
• Facebook: @edgar.abreu
Foi lindo e vamos estudar!

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EDITAL PUBLICADO NO DIA 23 DE DEZEMBRO DE 2022

Conforme o pai havia previsto há um mês atrás (FUI O ÚNICO A PREVER) chegou o nosso edital, BB!
Em relação ao último edital do BB, de 2021, nenhuma mudança, mas claro, mesmo sem mudar o
conteúdo e a banca, as aulas do concurso passado, assim como a apostila de 2021, já estão TODAS
desatualizadas. Mas pode ficar tranquilo, essa está “novinha em folhas” (risos)
Serão 5 questões que com uma pequena dedicação de estudo, tenho certeza que o candidato irá
conseguir gabaritar.
Além disso, o tema é super relevante para quem deseja trabalhar no mercado financeiro, entenden-
do sobre fintech, criptomoedas, pix, open banking e todas as novidades e atualizações do mercado.
Vale lembrar que a prova só poderá cobrar fatos e informações até a data da publicação do edital

EDITAL 23 DE DEZEMBRO DE 2022

1 – Os bancos na Era Digital: Atualidade, tendências e desafios. 2 – Internet banking. 3 – Mobile


banking. 4 – Open banking. 5 – Novos modelos de negócios. 6 – Fintechs, startups e big techs. 7 –
Sistema de bancos-sombra (Shadow banking). 8 – Funções da moeda. 9 – O dinheiro na era digital:
blockchain, bitcoin e demais criptomoedas. 10 – Marketplace. 11 – Correspondentes bancários.
12 – Arranjos de pagamentos. 13 – Sistema de pagamentos instantâneos (PIX). 14 – Segmentação e
interações digitais. 15 – Transformação digital no Sistema Financeiro

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MÓDULO 01

1. BANCOS DIGITAIS E NOVOS MODELOS DE NEGÓCIOS

ITENS DO EDITAL – 2022


1 – Os bancos na Era Digital: Atualidade, tendências e desafios.
2 – Internet banking.
3 – Mobile banking.
5 – Novos modelos de negócios.
6 – Fintechs, startups e big techs.
7- Sistema de bancos-sombra (Shadow banking).

1.1 INTERNET BANKING E MOBILE BANKING

1.1.1 O QUE É?
Internet Banking: é o seu banco aberto 24 horas, todos os dias e em qualquer lugar do mundo.
Com ele você pode realizar consultas, fazer pagamentos, transferências, investimentos, simular fi-
nanciamentos, empréstimos e muito mais através do seu computador.
Mobile banking: pode ser descrito como a facilidade oferecida pelos bancos aos seus clientes, na
qual eles podem acessar suas contas bancárias e realizar transações monetárias remotamente
usando dispositivos de telecomunicação móvel como smartphones, tablets ou dispositivos celula-
res. Pode ser feito através do serviço de mensagens curtas (SMS), web móvel ou aplicativo. O clien-
te pode aproveitar esse serviço a qualquer hora e em qualquer lugar

BANCO MÓVEL INTERNET BANKING


O mobile banking se refere a uma insta-
Internet banking implica um serviço que
lação baseada na Internet fornecida por
permite aos clientes realizar as transações
Significado bancos que permite que os clientes exe-
financeiras eletronicamente, com o uso
cutem transações bancárias, através de
da internet.
dispositivos celulares.
Dispositivo Celulares ou tablets Computadores ou Laptops
Serviço de mensagens curtas, aplicativo
Usos Site do banco
móvel ou site
Funções Limitado Comparativamente mais
Fonte (adaptado): https://pt.gadget-info.com/difference-between-mobile-banking

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1.1.2 EVOLUÇÃO DA UTILIZAÇÃO DESSAS TECNOLOGIAS


É obvio e esperado que com o avanço da tecnologia, disponibilização de internet, redução de preço
de serviços e equipamentos, iriam aumentar o número de transações online.
No gráfico a seguir, conseguimos perceber essa mudança, notando um crescimento da utilização
dos canais digitais para realização de transações bancárias.

Perceba também uma migração de operações realizadas de internet banking para o mobile banking.
Dois fatores impulsionam essa migração:

Propositalmente eu resolvi apresentar esse gráfico com os dados até antes da pandemia. Pois, pós
pandemia covid-19 é esperado uma migração ainda maior para canais digitais, impulsionados por
restrições médicas, protocolos e indisponibilidades.

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A seguir apresento um gráfico, também apresentado pela FEBRABAN sobre comportamento do


consumidor nos primeiros meses de pandemia.

Perceba o crescimento dos canais digitais em relação aos físicos. Segundo dados da própria Febraban:
“Juntos, os canais digitais (internet banking e mobile banking) concentram 67%
de todas as transações (68,7 bilhões) e são responsáveis por 8 em cada 10 pa-
gamentos de contas, e por 9 em cada 10 contratações de crédito. Entre os 21
bancos que participaram do levantamento, 8 responderam que foram abertas 7,6
milhões de contas pelos canais digitais, uma alta de 90% ante 2019.”

Veja agora esse quadro por operações, que extrai também de uma publicação da FEBRABAN:

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Aqui importante destacar o grande crescimento das transações de transferência, investimento e


crédito contratadas via mobile banking.
Já nas agencias bancárias o único grande crescimento foi de operações de renegociações de dívidas.

1.2 FINTECHS, STARTUPS E BIG TECHS

1.2.1 O QUE É?
StartUP: Muitas pessoas dizem que qualquer pequena empresa em seu período inicial pode ser
considerada uma startup. Outros defendem que uma startup é uma empresa com custos de manu-
tenção muito baixos, mas que consegue crescer rapidamente e gerar lucros cada vez maiores. Mas
há uma definição mais atual, que parece satisfazer a diversos especialistas e investidores: uma star-
tup é um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócios repetível e escalável, trabalhando
em condições de extrema incerteza.
Big Techs: são as empresas gigantes da tecnologia. Elas recebem essa denominação por serem as
líderes em seus respectivos setores e atingirem a população em escala global.
Algumas das empresas consideradas como big techs são: Apple, Google, Facebook e Amazon. Sen-
do que cada uma delas atua em uma frente diferente, inovando nos produtos e influenciando o
comportamento das pessoas.
Fintechs: são empresas que introduzem inovações nos mercados financeiros por meio do uso in-
tenso de tecnologia, com potencial para criar novos modelos de negócios. Atuam por meio de pla-
taformas online e oferecem serviços digitais inovadores relacionados ao setor.

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No Brasil, há várias categorias de fintechs:

Atualmente, há duas categorias de fintechs sujeitas à regulação do Banco Central:


1. as fintechs de crédito, que realizam operações de crédito; e
2. as instituições de pagamento (IP), que podem atuar como emissora de moeda eletrônica (car-
tão de débito), emissora de instrumento de pagamento pós-pago (cartão de crédito) ou cre-
denciadora (empresa que habilita estabelecimentos comerciais/prestadores de serviços para
aceitarem cartões).

Benefícios das fintechs

BENEFÍCIOS DAS FINCTECHS

• Aumento da eficiência e concorrência no mercado de crédito


• Rapidez e celeridade nas transações
• Diminuição da burocracia no acesso ao crédito
• Criação de condições para redução do custo do crédito
• Inovação
• Acesso ao Sistema Financeiro Nacional.

Podem ser autorizadas a funcionar no país dois tipos de fintechs de crédito – para intermediação
entre credores e devedores por meio de negociações realizadas em meio eletrônico: a Sociedade
de Crédito Direto (SCD) e a Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP), cujas operações cons-
tarão do Sistema de Informações de Créditos (SCR) e estão regulamentadas desde abril de 2018
pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) – Resoluções 4.656 e 4.657.
Para entrar em operação, as fintechs que quiserem operar como SCD ou SEP devem solicitar auto-
rização ao Banco Central.

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Sociedade de Empréstimo entre pessoas (SEP): A SEP realiza operações de crédito entre pesso-
as, conhecidas no mercado como peer-to-peer lending. Nessas operações eletrônicas, a fintech se
interpõe na relação entre credor e devedor, realizando uma clássica operação de intermediação
financeira, pelos quais podem cobrar tarifas. Ao contrário da SCD, a SEP pode fazer captação de
recursos do público, desde que eles estejam inteira e exclusivamente vinculados à operação de
empréstimo.
Neste caso, a fintech atua apenas como intermediária dos contratos realizados entre os credores
e os tomadores de crédito. Os recursos são de terceiros que apenas utilizam a infraestrutura pro-
porcionada pela SEP para conectar credor e tomador. Nesse tipo de operação, a exposição de um
credor, por SEP, deve ser de no máximo R$ 15 mil.
Sociedade de Crédito Direto (SCD): O modelo de negócio da SCD caracteriza-se pela realização de
operações de crédito, por meio de plataforma eletrônica, com recursos próprios. Ou seja, esse tipo
de instituição não pode fazer captação de recursos do público.
Seus potenciais clientes devem ser selecionados com base em critérios consistentes, verificáveis e
transparentes, contemplando aspectos relevantes para avaliação do risco de crédito, como situação
econômico-financeira, grau de endividamento, capacidade de geração de resultados ou de fluxos
de caixa, pontualidade e atrasos nos pagamentos, setor de atividade econômica e limite de crédito.
Além de realizar operações de crédito, as SCDs podem prestar os seguintes serviços: análise de
crédito para terceiros; cobrança de crédito de terceiros; distribuição de seguro relacionado com as
operações por ela concedidas por meio de plataforma eletrônica e emissão de moeda eletrônica.

Fonte: BACEN

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Diferença entre SEP e SCD

1.2.2 CONTAS DIGITAIS


O surgimento dos chamados e-Bancos, bancos digitais ou mais popularmente conhecidos como fin-
techs, representa relevante parcela de mercado no boom de oportunidades como resposta positiva
ao derivado de vivências do tradicional oferecimento de serviços das instituições bancárias que su-
cumbiu à burocratização que tangencia os processos dos grandes bancos. E a realidade prova a ne-
cessidade por mais canais seguros, transparentes e ágeis que auxiliem clientes a realizar suas tran-
sações financeiras e promovam a inclusão bancária de milhões de pessoas por meio de plataformas
interativas (computador ou aplicativos) ao viabilizar a utilização simplificada do dinheiro em contas.
Para facilitar a abertura de contas digitais, o Conselho Monetário Nacional (CMN) simplificou, as
regras para abertura, manutenção e encerramento de contas de depósitos, com a publicação da
resolução nº 4.753, que entrará em vigor a partir de 1º de janeiro de 2020 e também a BCB 96
As regras têm como objetivo proteger o investimento que a Folha faz na qualidade de seu jornalis-
mo. Se precisa copiar trecho de texto da Folha para uso privado, por favor logue-se como assinante
ou cadastrado.

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Veja o crescimento desse tipo de contas digitais, comparado com todas as contas do Mercado Fi-
nanceiro.

No gráfico acima, percebe-se que as contas digitais abertas praticamente dobraram de 2019 para
2020. Claro, muito impulsionado pela pandemia e também auxílio emergencial, que acabaram por
contribuir para acelerar esse processo.
Essa tabela, também extraída de relatório da FEBRABAN, ajuda a esclarecer esse fato.

Apesar de não haver ainda uma licença específica para os bancos digitais, o acompanhamento des-
sas instituições pelo BCB se torna importante devido ao modelo de negócio digital, que possui uma
dinâmica diferente dos modelos tradicionais. Novos entrantes e novos modelos de negócio tendem
a surgir no mercado.
A evolução e resultados desses novos modelos estão sendo avaliados e monitorados continuamen-
te pelo BCB.
A grande maioria das Fintechs que atuam no Brasil, desenvolve soluções vinculadas a PIX ou Open
Banking, assuntos que são cobrados também em sua prova do concurso, mas que iremos tratar em
outro capítulo.

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Fonte: ABFintech e PwC

1.3 SHADOW BANKING


O nome pode parecer meio tenebroso, mas é mais simples do que parece, trata-se de um Sistema
de intermediação de crédito que envolve atividades e entidades fora do sistema bancário tradicio-
nal.
Com a globalização, os mercados financeiros de todo o mundo ficaram cada vez mais interligados e
dependentes entre si. Mas apesar dos benefícios que essa integração trouxe, os riscos envolvidos
em cada mercado deixaram de ter um caráter local e passaram a comprometer o mundo inteiro.
Nesse contexto, um dos principais fatores de preocupação atualmente é a operação do controverso
sistema de shadow banking.
Por ser um estrutura paralela aos mercados tradicionais, o shadow banking está sujeito a pouca ou
nenhuma regulação. Por, a atuação desse sistema pode colocar em risco todo o mercado global –
como já aconteceu durante a crise do subprime ocorrida no final da década de 2000.
O shadow banking, também conhecido em português como “sistema bancário sombra”, é um con-
junto de operações e intermediários financeiros que fornecem crédito em todo o sistema financei-
ro global de forma “informal”.
Ou seja, por meio de uma série de atividades paralelas ao sistema bancário, algumas instituições e
agentes conseguem realizar financiamentos de forma indireta, sem passar por nenhuma supervi-
são ou regulação.

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Dentre os intermediários não-regulamentados que podem fazer parte do shadow banking estão os:

A grande questão em relação ao shadow banking é a falta de fiscalização. Eles não sofrem com o
mesmo rigor imposto aos bancos tradicionais, algo que pode apresentar maiores riscos a todas as
partes envolvidas.
Vale destacar, a esse respeito, que o perímetro regulatório brasileiro é bastante abrangente e as
entidades identificadas no “shadow banking” já se encontram sob regulação e supervisão de auto-
ridades com jurisdição nacional, como a CVM. Ainda assim, o Banco Central, com sua Agenda BC#,
tem trabalhado tanto no sentido de identificar canais de “shadow banking”, quanto no sentido de
regular
Em 2018, como vimos no capítulo anterior, o Banco Central regulou e passou a coletar informa-
ções das fintechs de crédito (sociedades de crédito direto -SCD e sociedades de empréstimo entre
pessoas- SEP); mas o total de crédito neste segmento ainda é pequeno em comparação ao total do
mercado.

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MÓDULO 02

2. MOEDA REAL E DIGITAL

ITENS DO EDITAL – 2021


8 – Funções da moeda.
9 – O dinheiro na era digital: blockchain, bitcoin e demais criptomoedas.

2.1 O QUE SÃO?

2.1.1 MOEDA
Garantida por lei, a moeda é o objeto de uso geral, utilizado na troca de bens e serviços. Como fun-
ções principais da moeda,
1. Instrumento de troca;
2. Unidade de medida: a moeda tem capacidade de comparar e agregar o valor de mercadorias
diferentes;
3. Reserva de valores
Reserva de valor são aqueles ativos que têm a capacidade de preservar o seu poder de compra com
o passar do tempo, mesmo – ou principalmente – diante de crises e outros problemas. É, então,
uma forma de se proteger contra uma eventual desvalorização de outros ativos ou investimentos
A moeda não é a única possibilidade de reserva de valores da economia, já que ações e bens imó-
veis também podem ser considerados reserva monetária (e fazem parte da riqueza de um indiví-
duo)
Cada país possui o seu próprio Banco Central – principal intermediário bancário, que atua com o
monopólio de emissão de moeda e financia os demais bancos, recebendo depósitos, transferindo
fundos, emprestando capital para bancos comerciais etc.
O Banco Central é também o agente financeiro do governo, é o que possibilita o transporte de fun-
dos, venda e compra de títulos, administração do câmbio e reservas de divisas internacionais de um
país.

2.1.2 BLOCKCHAIN
É um sistema que permite rastrear o envio e recebimento de alguns tipos de informação pela inter-
net. São pedaços de código gerados online que carregam informações conectadas – como blocos
de dados que formam uma corrente.

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Blockchain é a tecnologia que possibilitou a criação da bitcoin e de outras criptomoedas, como


Ether e Litecoin, mas ela pode ser usada para diversas outras aplicações.
Todo bloco criado contém sua hash e a do bloco anterior, criando uma conexão entre os blocos. É
dessa ligação que surge o nome blockchain (corrente de blocos, em português).

Fonte: https://fintech.com.br/

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2.1.3 BITCOIN
Bitcoin é uma moeda virtual e descentralizada, ou seja, não é uma moeda física e nem controlada
por nenhum banco central. O Bitcoin é produzido de forma descentralizada por milhares de com-
putadores, mantidos por empresas que fornecem a capacidade de suas máquinas para a criação do
Bitcoin e validação de transações, em um processo chamado de mineração.
É uma moeda puramente digital (não existe fisicamente) que utiliza a tecnologia de criptografia
para manter as transações mais seguras e confiáveis. Ela é totalmente descentralizada, não possui
nenhuma autoridade central com poder sobre a criação/emissão dela. Sua oferta obedece a um
protocolo previamente estabelecido e conhecido. Serão 21 milhões de bitcoins, portanto, o que
determinará seu preço futuro será justamente a demanda
Para se considerar seguramente confirmada, uma transação leva em torno de 60 minutos, tempo
demais para esperar na hora de pagar um cafezinho, por exemplo.
você NÃO precisa comprar uma bitcoin inteira, ela é divisível por 100.000.000 de partes (sua unida-
de mínima é 1 satoshi, ou seja, 0,00000001 bitcoin), sendo que caso se julgue necessário poderiam
ser adicionados mais zeros após a vírgula para facilitar sua comercialização (convenção)
A bitcoin é verificada por toda a rede mundial através dos mineradores em alguns poucos minutos
(assunto que também será tratado mais a frente).

2.1.4 ESCASSEZ DAS MOEDAS

Existem hoje as moedas com lastro em algum ativo, as chamadas stablecoins, e as moedas sem las-
tro, que são as criptomoedas

2.2 CENÁRIO ATUAL


Para muitos criptomoedas é vista como investimento, para outros apenas mais um ativo que possi-
bilita especulação. A verdade é que para investir ou especular em bitcoin é necessário estar prepa-
rado para grandes volatilidades e riscos legais, pela falta ou precariedade de legislação.

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Olha essa tabela com as Criptomoedas com maior variação no primeiro semestre de 2021.

Legal não é? Mas tudo que sobe... pode cair. Olha o desempenho recente dessas criptomedas

Além das oscilações negativas, você está sujeito a perder todo seus investimentos, com um simples
ataque de hackers, como o exemplificado a seguir.

18 Direitos autorais reservados, proibída a reprodução, ainda que parcial, sem prévia autorização do GG
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A verdade é que investir em criptomedas é tentador, porque oferece oportunidades de ganhos ima-
gináveis. Mas, como disse anteriormente, tem que está preparado para fortes emoções. Vou colo-
car aqui o gráfico histórico das cotações de bitcoin para você dar uma analisada!

Contudo, O Brasil poderá ter uma moeda digital emitida pelo Banco Central (BC), como uma exten-
são da moeda física. O BC anunciou, hoje (24), em Brasília, as diretrizes para a criação da moeda no
país.
Em nota, a instituição disse que “tem promovido discussões internas e com seus pares internacio-
nais visando ao eventual desenvolvimento” da moeda. Segundo o BC, a moeda deve “acompanhar
o dinamismo da evolução tecnológica da economia brasileira”.
O coordenador dos trabalhos sobre a moeda digital do Banco Central, Fabio Araujo, explicou a moe-
da digital será diferente das criptomoedas. “Os criptoativos, como o Bitcoin, não detém as caracte-
rísticas de uma moeda mas sim de um ativo. A opinião do Banco Central sobre criptoativos continua
a mesma: esses são ativos arriscados, não regulados pelo Banco Central, e devem ser tratados com
cautela pelo público”, disse.
Ele acrescentou que a moeda será garantida pelo Banco Central e a instituição financeira vai apenas
guardar o dinheiro para o cliente que optar pela nova modalidade. (fonte: Agência Brasil)
“O blockchain tem um elevado potencial de uso pelo setor financeiro. De fato, as
instituições financeiras brasileiras já começam a experimentar essa tecnologia, a
exemplo da Rede Blockchain do Sistema Financeiro Nacional (RBSFN), que permite
a identificação e o compartilhamento de informações sobre os dispositivos móveis
utilizados no acesso aos serviços financeiros, para redução de fraudes em oper-
ções financeiras. Outro exemplo é o de cooperativas de crédito, que tem planos
para usar o blockchain na conexão de caixas eletrônicos dos sistemas cooperati-
vos.” (Roberto Campos Neto)

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Conforme o presidente do BC, a moeda digital em estudo é uma moeda “com lastro na própria
moeda”, ou seja, no real. “Mas hoje temos mais perguntas do que respostas”, afirmou, ao tratar de
como funcionará a moeda digital no Brasil
Criptomoeda Importante destacar que, inicialmente, uma criptomoeda não detém as caracterís-
ticas de uma moeda – ou seja de meio de troca, de reserva de valor e de unidade de conta – mas,
sim, as características de ativo, por isso o BC prefere se referir a elas pelo termo criptoativo. Já a
CBDC, diferencia Fabio, “é uma nova forma de representação da moeda já emitida pela autoridade
monetária nacional, ou seja, faz parte da política monetária do país de emissão e conta com a ga-
rantia dada por essa política”.

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MÓDULO 03

3. MARKETPLACE E CORRESPONDENTES BANCÁRIOS

ITENS DO EDITAL – 2021


10 – Marketplace.
11 – Correspondentes bancários.

3.1 MARKETPLACE
O marketplace remete a um conceito mais coletivo de vendas online. Nessa plataforma, diferentes
lojas podem anunciar seus produtos, dando ao cliente um leque de opções.
O conceito de marketplace não é novo. No Brasil, ele começou a ser implementado em 2012. Ago-
ra, muitas grandes empresas digitais já aderiram. Alguns exemplos são o B2W – fusão entre Lojas
Americanas e Submarino, a Livraria Saraiva e o Walmart.
Para os usuários, o marketplace representa mais praticidade. Afinal, ele pode ver, em um único site,
ofertas de vários vendedores. Assim, é possível comparar e escolher o melhor preço facilmente.
o Marketplace Banking age como um ecossistema, criado por um banco que possui vários fornece-
dores terceirizados, sendo que a característica mais distintiva desse modelo é que o cliente escolhe
somente as soluções dentro de um ‘pacote fechado’ de produtos de terceiros que foram organiza-
das pelo Marketplace Banking
Uma estratégia de Marketplace Banking pode ser uma boa solução no caso de novos bancos, já que
estes não possuem uma grande carteira de clientes inicialmente. Dessa forma, eles podem replicar
um modelo de serviços completos, só que por meio de terceiros, reduzindo assim seu tempo de
posicionamento no mercado e a quantidade de capital necessária para construir e escalar o banco.
O que tais bancos realizam então é a criação de um mercado que conecta sua solução de conta cor-
rente à oferta de terceiros com curadoria.

3.2 CORRESPONDENTES BANCÁRIOS


Os correspondentes são empresas contratadas por instituições financeiras e demais instituições
autorizadas pelo Banco Central para a prestação de serviços de atendimento aos clientes e usuários
dessas instituições. Entre os correspondentes mais conhecidos encontram-se as lotéricas e o banco
postal. As próprias instituições financeiras e demais autorizadas a funcionar pelo Banco Central po-
dem ser contratadas como correspondente.
Depende do que tiver sido contratado com a instituição financeira. A regulamentação permite ofe-
recer os serviços listados abaixo:
1. Recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósitos à vista, a prazo
e de poupança mantidas pela instituição contratante;
2. realização de recebimentos, pagamentos e transferências eletrônicas visando à movimentação
de contas de depósitos de titularidade de clientes mantidas pela instituição contratante;

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3. recebimentos e pagamentos de qualquer natureza, e outras atividades decorrentes de contra-


tos e convênios de prestação de serviços mantidos pela instituição contratante com terceiros
(água, luz, telefone, etc);
4. execução ativa e passiva de ordens de pagamento cursadas por intermédio da instituição con-
tratante por solicitação de clientes e usuários;
5. recepção e encaminhamento de propostas referentes a operações de crédito e de arrendamen-
to mercantil de concessão da instituição contratante;
6. recebimentos e pagamentos relacionados a letras de câmbio de aceite da instituição contratante;
7. recepção e encaminhamento de propostas de fornecimento de cartões de crédito de responsa-
bilidade da instituição contratante;
8. serviços complementares de coleta de informações cadastrais e de documentação, bem como
controle e processamento de dados;
9. realização de operações de câmbio de responsabilidade da instituição contratante, relativa-
mente a:
9.1 compra e venda de moeda estrangeira em espécie, cheque ou cheque de viagem, bem
como carga de moeda estrangeira em cartão pré-pago, limitadas ao valor equivalente a
US$3 mil dólares dos Estados Unidos por operação;
9.2 execução ativa ou passiva de ordem de pagamento relativa a transferência unilateral do ou
para o exterior limitada ao valor equivalente a US$ 3 mil dólares dos Estados Unidos por
operação;
9.3 recepção e encaminhamento de propostas de operações de câmbio.
Os correspondentes devem informar ao público sua condição de prestador de serviços à instituição
contratante, com descrição dos produtos e dos serviços oferecidos, os telefones dos serviços de
atendimento e de ouvidoria da instituição contratante.
O correspondente não pode efetuar qualquer cobrança por sua iniciativa. Somente as tarifas pre-
vistas na tabela da instituição contratante, elaborada de acordo com a regulamentação em vigor,
podem ser cobradas. Não pode ser cobrado do cliente qualquer outro valor pelo serviço prestado.
A contratação do correspondente é de responsabilidade da instituição financeira contratante. A
contratação de empresa para a prestação dos serviços acima referidos deve ser comunicada ao
Banco Central pela instituição contratante
A responsabilidade é da instituição que contratou o correspondente.
Os correspondentes devem informar ao público sua condição de prestador de serviços à instituição
contratante, com descrição dos produtos e serviços oferecidos, os telefones dos serviços de atendi-
mento e de ouvidoria da instituição financeira contratante, por meio de painel visível, mantido nos
locais onde seja prestado atendimento aos clientes e usuários, e por outras formas, caso necessário
para esclarecimento do público.
O Banco Postal (Serviço Financeiro Postal Especial) é a marca utilizada pela Empresa Brasileira de
Correios e Telégrafos – ECT para a atuação, por meio de sua rede de atendimento, como correspon-
dente contratado de uma instituição financeira.

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MÓDULO 04

4. ARRANJOS DE PAGAMENTOS

ITENS DO EDITAL – 2021


12 – Arranjos de pagamentos.

4.1 O QUE SÃO?


Um arranjo de pagamento é o conjunto de regras e procedimentos que disciplina a prestação de
determinado serviço de pagamento ao público. As regras do arranjo facilitam as transações finan-
ceiras que usam dinheiro eletrônico. Diferentemente da compra com dinheiro vivo entre duas pes-
soas que se conhecem, o arranjo conecta todas as pessoas que a ele aderem. É o que acontece
quando o cliente usa uma bandeira de cartão de crédito numa compra que só é possível porque o
vendedor aceita receber daquela bandeira.
Os arranjos podem se referir, por exemplo, aos procedimentos utilizados para realizar compras com
cartões de crédito, débito e pré-pago, em moeda nacional ou estrangeira. Os serviços de transfe-
rência e remessas de recursos também são arranjos de pagamentos
Alguns tipos de arranjo de pagamentos não estão sujeitos à regulação do BCB, tais como os cartões
private label – emitidos por grandes varejistas e que só podem ser usados no estabelecimento que
o emitiu ou em redes conveniadas. Também não são sujeitos à supervisão do BC os arranjos para
pagamento de serviços públicos (como provisão de água, energia elétrica e gás) ou carregamento
de cartões pré-pagos de bilhete de transporte. Incluem-se nessa categoria, ainda, os cartões de
vale-refeição e vale-alimentação.
Esse slide, retirado de um app do Banco Central, ilustra bem o papel de um arranjo de pagamento.

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4.2 MERCADO ATUAL


Alguns tipos de arranjo de pagamentos não estão sujeitos à regulação do BCB, tais como os cartões
private label – emitidos por grandes varejistas e que só podem ser usados no estabelecimento que
o emitiu ou em redes conveniadas. Também não são sujeitos à supervisão do BC os arranjos para
pagamento de serviços públicos (como provisão de água, energia elétrica e gás) ou carregamento
de cartões pré-pagos de bilhete de transporte. Incluem-se nessa categoria, ainda, os cartões de
vale-refeição e vale-alimentação.
A regulamentação vigente prevê a existência de arranjos de pagamentos que, por possuírem vo-
lumes reduzidos de transações ou por apresentarem um propósito limitado de uso (vide Circular
nº 3.682/2013, art. 2º), não oferecem risco ao normal funcionamento das transações de varejo no
país. Esses arranjos de pagamento, classificados como “não integrantes do SPB”, prescindem de
autorização do Banco Central do Brasil para funcionamento, o que confere maior espaço para ino-
vação.
Os arranjos de pagamento que se enquadrarem em um ou outro critério abaixo são classificados
como não integrantes do SPB.
Banco Central (BC) afirmou ter concedido nesta terça-feira (30) a autorização para implementação
do programa de pagamentos vinculado ao WhatsApp. Com isso, o aplicativo de mensagens pode
ser usado para realizar transferências e pagamentos entre seus usuários, sejam eles pessoas físicas
ou empresas. A aprovação vale para transações que envolvam as empresas Visa e Mastercard no
Brasil
O WhatsApp se encaixa como um iniciador de pagamento (Pisp). Essa figura foi aprovada pelo BC
dentro do Open Banking, conjunto de regras e tecnologias que permite o compartilhamento de
dados e serviços de clientes entre instituições financeiras, por meio da integração de seus sistemas.
“O BC acredita que as autorizações concedidas poderão abrir novas perspectivas de redução de
custos para os usuários de serviços de pagamentos”, informou o Banco Central no comunicado en-
viado ao InfoMoney. A autarquia ressaltou que as autorizações desta terça-feira não incluem pedi-
dos para funcionamento do Facebook Pay, que seguem em análise no BC.
Com o serviço de pagamentos no WhatsApp, é fácil enviar e receber dinheiro de seus amigos e
familiares com rapidez e segurança. Em breve, também será possível enviar pagamentos para em-
presas.
Para usar esse serviço, você precisa adicionar um cartão pré-pago, um cartão de débito ou um car-
tão múltiplo com a função débito emitido por um dos bancos ou parceiros participantes.
Se você ainda não tem uma conta, toque ou clique em um dos links abaixo parar criar uma conta
com um de nossos parceiros. As bandeiras disponíveis estão listadas ao lado do nome do banco:
• Banco do Brasil: Visa
• Banco Inter: Mastercard
• Bradesco: Visa
• Itaú: Mastercard
• Mercado Pago: Visa
• Next: Visa
• Nubank: Mastercard

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• Santander: Mastercard
• Sicredi: Mastercard e Visa
• Woop, a conta digital da Sicredi: Visa

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MÓDULO 05

5. TRANSFORMAÇÃO DIGITAL DO SISTEMA FINANCEIRO

ITENS DO EDITAL – 2021


4 – Open banking.
13 – Sistema de pagamentos instantâneos (PIX).14 – Segmentação e interações digitais.
15 – Transformação digital no Sistema Financeiro.

5.1 SISTEMA DE PAGAMENTO INSTANTÂNEO – PIX


O Pix é a solução de pagamento instantâneo, criada e gerida pelo Banco Central do Brasil (BC), que
proporciona a realização de transferências e de pagamentos. O Pix é concluído em poucos segun-
dos, inclusive em relação à disponibilização dos recursos para o recebedor.
O Pix é um meio de pagamento assim como boleto, TED, DOC, transferências entre contas de uma
mesma instituição e cartões de pagamento (débito, crédito e pré-pago).
A diferença é que o Pix permite que qualquer tipo de transferência e de pagamento seja realizada
em qualquer dia, incluindo fins de semana e feriados, e em qualquer hora.
O Pix usa estrutura tecnológica centralizada, não utiliza blockchain, na qual a comunicação entre os
diversos participantes e o BC é realizada por meio de mensageria.
A segurança faz parte do desenho do Pix desde seu princípio, e é priorizada em todos os aspectos
do ecossistema, inclusive em relação às transações, às informações pessoais e ao combate à fraude
e lavagem de dinheiro. Os requisitos de disponibilidade, confidencialidade, integridade e autenti-
cidade das informações foram cuidadosamente estudados e diversos controles foram implantados
para garantir alto nível de segurança.

Chaves PIX
A chave é um ‘apelido’ utilizado para identificar sua conta. Ela representa o endereço da sua conta
no Pix. Os quatro tipos de chaves Pix que você pode utilizar são:
1. CPF/CNPJ;
2. E-mail;
3. Número de telefone celular; ou
4. Chave aleatória.
A chave vincula uma dessas informações básicas às informações completas que identificam a conta
transacional do cliente (identificação da instituição financeira ou de pagamento, número da agên-
cia, número da conta e tipo de conta).

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Cada conta de pessoa física pode ter até 5 chaves vinculadas à ela, independentemente da quanti-
dade de titulares. Ou seja, se a conta for individual ou conjunta, ela poderá ter, no máximo, 5 cha-
ves Pix. Já no caso de pessoa jurídica, o máximo é de 20 chaves por conta
Você pode usar chaves distintas para vincular as diferentes contas transacionais. Por exemplo, usar
o número de telefone celular vinculado à conta corrente da instituição X, usar o CPF vinculado à
conta poupança da instituição Y, usar o e-mail vinculado à conta de pagamento da instituição Z, etc.
Contudo, não é possível vincular uma mesma chave a mais de uma conta.

TARIFAS PIX

Limite de transações:
Não há limite mínimo para pagamentos ou transferências via Pix. Isso quer dizer que você pode fa-
zer transações a partir de R$0,01. Em geral, também não há limite máximo de valores. Entretanto,
as instituições que ofertam o Pix poderão estabelecer limites máximos de valor baseados em crité-
rios de mitigação de riscos de fraude e de critérios de prevenção à lavagem de dinheiro e ao finan-
ciamento do terrorismo. Os usuários podem solicitar ajustes nos limites estabelecidos, devendo a
instituição acatar imediatamente a solicitação caso o pedido seja para redução de valor.

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Novidades PIX
1. Inclusão da conta salário na lista de contas movimentáveis por Pix;
2. Possibilidade de devolução ágil de recursos pela instituição recebedora, em casos de fundada
suspeita de fraude ou falha operacional nos sistemas das instituições participantes;
3. Pix Saque, para dar ao consumidor mais uma opção de obtenção de dinheiro em espécie e para
facilitar a gestão de caixa do lojista;
4. Pix por aproximação, para dar mais facilidade e conveniência na iniciação de um Pix e para
atender casos de uso específicos;
5. Iniciador de pagamentos no Pix, com desenvolvimentos que seguirão o cronograma estabeleci-
do no Open Banking, para permitir que os iniciadores possam ser participantes do Pix agregan-
do ainda mais competição ao arranjo;
6. QR Code pagador, que viabilizará a realização de Pix mesmo quando o pagador estiver off-line,
ampliando o acesso da sociedade ao Pix;
7. Pix Cobrança para pagamentos com vencimentos em data futura, podendo incluir juros, mul-
tas, acréscimos, descontos e outros abatimentos e, ainda, a integração via padronização de
arquivo de remessa e retorno para viabilizar gestão de cobranças em lote. Ainda no âmbito do
Pix Cobrança, o início do desenvolvimento da duplicata no Pix que permitirá a antecipação de
cobranças do Pix.

Diferença de PIX x TED

TED PIX
Pagador precisa apenas:
Pagador precisa conhecer e digitar os
Forma de dados do recebedor, como seu banco, o • dar um clique na informação da cha-
Pagamento número da agência, o número da conta, ve que está armazenada no celular;
o tipo da conta e seu CPF ou CNPJ. ou
• ler o QR Code do recebedor.
Pagador sempre será notificado a respei-
Notificação Pagador não é notificado. to da conclusão da transação (inclusive
em caso de insucesso).
Somente está disponível em dias úteis,
Pode ser iniciado em qualquer dia
Disponibilidade entre 6 horas da manhã e cinco e meia
e horário.
da tarde, em geral.
Escopo Uso mais limitado. Atende qualquer caso de uso.

Do ponto de vista do recebedor:

TED PIX
Apesar de os recursos estarem disponí-
Recebimento Recursos disponíveis na conta em
veis no mesmo dia, o momento dessa
do Recurso poucos segundos.
disponibilização é incerto.

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TED PIX
Recebedor é notificado da disponibiliza-
Notificação Recebedor não é notificado. ção dos recursos na conta, a cada tran-
sação.
Somente está disponível em dias úteis,
Pode ser iniciado em qualquer dia
Disponibilidade entre 6 horas da manhã e cinco e meia
e horário.
da tarde, em geral.
Escopo Uso mais limitado. Atende qualquer caso de uso.

Evolução das transações PIX

O gráfico a seguir compara as transações realizadas por PIX (em verde) com TED e DOC (em azul).
Transações realizadas por PF em %

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5.2 OPEN BANKING


O Open Banking, ou sistema financeiro aberto, é a possibilidade de clientes de produtos e servi-
ços financeiros permitirem o compartilhamento de suas informações entre diferentes instituições
autorizadas pelo Banco Central e a movimentação de suas contas bancárias a partir de diferentes
plataformas e não apenas pelo aplicativo ou site do banco, de forma segura, ágil e conveniente.

Soluções que poderão ser desenvolvidas à partir do open banking:

Benefícios:
Mais competição: com acesso aos dados dos usuários, instituições participantes poderão fazer
ofertas de produtos e serviços para clientes de seus concorrentes, com benefícios para o consumi-
dor, que poderá obter tarifas mais baixas e condições mais vantajosas.

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Melhor experiência no uso de produtos e serviços financeiros: torna possível, ainda, que as insti-
tuições participantes ofereçam soluções que facilitam às pessoas controlarem suas vidas financei-
ras. Quem, por exemplo, possui mais de uma conta bancária ou tem conta em um banco e emprés-
timo em outro, poderá ver todas as suas informações em um único local.

4 pilares do Open Banking

5.2.1 FASES DO OPEN BANKING:

Fase 1 (1º de fevereiro de 2021)


Open Data padronizado das instituições financeiras: as informações sobre canais de atendimento
e produtos e serviços devem ser disponibilizadas, incluindo as taxas e tarifas de cada item ofertado.

Fase 2 (15 de julho de 2021)


Compartilhamento de dados do consumidor: você poderá compartilhar seus dados (cadastros,
transações em conta, informações sobre cartões e operações de crédito) com as instituições de sua
preferência. Tudo feito por meio de consentimento, que pode ser revogado a qualquer momento.

Fase 3 (30 de agosto de 2021)


Serviços à escolha do consumidor: acesso a serviços financeiros como pagamentos e encaminha-
mento de propostas de crédito, sem a necessidade de acessar os canais das instituições financeiras
com as quais você já tem relacionamento.

Fase 4 (15 de dezembro de 2021)


Ampliação de dados, produtos e serviços: inclusão de novos dados que poderão ser compartilha-
dos, além de novos produtos e serviços, tais como contratação de operações de câmbio, investi-
mentos, seguros e previdência privada.

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