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EDG AR ABR EU
E D I TA L 2 0 2 4
Turbine sua preparação para o BNB com o nosso curso
de simulados especiais para a prova!
Nele, você tem acesso a 10 simulados, liberados toda
sexta-feira, até o final de semana da prova do concurso.
Este curso vem para complementar a sua preparação
e te ajudar a dominar o conteúdo para conquistar a
aprovação.
O valor do curso é de R$ 290,00.
Alunos do COMBO BNB já têm acesso garantido a estes
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desconto de R$ 100.
Conhecimentos
Bancários e Atualidades
Prof. Edgar Abreu
Futuro analista bancário do BNB. Sou o professor Edgar Abreu, serei o responsável por fazer você
acertar TODAS as questões de conhecimentos bancários no dia 28 de Abril de 2024.
Tenho bastante experiência em concursos, mais de 15 anos. A maioria dos funcionários aprovados
em concursos no Banrisul, CEF, BRB, BNB e também Banco do Brasil, foram meus alunos.
Dessa vez não vai ser diferente. Se você ler com calma, dedicar tempo e atenção, tenho certeza que
você será compensado.
Fui aprovado em um concurso de banco em 2003 estudando apenas por apostila, comprada, já que
não tinhamos apostilas grátis na época (fui o pioneiro no Brasil a disponibilizar esse tipo de conteú-
do de forma gratuita).
Se eu fui aprovado estudando somente por uma apostila é porque você também consegue. Então
não tem desculpas, se você não tem condição de comprar um curso, estude por apostila grátis.
Esse é o concurso dos SONHOS, já que 80% da nota será de responsábilidade da disciplina de Co-
nhecimentos Bancários, tudo com o PAI.
Espero que esse concurso possa mudar a sua vida também. Pode contar comigo e todos os meus
amigos professores, aqui na turma do GG.
Agora sim, desejo bons estudos para todos nós e espero que assim que sair o resultado você me
mande um e-mail ou poste uma foto no Instagram ou Facebook me marcando, deixo abaixo meus
contatos:
• Instagram: @prof.edgarabreu
• Facebook: @edgar.abreu
Foi lindo e vamos estudar!
ITEM CONTEÚDO
1 Sistema Financeiro Nacional.
1.1 Instituições do Sistema Financeiro Nacional – tipos, finalidades e atuação.
1.2 Banco Central do Brasil e Conselho Monetário Nacional – funções e atividades.
1.3 Instituições Financeiras Oficiais Federais – papel e atuação.
ITEM CONTEÚDO
2.7.4 Capital de giro.
2.7.5 Cartão de crédito.
2.7.6 Microcrédito urbano.
2.8 Operações de Crédito Especializado.
2.8.1 Crédito Rural.
2.8.1.1 Conceito, beneficiários, preceitos e funções básicas;
2.8.1.2 Finalidades: operações de investimento, custeio e comercialização.
Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF):
2.8.1.3
base legal, finalidades, beneficiários, destinação, condições.
Crédito industrial, agroindustrial, para o comércio e para a prestação de serviços:
2.8.2
conceito, finalidades (investimento fixo e capital de giro associado), beneficiários.
2.9 Recursos utilizados na contratação de financiamentos.
Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE):
2.9.1
base legal, finalidades, regras, administração.
2.9.2 BNDES/FINAME: base legal, finalidade, regras, forma de atuação.
2.9.3 Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT): base legal, finalidades, regras, forma de atuação.
2.10 Microfinanças: base legal, finalidade, forma de atuação.
ITEM CONTEÚDO
4 Aspectos jurídicos.
4.1 Noções de direito aplicadas às operações de crédito.
4.1.1 Sujeito e Objeto do Direito.
4.1.2 Fato e ato jurídico.
Contratos: conceito de contrato, requisitos dos contratos, classificação dos contratos; contratos
4.1.3 nominados, contratos de compra e venda, empréstimo, sociedade, fiança, contratos formais e
informais.
4.2 Instrumentos de formalização das operações de crédito.
4.2.1 Contratos por instrumento público e particular.
4.2.2 Cédulas e notas de crédito.
4.3 Garantias.
4.3.1 Fidejussórias: fiança e aval.
4.3.2 Reais: hipoteca e penhor.
4.3.3 Alienação fiduciária de bens móveis.
4.4 Títulos de Crédito – nota promissória, duplicata, cheque.
O Banco do Nordeste do Brasil S.A.: legislação básica, programas e informações gerais de sua
5
atuação como agente impulsionador do desenvolvimento sustentável da região nordeste.
ITEM CONTEÚDO
9.4 Open banking.
9.5 Novos modelos de negócios.
9.6 FinTech’s, startups e big techs.
9.7 Sistema de bancos sombra (Shadow banking).
9.8 Funções da moeda.
9.9 O dinheiro na era digital: blockchain, bitcoin e demais criptomoedas.
9.10 Marketplace.
9.11 Correspondentes bancários.
9.12 Arranjos de pagamentos.
9.13 Sistema de pagamentos instantâneos (PIX).
9.14 Segmentação e interações digitais.
9.15 Transformação digital no Sistema Financeiro.
9.16 Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD): Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018 e suas alterações.
9.17 Legislação anticorrupção: Lei nº 12.846/2013 e Decreto nº 11.129 de 11/07/2022.
9.18 Segurança cibernética: Resolução CMN nº 4.893, de 26/02/2021.
Nessa apostila, assim como em minhas aulas, iremos aborar 90% dos temas cobrados, ficando ape-
nas alguns items a serem complementados por outros professores, por serem conteúdos jurídicos
e não bancários.
SUMÁRIO
AULA 01
Então vamos começar vendo como o Sistema Financeiro Nacional e ver os Mercados que ele está
dividido e entender de forma resumida o que abrange cada um desses mercados.
MERCADO FINANCEIRO
Divisão Objetivos / Características
MERCADO FINANCEIRO
Divisão Objetivos / Características
Transferência de risco de um agente (segurado) para uma instituição (se-
Mercado de
guradora) através de pagamento de prêmio (custo do seguro). Mercado es-
Seguros e Resseguro
sencial para o gerenciamento de riscos de indivíduos e empresas.
Acumulação de recursos para garantir uma aposentadoria complementar
Mercado de
ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Disponível para qualquer par-
Previdência Aberta
ticipante que possua interesse.
Garantir ao participante a oportunidade de acumular recursos e
Mercado de Capitalização
também concorrer a sorteios periódicos de valores em dinheiro.
Acumulação de recursos para garantir uma aposentadoria complementar
Mercado de Previdência
ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Porém, disponível apenas
Complementar Fechada
para um grupo restrito de participantes (funcionários de uma mesma em-
(Fundos de Pensão)
presa, por exemplo).
Note que eu pintei de cores diferentes cada um dos mercados, agrupando alguns deles. Sabe por
quê? Cada cor dessas tem um chefão, ou como a prova vai chamar, uma Instituição Normativa.
Vou apresentar elas aqui para você:
Essas Intuições Normativas, são os caras que “ditam” as regras. No módulo 2, onde estudaremos
cada uma das Instituições, ficará mais claro a atividade e responsabilidade de cada um deles. Mas
para agora, para facilitar seu entendimento, são como instituição legislativa, quem dita as normas,
as leis, regulamenta o mercado!
Por falar em leis, você sabia que existem leis em vários estados e municípios que proíbem as pesso-
as de jogarem lixo ao ar livre, na rua, calçadas etc? Sim, existe, mas porque será que as pessoas não
cumprem essas leis? Porque de nada adianta uma lei se não tivermos quem fiscaliza!
Esses conselhos são muito importantes no Mercado Financeiro, mas cada um deles irá precisar de
uma autarquia que fiscaliza e faça cumprir a legislação editada. Esses fiscalizadores, damos o nome
de Instituições Supervisoras. Agora vou te apresentar quem é o supervisor de cada um dos merca-
dos que compõe o Sistema Financeiro Nacional!
Previdência Previdência
Moeda, Crédito
Capitais Aberta, Fechada – Fundo
e Câmbio
Capitalização e de Pensão
Resseguro
Conselho Conselho Nacional
Normativos
Conselho Conselho
Nacional de de Previdência
Monetário Monetário
Seguros Privados Complementar
Nacional – CMN Nacional – CMN
– CNSP – CNPC
Banco Central
Superintendência
Supervisores
do Brasil – BCB
Superintendência Nacional de
Banco Central e Comissão
de Seguros Previdência
do Brasil – BCB de Valores
Privados – Susep Complementar
Mobiliários
– Previc
– CVM
Note que o mercado de capitais possui dois supervisores (supervisão compartilhada), Banco Cen-
tral (BACEN) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Bom, agora estamos com um sistema mais completo, não é? Temos quem cria as leis (órgãos nor-
mativos) e também que faz essas leis serem cumpridas (órgãos supervisores). Mas ainda falta uma
pequena peça nesse quebra-cabeça, não acha?
Eu gosto de fazer a analogia com o trânsito. Imagina que em uma determinada rua tem um limite
de velocidade de 60 km/h, quem determina isso? É o órgão legislativo, em nosso caso Normativo,
para fazer cumprir a legislação o agente de trânsito fiscaliza, com radares fixo, móveis etc. No nosso
caso esse fiscalizador são os órgãos Supervisores. Agora pensa quem em sua casa você recebeu
uma multa que não é devida? Placa clonada, ou algum erro da instituição. Como você luta pelos
seus direitos? Precisamos ter um sistema judiciário, não é mesmo? No Sistema Financeiro, esses
órgãos são chamados de Recursais.
Quando exercem suas funções de fiscalização os supervisores possuem autonomia para punir as
instituições que não agirem em conformidade com a lei. Como em qualquer julgamento, cabe a
instituição punida a faculdade de recorrer a penalidade aplicada, para isso se faz necessário a exis-
tência de um órgão recursal, que são eles:
Previdência Previdência
Moeda, Crédito
Capitais Aberta, Fechada – Fundo
e Câmbio
Capitalização e de Pensão
Resseguro
Conselho de
Câmara de
Recursos do
Recursos da
Recursal
Esses três órgãos recursais são responsáveis por julgar os recursos interpostos, oriundos de penali-
dades administrativas aplicadas pelos supervisores do Sistema Financeiro Nacional – SFN.
Bom, acho que dei um bom spoiler do que vem por aí... Sistema Financeiro Nacional! Vamos juntos?
AULA 02
#PaiEd | Comenta
O edital do BNB no item 1.1 pede “Instituições do Sistema Financeiro Nacional – Tipos, Fina-
lidades e Atuação”. Meu entendimento é que nesse item, qualquer instituição que faz parte
do SFN pode ser cobrada. Porém no item seguinte, 1.2, ele destaca 2 Banco Central do Brasil
e Conselho Monetário Nacional – Funções e Atividades. O primeiro problema é que existe
uma incoerência de lógica, já que o 1.2 é subitem do 1.1. Meu entendimento é que os de-
mais conselhos e supervisores, como CVM, PREVIC, SUSEP, CNSP e CNPC não poderão ser
cobrados na prova. Porém, resolvi abordar todos eles, pois como disse, essa parte do edital
está mal elaborada e tem uma ambiguidade.
O Sistema Financeiro Nacional é dividido em dois subsistemas, uma maneira mais simples para a
gente entender. Basicamente é uma divisão de quem manda e quem obedece, como o diagrama a
seguir:
#PaiEd | Atualiza
A legislação que regulamenta o CMN, 4.595 de 1964, sofreu alteração recente! (demorou).
São poucas mudanças, mas o suficiente para te derrubar na prova se estiver estudando com
material desatualizado, então CUIDADO! Se você está lendo isso, é porque está com #PaiEd
então está em boas mãos! Vamos juntos?
O Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão superior do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e
tem a responsabilidade de formular a política da moeda e do crédito. Seu objetivo é a estabilidade
da moeda e o desenvolvimento econômico e social do país.
Em sua primeira formação o CMN era composto pelo Ministro da Fazenda (presidente do Conse-
lho), pelo Presidente do Banco do Brasil, o Presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Eco-
nômico – BNDE2 e mais seis membros nomeados pelo Presidente da República. Desde sua criação
sofreu por algumas constantes mudanças em sua composição, ficando como a atual a ditada pela
lei 9.069/95 (Plano Real), que limita os membros em apenas 3, sendo eles o
Os seus membros reúnem-se uma vez por mês (ordinariamente) para deliberar sobre assuntos re-
lacionados com as competências do CMN. Em casos extraordinários pode acontecer mais de uma
reunião por mês.
Junto ao CMN também funciona a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (Comoc), que foi cria-
da pelo art. 9º da Lei nº 9.069, de 29 de junho de 1995 e tem como coordenador o Presidente do
Banco Central do Brasil. A Comoc funciona como órgão de assessoramento técnico para o CMN, na
formulação da política da moeda e do crédito do País. Apesar de prestar assessoria técnica a Comoc
não pode ser considerada uma comissão consultiva, já que suas competências são bem mais abran-
gentes, destacando-se pelo fato de ser o responsável em propor regulamentação e também mani-
festar-se previamente sobre as matérias tratadas de competência do Conselho Monetário Nacional.
A COMOC é composta:
I. Presidente e quatro Diretores do Banco Central do Brasil
II. Presidente da Comissão de Valores Mobiliários
III. Secretário-Executivo do Ministério da Economia
IV. Secretário de Política Econômica do Ministério da Economia
V. Secretário do Tesouro Nacional do Ministério da Economia
2 Na época (1945) o BNDE não tinha em seu nome e nem em suas atividades o cunho “social”, passando a se chamar
BNDES somente em 1982.
#PaiEd | Atualiza
Cuidado, muitos materiais antigos (inclusive meu) e muitos professores atuais, que não se
atualizam, falam das comissões consultivas que funcionam junto ao CMN. Funcionavam...
desde a Lei Complementar 179 de fevereiro de 2021, que deu autonomia para o BACEN, aca-
bou tirando algumas coisas do CMN, entre elas, as comissões consultivas, que deixaram de
existir, ficando apenas a COMOC.
O CMN reúne-se ordinariamente uma vez por mês e extraordinariamente por convocação do seu
presidente. Participam das suas reuniões além dos conselheiros, membros da Comoc, os Diretores
de Administração e Fiscalização do Banco Central do Brasil, quando convocados pelo Presidente do
CMN (Ministro da Fazenda).
De todas as reuniões são lavradas atas, cujo extrato é publicado no Diário Oficial da União (DOU),
onde também devem ser publicadas as matérias aprovadas que são regulamentadas por meio de
Resoluções, normativos de caráter público, que também podem ser consultados através da página
de normativos do Banco Central do Brasil3.
Os objetivos do CMN estão definidos no artigo 3º da lei 4.595. São eles:
#PaiEd | Atualiza
Cuidado, muitos materiais antigos (inclusive meu) e muitos professores atuais, que não se
atualizam, utilizam os objetivos REVOGADOS do CMN. Isso mudou... desde a Lei Comple-
mentar 179 de fevereiro de 2021, que deu autonomia para o BACEN, acabou tirando algu-
mas coisas do CMN, mas vem comigo que vou te explicar da forma CORRETA!
Como maior autoridade monetária do país, cabe ao CMN a responsabilidade de orientar as insti-
tuições financeiras quanto a suas aplicações de recursos. As Sociedades Seguradoras, por exem-
plo, que são regulamentadas e fiscalizadas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP e
pela Superintendência Nacional de Seguros Privados – SUSEP devem seguirem orientações do CMN
quanto a aplicação de recursos. Vale ressaltar que as Sociedades Seguradoras mesmo não sendo
Instituições Financeiras, são equiparadas como tal, de acordo com o artigo 1º da Lei Federal 7.492
de 1986.
3 Ver Link 1 na seção Link’s interessantes e QR codes.
Um dos exemplos da atuação do CMN para atingimento desse objetivo foi a criação do DPGE (De-
pósito a Prazo com Garantia Especial), que foi criado em 2009 pela resolução 3.692 (revogado
posteriormente após a estabilidade da economia) foi uma alternativa de captação para bancos de
menor porte em meio à crise internacional de liquidez, que, no Brasil, castigou principalmente os
pequenos e médios e que conta com garantia do Fundo Garantidor de Crédito – FGC até o limite de
40 milhões.
“VI – Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras.”
A liquidez e solvência das instituições financeiras está diretamente ligada com a liquidez da econo-
mia, porém a responsabilidade de zelar pela liquidez da economia é do Banco Central do Brasil e
não do CMN.
“VII – Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívi-
da pública, interna e externa.”
O Conselho deve coordenar as políticas, sendo o Banco Central do Brasil o responsável pela execu-
ção delas.
Já as competências do CMN estão redigidas no artigo 4º da lei que o cria (4.595/64), também sofre-
ram algumas alterações, como são aproximadamente 30 incisos, vou destacar aqui os mais impor-
tantes:
1. Fixar as diretrizes e normas da política cambial;
2. Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações creditícias em todas as suas
formas;
3. Regular a constituição, funcionamento e fiscalização das Instituições Financeiras;
4. Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos comissões, inclusive os prestados
pelo Banco Central;
5. Determinar a percentagem máxima dos recursos que as instituições financeiras poderão em-
prestar a um mesmo cliente ou grupo de empresas;
6. Expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem observadas pelas instituições fi-
nanceiras.
• Mercado de Seguros Privados: é o mercado que oferece serviços de proteção contra riscos;
• Mercado de Capitalização: são os acordos em que o contratante deposita valores podendo
recebê-los de volta com juros e concorrer a prêmios.
• Mercado de Previdência Complementar Aberta: é um tipo de plano para aposentadoria, pou-
pança ou pensão. Funciona à parte do regime geral de previdência e aceita a participação do
público em geral.
O CNSP é composto por representantes do(a):
I. Ministro da Fazenda (Presidente)
II. Ministro da Justiça e Segurança Pública
III. Ministro da Previdência
IV. Superintendência de Seguros Privados – SUSEP
V. Banco Central do Brasil – BACEN
VI. Comissão de Valores Mobiliários – CVM
Apesar de não ser subordinado hierarquicamente ao Conselho Monetário Nacional, suas políticas
devem estar de acordo com as políticas definidas pelo CMN. Suas principais competências são:
• Fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados.
• Regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização dos que exercerem ativida-
des subordinadas ao mercado de seguros privados, bem como a aplicação das penalidades pre-
vistas.
• Fixar as características gerais dos contratos de seguros, previdência privada aberta, capitaliza-
ção e resseguro;
• Estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro;
• Prescrever os critérios de constituição das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entida-
des de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, com fixação dos limites legais e técnicos
das respectivas operações;
• Disciplinar a corretagem do mercado e a profissão de corretor. As decisões do CNSP são toma-
das por meio de:
OBS.: As decisões de caráter confidencial serão apenas mencionadas em Ata e constarão, se for o
caso, de comunicação específica ao interessado.
Voltado para funcionários de empresas e organizações. O ramo dos fundos de pensão trata de pla-
nos de aposentadoria, poupança ou pensão para funcionários de empresas, servidores públicos e
integrantes de associações ou entidades de classe.
O CNPC é um órgão colegiado que integra a estrutura do Ministério da Fazenda com sede em Bra-
sília, Distrito Federal, e jurisdição em todo o território nacional. Sua principal função é a de regular
o regime de previdência complementar operado pelas entidades fechadas de previdência comple-
mentar (fundos de pensão).
O CNPC não substituiu o CGPC em todas as suas atividades, haja visto que o órgão normativo Con-
selho de Gestão da Previdência Complementar – CGPC, funcionava não somente como um órgão
normativo, mas também como um órgão recursal, cabendo a ele a responsabilidade de julgar os
recursos interpostos contra decisão da Diretoria Colegiada da Superintendência Nacional de Previ-
dência Complementar – Previc. Com objetivo de dar mais autonomia e isonomia ao órgão recursal,
o governo segregou as atividades de normatização com as recursais, dividindo assim o CGPC em
dois novos órgãos, o Conselho Nacional de Previdência Complementar – CNPC (normativo) e a Câ-
mara de Recursos da Previdência Complementar – CRPC (recursal), conforme ilustra abaixo:
#PaiEd | Atualiza
Muito cuidado agora. Todo material, vídeo, livros, PDF’s, questões, elaborados antes de Fe-
vereiro de 2021 que fala sobre o BACEN, está desatualizado. Cuidado com uns após essa
data que também não foram corrigidos, olha, tem curso grande que vende “PDF” cheio de
informações erradas!
A verdade é que a LC 179 alterou muitas coisas sobre o BACEN, desvinculando do ministério,
tirando o status de ministro do seu presidente, estipulando mandado para seus diretores,
enfim, muitas mudanças, mas fique tranquilo que o #PaiEd vai mastigar tudo para você!
Vem comigo futuro Analista Bancário do BNB?
Banco Central do Brasil é autarquia4 de natureza especial caracterizada pela AUSÊNCIA de vincu-
lação a Ministério (ai sôr, mas eu li que era vinculado ao ministério da Fazenda.. então.. era, não é
mais! #desapega), com sede e foro em Brasília-DF e atuação em todo o território nacional, embora
suas representações estejam restritas as capitais dos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São
Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará e Pará. Além de não ter vinculo a
ministério, o BACEN possui autonomia técnica, operacional, administrativa e financeira
O BCB é o principal executor das orientações do Conselho Monetário Nacional e após a nova legis-
lação, passou a ter como objetivos:
PRINCIPAL
• Assegurar a estabilidade de preços.
4 Autarquia: serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar
atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e
financeira descentralizada.
SECUNDÁRIOS
• Zelar pela estabilidade e eficiência do Sistema Financeiro;
• Suavizar as flutuações do nível e atividade econômica;
• Fomentar o pleno emprego.
Políticas econômicas:
• Conselho Monetário Nacional – CMN: Responsável por coordenar.
• Banco Central do Brasil – BCB: Responsável por formular, executar, acompanhar e controlar.
Além de fiscalizar o SFN o BCB é responsável também por fiscalizar o mercado de capitais junto
com a Comissão de Valores Mobiliários – CVM. Mesmo com a instituição da CVM pela lei federal
6.385/76, parte do mercado de capitais, que envolve basicamente os títulos públicos federais, es-
taduais e municipais, continuam continuou sobe a supervisão do BCB, conforme já constava na lei
federal 4.728/65. (Lei 6.385, artigo 3º parágrafo 1º).
São atribuições do BACEN:
5 Órgãos colegiados são aqueles em que há representações diversas e as decisões são tomadas em grupo, com o
aproveitamento de experiências diferenciadas.
Além das reuniões periódicas, os diretores do BCB reúnem-se também para estabelecer as diretri-
zes da política monetária e para definir a taxa de juros, essas atividades são de responsabilidades
do Comitê de Política Monetária (Copom) que foi instituído em 20 de junho de 1996, e é formado
pelos diretores do Banco Central.
O BCB, na implementação das resoluções aprovadas pelo CMN, edita os seguintes documentos:
DOCUMENTO O QUE É
RESOLUÇÕES Ato normativo que tem por finalidade divulgar deliberação da Diretoria Colegiada do
BCN Banco Central.
INSTRUÇÕES Ato normativo que tem a finalidade de divulgar instrução, procedimento ou
NORMATIVAS esclarecimento a respeito de conteúdo de documento normativos.
Documento administrativo de âmbito externo, que tem por finalidade divulgar delibe-
COMUNICADO
ração ou informação relacionada à área de atuação do Banco Central do Brasil
#PaiEd | Atualiza
Até 2020 o BACEN emitia Circular e Carta-Circular. Com objetivo de unificar, simplificar a co-
municação da legislação, esses documentos sofreram alterações em seus nomes, reinician-
do sua numeração sequencial à partir do número 1.
6 As SCTVM e as DTVM sobre supervisão compartilhada, haja visto que O BCB fiscaliza as operações com títulos de renda
fixa e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as transações com títulos e valores mobiliários.
As sociedades de fomento comercial (factoring) não são fiscalizadas pelo BCB, sendo suas ativida-
des meramente comercial.
Segundo a Constituição Federal, artigo 164º em seu parágrafo primeiro: “É vedado ao banco cen-
tral conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou
entidade que não seja instituição financeira”.
Desde a publicação da Lei Federal de Responsabilidade Fiscal (LC 101 de 04/05/2000), o BCB não
emite mais títulos da dívida pública (vedado pelo artigo 34), ficando o Tesouro Nacional o único
órgão autorizado a emitir títulos para atender a política fiscal.
O Banco Central utiliza os títulos do Tesouro Nacional para realizar política monetária, por meio de
operações de compra e venda no mercado secundário.
A atuação do BCB no mercado primário de títulos públicos dar-se somente quando a emissão dos
títulos tiver com objetivo o refinanciamento da dívida pública, nesse caso a compra de títulos se
caracteriza como um alongamento do prazo das dívidas e não um financiamento ao tesouro.
Importante ressaltar que no mercado primário é quando o valor de venda dos títulos públicos será
repassado para o cofre do governo, motivo pelo qual o BCB não pode atuar nesse segmento, exceto
no caso citado acima. Já no secundário, onde o BCB atua livremente, a negociação é de um título
já existente e anteriormente adquirido por um investidor, ou seja, o valor de venda irá para esse
investidor e não para o governo.
Uma vez definida a taxa Selic, o Banco Central atua diariamente por meio de operações de mercado
aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima ao
valor definido na reunião.
As reuniões ordinárias7 acontecem oito vezes ao ano, aproximadamente a cada seis semanas, e são
realizadas em dois dias.
A decisão final – a meta para a Taxa Selic é imediatamente divulgada à imprensa ao mesmo tempo
em que é expedido Comunicado através do Sistema de Informações do Banco Central (Sisbacen). O
Presidente tem direito ao voto decisório em caso de empate na decisão da política monetária.
As atas em português das reuniões do Copom devem ser divulgadas no prazo de até quatro dias
úteis após a data de sua realização, o que normalmente acontece às 8h00 da terça-feira da semana
posterior a cada reunião..
Ao final de cada trimestre civil (março, junho, setembro e dezembro), o Copom publica o documen-
to “Relatório de Inflação”, que analisa detalhadamente a conjuntura econômica e financeira do
País, bem como apresenta suas projeções para a taxa de inflação.
7 Desde sua criação, o COPOM reuniu-se apenas três vezes de forma extraordinária.
8 São valores mobiliários, quando ofertados publicamente, quaisquer títulos ou contratos de investimento coletivo
que gerem direito de participação, de parceria ou remuneração, inclusive resultante da prestação de serviços, cujos
rendimentos advém do esforço do empreendedor ou de terceiros.
O QUE É?
Ação é a menor parcela do capital social das companhias ou sociedades anônimas.
É, portanto, um título patrimonial e, como tal, concede aos seus titulares, os acio-
Ação nistas, todos os direitos e deveres de um sócio, no limite das ações possuídas. O
acionista torna-se sócio da empresa e, portanto, não existe risco de crédito nesse
investimento, já que não se trata de um empréstimo.
Título de renda fixa de médio e longo prazo (a partir de 360 dias) emitidos por
Sociedades Anônimas. Representa um direito de crédito que o investidor possui
Debêntures
contra a empresa emissora. O investidor faz um empréstimo para a empresa. Cada
debênture é uma fração da dívida de quem a emitiu.
Título de renda fixa de curto prazo (até 360 dias) emitidos por Sociedades Anôni-
mas. A finalidade de emissão por parte da empresa é a de sanar necessidades de
Notas Promissórias
capital de giro ou fluxo de caixa. Trata-se de um empréstimo do investidor direta-
mente para a empresa.
É uma denominação genérica para operações que têm por referência um ativo
qualquer, chamado de “ativo base” ou “ativo subjacente” (que em geral é nego-
Derivativos
ciado no mercado à vista). Principais exemplos de derivativos: Opções, Mercado
Futuro, Mercado a Termo e Swap.
Pode ser entendido como uma evolução do mercado a termo. Nesse mercado os
participantes se comprometem a comprar ou vender certa quantidade de um ativo
Mercado Futuro por um preço estipulado previamente para liquidação futura. Não necessariamente
irá ocorrer a liquidação física (entrega do bem em si). As características que o fazem
uma evolução do mercado a termo são: contratos padronizados e ajuste diário.
Contrato entre dois agentes onde se realiza a troca de fluxos de caixas futuros ou
troca de rentabilidade futura. Existe, portanto, duas pontas na operação (uma que
Swap
se passa a receber e outra que será cedida), que são vistas como ponta ativa e pas-
siva, respectivamente.
O BCB conquistou sua autonomia em 2021, já a CVM sempre desfrutou desse beneficio, desde,
desde a publicação da Medida Provisória nº 8 (convertida na Lei nº 10.411 de 26.02.02) pela qual
a CVM passou a ser uma “entidade autárquica em regime especial, vinculada ao Ministério da
Fazenda, com personalidade jurídica e patrimônio próprios, dotada de autoridade administrativa
independente, ausência de subordinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus dirigen-
tes, e autonomia financeira e orçamentária”, como consta no artigo 5º da lei de sua criação.
Importante salientarmos que mesmo com uma ausência de subordinação hierárquica as decisões
tomadas pela CVM devem obedecer diretrizes traçadas pelo Conselho Monetário Nacional – CMN,
conforme consta no artigo 3º da lei 6.385.
Essa autonomia que a CVM possui, dá aos seus cinco diretores, um presidente mais 4 diretores
executivos todos eles são nomeados pelo Presidente da República e aprovados pelo Senado Fede-
ral, mais conforto na tomada de decisões, já que seus mandatos são fixados em cinco anos, sendo
vedada a recondução.
Apesar de contar com regionais nas cidades de São Paulo – SP e de Brasília – DF, é no Rio de Janeiro
– RJ onde encontra-se sua sede, local de onde são tomadas suas decisões (instruções CVM), fruto
das reuniões que acontecem semanalmente, de forma ordinárias, ou extraordinariamente, quan-
do convocada pelo ocupante do cargo de presidente, atualmente tendo o senhor Leonardo Pereira
como responsável pela função.
Os seus objetivos estão definidos no artigo terceiro da lei 6.385/64 e no seu regimento interno,
Resolução CVM 24/21 são eles:
I. estimular a formação de poupanças e a sua aplicação em valores mobiliários;
Comentário: Para proteger os titulares a CVM fiscaliza todas emissões de valores mobiliários.
Conforme Instrução CVM 400/04 em seu artigo segundo temos:
Comentário: Como o inciso deixa claro, o objetivo da CVM é o de evitar fraudes, sendo que a
mesma não tem competência para determinar o ressarcimento de eventuais prejuízos sofri-
dos pelos investidores em decorrência da ação ou omissão de agentes do mercado. Também
importante salientar que o mercado de capitais não conta com cobertura ou proteção do Fun-
do Garantidor de Crédito – FGC.
VI. assegurar o acesso do público a informações sobre os valores mobiliários negociados e as com-
panhias que os tenham emitido, a observância de práticas comerciais equitativas no mercado
de valores mobiliários e de condições de utilização de crédito fixadas pelo Conselho Monetário
Nacional – CMN.
Para conseguir atingir os seus objetivos, a CVM possui diversas competências, sendo as principais
atividades:
I. Disciplinar, fiscalizar e inspecionar as companhias abertas e os fundos de investimento.
Comentário: Os fundos de Investimento, que até o final de 2015 eram regulamentados pela
instrução CVM 409/04, tiveram sua legislação alterada e atualizada com a publicação da
instrução CVM 555/14.
Apesar de ser uma entidade supervisora, a SUSEP também é responsável por regular os mercados
em que está inserida, sempre respeitando as diretrizes do órgão normativo, no caso o Conselho
Nacional de Seguros Privados – CNSP.
Compete também a SUSEP:
1. Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades Seguradoras,
de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, na qualidade de
executora da política traçada pelo CNSP;
2. Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetua através das opera-
ções de seguro, previdência privada aberta, de capitalização e resseguro;
3. Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervisionados;
4. Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos operacionais a eles vincula-
dos, com vistas à maior eficiência do Sistema Nacional de Seguros Privados e do Sistema Nacio-
nal de Capitalização;
5. Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição, assegurando sua expansão e o fun-
cionamento das entidades que neles operem;
As suas principais competências estão definidas Lei nº 12.154, de 2009, m seu artigo segundo, e
são:
I. proceder à fiscalização das atividades das entidades fechadas de previdência complementar e
suas operações;
II. apurar e julgar as infrações, aplicando as penalidades cabíveis;
III. expedir instruções e estabelecer procedimentos para a aplicação das normas relativas à sua
área de competência, de acordo com as diretrizes do Conselho Nacional de Previdência Com-
plementar – CNPC;
IV. autorizar: a constituição e o funcionamento das entidades fechadas de previdência comple-
mentar, bem como a aplicação dos respectivos estatutos e regulamentos de planos de benefí-
cios; as operações de fusão, de cisão, de incorporação ou de qualquer outra forma de reorga-
nização societária, relativas às entidades fechadas de previdência complementar; a celebração
de convênios e termos de adesão por patrocinadores e instituidores, bem como as retiradas de
patrocinadores e instituidores; e as transferências de patrocínio, grupos de participantes e as-
sistidos, planos de benefícios e reservas entre entidades fechadas de previdência complemen-
tar;
V. harmonizar as atividades das entidades fechadas de previdência complementar com as normas
e políticas estabelecidas para o segmento;
VI. decretar intervenção e liquidação extrajudicial das entidades fechadas de previdência comple-
mentar, bem como nomear interventor ou liquidante, nos termos da lei;
VII. nomear administrador especial de plano de benefícios específico, podendo atribuir-lhe pode-
res de intervenção e liquidação extrajudicial, na forma da lei;
VIII. promover a mediação e a conciliação entre entidades fechadas de previdência complementar
e entre estas e seus participantes, assistidos, patrocinadores ou instituidores, bem como diri-
mir os litígios que lhe forem submetidos na forma da Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996.
IX. enviar relatório anual de suas atividades ao Ministério da economia e, por seu intermédio, ao
Presidente da República e ao Congresso Nacional; e adotar as providências necessárias ao cum-
primento de seus objetivos.
Na mesma lei que cria a PREVIC, 12.154/09, também prevê a cobrança da Taxa de Fiscalização e
Controle da Previdência Complementar (Tafic), principal receita da Superintendência Nacional de
Previdência Complementar (PREVIC), que é um tributo que tem como fato gerador o exercício do
poder de polícia atribuído à autarquia.
As entidades fechadas de previdência complementar (EFPC) são contribuintes da Tafic, que deverá
ser paga quadrimestralmente, até o dia dez dos meses de janeiro, maio e setembro.
AULA 03
Existem outras instituições financeiras federais que também auxiliam governo na execução de po-
líticas públicas, como o Banco do Amazonas e o Banco do Nordeste, porém essas instituições têm
área de atuação restrita, não atuando em todo o território nacional, por esse motivo não vamos
equipara-las as instituições acima citadas.
Seu controle é da União, sendo uma economia mista de capital aberto, com a posição acionária
conforme a imagem. O BB é responsável por administrar aproximadamente 20% dos ativos do mer-
cado financeiro, segundo o Banco Central do Brasil.
A exigência de domínio de Inglês em nosso concurso, mostra o quanto a instituição vem continua-
mente ampliando sua presença internacional, contando hoje com mais de 50 pontos de atendimen-
to no exterior, divididos em agências, subagências, unidades de negócios/escritórios e subsidiárias
em 23 países, estando presente nos principais centros financeiros das Américas, Europa e Ásia.
Agora que você já está apaixonado, vamos ao que é importante para prova!
O que faz do Banco do Brasil uma instituição financeira diferenciada das demais é o fato de ser o
responsável por executar algumas políticas do governo federal, conforme constam no artigo 19 da
Lei federal 4.595/64, sendo os principais:
I. Executar a política de preços mínimos dos produtos agropastoris.
II. Ser agente pagador e recebedor fora do País.
III. Executar os serviços de compensação de cheques e outros papéis (Circular BCB 3.532)
IV. Realizar, por conta própria, operações de compra e venda de moeda estrangeira e, por conta
do Banco Central da República do Brasil, nas condições estabelecidas pelo Conselho Monetário
Nacional.
Apesar do foco principal do Banco do Brasil ser o agronegócio, quando o assunto é políticas públi-
cos, ele também auxilia o governo no programa habitacional, “Minha Casa, Minha Vida”.
Com esse propósito a Caixa foi crescendo e ganhando novas atividades, se tornando hoje uma das
maiores empresas do Governo Federal. Importante destacar que embora a Caixa exerças atividades
simulares as oferecidas pelos bancos, legalmente a mesma não pode ser enquadrada como tal, sen-
do ela uma empresa pública federal. A própria caixa se intitula ser mais do que um banco, haja visto
que a mesma exerce diversas funções de cunho social que são de interesse do governo federal.
O fato da Caixa ser responsável pela implementação das políticas sociais do governo federal, faz
dela um agente especial. Entre os programas sociais administrados pela Caixa, destacam-se:
PROGRAMA O QUE É?
É um programa de transferência direta de renda, direcionado às famílias em situação
de pobreza e de extrema pobreza em todo o País, que tem como objetivos: Combater
Bolsa Família a fome e promover a segurança alimentar e nutricional, combater a pobreza e outras
formas de privação das famílias, promover o acesso à rede de serviços públicos, em
especial, saúde, educação, segurança alimentar e assistência social.
PROGRAMA O QUE É?
Minha Casa É uma iniciativa do Governo Federal que oferece condições atrativas para o financia-
Minha Vida mento de moradias para famílias de baixa renda.
É um dos mais importantes direitos dos trabalhadores brasileiros, é um benefício que
Seguro-
oferece auxílio em dinheiro por um período determinado. Ele é pago de três a cinco
desemprego
parcelas de forma contínua ou alternada.
O Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) é um programa do Ministério da Educação
FIES (MEC) que financia a graduação, em instituições particulares, de estudantes que não
possuem condições de arcar com os custos.
É um programa que procura ampliar o acesso da população aos medicamentos con-
Farmácia siderados essenciais ao tratamento de doenças com maior ocorrência no Brasil, e é
Popular realizado por meio de transferência de recursos do Ministério da Saúde, aos estabele-
cimentos farmacêuticos credenciados
O programa do Governo Federal, em parceria com o Ministério dos Esportes, tem o
objetivo de formar uma geração de atletas com potencial de representar o Brasil. A
Bolsa Atleta
estratégia é simples: garantir a manutenção pessoal mínima dos atletas para que eles
tenham as condições necessárias para se dedicar ao esporte.
É um benefício financeiro destinado a trabalhadores(as) informais, Microempreende-
Auxílio dores Individuais (MEI), autônomos(as) e desempregados(as) e tem por objetivo for-
Emergencial necer proteção emergencial no período de enfrentamento à crise causada pela pan-
demia do Coronavírus.
A CEF foi também o agente utilizado pelo governo para maioria das políticas creditícias em combate
a pandemia do COVID-19, destacando o pagamento do “auxílio emergência”.
Sendo:
• BNDES: O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social é uma empresa pública fe-
deral (100% das ações pertencem a união) dedicada ao financiamento com longo prazo de pa-
gamento. É o acionista único das demais empresas do Sistema BNDES.
• BNDESPAR: Subsidiária do BNDES, dedicada ao fomento por meio de investimentos em valores
mobiliários. O capital social subscrito da BNDESPAR está representado por uma única ação, no-
minativa, sem valor nominal, de propriedade do BNDES.
• FINAME: Subsidiária do BNDES, dedicada ao financiamento à produção e comercialização
de máquinas e equipamentos. O capital social subscrito da FINAME está representado por
589.580.236 ações ordinárias, nominativas, sem valor nominal, de propriedade integral do
BNDES
Seu estatuto atual foi aprovado pelo decreto federal 4.418 de 11 de Outubro de 2002, no qual o
vincula junto ao Ministério da Fazenda.
Sua sede e foro fica em Brasília, Distrito Federal, e atuação em todo o território nacional, podendo
instalar e manter, no País e no exterior, escritórios, representações ou agências.
Por meio de sua subsidiária BNDESPAR, o BNDES pode captar através de emissões públicas de de-
bêntures e contribuir para o desenvolvimento do mercado local de capitais.
O BNDES emprestou mais de 187 bilhões de reais, somente em 2014. Esses recursos, quando são
reembolsáveis, são remunerados pela Taxa de Juros de Logo Prazo – TLP (antiga TJLP), que geral-
mente é bem mais baixa do que qualquer outra taxa oferecida pelas demais instituições financeiras.
Essa divisão constava no site do Banco Central do Brasil (há mais de 10 anos) e em vários livros e
acabou virando uma doutrina. Não sei quem foi o primeiro a propor essa estrutura, eu suspeito,
mas não vou citar aqui porque não tenho provas (risos), a verdade é que esse profissional não en-
tende nada de lógica e nem filosofia.
Ora, eu não posso dividir nada no mundo em 3 conjuntos, onde um deles é a negação do outro, ou
seja, se criarmos um conjunto com os alunos aprovados no BNB e outro conjunto dos alunos NÃO
aprovados no BNB, logo todo universo está ai, não tem espaço para um terceiro conjunto.
O que eu quero dizer é que uma Instituição Financeira, ou ela é monetária, ou ela não é monetária,
assim, não existe explicação lógica para criação do terceiro conjunto de “Instituições Auxiliares”.
Todas essas Instituições do nosso terceiro conjunto pertence ao segundo, ou seja, não são monetá-
rias, logo o conjunto 3 é um subconjunto de 2 e não uma subdivisão do sistema financeiro nacional.
Confuso? Ainda bem que não cai lógica nesse edital, mas fique tranquilo, vou te ajudar agora a en-
tender cada uma das instituições que compões o subsistema operacional! Vamos lá?
2. Neste momento, o investidor passa a ter um saldo em sua conta corrente de $ 600,00 e o ban-
co resolve conceder a esse cliente um talão de cheques.
3. Ele vai em uma loja e compra determinado produto no valor de $ 1.000,00 (um mil unidade
monetária), pagando com a utilização de uma folha de cheque.
4. Considerando que o seu saldo no banco é de apenas $ 600,00 e o cheque emitido foi de
$ 1.000,00, temos um consumo dividido em dois tipos de moedas diferentes:
As instituições financeiras que estão autorizadas a captar através de depósito à vista, portanto, têm
capacidade de criar moeda escritural. São elas:
Todas as demais instituições financeiras diferentes das listadas como monetárias, independente de
qual a sua área de atuação, devem ser classificadas como não monetárias, haja vista que não cap-
tam depósito à vista e, logo, não possuem a capacidade de criar moeda escritural.
Os recursos captados em contato corrente (depósito à vista) possuem exigibilidade de que a insti-
tuição financeira mantenha aplicado, no mínimo, em operações de crédito rural.
Para cumprimento dessa exigência, devem ser consideradas as deduções previstas em leis, assim
como as isenções conforme consta no Manual de Crédito Rural (MCR), disponível no site do Banco
Central do Brasil (BCB).
Suas principais operações acessórias são:
SERVIÇOS
A maioria dos bancos em operação no país são comerciais, mas, como também possuem outras
carteiras, são classificados como bancos múltiplos, porém, existem alguns bancos operando no
país que são apenas bancos comerciais.
1 Holding é um tipo de empresa que detém a posse majoritária de ações de outras empresas, geralmente denominadas
subsidiárias, centralizando o controle sobre elas. De modo geral, a holding não produz bens e serviços, destinando-se
apenas ao controle de suas subsidiárias.
As operações realizadas por banco múltiplo estão sujeitas às mesmas normas legais e regulamen-
tares aplicáveis às instituições singulares correspondentes às suas carteiras, logo, para entender
melhor o que cada carteira faz, basta consultar cada uma das instituições financeiras nos demais
capítulos da nossa super apostila. Sendo assim, as suas operações passivas, ativas e acessórias de-
pendem de quais são as carteiras que o constituem.
Para constituir um banco múltiplo será necessário ser composto por, no mínimo, duas das cartei-
ras listadas, sendo que uma delas, obrigatoriamente, deverá ser a carteira de banco comercial ou a
de banco de investimento.
Não é possível constituir um banco múltiplo com todas as carteiras listadas. O motivo deve-se ao
fato de algumas carteiras serem obrigatoriamente públicas, enquanto outras são obrigatoriamente
privadas, conforme tabela:
Assim, se uma instituição financeira possuir a carteira de banco de desenvolvimento, não poderá
oferecer a carteira de investimento e nem constituir uma financeira, e vice-versa. De maneira geral,
assim como os bancos comerciais, os bancos múltiplos são instituições financeiras que podem ser
privadas ou públicas, sendo organizados, obrigatoriamente, sob a forma de sociedade anônima
(SA).
ATENÇÃO: Nem todo o banco Múltiplo é considerado Instituição Monetária. Somente os ban-
cos que possuem carteira do banco comercial.
Nas cooperativas de crédito, os associados encontram os principais serviços disponíveis nos ban-
cos, como conta corrente, aplicações financeiras, cartão de crédito, empréstimos e financiamentos.
Os associados têm poder igual de voto, independentemente da sua cota de participação no capital
social da cooperativa. O cooperativismo não visa lucros e os direitos e deveres de todos são iguais,
sendo a adesão livre e voluntária.
Entendendo melhor a diferença entre um banco comercial com capital aberto (ações em negocia-
ção na bolsa) e uma cooperativa de crédito de livre admissão do ponto de vista dos aplicadores
(operação passiva da instituição financeira):
É como se a cooperativa de crédito fizesse uma espécie de “venda casada” para o investidor, po-
rém, com uma cota a custo zero. Assim, é de se esperar que, um mesmo capital aplicado a uma
mesma taxa de juros e prazo em uma cooperativa de crédito e também em um banco, o investidor
tenha maior retorno na cooperativa, já que, além desses juros sobre o capital investido (que será
igual nas duas instituições), o investidor, aplicando na cooperativa de crédito, poderá receber, tam-
bém, parte do lucro distribuído (dividendos).
Já no ponto de vista do tomador de crédito, ou seja, das operações ativas das instituições financei-
ras, temos:
É importante salientar que, assim como partilha das sobras, o cooperado está sujeito a participar
do rateio de eventuais perdas – em ambos os casos na proporção dos serviços usufruídos.
As sociedades cooperativas são classificadas em:
Também são admitidos como associados das cooperativas de crédito, em caráter excepcional, pes-
soas jurídicas, desde que tenham por objeto as mesmas ou correlatas atividades econômicas das
pessoas físicas ou, ainda, aquelas sem fins lucrativos. Entretanto, conforme determina o artigo 4º,
parágrafo único, da lei complementar nº 130, de 2009, não são admitidos no quadro social da so-
ciedade cooperativa de crédito entes públicos, tais como: a União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios, bem como suas respectivas autarquias, fundações e empresas estatais dependen-
tes.
Suas principais operações passivas são (exclusivamente dos seus associados):
As operações passivas, ativas e acessórias dos bancos cooperativos dependem de quais são as car-
teiras que o compõe.
As instituições financeiras que integram o SBPE possuem a capacidade de captar através de depósi-
tos de poupança. Estas instituições são obrigadas a destinar os recursos captados conforme descri-
to:
No mínimo 65% dos recursos captados
devem ser destinados a operações de fi-
nanciamento imobiliário, com risco de
multa para o descumprimento dessa exi-
gibilidade. Além disso, esse montante
deve ser dividido da seguinte forma:
1. 80% (oitenta por cento), no mínimo,
do percentual acima, em operações
de financiamento habitacional no
âmbito do Sistema Financeiro da Ha-
bitação (SFH).
2. 20% em operações de financiamen-
to imobiliário contratadas a taxas de
mercado.
As companhias hipotecárias, apesar de fazerem parte do Sistema Financeiro de Habitação (SFH),
não são integrantes do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), já que as mesmas não
possuem autorização para captarem através de cadernetas de poupança.
As instituições integrantes do SBPE podem captar depósitos de poupança rural, desde que possu-
am autorização do Banco Central do Brasil para operar em crédito rural e comuniquem ao Deban o
início da captação de depósitos de poupança rural.
PRINCIPAL CAPTAÇÃO
INSTITUIÇÃO CONSTITUIÇÃO OBESERVAÇÃO
(PASSIVA)
Associação de Poupadores são associados e,
Sociedade Civil
Poupança e Poupança e LCI assim, recebem dividendos. Faz
sem fins lucrativos
Empréstimo (APE) parte do SBPE.
PRINCIPAL CAPTAÇÃO
INSTITUIÇÃO CONSTITUIÇÃO OBESERVAÇÃO
(PASSIVA)
Poupança, LCI, FGTS e É considerado um agente
Caixa Econômica Empresa pública
repasses do governo especial do governo federal. Faz
Federal (CEF) federal
federal parte do SBPE.
Sociedade de É uma das carteiras que pode
Sociedade
Crédito Imobiliário Poupança e LCI compor um banco múltiplo. Faz
Anônima
(SCI) parte do SBPE.
Não podem captar através de
Companhias Sociedade
LCI e debêntures poupança. Não fazem parte do
Hipotecárias Anônima
SBPE.
Apenas as cooperativas de
Cooperativas Associação civil crédito que forem autorizadas
Poupança
de Crédito sem fins lucrativo pelo BACEN podem captar
poupança e fazer parte do SBPE
Quadro-resumo com as principais diferenças entre as instituições que compõem o SFH
A Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil e o Colegiado da Comissão de Valores Mobiliários, com base no art.
2º, inciso XV, do Regulamento anexo à Resolução nº 1.120, de 4 de abril de 1986, com a redação dada pela Resolução
nº 1.653, de 26 de outubro de 1989,
D E C I D I R A M:
Art. 1º As sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários ficam autorizadas a operar diretamente nos am-
bientes e sistemas de negociação dos mercados organizados de bolsa de valores.
#PaiEd | Atualiza
Até o dia 13/05/2020 o limite para corretoras e distribuidoras operarem com liquidação
pronta era de U$ 100 mil. Após a publicação da circular BCB 4.019, esse limite foi elevado
para U$ 300 mil dólares.
Nas operações de câmbio, as corretoras e distribuidoras têm limites diferenciados para operação,
conforme circular do Bacen nº 3.691, de 16 de dezembro de 2013, com trecho reproduzido abaixo:
“Art. 34. Os agentes do mercado de câmbio podem realizar as seguintes opera-
ções:
III – sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários, sociedades distribui-
doras de títulos e valores mobiliários e sociedades corretoras de câmbio:
a) operações de câmbio com clientes para liquidação pronta2 de até US$
300.000,00 (trezentos mil dólares dos Estados Unidos) ou o seu equivalente em
outras moedas; e
b) operações para liquidação pronta no mercado interbancário, arbitragens no
País e, por meio de banco autorizado a operar no mercado de câmbio, arbitragem
com o exterior;”
Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade
limitada.
Sofrem supervisão compartilhada do Bacen e CVM.
2 Liquidação Pronta é o tipo de operação de câmbio que deve ser liquidada em até dois dias úteis
Importante ressaltar que o investidor não opera diretamente na bolsa de valores, pois precisa de
uma corretora de valores para acessar à bolsa, conforme figura abaixo:
A bolsa de valores é, portanto, o local adequado para que os investidores transacionem recursos
para a compra de títulos (valores mobiliários). Trata-se de uma instituição que faz parte do Siste-
ma de Distribuição de Títulos e Valores Mobiliários, no qual as Sociedades Corretoras têm acesso
para repassar as ordens de seus clientes.
São associações privadas civis que têm o objetivo de efetuar o registro, a compensação, a liquida-
ção física e financeira das operações realizadas em pregão ou sistema eletrônico. Entretanto, des-
de 28 de janeiro de 2000, com a resolução nº 2690 do Bacen, as bolsas de valores puderam passar a
visar lucro e a ser constituídas sob a forma de sociedades anônimas (S.A).
Sofrem fiscalização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), porém, possuem status de autor-
reguladoras, já que são responsáveis por estabelecer diversas regras relativas ao funcionamento
dos mercados que administra e à atuação dos intermediários que a acessam.
Ainda segundo a resolução nº 2690/2000, são objetivos das bolsas de valores:
I – Manter local ou sistema adequado à realização de operações de compra e venda de títulos e/
ou valores mobiliários, em mercado livre e aberto, especialmente organizado e fiscalizado pela pró-
pria bolsa, sociedades membros e pelas autoridades competentes;
II – Dotar, permanentemente, o referido local ou sistema de todos os meios necessários à pronta e
eficiente realização e visibilidade das operações;
III – Estabelecer sistemas de negociação que propiciem continuidade de preços e liquidez ao mer-
cado de títulos e/ou valores mobiliários;
IV – Criar mecanismos regulamentares e operacionais que possibilitem o atendimento, pelas socie-
dades membros, de quaisquer ordens de compra e venda dos investidores, sem prejuízo de igual
competência da Comissão de Valores Mobiliários, que poderá, inclusive, estabelecer limites míni-
mos considerados razoáveis em relação ao valor monetário das referidas ordens;
V – Efetuar registro das operações;
VI – Preservar elevados padrões éticos de negociação, estabelecendo, para esse fim, normas de
comportamento para as sociedades membros e para as companhias abertas e demais emissores de
títulos e/ou valores mobiliários, fiscalizando sua observância e aplicando penalidades, no limite de
sua competência, aos infratores;
VII – Divulgar as operações realizadas, com rapidez, amplitude e detalhes;
VIII – Conceder, à sociedade membro, crédito para assistência de liquidez, com vistas a resolver
situação transitória, até o limite do valor de seus títulos patrimoniais ou de outros ativos especifi-
cados no estatuto social mediante apresentação de garantias subsidiárias adequadas, observado o
que a respeito dispuser a legislação aplicável; e
IX – Exercer outras atividades expressamente autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliários.
IMPORTANTE:
Os bancos de investimento podem manter contas, sem juros e não movimentáveis por cheque, re-
lativas a recursos de terceiros (como as contas não são movimentadas por cheques, logo não se cria
moeda escritural). Essas contas, que não são contas correntes, têm como objetivo o recebimento
de recursos destinados à aplicação em títulos e valores mobiliários, assim como em outros ativos
financeiros e/ou modalidades operacionais disponíveis nos mercados financeiro e de capitais. Tais
recursos também poderão ser vinculados à execução de suas operações ativas ou relacionadas com
a prestação de serviços.
Suas principais operações passivas são:
As operações acessórias são as principais atividades dos bancos de investimentos, uma vez que
eles são os principais prestadores de serviços no mercado de valores mobiliários.
Entre as atividades prestadas, destacam-se:
Conforme a Circular BCB 2.998, é também facultada aos bancos de investimento a prestação de
serviços relacionados à administração de empresa cujo objeto social esteja diretamente vinculado
a operações praticadas no âmbito do mercado financeiro, abrangendo o exercício de atividades
necessárias ao seu funcionamento, inclusive escrituração, administração de ativos e passivos e cus-
tódia. Na hipótese de a referida prestação de serviços envolver a gestão de recursos da empresa ou
de seus investidores, deve ser observada a regulamentação relativa à administração de recursos de
terceiros.
Segundo a resolução CMN nº 394, de 1976, em seu artigo 1º, os bancos de desenvolvimento, ape-
sar de serem obrigatoriamente públicos, não podem pertencer ao governo federal. Por esse moti-
vo, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é caracterizado como uma
agência de fomento e não banco de desenvolvimento.
Seu objetivo é o de proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos recursos necessários ao
financiamento, a médio e longo prazos, de programas e projetos que visem promover o desenvol-
vimento econômico e social dos respectivos Estados da Federação onde tenham sede, cabendo-
-lhes apoiar, prioritariamente, o setor privado.
Desde 2008, os bancos de desenvolvimento podem prestar assistência a programas e projetos de-
senvolvidos em estado limítrofe à sua área de atuação, desde que seja em caráter excepcional e
que o empreendimento vise benefícios de interesse comum.
Todas as instituições devem ser constituídas sob a forma de uma sociedade anônima, devendo
adotar em sua denominação, de forma obrigatória e privativa, a expressão “banco de desenvolvi-
mento”, seguida do nome do Estado em que tenham sede.
Para atender a seu objetivo, os Bancos de Desenvolvimento podem apoiar iniciativas que visem:
• Ampliar e icentivar a capacidade produtiva da economia;
• Assegurar melhor ordenação de setores da economia regional e o saneamento de empresas
por meio de incorporação, fusão, associação e assunção de controle acionário de acervo, liqui-
dação ou consolidação de passivo ou ativo onerosos;
• Incrementar a produção rural por meio de projetos integrados de investimentos destinados à
formação de capital fixo ou semifixo;
• Promover a incorporação e o desenvolvimento de tecnologia de produção, o aperfeiçoamento
gerencial, a formação e o aprimoramento de pessoal técnico.
Suas principais operações passivas são:
Devido ao fato de os bancos de desenvolvimento terem como principal meio de captação os recur-
sos públicos, é proibido a eles a realização de operações de redesconto – empréstimos junto ao
Banco Central do Brasil (BCB) –, conforme determina o artigo 15 da resolução CMN nº 394.
• Empréstimos e financiamentos
• Investimentos
• Arrendamento mercantil
• Outras modalidades mediante prévia autorização do Banco Central
As operações de arrendamento mercantil devem ser contratadas com o próprio vendedor dos bens
ou com pessoas jurídicas a ele vinculadas e realizadas com recursos provenientes de instituições
públicas federais de desenvolvimento.
Podem se beneficiar de créditos concedidos pelo banco de desenvolvimento:
• Pessoas físicas residentes e domiciliadas no país, desde que os recursos concedidos sejam vin-
culados à execução de projeto aprovado pelo banco e/ou à realização de capital social, ou à
aquisição do controle acionário de empresas cujas atividades tenham importância para a eco-
nomia estadual ou regional;
• Pessoas jurídicas de direito privado sediadas no país;
• Pessoas jurídicas de direito público ou entidade direta ou indiretamente por elas controladas.
Suas principais operações acessórias são:
Outros Serviços
V – Atuar, por conta própria, em bolsas de mercadorias e futuros e em mercado de balcão, em ope-
rações vinculadas a moedas estrangeiras ou vinculadas a operações de câmbio.
Além de recursos próprios, os BC podem captar recursos através de:
SERVIÇOS
#PaiEd | Atualiza
Até Abril de 2020 as Financeiras não podiam captar através de CDB (Cerrtificado de Depósito
Bancário) o que passou a ser permitido após a publicação da Resolução CMN 4.812.
#PaiEd | Atualiza
Até Abril de 2020 as Financeiras não podiam captar através de CDB (Cerrtificado de Depósito
Bancário) o que passou a ser permitido após a publicação da Resolução CMN 4.812.
3 Debêntures é um valor mobiliário emitido por sociedades por ações, representativo de dívida, que assegura a seus
detentores o direito de crédito contra a companhia emissora.
A Administradora de Consórcio é uma pessoa jurídica que presta serviço e tem como seu objeto
social principal a administração de grupo de consórcio, e pode ser constituída sob a forma de so-
ciedade limitada ou sociedade anônima.
As administradoras de consórcio estão sob normatização, autorização e supervisão do Banco Cen-
tral do Brasil, para o qual devem enviar, periodicamente, informações contábeis e não contábeis
sobre as operações realizadas. Além disso, as questões relativas a consórcio estão sujeitas ao Có-
digo de Defesa do Consumidor (CDC), cabendo aos órgãos pertencentes ao Sistema Nacional de
Defesa do Consumidor (Procon, por exemplo) fazer a mediação de questões entre clientes e admi-
nistradoras de consórcio.
A remuneração da administradora se dá através da taxa de administração, que é um percentual do
bem ou serviço que serve de referência para o consórcio. A adesão do consorciado ao plano se dá
através da assinatura do contrato de participação.
Existem duas formas possíveis de o consorciado ser contemplado para adquirir o seu bem ou servi-
ço: sorteio ou lance.
Os bens e direitos adquiridos pela administradora em nome do grupo de consórcio, inclusive os
decorrentes de garantia, bem como seus rendimentos, não se comunicam com o seu patrimônio,
considerando que:
I – não integram o ativo da administradora;
II – não respondem direta ou indiretamente por qualquer obrigação da administradora;
III – não compõem o elenco de bens e direitos da administradora, para efeito de liquidação judicial
ou extrajudicial;
IV – não podem ser dados em garantia de débito da administradora.
No básico, pode-se apenas realizar pagamentos de bens e serviços nos estabelecimentos creden-
ciados. Já o cartão diferenciado, pode, além de pagamentos, estar associado a programas de bene-
fícios, como, por exemplo, pontos por utilização, milhas aéreas, seguros e atendimento diferencia-
do no exterior.
A remuneração das administradoras se dá a partir de um percentual do valor das compras realiza-
das no cartão de crédito, que deve ser pago pelo estabelecimento comercial onde ocorreu a com-
pra e também com as taxas abaixo, que podem ser cobradas do usuário:
1. Anuidade
2. Emissão de segunda via de cartão
3. Saque em espécie no cartão de crédito
4. Pagamento de contas através do cartão de crédito
5. Pedido de avaliação emergencial de crédito
Ainda pode ser citada a receita financeira, que ocorre quando o usuário decide parcelar ou pagar
um valor inferior ao total da fatura do cartão de crédito. Quando isso ocorre, as taxas cobradas do
usuário são muito altas e essa receita fica com a administradora do cartão. Em janeiro de 2016, a
taxa ao ano para esse tipo de operação chegou a incríveis 431%.
Já as instituições de pagamento, segundo definição do Banco Central, são: “Pessoas Jurídicas não
financeiras que executam os serviços de pagamento no âmbito do arranjo de pagamentos e que
são responsáveis pelo relacionamento com os usuários finais do serviço de pagamento”.
Para um melhor entendimento, a definição de Arranjo de Pagamentos, também segundo o Banco
Central, diz que:
“Um arranjo de pagamento é o conjunto de regras e procedimentos que disci-
plina a prestação de determinado serviço de pagamento ao público. Já o serviço
de pagamento disciplinado no âmbito do arranjo é o conjunto de atividades que
pode envolver aporte e saque de recursos, emissão de instrumento de pagamen-
to, gestão de uma conta que sirva para realizar pagamento, credenciamento para
aceitação de um instrumento de pagamento, remessa de fundos, dentre outras
listadas no inciso III do art. 6º da Lei 12.865, de 9 de outubro de 2013.
São exemplos de arranjos de pagamento os procedimentos utilizados para reali-
zar compras com cartões de crédito, débito e pré-pago, seja em moeda nacional
ou em moeda estrangeira. Os serviços de transferência e remessas de recursos
também são arranjos de pagamentos.”
A lei nº 12.865, de 2013, sobre os arranjos de pagamentos e instituições de paga-
mento, fez-se necessária por conta do advento da tecnologia, que mudou e vem
mudando a forma de se realizar pagamentos e transferências de recursos. Não
se tinha, até 2013, uma legislação clara sobre o assunto, e muitas empresas co-
meçaram a explorar o mercado de pagamentos, aproveitando o crescimento das
compras on-line, principalmente.
Para entender melhor a operação de uma instituição de pagamento, imagine que exista uma mi-
croempresa que venda produtos pela internet. Certamente seria um custo alto desenvolver uma
plataforma de pagamento da própria empresa. Por esse motivo é que se contrata uma “instituição
de pagamento”, para, dentro do site dessa microempresa, realizar a solução de pagamento pela
internet. O fluxo de compra e repasse se dá dessa forma:
A lei nº 12.865, em seu artigo 12, fala claramente sobre o espaço de tempo em que os recursos fi-
cam na instituição de pagamento:
Art. 12. Os recursos mantidos em contas de pagamento:
I – constituem patrimônio separado, que não se confunde com o da instituição de pagamento;
II – não respondem direta ou indiretamente por nenhuma obrigação da instituição de paga-
mento nem podem ser objeto de arresto, sequestro, busca e apreensão ou qualquer outro ato
de constrição judicial em função de débitos de responsabilidade da instituição de pagamento;
III – não compõem o ativo da instituição de pagamento, para efeito de falência ou liquidação
judicial ou extrajudicial; e
IV – não podem ser dados em garantia de débitos assumidos pela instituição de pagamento.
AULA 04
Nesse capítulo vamos estudar os principais temas que irão fazer parte do seu dia a dia no trabalho
no BNB. Serviços bancários e as operações de crédito são os temas mais importamtes para o seu
trabalho e eu acredito que a banca organizadora, cesgranrio vai ser coerente na escolha dos de
suas questões, por isso, vamos focar e detonar tudo que o PAI vai escrever aqui para você!
Abertura de Contas
1. Verificação de Identidade e Qualificação: As instituições financeiras devem adotar procedi-
mentos para verificar e validar a identidade dos titulares da conta e, quando necessário, de
seus representantes. Isso inclui autenticar as informações fornecidas e compará-las com ban-
cos de dados públicos ou privados.
2. Simplificação em Casos Específicos: Em certas situações, é permitido um processo de qualifica-
ção simplificado, mas é preciso estabelecer limites de saldo e movimentação.
3. Contas de Menores de Idade: No caso de contas de titulares menores de idade ou incapazes,
também é necessário identificar e qualificar o responsável legal.
4. Atualização de Informações: As instituições devem manter atualizadas as informações de iden-
tificação e qualificação dos titulares e seus representantes.
5. Prevenção a Lavagem de Dinheiro: Todos esses procedimentos devem estar em conformidade
com as leis de prevenção à lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo.
Manutenção de Contas
1. Contrato de Serviços: O contrato deve abordar, entre outros pontos, os procedimentos para
identificação e qualificação dos titulares, características da conta, medidas de segurança, direi-
tos e deveres dos titulares, e procedimentos para atualização de informações.
2. Fornecimento do Contrato: As instituições devem fornecer uma cópia do contrato de presta-
ção de serviços por qualquer canal disponível, inclusive eletrônico.
3. Informações Essenciais: Antes da contratação, é obrigatório fornecer um prospecto com infor-
mações essenciais sobre a conta.
Encerramento de Contas
1. Comunicação e Providências: Para encerrar uma conta, é preciso uma comunicação formal en-
tre as partes, indicando os motivos da rescisão e as providências a serem tomadas.
2. Destinação do Saldo: O cliente deve informar o que será feito com o saldo restante na conta,
seja transferência para outra conta ou retirada em espécie.
3. Devolução de Cheques: É necessário devolver ou cancelar folhas de cheque não utilizadas.
4. Informações Finais: A instituição deve informar o titular sobre o prazo para encerramento e os
procedimentos para quitação de compromissos.
5. Possibilidade de Encerramento com Cheques Sustados: Mesmo na presença de cheques sus-
tados, revogados ou cancelados, a conta pode ser encerrada.
Rentabilidade
Quando essa rentabilidade pos fixada é possível de ser calculada diariamente, ou seja, oscila diaria-
mente, como taxas de CDI e Selic, podemos chama-la de Flutuante.
Liquidez: o CDB pode ser negociado no mercado secundário. O CDB também pode ser resgatado
antes do prazo final caso o banco emissor concorde em resgatá-lo. No caso de resgate anterior ao
prazo final, devem ser respeitados os prazos mínimos. Os CDBs não podem ser indexados à va-
riação cambial. Quando o investidor deseja obter um rendimento atrelado à variação cambial, é
necessário fazer um contrato de swap paralelo ao CDB, conhecido também como “CDB swapado”.
IMPORTANTE!
Possuem cobertura do FGC até o limite vigente, atualmente de R$ 250.000,00.
Valor da Cota
O valor da cota deve estar associado a classe ou subclasse que ela pertence, ou seja, para o cálculo
do valor da cota de uma classe, utiliza-se o patrimônio liquido e a quantidade de cotas somente
daquela classe em questão. O mesmo acontece com as subclasses.
Exemplo: Se uma classe de cotas tem um patrimônio líquido de R$ 2 milhões e 1 milhão de cotas,
cada cota vale R$ 2.
O valor da cota é essencial para determinar tanto o valor do investimento inicial quanto o retorno
do investimento ao longo do tempo. Esse cálculo fornece transparência e permite que o investidor
acompanhe a performance de seu investimento.
Cotas Restritas
• Público-Alvo: Investidores qualificados e profissionais.
• Particularidades: Empregados ou sócios dos prestadores de serviços essenciais do fundo e par-
tes relacionadas podem ser cotistas, se houver autorização expressa.
• Finalidade: Destinam-se a investidores com alto grau de conhecimento do mercado e capacida-
de de assumir riscos maiores.
Cotas Exclusivas
• Público-Alvo: Um único investidor profissional, ou um grupo restrito de investidores com vín-
culos societários familiares ou interesses comuns indissociáveis.
• Características: São fundos sob medida, criados para atender às necessidades específicas de
investidores com objetivos de investimento alinhados.
• Status: A classe exclusiva é tratada como um investidor profissional, o que implica acesso a in-
vestimentos mais sofisticados e riscos potencialmente maiores.
Cotas Previdenciárias
• Público-Alvo: Entidades de previdência privada abertas ou fechadas, e regimes próprios de
previdência social de qualquer esfera governamental.
• Especificidade: São especializadas na aplicação de recursos destinados à formação de reservas
de longo prazo para benefícios previdenciários.
• Status: Assim como as cotas exclusivas, são consideradas investidor profissional, dada a nature-
za especializada e o montante significativo de recursos que administram.
Cada uma dessas classes de cotas é criada com o intuito de atender a perfis de investidores e obje-
tivos específicos, levando em conta o nível de sofisticação e as necessidades particulares de cada
grupo.
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
Os fundos de investimento contam com vários prestadores de serviços essenciais, cada um com
papéis e responsabilidades distintas. Vamos explorar esses papéis e as alterações trazidas pela Ins-
trução CVM 175.
ADMINISTRADOR
• Responsável Legal pelo fundo de investimento. Contrata todos os demais prestadores de serviços em
conjunto com Gestor.
• Remunerado pelas taxas cobradas pelo fundo.
GESTOR
• Compra e venda dos ativos. Decisão
• Compartilha risco com o Administrador
• O gestor é responsável pela observância dos limites de composição e concentração de carteira e de
concentração em fatores de risco.
CUSTODIANTE
• Guarda dos ativos. Controle das cotas. Acata ordens do Administrador e Gestor.
DISTRIBUIDOR
• Venda e oferta das cotas
• Precisa estar certificado
AUDITOR INDEPENDENTE
• Auditoria independente. No mínimo uma por ano.
• Exceção se o fundo tiver menos de 90 dias de vida.
IMPORTANTE: cotista deve atestar que possui ciência dos riscos derivados de sua responsabi-
lidade ilimitada no termo de adesão, caso adere uma cota de uma classe ou subclasse que não
seja de responsabilidade limitada.
REMUNERAÇÃO
As taxas em fundos de investimento são cruciais para o entendimento do investidor, pois afetam
diretamente a rentabilidade. Vamos explicar cada uma delas detalhadamente
Taxa de Administração
• Definição: É uma taxa cobrada para remunerar os serviços administrativos do fundo.
• Periodicidade: Expressa ao ano e deduzida diariamente.
• Base de Cálculo: Sobre o patrimônio líquido, considerando ganhos ou perdas.
• Impacto na Rentabilidade: A rentabilidade divulgada já é líquida desta taxa.
• Forma de Cobrança: Pode ser uma porcentagem do PL ou um valor fixo.
PRINCIPAIS BENCHMARK
Todo fundo de investimento deve ter um Benchmark, que é um índice que serve de referência para
comparar a rentabilidade relativa (% de rentabilidade do fundo em relação ao benchmark) e auxi-
liar o investidor em suas decisões, que as mesmas não sejam baseadas em apenas renatabilidade
absoluta (o quanto o fundo rendeu).
O comportamento de um fundo em relação ao seu benchmark é o seu objetivo, que pode ser:
1. GESTÃO PASSIVA (FUNDO INDEXADO): os fundos passivos são aqueles que buscam acompa-
nhar um determinado “benchmark” e, por essa razão, seus gestores têm menos liberdade na
seleção de ativos.
2. GESTÃO ATIVA: são considerados ativos aqueles em que o gestor atua buscando obter melhor
desempenho, assumindo posições que julgue propícias para superar o seu “benchmark”.
PRINCIPAIS INDÍCES:
Renda fixa
1. DI: as negociações entre os bancos (lastro em títulos privados) geram a taxa DI, referência para
a maior parte dos títulos de renda fixa ofertados ao investidor. É hoje o principal benchmark do
mercado.
2. SELIC: taxa de juros calculada com base nas negociações entre os bancos, quando o lastro é
títulos públicos.
3. IPCA: principal índice de inflação do país. Utilizado no sistema de metas do Copom. Calculado e
divulgado pelo IBGE.
Renda Variável
1. Ibovespa: índice que acompanha a evolução média das cotações das ações negociadas na bol-
sa. É o valor atual, em moeda corrente, de uma carteira teórica de ações, integrada pelas ações
que, em conjunto, representaram 80% do volume transacionado (maior liquidez) à vista nos
doze meses anteriores à formação da carteira.
2. IBrX: Índice Brasil de Ações, composto por uma carteira teórica de 100 ações selecionadas na
Bovespa em ordem decrescente por liquidez em termos de seu índice de negociabilidade (nú-
mero de negócios e volume financeiro medidos nos últimos doze meses).
Objetivos e Estratégias
Os FIAs têm como principal objetivo proporcionar aos investidores uma exposição ao mercado de
ações, buscando capturar o crescimento econômico e a valorização de empresas listadas em bolsa.
Eles são adequados para investidores que buscam maior potencial de retorno e estão dispostos a
aceitar um nível mais elevado de risco associado às flutuações do mercado de ações.
Composição do Patrimônio
O patrimônio líquido do FIA deve ser composto de, no mínimo, 67% de ativos relacionados ao mer-
cado de ações, que incluem:
Composição da Carteira
Ativos Relacionados ao Câmbio: Para estar em conformidade com a regulamentação, pelo menos
80% da carteira deve ser composta por ativos que tenham relação direta com moedas estrangeiras
ou que repliquem a variação cambial por meio de derivativos.
Estratégia de Investimento
• Diversificação de Fatores de Risco: Os Fundos Multimercado são caracterizados pela política
de investimento que envolve diversos fatores de risco, sem se concentrar especificamente em
nenhum deles.
• Flexibilidade: Esta categoria de fundo tem a liberdade de alterar suas alocações entre diferen-
tes tipos de ativos conforme as condições de mercado e as perspectivas do gestor.
Regras de Alocação
• Sem Limites Rígidos de Concentração: Os investimentos em ativos normalmente associados a
fundos de ações não estão sujeitos a limites de concentração por emissor, desde que isso esteja
previsto no regulamento e informado no termo de adesão.
Composição da Carteira
Alocação em Ativos de Renda Fixa: Pelo menos 80% da carteira deve ser composta por ativos re-
lacionados diretamente ou sintetizados via derivativos ao fator de risco de renda fixa, como títulos
públicos, títulos corporativos, debêntures, entre outros.
As subclassificações dos Fundos de Investimento em Renda Fixa permitem aos investidores esco-
lher estratégias que melhor atendam a seus objetivos de investimento e tolerância ao risco. Os
fundos de Renda Fixa se subdividem em mais 4 tipos de fundos, são eles:
• Fundos de Renda Fixa de Curto Prazo
• Fundos de Renda Fixa Referênciados
• Fundos de Renda Fixa da Dívida Externa
• Fundos de Renda Fixa Simples
Objetivo e Estratégia
Investimento em Ativos de Curto Prazo: O foco está em investimentos que oferecem menor risco e
maior liquidez, ideal para investidores que buscam uma alternativa conservadora com horizonte de
investimento de curto prazo.
Composição da Carteira
• Títulos com Prazos Curtos: O fundo deve investir exclusivamente em títulos públicos ou priva-
dos com prazo máximo de 375 dias e prazo médio da carteira inferior a 60 dias.
• Ativos de Baixo Risco de Crédito: Inclui títulos privados considerados de baixo risco pelo gestor.
• ETFs Relacionados: ETFs que invistam em títulos semelhantes também são permitidos.
• Operações Compromissadas: Utilização de operações compromissadas lastreadas em títulos
públicos federais.
Uso de Derivativos
• Proteção da Carteira (Hedge): Derivativos podem ser utilizados, mas somente com o objetivo
de proteger a carteira contra riscos.
Objetivo e Estratégia
• Replicação de Índice: O principal objetivo é investir em ativos que, direta ou indiretamente,
acompanham o desempenho de um determinado índice de referência.
• Inclusão do Sufixo 'Referenciada': A denominação do fundo deve incluir o sufixo "Referencia-
da", seguido do nome do índice que o fundo busca replicar.
Composição da Carteira
• Alocação em Ativos Seguros: No mínimo 80% do patrimônio líquido deve estar investido em
ativos de baixo risco, tais como:
• Títulos da dívida pública federal.
• Ativos financeiros de renda fixa considerados de baixo risco de crédito.
• ETFs que investem predominantemente nos ativos mencionados acima.
• Acompanhar o Benchmark: menos 95% do seu patrimônio líquido esteja investido em ativos
que acompanham, direta ou indiretamente, determinado índice de referência
Uso de Derivativos
Hedge: A utilização de derivativos é restrita a operações com o objetivo de proteger (hedge) as po-
sições detidas à vista, até o limite destas.
Objetivo e Estratégia
• Foco em Títulos da Dívida Externa: Investimento primário em títulos representativos da dívida
externa do Brasil.
• Denominação 'Dívida Externa': A denominação do fundo deve incluir o sufixo "Dívida Externa".
Composição da Carteira
• Alocação Mínima: No mínimo 80% do patrimônio líquido do fundo deve estar investido em
títulos da dívida externa brasileira.
• Custódia Internacional: Os títulos devem ser mantidos em contas de custódia no sistema Euro-
clear ou Clearstream Banking.
Restrições
• Limites de Concentração: O total de emissão ou coobrigação de uma mesma entidade não
pode exceder 10% do patrimônio líquido do fundo.
• Proibição de Manutenção de Recursos no País: Com exceções específicas, os recursos capta-
dos pelo fundo não devem ser mantidos ou aplicados no Brasil.
Objetivo e Estratégia
Investimento Conservador: Destinado a oferecer uma opção de investimento simplificada e con-
servadora, priorizando a segurança e a previsibilidade dos retornos.
Composição da Carteira
Alocação em Ativos Seguros: O fundo deve alocar no mínimo 95% do patrimônio líquido em:
• Títulos da dívida pública federal.
• Títulos de renda fixa emitidos ou coobrigados por instituições financeiras com classificação de
risco elevada.
• Operações compromissadas lastreadas em títulos da dívida pública ou títulos de instituições
autorizadas pelo Banco Central.
Uso de Derivativos
Hedge: Permitido somente para operações de proteção da carteira, limitadas ao hedge.
Restrições
• Vedação de Taxa de Performance: Não é permitida a cobrança de taxa de performance, mes-
mo em casos de fundos com tratamento fiscal de longo prazo.
• Proibições Adicionais: Incluem a proibição de investimentos no exterior, concentração em cré-
ditos privados, transformação em classe fechada e mudanças de tipo.
Exceções – Importante
• Dispensa de Termo de Adesão e Verificação de Perfil: O ingresso na classe "Renda Fixa – Sim-
ples" é dispensado de recolher o termo de adesão e de verificar a adequação do investimento
ao perfil do cliente.
COMPOSIÇÃO DA PRINCIPAIS
TIPO DE FUNDO OBJETIVO/FOCO
CARTEIRA CARACTERÍSTICAS
Exposição ao Mín. 67% em ações e Alto potencial de
Fundos de Ações
mercado acionário valores relacionados retorno, maior risco
Exposição a Mín. 80% em ativos Diversificação e
Fundos Cambiais
variações cambiais relacionados ao câmbio hedge cambial
Flexibilidade e
Vários ativos sem
Fundos Multimercado Diversificação de riscos diversificação de
concentração específica
estratégias
Investimentos Títulos de renda fixa. Menor risco e
Fundos de Renda Fixa
menor risco Min 80% volatilidade
Títulos de curto prazo,
Renda Fixa Baixo risco, liquidez,
Menor risco e liquidez até 375 dias prazo
de Curto Prazo menor retorno
médio menor 60 dias
COMPOSIÇÃO DA PRINCIPAIS
TIPO DE FUNDO OBJETIVO/FOCO
CARTEIRA CARACTERÍSTICAS
Mínimo 95% dos ativos
Renda Fixa Replicar índice Transparência,
alinhados a um índice
Referenciada específico alinhamento com índice
de referência
Exposição à moeda
Renda Fixa Exposição a dívida Mínimo de 80% em
estrangeira,
Dívida Externa externa títulos da dívida externa
diversificação
Baixo risco,
Investimento Mínimo 95% em títulos
Renda Fixa Simples simplicidade,
simplificado públicos/federais
acessibilidade
4.5.2 PRAZOS
4.6.3 PORTABILIDADE
É a transferência, parcial ou total, do saldo acumulado entre fundos do plano contrato, ou para ou-
tros planos, outra seguradora ou Entidade Aberta de Previdência Complementar – EAPC, durante
o período de acumulação, por vontade do titular.
4.6.4 RESGATES
Uma das formas de sair do plano, ou seja, de utilizar a reserva acumulada, pode ser o resgate total,
caso o cliente não queira passar a receber uma renda mensal. Para essa opção, há duas formas dis-
poníveis de resgate:
• Resgate programado: são definidas datas certas para a retirada do dinheiro. Os recursos que
continuarem no plano permanecerão rendendo.
• Resgate total: é a alternativa mais barata para o usuário, mas não é indicada para quem não
tem experiência em gerir seu patrimônio. Afinal, se o dinheiro ficar parado, deixará de render.
IMPORTANTE: No caso de resgate total ou de parte dos recursos antes da data de saída estipu-
lada, é preciso ficar atento às regras de carência para resgate.
Renda Vitalícia Pagamento de uma renda mensal por toda a vida ao participante.
Pagamento de uma renda mensal por toda a vida ao participante. Caso
Renda Vitalícia com
ocorra o seu falecimento, a renda é revertida ao beneficiário indicado até
Prazo Mínimo Garantido o cumprimento do prazo garantido.
Pagamento de uma renda mensal por toda a vida ao participante. Após o
Renda Vitalícia
seu falecimento, um percentual da renda, será revertida ao beneficiário
Reversível ao Beneficiário indicado.
Pagamento de uma renda mensal ao participante, durante o prazo
Renda Temporária
definido.
Proteção Adicional
Pensão Prazo Certo Pagamento mensal ao beneficiário indicado durante o prazo definido.
Pagamento de uma renda mensal por toda a vida, ao beneficiário indicado
Pensão ao Cônjuge
pelo participante, caso ocorra o seu falecimento.
Pagamento de uma renda mensal ao beneficiário menor indicado ( até
Pensão aos Menores
que complete 21 anos), caso ocorra o falecimento do participante.
Pagamento de uma renda mensal por toda a vida ao participante, no caso
Renda por Invalidez com
de invalidez total e permanente. Caso ocorra o seu falecimento, a renda é
Prazo Mínimo Garantido revertida ao beneficiário indicado até o cumprimento do prazo garantido.
Pagamento único ao beneficiário indicado, em decorrência da morte do
Pecúlio por Morte
segurado.
PGBL VGBL
Permite abater da base de cálculo do IR os
Dedução aportes realizados anualmente ao plano Não permite abater do IR
de IR até um limite máximo de 12% (*) da renda os aportes ao plano.
bruta tributável do investidor.
Essa dedução não significa que os aportes
feitos na Previdência são isentos de IR.
Incidência O IR incidirá apenas sobre os rendimentos
Haverá incidência do IR sobre o valor total
de IR do plano e não sobre o total acumulado.
do resgate ou da renda recebida quando
eles ocorrerem.
Indicado para quem usa a declaração
simplificada ou é isento ou para quem já
Perfil Indicado para as pessoas que optam pela
investe em um PGBL, mas quer investir
Investidor declaração completa do Imposto de Renda.
mais de 12% de sua renda bruta em
previdência privada.
4.7 SEGUROS
Seguro é um instrumento de proteção contra risco de perda financeira. É uma forma de gerencia-
mento de risco contra acidentes e perdas incertas.
O Seguro é um contrato envolvendo duas ou mais partes em que uma age como segurador, com o
dever de indenizar a outra, o segurado, em caso de ocorrência de um evento determinado sinistro.
4.7.1 GLOSSÁRIO
Apólice: documento emitido pela sociedade seguradora formalizando a aceitação da cobertura so-
licitada pelo proponente, nos planos individuais, ou pelo estipulante, nos planos coletivos.
Beneficiário: pessoa física ou jurídica designada para receber os valores dos capitais segurados, na
hipótese de ocorrência do sinistro.
No seguro prestamista, o primeiro beneficiário é o credor, a quem deverá ser paga a indenização,
no valor a que tem direito em decorrência da obrigação a que o seguro está atrelado, limitado ao
capital segurado contratado.
Carregamento: importância destinada a atender às despesas administrativas e de comercialização
do plano.
Período de diferimento: período compreendido entre a data de início de vigência da cobertura por
sobrevivência e a data contratualmente prevista para início do pagamento do capital segurado.
Prêmio: valor correspondente a cada um dos pagamentos destinados ao custeio do seguro.
Proponente: o interessado em contratar a cobertura (ou coberturas), ou aderir ao contrato, no caso
de contratação coletiva.
Riscos excluídos: são aqueles riscos, previstos nas condições gerais e/ou especiais, que não serão
cobertos pelo plano.
Sinistro: a ocorrência do risco coberto, durante o período de vigência do plano de seguro.
Fiz esse quadro resumo com os principais tipos de seguros:
Fonte: BACEN
Os pagamentos instantâneos são liquidados com lançamentos nas contas de propósito específico
que as instituições participantes diretos do sistema mantêm no BCB, denominadas Contas Paga-
mento Instantâneo (Contas PI). Para garantir a solidez do sistema, não há possibilidade de lança-
mentos a descoberto, isso é, não se admite saldo negativo nas Contas PI.
Motivos de Devolução
Fique tranquilo cabeção, não precisa DECORAR todos os motivos, mas eu recomendo conhecer
aqueles que são responsáveis pela inclusão do cliente no Cadastro de Emitentes de Cheques Sem
Fundos – CCF
AULA 05
Fala Cabeção! Vamos mergulhar no universo das operações de crédito, um tema fundamental tan-
to para instituições financeiras quanto para quem busca financiamento ou empréstimos. Do que
adianta o banco captar recurso se ele não consegue emprestar na outra ponta? Essa é a importân-
cia do crédito, fundamental para existência e lucros dos bancos, como do BNB onde você vai traba-
lhar! Vem com o PAI!
Spread Bancário
O spread bancário é essencialmente a diferença entre as taxas de juros que os bancos cobram
ao emprestar dinheiro e as taxas que pagam aos seus depositantes ou investidores. Por exemplo,
imagine que um banco capte recursos por meio de um Certificado de Depósito Bancário (CDB) ofe-
recendo uma taxa de juros de 10% ao ano. Em seguida, o banco empresta esses mesmos recursos a
um cliente através de um Crédito Direto ao Consumidor (CDC) a uma taxa de 25% ao ano. O spread
bancário, neste caso, seria de 15% ao ano, representando a margem bruta de lucro do banco na
operação.
Exemplo Prático
Vamos considerar um exemplo simplificado:
Diferenciação e Integração
Embora a metodologia dos 5C’s e os elementos do crédito compartilhem semelhanças, a aborda-
gem dos 5C’s oferece um framework mais estruturado para a análise de crédito. Os elementos do
crédito fornecem as bases para essa análise, enquanto os 5C’s apresentam uma forma prática e
sistematizada de aplicar esses conceitos na avaliação do risco de crédito.
Integrar a compreensão dos elementos fundamentais do crédito com a metodologia dos 5C’s per-
mite às instituições financeiras realizar avaliações de crédito mais profundas e informadas, equili-
brando o risco com a oportunidade de negócio. Esta abordagem holística é essencial para a tomada
de decisões de crédito responsáveis e sustentáveis.
Espero que esta exploração dos fundamentos do crédito forneça uma base sólida para entender
como as operações de crédito funcionam e o que as instituições financeiras consideram ao avaliar
solicitações de crédito, vamos para o próximo tema?
Conceito
Risco de crédito abrange não apenas o risco de inadimplência total ou parcial, mas também o risco
de atraso nos pagamentos e a redução na qualidade creditícia do devedor que pode afetar ne-
gativamente o valor de recuperação do crédito. Ele está presente tanto em operações de crédito
tradicionais, como empréstimos e financiamentos, quanto em instrumentos financeiros complexos,
como derivativos e títulos de dívida.
Exemplo Prático
Imagine uma instituição financeira que empresta R$ 100.000 a uma empresa para capital de giro. O
acordo prevê a quitação do empréstimo em 12 meses, com juros. Se, durante esse período, a em-
presa enfrentar dificuldades financeiras devido à queda nas vendas e não conseguir pagar o emprés-
timo, o banco enfrentará o risco de crédito. A perda pode ser total, caso a empresa vá à falência, ou
parcial, se a empresa renegociar o empréstimo sob condições menos favoráveis para o banco.
NÍVEL DE PERCENTUAL DE
PRAZO DE REVISÃO
RISCO PROVISÃO
A 0,5% Anualmente para todas as operações
Semestral para operações > 5% do PL ajustado;
B 1%
Anual para os demais
Semestral para operações > 5% do PL ajustado;
C 3%
Anual para os demais
Semestral para operações > 5% do PL ajustado;
D 10%
Anual para os demais
E 30% Mensal, em caso de atraso de 91 a 120 dias
F 50% Mensal, em caso de atraso de 121 a 150 dias
G 70% Mensal, em caso de atraso de 151 a 180 dias
H 100% Mensal, em caso de atraso superior a 180 dias
• Operações com prazo superior a 36 meses: Admite-se a contagem em dobro dos prazos para a
constituição de provisão.
• Operações de baixo valor (até R$50.000,00): Podem ser classificadas de forma simplificada,
baseada em modelos internos de avaliação ou conforme os atrasos consignados, com revisão
mínima correspondente ao risco nível A.
Exemplo Prático
Suponha uma empresa que tomou um empréstimo de taxa variável quando as taxas de juros es-
tavam relativamente baixas. Se, durante o período de reembolso, as taxas de juros subirem signi-
ficativamente devido a mudanças na política monetária, o custo do serviço da dívida da empresa
aumentará, podendo comprometer sua capacidade de pagamento.
Tabela: Impacto das Variações de Mercado nas Operações de Crédito
VARIÁVEL DE
IMPACTO POTENCIAL
MERCADO
Aumento no custo de empréstimos de taxa variável, afetando a capacidade de paga-
Taxas de Juros
mento dos devedores.
Alteração nos custos de serviço da dívida para devedores com receitas e dívidas em
Taxas de Câmbio
diferentes moedas.
Redução no valor de garantias, afetando o valor de recuperação em caso de inadim-
Preços de Ativos
plência.
Estratégias de Mitigação
• Hedging: Utilização de derivativos financeiros (como futuros, opções e swaps) para se proteger
contra movimentos adversos nas taxas de juros ou taxas de câmbio.
• Cláusulas Contratuais: Implementação de cláusulas de proteção nos contratos de crédito,
como limites de variação das taxas de juros.
• Diversificação: Diversificação das fontes de financiamento e das garantias para minimizar os
efeitos de variações em uma única classe de ativos.
E RELAÇÃO À OPERAÇÃO:
• Natureza e finalidade da transação;
• Características das garantias, particularmente quanto à suficiência e liquidez;
• Valor.
• Basileia III (2010-2011): Resposta à crise financeira global de 2008, introduziu medidas para
fortalecer a base de capital dos bancos, melhorar a gestão de risco de liquidez e aumentar a
transparência.
Exemplo Prático
Imagine uma instituição financeira que não atualiza seus sistemas de TI regularmente. Uma vulne-
rabilidade desconhecida é explorada por hackers, resultando em uma violação de dados que com-
promete informações sensíveis de clientes. Além das perdas financeiras diretas associadas à frau-
de, a instituição enfrenta danos à sua reputação e possíveis penalidades regulatórias. Esse cenário
ilustra como o risco operacional pode afetar significativamente as operações de crédito e a saúde
geral da instituição.
Modalidades Principais
• Empréstimos: Caracterizam-se pela flexibilidade no uso dos recursos, sem necessidade de des-
tinação específica ou comprovação da aplicação dos recursos. Exemplos incluem empréstimos
pessoais, adiantamentos a depositantes e empréstimos para capital de giro.
• Títulos Descontados: Incluem operações onde títulos, como duplicatas ou notas promissórias,
são adiantados com desconto pelo banco. Essencial para empresas que necessitam de liquidez
imediata.
• Financiamentos: Diferenciam-se pela destinação específica dos recursos, com necessidade de
comprovação da aplicação. Exemplos são financiamentos imobiliários, de veículos, máquinas e
equipamentos.
5.3.3 REGISTRATO
O Registrato oferece ao cidadão um mecanismo de consulta gratuita sobre seus relacionamentos
ativos no sistema financeiro. Ele proporciona um maior controle sobre a vida financeira, permitindo
verificar:
Entendendo os Juros
Juros representam o "preço" do dinheiro ao longo
do tempo, atuando como uma espécie de aluguel
que se paga pelo uso de recursos financeiros. Seja
você poupador ou tomador de crédito, é funda-
mental compreender que o valor a ser recebido
ou pago será afetado pelos juros, refletindo a taxa
de juros acordada para o empréstimo ou investi-
mento.
Taxa de Juros
A taxa de juros é calculada como um percentual do capital emprestado ou investido e pode ser ex-
pressa de forma anual (a.a.) ou mensal (a.m.). Por exemplo, um empréstimo de R$1.000 com juros
de R$80 ao ano tem uma taxa de juros de 8% a.a.
#DICADOPAI
Para saber mais sobre taxa de juros, assista as aulas do pai de Matemática Financeira para o
concurso do BNB. Minhas aulas estão disponíveis exclusivamente no site do GG Concursos.
Cálculo do CET
Para calcular o CET, devemos somar todos os custos envolvidos na operação ao valor emprestado e
depois calcular a taxa que iguala esses custos ao valor futuro do empréstimo (ou seja, o valor que
efetivamente será pago ao final do prazo, incluindo todos os encargos).
Cálculo do Valor Total Devido:
Cálculo do CET:
Para simplificar, vamos assumir que o CET é a taxa que, aplicada ao valor do empréstimo, resulta no
valor total devido ao final do prazo. Utilizando ferramentas financeiras ou uma calculadora finan-
ceira, você poderia inserir os seguintes dados para resolver a taxa:
• Valor Presente: – R$ 10.000 (valor negativo pois representa uma saída de caixa)
• Pagamento Futuro: R$ 11.950 (valor a ser pago ao final de 12 meses)
• Número de Períodos: 12 meses
Supondo que a taxa encontrada seja de aproximadamente 1,55% ao mês. Para encontrar a taxa
anual, utilizaríamos a fórmula da taxa anual composta:
Portanto, o CET dessa operação de crédito seria de aproximadamente 19,65% ao ano, representan-
do o custo total anualizado da operação de crédito, incluindo todos os encargos e despesas.
Crédito Pessoal
É a forma mais flexível de empréstimo, permitindo ao tomador usar os recursos para diversas fina-
lidades, sem a necessidade de especificar a aplicação. É importante estar atento às taxas de juros,
que podem ser mais elevadas, e às possíveis tentativas de fraude. A contratação desse tipo de em-
préstimo exige cuidado e a escolha de instituições confiáveis.
Empréstimo Consignado
Caracteriza-se pelo desconto direto da parcela no salário, aposentadoria ou pensão do tomador.
É uma opção com taxas de juros geralmente menores, devido ao menor risco de inadimplência. O
limite de comprometimento da renda é regulado por lei, máximo de 40%, sendo 35% para emprés-
timos e 5% para despesas com cartão de crédito consignado.
TIPO DE FORMA DE
TAXA DE JUROS FORMA DE CONTRATAR
EMPRÉSTIMO PAGAMENTO
Presencial, online, via telefone
Crédito Pessoal Débito em conta Geralmente mais alta
(necessita de documentos)
Empréstimo Menor (devido ao Exige convênio entre empresa/
Desconto em folha
Consignado menor risco) órgão público e banco
Em geral é contratado
Crédito Direto ao Débito em conta Varia conforme o
diretamente no ponto de venda
Consumidor (CDC) ou boleto produto e o vendedor
ou através de financiadoras
Duplicatas
São títulos de crédito que representam a promessa de pagamento por bens vendidos ou serviços
prestados. As empresas podem descontar essas duplicatas em instituições financeiras para receber
antecipadamente os valores de vendas a prazo, melhorando seu fluxo de caixa.
Notas Promissórias
São compromissos de pagamento futuros, assinados por quem deve o dinheiro (emitente) em favor
de quem deve receber (beneficiário). Assim como as duplicatas, podem ser descontadas em insti-
tuições financeiras para antecipação de recursos.
Cheques Pré-datados
Empresas e profissionais autônomos recebem cheques pré-datados como forma de pagamento a
prazo. É possível descontar esses cheques em bancos ou financeiras, antecipando o recebimento
do valor correspondente.
Considerações Importantes
• Flexibilidade: O desconto de recebíveis oferece flexibilidade para que empresas e profissionais
autônomos gerenciem seu fluxo de caixa de maneira mais eficaz.
• Taxas: As instituições financeiras cobram taxas pela antecipação desses recebíveis, que variam
conforme o tipo de recebível e o perfil do cliente.
• Elegibilidade: Embora tradicionalmente direcionado a pessoas jurídicas (PJ), profissionais au-
tônomos também podem se beneficiar dessa modalidade, especialmente no caso de cheques
pré-datados e antecipação de recebíveis de cartão de crédito.
Cálculo da Antecipação:
Para calcular o valor líquido a ser recebido pela antecipação, aplicamos a fórmula do desconto co-
mercial simples, considerando a taxa de juros mensal de 2%.
Direito de Regresso:
No caso de algum dos cheques não ser compensado na data estimada, o banco possui o direito de
regresso. Isso significa que o banco pode exigir do cliente "GG Concursos" o reembolso do valor
correspondente ao cheque não compensado. Essa medida assegura que o banco recupere os valo-
res antecipados em situações de inadimplência por parte dos emitentes dos cheques.
Conclusão:
A antecipação de recebíveis é uma ferramenta útil para melhorar o fluxo de caixa de empresas e
profissionais autônomos. No entanto, é essencial entender os custos envolvidos e considerar o im-
pacto do direito de regresso nas finanças da empresa, caso algum dos recebíveis não seja honrado
na data de vencimento.
#DICADOPAI
Esse conteúdo não consta no seu edital do BNB, porém o pai resolveu abordar pois é a pricipal
linha de crédito que um banco oferece e entender cheque especial é primordial para aprender
conta garantida (próximo tema e que consta no edital do BNB).
O Cheque Especial é uma linha de crédito pré-aprovada associada diretamente à sua conta corren-
te, desenhada para ser uma solução de curto prazo em situações de emergência financeira. Aqui
está um guia completo para entender melhor essa modalidade de crédito, suas regras, limitações e
as recentes mudanças regulatórias que impactam seu uso.
Definição e Funcionamento
• O que é: O Cheque Especial é um limite de crédito rotativo disponibilizado pelo banco, que
pode ser utilizado quando não há saldo suficiente na conta. Esse limite aparece no extrato ban-
cário, mas não representa um saldo positivo disponível; é um crédito que, se utilizado, acarre-
tará a cobrança de juros sobre o saldo devedor.
Taxas de Juros
• Limite Máximo: Desde 06 de janeiro de 2020, as instituições financeiras só podem cobrar uma
taxa de juros máxima de 8% ao mês sobre o saldo utilizado no Cheque Especial. Esta taxa é efe-
tiva e deve ser respeitada independentemente da forma de capitalização de juros adotada pela
instituição.
Cobrança de Tarifa
• Proibição de Tarifas: O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou inconstitucional a cobrança de
tarifas pela disponibilização do limite do Cheque Especial para pessoas físicas e Microempre-
endedores Individuais (MEIs), mesmo para limites superiores a R$500,00. Esta decisão reforça
que não é permitida a cobrança de tarifas pela mera disponibilização do limite.
Alteração de Limites
• Redução de Limite: O banco pode reduzir o limite do Cheque Especial, mas deve comunicar ao
cliente com no mínimo 30 dias de antecedência, exceto em casos de deterioração do perfil de
risco de crédito do cliente.
• Aumento de Limite: Qualquer aumento no limite deve ser precedido pela autorização expressa
do cliente.
ASPECTO DETALHES
Taxa de Juros Máxima 8% ao mês
Cobrança de Tarifa Proibida para PF e MEIs
Aplica-se a PJ? Não; condições específicas são negociadas no contrato
Redução com prévia comunicação de 30 dias; aumento sujeito à autorização
Alteração de Limite
do cliente
Portabilidade Permitida desde 01/03/2021
Considerações Finais
O Cheque Especial pode ser uma ferramenta útil em momentos de aperto financeiro, mas seu cus-
to pode ser elevado devido às taxas de juros. É crucial entender todas as condições e regras as-
sociadas a essa modalidade de crédito, assim como considerar alternativas de financiamento que
possam ter custos mais baixos. A decisão de utilizar o Cheque Especial deve ser feita com cautela,
sempre levando em conta o impacto das taxas de juros no seu orçamento.
Capital de Giro
O Capital de Giro é o recurso necessário para sustentar as operações diárias de uma empresa, co-
brindo despesas como pagamento de fornecedores, salários e outras obrigações de curto prazo. É
fundamental para manter a liquidez e a saúde financeira do negócio, permitindo que a empresa
continue operando de forma eficiente enquanto aguarda o recebimento das vendas a prazo.
Conta Garantida
A Conta Garantida é uma modalidade de crédito rotativo que funciona como um limite de crédito,
pré-aprovado, anexado à conta corrente da empresa. Semelhante ao cheque especial para pessoas
físicas, a conta garantida fornece uma reserva financeira que a empresa pode utilizar quando ne-
cessário, pagando juros somente sobre o valor utilizado.
Considerações Finais
Tanto o Capital de Giro quanto a Conta Garantida são instrumentos essenciais no arsenal financeiro
de uma empresa, cada um atendendo a diferentes necessidades. O Capital de Giro é crucial para o
sustento das operações cotidianas e para a manutenção da liquidez, enquanto a Conta Garantida
oferece um recurso flexível para cobrir despesas inesperadas ou aproveitar oportunidades rápidas
de negócios. A escolha entre uma e outra depende das necessidades específicas de fluxo de caixa,
custo de financiamento e estratégia financeira da empresa.
Ao fazer uma compra e pagar com o cartão de crédito, o indivíduo assume a responsabilidade de
pagar o valor daquela despesa na data do vencimento da fatura, juntamente com os outros gastos
pagos com o cartão de crédito.
Regulamentação
Os serviços de pagamentos vinculados a cartões de crédito emitidos por instituições financeiras
ou instituições de pagamento estão sujeitos à regulamentação baixada pelo Conselho Monetário
Nacional e pelo Banco Central do Brasil.
Também são regulados os cartões emitidos por lojas, conhecidos como “private label” no que se
refere ao eventual financiamento concedido por uma instituição financeira ao cliente para paga-
mento da fatura. (compra parcelada na loja) Demais cartões não são fiscalizados pelo Banco Cen-
tral.
Tipos de Cartões
Toda instituição emissora de cartão de crédito é obrigada a ofertar cartão de crédito básico. O valor
da anuidade do cartão básico deve ser menor do que o valor da anuidade do cartão diferenciado.
Tarifas
As instituições podem cobrar de pessoas naturais basicamente cinco tarifas referentes à prestação
de serviços de cartão de crédito, a título de serviços prioritários:
Após decorrido o vencimento da fatura, o saldo remanescente do crédito rotativo pode ser finan-
ciado mediante linha de crédito para pagamento parcelado, desde que em condições mais vanta-
josas para o cliente em relação àquelas praticadas na modalidade de crédito rotativo, inclusive no
que diz respeito à cobrança de encargos financeiros.
#PaiEd | Atualiza
Atenção, antes existia a exigência de valor mínimo para cobrança de tarifa nos cartões
de crédito de 20% e depois 15%. Porém essa exigência foi revogada em 2018 pela Circular
BACEN nº 3.892.
Taxas e Garantias
• Taxas: A única taxa adicional permitida é a de abertura de crédito, limitada a 3% do valor do
crédito. Não são permitidas outras taxas ou despesas.
• Garantias: Não são obrigatórias, mas a lei permite o uso de garantias como aval, fiança e alie-
nação fiduciária.
MICROCRÉDITO
ASPECTO MICROCRÉDITO
PRODUTIVO ORIENTADO (MPO)
Financiamento de atividades Financiamento com orientação
Finalidade
produtivas de pequenos negócios técnica para atividades produtivas
Limite de
Até R$ 360.000 anual Até R$ 360.000 anual
Receita Bruta
Limites de
Conforme a política da instituição R$21.000 no MPO e R$80.000 em geral
Saldo Devedor
Considerações Finais
O Microcrédito e o Microcrédito Produtivo Orientado (MPO) são instrumentos valiosos para o de-
senvolvimento de pequenos empreendimentos, fornecendo não apenas recursos financeiros, mas
também suporte técnico no caso do MPO. Ao entender essas modalidades, empreendedores po-
dem escolher a opção que melhor atende às necessidades de seus negócios, promovendo o cresci-
mento e a sustentabilidade econômica.
Os recursos controlados geralmente financiam operações de crédito rural com as condições previa-
mente definidas, como taxas de juros, limites e prazo.
No caso de créditos provenientes de recursos não controlados (recursos próprios), os financiamen-
tos possuem condições livremente pactuadas entre as instituições financeiras e os produtores ru-
rais.
Beneficiários
I. Produtor rural (pessoa física ou jurídica);
II. Cooperativa de produtores rurais;
III. Pessoa física ou jurídica que, mesmo não sendo produtor rural, se dedique a uma das seguin-
tes atividades:
Funcionamento do Pronaf
O Pronaf permite que os agricultores familiares acessem financiamentos com juros reduzidos e
prazos de pagamento adaptados às suas realidades, cobrindo desde despesas de custeio até in-
vestimentos para ampliação e modernização de suas atividades, tanto agropecuárias quanto não
agropecuárias. Diversas linhas de crédito estão disponíveis, atendendo a diferentes necessidades e
projetos específicos do pequeno produtor.
• Ter a propriedade dimensionada em até 4 módulos fiscais (ou 6, para atividades pecuárias);
• Limitar o uso de mão de obra externa à sazonalidade da produção.
Benefícios do Pronaf
Além de contribuir para a valorização da produção agrícola familiar, o Pronaf estimula a diversifi-
cação da produção, a inclusão social e econômica dos agricultores familiares e promove práticas
de sustentabilidade ambiental. Com isso, busca-se não apenas o fortalecimento da agricultura fa-
miliar mas também o desenvolvimento rural de forma integrada e sustentável.
Crédito Agroindustrial
O crédito agroindustrial destina-se a empresas que atuam na transformação de produtos agrícolas.
Este tipo de crédito apoia:
• Agroindústrias: Empresas que processam produtos agrícolas (como alimentos, fibras, bioener-
gia), transformando-os em produtos de maior valor agregado.
Acesso ao Crédito
O acesso ao crédito industrial e agroindustrial no Brasil pode ser feito através de:
• Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES): Oferece várias linhas de
crédito para o desenvolvimento industrial e agroindustrial, com foco em inovação, sustentabili-
dade e competitividade.
• Bancos Comerciais: Oferecem linhas de crédito específicas para empresas industriais e agroin-
dustriais, incluindo financiamentos para exportação.
• Programas Governamentais: Existem programas específicos de apoio ao setor industrial e
agroindustrial, que podem oferecer condições favoráveis de financiamento, incluindo taxas de
juros reduzidas e prazos de pagamento estendidos.
Objetivo do FNE
O objetivo primordial do FNE é o de promover a igualdade social e econômica, conforme preconi-
zado pela Constituição Federal. Isto é alcançado por meio do estímulo a investimentos produtivos
que impulsionam o desenvolvimento econômico regional, acompanhado da geração de emprego e
renda, visando a uma distribuição de riquezas mais equitativa.
I. Financiar projetos que contribuam para o desenvolvimento econômico e social da região Nor-
deste.
II. Apoiar setores produtivos como a indústria, a agropecuária, o turismo, a mineração, entre ou-
tros.
III. Estimular a criação de empregos e a geração de renda na região.
Finalidade
Criado para ser um pilar de sustentação econômica, o FNE busca ser uma fonte confiável de finan-
ciamento para atividades produtivas na região Nordeste e nas partes norte dos estados de Minas
Gerais e Espírito Santo. Ele é direcionado não apenas a grandes projetos, mas também a estudantes
abrangidos pelo Programa de Financiamento Estudantil (P-FIES) e a pessoas físicas, inclusive mini e
microgeradores de energia fotovoltaica, oferecendo condições favoráveis que estimulam o desen-
volvimento econômico e social.
Abrangência
Atualmente, o FNE beneficia 2.074 municípios, abrangendo todos os nove estados do Nordeste,
além do norte dos estados do Espírito Santo e de Minas Gerais. Este alcance demonstra o compro-
misso do fundo em disponibilizar crédito a uma vasta gama de segmentos empresariais, desde mi-
croempreendedores individuais a grandes empresas, associações e cooperativas, enfatizando seu
papel integral na promoção do desenvolvimento regional.
Administração e Recursos
• O BNB é responsável pela administração dos recursos do FNE, desenvolvendo e executando
programas de financiamento alinhados com os planos regionais de desenvolvimento.
• Os recursos do FNE provêm principalmente de dotações orçamentárias da União, além de ou-
tras fontes como operações de crédito internas e externas.
Operacionalização
A gestão do FNE segue diretrizes rigorosas que garantem a eficácia de sua aplicação, como a obri-
gatoriedade de destinar metade de seus recursos para o semiárido, a integração com instituições
federais na região, o apoio prioritário a pequenos empreendedores e a sustentabilidade ambiental.
Este enquadramento garante que o fundo não apenas forneça recursos financeiros, mas também
apoie o crescimento sustentável e inclusivo.
Condições de Financiamento
• As condições de financiamento, incluindo encargos financeiros, prazos e limites de crédito, são
definidas pelo BNB, considerando as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Deliberativo da SU-
DENE.
• Não é permitida a aplicação de recursos a fundo perdido pelo FNE, ou seja, todos os financia-
mentos devem ser reembolsáveis.
Beneficiários
• Podem ser beneficiados pelos recursos do FNE os produtores e empresas, pessoas físicas e ju-
rídicas, cooperativas de produção que desenvolvam atividades produtivas nos setores especifi-
cados, localizados na área de atuação da SUDENE.
Prioridades
• O FNE dá tratamento preferencial a projetos que promovam a inclusão social, a diversificação
econômica, a inovação tecnológica, a sustentabilidade ambiental e a redução das desigualda-
des regionais.
Mitos e Verdades
• O FNE não financia a taxa SELIC acrescida de IPCA para pessoa jurídica; sua taxa de juros é defi-
nida com base em critérios próprios que visam à promoção do desenvolvimento regional.
• O FNE não é registrado como capital de terceiro no balanço do BNB para efeito do Acordo de
Basileia.
• Os recursos do FNE podem ser direcionados para diversas áreas, não se limitando ao setor de
comércio e serviços.
5.5.2 BNDES/FINAME
O FINAME é uma subsidiária do BNDES, dedicada ao financiamento à produção e comercializa-
ção de máquinas e equipamentos. O capital social subscrito da FINAME está representado por
589.580.236 ações ordinárias, nominativas, sem valor nominal, de propriedade integral do BNDES.
O FINAME, como linha de crédito e financiamento gerida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), destinada à aquisição de máquinas e equipamentos novos, produzi-
dos no Brasil e credenciados pelo BNDES. Este programa é uma peça fundamental na estratégia de
fomento à indústria nacional, ao mesmo tempo em que apoia a modernização do parque industrial
brasileiro, incentivando o aumento da produtividade e a competitividade das empresas no país e
no exterior.
Objetivos do FINAME
O principal objetivo do FINAME é financiar a compra de máquinas e equipamentos novos de fabri-
cação nacional, credenciados pelo BNDES, por parte de empresas de qualquer porte e setor. Isso
inclui desde a aquisição de equipamentos individuais até projetos de expansão ou modernização
que requerem várias máquinas.
Funcionamento do FINAME
O financiamento do FINAME é realizado através de instituições financeiras credenciadas pelo BN-
DES, que atuam como agentes do programa. Estas instituições são responsáveis por analisar o cré-
dito e liberar os recursos para os tomadores finais, sejam eles produtores, comerciantes ou presta-
dores de serviços.
Requisitos do Crédito
Os principais requisitos para acessar o crédito do FINAME envolvem a comprovação da capacidade
de pagamento por parte da empresa solicitante, além da destinação dos recursos para a aquisição
de máquinas e equipamentos novos, de fabricação nacional e credenciados pelo BNDES. As condi-
ções específicas de financiamento, como taxas de juros, prazos e garantias, variam conforme a linha
de crédito e o agente financeiro escolhido.
Crédito em 8 passos
Passo 1: O interessado escolhe a máquina ou equipamento que deseja adquirir e verifica se o item
consta na listagem de equipamentos financiáveis pelo BNDES Finame. É possível fazer essa verifica-
ção no site do BNDES.
Itens Financiáveis
O FINAME financia a aquisição de uma ampla gama de máquinas e equipamentos, incluindo, mas
não se limitando a:
• Equipamentos industriais;
• Veículos comerciais e rodoviários;
• Equipamentos de informática e automação;
• Máquinas agrícolas;
• Entre outros.
Informações Adicionais
Além do financiamento à aquisição de máquinas e equipamentos, algumas linhas do FINAME tam-
bém permitem o financiamento de serviços associados à instalação dos equipamentos e, em certos
casos, capital de giro associado ao projeto de investimento. É importante consultar o BNDES ou os
agentes financeiros credenciados para obter detalhes específicos sobre as condições de financia-
mento, os itens financiáveis e os documentos necessários para a solicitação do crédito.
O FINAME é uma ferramenta essencial para empresas que buscam renovar ou expandir suas capa-
cidades produtivas, oferecendo condições favoráveis para o investimento em máquinas e equipa-
mentos de alta qualidade e tecnologia, fortalecendo assim a indústria nacional e contribuindo para
o desenvolvimento econômico do Brasil.
Objetivos do FAT
O principal objetivo do FAT é prover recursos para o pagamento do seguro-desemprego e do abono
salarial, além de contribuir para o financiamento de programas de desenvolvimento econômico
executados pelo BNDES. Dessa forma, o fundo tem um papel vital na proteção social dos trabalha-
dores brasileiros e na promoção do desenvolvimento econômico sustentável do país.
Financiamento e Gestão
Os recursos do FAT são provenientes das contribuições do PIS (Programa de Integração Social) e do
PASEP (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público), além de outras fontes de finan-
ciamento definidas por lei. A gestão do fundo é realizada pelo Conselho Deliberativo do Fundo de
Amparo ao Trabalhador (CODEFAT), um órgão colegiado que inclui representantes do governo, dos
trabalhadores e dos empregadores.
Programa do Seguro-Desemprego
Um dos principais usos dos recursos do FAT é o financiamento do Programa do Seguro-Desempre-
go, que oferece uma assistência financeira temporária a trabalhadores desempregados sem justa
causa. O programa também inclui ações de apoio à recolocação no mercado de trabalho e de qua-
lificação profissional.
Abono Salarial
Outra importante aplicação dos recursos do FAT é o pagamento do abono salarial, um benefício
anual equivalente a um salário mínimo concedido aos trabalhadores que recebem, em média, até
dois salários mínimos mensais e que estejam cadastrados no PIS/PASEP há pelo menos cinco anos.
Desafios e Perspectivas
O FAT enfrenta o desafio de manter sua sustentabilidade financeira diante das demandas crescen-
tes por recursos, tanto para o pagamento de benefícios sociais quanto para o financiamento de
projetos de desenvolvimento econômico. Discussões sobre reformas e melhorias na gestão dos re-
cursos do fundo são constantes, buscando garantir que o FAT continue a cumprir seu papel essen-
cial na economia e na sociedade brasileira.
Conclusão
O FAT desempenha um papel crucial no amparo aos trabalhadores e no fomento ao desenvolvi-
mento econômico do Brasil. Sua capacidade de adaptar-se às mudanças econômicas e sociais será
fundamental para garantir a continuidade de seus benefícios à população e contribuir para um fu-
turo econômico sustentável e inclusivo para o país.
AULA 06
6. GARANTIAS BANCÁRIAS
Agora vamos tratar os itens relacionados em “Aspectos Jurídicos” do edital. Item 4, mais precisa-
mente. O Pai vai trabalhar aqui apenas o conteúdo de Garantias (4.3), ficando os demais itens jurí-
dicos, sendo tratado pelos professores da área juridica do GG Concursos.
Garantias nas operações de crédito representam uma segurança adicional para o credor, assegu-
rando que, em caso de inadimplência do devedor, haverá formas de recuperar o valor emprestado.
Elas são essenciais no mundo financeiro por mitigar o risco de crédito, facilitando a concessão de
empréstimos e financiamentos. As garantias dividem-se em duas categorias principais: pessoais (ou
fidejussórias) e reais.
Garantias Reais
Diferentemente das garantias pessoais, as garantias reais envolvem a vinculação de bens específi-
cos (móveis ou imóveis) à obrigação. Se o devedor não cumprir com o pagamento, o credor pode
recorrer ao bem garantido para satisfazer a dívida. Isso oferece ao credor uma segurança patrimo-
nial concreta, reduzindo o risco do empréstimo. Entre as garantias reais mais comuns, destacam-se:
• Hipoteca: Direito de garantia que recai sobre imóveis (que permanecem em posse do devedor),
permitindo ao credor, em caso de inadimplência, promover a venda do bem para o pagamento
da dívida.
• Penhor: Garantia que incide sobre bens móveis, como veículos ou joias, que são entregues ao
credor ou permanecem em posse do devedor sob promessa de penhor.
• Alienação Fiduciária: Envolve a transferência da propriedade fiduciária do bem ao credor até
que a dívida seja integralmente paga. É amplamente utilizada em financiamentos de bens mó-
veis (como veículos) e imóveis.
6.1.1 AVAL
O aval é uma garantia muito utilizada no universo do crédito, especialmente em títulos de crédito,
como cheques, duplicatas, letras de câmbio e notas promissórias. Ele se caracteriza pela promessa
feita por um terceiro (o avalista) de honrar a obrigação financeira caso o devedor principal (avali-
zado) não o faça. Esta forma de garantia é especialmente relevante no contexto de negócios e em-
préstimos, por proporcionar uma segurança adicional ao credor.
TIPOS DE AVAL
• Aval em Branco e Aval em Preto: O aval pode ser classificado conforme a especificação do ava-
lizado. No aval em branco, não se especifica a quem beneficia, sendo presumido em favor do
emitente do título. No aval em preto, o avalizado é expressamente indicado.
• Aval Parcial ou Limitado: Embora tradicionalmente o aval deva garantir o valor total do título,
algumas legislações permitem o aval parcial, que cobre apenas uma parte do valor do título.
Esta é uma exceção importante e se aplica a determinados tipos de títulos de crédito.
Importância do Aval
O aval é uma ferramenta crucial no comércio e no financiamento, pois oferece uma camada adicio-
nal de segurança para o credor. Ele facilita a circulação de títulos de crédito e aumenta a confiança
nas transações comerciais, alavancando as operações de crédito e negócios em geral.
6.1.2 FIANÇA
A fiança é uma forma de garantia pessoal (ou fidejussória) utilizada nas operações de crédito, na
qual uma terceira pessoa, denominada fiador, compromete-se a cumprir a obrigação do devedor
principal, caso este último não o faça. É uma garantia de natureza acessória, dependendo da exis-
tência de uma obrigação principal, e tem grande relevância no direito civil e comercial, especial-
mente em contratos de locação e operações de crédito.
Características da Fiança:
• Natureza Acessória: A fiança é acessória à dívida principal; sua existência depende da obriga-
ção que se pretende garantir.
• Subsidiariedade: O fiador só será acionado após a tentativa de cobrança do devedor principal,
a menos que se renuncie expressamente a esse benefício.
• Unilateralidade: Geralmente, somente o fiador tem obrigações no contrato de fiança.
• Solidariedade (opcional): Pode ser estabelecida solidariedade entre o fiador e o devedor prin-
cipal, fazendo com que o fiador possa ser cobrado diretamente sem necessidade de acionar
primeiro o devedor.
• Limitada ou Ilimitada: A fiança pode ser limitada a um valor específico ou cobrir a totalidade da
dívida, incluindo juros, multas e custas judiciais.
Exemplos Práticos:
1. Locação de Imóvel: Um dos usos mais comuns da fiança é no contrato de aluguel, onde o fiador
garante ao locador o pagamento do aluguel e demais encargos caso o inquilino não o faça.
2. Operações de Crédito: Em empréstimos e financiamentos, a fiança serve para assegurar ao cre-
dor o pagamento da dívida, caso o devedor principal falhe.
Tipos de Fiança:
• Fiança Simples: A garantia cobre a dívida principal até um limite estabelecido no contrato de
fiança.
• Fiança Solidária: O fiador renuncia ao benefício de ordem e se compromete como se fosse o
próprio devedor principal.
• Fiança Bancária: Modalidade de fiança em que um banco garante o cumprimento da obrigação
do afiançado perante um terceiro. É amplamente utilizada em garantias de execução contratu-
al, licitações e contratos de grande vulto.
Observações:
• Aval: A outorga conjugal é necessária, exceto no regime de separação total de bens, porque a
responsabilidade do avalista pode afetar o patrimônio do casal.
• Fiança: Similarmente ao aval, a fiança geralmente requer a outorga do cônjuge, exceto sob o re-
gime de separação total de bens, devido ao risco de comprometimento do patrimônio comum
ou particular do casal
Exceções: Em alguns casos, mesmo no regime de separação total de bens, poderá ser considerada
a necessidade de outorga conjugal para atos que possam representar risco financeiro significativo
para o patrimônio familiar, a critério da instituição financeira ou conforme legislação específica
Conceito e Funcionamento
A fiança bancária é, portanto, uma garantia fidejussória, onde a responsabilidade pelo cumprimen-
to da obrigação é transferida do devedor principal para o banco fiador. Este instrumento é ampla-
mente utilizado em contratos comerciais, licitações, contratos de construção, importações, entre
outros, funcionando como uma forma de assegurar ao beneficiário o cumprimento financeiro das
obrigações assumidas pelo afiançado.
Modalidades
A fiança bancária pode assumir diversas formas, dependendo do tipo de obrigação que está garan-
tindo. Algumas das modalidades mais comuns incluem:
• Bid Bond: garantia de proposta, utilizada em processos de licitação para assegurar que a em-
presa vencedora assinará o contrato.
• Performance Bond: garantia de performance, assegura a execução do contrato conforme os
termos acordados.
• Advance Payment Bond: garantia de pagamento antecipado, utilizada quando há pagamentos
antecipados ao fornecedor, assegurando a devolução desses valores caso os termos do contra-
to não sejam cumpridos.
• Warranty Bond: garantia de manutenção ou garantia, assegura contra defeitos ou falhas no
produto ou serviço fornecido.
• Refundment Bond: é utilizado para garantir a devolução de um adiantamento recebido por um
fornecedor ou contratado, caso este não cumpra com suas obrigações contratuais. É particular-
mente relevante em contratos internacionais ou em grandes projetos de construção e forneci-
mento, onde grandes somas de dinheiro são pagas antecipadamente para iniciar o trabalho ou
a produção e entrega de bens
Requisitos e Processo
Para obter uma fiança bancária, o afiançado deve apresentar ao banco uma série de documentos
que comprovem sua capacidade financeira e a seriedade da transação. O banco avaliará o risco
envolvido e, se aprovado, emitirá a carta de fiança em favor do beneficiário. O custo dessa garantia
varia conforme o risco, o valor envolvido e o prazo de vigência da fiança.
Exemplo Prático
Imagine uma empresa que vence uma licitação para construir uma obra pública. Para garantir que
cumprirá seu compromisso, a empresa solicita ao seu banco uma fiança bancária de performance.
O banco, após avaliar a saúde financeira da empresa e o contrato de construção, emite a fiança
para o órgão público que conduziu a licitação. Se a empresa não cumprir com suas obrigações, o
órgão público poderá acionar a fiança junto ao banco para receber uma compensação financeira.
A fiança bancária é, portanto, uma ferramenta financeira poderosa tanto para quem precisa garan-
tir o cumprimento de uma obrigação quanto para quem busca segurança ao assumir compromissos
financeiros.
Objetivos
• Proteção ao credor: Assegurar ao credor uma forma efetiva de recuperação do crédito em caso
de não pagamento da dívida pelo devedor.
• Facilitação de crédito: Proporcionar maior confiança às instituições financeiras e outros credo-
res para liberar empréstimos e financiamentos, reduzindo o risco de inadimplência.
• Redução das taxas de juros: Diminuir o custo do crédito para o devedor, visto que a existência
de uma garantia real diminui o risco assumido pelo credor.
Características
• Especificidade: Refere-se a um bem específico, que pode ser identificado e avaliado.
• Publicidade: Para que produza efeitos em relação a terceiros, a garantia real geralmente preci-
sa ser registrada em órgão competente, como o Registro de Imóveis para hipotecas ou o Regis-
tro de Títulos e Documentos para penhores, por exemplo.
• Preferência e sequencialidade: Em caso de execução do bem, o credor com garantia real tem
preferência no recebimento do valor em relação a credores com garantias pessoais ou sem ga-
rantias.
• Indivisibilidade: Mesmo que a dívida garantida pela hipoteca seja parcialmente paga, a garan-
tia permanece sobre o todo do bem até a liquidação total do débito.
• Execução: Em caso de inadimplência, o credor pode promover a execução do bem garantido
para satisfazer o crédito, independentemente de autorização judicial, dependendo do tipo de
garantia e do procedimento legal aplicável.
6.2.1 HIPOTECA
A hipoteca é uma forma de garantia real muito utilizada no sistema financeiro para garantir ope-
rações de crédito, especialmente aquelas de longo prazo ou de maior volume, devido à segurança
que proporciona ao credor. Ela incide sobre bens imóveis, como terrenos, casas, apartamentos, e
em alguns casos específicos, pode incidir sobre bens móveis registráveis, como navios e aeronaves,
devido à sua elevada valorização e importância econômica.
Conceito e Características
• Natureza: Garantia real que incide sobre imóveis ou bens assimilados por lei (navios, aerona-
ves, etc.), sem transferência de posse ao credor.
• Objeto: Principalmente imóveis, mas também navios, aeronaves, estradas de ferro, entre ou-
tros bens de elevado valor.
• Publicidade e Efetividade: Para que a hipoteca tenha eficácia contra terceiros, é indispensável
o registro no Cartório de Registro de Imóveis competente. A prioridade da hipoteca é determi-
nada pela ordem de registro, e um mesmo imóvel pode ser objeto de múltiplas hipotecas.
Exceções Notáveis
• Possibilidade de Alienação: Apesar da hipoteca, o proprietário mantém o direito de alienar o
imóvel, sendo a cláusula que proíbe tal ato considerada nula.
• Registro Especial: A localização do registro varia conforme o objeto da hipoteca, como nos ca-
sos de estradas de ferro, que são registradas no município da estação inicial, enquanto navios e
aeronaves seguem legislação especial.
Extinção da Hipoteca
A hipoteca pode se extinguir por diversos motivos, como o adimplemento da obrigação principal, o
perecimento do bem, a renúncia do credor, entre outros. Importante ressaltar que o cancelamento
do registro da hipoteca deve ser averbado no Registro de Imóveis, conforme as formalidades legais.
5. Recursos naturais: Inclui jazidas, minas, recursos minerais e potenciais de energia hidráulica
que, mesmo separados do solo, podem ser hipotecados.
6. Navios e aeronaves: Esses veículos, devido ao seu alto valor e especificidade, podem ser objeto
de hipoteca, regidos por legislação especial.
7. Direito de uso especial para fins de moradia: Direitos concedidos para a utilização de um espa-
ço para moradia podem ser hipotecados.
8. Direito real de uso: Direitos que conferem a alguém o uso de propriedade alheia, com determi-
nadas condições, podem ser hipotecados.
9. Propriedade superficiária: Refere-se ao direito de construir ou plantar em terreno de outrem,
podendo este direito ser objeto de hipoteca.
Exemplo Prático
Um exemplo clássico de hipoteca é o financiamento imobiliário para aquisição de uma casa. O com-
prador obtém o financiamento junto a uma instituição financeira, que exige como garantia a hipo-
teca do imóvel adquirido. O registro da hipoteca é feito no Cartório de Registro de Imóveis, garan-
tindo ao banco o direito de, em caso de inadimplência, executar a garantia para saldar a dívida.
Importância
A hipoteca é fundamental tanto para operações individuais, como a compra de um imóvel residen-
cial, quanto para grandes operações comerciais ou industriais, fornecendo segurança jurídica para o
credor e permitindo ao devedor acessar créditos de maior volume ou com prazos mais estendidos.
Conceito
A alienação fiduciária em garantia ocorre quando um bem, móvel ou imóvel, é transferido pelo de-
vedor (fiduciante) ao credor (fiduciário) como garantia de uma dívida. Diferentemente do penhor
ou da hipoteca, nesta modalidade, o devedor mantém a posse direta do bem, podendo utilizá-lo,
mas não possui sua plena propriedade até a quitação da dívida.
Características
• Registro: Para que a alienação fiduciária tenha eficácia e oponibilidade frente a terceiros, é
essencial que seja registrada. No caso de bens móveis, como veículos, o registro ocorre no Car-
tório de Títulos e Documentos. Para bens imóveis, o registro é feito no Cartório de Registro de
Imóveis.
• Direito de Propriedade: Enquanto houver saldo devedor, a propriedade do bem pertence ao
credor, embora a posse direta e o uso sejam do devedor.
• Execução da Garantia: Em caso de inadimplência, o credor pode retomar o bem de forma mais
ágil do que nas hipotecas ou penhores, principalmente por meio da ação de busca e apreensão
para bens móveis ou consolidação da propriedade em nome do credor, no caso de imóveis.
3. ETAPA 3 – Ação Judicial: Caso a dívida não seja regularizada, o credor pode ingressar com uma
ação de execução da hipoteca. Este processo envolve o Judiciário e pode ser longo, dependen-
do do caso e da jurisdição, podendo levar de 1 a 3 anos.
4. ETAPA 4 – Arrematação do Imóvel: Uma vez que a ação é julgada procedente, o imóvel é leva-
do a leilão. O valor arrecadado é utilizado para quitar a dívida com o banco, e qualquer saldo
remanescente é devolvido ao devedor.
Conclusão
A escolha entre hipoteca e alienação fiduciária como forma de garantia em um financiamento habi-
tacional pode ter implicações significativas no caso de inadimplência. Enquanto a hipoteca oferece
um processo mais tradicional e judicial, a alienação fiduciária proporciona ao credor um meio mais
ágil e menos custoso de recuperação do crédito, refletindo uma tendência moderna em operações
de crédito imobiliário.
Exemplos Práticos:
• Penhor Industrial: Uma fábrica pode oferecer como garantia de um empréstimo suas máquinas
e equipamentos. O registro do penhor garantirá ao credor o direito de preferência sobre esses
bens em caso de inadimplência.
• Penhor de Estoque: Uma loja pode penhorar seu estoque de mercadorias para obter capital de
giro. O estoque permanece na posse do devedor para venda, mas em caso de não pagamento,
o credor pode apreender os bens penhorados para satisfazer a dívida.
Considerações Importantes:
• A cláusula que proíbe a alienação de bens penhorados é nula, visto que o bem já serve como
garantia da dívida e sua venda não desobriga o devedor da obrigação, podendo o valor ser utili-
zado para quitação da dívida garantida pelo penhor.
• O penhor de máquinas e equipamentos industriais requer atenção especial quanto ao registro,
para garantir a eficácia da garantia.
• O Penhor Mercantil é uma ferramenta valiosa de garantia para operações de crédito, especial-
mente para empresas que necessitam de financiamento mas desejam manter a posse e o uso
de seus bens produtivos.
Associados ao FGC
As cooperativas de crédito possuem um FGC próprio, o FGCoop. Simlar ao FGC, mudando apenas os
associados.
Para garantir uma cobertura em caso de liquidação, o FGC exige de seus associados uma contribui-
ção mensal ordinária que, atualmente, é de 0,0125% (cento e vinte e cinco décimos de milésimos
por cento) do montante dos saldos das contas referentes aos instrumentos cobertos pelo fundo.
São objeto da garantia ordinária proporcionada pelo FGC os créditos representados pelos seguin-
tes instrumentos financeiros:
É importante salientar que não estão cobertos pelo FGC as aplicações realizadas em Letras Finan-
ceiras, Fundos de Investimentos, Depósitos Judiciais, entre outros.
AULA 07
7. ATUALIDADES
Agora chegou ahora de falarmos de atualidades. Antes de entrarmos no conteúdo que irá cair na
sua prova, é super importante te atualizar, que em concurso público todo e qualquer conteúdo co-
brado será de legislação ou validade até a data da publicação do edital.
Então pode parar de ler jornal, que as noticias pós edital, não podem cair em sua prova.
Esse também é um motivo que o PAI constroi sua apostila após a publicação do edital, ela fica 100%
de acordo com o que pode ser cobrado. Ah.. você estava estudando por outro material? E o mate-
rial já estava “pronto” antes mesmo que o edital fosse publicado? Então.. o que eu posso te acnce-
lhar é assistir umas aulas de raciocínio logico e descartar essa porcaria, foca aqui comigo que vamos
dominar o nordeste e o mundo, juntos!
Note que o mobilie banking, representa 65% das transações (107,1 de 163 bilhões). Além de ter
crescido 54% em relação ao ano anterior, enquanto as operações no geral cresceram apenas 30%.
Se olharmos as transações que acontecem nas agências, pontos físicos como caixa eletrônico, 24hs,
etc, chegamos a conclusão de que Praticamente 8 em cada 10 transações bancárias são digitais
Comparando internet banking x mobile banking, perceba que as transações mobile crescem signifi-
cativamente, enquanto internet permanecem estáveis.
Startups
Conceito: Startups são empresas emergentes que buscam explorar atividades inovadoras no merca-
do, frequentemente ligadas à tecnologia. Caracterizam-se por seu potencial de crescimento rápido e
modelos de negócios escaláveis. Embora não se limitem ao setor financeiro, muitas startups focam
em soluções tecnológicas para problemas tradicionais de diversos setores, incluindo finanças.
Exemplos: Airbnb (hospedagem), Uber (transporte), Spotify (streaming de música), 4U Ed Tech
(StartUP que o curso GG pertence).
Fintechs
Conceito: Fintechs são um subconjunto de startups focadas especificamente em inovações tec-
nológicas no setor financeiro. Elas buscam oferecer serviços financeiros mais eficientes, baratos e
acessíveis, desafiando as instituições financeiras tradicionais. Fintechs cobrem uma ampla gama de
serviços, incluindo pagamentos, empréstimos, investimentos, seguros e gestão financeira.
Exemplos: Nubank (serviços bancários digitais), Square (pagamentos móveis), Robinhood (investi-
mentos sem taxa).
Bigtechs
Conceito: são gigantes do setor tecnológico conhecidos por seu vasto alcance global, inovações
disruptivas, e domínio em suas áreas de atuação. Eles desempenham papéis centrais em múltiplos
segmentos da tecnologia, incluindo redes sociais, comércio eletrônico, tecnologias de pagamento,
entre outros. As Bigtechs se caracterizam por seus avançados recursos de coleta e análise de dados,
amplas bases de usuários e ecossistemas digitais integrados.
Exemplos: Apple, Amazon, Google etc
Quadro Comparativo
Nubank, Square,
Exemplos Airbnb, Uber, Spotify. Apple, Amazon, Google.
Robinhood.
7.2.1 FINTECHS
As fintechs no Brasil têm revolucionado o mercado financeiro com a introdução de inovações tec-
nológicas, criando novos modelos de negócios e democratizando o acesso a serviços financeiros.
Estas empresas operam predominantemente online, oferecendo uma ampla gama de serviços digi-
tais, desde plataformas de pagamento até soluções de gestão financeira, empréstimos, investimen-
tos e seguros. A sua atuação tem contribuído significativamente para o aumento da eficiência, da
concorrência no setor financeiro e para a redução de custos para os consumidores.
Podem ser autorizadas a funcionar no país dois tipos de fintechs de crédito – para intermediação
entre credores e devedores por meio de negociações realizadas em meio eletrônico: a Sociedade
de Crédito Direto (SCD) e a Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP), cujas operações cons-
tarão do Sistema de Informações de Créditos (SCR) e estão regulamentadas desde abril de 2018
pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) – Resoluções 4.656 e 4.657.
Para entrar em operação, as fintechs que quiserem operar como SCD ou SEP devem solicitar auto-
rização ao Banco Central.
Vedações e Limites:
• Restrições específicas para SCDs e SEPs, incluindo proibições sobre captação de recursos do pú-
blico (para SCDs) e sobre realização de operações com recursos próprios (para SEPs).
• Limites para as operações de empréstimo e financiamento, visando mitigar riscos associados a
essas atividades.
Fonte: BACEN
Mudança Legislação
Atenção, desde o dia 01 de Janeiro de 2023, entrou em vigor a resolução CMN 5.050, que pratica-
mente revoga a legislação anterior, Resoluções CMN 4.656 e 4.657. Então se estiver estudando com
outro material, desatualizado, muito cuidado.
O pai trouxe aqui para você as principais mudanças para SDC e SEP:
1. Poderão emitir moedas eletrônicas;
2. Poderão realizar análise de crédito e cobrança para terceiros;
3. Poderão iniciar transações de pagamento (ITPs);
4. Deverão ser constituídas na forma de sociedade anônima, com integralização de capital social e
manutenção do seu patrimônio líquido no valor de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais);
5. Poderão atuar como representantes de seguros na sua distribuição para as operações contrata-
das (por meio da plataforma digital), nos termos da regulamentação do Conselho Nacional de
Seguros Privados;
6. As sociedades de crédito direto não poderão captar recursos do público (exceto mediante emis-
são de ações), e não poderão participar do capital social de instituições financeiras;
“A Iniciação de Transação de Pagamentos promove a inovação do sistema financeiro e melhora o
ambiente competitivo”, ressalta João André Pereira, chefe do Departamento de Regulação do Siste-
ma Financeiro (Denor) do BC. A inclusão da funcionalidade na rotina das fintechs poderá tornar as
transações ainda mais simples e as jornadas de pagamento mais eficientes.
Como funciona?
Com a iniciadora de transação de pagamento, o usuário não precisará acionar sua conta no banco
para fazer o Pix, pois a instituição financeira faz isso para ele, mediante autorização. Assim, o consu-
midor poderá, por exemplo, ordenar à instituição na qual possui conta que transfira para o lojista o
valor da compra realizada, com apenas alguns cliques.
O recurso está em vigor desde a fase 3 do Open Finance, em 2022. A primeira instituição a atuar
como iniciadora de pagamentos no Brasil foi o Mercado Pago. Atualmente, o Mercado Pago permi-
te que o usuário carregue o cash-in de suas contas pré-pagas via Pix, movimentando suas contas,
sem a necessidade de sair do aplicativo.
Outros bancos oferecem a opção de iniciação de pagamentos com o objetivo de ganhar interface
com o cliente. Por exemplo, o cidadão já pode fazer um pagamento de Pix diretamente do aplica-
tivo do Banco do Brasil usando qualquer outra conta em que tenha saldo. Ou mesmo combinar
saldos para uma transação de Pix.
"Esse aprimoramento, de caráter complementar às atividades das fintechs de crédito, tem poten-
cial para promover inovações no Sistema Financeiro Nacional (SFN) e para aumentar a concorrência
entre os agentes autorizados à prestação desse serviço, além de possuir forte sinergia com o Pix",
explica Nagel Paulino, chefe de subunidade no Departamento de Regulação do Sistema Financeiro
(Denor).
Capital Social
R$ 1.000.000,00 R$1.000.000,00
Mínimo
Operações realizadas com recursos pró- Operações financiadas por recursos co-
Fonte dos prios ou obtidos via repasses ou em- letados dos credores, direcionados aos
Recursos préstimos do BNDES, conforme seu ob- devedores após negociação em platafor-
jeto social. ma eletrônica.
Características e Participantes
Shadow Banking é caracterizado pela realização de atividades financeiras paralelas ao sistema ban-
cário regulamentado, oferecendo alternativas de financiamento e investimento através de canais
menos regulados. Esses intermediários não-regulamentados podem incluir entidades como secu-
ritizadoras de recebíveis, fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs), e plataformas de
empréstimo peer-to-peer (p2p), que realizam financiamentos de forma indireta, sem passar por
supervisão ou regulação direta.
Riscos e Regulação
A principal preocupação com o shadow banking é a sua menor ou nenhuma regulação, o que pode
representar riscos significativos para o sistema financeiro global, como evidenciado pela crise do
subprime em 2008. A falta de fiscalização implica em maiores riscos tanto para os investidores
quanto para o sistema financeiro como um todo, dada a possibilidade de contágio em momentos
de estresse financeiro.
No Brasil, o ambiente regulatório é robusto e muitas das entidades que poderiam ser classificadas
como parte do shadow banking estão sob a supervisão de autoridades nacionais, como a Comissão
de Valores Mobiliários (CVM). O Banco Central do Brasil, através da Agenda BC#, tem atuado na
identificação e regulação dessas entidades, visando a inclusão financeira e a estabilidade do siste-
ma financeiro. A regulamentação das fintechs de crédito em 2018, incluindo as Sociedades de Cré-
dito Direto (SCD) e Sociedades de Empréstimo entre Pessoas (SEP), é um exemplo de como o país
está avançando na supervisão de novos participantes do mercado financeiro.
Dentre os intermediários não-regulamentados que podem fazer parte do shadow banking estão os:
1. Meio de Troca
• Conceito: A moeda serve como intermediário nas trocas de bens e serviços, eliminando a ne-
cessidade de coincidência de desejos presente no escambo (troca direta de mercadorias por
mercadorias).
• Exemplo: Quando você vai a um supermercado e compra alimentos usando dinheiro, está uti-
lizando a moeda como meio de troca. O dinheiro facilita a transação, permitindo que você ad-
quira os alimentos sem precisar oferecer algo específico em troca, como seria no sistema de
escambo
2. Unidade de Conta
• Conceito: A moeda proporciona uma unidade comum de medida que permite estabelecer o va-
lor ou preço dos bens e serviços. Facilita a comparação entre os valores de diferentes produtos
e serviços.
• Exemplo: Os preços dos produtos em um catálogo estão todos denominados na mesma unida-
de monetária (por exemplo, reais no Brasil). Isso permite que os consumidores comparem fa-
cilmente os preços dos diversos produtos e tomem decisões informadas sobre o que comprar.
3. Reserva de Valor
• Conceito: A moeda permite que as pessoas guardem poder de compra para usar no futuro.
Idealmente, a moeda deve manter seu valor ao longo do tempo, permitindo que as pessoas
poupem.
• Exemplo: Se você recebe seu salário em dinheiro e decide guardar parte dele para uma viagem
futura, está usando a moeda como reserva de valor. Contudo, a eficácia da moeda como reser-
va de valor pode ser afetada pela inflação, que diminui o poder de compra do dinheiro ao longo
do tempo.
Funções Secundárias:
Além dessas três funções principais, a moeda também pode desempenhar funções secundárias,
como:
• Padrão de Pagamento Diferido: A moeda é um meio aceitável para liquidar dívidas que vencem
no futuro.
• Exemplo: Empréstimos e hipotecas são frequentemente expressos em termos monetários
e pagos em moeda ao longo do tempo.
• Transferência de Riqueza: Facilita a transferência de poder de compra de uma pessoa para ou-
tra ou de uma parte da economia para outra.
• Exemplo: Transferências de dinheiro entre contas bancárias, seja para pagamento de servi-
ços, seja como presente, utilizam a moeda como meio de transferir riqueza.
Cada uma dessas funções é crucial para o funcionamento eficiente da economia, permitindo tran-
sações mais fluidas, planejamento econômico e a acumulação de riqueza. A moeda, em suas diver-
sas formas (física como cédulas e moedas, ou digital como depósitos bancários e moedas virtuais),
continua sendo um pilar central das atividades econômicas em todo o mundo.
Origem e Objetivos:
A tecnologia blockchain surgiu em 2008 como a arquitetura subjacente ao Bitcoin, a primeira crip-
tomoeda descentralizada, apresentada por uma pessoa (ou grupo) sob o pseudônimo de Satoshi
Nakamoto. O objetivo principal do blockchain é permitir a transferência digital de valor (como o
Bitcoin) de uma forma completamente segura, sem a necessidade de uma autoridade central ou
intermediário, como um banco. Além disso, visa garantir a integridade e a transparência das transa-
ções, criando um registro imutável e permanente.
Funcionamento:
O blockchain é uma cadeia de blocos que contém informações, vinculadas e seguras por meio de
princípios criptográficos. Cada bloco na cadeia contém um número de transações; cada transação
é verificada pela rede através de algoritmos de consenso e, uma vez verificada, é adicionada a um
bloco. Esse bloco é então ligado ao anterior na cadeia, formando um encadeamento de blocos, ou
"blockchain".
Exemplo Ilustrativo:
Imagine uma biblioteca digital colaborativa. Sempre que um novo livro digital é adicionado, essa
"transação" é verificada por várias bibliotecas participantes (nós/mineradores) para assegurar a
originalidade e os direitos autorais. Uma vez verificado, o registro desse novo livro é adicionado
a um "bloco" junto com outros registros recentes. Esse bloco é então selado com um código crip-
tográfico único e ligado ao bloco anterior da "cadeia de livros", criando um registro permanente e
inalterável de todas as adições à biblioteca.
Aplicações e Importância:
• Finanças: Criptomoedas como Bitcoin e platafor-
mas de pagamento digital.
• Contratos Inteligentes: Contratos autoexecutáveis
que operam na blockchain, como na plataforma
Ethereum.
• Cadeia de Suprimentos: Rastreamento seguro e
transparente de produtos desde a produção até a
entrega.
• Identidade Digital: Criação de identidades digitais
seguras e imutáveis.
• Saúde: Registro seguro de prontuários médicos,
acessíveis apenas por entidades autorizadas.
Mineradores:
Os mineradores desempenham um papel crucial no
blockchain, validando e verificando transações para
adicioná-las a blocos. Eles usam poder computacional
para resolver quebra-cabeças criptográficos comple-
xos, um processo conhecido como "prova de traba-
lho". O primeiro a resolver o quebra-cabeça e validar o bloco é recompensado com a criptomoeda
do blockchain (por exemplo, bitcoins no caso do Bitcoin). Esta atividade não só garante a segurança
e a integridade do blockchain mas também cria novas moedas, incentivando a participação na rede.
Conclusão
O blockchain é uma tecnologia revolucionária com o potencial de transformar não apenas o setor
financeiro mas muitos outros setores da economia e da sociedade, oferecendo transparência, se-
gurança e eficiência sem precedentes. As possibilidades de aplicação são vastas, e à medida que a
tecnologia evolui, novos usos continuarão a surgir, expandindo ainda mais seu impacto global.
7.4.2 CRIPTOMOEDAS
Criptomoedas representam uma revolução no mundo financeiro, com o Bitcoin (BTC) liderando
essa mudança desde seu surgimento em 2009. Concebidas como uma alternativa descentralizada
às moedas tradicionais, as criptomoedas operam em uma rede distribuída usando a tecnologia blo-
ckchain. Este mecanismo assegura transações transparentes, seguras, e rastreáveis, sem a necessi-
dade de intermediários, como bancos.
Origem e Desenvolvimento
• Bitcoin: A primeira e mais conhecida criptomoeda, criada por uma pessoa ou grupo sob o pseu-
dônimo Satoshi Nakamoto. Surgiu com o objetivo de permitir transações online diretamente
entre as partes, de forma segura, sem a necessidade de uma instituição financeira como inter-
mediário.
Como Funcionam
• Descentralização e Rastreamento: Cada transação de criptomoeda é registrada em um bloco
e adicionada a uma cadeia de blocos, ou blockchain, que é pública e imutável. Isso garante que
todas as transações possam ser verificadas e rastreadas por qualquer pessoa, mas sem revelar
identidades reais, garantindo privacidade e segurança.
Aplicações
• As criptomoedas são utilizadas para uma variedade de propósitos, incluindo transferências de
dinheiro, pagamentos, investimentos, e até como parte de sistemas de contratos inteligentes
(smart contracts), especialmente no caso do Ethereum.
Mineradores
• Os mineradores desempenham um papel crucial no ecossistema das criptomoedas, validando
novas transações e adicionando-as ao blockchain, em troca de uma recompensa na criptomo-
eda em questão. Esse processo, conhecido como mineração, requer um grande poder compu-
tacional.
Regulação no Brasil
• A regulação das criptomoedas no Brasil tem evoluído. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM),
por meio da Resolução 175, esclareceu a posição dos fundos de investimento em relação aos
ativos digitais, permitindo a compra direta desses ativos pelas gestoras. Essa decisão marca um
passo significativo para a integração das criptomoedas no sistema financeiro tradicional e abre
novas possibilidades para investidores.
Quadro Comparativo: Bitcoin vs. Moeda Tradicional
As criptomoedas representam não apenas uma inovação tecnológica, mas também uma proposta
de mudança na forma como entendemos e utilizamos o dinheiro. Com a evolução contínua da tec-
nologia e o aumento da aceitação mundial, as criptomoedas têm potencial para se tornarem uma
parte integral do sistema financeiro global.
7.4.3 DREX
7.5 PIX
O Pix é a solução de pagamento instantâneo, criada e gerida pelo Banco Central do Brasil (BC), que
proporciona a realização de transferências e de pagamentos. O Pix é concluído em poucos segun-
dos, inclusive em relação à disponibilização dos recursos para o recebedor.
O Pix é um meio de pagamento assim como boleto, TED, DOC, transferências entre contas de uma
mesma instituição e cartões de pagamento (débito, crédito e pré-pago).
A diferença é que o Pix permite que qualquer tipo de transferência e de pagamento seja realizada
em qualquer dia, incluindo fins de semana e feriados, e em qualquer hora.
O Pix usa estrutura tecnológica centralizada, não utiliza blockchain, na qual a comunicação entre os
diversos participantes e o BC é realizada por meio de mensageria.
A segurança faz parte do desenho do Pix desde seu princípio, e é priorizada em todos os aspectos
do ecossistema, inclusive em relação às transações, às informações pessoais e ao combate à fraude
e lavagem de dinheiro. Os requisitos de disponibilidade, confidencialidade, integridade e autenti-
cidade das informações foram cuidadosamente estudados e diversos controles foram implantados
para garantir alto nível de segurança.
Chaves PIX
A chave é um ‘apelido’ utilizado para identificar sua conta. Ela representa o endereço da sua conta
no Pix. Os quatro tipos de chaves Pix que você pode utilizar são:
1. CPF/CNPJ;
2. E-mail;
3. Número de telefone celular; ou
4. Chave aleatória.
A chave vincula uma dessas informações básicas às informações completas que identificam a conta
transacional do cliente (identificação da instituição financeira ou de pagamento, número da agên-
cia, número da conta e tipo de conta).
Cada conta de pessoa física pode ter até 5 chaves vinculadas à ela, independentemente da quanti-
dade de titulares. Ou seja, se a conta for individual ou conjunta, ela poderá ter, no máximo, 5 cha-
ves Pix. Já no caso de pessoa jurídica, o máximo é de 20 chaves por conta
Você pode usar chaves distintas para vincular as diferentes contas transacionais. Por exemplo, usar
o número de telefone celular vinculado à conta corrente da instituição X, usar o CPF vinculado à
conta poupança da instituição Y, usar o e-mail vinculado à conta de pagamento da instituição Z, etc.
Contudo, não é possível vincular uma mesma chave a mais de uma conta.
Tarifas PIX
Limite de transações:
Não há limite mínimo para pagamentos ou transferências via Pix. Isso quer dizer que você pode fa-
zer transações a partir de R$0,01. Em geral, também não há limite máximo de valores. Entretanto,
as instituições que ofertam o Pix poderão estabelecer limites máximos de valor baseados em crité-
rios de mitigação de riscos de fraude e de critérios de prevenção à lavagem de dinheiro e ao finan-
ciamento do terrorismo. Os usuários podem solicitar ajustes nos limites estabelecidos, devendo a
instituição acatar imediatamente a solicitação caso o pedido seja para redução de valor.
Novidades PIX
1. Inclusão da conta salário na lista de contas movimentáveis por Pix;
2. Possibilidade de devolução ágil de recursos pela instituição recebedora, em casos de fundada
suspeita de fraude ou falha operacional nos sistemas das instituições participantes;
3. Pix Saque, para dar ao consumidor mais uma opção de obtenção de dinheiro em espécie e para
facilitar a gestão de caixa do lojista;
4. Pix por aproximação, para dar mais facilidade e conveniência na iniciação de um Pix e para
atender casos de uso específicos;
PIX Automático
O Banco Central do Brasil está definindo as regras para a implementação do Pix Automático, previs-
to para ser lançado em 28 de outubro de 2024. Essa nova modalidade de pagamento instantâneo
facilitará as cobranças recorrentes, ampliando o leque de possibilidades para empresas de diversos
tamanhos e setores, incluindo concessionárias de serviços públicos, instituições educacionais, aca-
demias, condomínios, entre outros. Para os usuários, o Pix Automático promete trazer mais como-
didade, permitindo o débito automático de pagamentos periódicos diretamente de suas contas,
mediante prévia autorização. Isso não só proporcionará uma forma de pagamento mais eficiente e
sem fricções, mas também poderá contribuir para a redução de custos operacionais e de inadim-
plência para os recebedores. Este avanço representa mais um passo na modernização do sistema
de pagamentos brasileiro, integrando ainda mais a economia digital à vida cotidiana dos cidadãos e
das empresas.
O fim do DOC
Após quatro décadas de existência, o serviço de transferência por Documento de Ordem de Crédito
(DOC) chegou ao fim em 15 de janeiro de 2024, às 22h. Nesse horário, os bancos encerraram a ofer-
ta do serviço de emissão e agendamento de transferências entre instituições financeiras distintas,
tanto para pessoas físicas quanto jurídicas. A data máxima para agendamento do DOC foi até 29 de
fevereiro de 2024, quando os bancos concluíram o processamento dos pagamentos, encerrando
definitivamente o sistema.
Além do DOC, também deixou de ser oferecida a Transferência Especial de Crédito (TEC), modalida-
de em desuso, às 22h do mesmo dia. Nos últimos anos, o DOC e a TEC perderam espaço para o Pix,
sistema de transferência instantânea do Banco Central sem custo para pessoas físicas. Em contras-
te, o Pix permite transferências disponíveis 24 horas por dia, todos os dias da semana, representan-
do a escolha preferida dos brasileiros
Introdução
O Open Finance, ou Sistema Financeiro Aberto, é uma inovação promovida pelo Banco Central do
Brasil, destinada a revolucionar o setor financeiro ao promover a concorrência e aprimorar a oferta
de produtos e serviços financeiros aos consumidores. Esta iniciativa garante que você, seja pessoa
física ou jurídica, tenha o poder de decidir quando e com quem compartilhar seus dados financei-
ros, promovendo uma padronização segura e conveniente de compartilhamento de dados e servi-
ços.
Instituições Participantes
A participação no Open Finance é restrita a instituições financeiras e outras entidades autorizadas
pelo Banco Central, com a divisão entre participantes obrigatórios e voluntários baseada no porte
da instituição e no tipo de dado ou serviço compartilhado.
Conclusão
O Open Finance é uma iniciativa promissora que visa de-
mocratizar o acesso a serviços financeiros, aumentando a
competitividade entre as instituições e oferecendo ao con-
sumidor maior controle sobre seus dados financeiros. Com
isso, espera-se uma maior personalização e eficiência na
oferta de produtos e serviços financeiros, beneficiando to-
dos os envolvidos no sistema financeiro brasileiro.
Introdução
Arranjos de pagamento são fundamentais para o funcionamento eficiente do sistema financeiro,
permitindo uma ampla gama de transações, desde pagamentos de compras até transferências de
recursos. Este conceito abrange um conjunto de regras e procedimentos estabelecidos para facilitar
esses serviços ao público, sob a supervisão do Banco Central do Brasil (BC).
Exceções na Supervisão do BC
Certos arranjos de pagamento não estão sujeitos à regulação e supervisão do BC, incluindo aque-
les com baixa volumetria de transações, arranjos exclusivos de grandes comerciantes, serviços de
pagamento de utilidades públicas, arranjos baseados em moedas virtuais para programas de fideli-
dade, entre outros.
Conclusão
Os arranjos de pagamento representam uma parte vital do ecossistema financeiro, proporcionando
a infraestrutura necessária para uma ampla gama de transações financeiras. Através da regulação
e supervisão pelo Banco Central, o sistema assegura a segurança, eficiência e inovação no mercado
de pagamentos, beneficiando todos os participantes do sistema financeiro.
7.8 MARKETPLACE
Conceito e Evolução
O marketplace representa uma evolução significativa no comércio eletrônico, permitindo que di-
versas lojas vendam seus produtos em uma única plataforma. Este modelo facilita a comparação e
escolha de produtos pelos consumidores, potencializando a praticidade e variedade de escolhas.
No Brasil, a adesão a este modelo começou em 2012, com grandes empresas do setor digital, como
B2W, Livraria Saraiva e Walmart, integrando este sistema.
Marketplace Banking
Especificamente, o Marketplace Banking surge como um ecossistema criado por bancos que in-
tegram serviços de fornecedores terceirizados. Neste modelo, o cliente tem acesso a um pacote
fechado de produtos de terceiros, cuidadosamente selecionados pelo banco. Esta abordagem é
particularmente vantajosa para novos bancos, permitindo-lhes oferecer uma gama completa de
serviços bancários através de parcerias, reduzindo o tempo e capital necessários para estabelecer
sua presença no mercado.
Definição e Papel
Os correspondentes bancários são empresas contratadas por instituições financeiras e autorizadas
pelo Banco Central para oferecer serviços de atendimento aos clientes. Estes serviços incluem des-
de a abertura de contas e realização de pagamentos até operações de câmbio e crédito. Lotéricas
e o banco postal exemplificam bem os correspondentes bancários, que atuam como uma extensão
das instituições financeiras, ampliando o acesso aos serviços bancários.
Serviços Permitidos
A gama de serviços que os correspondentes podem oferecer é ampla, incluindo:
• Abertura de contas de depósito;
• Realização de pagamentos, transferências e recebimentos;
• Encaminhamento de propostas de crédito;
• Operações de câmbio limitadas a valores específicos;
• Entre outros serviços previstos pela regulamentação.
Regulação e Responsabilidades
Os correspondentes são obrigados a informar ao público sua vinculação com a instituição finan-
ceira contratante, bem como os serviços que oferecem. A contratação e a responsabilidade pelos
serviços prestados recaem sobre a instituição financeira, que deve comunicar ao Banco Central a
contratação de correspondentes. Importante destacar que os correspondentes não podem realizar
cobranças adicionais pelos serviços prestados, seguindo as tarifas estabelecidas pela instituição fi-
nanceira.
Conclusão
Tanto o modelo de marketplace quanto o sistema de correspondentes bancários refletem a evolu-
ção contínua do setor financeiro e do comércio eletrônico, buscando oferecer maior comodidade,
eficiência e acessibilidade aos consumidores e clientes de serviços financeiros. Enquanto o market-
place amplia as opções e facilita a escolha do consumidor, os correspondentes bancários estendem
o alcance dos serviços bancários, promovendo a inclusão financeira. Ambos os modelos demons-
tram a importância da inovação e adaptação em um mundo cada vez mais digitalizado.