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APOSTILA

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Conhecimentos
Bancários e Atualidades
Prof. Edgar Abreu

CARTA AOS FUTUROS ANALISTAS BANCÁRIOS

Futuro analista bancário do BNB. Sou o professor Edgar Abreu, serei o responsável por fazer você
acertar TODAS as questões de conhecimentos bancários no dia 28 de Abril de 2024.
Tenho bastante experiência em concursos, mais de 15 anos. A maioria dos funcionários aprovados
em concursos no Banrisul, CEF, BRB, BNB e também Banco do Brasil, foram meus alunos.
Dessa vez não vai ser diferente. Se você ler com calma, dedicar tempo e atenção, tenho certeza que
você será compensado.
Fui aprovado em um concurso de banco em 2003 estudando apenas por apostila, comprada, já que
não tinhamos apostilas grátis na época (fui o pioneiro no Brasil a disponibilizar esse tipo de conteú-
do de forma gratuita).
Se eu fui aprovado estudando somente por uma apostila é porque você também consegue. Então
não tem desculpas, se você não tem condição de comprar um curso, estude por apostila grátis.
Esse é o concurso dos SONHOS, já que 80% da nota será de responsábilidade da disciplina de Co-
nhecimentos Bancários, tudo com o PAI.
Espero que esse concurso possa mudar a sua vida também. Pode contar comigo e todos os meus
amigos professores, aqui na turma do GG.
Agora sim, desejo bons estudos para todos nós e espero que assim que sair o resultado você me
mande um e-mail ou poste uma foto no Instagram ou Facebook me marcando, deixo abaixo meus
contatos:
• Instagram: @prof.edgarabreu
• Facebook: @edgar.abreu
Foi lindo e vamos estudar!

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS E ATUALIDADES | EDGAR ABREU

EDITAL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS (VERTICALIZADO) | 26/01/24

ITEM CONTEÚDO
1 Sistema Financeiro Nacional.
1.1 Instituições do Sistema Financeiro Nacional – tipos, finalidades e atuação.
1.2 Banco Central do Brasil e Conselho Monetário Nacional – funções e atividades.
1.3 Instituições Financeiras Oficiais Federais – papel e atuação.

2 Operações de Crédito Bancário.


2.1 Cadastro de pessoas físicas.
2.2 Cadastro de pessoas jurídicas.
2.2.1 Tipos e constituição das pessoas.
2.2.2 Composição societária/acionária.
2.2.3 Forma de tributação.
2.2.4 Mandatos e procurações.
2.3 Fundamentos do crédito.
2.3.1 Conceito de crédito.
2.3.2 Elementos do crédito.
2.3.3 Requisitos do crédito.
2.4 Riscos da atividade bancária.
2.4.1 De crédito.
2.4.2 De mercado.
2.4.3 Operacional.
2.4.4 Sistêmico.
2.4.5 De liquidez.
2.5 Principais variáveis relacionadas ao risco de crédito.
2.5.1 Clientes.
2.5.2 Operação.
Tipos de operações de crédito bancário
2.6
(empréstimos, descontos, financiamentos e adiantamentos).
2.7 Operações de Crédito Geral.
2.7.1 Crédito pessoal e Crédito Direto ao Consumidor.
2.7.2 Desconto de duplicatas, notas promissórias e cheques pré-datados.
2.7.3 Contas garantidas.

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ITEM CONTEÚDO
2.7.4 Capital de giro.
2.7.5 Cartão de crédito.
2.7.6 Microcrédito urbano.
2.8 Operações de Crédito Especializado.
2.8.1 Crédito Rural.
2.8.1.1 Conceito, beneficiários, preceitos e funções básicas;
2.8.1.2 Finalidades: operações de investimento, custeio e comercialização.
Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF):
2.8.1.3
base legal, finalidades, beneficiários, destinação, condições.
Crédito industrial, agroindustrial, para o comércio e para a prestação de serviços:
2.8.2
conceito, finalidades (investimento fixo e capital de giro associado), beneficiários.
2.9 Recursos utilizados na contratação de financiamentos.
Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE):
2.9.1
base legal, finalidades, regras, administração.
2.9.2 BNDES/FINAME: base legal, finalidade, regras, forma de atuação.
2.9.3 Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT): base legal, finalidades, regras, forma de atuação.
2.10 Microfinanças: base legal, finalidade, forma de atuação.

3 Serviços bancários e financeiros.


Conta corrente: abertura, manutenção, encerramento, pagamento, devolução de cheques e
3.1
cadastro de emitentes de cheques sem fundos (CCF).
3.2 Depósitos à vista.
3.3 Depósitos a prazo (CDB e RDB).
3.4 Fundos de Investimentos.
3.5 Caderneta de poupança.
3.6 Títulos de capitalização.
3.7 Planos de aposentadoria e de previdência privados.
3.8 Seguros.
Convênios de arrecadação/pagamentos (concessionárias de serviços públicos, tributos, INSS e
3.9
folha de pagamento de clientes).
3.10 Serviço de Compensação de Cheque e Outros Papéis.
3.11 Cobrança.
3.12 Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).

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ITEM CONTEÚDO
4 Aspectos jurídicos.
4.1 Noções de direito aplicadas às operações de crédito.
4.1.1 Sujeito e Objeto do Direito.
4.1.2 Fato e ato jurídico.
Contratos: conceito de contrato, requisitos dos contratos, classificação dos contratos; contratos
4.1.3 nominados, contratos de compra e venda, empréstimo, sociedade, fiança, contratos formais e
informais.
4.2 Instrumentos de formalização das operações de crédito.
4.2.1 Contratos por instrumento público e particular.
4.2.2 Cédulas e notas de crédito.
4.3 Garantias.
4.3.1 Fidejussórias: fiança e aval.
4.3.2 Reais: hipoteca e penhor.
4.3.3 Alienação fiduciária de bens móveis.
4.4 Títulos de Crédito – nota promissória, duplicata, cheque.

O Banco do Nordeste do Brasil S.A.: legislação básica, programas e informações gerais de sua
5
atuação como agente impulsionador do desenvolvimento sustentável da região nordeste.

6 Ética aplicada: ética, moral, valores e virtudes.


6.1 noções de ética empresarial e profissional.
6.2 A gestão da ética nas empresas públicas e privadas.
Código de Conduta Ética e Integridade do Banco do Nordeste do Brasil (disponível na página do
6.3
BNB na internet).

Política de Responsabilidade Socioambiental do Banco do Nordeste do Brasil (disponível na


7
página do BNB na internet).

Estratégia ASG (Ambiental, Social e Governança): Estratégia de sustentabilidade do Banco do


8
Nordeste do Brasil (disponível na página do BNB na internet).

9 Atualidades do mercado financeiro.


9.1 Os bancos na Era Digital: Atualidade, tendências e desafios.
9.2 Internet banking.
9.3 Mobile banking.

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ITEM CONTEÚDO
9.4 Open banking.
9.5 Novos modelos de negócios.
9.6 FinTech’s, startups e big techs.
9.7 Sistema de bancos sombra (Shadow banking).
9.8 Funções da moeda.
9.9 O dinheiro na era digital: blockchain, bitcoin e demais criptomoedas.
9.10 Marketplace.
9.11 Correspondentes bancários.
9.12 Arranjos de pagamentos.
9.13 Sistema de pagamentos instantâneos (PIX).
9.14 Segmentação e interações digitais.
9.15 Transformação digital no Sistema Financeiro.
9.16 Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD): Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018 e suas alterações.
9.17 Legislação anticorrupção: Lei nº 12.846/2013 e Decreto nº 11.129 de 11/07/2022.
9.18 Segurança cibernética: Resolução CMN nº 4.893, de 26/02/2021.

Nessa apostila, assim como em minhas aulas, iremos aborar 90% dos temas cobrados, ficando ape-
nas alguns items a serem complementados por outros professores, por serem conteúdos jurídicos
e não bancários.

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SUMÁRIO

1. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL – INTRODUÇÃO...................................................... 12


2. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL – NORMATIVOS E SUPERVISORES.......................... 16
2.1 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL.................................................................................. 16
2.2 SUBSISTEMA NORMATIVO – ÓRGÃOS NORMATIVOS.................................................... 17
2.2.1 Conselho Monetário Nacional – CMN.................................................................. 17
2.2.2 Conselho Nacional Seguros Privados – CNSP....................................................... 20
2.2.3 Conselho Nacional de Previdência Complementar – CNPC................................. 21
2.3 SUBSISTEMA NORMATIVO – ÓRGÃOS SUPERVISORES.................................................. 23
2.3.1 Banco Central Do Brasil – BACEN OU BCB............................................................ 23
2.3.2 Comitê de Política Monetária – COPOM.............................................................. 28
2.3.3 Comissão de Valores Mobiliários – CVM.............................................................. 29
2.3.4 Superintendencia de Seguros Privados – SUSEP.................................................. 32
2.3.5 Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC................. 34
3.SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL – INTERMEDIÁRIOS FINANCEIROS......................... 36
3.1 AGENTES ESPECIAIS....................................................................................................... 36
3.1.1 Banco do Brasil..................................................................................................... 36
3.1.2 Caixa Econômico Federal - CEF............................................................................. 38
3.1.3 Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES..................... 39
3.2 SUBSISTEMA OPERACIONAL.......................................................................................... 40
3.2.1 Subsistema Operativo – Instituições Monetárias................................................. 41
3.2.2 Subsistema Operativo – Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (Sbpe)......48
3.2.3 Subsistema Operativo – Sistema de Distribuição de Títulos
e Valores Mobiliários (Sdtvm)....................................................................................... 50
3.2.4 Subsistema Operativo – Demais Instituições Financeiras.................................... 56
4. SERVIÇOS BANCÁRIOS E FINANCEIROS........................................................................ 65
4.1 DEPÓSITO À VISTA – CONTA CORRENTE........................................................................ 65
4.2 DEPÓSITO A PRAZO – CDB E RDB................................................................................... 66
4.2.1 Diferença entre CDB x RDB.................................................................................. 67
4.3 FUNDOS DE INVESTIMENTO.......................................................................................... 67
4.3.1 Fundos de Ações.................................................................................................. 74
4.3.2 Fundos Cambial................................................................................................... 75
4.3.3 Fundos Multimercado.......................................................................................... 75

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4.3.4 Fundos de Renda Fixa.......................................................................................... 75


4.3.5 Fundos de Renda Fixa de Curto Prazo.................................................................. 76
4.3.6 Fundos de Renda Fixa Referenciado.................................................................... 76
4.3.7 Fundos de Renda Fixa Dívida Externa.................................................................. 77
4.3.8 Fundos de Renda Fixa Simples............................................................................. 77
4.3.9 Resumo Dos Fundos............................................................................................. 78
4.4 CADERNETA DE POUPANÇA........................................................................................... 79
4.5 TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO............................................................................................ 80
4.5.1 Modalidades de títulos........................................................................................ 81
4.5.2 Prazos................................................................................................................... 81
4.6 PREVIDÊNCIA PRIVADA.................................................................................................. 82
4.6.1 Taxas de Administração........................................................................................ 82
4.6.2 Taxas de Carregamento........................................................................................ 83
4.6.3 Portabilidade........................................................................................................ 83
4.6.4 Resgates............................................................................................................... 83
4.6.5 Fase de Benefícios................................................................................................ 84
4.6.6 Plano Gerador de Benefícios Livres (Pgbl)........................................................... 84
4.6.7 Vida Gerador de Benefícios Livres (Vgbl)............................................................. 85
4.6.8 PGBL X VGBL........................................................................................................ 85
4.7 SEGUROS....................................................................................................................... 85
4.7.1 Glossário.............................................................................................................. 85
4.7.2 Tipos de Seguros.................................................................................................. 86
4.7.3 Mercado de Seguros no Brasil.............................................................................. 87
4.8 ARRECADAÇÃO E COBRANÇA........................................................................................ 87
4.8.1 Serviço de Cobrança............................................................................................ 88
4.8.2 Empréstimos Consignados................................................................................... 88
4.9 SPB – SISTEMA DE PAGAMENTOS BRASILEIRO.............................................................. 88
4.9.1 Arranjos de Pagamento........................................................................................ 89
4.9.2 Sistemas Operados Pelo Bacen............................................................................ 90
4.9.3 sistemas autorizados pelo Bacen......................................................................... 91
4.9.4 Centralizadora da Compensação de Cheques (Compe)....................................... 91
5. OPERAÇÕES DE CRÉDITO BANCÁRIO............................................................................ 94
5.1 FUNDAMENTOS DO CRÉDITO........................................................................................ 94
5.1.1 Conceito de crédito.............................................................................................. 94
5.1.2 Elementos do crédito........................................................................................... 96
5.1.3 A Metodologia dos 5C’s....................................................................................... 96

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5.1.4 Requisitos do crédito........................................................................................... 97


5.1.5 Credit Score e Behaviour Score............................................................................ 97
5.2 RISCOS DA ATIVIDADE BANCÁRIA.................................................................................. 98
5.2.1 Risco de Crédito................................................................................................... 98
5.2.2 Provisões para Créditos de Liquidação Duvidosa................................................. 100
5.2.3 Risco de Mercado em Operações de Crédito....................................................... 100
5.2.4 Hedge em Operações de Crédito......................................................................... 102
5.2.5 Risco Sistêmico.................................................................................................... 103
5.2.6 Risco de Liquidez.................................................................................................. 104
5.2.7 Acordo de Basileia................................................................................................ 104
5.2.8 Risco Operacional em Operações de Crédito....................................................... 105
5.3 OPERAÇÕES DE CRÉDITO GERAL.................................................................................... 106
5.3.1 Classificação das Operações de Crédito............................................................... 106
5.3.2 Sistema de Informações de Créditos (SCR).......................................................... 107
5.3.3 Registrato............................................................................................................. 107
5.3.4 Custo Efetivo Total – CET...................................................................................... 108
5.3.5 Crédito pessoal e Crédito Direto ao Consumidor................................................. 111
5.3.6 Desconto De Duplicatas, Notas Promissórias e Cheques Pré-Datados................ 112
5.3.7 Cheque Especial................................................................................................... 114
5.3.8 Conta Garantida e Capital de Giro........................................................................ 116
5.3.9 Cartão De Crédito................................................................................................ 117
5.3.10 Microcrédito Urbano......................................................................................... 119
5.4 OPERAÇÕES DE CRÉDITO ESPECIALIZADO..................................................................... 120
5.4.1 Crédito Rural........................................................................................................ 120
5.4.2 Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf)............. 122
5.4.3 Crédito Industrial e Agroindustrial....................................................................... 124
5.5 RECURSOS UTILIZADOS NA CONTRATAÇÃO DE FINANCIAMENTOS............................... 125
5.5.1 Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste – FNE............................... 125
5.5.2 BNDES/FINAME.................................................................................................... 128
5.5.3 Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).............................................................. 130
6. GARANTIAS BANCÁRIAS................................................................................................ 132
6.1 GARANTIAS PESSOAIS – FIDEJUSSÓRIA......................................................................... 133
6.1.1 Aval...................................................................................................................... 133
6.1.2 Fiança................................................................................................................... 134
6.1.3 Regime de Casamento x Aval e Fiança................................................................. 135
6.1.4 Aval x Fiança......................................................................................................... 136
6.1.5 Fiança Bancária.................................................................................................... 136

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6.2 GARANTIAS REAIS.......................................................................................................... 138


6.2.1 Hipoteca............................................................................................................... 139
6.2.2 Alienação Fiduciária............................................................................................. 140
6.2.3 Alienação Fiduciária x Hipoteca – Execução......................................................... 141
6.2.4 Penhor Mercantil................................................................................................. 142
6.2.5 Diferença entre as garantias Reais....................................................................... 143
6.3 FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO................................................................................ 144
7. ATUALIDADES................................................................................................................. 146
7.1NTERNET BANKING E MOBILE BANKING........................................................................ 146
7.1.1 Internet Banking.................................................................................................. 146
7.1.2 Mobile Banking.................................................................................................... 146
7.2 STARTUP, FINTECHS E BIG TECHS................................................................................... 148
7.2.1 Fintechs................................................................................................................ 149
7.3 SHADOW BANKING....................................................................................................... 154
7.4 MOEDA REAL E DIGITAL................................................................................................. 155
7.4.1 Blockchain: Tecnologia de Registro Distribuído................................................... 157
7.4.2 Criptomoedas...................................................................................................... 158
7.4.3 DREX.................................................................................................................... 160
7.5 PIX................................................................................................................................. 161
7.6 OPEN FINANCE.............................................................................................................. 165
7.7 ARRANJO DE PAGAMENTO............................................................................................ 167
7.8 MARKETPLACE............................................................................................................... 168
7.8.1 Correspondentes Bancários: Extensão dos Serviços Financeiros......................... 169

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AULA 01

1. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL – INTRODUÇÃO

Então vamos começar vendo como o Sistema Financeiro Nacional e ver os Mercados que ele está
dividido e entender de forma resumida o que abrange cada um desses mercados.

MERCADO FINANCEIRO
Divisão Objetivos / Características

Garantir a liquidez da economia. O Banco Central é o principal executor des-


Mercado De Moeda
se mercado atuando através da Política Monetária para realizar o controle
(Monetário)
de oferta de moeda e das taxas de juros de empréstimos de curto prazo.

Onde ocorre a intermediação de recursos de médio e longo prazo entre os


Mercado de Crédito agentes superavitários (ofertantes de recursos) e os deficitários (tomadores
de recursos).

Troca de moeda estrangeira por moeda nacional (real) ou ao inverso. Todas


Mercado de Câmbio
as transações de comércio exterior do país passam por esse mercado.

Meio de captação de recursos para agentes deficitários através da oferta de


valores mobiliários (ações, debêntures, notas promissórias, entre outros).
Mercado de Capitais
É uma forma de o investidor acessar diretamente aos emissores desses va-
lores mobiliários.

MERCADO FINANCEIRO
Divisão Objetivos / Características
Transferência de risco de um agente (segurado) para uma instituição (se-
Mercado de
guradora) através de pagamento de prêmio (custo do seguro). Mercado es-
Seguros e Resseguro
sencial para o gerenciamento de riscos de indivíduos e empresas.
Acumulação de recursos para garantir uma aposentadoria complementar
Mercado de
ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Disponível para qualquer par-
Previdência Aberta
ticipante que possua interesse.
Garantir ao participante a oportunidade de acumular recursos e
Mercado de Capitalização
também concorrer a sorteios periódicos de valores em dinheiro.
Acumulação de recursos para garantir uma aposentadoria complementar
Mercado de Previdência
ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Porém, disponível apenas
Complementar Fechada
para um grupo restrito de participantes (funcionários de uma mesma em-
(Fundos de Pensão)
presa, por exemplo).

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Note que eu pintei de cores diferentes cada um dos mercados, agrupando alguns deles. Sabe por
quê? Cada cor dessas tem um chefão, ou como a prova vai chamar, uma Instituição Normativa.
Vou apresentar elas aqui para você:

Essas Intuições Normativas, são os caras que “ditam” as regras. No módulo 2, onde estudaremos
cada uma das Instituições, ficará mais claro a atividade e responsabilidade de cada um deles. Mas
para agora, para facilitar seu entendimento, são como instituição legislativa, quem dita as normas,
as leis, regulamenta o mercado!
Por falar em leis, você sabia que existem leis em vários estados e municípios que proíbem as pesso-
as de jogarem lixo ao ar livre, na rua, calçadas etc? Sim, existe, mas porque será que as pessoas não
cumprem essas leis? Porque de nada adianta uma lei se não tivermos quem fiscaliza!
Esses conselhos são muito importantes no Mercado Financeiro, mas cada um deles irá precisar de
uma autarquia que fiscaliza e faça cumprir a legislação editada. Esses fiscalizadores, damos o nome
de Instituições Supervisoras. Agora vou te apresentar quem é o supervisor de cada um dos merca-
dos que compõe o Sistema Financeiro Nacional!

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SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL – SFN


Seguro,
Mercados

Previdência Previdência
Moeda, Crédito
Capitais Aberta, Fechada – Fundo
e Câmbio
Capitalização e de Pensão
Resseguro
Conselho Conselho Nacional
Normativos

Conselho Conselho
Nacional de de Previdência
Monetário Monetário
Seguros Privados Complementar
Nacional – CMN Nacional – CMN
– CNSP – CNPC
Banco Central
Superintendência
Supervisores

do Brasil – BCB
Superintendência Nacional de
Banco Central e Comissão
de Seguros Previdência
do Brasil – BCB de Valores
Privados – Susep Complementar
Mobiliários
– Previc
– CVM

Note que o mercado de capitais possui dois supervisores (supervisão compartilhada), Banco Cen-
tral (BACEN) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Bom, agora estamos com um sistema mais completo, não é? Temos quem cria as leis (órgãos nor-
mativos) e também que faz essas leis serem cumpridas (órgãos supervisores). Mas ainda falta uma
pequena peça nesse quebra-cabeça, não acha?
Eu gosto de fazer a analogia com o trânsito. Imagina que em uma determinada rua tem um limite
de velocidade de 60 km/h, quem determina isso? É o órgão legislativo, em nosso caso Normativo,
para fazer cumprir a legislação o agente de trânsito fiscaliza, com radares fixo, móveis etc. No nosso
caso esse fiscalizador são os órgãos Supervisores. Agora pensa quem em sua casa você recebeu
uma multa que não é devida? Placa clonada, ou algum erro da instituição. Como você luta pelos
seus direitos? Precisamos ter um sistema judiciário, não é mesmo? No Sistema Financeiro, esses
órgãos são chamados de Recursais.
Quando exercem suas funções de fiscalização os supervisores possuem autonomia para punir as
instituições que não agirem em conformidade com a lei. Como em qualquer julgamento, cabe a
instituição punida a faculdade de recorrer a penalidade aplicada, para isso se faz necessário a exis-
tência de um órgão recursal, que são eles:

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SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL – SFN


Seguro,
Mercados

Previdência Previdência
Moeda, Crédito
Capitais Aberta, Fechada – Fundo
e Câmbio
Capitalização e de Pensão
Resseguro
Conselho de
Câmara de
Recursos do
Recursos da
Recursal

Conselho de Recursos do Sistema Sistema Nacional


Previdência
Financeiro Nacional – CRSFN de Seguros
Complementar –
Privados –
CRPC
CRSNSP

Esses três órgãos recursais são responsáveis por julgar os recursos interpostos, oriundos de penali-
dades administrativas aplicadas pelos supervisores do Sistema Financeiro Nacional – SFN.
Bom, acho que dei um bom spoiler do que vem por aí... Sistema Financeiro Nacional! Vamos juntos?

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AULA 02

2. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL – NORMATIVOS E SUPERVISORES

#PaiEd | Comenta
O edital do BNB no item 1.1 pede “Instituições do Sistema Financeiro Nacional – Tipos, Fina-
lidades e Atuação”. Meu entendimento é que nesse item, qualquer instituição que faz parte
do SFN pode ser cobrada. Porém no item seguinte, 1.2, ele destaca 2 Banco Central do Brasil
e Conselho Monetário Nacional – Funções e Atividades. O primeiro problema é que existe
uma incoerência de lógica, já que o 1.2 é subitem do 1.1. Meu entendimento é que os de-
mais conselhos e supervisores, como CVM, PREVIC, SUSEP, CNSP e CNPC não poderão ser
cobrados na prova. Porém, resolvi abordar todos eles, pois como disse, essa parte do edital
está mal elaborada e tem uma ambiguidade.

2.1 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL


Em algum momento de sua vida você já solicitou dinheiro a um amigo ou parente ou pediu a ele
dinheiro emprestado? Caso tenha participado de uma operação financeira bilateral, espero que te-
nha tido sucesso quanto aos compromissos assumidos. Em geral, não é o que acontece.
Se operações financeiras com pessoas conhecidas já são complexas, imagine fazer um negócio fi-
nanceiro com quem você nunca viu. Quais são as garantias? Os riscos assumidos? Se os negócios no
mercado financeiro ocorressem de forma direta entre agentes superavitários e deficitários1, quan-
tos negócios teríamos? Como as pessoas e as empresas se capitalizariam? Certamente, a liquidez
seria mínima.
Por esse motivo, faz-se
necessária a criação
de um Sistema Finan-
ceiro, que se trata de
um conjunto de ór-
gãos que regulamenta,
fiscaliza e executa as
operações indispen-
sáveis à circulação da
moeda e do crédito
na economia. O Siste-
ma Financeiro tem o
importante papel de
fazer a intermediação de recursos entre os agentes econômicos superavitários e os deficitários de
recursos, tendo como resultado um crescimento da atividade produtiva. Sua estabilidade é funda-
mental para a segurança das relações entre os próprios agentes econômicos.
1 Superavitário: Quem possui dinheiro sobrando e está disposto a poupar. Deficitário: Quem tem déficit financeiro e busca
recursos junto ao mercado.

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Segundo a Legislação, o sistema Financeiro Nacional, é constituído:

O Sistema Financeiro Nacional é dividido em dois subsistemas, uma maneira mais simples para a
gente entender. Basicamente é uma divisão de quem manda e quem obedece, como o diagrama a
seguir:

2.2 SUBSISTEMA NORMATIVO – ÓRGÃOS NORMATIVOS


São responsáveis por determinar regras e diretrizes gerais para o bom funcionamento do Sistema
Financeiro Nacional. Os três órgãos normativos que compões o Sistema Financeiro Nacional, são:

2.2.1 CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL – CMN


Vamos começar falando dele o chefe supremo, quem manda em tudo, o grande CMN. Antes de co-
meçar a falar, já vou chamando a atenção aqui:

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#PaiEd | Atualiza
A legislação que regulamenta o CMN, 4.595 de 1964, sofreu alteração recente! (demorou).
São poucas mudanças, mas o suficiente para te derrubar na prova se estiver estudando com
material desatualizado, então CUIDADO! Se você está lendo isso, é porque está com #PaiEd
então está em boas mãos! Vamos juntos?

O Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão superior do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e
tem a responsabilidade de formular a política da moeda e do crédito. Seu objetivo é a estabilidade
da moeda e o desenvolvimento econômico e social do país.
Em sua primeira formação o CMN era composto pelo Ministro da Fazenda (presidente do Conse-
lho), pelo Presidente do Banco do Brasil, o Presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Eco-
nômico – BNDE2 e mais seis membros nomeados pelo Presidente da República. Desde sua criação
sofreu por algumas constantes mudanças em sua composição, ficando como a atual a ditada pela
lei 9.069/95 (Plano Real), que limita os membros em apenas 3, sendo eles o

Os seus membros reúnem-se uma vez por mês (ordinariamente) para deliberar sobre assuntos re-
lacionados com as competências do CMN. Em casos extraordinários pode acontecer mais de uma
reunião por mês.
Junto ao CMN também funciona a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (Comoc), que foi cria-
da pelo art. 9º da Lei nº 9.069, de 29 de junho de 1995 e tem como coordenador o Presidente do
Banco Central do Brasil. A Comoc funciona como órgão de assessoramento técnico para o CMN, na
formulação da política da moeda e do crédito do País. Apesar de prestar assessoria técnica a Comoc
não pode ser considerada uma comissão consultiva, já que suas competências são bem mais abran-
gentes, destacando-se pelo fato de ser o responsável em propor regulamentação e também mani-
festar-se previamente sobre as matérias tratadas de competência do Conselho Monetário Nacional.
A COMOC é composta:
I. Presidente e quatro Diretores do Banco Central do Brasil
II. Presidente da Comissão de Valores Mobiliários
III. Secretário-Executivo do Ministério da Economia
IV. Secretário de Política Econômica do Ministério da Economia
V. Secretário do Tesouro Nacional do Ministério da Economia

2 Na época (1945) o BNDE não tinha em seu nome e nem em suas atividades o cunho “social”, passando a se chamar
BNDES somente em 1982.

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#PaiEd | Atualiza
Cuidado, muitos materiais antigos (inclusive meu) e muitos professores atuais, que não se
atualizam, falam das comissões consultivas que funcionam junto ao CMN. Funcionavam...
desde a Lei Complementar 179 de fevereiro de 2021, que deu autonomia para o BACEN, aca-
bou tirando algumas coisas do CMN, entre elas, as comissões consultivas, que deixaram de
existir, ficando apenas a COMOC.

O CMN reúne-se ordinariamente uma vez por mês e extraordinariamente por convocação do seu
presidente. Participam das suas reuniões além dos conselheiros, membros da Comoc, os Diretores
de Administração e Fiscalização do Banco Central do Brasil, quando convocados pelo Presidente do
CMN (Ministro da Fazenda).
De todas as reuniões são lavradas atas, cujo extrato é publicado no Diário Oficial da União (DOU),
onde também devem ser publicadas as matérias aprovadas que são regulamentadas por meio de
Resoluções, normativos de caráter público, que também podem ser consultados através da página
de normativos do Banco Central do Brasil3.
Os objetivos do CMN estão definidos no artigo 3º da lei 4.595. São eles:

#PaiEd | Atualiza
Cuidado, muitos materiais antigos (inclusive meu) e muitos professores atuais, que não se
atualizam, utilizam os objetivos REVOGADOS do CMN. Isso mudou... desde a Lei Comple-
mentar 179 de fevereiro de 2021, que deu autonomia para o BACEN, acabou tirando algu-
mas coisas do CMN, mas vem comigo que vou te explicar da forma CORRETA!

“I. Adaptar o volume dos meios de pagamento ás reais necessidades da econo-


mia nacional e seu processo de desenvolvimento.” (Revogado pela LC 179/21)
“II – Regular o valor interno da moeda, para tanto prevenindo ou corrigindo os
surtos inflacionários ou deflacionários de origem interna ou externa, as depres-
sões econômicas e outros desequilíbrios oriundos de fenômenos conjunturais.”
(Revogado pela LC 179/21)
“III – Regular o valor externo da moeda e o equilíbrio no balanço de pagamento
do País, tendo em vista a melhor utilização dos recursos em moeda estrangeira”
(Revogado pela LC 179/21)
“IV – Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras, quer públi-
cas, quer privadas; tendo em vista propiciar, nas diferentes regiões do País, con-
dições favoráveis ao desenvolvimento harmônico da economia nacional”

Como maior autoridade monetária do país, cabe ao CMN a responsabilidade de orientar as insti-
tuições financeiras quanto a suas aplicações de recursos. As Sociedades Seguradoras, por exem-
plo, que são regulamentadas e fiscalizadas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP e
pela Superintendência Nacional de Seguros Privados – SUSEP devem seguirem orientações do CMN
quanto a aplicação de recursos. Vale ressaltar que as Sociedades Seguradoras mesmo não sendo
Instituições Financeiras, são equiparadas como tal, de acordo com o artigo 1º da Lei Federal 7.492
de 1986.
3 Ver Link 1 na seção Link’s interessantes e QR codes.

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“V – Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financei-


ros, com vistas à maior eficiência do sistema de pagamentos e de mobilização de
recursos.”

Um dos exemplos da atuação do CMN para atingimento desse objetivo foi a criação do DPGE (De-
pósito a Prazo com Garantia Especial), que foi criado em 2009 pela resolução 3.692 (revogado
posteriormente após a estabilidade da economia) foi uma alternativa de captação para bancos de
menor porte em meio à crise internacional de liquidez, que, no Brasil, castigou principalmente os
pequenos e médios e que conta com garantia do Fundo Garantidor de Crédito – FGC até o limite de
40 milhões.
“VI – Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras.”

A liquidez e solvência das instituições financeiras está diretamente ligada com a liquidez da econo-
mia, porém a responsabilidade de zelar pela liquidez da economia é do Banco Central do Brasil e
não do CMN.
“VII – Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívi-
da pública, interna e externa.”

O Conselho deve coordenar as políticas, sendo o Banco Central do Brasil o responsável pela execu-
ção delas.
Já as competências do CMN estão redigidas no artigo 4º da lei que o cria (4.595/64), também sofre-
ram algumas alterações, como são aproximadamente 30 incisos, vou destacar aqui os mais impor-
tantes:
1. Fixar as diretrizes e normas da política cambial;
2. Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações creditícias em todas as suas
formas;
3. Regular a constituição, funcionamento e fiscalização das Instituições Financeiras;
4. Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos comissões, inclusive os prestados
pelo Banco Central;
5. Determinar a percentagem máxima dos recursos que as instituições financeiras poderão em-
prestar a um mesmo cliente ou grupo de empresas;
6. Expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem observadas pelas instituições fi-
nanceiras.

2.2.2 CONSELHO NACIONAL SEGUROS PRIVADOS – CNSP


Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) é o órgão responsável por fixar as diretrizes e nor-
mas da política do mercado de seguros privados. É a autoridade nesse mercado, que se divide em:

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• Mercado de Seguros Privados: é o mercado que oferece serviços de proteção contra riscos;
• Mercado de Capitalização: são os acordos em que o contratante deposita valores podendo
recebê-los de volta com juros e concorrer a prêmios.
• Mercado de Previdência Complementar Aberta: é um tipo de plano para aposentadoria, pou-
pança ou pensão. Funciona à parte do regime geral de previdência e aceita a participação do
público em geral.
O CNSP é composto por representantes do(a):
I. Ministro da Fazenda (Presidente)
II. Ministro da Justiça e Segurança Pública
III. Ministro da Previdência
IV. Superintendência de Seguros Privados – SUSEP
V. Banco Central do Brasil – BACEN
VI. Comissão de Valores Mobiliários – CVM
Apesar de não ser subordinado hierarquicamente ao Conselho Monetário Nacional, suas políticas
devem estar de acordo com as políticas definidas pelo CMN. Suas principais competências são:
• Fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados.
• Regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização dos que exercerem ativida-
des subordinadas ao mercado de seguros privados, bem como a aplicação das penalidades pre-
vistas.
• Fixar as características gerais dos contratos de seguros, previdência privada aberta, capitaliza-
ção e resseguro;
• Estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro;
• Prescrever os critérios de constituição das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entida-
des de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, com fixação dos limites legais e técnicos
das respectivas operações;
• Disciplinar a corretagem do mercado e a profissão de corretor. As decisões do CNSP são toma-
das por meio de:

Quando a matéria for de interesse geral do Sistema Nacional de Seguros Privados,


1. Resoluções
Capitalização e entidades abertas de Previdência Complementar.
2. Atos do CNSP Quando for de interesse restrito.

OBS.: As decisões de caráter confidencial serão apenas mencionadas em Ata e constarão, se for o
caso, de comunicação específica ao interessado.

2.2.3 CONSELHO NACIONAL DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR – CNPC


O Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) foi criado em 03 de março de 2010
pelo decreto federal 7.123, em substituição ao Conselho de Gestão da Previdência Complementar
– CGPC.

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Voltado para funcionários de empresas e organizações. O ramo dos fundos de pensão trata de pla-
nos de aposentadoria, poupança ou pensão para funcionários de empresas, servidores públicos e
integrantes de associações ou entidades de classe.
O CNPC é um órgão colegiado que integra a estrutura do Ministério da Fazenda com sede em Bra-
sília, Distrito Federal, e jurisdição em todo o território nacional. Sua principal função é a de regular
o regime de previdência complementar operado pelas entidades fechadas de previdência comple-
mentar (fundos de pensão).
O CNPC não substituiu o CGPC em todas as suas atividades, haja visto que o órgão normativo Con-
selho de Gestão da Previdência Complementar – CGPC, funcionava não somente como um órgão
normativo, mas também como um órgão recursal, cabendo a ele a responsabilidade de julgar os
recursos interpostos contra decisão da Diretoria Colegiada da Superintendência Nacional de Previ-
dência Complementar – Previc. Com objetivo de dar mais autonomia e isonomia ao órgão recursal,
o governo segregou as atividades de normatização com as recursais, dividindo assim o CGPC em
dois novos órgãos, o Conselho Nacional de Previdência Complementar – CNPC (normativo) e a Câ-
mara de Recursos da Previdência Complementar – CRPC (recursal), conforme ilustra abaixo:

O CNPC é integrado pelo Ministro da Fazenda, que o preside, representantes da Superintendência


Nacional de Previdência Complementar, Casa Civil, secretarias do Ministério da Fazenda e dos pa-
trocinadores e assistidos de fundos de pensão.
As assembleias ocorrem trimestralmente de forma ordinária, são deliberadas por maioria simples,
sendo obrigatório a presença de pelo menos cinco dos seus membros, a votação é realizada por
processo nominal e aberta, sendo suas deliberações consubstanciadas em resoluções ou em reco-
mendações.
Apesar do CNSP ser responsável por normatizar o mercado de previdência fechada, as diretrizes de
aplicação dos recursos garantidores dos planos administrados pelas entidades fechadas de previ-
dência complementar são ditadas pelo Conselho Monetário Nacional – CMN, conforme está defini-
do na Lei 4.595/64 em seu artigo 3º inciso quarto:
“A política do Conselho Monetário Nacional objetivará orientar a aplicação dos
recursos das instituições financeiras, quer públicas, quer privadas; tendo em vista
propiciar, nas diferentes regiões do País, condições favoráveis ao desenvolvimen-
to harmônico da economia nacional”

Atualmente essas estão definidas pela resolução CMN 4.661/2018.

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2.3 SUBSISTEMA NORMATIVO – ÓRGÃOS SUPERVISORES


As entidades supervisoras trabalham para que os cidadãos e os integrantes do sistema financeiro
sigam as regras definidas pelos órgãos normativos. Suas competências são as de regulamentar o
mercado de acordo com as diretrizes traçadas pelos respectivos órgãos normativos, supervisionar,
fiscalizar e punir os agentes que agirem as margens da legislação. Os quatro órgãos supervisores
que compões o Sistema Financeiro Nacional, são:
1. Banco Central do Brasil – BCB ou BACEN (Sim, ele tem dois apelidos)
2. Comissão de Valores Mobiliários – CVM
3. Superintendência de Seguros Privados – SUSEP
4. Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC
Vamos estudar cada um deles cabeção?

2.3.1 BANCO CENTRAL DO BRASIL – BACEN OU BCB

#PaiEd | Atualiza
Muito cuidado agora. Todo material, vídeo, livros, PDF’s, questões, elaborados antes de Fe-
vereiro de 2021 que fala sobre o BACEN, está desatualizado. Cuidado com uns após essa
data que também não foram corrigidos, olha, tem curso grande que vende “PDF” cheio de
informações erradas!
A verdade é que a LC 179 alterou muitas coisas sobre o BACEN, desvinculando do ministério,
tirando o status de ministro do seu presidente, estipulando mandado para seus diretores,
enfim, muitas mudanças, mas fique tranquilo que o #PaiEd vai mastigar tudo para você!
Vem comigo futuro Analista Bancário do BNB?

Banco Central do Brasil é autarquia4 de natureza especial caracterizada pela AUSÊNCIA de vincu-
lação a Ministério (ai sôr, mas eu li que era vinculado ao ministério da Fazenda.. então.. era, não é
mais! #desapega), com sede e foro em Brasília-DF e atuação em todo o território nacional, embora
suas representações estejam restritas as capitais dos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São
Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará e Pará. Além de não ter vinculo a
ministério, o BACEN possui autonomia técnica, operacional, administrativa e financeira
O BCB é o principal executor das orientações do Conselho Monetário Nacional e após a nova legis-
lação, passou a ter como objetivos:

PRINCIPAL
• Assegurar a estabilidade de preços.

4 Autarquia: serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar
atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e
financeira descentralizada.

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SECUNDÁRIOS
• Zelar pela estabilidade e eficiência do Sistema Financeiro;
• Suavizar as flutuações do nível e atividade econômica;
• Fomentar o pleno emprego.

Políticas econômicas:
• Conselho Monetário Nacional – CMN: Responsável por coordenar.
• Banco Central do Brasil – BCB: Responsável por formular, executar, acompanhar e controlar.

O QUE É: POSSUI META


Sim.
Conjunto de medidas adotadas pelo Bacen visando adequar
os meios de pagamento disponíveis às necessidades da eco- A meta de inflação
Política é definida pelo CMN.
nomia do país, bem como, controlar da quantidade de di-
Monetária Atualmente é de 3%
nheiro em circulação no mercado e que permite definir as
taxas de juros. ao ano com 1,5% de
intervalo de tolerância.
Política Tem como objetivo ampliar a oferta e o acesso da população
Não
Creditícia ao crédito.
É o conjunto de ações governamentais diretamente relacio-
nadas ao comportamento do mercado de câmbio, inclusive
Política no que se refere à estabilidade relativa das taxas de câmbio
Não
Cambial e do equilíbrio no balanço de pagamentos. Tem como obje-
tivo o aperfeiçoamento permanente do regime de câmbio
flutuante.

Além de fiscalizar o SFN o BCB é responsável também por fiscalizar o mercado de capitais junto
com a Comissão de Valores Mobiliários – CVM. Mesmo com a instituição da CVM pela lei federal
6.385/76, parte do mercado de capitais, que envolve basicamente os títulos públicos federais, es-
taduais e municipais, continuam continuou sobe a supervisão do BCB, conforme já constava na lei
federal 4.728/65. (Lei 6.385, artigo 3º parágrafo 1º).
São atribuições do BACEN:

Manter a inflação sob controle, ao redor da meta, é objetivo funda-


mental do BC.
Manter a Inflação A estabilidade dos preços preserva o v​alor do dinheiro, mantendo o
poder de compra da moeda​. ​Para alcançar esse objetivo, o BC utiliza
baixa​e estável
a política monetária, política que se refere às ações do BC que visam
afetar o custo do dinheiro (taxas de juros) e a quantidade de dinheiro
(condições de liquidez) na economia.
Faz parte da missão do BC assegurar que o sistema financeiro seja só-
Manter o ​Sistema financeiro
lido (tenha capital suficiente para arcar com seus compromissos) e efi-
seguro e eficiente​ ciente.

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O BC detém as contas mais importantes do governo e é o depositório


Ser o Banco do governo
das reservas internacionais do país.
As instituições financeiras precisam manter contas no BC.​Essas contas
são monitoradas para que as transações financeiras aconteçam com
Ser o Banco dos Bancos
fluidez e para que as próprias contas não fechem o dia com saldo ne-
gativo.
O BC gerencia o meio circulante, que nada mais é do que garantir, para
Ser o Emissor do dinheiro​
a população, o fornecimento adequado de dinheiro em espécie.

Os seus objetivos são os de:


• manter as reservas internacionais em nível adequado;
• estimular a formação de poupança;
• zelar pela estabilidade e promover o permanente aperfeiçoamento do sistema financeiro.
• zelar pela adequada liquidez da economia;
OBS: cuidado para não confundir com o objetivo do Conselho Monetário Nacional que é de “zelar
pela liquidez e solvência das instituições financeiras”)
Para cumprir com as suas responsabilidades e atingir seus objetivos, o BCB conta com uma dire-
toria Colegiada5 que é composta por nove membros, um dos quais o Presidente (8+1), todos indi-
cados e nomeados pelo Presidente da República, entre brasileiros de ilibada reputação e notória
capacidade em assuntos econômico-financeiros. Após a nomeação, os nomes devem ser aprovados
também pelo Senado Federal.
Os mandados dos diretores serão de 4 anos, podendo ser reconduzido uma vez para o cargo e não
podendo coincidir com o mandado do presidente da república, respeitando a escala abaixo:
I. 2 (dois) Diretores terão mandatos com início no dia 1º de março do primeiro ano de mandato
do Presidente da República;
II. 2 (dois) Diretores terão mandatos com início no dia 1º de janeiro do segundo ano de mandato
do Presidente da República;
III. 2 (dois) Diretores terão mandatos com início no dia 1º de janeiro do terceiro ano de mandato
do Presidente da República; e
IV. 2 (dois) Diretores terão mandatos com início no dia 1º de janeiro do quarto ano de mandato do
Presidente da República.
Desde o final de 2004 o presidente do BACEN ganhou status de Ministro de Estado, dado pela lei
federal 11.036. Após a publicação da LC 179, o Presidente do BACEN perdeu o status de ministro, e
seu cargo foi transformado no cargo de Natureza Especial de Presidente do Banco Central do Bra-
sil.
As decisões da Diretoria Colegiada serão tomadas por maioria de votos, cabendo ao Presidente, ou
a seu substituto, o voto de qualidade. A diretoria reúne-se, ordinariamente, uma vez por semana.
Nesse encontro devem estar presentes, no mínimo, o Presidente, ou seu substituto, e metade do
número de Diretores.

5 Órgãos colegiados são aqueles em que há representações diversas e as decisões são tomadas em grupo, com o
aproveitamento de experiências diferenciadas.

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Além das reuniões periódicas, os diretores do BCB reúnem-se também para estabelecer as diretri-
zes da política monetária e para definir a taxa de juros, essas atividades são de responsabilidades
do Comitê de Política Monetária (Copom) que foi instituído em 20 de junho de 1996, e é formado
pelos diretores do Banco Central.
O BCB, na implementação das resoluções aprovadas pelo CMN, edita os seguintes documentos:

DOCUMENTO O QUE É
RESOLUÇÕES Ato normativo que tem por finalidade divulgar deliberação da Diretoria Colegiada do
BCN Banco Central.
INSTRUÇÕES Ato normativo que tem a finalidade de divulgar instrução, procedimento ou
NORMATIVAS esclarecimento a respeito de conteúdo de documento normativos.
Documento administrativo de âmbito externo, que tem por finalidade divulgar delibe-
COMUNICADO
ração ou informação relacionada à área de atuação do Banco Central do Brasil

#PaiEd | Atualiza
Até 2020 o BACEN emitia Circular e Carta-Circular. Com objetivo de unificar, simplificar a co-
municação da legislação, esses documentos sofreram alterações em seus nomes, reinician-
do sua numeração sequencial à partir do número 1.

Dentre suas atribuições do BCB estão:


1. Emitir papel-moeda e moeda metálica;
2. Executar os serviços do meio circulante;
3. Realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras;
4. Efetuar operações de compra e venda de títulos públicos federais;
5. Exercer o controle de crédito;
6. Estabelecer as condições para o exercício de quaisquer cargos de direção nas instituições finan-
ceiras;
7. Vigiar a interferência de outras empresas nos mercados financeiros e de capitais e controlar o
fluxo de capitais estrangeiros no país.

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8. Receber recolhimentos compulsórios e voluntários das instituições financeiras e bancárias.


Também compete ao BCB determinar o recolhimento de até cem por cento do total dos depó-
sitos à vista e de até sessenta por cento de outros títulos contábeis das instituições financeiras,
seja na forma de subscrição de Letras ou Obrigações do Tesouro Nacional ou compra de títulos
da Dívida Pública Federal, seja através de recolhimento em espécie, conforme Inciso III do arti-
go 10º da Lei 4.595/64.
9. Autorizar o funcionamento das instituições financeiras. Exceto quando essa for uma instituição
estrangeira, nesse caso a autorização é dada através de decreto do poder executivo, conforme
artigo 18 da Lei 4.595/64.
10. Exercer a fiscalização das instituições financeiras.

Agora vamos ver quem são as Instituições Fiscalizadas pelo BCB:

BASE LEGAL INSTITUIÇÕES FISCALIZÁVEIS


1. Bancos: Comerciais, de Investimento, de câmbio, Múltiplos e de Desenvolvi-
mento.
2. Caixa Econômica Federal
3. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
4. Sociedades: corretora de câmbio e de crédito, financiamento e investimento.
Lei Federal 4.595/64 5. Companhias hipotecárias.
6. Agências de turismo e meios de hospedagem autorizados pelo BCB a operar
no mercado de câmbio.
7. Empresas brasileiras que administram cartões de crédito de uso internacional
8. Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT (nas transferências inter-
nacionais de recursos vinculadas a vales postais internacionais)
Lei nº 4.380/64 9. Sociedades de crédito imobiliário
Lei nº 4.728/65 10. Sociedades Corretoras e Distribuidoras de títulos e valores mobiliários6
Decreto-Lei nº 70/66 11. Associações de Poupança e Empréstimo
Lei nº 5.764/71
12. Cooperativas de crédito
e LC 130/09
Lei nº 6.099/74 13. Sociedades de Arrendamento Mercantil
Lei nº 11.795/08 14. Administradoras de Consórcios
15. Escritórios de representação de instituições financeiras sediadas no exterior
Lei nº 9.613/98
(acerca da prevenção e combate à lavagem de dinheiro)
Lei nº 10.194/01 16. Sociedades de crédito ao microempreendedor
Medida Provisória
17. Agências de fomento
nº 2.192-70
Lei nº 6.385/76 18. Empresas de auditoria contábil e auditores contábeis independentes
Lei 12.865/13 19. Instituições de pagamento e de arranjos de pagamentos

6 As SCTVM e as DTVM sobre supervisão compartilhada, haja visto que O BCB fiscaliza as operações com títulos de renda
fixa e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as transações com títulos e valores mobiliários.

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As sociedades de fomento comercial (factoring) não são fiscalizadas pelo BCB, sendo suas ativida-
des meramente comercial.
Segundo a Constituição Federal, artigo 164º em seu parágrafo primeiro: “É vedado ao banco cen-
tral conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou
entidade que não seja instituição financeira”.
Desde a publicação da Lei Federal de Responsabilidade Fiscal (LC 101 de 04/05/2000), o BCB não
emite mais títulos da dívida pública (vedado pelo artigo 34), ficando o Tesouro Nacional o único
órgão autorizado a emitir títulos para atender a política fiscal.
O Banco Central utiliza os títulos do Tesouro Nacional para realizar política monetária, por meio de
operações de compra e venda no mercado secundário.
A atuação do BCB no mercado primário de títulos públicos dar-se somente quando a emissão dos
títulos tiver com objetivo o refinanciamento da dívida pública, nesse caso a compra de títulos se
caracteriza como um alongamento do prazo das dívidas e não um financiamento ao tesouro.
Importante ressaltar que no mercado primário é quando o valor de venda dos títulos públicos será
repassado para o cofre do governo, motivo pelo qual o BCB não pode atuar nesse segmento, exceto
no caso citado acima. Já no secundário, onde o BCB atua livremente, a negociação é de um título
já existente e anteriormente adquirido por um investidor, ou seja, o valor de venda irá para esse
investidor e não para o governo.

2.3.2 COMITÊ DE POLÍTICA MONETÁRIA – COPOM


O Comitê de Política Monetária (Copom) foi instituído em 20 de junho de 1996 com o objetivo de
estabelecer as diretrizes da política monetária e de definir a meta da taxa básica de juros, que no
Brasil é a Taxa Over-Selic, ou Taxa Selic.
Compete então ao COPOM:

O Copom é composto pelos membros da Diretoria Colegiada do BCB: o Presidente e os Diretores.


Após a publicação do Decreto Federal 3.088, em 21 de junho de 1999, o COPOM passou a ter a
sistemática de metas para a inflação como diretriz de política monetária. Desde então, as decisões
do Copom passaram a ter como objetivo cumprir as metas para a inflação definidas pelo Conselho
Monetário Nacional. (Mesmo com a autonomia do BACEN, essa continua sendo uma atribuição do
CMN).
Se, em determinado ano, a inflação (medida pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo – IPCA)
ultrapassar a meta estabelecida pelo CMN, o Presidente do BCB deve encaminhar carta aberta ao
Ministro da Fazenda explicando as razões do não cumprimento da meta, bem como as medidas
necessárias para trazer a inflação de volta à trajetória predefinida e o tempo esperado para que
essas medidas surtam efeito.

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Uma vez definida a taxa Selic, o Banco Central atua diariamente por meio de operações de mercado
aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima ao
valor definido na reunião.
As reuniões ordinárias7 acontecem oito vezes ao ano, aproximadamente a cada seis semanas, e são
realizadas em dois dias.

REUNIÃO DIA OBJETIVO


1º Dia Terça-Feira Apresentações sobre a economia Brasileira e Mundial
Avaliação das perspectivas de inflação
2º Dia Quarta-Feira
Decisão e divulgação da taxa de juros SELIC-META

A decisão final – a meta para a Taxa Selic é imediatamente divulgada à imprensa ao mesmo tempo
em que é expedido Comunicado através do Sistema de Informações do Banco Central (Sisbacen). O
Presidente tem direito ao voto decisório em caso de empate na decisão da política monetária.
As atas em português das reuniões do Copom devem ser divulgadas no prazo de até quatro dias
úteis após a data de sua realização, o que normalmente acontece às 8h00 da terça-feira da semana
posterior a cada reunião..
Ao final de cada trimestre civil (março, junho, setembro e dezembro), o Copom publica o documen-
to “Relatório de Inflação”, que analisa detalhadamente a conjuntura econômica e financeira do
País, bem como apresenta suas projeções para a taxa de inflação.

2.3.3 COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS – CVM


A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foi criada em 07 de dezembro de 1976 pela Lei nº 6.385
para fiscalizar e desenvolver o mercado de valores mobiliários8 no Brasil. Até o ano de 1976 o Con-
selho Monetário Nacional – CMN e o Banco Central do Brasil – BCB eram responsáveis por discipli-
nar e a fiscalizar, respectivamente, do mercado de capitais, como consta na lei federal 4.728 de 14
de Julho de 1965.
Atualmente o mercado de capitais (mercado que envolve a negociação de títulos e valores mobili-
ários), é fiscalizado pela CVM e pelo BCB (compartilhado), sendo que a grande maioria dos títulos
negociados nesse mercado são de responsabilidades da CVM, enquanto os títulos da dívida pública
federal, estadual ou municipal e os títulos cambiais de responsabilidade das instituições financei-
ras, exceto as debêntures, captações feitas por entes governamentais ou por instituições financei-
ras são de responsabilidades do BCB, conforme consta no parágrafo primeiro do inciso VI, artigo 3º
da lei federal 6.385.
São valores mobiliários de responsabilidades da CVM:

7 Desde sua criação, o COPOM reuniu-se apenas três vezes de forma extraordinária.
8 São valores mobiliários, quando ofertados publicamente, quaisquer títulos ou contratos de investimento coletivo
que gerem direito de participação, de parceria ou remuneração, inclusive resultante da prestação de serviços, cujos
rendimentos advém do esforço do empreendedor ou de terceiros.

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Principais títulos e valores mobiliários:

O QUE É?
Ação é a menor parcela do capital social das companhias ou sociedades anônimas.
É, portanto, um título patrimonial e, como tal, concede aos seus titulares, os acio-
Ação nistas, todos os direitos e deveres de um sócio, no limite das ações possuídas. O
acionista torna-se sócio da empresa e, portanto, não existe risco de crédito nesse
investimento, já que não se trata de um empréstimo.

Título de renda fixa de médio e longo prazo (a partir de 360 dias) emitidos por
Sociedades Anônimas. Representa um direito de crédito que o investidor possui
Debêntures
contra a empresa emissora. O investidor faz um empréstimo para a empresa. Cada
debênture é uma fração da dívida de quem a emitiu.

Título de renda fixa de curto prazo (até 360 dias) emitidos por Sociedades Anôni-
mas. A finalidade de emissão por parte da empresa é a de sanar necessidades de
Notas Promissórias
capital de giro ou fluxo de caixa. Trata-se de um empréstimo do investidor direta-
mente para a empresa.

É a fração do Patrimônio Líquido de um fundo de investimentos, que é um serviço


Cotas de Fundos de de gestão de recursos. Vários cotistas se reúnem e centralizam os seus recursos
Investimentos para ter vantagens no momento da aplicação e/ou para reduzir custos e riscos. A
cota representa a participação de cada um dos cotistas desse fundo.

É uma denominação genérica para operações que têm por referência um ativo
qualquer, chamado de “ativo base” ou “ativo subjacente” (que em geral é nego-
Derivativos
ciado no mercado à vista). Principais exemplos de derivativos: Opções, Mercado
Futuro, Mercado a Termo e Swap.

É um instrumento que dá ao seu titular (dono da opção), um direito futuro sobre


ações ou contratos futuros, mas não uma obrigação. Ao mesmo tempo que dá ao
Opções seu lançador (vendedor da opção), uma obrigação futura, caso o titular exerça o
seu direito. Existem opções de compra (direito de comprar determinado ativo) e
opções de venda (direito de vender determinado ativo).

É o compromisso de compra e venda de um determinado bem em uma data futura


Mercado a Termo por um preço fixado na data atual, que não irá variar até a data da efetiva entrega
desse bem.

Pode ser entendido como uma evolução do mercado a termo. Nesse mercado os
participantes se comprometem a comprar ou vender certa quantidade de um ativo
Mercado Futuro por um preço estipulado previamente para liquidação futura. Não necessariamente
irá ocorrer a liquidação física (entrega do bem em si). As características que o fazem
uma evolução do mercado a termo são: contratos padronizados e ajuste diário.

Contrato entre dois agentes onde se realiza a troca de fluxos de caixas futuros ou
troca de rentabilidade futura. Existe, portanto, duas pontas na operação (uma que
Swap
se passa a receber e outra que será cedida), que são vistas como ponta ativa e pas-
siva, respectivamente.

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O BCB conquistou sua autonomia em 2021, já a CVM sempre desfrutou desse beneficio, desde,
desde a publicação da Medida Provisória nº 8 (convertida na Lei nº 10.411 de 26.02.02) pela qual
a CVM passou a ser uma “entidade autárquica em regime especial, vinculada ao Ministério da
Fazenda, com personalidade jurídica e patrimônio próprios, dotada de autoridade administrativa
independente, ausência de subordinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus dirigen-
tes, e autonomia financeira e orçamentária”, como consta no artigo 5º da lei de sua criação.
Importante salientarmos que mesmo com uma ausência de subordinação hierárquica as decisões
tomadas pela CVM devem obedecer diretrizes traçadas pelo Conselho Monetário Nacional – CMN,
conforme consta no artigo 3º da lei 6.385.
Essa autonomia que a CVM possui, dá aos seus cinco diretores, um presidente mais 4 diretores
executivos todos eles são nomeados pelo Presidente da República e aprovados pelo Senado Fede-
ral, mais conforto na tomada de decisões, já que seus mandatos são fixados em cinco anos, sendo
vedada a recondução.
Apesar de contar com regionais nas cidades de São Paulo – SP e de Brasília – DF, é no Rio de Janeiro
– RJ onde encontra-se sua sede, local de onde são tomadas suas decisões (instruções CVM), fruto
das reuniões que acontecem semanalmente, de forma ordinárias, ou extraordinariamente, quan-
do convocada pelo ocupante do cargo de presidente, atualmente tendo o senhor Leonardo Pereira
como responsável pela função.
Os seus objetivos estão definidos no artigo terceiro da lei 6.385/64 e no seu regimento interno,
Resolução CVM 24/21 são eles:
I. estimular a formação de poupanças e a sua aplicação em valores mobiliários;

Comentário: não confunda formação de poupança com “caderneta de poupança”, o objetivo


da CVM é de canalizar investimento para o mercado de valores mobiliários, formar poupança
refere-se ao ato de poupar e não a modalidade de investimento denominada “caderneta de
poupanças”.

II. promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações, e estimular


as aplicações permanentes em ações do capital social de companhias abertas sob controle de
capitais privados nacionais;
III. assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados da bolsa e de balcão; Comentá-
rio: Atualmente no Brasil temos apenas uma única bolsa de valores, a B3.
IV. proteger os titulares de valores mobiliários e os investidores do mercado contra:
a) emissões irregulares de valores mobiliários;
b) atos ilegais de administradores e acionistas controladores das companhias abertas, ou de admi-
nistradores de carteira de valores mobiliários.
c) o uso de informação relevante não divulgada no mercado de valores mobiliários.

Comentário: Para proteger os titulares a CVM fiscaliza todas emissões de valores mobiliários.
Conforme Instrução CVM 400/04 em seu artigo segundo temos:

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V. evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas a criar condições artificiais


de demanda, oferta ou preço dos valores mobiliários negociados no mercado;

Comentário: Como o inciso deixa claro, o objetivo da CVM é o de evitar fraudes, sendo que a
mesma não tem competência para determinar o ressarcimento de eventuais prejuízos sofri-
dos pelos investidores em decorrência da ação ou omissão de agentes do mercado. Também
importante salientar que o mercado de capitais não conta com cobertura ou proteção do Fun-
do Garantidor de Crédito – FGC.

VI. assegurar o acesso do público a informações sobre os valores mobiliários negociados e as com-
panhias que os tenham emitido, a observância de práticas comerciais equitativas no mercado
de valores mobiliários e de condições de utilização de crédito fixadas pelo Conselho Monetário
Nacional – CMN.
Para conseguir atingir os seus objetivos, a CVM possui diversas competências, sendo as principais
atividades:
I. Disciplinar, fiscalizar e inspecionar as companhias abertas e os fundos de investimento.

Comentário: Os fundos de Investimento, que até o final de 2015 eram regulamentados pela
instrução CVM 409/04, tiveram sua legislação alterada e atualizada com a publicação da
instrução CVM 555/14.

II. Realizar atividades de credenciamento e fiscalização de auditores independentes, administra-


dores de carteiras de valores mobiliário, agentes autônomos, entre outros;
III. Fiscalizar e disciplinar as atividades dos auditores independentes; consultores e analistas de
valores mobiliários
IV. Apurar, mediante inquérito administrativo, atos legais e práticas não-equitativas de administra-
dores de companhias abertas e de quaisquer participantes do mercado de valores mobiliários,
aplicando as penalidades previstas em lei.

2.3.4 SUPERINTENDENCIA DE SEGUROS PRIVADOS – SUSEP


A Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, é uma autarquia federal, vinculada ao Ministério
da Fazenda, criada pelo artigo 35º do decreto-lei 73 de 21 de novembro de 1966, junto com a cria-
ção do Sistema Nacional de Seguros Privados – SNSP, é o órgão responsável pelo controle e fiscali-
zação dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro.
A inclusão do mercado de previdência privada complementar aberta nas responsabilidades da SU-
SEP, só aconteceu em 2001, com a publicação da lei complementar 109, em seu artigo 74.
Entenda melhor as entidades supervisionadas pela SUSEP:

INSTITUIÇÃO O QUE SÃO


Sociedades Companhia sediada no Brasil, constituído sob a forma de sociedade anônima e
Seguradoras supervisionado pela Superintendência de Seguros Privados.

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INSTITUIÇÃO O QUE SÃO


Ressegurador estrangeiro com mais de cinco anos de operação no mercado inter-
nacional. Precisa ser registrado na Susep, ter escritório de representação no Brasil
Ressegurador e manter conta em moeda estrangeira vinculada à Susep para garantia de suas
admitido operações no país. Deve atender a requisitos de capacidade econômica e financei-
ra mínima, de avaliação de solvência por agência classificadora de risco (rating de
crédito) e de garantias financeiras com aporte de recursos no país.
Resseguradores Sediado no Brasil, constituído sob a forma de sociedade anônima e supervisionado
Locais pela Superintendência de Seguros Privados.
Empresa resseguradora estrangeira sediada no exterior, sem escritório de repre-
sentação no País, que, atendendo às exigências previstas na Lei Complementar nº
Ressegurador
126/07 e nas normas aplicáveis à atividade de resseguro e retrocessão, tenha sido
Eventual
cadastrada como tal na SUSEP, para realizar operações de resseguro e retrocessão.
(Resolução CNSP 168/07).
Corretor de Seguro, Profissional habilitado e autorizado a angariar e promover contratos de seguros,
de capitalização e remunerado mediante comissões estabelecidas nas tarifas. É o representando do
de previdência segurado mediante a seguradora.
São entidades, constituídas sob a forma de sociedades anônimas, que negociam
contratos (títulos de capitalização) que têm por objeto o depósito periódico de
Sociedades de prestações pelo contratante, o qual terá, depois de cumprido o prazo contratado,
Capitalização o direito de resgatar parte dos valores depositados corrigidos por uma taxa de ju-
ros estabelecida contratualmente; conferindo, ainda, quando previsto, o direito de
concorrer a sorteios de prêmios em dinheiro.
Entidades Abertas São entidades constituídas sob a forma de sociedades anônimas e têm por objetivo
de Previdências instituir e operar planos de benefícios de caráter previdenciário concedidos em
Complementar forma de renda continuada ou pagamento único.

Apesar de ser uma entidade supervisora, a SUSEP também é responsável por regular os mercados
em que está inserida, sempre respeitando as diretrizes do órgão normativo, no caso o Conselho
Nacional de Seguros Privados – CNSP.
Compete também a SUSEP:
1. Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades Seguradoras,
de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, na qualidade de
executora da política traçada pelo CNSP;
2. Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetua através das opera-
ções de seguro, previdência privada aberta, de capitalização e resseguro;
3. Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervisionados;
4. Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos operacionais a eles vincula-
dos, com vistas à maior eficiência do Sistema Nacional de Seguros Privados e do Sistema Nacio-
nal de Capitalização;
5. Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição, assegurando sua expansão e o fun-
cionamento das entidades que neles operem;

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6. Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado;


7. Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em especial os efetuados em
bens garantidores de provisões técnicas;
8. Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as atividades que por este forem
delegadas;
9. Prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP.
A SUSEP possui sede e foro na cidade do Rio de Janeiro – RJ e jurisdição em todo o território na-
cional, conforme consta em seu regimento interno, que foi definido pela resolução CNSP 272/12,
o seu Conselho Diretor é constituído pelo Superintendente, que o preside, e por quatro Diretores,
indicados pelo Ministro de Estado da Fazenda, dentre pessoas de reconhecida competência e iliba-
da reputação, nomeados pelo Presidente da República ou a quem couber, por delegação.

2.3.5 SUPERINTENDÊNCIA NACIONAL DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR – PREVIC


A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) é uma entidade governamen-
tal autônoma constituída sob a forma de autarquia especial vinculada ao Ministério da Fazenda,
instituída com a finalidade de fiscalizar e supervisionar as entidades fechadas de previdência com-
plementar e de executar políticas para o regime de previdência complementar.
O sistema de previdência no Brasil está dividido em:

Os fundos de pensão, conforme definido em lei, têm a finalidade precípua de administrar um ou


mais planos, predominantemente de caráter previdenciário, com vistas a pagar benefícios aos seus
participantes.

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As suas principais competências estão definidas Lei nº 12.154, de 2009, m seu artigo segundo, e
são:
I. proceder à fiscalização das atividades das entidades fechadas de previdência complementar e
suas operações;
II. apurar e julgar as infrações, aplicando as penalidades cabíveis;
III. expedir instruções e estabelecer procedimentos para a aplicação das normas relativas à sua
área de competência, de acordo com as diretrizes do Conselho Nacional de Previdência Com-
plementar – CNPC;
IV. autorizar: a constituição e o funcionamento das entidades fechadas de previdência comple-
mentar, bem como a aplicação dos respectivos estatutos e regulamentos de planos de benefí-
cios; as operações de fusão, de cisão, de incorporação ou de qualquer outra forma de reorga-
nização societária, relativas às entidades fechadas de previdência complementar; a celebração
de convênios e termos de adesão por patrocinadores e instituidores, bem como as retiradas de
patrocinadores e instituidores; e as transferências de patrocínio, grupos de participantes e as-
sistidos, planos de benefícios e reservas entre entidades fechadas de previdência complemen-
tar;
V. harmonizar as atividades das entidades fechadas de previdência complementar com as normas
e políticas estabelecidas para o segmento;
VI. decretar intervenção e liquidação extrajudicial das entidades fechadas de previdência comple-
mentar, bem como nomear interventor ou liquidante, nos termos da lei;
VII. nomear administrador especial de plano de benefícios específico, podendo atribuir-lhe pode-
res de intervenção e liquidação extrajudicial, na forma da lei;
VIII. promover a mediação e a conciliação entre entidades fechadas de previdência complementar
e entre estas e seus participantes, assistidos, patrocinadores ou instituidores, bem como diri-
mir os litígios que lhe forem submetidos na forma da Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996.
IX. enviar relatório anual de suas atividades ao Ministério da economia e, por seu intermédio, ao
Presidente da República e ao Congresso Nacional; e adotar as providências necessárias ao cum-
primento de seus objetivos.
Na mesma lei que cria a PREVIC, 12.154/09, também prevê a cobrança da Taxa de Fiscalização e
Controle da Previdência Complementar (Tafic), principal receita da Superintendência Nacional de
Previdência Complementar (PREVIC), que é um tributo que tem como fato gerador o exercício do
poder de polícia atribuído à autarquia.
As entidades fechadas de previdência complementar (EFPC) são contribuintes da Tafic, que deverá
ser paga quadrimestralmente, até o dia dez dos meses de janeiro, maio e setembro.

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AULA 03

3. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL – INTERMEDIÁRIOS FINANCEIROS

3.1 AGENTES ESPECIAIS


Recebem o nome de agentes especiais as instituições que mesmo fazendo parte do subsistema
operacional (intermediação) também cumprem funções normativas, normalmente essas ativida-
des são relacionadas a implementação das políticas econômicas do governo Federal.
O governo possui três grandes pilares (instituições financeiras), que auxiliam na execução das suas
principais políticas, são elas:

Existem outras instituições financeiras federais que também auxiliam governo na execução de po-
líticas públicas, como o Banco do Amazonas e o Banco do Nordeste, porém essas instituições têm
área de atuação restrita, não atuando em todo o território nacional, por esse motivo não vamos
equipara-las as instituições acima citadas.

3.1.1 BANCO DO BRASIL – BB


Criado pelo príncipe Dom João, em sua chegada ao Brasil a mais de 200 anos atrás, após o mesmo
ser obrigado a deixar repentinamente Portugal, invadido pelas tropas de Napoleão, o Banco do Bra-
sil é a Instituição Financeira mais antiga do país.
O Banco do Brasil tem presença marcante em todo o Brasil. Com presença em 94,8% dos municí-
pios brasileiros, com 49,2 mil pontos de atendimento.

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Seu controle é da União, sendo uma economia mista de capital aberto, com a posição acionária
conforme a imagem. O BB é responsável por administrar aproximadamente 20% dos ativos do mer-
cado financeiro, segundo o Banco Central do Brasil.
A exigência de domínio de Inglês em nosso concurso, mostra o quanto a instituição vem continua-
mente ampliando sua presença internacional, contando hoje com mais de 50 pontos de atendimen-
to no exterior, divididos em agências, subagências, unidades de negócios/escritórios e subsidiárias
em 23 países, estando presente nos principais centros financeiros das Américas, Europa e Ásia.
Agora que você já está apaixonado, vamos ao que é importante para prova!
O que faz do Banco do Brasil uma instituição financeira diferenciada das demais é o fato de ser o
responsável por executar algumas políticas do governo federal, conforme constam no artigo 19 da
Lei federal 4.595/64, sendo os principais:
I. Executar a política de preços mínimos dos produtos agropastoris.
II. Ser agente pagador e recebedor fora do País.
III. Executar os serviços de compensação de cheques e outros papéis (Circular BCB 3.532)
IV. Realizar, por conta própria, operações de compra e venda de moeda estrangeira e, por conta
do Banco Central da República do Brasil, nas condições estabelecidas pelo Conselho Monetário
Nacional.
Apesar do foco principal do Banco do Brasil ser o agronegócio, quando o assunto é políticas públi-
cos, ele também auxilia o governo no programa habitacional, “Minha Casa, Minha Vida”.

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3.1.2 CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – CEF


No dia 12 de janeiro de 1861, Dom Pedro II assinou o
Decreto nº 2.723, que fundou a Caixa Econômica da
Corte.
Junto com a criação da Caixa também veio a modalida-
de de investimento mais conhecida e antiga do merca-
do financeiro, as cadernetas de poupança, que foram
instituídas pelo artigo primeiro do decreto assinado por
Dom Pedro II, que dizia em sua redação original:
A caderneta de poupança, nessa época, a finalidade dela e da Caixa Econômica era captar os recur-
sos e economias da população mais necessitada. Inclusive era permitido aos escravos que tinham
algum provento, que eram chamados na época de escravos de ganho, guardar as suas economias
na Caixa Econômica, na poupança, e essas economias, muitas vezes, serviam para comprar a pró-
pria carta de alforria.

Com esse propósito a Caixa foi crescendo e ganhando novas atividades, se tornando hoje uma das
maiores empresas do Governo Federal. Importante destacar que embora a Caixa exerças atividades
simulares as oferecidas pelos bancos, legalmente a mesma não pode ser enquadrada como tal, sen-
do ela uma empresa pública federal. A própria caixa se intitula ser mais do que um banco, haja visto
que a mesma exerce diversas funções de cunho social que são de interesse do governo federal.
O fato da Caixa ser responsável pela implementação das políticas sociais do governo federal, faz
dela um agente especial. Entre os programas sociais administrados pela Caixa, destacam-se:

PROGRAMA O QUE É?
É um programa de transferência direta de renda, direcionado às famílias em situação
de pobreza e de extrema pobreza em todo o País, que tem como objetivos: Combater
Bolsa Família a fome e promover a segurança alimentar e nutricional, combater a pobreza e outras
formas de privação das famílias, promover o acesso à rede de serviços públicos, em
especial, saúde, educação, segurança alimentar e assistência social.

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PROGRAMA O QUE É?
Minha Casa É uma iniciativa do Governo Federal que oferece condições atrativas para o financia-
Minha Vida mento de moradias para famílias de baixa renda.
É um dos mais importantes direitos dos trabalhadores brasileiros, é um benefício que
Seguro-
oferece auxílio em dinheiro por um período determinado. Ele é pago de três a cinco
desemprego
parcelas de forma contínua ou alternada.
O Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) é um programa do Ministério da Educação
FIES (MEC) que financia a graduação, em instituições particulares, de estudantes que não
possuem condições de arcar com os custos.
É um programa que procura ampliar o acesso da população aos medicamentos con-
Farmácia siderados essenciais ao tratamento de doenças com maior ocorrência no Brasil, e é
Popular realizado por meio de transferência de recursos do Ministério da Saúde, aos estabele-
cimentos farmacêuticos credenciados
O programa do Governo Federal, em parceria com o Ministério dos Esportes, tem o
objetivo de formar uma geração de atletas com potencial de representar o Brasil. A
Bolsa Atleta
estratégia é simples: garantir a manutenção pessoal mínima dos atletas para que eles
tenham as condições necessárias para se dedicar ao esporte.
É um benefício financeiro destinado a trabalhadores(as) informais, Microempreende-
Auxílio dores Individuais (MEI), autônomos(as) e desempregados(as) e tem por objetivo for-
Emergencial necer proteção emergencial no período de enfrentamento à crise causada pela pan-
demia do Coronavírus.

A CEF foi também o agente utilizado pelo governo para maioria das políticas creditícias em combate
a pandemia do COVID-19, destacando o pagamento do “auxílio emergência”.

3.1.3 BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL – BNDES


Criado em 20 de junho de 1952, pela Lei federal nº 1.628, o Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico – BNDES foi criado como uma autarquia federal que tinha como objetivo ser o órgão
formulador e executor da política nacional de desenvolvimento econômico.
Por ser uma empresa de controle do governo federal, o BNDES não pode ser considerado como
banco de desenvolvimento.
Sua estrutura está dividida em:

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Sendo:
• BNDES: O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social é uma empresa pública fe-
deral (100% das ações pertencem a união) dedicada ao financiamento com longo prazo de pa-
gamento. É o acionista único das demais empresas do Sistema BNDES.
• BNDESPAR: Subsidiária do BNDES, dedicada ao fomento por meio de investimentos em valores
mobiliários. O capital social subscrito da BNDESPAR está representado por uma única ação, no-
minativa, sem valor nominal, de propriedade do BNDES.
• FINAME: Subsidiária do BNDES, dedicada ao financiamento à produção e comercialização
de máquinas e equipamentos. O capital social subscrito da FINAME está representado por
589.580.236 ações ordinárias, nominativas, sem valor nominal, de propriedade integral do
BNDES
Seu estatuto atual foi aprovado pelo decreto federal 4.418 de 11 de Outubro de 2002, no qual o
vincula junto ao Ministério da Fazenda.
Sua sede e foro fica em Brasília, Distrito Federal, e atuação em todo o território nacional, podendo
instalar e manter, no País e no exterior, escritórios, representações ou agências.
Por meio de sua subsidiária BNDESPAR, o BNDES pode captar através de emissões públicas de de-
bêntures e contribuir para o desenvolvimento do mercado local de capitais.
O BNDES emprestou mais de 187 bilhões de reais, somente em 2014. Esses recursos, quando são
reembolsáveis, são remunerados pela Taxa de Juros de Logo Prazo – TLP (antiga TJLP), que geral-
mente é bem mais baixa do que qualquer outra taxa oferecida pelas demais instituições financeiras.

3.2 SUBSISTEMA OPERACIONAL


Agora vamos falar de quem trabalha, quem coloca a mão na massa, os operacionais, que são as ins-
tituições que lidam diretamente com o público, no papel de intermediário financeiro.
A maioria dos autores dividem o Subsistema operacional em 3 classes de instituições financeiras

Essa divisão constava no site do Banco Central do Brasil (há mais de 10 anos) e em vários livros e
acabou virando uma doutrina. Não sei quem foi o primeiro a propor essa estrutura, eu suspeito,
mas não vou citar aqui porque não tenho provas (risos), a verdade é que esse profissional não en-
tende nada de lógica e nem filosofia.
Ora, eu não posso dividir nada no mundo em 3 conjuntos, onde um deles é a negação do outro, ou
seja, se criarmos um conjunto com os alunos aprovados no BNB e outro conjunto dos alunos NÃO
aprovados no BNB, logo todo universo está ai, não tem espaço para um terceiro conjunto.

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O que eu quero dizer é que uma Instituição Financeira, ou ela é monetária, ou ela não é monetária,
assim, não existe explicação lógica para criação do terceiro conjunto de “Instituições Auxiliares”.
Todas essas Instituições do nosso terceiro conjunto pertence ao segundo, ou seja, não são monetá-
rias, logo o conjunto 3 é um subconjunto de 2 e não uma subdivisão do sistema financeiro nacional.
Confuso? Ainda bem que não cai lógica nesse edital, mas fique tranquilo, vou te ajudar agora a en-
tender cada uma das instituições que compões o subsistema operacional! Vamos lá?

3.2.1 SUBSISTEMA OPERATIVO – INSTITUIÇÕES MONETÁRIAS


As instituições que captam através de depósito à vista (conta corrente), são consideradas institui-
ções monetárias, pois possuem a capacidade de criar moedas escriturais por meio do efeito multi-
plicado de crédito ou devido ao fornecimento de talão de cheque a seus clientes.
A moeda bancária ou moeda escritural consiste nos depósitos à vista existentes nos bancos ou em
outras instituições creditícios, normalmente movimentados por intermédio de cheques, que repre-
sentam um instrumento de circulação da moeda bancária.
Entenda melhor como os bancos que captam depósito à vista possuem a capacidade de criar moeda:
1. Investidor procura um banco para depositar seu dinheiro. Nesse caso, vamos supor um valor
de $ 600,00 (seiscentas unidades monetárias), depositado na conta de depósito à vista (conta
corrente).

2. Neste momento, o investidor passa a ter um saldo em sua conta corrente de $ 600,00 e o ban-
co resolve conceder a esse cliente um talão de cheques.

3. Ele vai em uma loja e compra determinado produto no valor de $ 1.000,00 (um mil unidade
monetária), pagando com a utilização de uma folha de cheque.

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4. Considerando que o seu saldo no banco é de apenas $ 600,00 e o cheque emitido foi de
$ 1.000,00, temos um consumo dividido em dois tipos de moedas diferentes:

As instituições financeiras que estão autorizadas a captar através de depósito à vista, portanto, têm
capacidade de criar moeda escritural. São elas:

Todas as demais instituições financeiras diferentes das listadas como monetárias, independente de
qual a sua área de atuação, devem ser classificadas como não monetárias, haja vista que não cap-
tam depósito à vista e, logo, não possuem a capacidade de criar moeda escritural.

3.2.1.1 Bancos Comerciais (BC)


Esta instituição financeira tem como objetivo fornecer crédito de curto e médio prazos para pes-
soas físicas, comércio, indústria e empresas prestadoras de serviços. Devem ser constituídas sob a
forma de sociedades anônimas e podem ser tanto públicas como privadas.
Em sua denominação deve constar a expressão “banco”, sendo vedada a utilização do termo “cen-
tral”, que é de exclusividade do Banco Central do Brasil (BCB). Suas principais operações passivas
são:

• Depósitos à vista: conta corrente


• Depósitos a prazo: Certificado de Depósito Bancário (CDB) e Recibo de
Depósito Bancário (RDC)
• Letra Financeira (LF)
• Letra de Crédito do Agronegócio (LCA)
• Letra Imobiliária Garantida (LIG)
• Recursos de Instituições financeiras oficiais
• Recursos externos

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Suas principais operações ativas são:

• Operações de crédito em geral, de curto e médio prazo


• Abertura de crédito simples em conta corrente: cheques especiais
• Operações de crédito rural

Os recursos captados em contato corrente (depósito à vista) possuem exigibilidade de que a insti-
tuição financeira mantenha aplicado, no mínimo, em operações de crédito rural.
Para cumprimento dessa exigência, devem ser consideradas as deduções previstas em leis, assim
como as isenções conforme consta no Manual de Crédito Rural (MCR), disponível no site do Banco
Central do Brasil (BCB).
Suas principais operações acessórias são:

• Operações de câmbio (compra e venda de moeda estrangeira)


• Cobrança bancária
• Cobrança de tarifas

SERVIÇOS

A maioria dos bancos em operação no país são comerciais, mas, como também possuem outras
carteiras, são classificados como bancos múltiplos, porém, existem alguns bancos operando no
país que são apenas bancos comerciais.

3.2.1.2 Bancos Múltiplos (BM)


Criados com o objetivo de racionalizar a administração, os bancos múltiplos funcionam como uma
espécie de holding1 de instituições financeiras, porém, não é qualquer tipo de instituição financeira
que pode fazer parte de um banco múltiplo. Segundo a resolução CMN nº 2.099, as carteiras que
podem compor essas instituições são as de:

1 Holding é um tipo de empresa que detém a posse majoritária de ações de outras empresas, geralmente denominadas
subsidiárias, centralizando o controle sobre elas. De modo geral, a holding não produz bens e serviços, destinando-se
apenas ao controle de suas subsidiárias.

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As operações realizadas por banco múltiplo estão sujeitas às mesmas normas legais e regulamen-
tares aplicáveis às instituições singulares correspondentes às suas carteiras, logo, para entender
melhor o que cada carteira faz, basta consultar cada uma das instituições financeiras nos demais
capítulos da nossa super apostila. Sendo assim, as suas operações passivas, ativas e acessórias de-
pendem de quais são as carteiras que o constituem.
Para constituir um banco múltiplo será necessário ser composto por, no mínimo, duas das cartei-
ras listadas, sendo que uma delas, obrigatoriamente, deverá ser a carteira de banco comercial ou a
de banco de investimento.
Não é possível constituir um banco múltiplo com todas as carteiras listadas. O motivo deve-se ao
fato de algumas carteiras serem obrigatoriamente públicas, enquanto outras são obrigatoriamente
privadas, conforme tabela:

Assim, se uma instituição financeira possuir a carteira de banco de desenvolvimento, não poderá
oferecer a carteira de investimento e nem constituir uma financeira, e vice-versa. De maneira geral,
assim como os bancos comerciais, os bancos múltiplos são instituições financeiras que podem ser
privadas ou públicas, sendo organizados, obrigatoriamente, sob a forma de sociedade anônima
(SA).

ATENÇÃO: Nem todo o banco Múltiplo é considerado Instituição Monetária. Somente os ban-
cos que possuem carteira do banco comercial.

3.2.1.3 Cooperativas De Crédito (CC)


A cooperativa de crédito é uma instituição financeira formada por uma associação autônoma de
pessoas unidas voluntariamente, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, sem
fins lucrativos, constituída para prestar serviços a seus associados.
O objetivo da constituição de uma cooperativa de crédito é prestar serviços financeiros de modo
mais simples e vantajoso aos seus associados. Os cooperados são, ao mesmo tempo, donos e usu-
ários da cooperativa, participando de sua gestão e usufruindo de seus produtos e serviços.

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Nas cooperativas de crédito, os associados encontram os principais serviços disponíveis nos ban-
cos, como conta corrente, aplicações financeiras, cartão de crédito, empréstimos e financiamentos.
Os associados têm poder igual de voto, independentemente da sua cota de participação no capital
social da cooperativa. O cooperativismo não visa lucros e os direitos e deveres de todos são iguais,
sendo a adesão livre e voluntária.
Entendendo melhor a diferença entre um banco comercial com capital aberto (ações em negocia-
ção na bolsa) e uma cooperativa de crédito de livre admissão do ponto de vista dos aplicadores
(operação passiva da instituição financeira):
É como se a cooperativa de crédito fizesse uma espécie de “venda casada” para o investidor, po-
rém, com uma cota a custo zero. Assim, é de se esperar que, um mesmo capital aplicado a uma
mesma taxa de juros e prazo em uma cooperativa de crédito e também em um banco, o investidor
tenha maior retorno na cooperativa, já que, além desses juros sobre o capital investido (que será
igual nas duas instituições), o investidor, aplicando na cooperativa de crédito, poderá receber, tam-
bém, parte do lucro distribuído (dividendos).
Já no ponto de vista do tomador de crédito, ou seja, das operações ativas das instituições financei-
ras, temos:

Note que a formação da taxa de juros dos bancos possui um


componente a mais do que no caso das cooperativas de crédi-
to, que é o “lucro”.
Como as cooperativas de crédito não têm fins lucrativos, e o
lucro aferido nas operações é distribuído entre os seus asso-
ciados – entre eles e o próprio tomador de crédito –, logo exis-
te uma tendência de que a taxa de juros dos empréstimos re-
alizados nas cooperativas sejam menores do que nos bancos.

É importante salientar que, assim como partilha das sobras, o cooperado está sujeito a participar
do rateio de eventuais perdas – em ambos os casos na proporção dos serviços usufruídos.
As sociedades cooperativas são classificadas em:

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Também são admitidos como associados das cooperativas de crédito, em caráter excepcional, pes-
soas jurídicas, desde que tenham por objeto as mesmas ou correlatas atividades econômicas das
pessoas físicas ou, ainda, aquelas sem fins lucrativos. Entretanto, conforme determina o artigo 4º,
parágrafo único, da lei complementar nº 130, de 2009, não são admitidos no quadro social da so-
ciedade cooperativa de crédito entes públicos, tais como: a União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios, bem como suas respectivas autarquias, fundações e empresas estatais dependen-
tes.
Suas principais operações passivas são (exclusivamente dos seus associados):

• Depósitos à vista: conta corrente


• Depósitos a prazo: Recibo de Depósito Cooperativo (RDC).
• Cadernetas de Poupança (Novidade)
• As cooperativas podem captar através de depósito a prazo, porém, sem
emissão de certificado.
• Letra de Crédito do Agronegócio (LCA)
• Repasses de instituições financeiras nacionais ou estrangeiras, inclusive
por meio de depósitos interfinanceiros.
• Recursos oriundos de fundos oficiais.

Suas principais operações ativas são (exclusivamente dos seus associados):

• Operações de crédito em geral.


• Operações de crédito rural.

Suas principais operações acessórias são:

• Cobrança, custódia e serviços de recebimento e pagamento por conta de


terceiros a pessoas físicas e entidades de qualquer natureza, inclusive as
pertencentes aos poderes públicos das esferas federal, estadual e muni-
cipal e suas respectivas autarquias e empresas.
• Colocação de produtos e serviços oferecidos por bancos cooperativos,
inclusive os relativos a operações de câmbio, bem como por demais en-
tidades controladas por instituições integrantes do sistema cooperativo
a que pertença, em nome e por conta da entidade contratante, observa-
da a regulamentação específica.
SERVIÇOS
• Distribuição de cotas de fundos de investimento administrados por
instituições autorizadas, observada a regulamentação aplicável editada
pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

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3.2.1.4 Bancos Cooperativos (BCoop)


Um banco cooperativo é uma espécie de banco comercial, com diferença em sua constituição, que
tem como acionistas controladores as cooperativas centrais de crédito, as quais devem deter no
mínimo 51% das ações com direito a voto.
Caso esse banco agregue outras carteiras, tais como de investimento e crédito imobiliário, entre
outras, poderá se tornar um banco múltiplo com carteira comercial.
Em sua denominação, obrigatoriamente, deverá conter a expressão “banco cooperativo”.
O banco cooperativo oferece produtos e serviços financeiros às cooperativas, ampliando e criando
novas possibilidades de negócios e gestão centralizada dos recursos financeiros do sistema.

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As operações passivas, ativas e acessórias dos bancos cooperativos dependem de quais são as car-
teiras que o compõe.

3.2.2 SUBSISTEMA OPERATIVO – SISTEMA BRASILEIRO DE POUPANÇA E EMPRÉSTIMO (SBPE)


Segundo a resolução CMN nº 1.980, de 30 de abril de 1.993, o Sistema Brasileiro de Poupança e
Empréstimo (SBPE) é integrado por:

As instituições financeiras que integram o SBPE possuem a capacidade de captar através de depósi-
tos de poupança. Estas instituições são obrigadas a destinar os recursos captados conforme descri-
to:
No mínimo 65% dos recursos captados
devem ser destinados a operações de fi-
nanciamento imobiliário, com risco de
multa para o descumprimento dessa exi-
gibilidade. Além disso, esse montante
deve ser dividido da seguinte forma:
1. 80% (oitenta por cento), no mínimo,
do percentual acima, em operações
de financiamento habitacional no
âmbito do Sistema Financeiro da Ha-
bitação (SFH).
2. 20% em operações de financiamen-
to imobiliário contratadas a taxas de
mercado.
As companhias hipotecárias, apesar de fazerem parte do Sistema Financeiro de Habitação (SFH),
não são integrantes do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), já que as mesmas não
possuem autorização para captarem através de cadernetas de poupança.
As instituições integrantes do SBPE podem captar depósitos de poupança rural, desde que possu-
am autorização do Banco Central do Brasil para operar em crédito rural e comuniquem ao Deban o
início da captação de depósitos de poupança rural.

PRINCIPAL CAPTAÇÃO
INSTITUIÇÃO CONSTITUIÇÃO OBESERVAÇÃO
(PASSIVA)
Associação de Poupadores são associados e,
Sociedade Civil
Poupança e Poupança e LCI assim, recebem dividendos. Faz
sem fins lucrativos
Empréstimo (APE) parte do SBPE.

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PRINCIPAL CAPTAÇÃO
INSTITUIÇÃO CONSTITUIÇÃO OBESERVAÇÃO
(PASSIVA)
Poupança, LCI, FGTS e É considerado um agente
Caixa Econômica Empresa pública
repasses do governo especial do governo federal. Faz
Federal (CEF) federal
federal parte do SBPE.
Sociedade de É uma das carteiras que pode
Sociedade
Crédito Imobiliário Poupança e LCI compor um banco múltiplo. Faz
Anônima
(SCI) parte do SBPE.
Não podem captar através de
Companhias Sociedade
LCI e debêntures poupança. Não fazem parte do
Hipotecárias Anônima
SBPE.
Apenas as cooperativas de
Cooperativas Associação civil crédito que forem autorizadas
Poupança
de Crédito sem fins lucrativo pelo BACEN podem captar
poupança e fazer parte do SBPE
Quadro-resumo com as principais diferenças entre as instituições que compõem o SFH

SOPA DE LETRINHAS – AS SIGLAS DO MERCADO IMOBILIÁRIO

SISTEMA O QUE É QUEM PARTICIPA


• Bancos múltiplos com
2º O Sistema Brasileiro de Poupança e Em- carteira de crédito imobiliário
préstimo (SBPE) tem por finalidade promo- • Caixas econômicas
SBPE ver o financiamento imobiliário em geral,
• Sociedades de crédito imobiliário
por meio da captação e do direcionamento
dos recursos de depósitos de poupança • Associações de poupança e empréstimo
• Cooperativas de crédito autorizadas
Todos que integram o SBPE mais:
O Sistema Financeiro da Habitação (SFH), • Companhias Hipotecárias
destina-se a facilitar e a promover a constru- • Entidade de previdência complementar
SFH ção e a aquisição da casa própria ou mora- (aberta)
dia, especialmente pelas classes de menor
• Companhias securitizadora
renda da população.
• Demais instituições que o CMN
determinar
• Caixas econômicas
• Bancos comerciais
O Sistema de Financiamento Imobiliário • Bancos de investimento
(SFI), de que trata a Lei nº 9.514, de 20 de
• Bancos múltiplos com
novembro de 1997, tem por finalidade pro-
SFI carteira de crédito imobiliário,
mover o financiamento imobiliário em geral,
segundo condições compatíveis com os fun- • Sociedades de crédito imobiliário
dos respectivos. • Associações de poupança e empréstimo
• Companhias hipotecárias e, a critério
do Conselho Monetário Nacional – CMN

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IMPORTANTE: As operações no âmbito do SFH devem observar as seguintes condições


específicas no limite máximo do valor de avaliação do imóvel financiado de R$1.500.000,00
(um milhão e quinhentos mil reais)

3.2.3 SUBSISTEMA OPERATIVO – SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO


DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS (SDTVM)

3.2.3.1 Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (CTVM)


e Distribuidoras De Títulos e Valores Mobiliários (DTVM)
As corretoras e distribuidoras tinham funções distintas até 2009, pois somente as corretoras po-
diam operar em bolsas de valores. As distribuidoras precisavam de uma corretora para operar nas
bolsas, tendo, portanto, uma área mais restrita de operação.
Com a decisão conjunta CVM e Bacen nº 17/2009, que autorizou as distribuidoras a operar direta-
mente nos ambientes e sistemas de negociação dos mercados organizados de bolsas de valores,
eliminou-se a principal diferença entre as duas instituições financeiras.
Abaixo, a íntegra da decisão conjunta:
DECISÃO-CONJUNTA Nº 17

BANCO CENTRAL DO BRASIL COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS

Autoriza as sociedades distribuidoras de títulos e


valores mobiliários a operar diretamente nos
ambientes e sistemas de negociação dos
mercados organizados de bolsa de valores.

A Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil e o Colegiado da Comissão de Valores Mobiliários, com base no art.
2º, inciso XV, do Regulamento anexo à Resolução nº 1.120, de 4 de abril de 1986, com a redação dada pela Resolução
nº 1.653, de 26 de outubro de 1989,

D E C I D I R A M:

Art. 1º As sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários ficam autorizadas a operar diretamente nos am-
bientes e sistemas de negociação dos mercados organizados de bolsa de valores.

Art. 2º Esta decisão-conjunta entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 2 de Março de 2009.

Alexandre Antonio Tombini Maria Helena dos Santos Fernandes de Santana


Presidente, substituto do Banco Central do Brasil Presidente da Comissão de Valores Mobiliários

A principal atividade dessas instituições é a de execução de ordens de compra e venda de ativos


para seus clientes. Um investidor não opera diretamente na bolsa de valores, mas sim através de
um intermediário (corretora/distribuidora), que cobra taxa por essa prestação de serviço.
Além da execução da ordem (operacional), as corretoras e distribuidoras normalmente contam com
equipes de analistas para auxiliar os investidores na escolha do melhor produto de investimento de
acordo com o perfil, prazo e necessidade do cliente/investidor.

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Outras atividades das distribuidoras e corretoras:


1) Comprar e vender títulos e valores mobiliários por contra própria e de terceiros;
2) Operar em bolsas de mercadorias e de futuros por contra própria e de terceiros;
3) Intermediar a oferta pública e distribuir títulos e valores mobiliários no mercado;
4) Operar em bolsas de valores;
5) Administrar carteiras e custodiar títulos e valores mobiliários;
6) Subscrever emissões de títulos e valores mobiliários no mercado;
7) Exercer funções de agente fiduciário;
8) Instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimento;
9) Intermediar operações de compra e venda de moeda estrangeira, além de outras operações no
mercado de câmbio;
10) Praticar operações de compra e venda de metais preciosos no mercado físico, por conta própria
e de terceiros;
11) Realizar operações de compromissadas;
12) Praticar operações de conta margem;
13) Prestar serviços de intermediação e de assessoria ou assistência técnica em operações e ativi-
dades nos mercados financeiro e de capitais.

#PaiEd | Atualiza
Até o dia 13/05/2020 o limite para corretoras e distribuidoras operarem com liquidação
pronta era de U$ 100 mil. Após a publicação da circular BCB 4.019, esse limite foi elevado
para U$ 300 mil dólares.

Nas operações de câmbio, as corretoras e distribuidoras têm limites diferenciados para operação,
conforme circular do Bacen nº 3.691, de 16 de dezembro de 2013, com trecho reproduzido abaixo:
“Art. 34. Os agentes do mercado de câmbio podem realizar as seguintes opera-
ções:
III – sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários, sociedades distribui-
doras de títulos e valores mobiliários e sociedades corretoras de câmbio:
a) operações de câmbio com clientes para liquidação pronta2 de até US$
300.000,00 (trezentos mil dólares dos Estados Unidos) ou o seu equivalente em
outras moedas; e
b) operações para liquidação pronta no mercado interbancário, arbitragens no
País e, por meio de banco autorizado a operar no mercado de câmbio, arbitragem
com o exterior;”

Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade
limitada.
Sofrem supervisão compartilhada do Bacen e CVM.
2 Liquidação Pronta é o tipo de operação de câmbio que deve ser liquidada em até dois dias úteis

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3.2.3.2 Bolsas de Valores e Mercado de Balcão Organizados


Uma Bolsa de Valores é peça fundamental para o bom funcionamento do Mercado de Capitais, que
é o mercado em que as empresas acessam diretamente os investidores para captar recursos. As
companhias precisam de recursos para investir em seus projetos e, por outro lado, os investidores
necessitam de remuneração para valores financeiros que estão disponíveis.
A bolsa de valores é, portanto, o local adequado para que os investidores transacionem recursos
para a compra de títulos (valores mobiliários). Trata-se de uma instituição que faz parte do Siste-
ma de Distribuição de Títulos e Valores Mobiliários, no qual as Sociedades Corretoras têm acesso
para repassar as ordens de seus clientes.
São associações privadas civis que têm o objetivo de efetuar o registro, a compensação, a liquida-
ção física e financeira das operações realizadas em pregão ou sistema eletrônico. Entretanto, des-
de 28 de janeiro de 2000, com a resolução nº 2690 do Bacen, as bolsas de valores puderam passar a
visar lucro e a ser constituídas sob a forma de sociedades anônimas (S.A).
Sofrem fiscalização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), porém, possuem status de autor-
reguladoras, já que são responsáveis por estabelecer diversas regras relativas ao funcionamento
dos mercados que administra e à atuação dos intermediários que a acessam.
Ainda segundo a resolução nº 2690/2000, são objetivos das bolsas de valores:
I – Manter local ou sistema adequado à realização de operações de compra e venda de títulos
e/ou valores mobiliários, em mercado livre e aberto, especialmente organizado e fiscalizado pela
própria bolsa, sociedades membros e pelas autoridades competentes;
II – Dotar, permanentemente, o referido local ou sistema de todos os meios necessários à pronta e
eficiente realização e visibilidade das operações;
III – Estabelecer sistemas de negociação que propiciem continuidade de preços e liquidez ao merca-
do de títulos e/ou valores mobiliários;
IV – Criar mecanismos regulamentares e operacionais que possibilitem o atendimento, pelas socie-
dades membros, de quaisquer ordens de compra e venda dos investidores, sem prejuízo de igual
competência da Comissão de Valores Mobiliários, que poderá, inclusive, estabelecer limites míni-
mos considerados razoáveis em relação ao valor monetário das referidas ordens;
V – Efetuar registro das operações;
VI – Preservar elevados padrões éticos de negociação, estabelecendo, para esse fim, normas de
comportamento para as sociedades membros e para as companhias abertas e demais emissores de
títulos e/ou valores mobiliários, fiscalizando sua observância e aplicando penalidades, no limite de
sua competência, aos infratores;
VII – Divulgar as operações realizadas, com rapidez, amplitude e detalhes;
VIII – Conceder, à sociedade membro, crédito para assistência de liquidez, com vistas a resolver
situação transitória, até o limite do valor de seus títulos patrimoniais ou de outros ativos especifi-
cados no estatuto social mediante apresentação de garantias subsidiárias adequadas, observado o
que a respeito dispuser a legislação aplicável; e
IX – Exercer outras atividades expressamente autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliários.

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Importante ressaltar que o investidor não opera diretamente na bolsa de valores, pois precisa de
uma corretora de valores para acessar à bolsa, conforme figura abaixo:

Já o mercado de balcão organizado é um mercado de títulos (valores mobiliários) no qual não há


um local físico definido para a realização das transações. É chamado de mercado organizado quan-
do conta com um sistema eletrônico de negociação de títulos e valores mobiliários (sistema interli-
gado de terminais entre instituições, por exemplo). Nesse tipo de mercado, as ordens de compra e
venda são fechadas de forma eletrônica.
Trata-se de um ambiente administrado por instituições autorreguladoras, que são autorizadas a
funcionar pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e sofrem fiscalização por parte dessa autar-
quia.
O mercado de balcão organizado é considerado uma “porta de entrada” para empresas que possu-
am um porte médio, já que, normalmente, na bolsa de valores estão as companhias maiores.
Uma diferença importante entre mercado de balcão e bolsa de valores é que no mercado de balcão
não existe o fundo de garantia para ressarcir o investidor em caso de prejuízos decorrentes de erros
de ordens por parte dos operadores, entrega de valores mobiliários erroneamente, liquidação ex-
trajudicial da corretora, entre outros. Esse fundo de garantia é administrado pela própria bolsa de
valores.

3.2.3.3 B3 – Bolsa, Balcão, Brasil


A B3 surgiu sob o formato atual após a fusão da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São
Paulo (BM&FBOVESPA) com a Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos (CETIP),
aprovada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pelo Conselho Administrativo de Defesa
Econômica (CADE) em 22 de março de 2017.
Uma Bolsa de Valores é peça fundamental para o bom funcionamento do Mercado de Capitais, que
é o mercado em que as empresas acessam diretamente os investidores para captar recursos. As
companhias precisam de recursos para investir em seus projetos e, por outro lado, os investidores
necessitam de remuneração para valores financeiros que estão disponíveis.

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A bolsa de valores é, portanto, o local adequado para que os investidores transacionem recursos
para a compra de títulos (valores mobiliários). Trata-se de uma instituição que faz parte do Siste-
ma de Distribuição de Títulos e Valores Mobiliários, no qual as Sociedades Corretoras têm acesso
para repassar as ordens de seus clientes.
São associações privadas civis que têm o objetivo de efetuar o registro, a compensação, a liquida-
ção física e financeira das operações realizadas em pregão ou sistema eletrônico. Entretanto, des-
de 28 de janeiro de 2000, com a resolução nº 2690 do Bacen, as bolsas de valores puderam passar a
visar lucro e a ser constituídas sob a forma de sociedades anônimas (S.A).
Sofrem fiscalização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), porém, possuem status de autor-
reguladoras, já que são responsáveis por estabelecer diversas regras relativas ao funcionamento
dos mercados que administra e à atuação dos intermediários que a acessam.
Ainda segundo a resolução nº 2690/2000, são objetivos das bolsas de valores:
I – Manter local ou sistema adequado à realização de operações de compra e venda de títulos e/
ou valores mobiliários, em mercado livre e aberto, especialmente organizado e fiscalizado pela pró-
pria bolsa, sociedades membros e pelas autoridades competentes;
II – Dotar, permanentemente, o referido local ou sistema de todos os meios necessários à pronta e
eficiente realização e visibilidade das operações;
III – Estabelecer sistemas de negociação que propiciem continuidade de preços e liquidez ao mer-
cado de títulos e/ou valores mobiliários;
IV – Criar mecanismos regulamentares e operacionais que possibilitem o atendimento, pelas socie-
dades membros, de quaisquer ordens de compra e venda dos investidores, sem prejuízo de igual
competência da Comissão de Valores Mobiliários, que poderá, inclusive, estabelecer limites míni-
mos considerados razoáveis em relação ao valor monetário das referidas ordens;
V – Efetuar registro das operações;
VI – Preservar elevados padrões éticos de negociação, estabelecendo, para esse fim, normas de
comportamento para as sociedades membros e para as companhias abertas e demais emissores de
títulos e/ou valores mobiliários, fiscalizando sua observância e aplicando penalidades, no limite de
sua competência, aos infratores;
VII – Divulgar as operações realizadas, com rapidez, amplitude e detalhes;
VIII – Conceder, à sociedade membro, crédito para assistência de liquidez, com vistas a resolver
situação transitória, até o limite do valor de seus títulos patrimoniais ou de outros ativos especifi-
cados no estatuto social mediante apresentação de garantias subsidiárias adequadas, observado o
que a respeito dispuser a legislação aplicável; e
IX – Exercer outras atividades expressamente autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliários.

IMPORTANTE:

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3.2.3.4 Bancos De Investimento (BI)


Os bancos de investimento são instituições financeiras de natureza privada, especializadas em
operações de participação societária de caráter temporário, bem como no financiamento da ativi-
dade produtiva para suprimento de capital fixo ou de giro, mediante a administração de recursos de
terceiros.
Seu surgimento se deu com a promulgação de uma lei nos Estados Unidos depois da crise de 1929,
que impôs uma distinção entre os bancos de investimentos e os comerciais ou varejistas para pro-
teger os depósitos dos correntistas. (conceito de chineses wall)
Essas instituições devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima, devendo conter em
sua denominação a expressão “banco de investimento”.
Como o banco de investimento é uma instituição financeira e atua no mercado de valores mobiliá-
rios, logo sua supervisão é exercida de forma compartilhada pelo Banco Central do Brasil (BCB) e
pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), conforme exemplo ilustrado na figura a seguir:

Os bancos de investimento podem manter contas, sem juros e não movimentáveis por cheque, re-
lativas a recursos de terceiros (como as contas não são movimentadas por cheques, logo não se cria
moeda escritural). Essas contas, que não são contas correntes, têm como objetivo o recebimento
de recursos destinados à aplicação em títulos e valores mobiliários, assim como em outros ativos
financeiros e/ou modalidades operacionais disponíveis nos mercados financeiro e de capitais. Tais
recursos também poderão ser vinculados à execução de suas operações ativas ou relacionadas com
a prestação de serviços.
Suas principais operações passivas são:

• Depósitos a prazo (com ou sem a emissão de certificados): Certificado de


Depósito Bancário (CDB) e Recibo de Depósito Bancário (RDC)
• Recursos oriundos do exterior, inclusive por meio de repasses interbancá-
rios
• Repasse de recursos oficiais
• Depósitos interfinanceiros
• Outras formas de captação autorizadas pelo Banco Central do Brasil

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Suas principais operações ativas são:

• Financiamento de capital fixo e de giro

As operações acessórias são as principais atividades dos bancos de investimentos, uma vez que
eles são os principais prestadores de serviços no mercado de valores mobiliários.
Entre as atividades prestadas, destacam-se:

• Operações de câmbio (compra e venda de moeda estrangeira)


• Operar em bolsas de mercadorias e de futuros, bem como em merca-
dos de balcão organizados, por conta própria e de terceiros
• Administrar fundos e clubes de investimento
• Praticar operações de compra e venda – por conta própria ou de tercei-
ros – de metais preciosos no mercado físico, e de quaisquer títulos e
valores mobiliários nos mercados financeiros e de capitais.
• Coordenar processos de reorganização e reestruturação de sociedades
SERVIÇOS
e conglomerados, financeiros ou não, mediante prestação de serviços
de consultoria, participação societária e/ou concessão de financiamen-
tos ou empréstimos.

Conforme a Circular BCB 2.998, é também facultada aos bancos de investimento a prestação de
serviços relacionados à administração de empresa cujo objeto social esteja diretamente vinculado
a operações praticadas no âmbito do mercado financeiro, abrangendo o exercício de atividades
necessárias ao seu funcionamento, inclusive escrituração, administração de ativos e passivos e cus-
tódia. Na hipótese de a referida prestação de serviços envolver a gestão de recursos da empresa ou
de seus investidores, deve ser observada a regulamentação relativa à administração de recursos de
terceiros.

3.2.4 SUBSISTEMA OPERATIVO – DEMAIS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

3.2.4.1 Bancos De Desenvolvimento (BD)


Os bancos de desenvolvimento são instituições públicas que surgiram na década de 1940, no es-
forço de reconstrução pós-guerras mundiais. Desde então, essas instituições vêm cumprindo papel
relevante para o desenvolvimento socioeconômico dos países e regiões onde atuam, conforme os
diferentes estágios em que se encontram, em cenários tanto de estabilidade quanto de crise.

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Segundo a resolução CMN nº 394, de 1976, em seu artigo 1º, os bancos de desenvolvimento, ape-
sar de serem obrigatoriamente públicos, não podem pertencer ao governo federal. Por esse moti-
vo, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é caracterizado como uma
agência de fomento e não banco de desenvolvimento.
Seu objetivo é o de proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos recursos necessários ao
financiamento, a médio e longo prazos, de programas e projetos que visem promover o desenvol-
vimento econômico e social dos respectivos Estados da Federação onde tenham sede, cabendo-
-lhes apoiar, prioritariamente, o setor privado.
Desde 2008, os bancos de desenvolvimento podem prestar assistência a programas e projetos de-
senvolvidos em estado limítrofe à sua área de atuação, desde que seja em caráter excepcional e
que o empreendimento vise benefícios de interesse comum.
Todas as instituições devem ser constituídas sob a forma de uma sociedade anônima, devendo
adotar em sua denominação, de forma obrigatória e privativa, a expressão “banco de desenvolvi-
mento”, seguida do nome do Estado em que tenham sede.
Para atender a seu objetivo, os Bancos de Desenvolvimento podem apoiar iniciativas que visem:
• Ampliar e icentivar a capacidade produtiva da economia;
• Assegurar melhor ordenação de setores da economia regional e o saneamento de empresas
por meio de incorporação, fusão, associação e assunção de controle acionário de acervo, liqui-
dação ou consolidação de passivo ou ativo onerosos;
• Incrementar a produção rural por meio de projetos integrados de investimentos destinados à
formação de capital fixo ou semifixo;
• Promover a incorporação e o desenvolvimento de tecnologia de produção, o aperfeiçoamento
gerencial, a formação e o aprimoramento de pessoal técnico.
Suas principais operações passivas são:

• Depósitos a prazo: Certificado de Depósito Bancário (CDB) e Recibo de De-


pósito Bancário (RDC)
• Letra Financeira (LF)
• Operações de crédito, assim entendidas as provenientes de empréstimos
e financiamentos obtidos no país ou no exterior, na forma da legislação e
regulamentação vigentes
• Operações de crédito ou contribuições do setor público federal, estadual
ou municipal
• Emissão ou endosso de cédulas hipotecárias, bem como endosso de títu-
los hipotecários previstos em lei para o crédito rural
• Outras modalidades de captação, desde que autorizadas pelo Banco Cen-
tral do Brasil

Devido ao fato de os bancos de desenvolvimento terem como principal meio de captação os recur-
sos públicos, é proibido a eles a realização de operações de redesconto – empréstimos junto ao
Banco Central do Brasil (BCB) –, conforme determina o artigo 15 da resolução CMN nº 394.

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Suas operações ativas são:

• Empréstimos e financiamentos
• Investimentos
• Arrendamento mercantil
• Outras modalidades mediante prévia autorização do Banco Central

As operações de arrendamento mercantil devem ser contratadas com o próprio vendedor dos bens
ou com pessoas jurídicas a ele vinculadas e realizadas com recursos provenientes de instituições
públicas federais de desenvolvimento.
Podem se beneficiar de créditos concedidos pelo banco de desenvolvimento:
• Pessoas físicas residentes e domiciliadas no país, desde que os recursos concedidos sejam vin-
culados à execução de projeto aprovado pelo banco e/ou à realização de capital social, ou à
aquisição do controle acionário de empresas cujas atividades tenham importância para a eco-
nomia estadual ou regional;
• Pessoas jurídicas de direito privado sediadas no país;
• Pessoas jurídicas de direito público ou entidade direta ou indiretamente por elas controladas.
Suas principais operações acessórias são:

Os bancos de desenvolvimento podem operar no mercado de câmbio (compra e


venda de moeda estrangeira) de forma restrita, realizado somente as operações
autorizadas pelo Banco Central do Brasil (BCB)

Outros Serviços

3.2.4.2 Bancos de Câmbio (BC)


São instituições financeiras autorizadas a realizar operações de câmbio, bem como operações de
crédito vinculadas a essas operações, sem nenhuma restrição.
Podem receber recursos através de depósito em conta, porém, não podem ser remuneradas nem
movimentáveis por cheque ou por meio eletrônico. Os recursos devem ser destinados exclusiva-
mente para realizar as operações fins do banco.
Segundo a resolução nº 3.426/2006, do CMN, são operações que podem ser realizadas por um ban-
co de câmbio:
I – Compra e Venda de Moeda Estrangeira;
II – Transferências de Recursos do e Para o Exterior;
III – Financiamento de Importação e Exportação; IV – Adiantamento Sobre Contrato de Câmbio;
IV – Outras Operações, Inclusive de Prestação de Serviços, Previstas na Legislação de Câmbio;

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V – Atuar, por conta própria, em bolsas de mercadorias e futuros e em mercado de balcão, em ope-
rações vinculadas a moedas estrangeiras ou vinculadas a operações de câmbio.
Além de recursos próprios, os BC podem captar recursos através de:

• Repasses de outros bancos


• Depósitos interbancários
• Recursos do exterior

Principais operações ativas:

• Financiamento para Importação e Exportação


• Adiantamento sobre Contrato de Câmbio

A principal atividade de um Banco de Câmbio é a prestação de serviço, mais detalhada no quadro


abaixo:

• Operações de câmbio (compra e venda de moeda estrangeira)


• Transferências de recursos do e para o exterior

SERVIÇOS

3.2.4.3 Sociedade de Crédito Financiamento e Investimento (SCFI) – Financeiras


As sociedades de crédito, financiamento e investimento (SCFI), conhecidas como “financeiras”, são
instituições privadas que fornecem empréstimo e financiamento para aquisição de bens, serviços e
capital de giro.
Suas principais operações ativas são:

• Empréstimos e financiamento de bens e serviços a pessoas físicas ou


jurídicas
• Financiamento de capital de giro a pessoas jurídicas
• Empréstimos consignados

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#PaiEd | Atualiza
Até Abril de 2020 as Financeiras não podiam captar através de CDB (Cerrtificado de Depósito
Bancário) o que passou a ser permitido após a publicação da Resolução CMN 4.812.

Já suas operações passivas são:

• Letras de Câmbio (LC)


• Depósito a prazo sem emissão de certificado, ou seja, somente com Reci-
bo de Depósito Bancário (RDC)
• Letra Financeira (LF)
• Recursos de instituições financeiras oficiais
• Depósito a Prazo com Garantia Especial – DPGE
• LIG – Letra Imobiliária Garantida
• CDB (NOVIDADE)

SAIBA A DIFERENÇA ENTRE EMPRÉSTIMO E FINANCIAMENTO


EMPRÉSTIMO FINANCIAMENTO
Assim como o empréstimo bancário, o financia-
mento também é um contrato entre o cliente e
É um contrato entre o cliente e a instituição financei-
a instituição financeira, mas com destinação es-
ra, pelo qual o primeiro recebe uma quantia que de-
pecífica dos recursos tomados, como, por exem-
verá ser devolvida ao banco em prazo determinado,
plo, a aquisição de veículo ou de bem imóvel. Ge-
acrescida dos juros acertados. Os recursos obtidos no
ralmente o financiamento possui algum tipo de
empréstimo não têm destinação específica.
garantia, como, por exemplo, alienação fiduciária
ou hipoteca.
O dinheiro recebido está vinculado à aquisição de
O dinheiro recebido não tem destinação obrigatória. determinado bem ou serviço como, por exemplo,
a aquisição de um veículo ou equipamento.

#PaiEd | Atualiza
Até Abril de 2020 as Financeiras não podiam captar através de CDB (Cerrtificado de Depósito
Bancário) o que passou a ser permitido após a publicação da Resolução CMN 4.812.

3.2.4.4 Sociedade de Arrendamento Mercantil (SAM)


Suas operações se assemelham a uma locação de um bem – operação essa que chamamos de “ar-
rendamento mercantil” ou “leasing”.
Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima, cuja denominação deve conter a ex-
pressão “arrendamento mercantil”. Embora sejam fiscalizadas pelo Banco Central do Brasil e rea-
lizem operações com características de um financiamento, as sociedades de arrecadamento mer-
cantil não são consideradas instituições financeiras, mas sim entidades equiparadas a instituições
financeiras, conforme artigo 1º da lei federal nº 7.492 de 1986.

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Como funciona uma operação de leasing:

O que pode ser arrendado?


Tipos de leasing Financeiro e Operacional
Arrendador Sociedade de Arrendamento Mercantil
Arrendatário
Pessoa Física ou Jurídica
(quem contrata)
Pessoa jurídica: móveis ou imóveis
Tipo de Bens
Pessoa Física: apenas bens imóveis
Origem dos bens Nacional ou importados
Ao final do contrato, o arrendatário tem as opções de efetivar a aquisição do bem arrendado ou
devolvê-lo.

Para conseguir realizar a operação de leasing, a Sociedade de Arrendamento Mercantil necessita


comprar o bem, o que deve ser feito através de recursos próprios ou por meio do seu instrumento
de captação, carazterizando-se como uma operação passiva:

• Colocação de debêntures3 de emissão pública ou particular e de notas


promissórias destinadas à oferta pública
• Empréstimos contraídos no exterior
• Empréstimos e financiamentos de instituições financeiras nacionais, inclu-
sive de repasses de recursos externos

3.2.4.5 Administradoras de Consórcio


O consórcio é um modelo em que se forma um grupo para aquisição de bens móveis ou imóveis e
serviços na forma de autofinanciamento. Na prática, os consorciados (participantes desse grupo)
depositam em uma espécie de “fundo” gerido pela Administradora de Consórcio.

3 Debêntures é um valor mobiliário emitido por sociedades por ações, representativo de dívida, que assegura a seus
detentores o direito de crédito contra a companhia emissora.

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A Administradora de Consórcio é uma pessoa jurídica que presta serviço e tem como seu objeto
social principal a administração de grupo de consórcio, e pode ser constituída sob a forma de so-
ciedade limitada ou sociedade anônima.
As administradoras de consórcio estão sob normatização, autorização e supervisão do Banco Cen-
tral do Brasil, para o qual devem enviar, periodicamente, informações contábeis e não contábeis
sobre as operações realizadas. Além disso, as questões relativas a consórcio estão sujeitas ao Có-
digo de Defesa do Consumidor (CDC), cabendo aos órgãos pertencentes ao Sistema Nacional de
Defesa do Consumidor (Procon, por exemplo) fazer a mediação de questões entre clientes e admi-
nistradoras de consórcio.
A remuneração da administradora se dá através da taxa de administração, que é um percentual do
bem ou serviço que serve de referência para o consórcio. A adesão do consorciado ao plano se dá
através da assinatura do contrato de participação.
Existem duas formas possíveis de o consorciado ser contemplado para adquirir o seu bem ou servi-
ço: sorteio ou lance.
Os bens e direitos adquiridos pela administradora em nome do grupo de consórcio, inclusive os
decorrentes de garantia, bem como seus rendimentos, não se comunicam com o seu patrimônio,
considerando que:
I – não integram o ativo da administradora;
II – não respondem direta ou indiretamente por qualquer obrigação da administradora;
III – não compõem o elenco de bens e direitos da administradora, para efeito de liquidação judicial
ou extrajudicial;
IV – não podem ser dados em garantia de débito da administradora.

As Administradoras de Consórcio não realizam intermediação financeira. Apenas rea-


lizam gestão de recursos de terceiros e o seu ganho está na taxa de administração que
os consorciados pagam.

3.2.4.6 Administradoras de Cartão de Crédito e Instituições de Pagamento


As administradoras de cartão de crédito são as instituições que emitem o cartão de crédito. Impor-
tante ressaltar que não se pode confundir a administradora do cartão (emissora) com a bandeira
do cartão de crédito. A bandeira (Visa, Mastercard, American Express, Diners, Elo, entre outros) é
a responsável pela comunicação da transação para a administradora. Já as administradoras são as
responsáveis pela oferta do cartão de crédito junto ao cliente. As maiores administradoras no nosso
país são os grandes bancos.
Quando a administradora do cartão de crédito for uma instituição financeira, ela sofrerá fiscaliza-
ção do Bacen. Quando a emissora não for uma instituição financeira, essa operação não terá fisca-
lização da autarquia.
Existem duas categorias de cartão de crédito: básico e diferenciado.

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No básico, pode-se apenas realizar pagamentos de bens e serviços nos estabelecimentos creden-
ciados. Já o cartão diferenciado, pode, além de pagamentos, estar associado a programas de bene-
fícios, como, por exemplo, pontos por utilização, milhas aéreas, seguros e atendimento diferencia-
do no exterior.
A remuneração das administradoras se dá a partir de um percentual do valor das compras realiza-
das no cartão de crédito, que deve ser pago pelo estabelecimento comercial onde ocorreu a com-
pra e também com as taxas abaixo, que podem ser cobradas do usuário:
1. Anuidade
2. Emissão de segunda via de cartão
3. Saque em espécie no cartão de crédito
4. Pagamento de contas através do cartão de crédito
5. Pedido de avaliação emergencial de crédito
Ainda pode ser citada a receita financeira, que ocorre quando o usuário decide parcelar ou pagar
um valor inferior ao total da fatura do cartão de crédito. Quando isso ocorre, as taxas cobradas do
usuário são muito altas e essa receita fica com a administradora do cartão. Em janeiro de 2016, a
taxa ao ano para esse tipo de operação chegou a incríveis 431%.
Já as instituições de pagamento, segundo definição do Banco Central, são: “Pessoas Jurídicas não
financeiras que executam os serviços de pagamento no âmbito do arranjo de pagamentos e que
são responsáveis pelo relacionamento com os usuários finais do serviço de pagamento”.
Para um melhor entendimento, a definição de Arranjo de Pagamentos, também segundo o Banco
Central, diz que:
“Um arranjo de pagamento é o conjunto de regras e procedimentos que disci-
plina a prestação de determinado serviço de pagamento ao público. Já o serviço
de pagamento disciplinado no âmbito do arranjo é o conjunto de atividades que
pode envolver aporte e saque de recursos, emissão de instrumento de pagamen-
to, gestão de uma conta que sirva para realizar pagamento, credenciamento para
aceitação de um instrumento de pagamento, remessa de fundos, dentre outras
listadas no inciso III do art. 6º da Lei 12.865, de 9 de outubro de 2013.
São exemplos de arranjos de pagamento os procedimentos utilizados para reali-
zar compras com cartões de crédito, débito e pré-pago, seja em moeda nacional
ou em moeda estrangeira. Os serviços de transferência e remessas de recursos
também são arranjos de pagamentos.”
A lei nº 12.865, de 2013, sobre os arranjos de pagamentos e instituições de paga-
mento, fez-se necessária por conta do advento da tecnologia, que mudou e vem
mudando a forma de se realizar pagamentos e transferências de recursos. Não
se tinha, até 2013, uma legislação clara sobre o assunto, e muitas empresas co-
meçaram a explorar o mercado de pagamentos, aproveitando o crescimento das
compras on-line, principalmente.

Para entender melhor a operação de uma instituição de pagamento, imagine que exista uma mi-
croempresa que venda produtos pela internet. Certamente seria um custo alto desenvolver uma
plataforma de pagamento da própria empresa. Por esse motivo é que se contrata uma “instituição
de pagamento”, para, dentro do site dessa microempresa, realizar a solução de pagamento pela
internet. O fluxo de compra e repasse se dá dessa forma:

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A lei nº 12.865, em seu artigo 12, fala claramente sobre o espaço de tempo em que os recursos fi-
cam na instituição de pagamento:
Art. 12. Os recursos mantidos em contas de pagamento:
I – constituem patrimônio separado, que não se confunde com o da instituição de pagamento;
II – não respondem direta ou indiretamente por nenhuma obrigação da instituição de paga-
mento nem podem ser objeto de arresto, sequestro, busca e apreensão ou qualquer outro ato
de constrição judicial em função de débitos de responsabilidade da instituição de pagamento;
III – não compõem o ativo da instituição de pagamento, para efeito de falência ou liquidação
judicial ou extrajudicial; e
IV – não podem ser dados em garantia de débitos assumidos pela instituição de pagamento.

As administradoras de Cartão de Crédito e também as Instituições de Pagamentos não


realizam operações ativas de captação. A receita advém das taxas cobradas e também
das operações financeiras, quando realizadas.

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AULA 04

4. SERVIÇOS BANCÁRIOS E FINANCEIROS

Nesse capítulo vamos estudar os principais temas que irão fazer parte do seu dia a dia no trabalho
no BNB. Serviços bancários e as operações de crédito são os temas mais importamtes para o seu
trabalho e eu acredito que a banca organizadora, cesgranrio vai ser coerente na escolha dos de
suas questões, por isso, vamos focar e detonar tudo que o PAI vai escrever aqui para você!

4.1 DEPÓSITO À VISTA – CONTA CORRENTE


Olá, sou o Pai Ed, e hoje vamos falar sobre um tema muito importante no mundo bancário: a Aber-
tura, Manutenção e Encerramento de Contas de Depósitos. Este é um processo essencial no setor
financeiro e é regulamentado pela Resolução nº 4.753, de 26 de Setembro de 2019 do Banco Cen-
tral do Brasil. Vamos destrinchar essa resolução para entender melhor cada etapa

Abertura de Contas
1. Verificação de Identidade e Qualificação: As instituições financeiras devem adotar procedi-
mentos para verificar e validar a identidade dos titulares da conta e, quando necessário, de
seus representantes. Isso inclui autenticar as informações fornecidas e compará-las com ban-
cos de dados públicos ou privados.
2. Simplificação em Casos Específicos: Em certas situações, é permitido um processo de qualifica-
ção simplificado, mas é preciso estabelecer limites de saldo e movimentação.
3. Contas de Menores de Idade: No caso de contas de titulares menores de idade ou incapazes,
também é necessário identificar e qualificar o responsável legal.
4. Atualização de Informações: As instituições devem manter atualizadas as informações de iden-
tificação e qualificação dos titulares e seus representantes.
5. Prevenção a Lavagem de Dinheiro: Todos esses procedimentos devem estar em conformidade
com as leis de prevenção à lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo.

Informações essenciais Abertura de contas


I. Procedimentos para identificação e qualificação do(s) titular(es) da conta;
II. Procedimentos para cobrança de tarifas e aos prazos para fornecimento de comprovantes e de
outros documentos;
III. Medidas de segurança para fins de movimentação da conta;
IV. Eventuais limites de saldo mantido em conta e de aportes de recursos;
V. Procedimentos para atualização das informações do(s) titular(es);
VI. Previsão de inclusão do nome do depositante no Cadastro de Emitentes de Cheque sem Fundos
(CCF); e
VII. Hipóteses, condições e procedimentos para o encerramento da conta.

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Manutenção de Contas
1. Contrato de Serviços: O contrato deve abordar, entre outros pontos, os procedimentos para
identificação e qualificação dos titulares, características da conta, medidas de segurança, direi-
tos e deveres dos titulares, e procedimentos para atualização de informações.
2. Fornecimento do Contrato: As instituições devem fornecer uma cópia do contrato de presta-
ção de serviços por qualquer canal disponível, inclusive eletrônico.
3. Informações Essenciais: Antes da contratação, é obrigatório fornecer um prospecto com infor-
mações essenciais sobre a conta.

Encerramento de Contas
1. Comunicação e Providências: Para encerrar uma conta, é preciso uma comunicação formal en-
tre as partes, indicando os motivos da rescisão e as providências a serem tomadas.
2. Destinação do Saldo: O cliente deve informar o que será feito com o saldo restante na conta,
seja transferência para outra conta ou retirada em espécie.
3. Devolução de Cheques: É necessário devolver ou cancelar folhas de cheque não utilizadas.
4. Informações Finais: A instituição deve informar o titular sobre o prazo para encerramento e os
procedimentos para quitação de compromissos.
5. Possibilidade de Encerramento com Cheques Sustados: Mesmo na presença de cheques sus-
tados, revogados ou cancelados, a conta pode ser encerrada.

4.2 DEPÓSITO A PRAZO – CDB E RDB


O CDB e RDB são exemplos de título privado de renda fixa para a captação de recursos de investi-
dores pessoas físicas ou jurídicas por parte dos bancos. Ambos podem serem emitido por bancos
comerciais, bancos de investimento e bancos múltiplos, com pelo menos uma dessas carteiras des-
critas, e Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento – Financeiras.

Rentabilidade

TIPO O QUE É EXEMPLO


1% ao mês
Prefixada Investidor sabe o quanto vai ganhar no momento da aplicação
12% ao ano
Investidor sabe a taxa que remunera, mas não consegue caculuar no 93% do CDI
Pos Fixada
momento do investimento os juros, pois depende de algum indexador Selic
Alguns autores utilizam termologia para definir quando a rentabilidade
tem uma parte pré e outra pós, embore eu não concorde, pois entendo 5% aa + IPCA
Hibrida
que hibrido é apenas uma subdivisão dos pós fixado, já que também 0,5% am + TR
não é permitido o calculo da rentabilidade

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Quando essa rentabilidade pos fixada é possível de ser calculada diariamente, ou seja, oscila diaria-
mente, como taxas de CDI e Selic, podemos chama-la de Flutuante.
Liquidez: o CDB pode ser negociado no mercado secundário. O CDB também pode ser resgatado
antes do prazo final caso o banco emissor concorde em resgatá-lo. No caso de resgate anterior ao
prazo final, devem ser respeitados os prazos mínimos. Os CDBs não podem ser indexados à va-
riação cambial. Quando o investidor deseja obter um rendimento atrelado à variação cambial, é
necessário fazer um contrato de swap paralelo ao CDB, conhecido também como “CDB swapado”.

4.2.1 DIFERENÇA ENTRE CDB X RDB

CDB (Certificado de Depósito Bancário) RDB (Recibo de Depósito Bancário)


Geralmente não possui liquidez diária, sen-
Pode oferecer liquidez diária ou no venci- do resgatado apenas no vencimento. Quan-
Liquidez
mento, dependendo do contrato. do tem liquidez diária é com perda de ren-
tabilidade
Coberto pelo FGC (Fundo Garantidor de Também garantido pelo FGC até o limite es-
Garantia
Créditos) até um limite estabelecido. tabelecido.
Pode ser negociado antes do vencimento, Não é negociável, deve ser mantido até o
Negociação
dependendo do acordo. vencimento.
Endossado Permite a transferência via endosso Não pode ser endossado, é intrasferível.

IMPORTANTE!
Possuem cobertura do FGC até o limite vigente, atualmente de R$ 250.000,00.

4.3 FUNDOS DE INVESTIMENTO

INTRODUÇÃO A FUNDOS DE INVESTIMENTO


Os fundos de investimento representam uma das formas mais populares de aplicar dinheiro no
mercado financeiro. Eles funcionam como um “condomínio” de investidores, onde cada partici-
pante contribui com uma parcela do capital. Esse capital é então gerido por um profissional ou
uma equipe, que decide como e onde investir, buscando a melhor rentabilidade possível dentro da
estratégia do fundo.
Na tabela a seguir, fiz uma comparação de investir em fundos em relação a investimento individual,
ou seja, a diferença em optar por investimento coletivo (fundos) comparando para investimentos
individuais (CDB, LCI, Ações, Debêntures, Títulos Públicos etc)

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Investimento Individual vs Coletivo

CRITÉRIO INVESTIMENTO INDIVIDUAL INVESTIMENTO COLETIVO (FUNDOS)


Total controle sobre as decisões de inves- Tercerização das decisões, tomadas pelo
Controle
timento. gestor do fundo.
Limitada à capacidade do investidor em Maior diversificação, mesmo com peque-
Diversificação
diversificar. nos valores.
Conhecimento Exige mais conhecimento e pesquisa do Gestão profissional, não requer conheci-
Técnico investidor. mento aprofundado.
Taxas de administração e, em alguns ca-
Custos Custos de transação por conta própria.
sos, de performance.
Acesso a Depende do capital e do acesso do inves- Acesso a uma gama mais ampla de ativos
Investimentos tidor. e estratégias.

Vantagens e Desvantagens de Investir em Fundos


Vantagens
• Diversificação: Fundos permitem a distribuição do capital em diferentes ativos, reduzindo ris-
cos.
• Gestão Profissional: Benefício de ter especialistas tomando decisões de investimento.
• Acessibilidade: Mesmo com valores menores, é possível acessar mercados e ativos diversifica-
dos.
• Praticidade: Facilidade na gestão do portfólio, pois o investidor não precisa escolher cada ativo
individualmente.
Desvantagens
• Custos: Incidência de taxas de administração e, em alguns casos, taxas de performance.
• Menos Controle: O investidor não tem controle direto sobre as escolhas de investimentos es-
pecíficos.
• Riscos Associados: Riscos relacionados à gestão do fundo e ao desempenho dos ativos nele
contidos.
Comparando com investimentos individuais como CDB, LCI, Debêntures, Ações etc., os fundos de
investimento oferecem uma maneira mais prática e diversificada de investir, mas podem vir com
custos adicionais e menor controle sobre as escolhas específicas de ativos. A escolha entre investi-
mento individual e coletivo depende muito do perfil, conhecimento, e objetivos do investidor.

Patrimônio Líquido (PL) Revisado


O Patrimônio Líquido de um fundo de investimento reflete seu valor total após todas as movimen-
tações e rendimentos.

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Valor da Cota

O valor da cota deve estar associado a classe ou subclasse que ela pertence, ou seja, para o cálculo
do valor da cota de uma classe, utiliza-se o patrimônio liquido e a quantidade de cotas somente
daquela classe em questão. O mesmo acontece com as subclasses.
Exemplo: Se uma classe de cotas tem um patrimônio líquido de R$ 2 milhões e 1 milhão de cotas,
cada cota vale R$ 2.
O valor da cota é essencial para determinar tanto o valor do investimento inicial quanto o retorno
do investimento ao longo do tempo. Esse cálculo fornece transparência e permite que o investidor
acompanhe a performance de seu investimento.

REGIME ABERTO E REGIME FECHADO


REGIME ABERTOS
Classe de cotas que permite que os cotistas possam solicitar o resgate de suas cotas a qualquer
tempo.
O número de cotas dessa classe do fundo é variável, ou seja, quando um cotista aplica, novas cotas
são geradas, e o administrador compra ativos para o fundo; quando um cotista resgata, suas cotas
desaparecem, e o administrador é obrigado a vender ativos para pagar o resgate. Por esse motivo,
as cotas de classes abertas são recomendados para abrigar ativos com liquidez mais alta.
REGIME FECHADOS
O cotista só pode resgatar suas cotas ao término do prazo de duração do fundo ou em virtude de
sua eventual liquidação.
Ainda há a possibilidade de resgate dessas cotas caso haja deliberação nesse sentido por parte da
assembleia geral dos cotistas ou haja essa previsão no regulamento do fundo. Esses fundos têm um
prazo de vida predefinido e o cotista que aplicar em fundos com classe de regme fechado, somente
recebe sua aplicação de volta após haver decorrido esse prazo, quando, então, o fundo é liquidado.

CLASSE DE COTAS: RESTRITAS, EXCLUSIVAS E PREVIDÊNCIÁRIAS

Cotas Restritas
• Público-Alvo: Investidores qualificados e profissionais.
• Particularidades: Empregados ou sócios dos prestadores de serviços essenciais do fundo e par-
tes relacionadas podem ser cotistas, se houver autorização expressa.
• Finalidade: Destinam-se a investidores com alto grau de conhecimento do mercado e capacida-
de de assumir riscos maiores.

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Cotas Exclusivas
• Público-Alvo: Um único investidor profissional, ou um grupo restrito de investidores com vín-
culos societários familiares ou interesses comuns indissociáveis.
• Características: São fundos sob medida, criados para atender às necessidades específicas de
investidores com objetivos de investimento alinhados.
• Status: A classe exclusiva é tratada como um investidor profissional, o que implica acesso a in-
vestimentos mais sofisticados e riscos potencialmente maiores.

Cotas Previdenciárias
• Público-Alvo: Entidades de previdência privada abertas ou fechadas, e regimes próprios de
previdência social de qualquer esfera governamental.
• Especificidade: São especializadas na aplicação de recursos destinados à formação de reservas
de longo prazo para benefícios previdenciários.
• Status: Assim como as cotas exclusivas, são consideradas investidor profissional, dada a nature-
za especializada e o montante significativo de recursos que administram.
Cada uma dessas classes de cotas é criada com o intuito de atender a perfis de investidores e obje-
tivos específicos, levando em conta o nível de sofisticação e as necessidades particulares de cada
grupo.

Tabela Resumida: Classes de Cotas

TIPO DE COTA PÚBLICO-ALVO CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS


Acesso condicionado a certos grupos re-
Restrita Investidores qualificados e profissionais.
lacionados ao fundo com autorização.
Investidor profissional único ou grupo Sob medida, considerada como investi-
Exclusiva
vinculado. dor profissional.
Foco em reservas de longo prazo para
Entidades de previdência privada (aberta
Previdenciária complemento ou formação de aposenta-
e fechada) e regimes próprios.
doria

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
Os fundos de investimento contam com vários prestadores de serviços essenciais, cada um com
papéis e responsabilidades distintas. Vamos explorar esses papéis e as alterações trazidas pela Ins-
trução CVM 175.

ADMINISTRADOR
• Responsável Legal pelo fundo de investimento. Contrata todos os demais prestadores de serviços em
conjunto com Gestor.
• Remunerado pelas taxas cobradas pelo fundo.

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GESTOR
• Compra e venda dos ativos. Decisão
• Compartilha risco com o Administrador
• O gestor é responsável pela observância dos limites de composição e concentração de carteira e de
concentração em fatores de risco.
CUSTODIANTE
• Guarda dos ativos. Controle das cotas. Acata ordens do Administrador e Gestor.
DISTRIBUIDOR
• Venda e oferta das cotas
• Precisa estar certificado
AUDITOR INDEPENDENTE
• Auditoria independente. No mínimo uma por ano.
• Exceção se o fundo tiver menos de 90 dias de vida.

PATRIMÔNIO LIQUIDO NEGATIVO


O Patrimônio Líquido Negativo ocorre quando as dívidas e obrigações de um fundo de investimen-
to superam o valor total de seus ativos. É uma situação atípica e preocupante, pois indica que o
fundo não tem recursos suficientes para cobrir suas responsabilidades. Nessas situações situação
obriga que o administrador elabore um plano de resolução o que deve fazer em conjunto com o
gestor.

Impacto para o Cotista


Há dois cenários principais a considerar quanto ao impacto nos cotistas:

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1. Cotistas de RESPONSABILIDADE LIMITADA


• Definição: São cotistas cuja perda máxima está limitada ao valor investido.
• Impacto: Se o fundo tiver patrimônio líquido negativo, esses cotistas perdem o valor inves-
tido, mas não têm responsabilidade adicional sobre o déficit do fundo.
2. Demais Cotistas
• Definição: Cotistas que não têm a proteção da responsabilidade limitada.
• Impacto: Além de perderem o valor investido, podem ter que contribuir com mais recursos
para cobrir o déficit do fundo.

TIPO DE COTISTA RESPONSABILIDADE MÁXIMA EXEMPLO DE IMPACTO


Cotistas de Se investiram R$ 10.000,
Perda do valor investido
Responsabilidade Limitada perdem R$ 10.000.
Perda do investimento + Se investiram R$ 10.000, podem
Demais Cotistas
contribuições adicionais perder mais do que isso.

IMPORTANTE: cotista deve atestar que possui ciência dos riscos derivados de sua responsabi-
lidade ilimitada no termo de adesão, caso adere uma cota de uma classe ou subclasse que não
seja de responsabilidade limitada.

REMUNERAÇÃO
As taxas em fundos de investimento são cruciais para o entendimento do investidor, pois afetam
diretamente a rentabilidade. Vamos explicar cada uma delas detalhadamente

Taxa de Administração
• Definição: É uma taxa cobrada para remunerar os serviços administrativos do fundo.
• Periodicidade: Expressa ao ano e deduzida diariamente.
• Base de Cálculo: Sobre o patrimônio líquido, considerando ganhos ou perdas.
• Impacto na Rentabilidade: A rentabilidade divulgada já é líquida desta taxa.
• Forma de Cobrança: Pode ser uma porcentagem do PL ou um valor fixo.

Taxa Máxima de Gestão e de Distribuição


• Objetivo: Remunera o Gestor e o Distribuidor, respectivamente, pelo trabalho de escolha e ge-
renciamento dos investimentos do fundo
• Antes 175 vs Atual: Anteriormente essas taxas eram embutidas na taxa de administração, ou
seja, Admnistrador combinava separadamente com o distribuidor uma taxa, conhecida como
taxa de rebate, agora são cobradas separadamente.
• Transparência: Esta segregação visa evitar conflitos de interesse.

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• Periodicidade: Expressa ao ano, calculada e deduzida diariamente.


• Base de Cálculo: Sobre o patrimônio líquido do fundo.
• Conflitos de Interesse: A proibição de "rebate" aos distribuidores busca eliminar incentivos que
poderiam gerar conflitos.

PRINCIPAIS BENCHMARK
Todo fundo de investimento deve ter um Benchmark, que é um índice que serve de referência para
comparar a rentabilidade relativa (% de rentabilidade do fundo em relação ao benchmark) e auxi-
liar o investidor em suas decisões, que as mesmas não sejam baseadas em apenas renatabilidade
absoluta (o quanto o fundo rendeu).
O comportamento de um fundo em relação ao seu benchmark é o seu objetivo, que pode ser:
1. GESTÃO PASSIVA (FUNDO INDEXADO): os fundos passivos são aqueles que buscam acompa-
nhar um determinado “benchmark” e, por essa razão, seus gestores têm menos liberdade na
seleção de ativos.
2. GESTÃO ATIVA: são considerados ativos aqueles em que o gestor atua buscando obter melhor
desempenho, assumindo posições que julgue propícias para superar o seu “benchmark”.

PRINCIPAIS INDÍCES:

Renda fixa
1. DI: as negociações entre os bancos (lastro em títulos privados) geram a taxa DI, referência para
a maior parte dos títulos de renda fixa ofertados ao investidor. É hoje o principal benchmark do
mercado.
2. SELIC: taxa de juros calculada com base nas negociações entre os bancos, quando o lastro é
títulos públicos.
3. IPCA: principal índice de inflação do país. Utilizado no sistema de metas do Copom. Calculado e
divulgado pelo IBGE.

Renda Variável
1. Ibovespa: índice que acompanha a evolução média das cotações das ações negociadas na bol-
sa. É o valor atual, em moeda corrente, de uma carteira teórica de ações, integrada pelas ações
que, em conjunto, representaram 80% do volume transacionado (maior liquidez) à vista nos
doze meses anteriores à formação da carteira.
2. IBrX: Índice Brasil de Ações, composto por uma carteira teórica de 100 ações selecionadas na
Bovespa em ordem decrescente por liquidez em termos de seu índice de negociabilidade (nú-
mero de negócios e volume financeiro medidos nos últimos doze meses).

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FUNDOS DE INVESTIMENTOS FINANCEIROS – FIF


A política de investimento de um fundo é um documento que define os objetivos, estratégias e
critérios de seleção de ativos do fundo. Ela é essencial para os investidores, pois fornece informa-
ções importantes sobre o fundo, como o seu perfil de risco e retorno, os ativos em que investe e as
regras de administração.
A política de investimento deve definir as estratégias de investimento do fundo, como:
• Alocação de ativos: definir a proporção de ativos de renda fixa e variável que o fundo irá investir.
• Seleção de ativos: definir os critérios que serão utilizados para selecionar os ativos que o fundo
irá investir.
A política de investimento deve definir os critérios que serão utilizados para selecionar os ativos
que o fundo irá investir. Esses critérios podem ser baseados em fatores como:
• Risco: o fundo pode investir em ativos de alto, médio ou baixo risco.
• Retorno: o fundo pode investir em ativos que têm o potencial de gerar retornos altos, médios
ou baixos.
• Liquidez: o fundo pode investir em ativos que são fáceis de vender, ou seja, que têm boa liqui-
dez.
Quanto a política de investimento, os fundos de investimento financeiro – FIF, se classificam em
(Tipificação):
1. Fundos de Investimento em Ações;
2. Fundos de Investimento Cambial;
3. Fundos de Investimento Multimercado; e
4. Fundos de Investimento em Renda Fixa
4.1 Fundos de Investimento em Renda Fixa de Curto Prazo
4.2 Fundos de Investimento em Renda Fixa Referênciado
4.3 Fundos de Investimento em Renda Fixa da Dívida Externa
4.4 Fundos de Investimento em Renda Fixa Simples

4.3.1 FUNDOS DE AÇÕES

Objetivos e Estratégias
Os FIAs têm como principal objetivo proporcionar aos investidores uma exposição ao mercado de
ações, buscando capturar o crescimento econômico e a valorização de empresas listadas em bolsa.
Eles são adequados para investidores que buscam maior potencial de retorno e estão dispostos a
aceitar um nível mais elevado de risco associado às flutuações do mercado de ações.

Composição do Patrimônio
O patrimônio líquido do FIA deve ser composto de, no mínimo, 67% de ativos relacionados ao mer-
cado de ações, que incluem:

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• Ações e certificados de depósito de ações listados em mercados organizados.


• Bônus e recibos de subscrição também listados em mercados organizados.
• Cotas de outros FIAs.
• ETFs de ações.
• BDRs de ações e BDRs de ETFs de ações.

4.3.2 FUNDOS CAMBIAL

Fator de Risco Principal


Variação Cambial: O principal fator de risco destes fundos é a variação de preços de moeda estran-
geira ou do cupom cambial. Isso significa que o desempenho do fundo está diretamente ligado às
mudanças nas taxas de câmbio.

Composição da Carteira
Ativos Relacionados ao Câmbio: Para estar em conformidade com a regulamentação, pelo menos
80% da carteira deve ser composta por ativos que tenham relação direta com moedas estrangeiras
ou que repliquem a variação cambial por meio de derivativos.

4.3.3 FUNDOS MULTIMERCADO

Estratégia de Investimento
• Diversificação de Fatores de Risco: Os Fundos Multimercado são caracterizados pela política
de investimento que envolve diversos fatores de risco, sem se concentrar especificamente em
nenhum deles.
• Flexibilidade: Esta categoria de fundo tem a liberdade de alterar suas alocações entre diferen-
tes tipos de ativos conforme as condições de mercado e as perspectivas do gestor.

Regras de Alocação
• Sem Limites Rígidos de Concentração: Os investimentos em ativos normalmente associados a
fundos de ações não estão sujeitos a limites de concentração por emissor, desde que isso esteja
previsto no regulamento e informado no termo de adesão.

4.3.4 FUNDOS DE RENDA FIXA

Fator de Risco Principal


Variação de Taxa de Juros e Índice de Preços: O principal fator de risco desses fundos é a variação
nas taxas de juros e nos índices de preços, o que impacta diretamente o valor dos ativos de renda
fixa.

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Composição da Carteira
Alocação em Ativos de Renda Fixa: Pelo menos 80% da carteira deve ser composta por ativos re-
lacionados diretamente ou sintetizados via derivativos ao fator de risco de renda fixa, como títulos
públicos, títulos corporativos, debêntures, entre outros.
As subclassificações dos Fundos de Investimento em Renda Fixa permitem aos investidores esco-
lher estratégias que melhor atendam a seus objetivos de investimento e tolerância ao risco. Os
fundos de Renda Fixa se subdividem em mais 4 tipos de fundos, são eles:
• Fundos de Renda Fixa de Curto Prazo
• Fundos de Renda Fixa Referênciados
• Fundos de Renda Fixa da Dívida Externa
• Fundos de Renda Fixa Simples

4.3.5 FUNDOS DE RENDA FIXA DE CURTO PRAZO

Objetivo e Estratégia
Investimento em Ativos de Curto Prazo: O foco está em investimentos que oferecem menor risco e
maior liquidez, ideal para investidores que buscam uma alternativa conservadora com horizonte de
investimento de curto prazo.

Composição da Carteira
• Títulos com Prazos Curtos: O fundo deve investir exclusivamente em títulos públicos ou priva-
dos com prazo máximo de 375 dias e prazo médio da carteira inferior a 60 dias.
• Ativos de Baixo Risco de Crédito: Inclui títulos privados considerados de baixo risco pelo gestor.
• ETFs Relacionados: ETFs que invistam em títulos semelhantes também são permitidos.
• Operações Compromissadas: Utilização de operações compromissadas lastreadas em títulos
públicos federais.

Uso de Derivativos
• Proteção da Carteira (Hedge): Derivativos podem ser utilizados, mas somente com o objetivo
de proteger a carteira contra riscos.

4.3.6 FUNDOS DE RENDA FIXA REFERENCIADO

Objetivo e Estratégia
• Replicação de Índice: O principal objetivo é investir em ativos que, direta ou indiretamente,
acompanham o desempenho de um determinado índice de referência.
• Inclusão do Sufixo 'Referenciada': A denominação do fundo deve incluir o sufixo "Referencia-
da", seguido do nome do índice que o fundo busca replicar.

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Composição da Carteira
• Alocação em Ativos Seguros: No mínimo 80% do patrimônio líquido deve estar investido em
ativos de baixo risco, tais como:
• Títulos da dívida pública federal.
• Ativos financeiros de renda fixa considerados de baixo risco de crédito.
• ETFs que investem predominantemente nos ativos mencionados acima.
• Acompanhar o Benchmark: menos 95% do seu patrimônio líquido esteja investido em ativos
que acompanham, direta ou indiretamente, determinado índice de referência

Uso de Derivativos
Hedge: A utilização de derivativos é restrita a operações com o objetivo de proteger (hedge) as po-
sições detidas à vista, até o limite destas.

4.3.7 FUNDOS DE RENDA FIXA DÍVIDA EXTERNA

Objetivo e Estratégia
• Foco em Títulos da Dívida Externa: Investimento primário em títulos representativos da dívida
externa do Brasil.
• Denominação 'Dívida Externa': A denominação do fundo deve incluir o sufixo "Dívida Externa".

Composição da Carteira
• Alocação Mínima: No mínimo 80% do patrimônio líquido do fundo deve estar investido em
títulos da dívida externa brasileira.
• Custódia Internacional: Os títulos devem ser mantidos em contas de custódia no sistema Euro-
clear ou Clearstream Banking.

Restrições
• Limites de Concentração: O total de emissão ou coobrigação de uma mesma entidade não
pode exceder 10% do patrimônio líquido do fundo.
• Proibição de Manutenção de Recursos no País: Com exceções específicas, os recursos capta-
dos pelo fundo não devem ser mantidos ou aplicados no Brasil.

4.3.8 FUNDOS DE RENDA FIXA SIMPLES

Objetivo e Estratégia
Investimento Conservador: Destinado a oferecer uma opção de investimento simplificada e con-
servadora, priorizando a segurança e a previsibilidade dos retornos.

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Composição da Carteira
Alocação em Ativos Seguros: O fundo deve alocar no mínimo 95% do patrimônio líquido em:
• Títulos da dívida pública federal.
• Títulos de renda fixa emitidos ou coobrigados por instituições financeiras com classificação de
risco elevada.
• Operações compromissadas lastreadas em títulos da dívida pública ou títulos de instituições
autorizadas pelo Banco Central.

Uso de Derivativos
Hedge: Permitido somente para operações de proteção da carteira, limitadas ao hedge.

Restrições
• Vedação de Taxa de Performance: Não é permitida a cobrança de taxa de performance, mes-
mo em casos de fundos com tratamento fiscal de longo prazo.
• Proibições Adicionais: Incluem a proibição de investimentos no exterior, concentração em cré-
ditos privados, transformação em classe fechada e mudanças de tipo.

Exceções – Importante
• Dispensa de Termo de Adesão e Verificação de Perfil: O ingresso na classe "Renda Fixa – Sim-
ples" é dispensado de recolher o termo de adesão e de verificar a adequação do investimento
ao perfil do cliente.

4.3.9 RESUMO DOS FUNDOS

COMPOSIÇÃO DA PRINCIPAIS
TIPO DE FUNDO OBJETIVO/FOCO
CARTEIRA CARACTERÍSTICAS
Exposição ao Mín. 67% em ações e Alto potencial de
Fundos de Ações
mercado acionário valores relacionados retorno, maior risco
Exposição a Mín. 80% em ativos Diversificação e
Fundos Cambiais
variações cambiais relacionados ao câmbio hedge cambial
Flexibilidade e
Vários ativos sem
Fundos Multimercado Diversificação de riscos diversificação de
concentração específica
estratégias
Investimentos Títulos de renda fixa. Menor risco e
Fundos de Renda Fixa
menor risco Min 80% volatilidade
Títulos de curto prazo,
Renda Fixa Baixo risco, liquidez,
Menor risco e liquidez até 375 dias prazo
de Curto Prazo menor retorno
médio menor 60 dias

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COMPOSIÇÃO DA PRINCIPAIS
TIPO DE FUNDO OBJETIVO/FOCO
CARTEIRA CARACTERÍSTICAS
Mínimo 95% dos ativos
Renda Fixa Replicar índice Transparência,
alinhados a um índice
Referenciada específico alinhamento com índice
de referência
Exposição à moeda
Renda Fixa Exposição a dívida Mínimo de 80% em
estrangeira,
Dívida Externa externa títulos da dívida externa
diversificação
Baixo risco,
Investimento Mínimo 95% em títulos
Renda Fixa Simples simplicidade,
simplificado públicos/federais
acessibilidade

4.4 CADERNETA DE POUPANÇA


Possui total liquidez, porém com perda de rentabilidade. Remunera sobre o menor saldo do perío-
do.
Rentabilidade: Em maio de 2012 a caderneta de poupança teve uma alteração na rentabilidade
paga aos investidores. Com objetivo de evitar a migração de recursos investidos em títulos públicos
para poupança (efeito observado com queda da taxa de juros) o governo limitou o ganho das cader-
netas de poupança a 70% da taxa de juros, ficando assim:

Periodicidade de pagamento dos juros:


• Pessoa Física e PJ Imunes: Mensal (0,5% ao mês)
• Pessoa Jurídica: Trimestral (1,5% ao trimestre)
Dadas de depósito: Aplicações realizadas nos dias 29, 30 e 31 de cada mês, terão como data de
aniversário o dia 01 do mês subsequente.
Podem captar através de poupança somente as Instituições Financeiras que fazem parte do Siste-
ma Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE)

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1. Caixa Econômica Federal – CEF


2. Sociedade de Crédito Imobiliário – SCI
3. Associações de Poupança e Empréstimos – APE
4. Bancos Múltiplos com carteira de SCI.
5. Cooperativas de Crédito – CC
OBS: As Companhias Hipotecárias não podem captar através de Poupança.
Garantias: Aplicações em cadernetas de poupança estão cobertas pelo Fundo Garantidor de Cré-
dito – FGC até o limite vigente que atualmente é de R$ 250.000,00. Poupanças da CEF são 100%
cobertas pelo governo federal.
De maneira geral as cadernetas de poupança não permitem a cobrança de tarifas, porém algumas
operações realizadas em uma conta poupança PODEM gerar cobrança de tarifa, tais como: Mais de
2 saques mensais, fornecimento de cartão magnético adicional, entre outras. A manutenção da
conta é SEMPRE ISENTA.

4.5 TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO


O título de capitalização é um meio de guardar dinheiro, de forma programada, para realizar um
plano: fazer uma viagem, uma reforma, uma festa, programar seus estudos ou ainda ajudar a me-
lhorar a sua empresa. E, ao mesmo tempo em que você junta dinheiro, concorre a diversos prêmios.
Os valores pagos pelo subscritor “Prêmio” são dividido em três cotas:

Os títulos são estruturados, quanto a sua forma de pagamento, em PM, PP e PU.

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4.5.1 MODALIDADES DE TÍTULOS


Modalidade I: Compra-Programada – O titular pode optar por bem ou serviço, descrito na ficha de
cadastro, subsidiado por acordos comerciais com indústrias ou empresas comerciais. Praticamente
não está mais sendo comercializada.
Modalidade II: Filantropia Premiável – destinada ao consumidor interessado em participar de sor-
teios, lhe sendo facultada a opção de contribuir com entidades beneficentes de assistência sociais,
por meio da cessão a essas entidades do direito de resgate do saldo capitalizado.
Modalidade III: Incentivo – o título de capitalização está vinculado a promoções comerciais institu-
ídas por empresas promotoras (subscritoras do título), sendo que o consumidor tem direito apenas
a participar dos sorteios, sem acesso ao resgate do saldo capitalizado, que pertence ao subscritor
do título.
Modalidade IV: Instrumento de Garantia – o titular pode utilizar o saldo de capitalização do título
para assegurar o cumprimento de obrigação assumida em contrato principal pelo titular perante
terceiro. O saldo capitalizado não pode ser utilizado para aquisição de bem ou serviço.
Modalidade V: Popular – esta modalidade tem por objetivo a participação do titular em sorteios,
propiciando, ao final da vigência, devolução de valor inferior ao total pago. Nesta modalidade, as
Condições Gerias deverão conter, em destaque, a seguinte mensagem: “Este título restituirá ao
final de sua vigência valor inferior ao total dos pagamentos efetuados. A contratação deste título é
apropriada principalmente na hipótese de o consumidor estar interessado em capitalizar parte da
contribuição e participar dos sorteios. Consulte a tabela para observar a evolução do percentual de
resgate, de acordo com os meses de vigência do título.”
Modalidade IV: Tradicional – trata de modalidade que objetiva restituir ao titular, ao final do prazo
de vigência, no mínimo, o valor total dos pagamentos efetuados pelo subscritor, pessoa que adqui-
riu o título, desde que todos os pagamentos previstos tenham sido realizados nas datas programa-
das.

4.5.2 PRAZOS

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Resumo (Fonte, site da Susep)

4.6 PREVIDÊNCIA PRIVADA


Previdência Social é aquela referente ao benefício pago pelo INSS aos trabalhadores. Ela funciona
como um seguro controlado pelo governo, garantindo que o trabalhador continue a receber uma
renda quando se aposentar, mas que também não fique desamparado em caso de gravidez, aci-
dente ou doença.
Previdência Privada, como o próprio nome sugere, é uma opção do indivíduo. Também chamada
de Previdência Complementar, ela estabelece a formação de uma reserva a ser usada tanto para
complementar a renda recebida pelo INSS, quanto para realizar um projeto de vida, como o paga-
mento da faculdade dos filhos ou investir em um negócio próprio.

4.6.1 TAXAS DE ADMINISTRAÇÃO


Refere-se às despesas com a gestão financeira do fundo, contratada a uma empresa especializada.
A cobrança ocorre durante toda a fase de contribuição e incide sobre o capital total, incluindo o
rendimento. Esse custo é regulamentado pelo Banco Central e pela Comissão de Valores Mobiliá-
rios (quando o fundo tiver aplicações em renda variável).
O percentual da taxa tem que ser aprovado pela Susep e constar do contrato. Nos planos VGBL e
PGBL, o custo varia de 0,5% a 4% ao ano, em geral sendo cobrada diariamente.
É cobrada pela tarefa de administrar o dinheiro do fundo de investimento exclusivo, criado para o
seu plano, e pode variar de acordo com as condições comerciais do plano contratado. Os que têm
fundos com investimentos em ações, por serem mais complexos, normalmente têm taxas um pou-
co maiores do que aqueles que investem apenas em renda fixa.

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4.6.2 TAXAS DE CARREGAMENTO


Corresponde às despesas administrativas das instituições financeiras com pessoal, emissão de do-
cumentos e lucro. É cobrada logo na entrada do plano e a cada depósito ou contribuição que você
faz. Isso quer dizer que, se esse custo for de 5%, a cada R$ 100,00 investidos só R$ 95,00 vão ser
creditados efetivamente no seu plano. Em outras palavras, quanto maior o percentual, menor a fa-
tia da contribuição ou depósito feita por você que vai “engordar” o seu capital.
As instituições financeiras têm liberdade de cobrar taxas de até 10% nos planos VGBL e PGBL, com
aprovação da Susep, mas a concorrência forte impede a imposição desse limite.
Ela serve para cobrir despesas de corretagem e administração. Na maioria dos casos, a cobrança
dessa taxa não ultrapassa 5% sobre o valor de cada contribuição que você fizer. No mercado há três
formas de taxa de carregamento, dependendo do plano contratado. São elas:
1. Antecipada: incide no momento do aporte. Esta taxa é decrescente em função do valor do
aporte e do montante acumulado. Ou seja, quanto maior o valor do aporte ou quanto maior o
montante acumulado, menor será a taxa de carregamento antecipada.
2. Postecipada: incide somente em caso de portabilidade ou resgates. É decrescente em função
do tempo de permanência no plano, podendo chegar a zero. Ou seja, quanto maior o tempo de
permanência, menor será a taxa.
3. Híbrida: a cobrança ocorre tanto na entrada (no ingresso de aportes ao plano), quanto na saída
(na ocorrência de resgates ou portabilidades). Como você pode ver, existem produtos que ex-
tinguem a cobrança dessa taxa após certo tempo de aplicação. Outros atrelam esse percentual
ao saldo investido: quanto maior o volume aplicado, menor a taxa. Nos dois casos, não deixe de
pesquisar antes de escolher seu plano de previdência.

4.6.3 PORTABILIDADE
É a transferência, parcial ou total, do saldo acumulado entre fundos do plano contrato, ou para ou-
tros planos, outra seguradora ou Entidade Aberta de Previdência Complementar – EAPC, durante
o período de acumulação, por vontade do titular.

Transferências Entre Planos


Não é permitido mudar de modalidade, ou seja, de um VGBL para um PGBL e vice-versa. Se quiser
fazê-lo, o investidor deverá resgatar seus recursos e aplicar tudo de novo no outro plano, o que im-
plicará cobrança de IR sobre o dinheiro retirado, conforme regime tributário escolhido e vigente à
época do resgate.

4.6.4 RESGATES
Uma das formas de sair do plano, ou seja, de utilizar a reserva acumulada, pode ser o resgate total,
caso o cliente não queira passar a receber uma renda mensal. Para essa opção, há duas formas dis-
poníveis de resgate:
• Resgate programado: são definidas datas certas para a retirada do dinheiro. Os recursos que
continuarem no plano permanecerão rendendo.

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• Resgate total: é a alternativa mais barata para o usuário, mas não é indicada para quem não
tem experiência em gerir seu patrimônio. Afinal, se o dinheiro ficar parado, deixará de render.

IMPORTANTE: No caso de resgate total ou de parte dos recursos antes da data de saída estipu-
lada, é preciso ficar atento às regras de carência para resgate.

4.6.5 FASE DE BENEFÍCIOS

Renda Vitalícia Pagamento de uma renda mensal por toda a vida ao participante.
Pagamento de uma renda mensal por toda a vida ao participante. Caso
Renda Vitalícia com
ocorra o seu falecimento, a renda é revertida ao beneficiário indicado até
Prazo Mínimo Garantido o cumprimento do prazo garantido.
Pagamento de uma renda mensal por toda a vida ao participante. Após o
Renda Vitalícia
seu falecimento, um percentual da renda, será revertida ao beneficiário
Reversível ao Beneficiário indicado.
Pagamento de uma renda mensal ao participante, durante o prazo
Renda Temporária
definido.

Proteção Adicional

Pensão Prazo Certo Pagamento mensal ao beneficiário indicado durante o prazo definido.
Pagamento de uma renda mensal por toda a vida, ao beneficiário indicado
Pensão ao Cônjuge
pelo participante, caso ocorra o seu falecimento.
Pagamento de uma renda mensal ao beneficiário menor indicado ( até
Pensão aos Menores
que complete 21 anos), caso ocorra o falecimento do participante.
Pagamento de uma renda mensal por toda a vida ao participante, no caso
Renda por Invalidez com
de invalidez total e permanente. Caso ocorra o seu falecimento, a renda é
Prazo Mínimo Garantido revertida ao beneficiário indicado até o cumprimento do prazo garantido.
Pagamento único ao beneficiário indicado, em decorrência da morte do
Pecúlio por Morte
segurado.

4.6.6 PLANO GERADOR DE BENEFÍCIOS LIVRES (PGBL)


O PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) é mais vantajoso para aqueles que fazem a declaração
do imposto de rend’a pelo formulário completo. É uma aplicação em que incide risco, já que não
há garantia de rentabilidade, que inclusive pode ser negativa. Ainda assim, em caso de ganho, ele é
repassado integralmente ao participante.
O resgate pode ser feito no prazo de 60 dias de duas formas: de uma única vez, ou transformado
em parcelas mensais. Também pode ser abatido até 12% da renda bruta anual do Imposto de
Renda e tem taxa de carregamento. É comercializado por seguradoras. Com o PGBL, o dinheiro é
colocado em um fundo de investimento exclusivo, administrado por uma empresa especializada na
gestão de recursos de terceiros e é fiscalizado pelo Banco Central.

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4.6.7 VIDA GERADOR DE BENEFÍCIOS LIVRES (VGBL)


O VGBL, ou Vida Gerador de Benefício Livre, é aconselhável para aqueles que não têm renda tribu-
tável, já que não é dedutível do Imposto de Renda, ainda que seja necessário o pagamento de IR
sobre o ganho de capital.
Nesse tipo de produto, também não existe uma garantia de rentabilidade mínima, ainda que todo o
rendimento seja repassado ao integrante. O primeiro resgate pode ser feito em prazo que varia de
dois meses a dois anos. A partir do segundo ano, também pode ser feita a cada dois meses. Possui
taxa de carregamento.

4.6.8 PGBL X VGBL

PGBL VGBL
Permite abater da base de cálculo do IR os
Dedução aportes realizados anualmente ao plano Não permite abater do IR
de IR até um limite máximo de 12% (*) da renda os aportes ao plano.
bruta tributável do investidor.
Essa dedução não significa que os aportes
feitos na Previdência são isentos de IR.
Incidência O IR incidirá apenas sobre os rendimentos
Haverá incidência do IR sobre o valor total
de IR do plano e não sobre o total acumulado.
do resgate ou da renda recebida quando
eles ocorrerem.
Indicado para quem usa a declaração
simplificada ou é isento ou para quem já
Perfil Indicado para as pessoas que optam pela
investe em um PGBL, mas quer investir
Investidor declaração completa do Imposto de Renda.
mais de 12% de sua renda bruta em
previdência privada.

4.7 SEGUROS
Seguro é um instrumento de proteção contra risco de perda financeira. É uma forma de gerencia-
mento de risco contra acidentes e perdas incertas.
O Seguro é um contrato envolvendo duas ou mais partes em que uma age como segurador, com o
dever de indenizar a outra, o segurado, em caso de ocorrência de um evento determinado sinistro.

4.7.1 GLOSSÁRIO
Apólice: documento emitido pela sociedade seguradora formalizando a aceitação da cobertura so-
licitada pelo proponente, nos planos individuais, ou pelo estipulante, nos planos coletivos.
Beneficiário: pessoa física ou jurídica designada para receber os valores dos capitais segurados, na
hipótese de ocorrência do sinistro.

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No seguro prestamista, o primeiro beneficiário é o credor, a quem deverá ser paga a indenização,
no valor a que tem direito em decorrência da obrigação a que o seguro está atrelado, limitado ao
capital segurado contratado.
Carregamento: importância destinada a atender às despesas administrativas e de comercialização
do plano.
Período de diferimento: período compreendido entre a data de início de vigência da cobertura por
sobrevivência e a data contratualmente prevista para início do pagamento do capital segurado.
Prêmio: valor correspondente a cada um dos pagamentos destinados ao custeio do seguro.
Proponente: o interessado em contratar a cobertura (ou coberturas), ou aderir ao contrato, no caso
de contratação coletiva.
Riscos excluídos: são aqueles riscos, previstos nas condições gerais e/ou especiais, que não serão
cobertos pelo plano.
Sinistro: a ocorrência do risco coberto, durante o período de vigência do plano de seguro.
Fiz esse quadro resumo com os principais tipos de seguros:

4.7.2 TIPOS DE SEGUROS

TIPOS DE SEGUROS O QUE É


Estes seguros têm por objetivo garantir o pagamento de uma indenização ao
segurado ou aos seus beneficiários, observadas as condições contratuais e as
garantias contratadas. Como exemplos de seguros de pessoas, temos: seguro de
Seguro de Pessoas vida, seguro funeral, seguro de acidentes pessoais, seguro educacional, seguro
viagem, seguro prestamista, seguro de diária por internação hospitalar, seguro
desemprego (perda de renda), seguro de diária de incapacidade temporária e
seguro de perda de certificado de habilitação de voo.
Embora seja um tipo de seguro de pessoas, achei importante destacar esse
tipo de seguro, pois é muito utilizado em bancos, já que o Seguro Prestamista
Seguro Prestamista objetiva o pagamento de prestações ou a quitação do saldo devedor de bens ou
planos de financiamento adquiridos pelo segurado, em caso de morte, invalidez
permanente, invalidez temporária.
O Seguro Rural é um dos mais importantes instrumentos de política agrícola, por
permitir ao produtor proteger-se contra perdas decorrentes principalmente de
fenômenos climáticos adversos. Contudo, é mais abrangente, cobrindo não só a
Seguro Rural
atividade agrícola, mas também a atividade pecuária, o patrimônio do produtor
rural, seus produtos, o crédito para comercialização desses produtos, além do
seguro de vida dos produtores.
Há duas modalidades no Seguro de Automóveis: Valor Determinado e Valor
de Mercado Referenciado. As Seguradoras podem oferecer a contratação
apenas na modalidade Valor Determinado, apenas na modalidade Valor de
Seguro de automóveis
Mercado Referenciado, ou em ambas. O segurado deverá contratar o seguro na
modalidade que mais lhe convier, dentre as oferecidas pela Seguradora de sua
escolha

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TIPOS DE SEGUROS O QUE É


É o Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores
de Vias Terrestres, ou por sua Carga, a Pessoas Transportadas ou Não (Seguro
DPVAT DPVAT), criado com a finalidade de amparar as vítimas de acidentes de trânsito
em todo o território nacional, não importando de quem seja a culpa dos
acidentes.
O seguro de Garantia Estendida tem como objetivo fornecer ao segurado,
Seguro Garantia facultativamente e mediante o pagamento de prêmio, a extensão temporal
Estendida da garantia do fornecedor de um bem adquirido e, quando prevista, sua
complementação.

4.7.3 MERCADO DE SEGUROS NO BRASIL

4.8 ARRECADAÇÃO E COBRANÇA


Convênios de arrecadação e pagamentos são acordos firmados entre instituições financeiras e em-
presas (normalmente concessionárias de serviços públicos, órgãos governamentais para tributos,
INSS, etc.) para facilitar o pagamento de contas, tributos, e outros serviços pelo consumidor.
Por meio desses convênios, você pode pagar a conta de luz, água, telefone, tributos como IPTU e
IPVA, e até contribuições ao INSS diretamente pelo banco, seja no caixa, caixas eletrônicos, inter-
net banking ou aplicativos de celular. A ideia é simplificar a vida do consumidor, permitindo que ele
realize diversos pagamentos em um único local, de forma segura e rápida.
Como Funciona?
Quando você paga uma conta através de um banco, o valor é transferido eletronicamente para a
empresa ou órgão conveniado. O banco atua como um intermediário, coletando e repassando os
pagamentos recebidos. Esse sistema não apenas facilita o processo de pagamento para o usuário,
mas também assegura que as empresas recebam seus pagamentos de forma eficiente.

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4.8.1 SERVIÇO DE COBRANÇA


O serviço de cobrança é utilizado por empresas para gerenciar o recebimento de valores devidos
por clientes. Por meio de um contrato com o banco, a empresa pode emitir boletos bancários, por
exemplo, que são pagáveis em qualquer agência bancária ou serviço de internet banking. O banco
se encarrega de processar esses pagamentos e repassar os valores à empresa, normalmente co-
brando uma taxa pelo serviço. Isso elimina a necessidade de a empresa manter um sistema próprio
de cobrança, reduzindo custos e otimizando o processo de recebimento.

4.8.2 EMPRÉSTIMOS CONSIGNADOS


O empréstimo consignado é uma modalidade de crédito onde o pagamento da parcela é desconta-
do diretamente na folha de pagamento do cliente (seja ele servidor público, aposentado do INSS,
ou funcionário de empresa privada com convênio). Isso significa que, antes mesmo de o dinheiro
cair na conta do cliente, a parcela do empréstimo já foi paga ao banco.

Como Funciona para o Banco e para o Cliente?


• Para o Banco: O empréstimo consignado oferece menor risco de inadimplência, pois o paga-
mento é garantido pelo desconto direto na folha de pagamento. Isso permite que o banco ofe-
reça taxas de juros mais baixas em comparação a outras modalidades de crédito pessoal.
• Para o Cliente: Além de acessar taxas de juros mais atrativas, o cliente tem a comodidade de
não precisar se preocupar com o pagamento mensal, uma vez que ele é automático. Porém, é
importante que o cliente esteja ciente de que o valor do empréstimo consignado afetará seu
salário ou benefício líquido, sendo crucial planejar bem seus compromissos financeiros.

Consignados em Convênios de Arrecadação/Pagamentos


Alguns convênios também permitem o pagamento de empréstimos consignados diretamente na
folha de pagamento. Isso facilita a vida do cliente que, ao adquirir um empréstimo ou financiamen-
to, não precisa se preocupar com boletos ou datas de pagamento. Tudo é automatizado, garantindo
tranquilidade e segurança tanto para quem paga quanto para quem recebe.
Espero que essa explicação tenha ajudado a entender melhor esses conceitos tão importantes no
mundo financeiro. Como sempre, se tiverem mais dúvidas ou precisarem de mais informações, es-
tou aqui para ajudar!

4.9 SPB – SISTEMA DE PAGAMENTOS BRASILEIRO


O Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) é um tema complexo, mas vou tentar simplificar para
você. Pense no SPB como um grande e complexo mecanismo que garante que o dinheiro circule de
forma segura, rápida e eficiente em todo o país. Ele é dividido em duas grandes partes: Infraestru-
turas do Mercado Financeiro (IMF) e Arranjos de Pagamento.

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Infraestruturas do Mercado Financeiro (IMF)


Este segmento é formado pelas Instituições Operadoras de Sistemas do Mercado Financeiro (IOS-
MF) e pelos Sistemas do Mercado Financeiro (SMF). Basicamente, os SMF são um conjunto de re-
gras, procedimentos e estruturas operacionais que permitem realizar atividades muito importantes
para o funcionamento do sistema financeiro, como:
• Liquidação de pagamentos: Quando o dinheiro é transferido de uma conta para outra para
concluir uma transação.
• Depósito centralizado: Quando ativos ou dinheiro são guardados em uma instituição central
para segurança e eficiência.
• Registro de Ativos Financeiros (AF): O ato de documentar a posse e as transações de ativos
como ações e títulos.
Essas atividades são cruciais para a economia, pois garantem que os mercados financeiros operem
de maneira eficiente e segura. O Banco Central do Brasil (BC) tem um papel vital aqui, pois trabalha
para assegurar que essas infraestruturas sejam sólidas e estejam sempre melhorando, garantindo a
estabilidade financeira do país.

4.9.1 ARRANJOS DE PAGAMENTO


Este segmento inclui todos os sistemas e regras que organizam como os serviços de pagamento são
oferecidos ao público. Isso abrange coisas com as quais você provavelmente já está familiarizado,
como o Pix e os cartões de crédito. Além disso, engloba tanto as empresas que criam esses siste-
mas (os instituidores dos arranjos) quanto as que participam deles, sejam elas bancos ou institui-
ções de pagamento.
O interessante dos arranjos de pagamento é que eles tornam possível realizar pagamentos e trans-
ferências de forma rápida e segura, facilitando o dia a dia de todos nós, seja pagando uma conta de
luz via Pix ou comprando algo com o cartão de crédito.
Em resumo, o SPB é como o sistema circulatório da economia do Brasil, com o Banco Central agin-
do como o coração, garantindo que tudo funcione como deve. Espero que essa explicação tenha
ajudado a esclarecer um pouco sobre o que é o SPB e como ele funciona!

Fonte: BACEN

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4.9.2 SISTEMAS OPERADOS PELO BACEN


O BC é o responsável pela gestão e operação dos seguintes Sistemas do Mercado Financeiro (SMF):
• Sistema de Transferência de Reservas (STR)
• Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI)
• Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic)
O STR e o SPI são sistemas de pagamento (transferências de fundos). O Selic é um sistema de li-
quidação e de depósito centralizado dos títulos da dívida pública mobiliária interna emitidos pelo
Tesouro Nacional (ativos financeiros), além de ser o responsável pelo eventual registro de ônus e
gravames sobre tais títulos. Todos os SMFs operados pelo BC utilizam o modelo de liquidação bruta
em tempo real.

Sistema de Transferência de Reservas (STR)


O Sistema de Transferência de Reservas (STR) é o coração do Sistema de Pagamentos Brasileiro
(SPB), onde ocorre a liquidação final de todas as obrigações financeiras no Brasil.
A transferência de fundos no STR é irrevogável, isto é, só é possível “desfazer” uma transação por
meio de outra transação no sentido contrário. Além disso, para garantir a solidez do sistema, no STR
não há possibilidade de lançamentos a descoberto (não se admite saldo negativo).
O STR, é um sistema que faz liquidação bruta em tempo real (LBTR), ou seja, que processa e liquida
transação por transação.

Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI)


O Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) é a infraestrutura centralizada e única para liquida-
ção de pagamentos instantâneos entre instituições distintas no Brasil.
A operação do SPI, gerida pelo BCB, teve início em Novembro de 2020.
O SPI é um sistema que faz liquidação bruta em tempo real (LBTR), ou seja, que processa e liquida
transação por transação. Uma vez liquidadas, as transações são irrevogáveis.

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Os pagamentos instantâneos são liquidados com lançamentos nas contas de propósito específico
que as instituições participantes diretos do sistema mantêm no BCB, denominadas Contas Paga-
mento Instantâneo (Contas PI). Para garantir a solidez do sistema, não há possibilidade de lança-
mentos a descoberto, isso é, não se admite saldo negativo nas Contas PI.

Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic)


O Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) é o sistema em que se efetua a custódia e se
registram as transações com a maioria dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional.
O Selic, gerido pelo Banco Central (BC), é uma infraestrutura do mercado financeiro (IMF). Como
infraestrutura, o Selic faz parte do Sistema de Pagamentos Brasileiros (SPB).
As infraestruturas do mercado financeiro como um todo desempenham um papel fund​amental no
âmbito do Sistema Financeiro Nacional (SFN). Seu funcionamento adequado é essencial para a es-
tabilidade financeira e condição necessária para salvaguardar os canais de transmissão da política
monetária.
O sistema Selic é fundamental em possíveis casos de falência ou insolvência de instituições finan-
ceiras. A liquidação em tempo real e o registro das transações com títulos públicos federais em seu
banco de dados pode coibir fraudes e prevenir o contágio em outras instituições.

4.9.3 SISTEMAS AUTORIZADOS PELO BACEN


À exceção dos sistemas operados pelo Banco Central do Brasil (BC), compete ao BC e/ou à Co-
missão de Valores Mobiliários (CVM) – conforme área de atuação de cada Autarquia – autorizar o
funcionamento de Sistemas do Mercado Financeiro (SMF) no âmbito do Sistema de Pagamentos
Brasileiro (SPB).
Nesse contexto, as principais instituições autorizadas pelo BC:
I. Centralizadora da Compensação de Cheques (COMPE)
II. Sistema de Transferência de Fundos (SITRAF)
III. Sistema de Liquidação Diferida das Transferências Interbancárias de Ordens de Crédito (SILOC)
IV. C3 Registradora
V. Câmara B3

4.9.4 CENTRALIZADORA DA COMPENSAÇÃO DE CHEQUES (COMPE)


A Compensação de cheques é um serviço regulamentado pelo Banco Central do Brasil – BCB – e
operacionalizado pelo Banco do Brasil (Executante), por meio da Centralizadora da Compensação
de Cheques – Compe.
A Compe é o sistema responsável pelo processamento da compensação interbancária dos che-
ques, que é realizada por acerto de contas entre as Instituições Financeiras (IF Sacada e IF Acolhe-
dora) dos cheques acolhidos. O processamento se dá por meio da troca de arquivos contendo os
dados e imagens digitalizadas, capturados eletronicamente pela IF Acolhedora e remetidos à Com-
pe.

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Motivos de Devolução

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Fique tranquilo cabeção, não precisa DECORAR todos os motivos, mas eu recomendo conhecer
aqueles que são responsáveis pela inclusão do cliente no Cadastro de Emitentes de Cheques Sem
Fundos – CCF

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AULA 05

5. OPERAÇÕES DE CRÉDITO BANCÁRIO

Fala Cabeção! Vamos mergulhar no universo das operações de crédito, um tema fundamental tan-
to para instituições financeiras quanto para quem busca financiamento ou empréstimos. Do que
adianta o banco captar recurso se ele não consegue emprestar na outra ponta? Essa é a importân-
cia do crédito, fundamental para existência e lucros dos bancos, como do BNB onde você vai traba-
lhar! Vem com o PAI!

5.1 FUNDAMENTOS DO CRÉDITO


O crédito é uma ferramenta financeira essencial que permite a indivíduos ou empresas acessar
recursos financeiros hoje, com a promessa de reembolso no futuro, geralmente com juros. Ele de-
sempenha um papel crucial na economia, facilitando o consumo, investimentos e a gestão eficaz do
dinheiro.
Crédito é, basicamente, a confiança que uma parte (credor) tem na capacidade de outra parte (de-
vedor) de pagar uma dívida. Essa confiança se traduz na disposição do credor em emprestar dinhei-
ro ou recursos com a expectativa de ser reembolsado no futuro.

5.1.1 CONCEITO DE CRÉDITO


O crédito é mais do que apenas um acordo financeiro entre um credor e um devedor; é um pilar
fundamental da economia moderna. Ele permite que indivíduos e empresas tenham acesso a re-
cursos que de outra forma não estariam disponíveis, facilitando investimentos, consumo e a expan-
são de negócios. Para as instituições financeiras, o crédito é uma de suas principais atividades, não
só como um produto oferecido aos clientes, mas também como uma importante fonte de receita.
A importância do crédito para as instituições financeiras é dupla. Primeiro, permite que elas em-
preguem os recursos captados de investidores e depositantes de forma produtiva, gerando em-
préstimos e financiamentos para consumidores e empresas. Segundo, o crédito é uma fonte signi-
ficativa de lucro para os bancos e outras entidades financeiras, através do spread bancário, que é a
diferença entre o que a instituição paga pelos recursos captados e o que ela cobra para emprestá-
-los.

Spread Bancário
O spread bancário é essencialmente a diferença entre as taxas de juros que os bancos cobram
ao emprestar dinheiro e as taxas que pagam aos seus depositantes ou investidores. Por exemplo,
imagine que um banco capte recursos por meio de um Certificado de Depósito Bancário (CDB) ofe-
recendo uma taxa de juros de 10% ao ano. Em seguida, o banco empresta esses mesmos recursos a
um cliente através de um Crédito Direto ao Consumidor (CDC) a uma taxa de 25% ao ano. O spread
bancário, neste caso, seria de 15% ao ano, representando a margem bruta de lucro do banco na
operação.

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Composição do Spread Bancário


O spread bancário não é apenas lucro. Ele é composto por diversos fatores, incluindo:
• Custos Administrativos: Despesas operacionais do banco, como salários, aluguéis e sistemas
de tecnologia.
• Inadimplência: Cobertura para possíveis perdas com empréstimos que não serão reembolsa-
dos.
• Tributos e Contribuições: Impostos e outras contribuições obrigatórias.
• Margem de Lucro: A parte que efetivamente representa o lucro do banco na operação.

Exemplo Prático
Vamos considerar um exemplo simplificado:

• Captação via CDB: 10% ao ano.


• Empréstimo via CDC: 25% ao ano.
• Spread Bancário: 15% ao ano.
Desse spread:
• 3% podem ser destinados a cobrir custos administrativos.
• 2% para cobrir a inadimplência.
• 1% para tributos e contribuições.
• 4% representam a margem de lucro do banco.
Esse exemplo ilustra como o spread bancário não reflete apenas o lucro, mas também os custos e
riscos associados à concessão de crédito.
Em suma, o crédito é vital não apenas para o desenvolvimento econômico e a realização de proje-
tos pessoais e empresariais, mas também para a saúde financeira das instituições que o fornecem.
Compreender como o crédito funciona e os fatores que influenciam seu custo é crucial tanto para
quem busca crédito quanto para quem o oferece.

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5.1.2 ELEMENTOS DO CRÉDITO


Os elementos do crédito são fundamentais para compreender como as instituições financeiras ava-
liam a viabilidade de conceder crédito a um solicitante. Estes elementos estão intrinsecamente re-
lacionados à metodologia dos 5C's do crédito, que é uma ferramenta amplamente utilizada para
essa avaliação. Vamos integrar esses conceitos para mostrar como cada "C" se alinha aos elementos
essenciais do crédito e diferenciá-los quando necessário.

Elementos Essenciais do Crédito


Quando falamos sobre os elementos do crédito, referimo-nos a fatores como a capacidade de paga-
mento do devedor, o capital ou recursos próprios que ele possui, as condições econômicas gerais, o
colateral ou garantias oferecidas e, finalmente, a confiança ou caráter do devedor. Esses elementos
são cruciais para qualquer análise de crédito, pois oferecem uma visão holística da situação finan-
ceira do solicitante e dos riscos envolvidos na operação de crédito.
• Capacidade de pagamento: A habilidade do devedor de cumprir com as obrigações do crédito.
• Capital: Os recursos que o devedor possui que podem servir como garantia de pagamento.
• Condições: As circunstâncias externas que podem afetar a capacidade de pagamento do deve-
dor, como a situação econômica.
• Colateral: Ativos ou garantias fornecidas pelo devedor para assegurar o crédito.
• Confiança: A percepção do credor sobre a honestidade e confiabilidade do devedor

5.1.3 A METODOLOGIA DOS 5C'S


1. Caráter (Confiança): Reflete a confiança no devedor, baseada em seu histórico de crédito e
comportamento de pagamento. Este “C” está diretamente relacionado ao elemento de con-
fiança no crédito, avaliando a probabilidade de o devedor honrar suas obrigações.
2. Capacidade: Avalia a habilidade do devedor de pagar o empréstimo, considerando sua renda
e despesas. Esse aspecto se alinha ao elemento de capacidade de pagamento, analisando se o
solicitante possui fluxo de caixa suficiente para cumprir com os pagamentos.
3. Capital: Examina os recursos próprios do devedor que podem ser usados como uma camada
extra de segurança para o credor. Esse “C” corresponde ao capital no crédito, indicando a soli-
dez financeira do solicitante.
4. Colateral (Garantias): Refere-se aos bens ou ativos oferecidos como garantia no empréstimo.
Esse conceito está ligado ao colateral no crédito, servindo como uma segurança adicional para
o credor em caso de inadimplência.
5. Condições: Considera o ambiente econômico e as condições específicas do empréstimo. Esse
“C” relaciona-se com as condições no crédito, incluindo fatores externos que podem impactar
a capacidade do devedor de cumprir com suas obrigações.

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Diferenciação e Integração
Embora a metodologia dos 5C’s e os elementos do crédito compartilhem semelhanças, a aborda-
gem dos 5C’s oferece um framework mais estruturado para a análise de crédito. Os elementos do
crédito fornecem as bases para essa análise, enquanto os 5C’s apresentam uma forma prática e
sistematizada de aplicar esses conceitos na avaliação do risco de crédito.
Integrar a compreensão dos elementos fundamentais do crédito com a metodologia dos 5C’s per-
mite às instituições financeiras realizar avaliações de crédito mais profundas e informadas, equili-
brando o risco com a oportunidade de negócio. Esta abordagem holística é essencial para a tomada
de decisões de crédito responsáveis e sustentáveis.

5.1.4 REQUISITOS DO CRÉDITO


Para que o crédito seja concedido, são necessários alguns requisitos fundamentais:

5.1.5 CREDIT SCORE E BEHAVIOUR SCORE


• Credit Score: Avaliação numérica da capacidade de crédito de um indivíduo, baseada em seu
histórico de crédito. Quanto maior o score, maior a probabilidade de o devedor ser considera-
do confiável.
• Behaviour Score: Avaliação que considera o comportamento de pagamento recente do deve-
dor, incluindo como ele gerencia suas contas e créditos atuais.
Diferença entre eles: Enquanto o Credit Score foca no histórico de crédito a longo prazo, o Beha-
viour Score é mais dinâmico, refletindo mudanças recentes no comportamento financeiro do deve-
dor.

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Espero que esta exploração dos fundamentos do crédito forneça uma base sólida para entender
como as operações de crédito funcionam e o que as instituições financeiras consideram ao avaliar
solicitações de crédito, vamos para o próximo tema?

5.2 RISCOS DA ATIVIDADE BANCÁRIA


No mundo das finanças, especialmente no que diz respeito às operações de crédito, o risco é uma
constante. As instituições financeiras, ao concederem crédito, expõem-se a diversos tipos de riscos
que podem impactar não apenas a saúde financeira da própria instituição, mas também a estabili-
dade do sistema financeiro como um todo. Compreender esses riscos é fundamental para a gestão
eficaz do crédito e para a manutenção de um sistema financeiro robusto e resiliente.

O Que São Riscos nas Operações de Crédito?


Riscos nas operações de crédito referem-se à possibilidade de ocorrência de eventos que resultem
em perdas financeiras para as instituições credoras. Essas perdas podem surgir de diversas fontes,
como a incapacidade de um devedor de cumprir com suas obrigações financeiras, mudanças nas
condições de mercado que afetem o valor de garantias, ou até mesmo eventos sistêmicos que im-
pactem a economia como um todo.

Importância da Gestão de Riscos


A gestão eficaz desses riscos é crucial para as instituições financeiras. Ela não só protege a institui-
ção contra perdas potenciais, como também assegura a confiança do mercado e dos clientes. As
estratégias de gestão de riscos incluem a adequada avaliação de crédito, a diversificação de portfó-
lio, o estabelecimento de limites de exposição ao risco, e a implementação de sistemas eficazes de
monitoramento e controle de riscos.

5.2.1 RISCO DE CRÉDITO


O risco de crédito é um dos conceitos mais fundamentais no mundo das finanças, especialmente
em operações de crédito. Ele reflete a possibilidade de uma instituição financeira ou credor sofrer
perdas devido à incapacidade de um devedor de cumprir com suas obrigações financeiras nos ter-
mos acordados. Este risco é inerente a qualquer empréstimo ou linha de crédito e varia conforme a
situação financeira do devedor, o ambiente econômico e outras condições específicas da operação.

Conceito
Risco de crédito abrange não apenas o risco de inadimplência total ou parcial, mas também o risco
de atraso nos pagamentos e a redução na qualidade creditícia do devedor que pode afetar ne-
gativamente o valor de recuperação do crédito. Ele está presente tanto em operações de crédito
tradicionais, como empréstimos e financiamentos, quanto em instrumentos financeiros complexos,
como derivativos e títulos de dívida.

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Exemplo Prático
Imagine uma instituição financeira que empresta R$ 100.000 a uma empresa para capital de giro. O
acordo prevê a quitação do empréstimo em 12 meses, com juros. Se, durante esse período, a em-
presa enfrentar dificuldades financeiras devido à queda nas vendas e não conseguir pagar o emprés-
timo, o banco enfrentará o risco de crédito. A perda pode ser total, caso a empresa vá à falência, ou
parcial, se a empresa renegociar o empréstimo sob condições menos favoráveis para o banco.

Derivação do Risco de Crédito em Risco de Contraparte


O risco de contraparte é uma forma específica de risco de crédito que ocorre em operações finan-
ceiras onde existe a expectativa de troca de fluxos financeiros entre as partes. Ele é mais comu-
mente associado a instrumentos derivativos, acordos de recompra (repos), e outras operações de
mercado onde o não cumprimento de uma das partes pode resultar em perdas para a outra. O risco
de contraparte destaca a importância de avaliar a capacidade financeira e a confiabilidade de todas
as entidades envolvidas em uma transação.
Por exemplo, se um banco entra em um contrato de swap de taxa de juros com uma empresa, há
um risco de que a empresa não consiga cumprir com suas obrigações financeiras se as taxas de ju-
ros se moverem contra ela de maneira significativa. Isso poderia deixar o banco com uma perda não
compensada, exemplificando o risco de contraparte.
Gestão do Risco de Crédito e de Contraparte
As instituições financeiras empregam diversas estratégias para gerenciar e mitigar o risco de crédito
e de contraparte. Estas incluem:
• Análise de crédito detalhada: Avaliação rigorosa da situação financeira do devedor antes da
concessão do crédito.
• Diversificação: Redução da exposição ao risco através da diversificação do portfólio de créditos
e contrapartes.
• Garantias: Exigência de garantias adicionais para diminuir o potencial de perda.
• Limites de exposição: Estabelecimento de limites máximos para a exposição a um único deve-
dor ou grupo de devedores relacionados.
• Monitoramento contínuo: Acompanhamento constante da posição financeira dos devedores e
das condições de mercado para identificar possíveis deteriorações.
A gestão eficaz desses riscos é essencial para manter a saúde financeira das instituições e a estabili-
dade do sistema financeiro como um todo.

1. Classificação das Operações de Crédito


As instituições financeiras devem classificar as operações de crédito em níveis de risco, de AA a H,
em ordem crescente de risco. Essa classificação é crucial, pois impacta diretamente as provisões
que as instituições devem manter para cobrir potenciais perdas.
• Níveis de Risco: AA a H
• Critérios de Avaliação incluem: situação econômico-financeira do devedor, grau de endivida-
mento, fluxo de caixa, qualidade de controles, pontualidade nos pagamentos, entre outros.

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5.2.2 PROVISÕES PARA CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA


As instituições são obrigadas a constituir provisões mensais com percentuais específicos aplicados
sobre o valor das operações, conforme o nível de risco.

NÍVEL DE PERCENTUAL DE
PRAZO DE REVISÃO
RISCO PROVISÃO
A 0,5% Anualmente para todas as operações
Semestral para operações > 5% do PL ajustado;
B 1%
Anual para os demais
Semestral para operações > 5% do PL ajustado;
C 3%
Anual para os demais
Semestral para operações > 5% do PL ajustado;
D 10%
Anual para os demais
E 30% Mensal, em caso de atraso de 91 a 120 dias
F 50% Mensal, em caso de atraso de 121 a 150 dias
G 70% Mensal, em caso de atraso de 151 a 180 dias
H 100% Mensal, em caso de atraso superior a 180 dias

• Operações com prazo superior a 36 meses: Admite-se a contagem em dobro dos prazos para a
constituição de provisão.
• Operações de baixo valor (até R$50.000,00): Podem ser classificadas de forma simplificada,
baseada em modelos internos de avaliação ou conforme os atrasos consignados, com revisão
mínima correspondente ao risco nível A.

5.2.3 RISCO DE MERCADO EM OPERAÇÕES DE CRÉDITO


O risco de mercado é um conceito fundamental no universo financeiro, especialmente no que tan-
ge às operações de crédito. Ele se refere à possibilidade de perdas resultantes de mudanças adver-
sas em variáveis de mercado, como taxas de juros, taxas de câmbio, preços de ações ou commodi-
ties. Em operações de crédito, esse risco pode impactar tanto a capacidade do devedor de cumprir
suas obrigações quanto o valor das garantias associadas ao crédito.

Como o Risco de Mercado Afeta as Operações de Crédito


• Taxas de Juros: Aumentos nas taxas de juros podem elevar o custo dos empréstimos de taxa
variável, afetando a capacidade de pagamento dos devedores.
• Taxas de Câmbio: Flutuações nas taxas de câmbio podem impactar devedores que têm recei-
tas em uma moeda e dívidas em outra, alterando significativamente seus custos de serviço da
dívida.
• Preços de Ativos: Mudanças nos preços de ativos usados como garantia (imóveis, ações, com-
modities) podem reduzir o valor de recuperação em caso de inadimplência.

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Gestão do Risco de Mercado


A gestão eficaz do risco de mercado requer uma combinação de monitoramento constante das
condições de mercado, uso de instrumentos de hedge para proteção contra flutuações adversas e
diversificação das exposições ao risco.

Exemplo Prático
Suponha uma empresa que tomou um empréstimo de taxa variável quando as taxas de juros es-
tavam relativamente baixas. Se, durante o período de reembolso, as taxas de juros subirem signi-
ficativamente devido a mudanças na política monetária, o custo do serviço da dívida da empresa
aumentará, podendo comprometer sua capacidade de pagamento.
Tabela: Impacto das Variações de Mercado nas Operações de Crédito

VARIÁVEL DE
IMPACTO POTENCIAL
MERCADO
Aumento no custo de empréstimos de taxa variável, afetando a capacidade de paga-
Taxas de Juros
mento dos devedores.
Alteração nos custos de serviço da dívida para devedores com receitas e dívidas em
Taxas de Câmbio
diferentes moedas.
Redução no valor de garantias, afetando o valor de recuperação em caso de inadim-
Preços de Ativos
plência.

Estratégias de Mitigação
• Hedging: Utilização de derivativos financeiros (como futuros, opções e swaps) para se proteger
contra movimentos adversos nas taxas de juros ou taxas de câmbio.
• Cláusulas Contratuais: Implementação de cláusulas de proteção nos contratos de crédito,
como limites de variação das taxas de juros.
• Diversificação: Diversificação das fontes de financiamento e das garantias para minimizar os
efeitos de variações em uma única classe de ativos.

A classificação da operação no nível de risco


É de responsabilidade da instituição detentora do crédito e deverá clsssificar os riscos da operação
de crédito com base em critérios consistentes e verificáveis, amparada por informações internas e
externas, contemplando, pelo menos, os seguintes aspectos:

EM RELAÇÃO AO DEVEDOR E SEUS GARANTIDORES:


• Situação econômico-financeira; • Pontualidade e atrasos nos pagamentos;
• Grau de endividamento; • Contingências;
• Capacidade de geração de resultados; • Setor de atividade econômica;
• Fluxo de caixa; • Limite de crédito.
• Administração e Qualidade de controles;

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E RELAÇÃO À OPERAÇÃO:
• Natureza e finalidade da transação;
• Características das garantias, particularmente quanto à suficiência e liquidez;
• Valor.

5.2.4 HEDGE EM OPERAÇÕES DE CRÉDITO


O hedge, ou hedging, é uma estratégia utilizada para se proteger contra riscos financeiros, especial-
mente o risco de mercado. Trata-se do processo de tomar uma posição em um mercado financeiro
para compensar a exposição a flutuações indesejadas em outra posição. Em operações de crédito,
o hedge é frequentemente empregado para mitigar os riscos associados a variações nas taxas de
juros, taxas de câmbio, ou o valor de ativos que podem afetar a capacidade de pagamento do deve-
dor ou o valor das garantias.

Como Fazer Hedge


O hedge pode ser realizado por meio de diversos instrumentos financeiros, tais como:
• Contratos Futuros: Acordos para comprar ou vender um ativo a um preço fixo em uma data
futura.
• Opções: Contratos que dão ao comprador o direito, mas não a obrigação, de comprar ou ven-
der um ativo a um preço específico antes de uma data determinada.
• Swaps: Acordos para trocar fluxos de caixa futuros, que podem estar baseados em taxas de ju-
ros, moedas, ou outros índices.

Exemplo de Hedge em Operações de Crédito


Suponhamos que uma empresa tenha tomado um empréstimo de taxa variável vinculado à taxa
Selic. Se a previsão é que as taxas de juros vão aumentar, aumentando assim o custo do serviço da
dívida, a empresa pode entrar em um swap de taxa de juros. Neste swap, a empresa concorda em
trocar seus pagamentos de juros variáveis por pagamentos fixos com outra parte. Isso efetivamente
bloqueia a taxa de juros para a empresa, protegendo-a contra o aumento das taxas de juros e esta-
bilizando seus custos de dívida.

Detalhes Importantes do Hedge


• Análise de Custo-Benefício: Antes de implementar uma estratégia de hedge, é importante rea-
lizar uma análise detalhada do custo-benefício para garantir que os custos associados ao hedge
não superem os benefícios potenciais da proteção contra riscos.
• Ajuste Dinâmico: As estratégias de hedge podem precisar ser ajustadas ao longo do tempo à
medida que as condições de mercado mudam e novas informações se tornam disponíveis.
• Especialização Requerida: Dada a complexidade de muitos instrumentos de hedge, pode ser
necessário contar com especialistas em risco financeiro para desenvolver e gerenciar estraté-
gias de hedge eficazes.

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5.2.5 RISCO SISTÊMICO


O risco sistêmico refere-se à possibilidade de um evento ou condição desencadear uma desestabili-
zação generalizada do sistema financeiro, podendo levar a uma crise financeira ampla. Esse tipo de
risco é caracterizado pela interconexão entre instituições, mercados e infraestruturas financeiras,
onde o fracasso de uma única entidade pode resultar em um efeito dominó, afetando a economia
como um todo.

Características do Risco Sistêmico


• Interconexão: O risco sistêmico é amplificado pela rede de conexões entre instituições finan-
ceiras, mercados e produtos financeiros.
• Contágio: A falência ou problemas em uma instituição significativa podem espalhar-se rapida-
mente pelo sistema, afetando outras instituições e mercados.
• Eventos Externos: Eventos econômicos, políticos ou naturais de grande escala podem desenca-
dear riscos sistêmicos.

Exemplo de Risco Sistêmico


Um exemplo clássico de risco sistêmico foi a crise financeira global de 2008, onde a inadimplência
em hipotecas subprime nos EUA levou à falência de grandes instituições financeiras. Isso desenca-
deou uma reação em cadeia que afetou o sistema financeiro global, resultando em uma profunda
recessão econômica. Também é exemplo de um risco sistêmico a crise econômica causada pela
pandemia “Covid-19”.

Mitigação do Risco Sistêmico


Para mitigar o risco sistêmico, diversas estratégias e regulamentações são empregadas, tanto em
nível nacional quanto internacional. Algumas dessas medidas incluem:
• Regulação e Supervisão: Regulamentações mais rigorosas e supervisão contínua das institui-
ções financeiras, especialmente daquelas consideradas "grandes demais para falir".
• Testes de Estresse: Realização periódica de testes de estresse nas instituições financeiras para
avaliar sua resiliência diante de cenários econômicos adversos.
• Fundo de Garantia: Criação de fundos de garantia, como o Fundo Garantidor de Créditos (FGC),
para proteger depositantes e investidores em caso de falência de instituições financeiras.
• Mecanismos de Resolução: Desenvolvimento de mecanismos eficazes para a resolução de ins-
tituições financeiras problemáticas, minimizando o impacto no sistema financeiro.

Importância da Prevenção do Risco Sistêmico


A prevenção e gestão do risco sistêmico são essenciais para manter a estabilidade e integridade
do sistema financeiro. Isso requer uma abordagem coordenada entre reguladores, instituições fi-
nanceiras e outras partes interessadas para identificar e mitigar riscos potenciais antes que eles se
transformem em crises.

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5.2.6 RISCO DE LIQUIDEZ


Imagine que você é uma pessoa que possui muitos bens valiosos: uma casa grande, um carro de
luxo e até algumas obras de arte. Esses bens representam seu patrimônio, algo semelhante ao que
os bancos têm em forma de empréstimos concedidos, investimentos, entre outros ativos. Agora,
suponha que você tenha um compromisso importante para cumprir, como pagar a faculdade dos
seus filhos no próximo mês, mas percebe que todo o seu dinheiro está investido nesses bens. Você
tem patrimônio, mas não tem liquidez, ou seja, dinheiro disponível imediatamente para usar. Isso
significa que, apesar de ser "rico" em ativos, você pode enfrentar dificuldades para cumprir com
suas obrigações financeiras de curto prazo.

Índice de Liquidez: O que é?


No mundo dos bancos e das finanças, o Índice de Liquidez funciona de maneira similar. Ele mede a
capacidade de um banco de transformar rapidamente seus ativos (como empréstimos que fez ou
investimentos) em dinheiro, sem perder valor, para atender suas obrigações de curto prazo, como
os saques que os clientes podem querer fazer. Um banco com boa liquidez é como uma pessoa que,
além de ter bens valiosos, também mantém uma quantia de dinheiro suficiente disponível para
pagar as contas do mês sem ter que vender seu carro ou sua casa às pressas, o que poderia resultar
em ter que aceitar um valor menor do que valem.

Exemplo Prático da Analogia


Vamos dizer que você precisa de R$20.000 para pagar hospital de um problema de saíde seus filhos
no próximo mês. Se toda a sua riqueza está em bens que não podem ser vendidos rapidamente ou
sem perder valor, você enfrenta um "risco de liquidez". Para evitar isso, seria sábio manter parte de
sua riqueza em ativos mais líquidos, como uma poupança ou investimentos que podem ser facil-
mente convertidos em dinheiro.
Da mesma forma, um banco precisa manter um equilíbrio entre investimentos que trazem bons
retornos a longo prazo e ativos que podem ser rapidamente convertidos em dinheiro para garantir
que sempre terá o suficiente para cobrir as necessidades dos seus clientes. O Índice de Liquidez é
uma medida que ajuda a garantir que o banco não fique "sem dinheiro" quando precisar cumprir
seus compromissos, mantendo a confiança dos clientes e a estabilidade do sistema financeiro.

5.2.7 ACORDO DE BASILEIA


O Acordo de Basileia é uma série de regulamentações bancárias internacionais desenvolvidas pelo
Comitê de Basileia sobre Supervisão Bancária. O objetivo dessas regulamentações é fortalecer a
regulamentação, supervisão e práticas de gestão de risco no setor bancário internacional, promo-
vendo a estabilidade financeira global.

Breve Resumo dos Encontros de Basileia


• Basileia I (1988): Introduziu requisitos mínimos de capital, baseando-se na relação entre os ati-
vos ponderados pelo risco do banco e seu capital.
• Basileia II (2004): Focou na supervisão e no gerenciamento de risco de crédito, de mercado e
operacional, incentivando os bancos a melhorar seus sistemas de gestão de risco.

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• Basileia III (2010-2011): Resposta à crise financeira global de 2008, introduziu medidas para
fortalecer a base de capital dos bancos, melhorar a gestão de risco de liquidez e aumentar a
transparência.

Relação entre Risco de Liquidez e Acordo de Basileia


O Acordo de Basileia III, em particular, coloca grande ênfase na gestão do risco de liquidez, introdu-
zindo dois índices de liquidez principais:
• Índice de Cobertura de Liquidez (LCR): Mede a capacidade de um banco de atender a suas
obrigações de curto prazo.
• Índice de Financiamento Estável Líquido (NSFR): Avalia a estabilidade do financiamento de um
banco em um horizonte de tempo mais longo.

Índice Utilizado no Brasil


No Brasil, o Índice de Basileia é utilizado para avaliar a adequação de capital dos bancos. Esse índi-
ce, que reflete a proporção de capital próprio em relação aos ativos ponderados pelo risco, é funda-
mental para garantir que as instituições tenham capital suficiente para absorver perdas e continuar
operando.

5.2.8 RISCO OPERACIONAL EM OPERAÇÕES DE CRÉDITO


O risco operacional é definido como o risco de perdas resultantes de processos internos inadequa-
dos ou falhos, falha de pessoas, sistemas ou eventos externos adversos. Em operações de crédito,
esse tipo de risco assume uma importância particular, pois falhas operacionais podem levar a perdas
financeiras significativas, comprometendo a integridade e a confiabilidade da instituição financeira.

Fontes de Risco Operacional


O risco operacional em operações de crédito pode originar-se de várias fontes, incluindo:
• Erros Humanos: Equívocos ou negligências cometidas por funcionários, como erros no proces-
samento de aplicações de crédito ou na avaliação de garantias.
• Falhas de Sistema: Problemas técnicos ou falhas nos sistemas de TI que suportam as operações
de crédito, resultando em interrupções de serviço ou erros de processamento.
• Procedimentos Inadequados: Falta de controles internos eficazes ou procedimentos operacio-
nais que não são seguidos corretamente.
• Fraudes: Atos intencionais de engano ou manipulação cometidos por funcionários ou terceiros.
• Eventos Externos: Desastres naturais, ataques cibernéticos ou outras ocorrências fora do con-
trole da instituição que podem afetar as operações.

Gestão do Risco Operacional


A gestão eficaz do risco operacional envolve várias etapas e práticas, como:
• Controles Internos e Auditorias: Implementação de controles rigorosos e realização regular de
auditorias internas para identificar e mitigar falhas operacionais.

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• Treinamento de Funcionários: Garantir que todos os funcionários sejam adequadamente trei-


nados nas políticas e procedimentos operacionais.
• Planos de Continuidade de Negócios: Desenvolvimento de planos para garantir a continuidade
das operações de crédito em caso de eventos externos adversos ou falhas de sistema.
• Segurança da Informação: Adoção de medidas robustas de segurança cibernética para prote-
ger dados e sistemas contra ataques ou fraudes.
• Monitoramento e Relatório: Monitoramento contínuo das operações de crédito e relatórios
regulares sobre riscos operacionais identificados.

Exemplo Prático
Imagine uma instituição financeira que não atualiza seus sistemas de TI regularmente. Uma vulne-
rabilidade desconhecida é explorada por hackers, resultando em uma violação de dados que com-
promete informações sensíveis de clientes. Além das perdas financeiras diretas associadas à frau-
de, a instituição enfrenta danos à sua reputação e possíveis penalidades regulatórias. Esse cenário
ilustra como o risco operacional pode afetar significativamente as operações de crédito e a saúde
geral da instituição.

5.3 OPERAÇÕES DE CRÉDITO GERAL


As operações de crédito são essenciais no mundo financeiro, atendendo a uma variedade de neces-
sidades tanto de pessoas físicas quanto jurídicas. Elas podem ser classificadas de acordo com a apli-
cação dos recursos, a modalidade da operação e a atividade predominante do tomador do crédito.
Vamos explorar os principais tipos de operações de crédito e como eles são classificados.

5.3.1 CLASSIFICAÇÃO DAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO


A classificação contábil das operações de crédito leva em consideração:
• Aplicação dos Recursos: Define o propósito do crédito, seja para capital de giro, compra de
equipamentos ou consumo pessoal.
• Atividade do Tomador: A natureza do negócio ou atividade econômica do tomador do crédito.
Funcionário Público, Empresário, agricultor, autonomo, etc.

Modalidades Principais
• Empréstimos: Caracterizam-se pela flexibilidade no uso dos recursos, sem necessidade de des-
tinação específica ou comprovação da aplicação dos recursos. Exemplos incluem empréstimos
pessoais, adiantamentos a depositantes e empréstimos para capital de giro.
• Títulos Descontados: Incluem operações onde títulos, como duplicatas ou notas promissórias,
são adiantados com desconto pelo banco. Essencial para empresas que necessitam de liquidez
imediata.
• Financiamentos: Diferenciam-se pela destinação específica dos recursos, com necessidade de
comprovação da aplicação. Exemplos são financiamentos imobiliários, de veículos, máquinas e
equipamentos.

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Tabela Resumo: Tipos de Operações de Crédito


MODALIDADE DESTINAÇÃO DOS RECURSOS EXEMPLOS
Empréstimos Flexível Capital de giro, empréstimos pessoais
Títulos Descontados Liquidez imediata dos títulos Desconto de duplicatas
Financiamentos Específica, com aplicação definida Financiamento de imóveis, veículos

5.3.2 SISTEMA DE INFORMAÇÕES DE CRÉDITOS (SCR)


O Sistema de Informações de Créditos (SCR) e o Registrato são duas ferramentas fundamentais ge-
ridas pelo Banco Central do Brasil (BC), desenhadas para promover a transparência, a segurança e a
estabilidade no Sistema Financeiro Nacional (SFN). Ambos os sistemas têm papéis complementares
na gestão de riscos de crédito e na prevenção de crises financeiras.

Sistema de Informações de Créditos (SCR)


O SCR é um banco de dados que reúne informações sobre as operações de crédito dos clientes nas
instituições financeiras. Seu principal objetivo é auxiliar na supervisão bancária, permitindo a ado-
ção de medidas preventivas ao avaliar os riscos atrelados à atividade creditícia.
• Critérios de Registro: Operações de crédito cujo risco direto na instituição financeira é igual ou
superior a R$ 200,00 são registradas individualmente.
• Funcionalidades: Permite ao BC monitorar operações de crédito atípicas ou de alto risco, pre-
servando o sigilo bancário.
• Benefícios para a Sociedade: Facilita a tomada de decisões de crédito, diminuindo os riscos de
concessão e fomentando a competição entre as instituições.
• Benefícios para as Instituições Financeiras: Auxilia na gestão de crédito e na quantificação dos
riscos, melhorando a compreensão da capacidade de pagamento dos clientes.

5.3.3 REGISTRATO
O Registrato oferece ao cidadão um mecanismo de consulta gratuita sobre seus relacionamentos
ativos no sistema financeiro. Ele proporciona um maior controle sobre a vida financeira, permitindo
verificar:

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Para que Serve o Registrato


As informações acessíveis pelo Registrato são valiosas para:
• Identificar dívidas e entender a situação de cada uma;
• Verificar a existência de contas bancárias, dívidas ou chaves Pix que não foram contratadas
pelo usuário;
• Obter maior controle sobre a vida financeira do usuário.

Operações Registradas no SCR


Incluem, mas não se limitam a:
• Empréstimos e financiamentos;
• Adiantamentos;
• Arrendamento mercantil (leasing);
• Coobrigações e garantias;
• Operações baixadas como prejuízo e créditos a liberar;
• Operações de crédito renegociadas ou com riscos retidos.

5.3.4 CUSTO EFETIVO TOTAL – CET


O Custo Efetivo Total (CET) é uma ferramenta
essencial para quem busca compreender inte-
gralmente os custos envolvidos em operações de
crédito. Ao considerar todos os encargos e despe-
sas das operações, o CET oferece uma visão mais
ampla do que apenas a taxa de juros, permitindo
uma comparação mais acurada entre diferentes
ofertas de crédito.

Entendendo os Juros
Juros representam o "preço" do dinheiro ao longo
do tempo, atuando como uma espécie de aluguel
que se paga pelo uso de recursos financeiros. Seja
você poupador ou tomador de crédito, é funda-
mental compreender que o valor a ser recebido
ou pago será afetado pelos juros, refletindo a taxa
de juros acordada para o empréstimo ou investi-
mento.

Taxa de Juros
A taxa de juros é calculada como um percentual do capital emprestado ou investido e pode ser ex-
pressa de forma anual (a.a.) ou mensal (a.m.). Por exemplo, um empréstimo de R$1.000 com juros
de R$80 ao ano tem uma taxa de juros de 8% a.a.

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Taxa de Juros Simples vs. Composta


• Taxa de Juros Simples: Incide apenas sobre o capital inicial emprestado ou investido, sem acu-
mular juros sobre juros.
• Taxa de Juros Composta: Calculada sobre o capital inicial mais os juros acumulados em perío-
dos anteriores, resultando em um "efeito bola de neve" sobre o valor devido ou a receber.

Taxa de Juros Real


A taxa de juros real é ajustada pela inflação, oferecendo uma medida mais precisa do custo ou re-
torno real de uma operação de crédito ou investimento.

#DICADOPAI
Para saber mais sobre taxa de juros, assista as aulas do pai de Matemática Financeira para o
concurso do BNB. Minhas aulas estão disponíveis exclusivamente no site do GG Concursos.

Custo Efetivo Total (CET): O que Você Precisa Saber


O CET incorpora todos os custos de uma operação de crédito, incluindo, mas não se limitando a,
taxas de juros, tarifas, seguros e tributos. Instituições financeiras são obrigadas a informar o CET de
forma clara e destacada antes da contratação de qualquer operação de crédito, garantindo que os
consumidores possam fazer escolhas informadas.

Importância de Comparar o CET


Antes de contratar um empréstimo ou financiamento, é crucial comparar o CET das diferentes ofer-
tas, pois ele reflete o custo total da operação. Isso pode revelar que uma opção com taxa de juros
nominalmente mais baixa pode, na verdade, ser mais cara devido a outros encargos inclusos.

Como o CET É Calculado


Além da taxa de juros, o CET inclui todas as despesas e encargos da operação, apresentados em
percentual anual. A planilha de cálculo do CET deve detalhar cada componente do custo, proporcio-
nando transparência total ao consumidor.

Exemplo Prático de Cálculo do Custo Efetivo Total (CET)


Suponhamos que você esteja considerando tomar um empréstimo pessoal de R$10.000 com prazo
de 12 meses em uma determinada instituição financeira. Vamos detalhar cada componente do cus-
to dessa operação para calcular o CET:
Dados da Operação:
• Valor do Empréstimo: R$10.000
• Prazo: 12 meses
• Taxa de Juros: 12% ao ano (1% ao mês)
• Tarifa de Abertura de Crédito (TAC): R$200

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• Custo do Seguro: R$300


• Impostos (IOF): R$100
• Despesas Administrativas: R$150

Cálculo da Taxa de Juros


A taxa de juros é de 12% ao ano. Para o empréstimo de R$10.000, os juros totais ao longo de 12
meses seriam:

Cálculo do CET
Para calcular o CET, devemos somar todos os custos envolvidos na operação ao valor emprestado e
depois calcular a taxa que iguala esses custos ao valor futuro do empréstimo (ou seja, o valor que
efetivamente será pago ao final do prazo, incluindo todos os encargos).
Cálculo do Valor Total Devido:

Cálculo do CET:
Para simplificar, vamos assumir que o CET é a taxa que, aplicada ao valor do empréstimo, resulta no
valor total devido ao final do prazo. Utilizando ferramentas financeiras ou uma calculadora finan-
ceira, você poderia inserir os seguintes dados para resolver a taxa:
• Valor Presente: – R$ 10.000 (valor negativo pois representa uma saída de caixa)
• Pagamento Futuro: R$ 11.950 (valor a ser pago ao final de 12 meses)
• Número de Períodos: 12 meses
Supondo que a taxa encontrada seja de aproximadamente 1,55% ao mês. Para encontrar a taxa
anual, utilizaríamos a fórmula da taxa anual composta:

Portanto, o CET dessa operação de crédito seria de aproximadamente 19,65% ao ano, representan-
do o custo total anualizado da operação de crédito, incluindo todos os encargos e despesas.

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5.3.5 CRÉDITO PESSOAL E CRÉDITO DIRETO AO CONSUMIDOR


O mundo dos empréstimos é vasto e diversificado, oferecendo várias opções para atender às dife-
rentes necessidades financeiras dos consumidores. Entre as opções mais populares estão o crédito
pessoal, os empréstimos consignados e o Crédito Direto ao Consumidor (CDC). Cada um desses
produtos financeiros tem características próprias, vantagens e precauções que devem ser conside-
radas.

Crédito Pessoal
É a forma mais flexível de empréstimo, permitindo ao tomador usar os recursos para diversas fina-
lidades, sem a necessidade de especificar a aplicação. É importante estar atento às taxas de juros,
que podem ser mais elevadas, e às possíveis tentativas de fraude. A contratação desse tipo de em-
préstimo exige cuidado e a escolha de instituições confiáveis.

Empréstimo Pessoal com Garantia


Nesta modalidade, o empréstimo é garantido por um bem, como um veículo ou imóvel, o que ge-
ralmente resulta em taxas de juros mais baixas devido ao menor risco para a instituição financeira.
A análise de crédito pode ser mais rigorosa, e o bem fica alienado à instituição até a quitação do
empréstimo.

Empréstimo Consignado
Caracteriza-se pelo desconto direto da parcela no salário, aposentadoria ou pensão do tomador.
É uma opção com taxas de juros geralmente menores, devido ao menor risco de inadimplência. O
limite de comprometimento da renda é regulado por lei, máximo de 40%, sendo 35% para emprés-
timos e 5% para despesas com cartão de crédito consignado.

Crédito Direto ao Consumidor (CDC)


O CDC é frequentemente utilizado para a compra de bens e serviços, tendo a compra financiada di-
retamente pelo vendedor ou por uma instituição financeira parceira. Este tipo de crédito é comum
na aquisição de veículos, eletrodomésticos e eletrônicos.
Tabela Comparativa

TIPO DE FORMA DE
TAXA DE JUROS FORMA DE CONTRATAR
EMPRÉSTIMO PAGAMENTO
Presencial, online, via telefone
Crédito Pessoal Débito em conta Geralmente mais alta
(necessita de documentos)
Empréstimo Menor (devido ao Exige convênio entre empresa/
Desconto em folha
Consignado menor risco) órgão público e banco
Em geral é contratado
Crédito Direto ao Débito em conta Varia conforme o
diretamente no ponto de venda
Consumidor (CDC) ou boleto produto e o vendedor
ou através de financiadoras

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Dicas de crédito do PAI!


• Taxas de Juros: Compare o CET (Custo Efetivo Total) entre diferentes ofertas para entender o
custo real do empréstimo.
• Capacidade de Pagamento: Avalie seu orçamento para garantir que a parcela do empréstimo
não comprometa sua saúde financeira.
• Consultas: Utilize o Registrato no site do BACEN, para monitorar suas dívidas e relações finan-
ceiras ativas, assegurando maior controle sobre sua vida financeira.
A escolha entre esses tipos de empréstimo deve levar em conta a finalidade do crédito, as taxas de
juros, a facilidade de contratação e, principalmente, a capacidade de pagamento do tomador.

5.3.6 DESCONTO DE DUPLICATAS, NOTAS PROMISSÓRIAS E CHEQUES PRÉ-DATADOS


O desconto de recebíveis é uma ferramenta financeira valiosa para empresas e profissionais au-
tônomos, permitindo a antecipação de recursos que seriam recebidos no futuro. Essa prática
pode envolver duplicatas, notas promissórias, cheques pré-datados e antecipação de recebíveis
de cartão de crédito. Vamos explorar cada uma dessas modalidades e entender suas particulari-
dades.

Duplicatas
São títulos de crédito que representam a promessa de pagamento por bens vendidos ou serviços
prestados. As empresas podem descontar essas duplicatas em instituições financeiras para receber
antecipadamente os valores de vendas a prazo, melhorando seu fluxo de caixa.

Notas Promissórias
São compromissos de pagamento futuros, assinados por quem deve o dinheiro (emitente) em favor
de quem deve receber (beneficiário). Assim como as duplicatas, podem ser descontadas em insti-
tuições financeiras para antecipação de recursos.

Cheques Pré-datados
Empresas e profissionais autônomos recebem cheques pré-datados como forma de pagamento a
prazo. É possível descontar esses cheques em bancos ou financeiras, antecipando o recebimento
do valor correspondente.

Antecipação de Recebíveis de Cartão de Crédito


Comércios e prestadores de serviços que vendem no cartão de crédito podem antecipar o rece-
bimento dessas vendas através da antecipação de recebíveis. Esta operação envolve a venda dos
direitos de recebimento futuros para uma instituição financeira em troca de liquidez imediata.

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Quadro Resumo: Diferenciação dos Tipos de Desconto de Recebíveis

TIPO DE RECEBÍVEL DESTINADO PARA CARACTERÍSTICAS

Duplicatas Empresas Baseadas em vendas a prazo de bens ou serviços.

Notas Promissórias Empresas e PF Compromissos escritos de pagamento futuro.

Empresas e PF Cheques emitidos com uma


Cheques Pré-datados
(autônomos) data futura de pagamento.

Antecipação de Recebíveis Empresas e PF Antecipação dos valores a receber por vendas


de Cartão de Crédito (autônomos) realizadas via cartão de crédito.

Considerações Importantes
• Flexibilidade: O desconto de recebíveis oferece flexibilidade para que empresas e profissionais
autônomos gerenciem seu fluxo de caixa de maneira mais eficaz.
• Taxas: As instituições financeiras cobram taxas pela antecipação desses recebíveis, que variam
conforme o tipo de recebível e o perfil do cliente.
• Elegibilidade: Embora tradicionalmente direcionado a pessoas jurídicas (PJ), profissionais au-
tônomos também podem se beneficiar dessa modalidade, especialmente no caso de cheques
pré-datados e antecipação de recebíveis de cartão de crédito.

Exemplo de uma operação de antecipação


Para simplificar o entendimento do cálculo de antecipação de recebíveis, vamos usar o exemplo do
cliente "GG Concursos", que deseja antecipar o valor de 5 cheques pré-datados recebidos de seus
alunos.
Dados dos Cheques:
• Cheque 1: R$ 1.000,00 – vencimento em 180 dias
• Cheque 2: R$ 1.500,00 – vencimento em 360 dias
• Cheque 3: R$ 2.000,00 – vencimento em 90 dias
• Cheque 4: R$ 800,00 – vencimento em 60 dias
• Cheque 5: R$ 4.700,00 – vencimento em 300 dias
• Total Nominal: R$ 10.000,00
• Taxa de Juros para Antecipação: 2% ao mês

Cálculo da Antecipação:
Para calcular o valor líquido a ser recebido pela antecipação, aplicamos a fórmula do desconto co-
mercial simples, considerando a taxa de juros mensal de 2%.

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Valor Líquido Recebido:


Somando os valores líquidos de cada cheque, temos:
R$ 880,00 + R$ 1.200,00 + R$ 1.880,00 + R$ 752,00 + R$ 3.760,00 = R$ 8.472,00

Comparação entre Valor Nominal e Valor Atual:


• Valor Nominal Total: R$ 10.000,00
• Valor Líquido Recebido (Valor Atual): R$ 8.472,00
A diferença entre o valor nominal e o valor líquido recebido reflete o custo da antecipação de rece-
bíveis para o cliente "GG Concursos", que, neste caso, é de R$1.528,00. Essa diferença representa
o custo da operação, incluindo a taxa de juros aplicada pelo banco para antecipar esses recebíveis.

Direito de Regresso:
No caso de algum dos cheques não ser compensado na data estimada, o banco possui o direito de
regresso. Isso significa que o banco pode exigir do cliente "GG Concursos" o reembolso do valor
correspondente ao cheque não compensado. Essa medida assegura que o banco recupere os valo-
res antecipados em situações de inadimplência por parte dos emitentes dos cheques.

Conclusão:
A antecipação de recebíveis é uma ferramenta útil para melhorar o fluxo de caixa de empresas e
profissionais autônomos. No entanto, é essencial entender os custos envolvidos e considerar o im-
pacto do direito de regresso nas finanças da empresa, caso algum dos recebíveis não seja honrado
na data de vencimento.

5.3.7 CHEQUE ESPECIAL

#DICADOPAI
Esse conteúdo não consta no seu edital do BNB, porém o pai resolveu abordar pois é a pricipal
linha de crédito que um banco oferece e entender cheque especial é primordial para aprender
conta garantida (próximo tema e que consta no edital do BNB).

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O Cheque Especial é uma linha de crédito pré-aprovada associada diretamente à sua conta corren-
te, desenhada para ser uma solução de curto prazo em situações de emergência financeira. Aqui
está um guia completo para entender melhor essa modalidade de crédito, suas regras, limitações e
as recentes mudanças regulatórias que impactam seu uso.

Definição e Funcionamento
• O que é: O Cheque Especial é um limite de crédito rotativo disponibilizado pelo banco, que
pode ser utilizado quando não há saldo suficiente na conta. Esse limite aparece no extrato ban-
cário, mas não representa um saldo positivo disponível; é um crédito que, se utilizado, acarre-
tará a cobrança de juros sobre o saldo devedor.

Taxas de Juros
• Limite Máximo: Desde 06 de janeiro de 2020, as instituições financeiras só podem cobrar uma
taxa de juros máxima de 8% ao mês sobre o saldo utilizado no Cheque Especial. Esta taxa é efe-
tiva e deve ser respeitada independentemente da forma de capitalização de juros adotada pela
instituição.

Cobrança de Tarifa
• Proibição de Tarifas: O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou inconstitucional a cobrança de
tarifas pela disponibilização do limite do Cheque Especial para pessoas físicas e Microempre-
endedores Individuais (MEIs), mesmo para limites superiores a R$500,00. Esta decisão reforça
que não é permitida a cobrança de tarifas pela mera disponibilização do limite.

Regras para Pessoas Jurídicas


• Exceções: As regras de limitação da taxa de juros e a proibição da cobrança de tarifa não se apli-
cam a contas de pessoas jurídicas. Para empresas, as condições do Cheque Especial, incluindo
taxas de juros e tarifas, são determinadas pelo contrato entre o cliente e a instituição financei-
ra.

Alteração de Limites
• Redução de Limite: O banco pode reduzir o limite do Cheque Especial, mas deve comunicar ao
cliente com no mínimo 30 dias de antecedência, exceto em casos de deterioração do perfil de
risco de crédito do cliente.
• Aumento de Limite: Qualquer aumento no limite deve ser precedido pela autorização expressa
do cliente.

Portabilidade do Saldo Devedor


• Permissão para Portabilidade: Desde 1º de março de 2021, é possível realizar a portabilidade
do saldo devedor do Cheque Especial para outra instituição, com a condição de que o valor na
instituição proponente não exceda o saldo devedor na instituição original.

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Tabela Resumo: Cheque Especial

ASPECTO DETALHES
Taxa de Juros Máxima 8% ao mês
Cobrança de Tarifa Proibida para PF e MEIs
Aplica-se a PJ? Não; condições específicas são negociadas no contrato
Redução com prévia comunicação de 30 dias; aumento sujeito à autorização
Alteração de Limite
do cliente
Portabilidade Permitida desde 01/03/2021

Considerações Finais
O Cheque Especial pode ser uma ferramenta útil em momentos de aperto financeiro, mas seu cus-
to pode ser elevado devido às taxas de juros. É crucial entender todas as condições e regras as-
sociadas a essa modalidade de crédito, assim como considerar alternativas de financiamento que
possam ter custos mais baixos. A decisão de utilizar o Cheque Especial deve ser feita com cautela,
sempre levando em conta o impacto das taxas de juros no seu orçamento.

5.3.8 CONTA GARANTIDA E CAPITAL DE GIRO

Capital de Giro
O Capital de Giro é o recurso necessário para sustentar as operações diárias de uma empresa, co-
brindo despesas como pagamento de fornecedores, salários e outras obrigações de curto prazo. É
fundamental para manter a liquidez e a saúde financeira do negócio, permitindo que a empresa
continue operando de forma eficiente enquanto aguarda o recebimento das vendas a prazo.

Importância do Capital de Giro


• Liquidez Operacional: Garante que a empresa tenha recursos disponíveis para suas operações
diárias.
• Flexibilidade Financeira: Proporciona à empresa a capacidade de aproveitar oportunidades de
mercado, como descontos por pagamentos antecipados de fornecedores.
• Sustentabilidade do Negócio: Ajuda a evitar problemas de fluxo de caixa que podem levar a
dificuldades financeiras ou mesmo à falência.

Fontes de Capital de Giro


• Empréstimos para Capital de Giro: Oferecidos por instituições financeiras, especificamente
para financiar as necessidades operacionais de curto prazo.
• Linhas de Crédito Rotativas: Permitem à empresa acessar fundos até um limite pré-aprovado,
pagando juros somente sobre o montante utilizado.
• Antecipação de Recebíveis: Venda de direitos de recebimentos futuros, como duplicatas e che-
ques pré-datados, para obter liquidez imediata.

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Conta Garantida
A Conta Garantida é uma modalidade de crédito rotativo que funciona como um limite de crédito,
pré-aprovado, anexado à conta corrente da empresa. Semelhante ao cheque especial para pessoas
físicas, a conta garantida fornece uma reserva financeira que a empresa pode utilizar quando ne-
cessário, pagando juros somente sobre o valor utilizado.

Características da Conta Garantida


• Flexibilidade: Permite que a empresa faça saques até o limite de crédito acordado, oferecendo
flexibilidade para gerenciar o fluxo de caixa.
• Custo: Geralmente, tem taxas de juros mais baixas do que outras formas de crédito de curto
prazo, como o cheque especial.
• Garantias: Pode exigir garantias por parte da empresa, como imóveis ou outros ativos, depen-
dendo da política da instituição financeira.

Tabela Comparativa: Capital de Giro vs. Conta Garantida

ASPECTO CAPITAL DE GIRO CONTA GARANTIDA


Financiar as operações diárias Prover uma reserva financeira
Finalidade
e sustentar o fluxo de caixa para necessidades pontuais
Juros Pagos sobre o montante total emprestado Pagos somente sobre o valor utilizado
Flexibilidade Alta, pode ser utilizado conforme Alta, com acesso imediato
de Uso a necessidade da empresa até o limite pré-aprovado
Garantias Varia de acordo com a Comumente exigidas,
Exigidas instituição e o montante dependendo do limite de crédito
Forma de Linhas de crédito específicas Limite de crédito anexado
Contratação ou empréstimos à conta corrente empresarial

Considerações Finais
Tanto o Capital de Giro quanto a Conta Garantida são instrumentos essenciais no arsenal financeiro
de uma empresa, cada um atendendo a diferentes necessidades. O Capital de Giro é crucial para o
sustento das operações cotidianas e para a manutenção da liquidez, enquanto a Conta Garantida
oferece um recurso flexível para cobrir despesas inesperadas ou aproveitar oportunidades rápidas
de negócios. A escolha entre uma e outra depende das necessidades específicas de fluxo de caixa,
custo de financiamento e estratégia financeira da empresa.

5.3.9 CARTÃO DE CRÉDITO


O cartão de crédito é um cartão de plástico, que permite ao cliente pagar compras ou serviços até o
limite de crédito previamente definido no contrato do uso do cartão. Ele é de uso pessoal e indivi-
dual, não deve ser emprestado a ninguém, nem ter sua senha revelada, por medida de segurança.

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Ao fazer uma compra e pagar com o cartão de crédito, o indivíduo assume a responsabilidade de
pagar o valor daquela despesa na data do vencimento da fatura, juntamente com os outros gastos
pagos com o cartão de crédito.

Regulamentação
Os serviços de pagamentos vinculados a cartões de crédito emitidos por instituições financeiras
ou instituições de pagamento estão sujeitos à regulamentação baixada pelo Conselho Monetário
Nacional e pelo Banco Central do Brasil.
Também são regulados os cartões emitidos por lojas, conhecidos como “private label” no que se
refere ao eventual financiamento concedido por uma instituição financeira ao cliente para paga-
mento da fatura. (compra parcelada na loja) Demais cartões não são fiscalizados pelo Banco Cen-
tral.

Tipos de Cartões

Toda instituição emissora de cartão de crédito é obrigada a ofertar cartão de crédito básico. O valor
da anuidade do cartão básico deve ser menor do que o valor da anuidade do cartão diferenciado.

Tarifas
As instituições podem cobrar de pessoas naturais basicamente cinco tarifas referentes à prestação
de serviços de cartão de crédito, a título de serviços prioritários:

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Após decorrido o vencimento da fatura, o saldo remanescente do crédito rotativo pode ser finan-
ciado mediante linha de crédito para pagamento parcelado, desde que em condições mais vanta-
josas para o cliente em relação àquelas praticadas na modalidade de crédito rotativo, inclusive no
que diz respeito à cobrança de encargos financeiros.

#PaiEd | Atualiza
Atenção, antes existia a exigência de valor mínimo para cobrança de tarifa nos cartões
de crédito de 20% e depois 15%. Porém essa exigência foi revogada em 2018 pela Circular
BACEN nº 3.892.

5.3.10 MICROCRÉDITO URBANO


O Microcrédito é uma ferramenta financeira essencial voltada para o financiamento de atividades
produtivas de microempreendedores individuais, pessoas físicas e jurídicas com receita bruta anu-
al limitada a R$360.000,00. O objetivo é promover o desenvolvimento econômico e social por meio
do apoio a pequenos negócios.

Microcrédito Produtivo Orientado (MPO)


O MPO é uma modalidade especializada de microcrédito que se distingue por suas regras específi-
cas e orientação ao desenvolvimento de atividades produtivas. Este tipo de crédito é acompanhado
de orientação técnica para garantir o uso eficiente dos recursos.

Principais Características do MPO


• Taxa de Juros Efetiva Máxima: 4% ao mês.
• Prazo Mínimo: 120 dias.
• Limites de Saldo Devedor: Até R$21.000,00 por tomador, em cada instituição, especificamente
no âmbito do MPO. Para operações de crédito em geral, o limite é de R$80.000,00, excluindo
crédito habitacional.
• Taxa de Abertura de Crédito: Limitada a 3% do valor concedido.

Onde Contratar e Requisitos


O MPO pode ser contratado em bancos, correspondentes bancários, sociedades de crédito ao mi-
croempreendedor, cooperativas de crédito, entre outras entidades voltadas para o microcrédito.
Os recursos devem ser direcionados para atividades produtivas, respeitando o limite de renda ou
receita bruta anual.

Taxas e Garantias
• Taxas: A única taxa adicional permitida é a de abertura de crédito, limitada a 3% do valor do
crédito. Não são permitidas outras taxas ou despesas.
• Garantias: Não são obrigatórias, mas a lei permite o uso de garantias como aval, fiança e alie-
nação fiduciária.

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Possibilidade de Contratação de Múltiplas Operações


É possível contratar mais de uma operação de MPO, desde que os limites estabelecidos de saldo
devedor não sejam ultrapassados. A verificação desses limites pode ser realizada por meio de de-
claração do tomador.

Quadro Resumo: Microcrédito e Microcrédito Produtivo Orientado (MPO)

MICROCRÉDITO
ASPECTO MICROCRÉDITO
PRODUTIVO ORIENTADO (MPO)
Financiamento de atividades Financiamento com orientação
Finalidade
produtivas de pequenos negócios técnica para atividades produtivas

Limite de
Até R$ 360.000 anual Até R$ 360.000 anual
Receita Bruta

Taxa de Juros Varia conforme a instituição Máximo de 4% ao mês

Prazo Mínimo Varia conforme a operação 120 dias (com exceções)

Limites de
Conforme a política da instituição R$21.000 no MPO e R$80.000 em geral
Saldo Devedor

Taxa de abertura limitada


Taxas e Despesas Varia conforme a operação
a 3%, sem outras taxas

Garantias Conforme a política da instituição Permitidas, mas não obrigatórias

Considerações Finais
O Microcrédito e o Microcrédito Produtivo Orientado (MPO) são instrumentos valiosos para o de-
senvolvimento de pequenos empreendimentos, fornecendo não apenas recursos financeiros, mas
também suporte técnico no caso do MPO. Ao entender essas modalidades, empreendedores po-
dem escolher a opção que melhor atende às necessidades de seus negócios, promovendo o cresci-
mento e a sustentabilidade econômica.

5.4 OPERAÇÕES DE CRÉDITO ESPECIALIZADO

5.4.1 CRÉDITO RURAL


O crédito rural é o financiamento destinado ao segmento rural. Os produtores rurais utilizam os
recursos concedidos pelas instituições financeiras nessa linha de crédito de diversas maneiras na
sua propriedade. Por exemplo, podem investir em novos equipamentos e animais ou custear ma-
téria prima para o cultivo. Podem ainda utilizar esses recursos para comercializar e industrializar a
produção. São as chamadas finalidades do crédito rural.

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Finalidades do crédito rural

Origem dos recursos

Os recursos controlados geralmente financiam operações de crédito rural com as condições previa-
mente definidas, como taxas de juros, limites e prazo.
No caso de créditos provenientes de recursos não controlados (recursos próprios), os financiamen-
tos possuem condições livremente pactuadas entre as instituições financeiras e os produtores ru-
rais.

Beneficiários
I. Produtor rural (pessoa física ou jurídica);
II. Cooperativa de produtores rurais;
III. Pessoa física ou jurídica que, mesmo não sendo produtor rural, se dedique a uma das seguin-
tes atividades:

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a) Pesquisa ou produção de mudas ou sementes fiscalizadas/certificadas;


b) Pesquisa ou produção de sêmen para inseminação artificial e embriões;
c) Prestação de serviços mecanizados de natureza agropecuária, em imóveis rurais, inclusive para
proteção do solo;
d) Prestação de serviços de inseminação artificial, em imóveis rurais;
e) Atividades florestais
Para concessão do crédito, o beneficiário deverá apresentar o orçamento, plano ou projeto, salvo
em operações de desconto.

Proagro – Seguro do Agronegócio


Proagro é o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária. É um programa do governo federal
que garante o pagamento de financiamentos rurais quando a lavoura sofrer danos provocados por
eventos climáticos adversos ou causados por doenças e pragas sem controle.
O Proagro é administrado pelo Banco Central e regulamentado pelo CMN. As instituições financei-
ras (bancos e cooperativas de crédito) são os agentes do programa.

5.4.2 PROGRAMA NACIONAL DE FORTALECIMENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR (PRONAF)


O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) representa um pilar es-
sencial para o desenvolvimento sustentável do agronegócio familiar no Brasil. O programa oferece
condições facilitadas de crédito para pequenos agricultores, visando ampliar sua participação no
mercado agropecuário, melhorar a qualidade de vida no campo e promover a modernização de
suas atividades.

Funcionamento do Pronaf
O Pronaf permite que os agricultores familiares acessem financiamentos com juros reduzidos e
prazos de pagamento adaptados às suas realidades, cobrindo desde despesas de custeio até in-
vestimentos para ampliação e modernização de suas atividades, tanto agropecuárias quanto não
agropecuárias. Diversas linhas de crédito estão disponíveis, atendendo a diferentes necessidades e
projetos específicos do pequeno produtor.

Elegibilidade para o Pronaf


Para ser elegível ao Pronaf, o produtor deve:
• Residir na propriedade rural ou nas proximidades;
• Atuar diretamente no manejo da produção, seja como proprietário, posseiro, arrendatário, par-
ceiro ou concessionário;
• Ter a agricultura familiar como principal fonte de renda;
• Obter ao menos 50% da renda familiar bruta de atividades rurais;
• Possuir renda bruta familiar anual de até R$ 360 mil;

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• Ter a propriedade dimensionada em até 4 módulos fiscais (ou 6, para atividades pecuárias);
• Limitar o uso de mão de obra externa à sazonalidade da produção.

Como Acessar o Financiamento do Pronaf


Para solicitar o financiamento, o agricultor deve:
1. Escolher a Modalidade de Crédito: Custeio ou investimento.
2. Dirigir-se a uma Instituição Financeira Credenciada: Apresentando a documentação necessá-
ria, incluindo a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) e um Projeto Técnico.
3. Documentação Necessária: Geralmente inclui mapa de localização da propriedade, licencia-
mento ambiental (se necessário), autorização de uso de água, Certificado de Cadastro de Imó-
vel Rural (CCIR) e certidão negativa de débito junto ao INSS.

Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP)


A DAP é crucial para confirmar a elegibilidade do agricultor ao Pronaf. Ela pode ser solicitada gratui-
tamente em entidades credenciadas, como a Emater ou sindicatos rurais, e é válida por dois anos,
podendo ser renovada conforme necessário.

Benefícios do Pronaf
Além de contribuir para a valorização da produção agrícola familiar, o Pronaf estimula a diversifi-
cação da produção, a inclusão social e econômica dos agricultores familiares e promove práticas
de sustentabilidade ambiental. Com isso, busca-se não apenas o fortalecimento da agricultura fa-
miliar mas também o desenvolvimento rural de forma integrada e sustentável.

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5.4.3 CRÉDITO INDUSTRIAL E AGROINDUSTRIAL


O crédito industrial é voltado para empresas do setor secundário, cuja atividade envolve a transfor-
mação de matérias-primas em produtos acabados ou semiacabados. Esse tipo de crédito é funda-
mental para financiar:
• Capital de Giro: Para suportar as operações diárias da empresa, compra de matérias-primas,
pagamento de salários, entre outros.
• Investimentos em Equipamentos e Infraestrutura: Compra de maquinários, melhorias na plan-
ta industrial, tecnologia e inovação para aumento da capacidade produtiva.
• Expansão: Para financiar a expansão das atividades industriais, incluindo a abertura de novas
fábricas ou linhas de produção.

Crédito Agroindustrial
O crédito agroindustrial destina-se a empresas que atuam na transformação de produtos agrícolas.
Este tipo de crédito apoia:
• Agroindústrias: Empresas que processam produtos agrícolas (como alimentos, fibras, bioener-
gia), transformando-os em produtos de maior valor agregado.

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• Modernização: Aquisição de tecnologias e maquinários mais eficientes e sustentáveis.


• Integração da Cadeia Produtiva: Financiamento de operações que visam integrar a produção
agrícola com a industrialização, distribuição e venda, otimizando a cadeia de valor.

Acesso ao Crédito
O acesso ao crédito industrial e agroindustrial no Brasil pode ser feito através de:
• Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES): Oferece várias linhas de
crédito para o desenvolvimento industrial e agroindustrial, com foco em inovação, sustentabili-
dade e competitividade.
• Bancos Comerciais: Oferecem linhas de crédito específicas para empresas industriais e agroin-
dustriais, incluindo financiamentos para exportação.
• Programas Governamentais: Existem programas específicos de apoio ao setor industrial e
agroindustrial, que podem oferecer condições favoráveis de financiamento, incluindo taxas de
juros reduzidas e prazos de pagamento estendidos.

5.5 RECURSOS UTILIZADOS NA CONTRATAÇÃO DE FINANCIAMENTOS

5.5.1 FUNDO CONSTITUCIONAL DE FINANCIAMENTO DO NORDESTE – FNE


O Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) representa um marco significativo na
estratégia de desenvolvimento econômico e social brasileira, especialmente para a região Nordes-
te, além de partes dos estados do Espírito Santo e Minas Gerais. Este fundo, instituído pela Consti-
tuição Federal de 1988 e regulamentado pela Lei nº 7.827 de 27 de setembro de 1989, serve como
uma fonte de recursos estável destinada ao financiamento de atividades produtivas nessas áreas.
Seu principal objetivo é mitigar as disparidades socioeconômicas presentes na região, alinhando-se
à premissa constitucional de promover a redução das desigualdades sociais e regionais através de
políticas públicas eficazes.

Objetivo do FNE
O objetivo primordial do FNE é o de promover a igualdade social e econômica, conforme preconi-
zado pela Constituição Federal. Isto é alcançado por meio do estímulo a investimentos produtivos
que impulsionam o desenvolvimento econômico regional, acompanhado da geração de emprego e
renda, visando a uma distribuição de riquezas mais equitativa.
I. Financiar projetos que contribuam para o desenvolvimento econômico e social da região Nor-
deste.
II. Apoiar setores produtivos como a indústria, a agropecuária, o turismo, a mineração, entre ou-
tros.
III. Estimular a criação de empregos e a geração de renda na região.

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Finalidade
Criado para ser um pilar de sustentação econômica, o FNE busca ser uma fonte confiável de finan-
ciamento para atividades produtivas na região Nordeste e nas partes norte dos estados de Minas
Gerais e Espírito Santo. Ele é direcionado não apenas a grandes projetos, mas também a estudantes
abrangidos pelo Programa de Financiamento Estudantil (P-FIES) e a pessoas físicas, inclusive mini e
microgeradores de energia fotovoltaica, oferecendo condições favoráveis que estimulam o desen-
volvimento econômico e social.

O Que o FNE Financia


O FNE é versátil em sua aplicação de recursos, financiando desde investimentos de longo prazo
até capital de giro ou custeio, cobrindo uma ampla gama de setores como agropecuária, indústria,
turismo, comércio, serviços, infraestrutura, e outros, proporcionando um suporte abrangente ao
desenvolvimento de diversas atividades econômicas.

Abrangência
Atualmente, o FNE beneficia 2.074 municípios, abrangendo todos os nove estados do Nordeste,
além do norte dos estados do Espírito Santo e de Minas Gerais. Este alcance demonstra o compro-
misso do fundo em disponibilizar crédito a uma vasta gama de segmentos empresariais, desde mi-
croempreendedores individuais a grandes empresas, associações e cooperativas, enfatizando seu
papel integral na promoção do desenvolvimento regional.

Administração e Recursos
• O BNB é responsável pela administração dos recursos do FNE, desenvolvendo e executando
programas de financiamento alinhados com os planos regionais de desenvolvimento.
• Os recursos do FNE provêm principalmente de dotações orçamentárias da União, além de ou-
tras fontes como operações de crédito internas e externas.

Operacionalização
A gestão do FNE segue diretrizes rigorosas que garantem a eficácia de sua aplicação, como a obri-
gatoriedade de destinar metade de seus recursos para o semiárido, a integração com instituições
federais na região, o apoio prioritário a pequenos empreendedores e a sustentabilidade ambiental.
Este enquadramento garante que o fundo não apenas forneça recursos financeiros, mas também
apoie o crescimento sustentável e inclusivo.

Aplicação dos Recursos


A priorização de mini e pequenos produtores rurais, micro e pequenas empresas, e a região semi-
árida, sublinha o papel do FNE como um instrumento vital para o fomento do desenvolvimento re-
gional. Através do planejamento estratégico e da integração de políticas, programas e ações, o FNE
busca maximizar a eficiência e a eficácia dos investimentos públicos, tendo um impacto significativo
nas economias locais.

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Estratégias e Programação Anual


O Banco do Nordeste desempenha um papel crucial na administração do FNE, elaborando anual-
mente uma proposta detalhada de aplicação dos recursos do fundo. Esta programação inclui estra-
tégias de ação, programas de financiamento e planos estaduais de aplicação de recursos, submeti-
dos ao Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e à Superintendência do Desenvolvimento
do Nordeste (SUDENE), assegurando que as ações do FNE estejam alinhadas com as necessidades e
os objetivos de desenvolvimento regional.
Com essa abordagem multifacetada e integrada, o FNE não é apenas um fundo de financiamen-
to, mas sim uma ferramenta estratégica que promove o desenvolvimento equitativo e sustentável,
enfrentando as desigualdades históricas e fomentando o progresso socioeconômico da região Nor-
deste do Brasil e além.

Condições de Financiamento
• As condições de financiamento, incluindo encargos financeiros, prazos e limites de crédito, são
definidas pelo BNB, considerando as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Deliberativo da SU-
DENE.
• Não é permitida a aplicação de recursos a fundo perdido pelo FNE, ou seja, todos os financia-
mentos devem ser reembolsáveis.

Beneficiários
• Podem ser beneficiados pelos recursos do FNE os produtores e empresas, pessoas físicas e ju-
rídicas, cooperativas de produção que desenvolvam atividades produtivas nos setores especifi-
cados, localizados na área de atuação da SUDENE.

Prioridades
• O FNE dá tratamento preferencial a projetos que promovam a inclusão social, a diversificação
econômica, a inovação tecnológica, a sustentabilidade ambiental e a redução das desigualda-
des regionais.

Ações Judiciais e Registro


• Para a segurança jurídica dos financiamentos, é necessário o cumprimento de todas as exigên-
cias legais, incluindo o registro dos contratos nos órgãos competentes, conforme a natureza do
bem financiado.

Mitos e Verdades
• O FNE não financia a taxa SELIC acrescida de IPCA para pessoa jurídica; sua taxa de juros é defi-
nida com base em critérios próprios que visam à promoção do desenvolvimento regional.
• O FNE não é registrado como capital de terceiro no balanço do BNB para efeito do Acordo de
Basileia.
• Os recursos do FNE podem ser direcionados para diversas áreas, não se limitando ao setor de
comércio e serviços.

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5.5.2 BNDES/FINAME
O FINAME é uma subsidiária do BNDES, dedicada ao financiamento à produção e comercializa-
ção de máquinas e equipamentos. O capital social subscrito da FINAME está representado por
589.580.236 ações ordinárias, nominativas, sem valor nominal, de propriedade integral do BNDES.
O FINAME, como linha de crédito e financiamento gerida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), destinada à aquisição de máquinas e equipamentos novos, produzi-
dos no Brasil e credenciados pelo BNDES. Este programa é uma peça fundamental na estratégia de
fomento à indústria nacional, ao mesmo tempo em que apoia a modernização do parque industrial
brasileiro, incentivando o aumento da produtividade e a competitividade das empresas no país e
no exterior.

Objetivos do FINAME
O principal objetivo do FINAME é financiar a compra de máquinas e equipamentos novos de fabri-
cação nacional, credenciados pelo BNDES, por parte de empresas de qualquer porte e setor. Isso
inclui desde a aquisição de equipamentos individuais até projetos de expansão ou modernização
que requerem várias máquinas.

Funcionamento do FINAME
O financiamento do FINAME é realizado através de instituições financeiras credenciadas pelo BN-
DES, que atuam como agentes do programa. Estas instituições são responsáveis por analisar o cré-
dito e liberar os recursos para os tomadores finais, sejam eles produtores, comerciantes ou presta-
dores de serviços.

Elegibilidade para o Financiamento


Podem solicitar o financiamento pelo FINAME empresas de qualquer porte, incluindo micro, pe-
quenas, médias e grandes empresas, com atuação em diversos setores da economia. Isso abrange
desde a indústria até o agronegócio, passando por serviços e comércio, desde que o investimento
seja destinado à aquisição de máquinas e equipamentos credenciados.

Requisitos do Crédito
Os principais requisitos para acessar o crédito do FINAME envolvem a comprovação da capacidade
de pagamento por parte da empresa solicitante, além da destinação dos recursos para a aquisição
de máquinas e equipamentos novos, de fabricação nacional e credenciados pelo BNDES. As condi-
ções específicas de financiamento, como taxas de juros, prazos e garantias, variam conforme a linha
de crédito e o agente financeiro escolhido.

Crédito em 8 passos
Passo 1: O interessado escolhe a máquina ou equipamento que deseja adquirir e verifica se o item
consta na listagem de equipamentos financiáveis pelo BNDES Finame. É possível fazer essa verifica-
ção no site do BNDES.

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Passo 2: O interessado procura um agente financeiro credenciado e solicita o financiamento do


equipamento/máquina. Os agentes financeiros são instituições financeiras autorizadas a repassar
os recursos do BNDES, podem ser bancos comerciais, bancos de desenvolvimento, agências de fo-
mento ou cooperativas de crédito etc.
Passo 3: O agente financeiro analisa a solicitação e a situação financeira do interessado e, caso apro-
ve a operação, encaminha a solicitação de financiamento ao BNDES.
Passo 4: O BNDES avalia a solicitação, observa se está de acordo com as normas e, em caso positivo,
autoriza o financiamento.
Passo 5: O agente autoriza o fabricante ou distribuidor autorizado a entregar a máquina ou equipa-
mento ao comprador/financiado.
Passo 6: O fabricante ou distribuidor autorizado entrega a máquina ou equipamento ao comprador.
Passo 7: O BNDES repassa ao agente financeiro o valor a ser financiado (mediante solicitação e
apresentação da nota fiscal).
Passo 8: O agente financeiro transfere o valor ao fabricante ou distribuidor autorizado do equipa-
mento.

Itens Financiáveis
O FINAME financia a aquisição de uma ampla gama de máquinas e equipamentos, incluindo, mas
não se limitando a:
• Equipamentos industriais;
• Veículos comerciais e rodoviários;
• Equipamentos de informática e automação;
• Máquinas agrícolas;
• Entre outros.

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Informações Adicionais
Além do financiamento à aquisição de máquinas e equipamentos, algumas linhas do FINAME tam-
bém permitem o financiamento de serviços associados à instalação dos equipamentos e, em certos
casos, capital de giro associado ao projeto de investimento. É importante consultar o BNDES ou os
agentes financeiros credenciados para obter detalhes específicos sobre as condições de financia-
mento, os itens financiáveis e os documentos necessários para a solicitação do crédito.
O FINAME é uma ferramenta essencial para empresas que buscam renovar ou expandir suas capa-
cidades produtivas, oferecendo condições favoráveis para o investimento em máquinas e equipa-
mentos de alta qualidade e tecnologia, fortalecendo assim a indústria nacional e contribuindo para
o desenvolvimento econômico do Brasil.

5.5.3 FUNDO DE AMPARO AO TRABALHADOR (FAT)


O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) é um importante instrumento de política econômica e
social no Brasil, criado com o objetivo de financiar o Programa do Seguro-Desemprego, o abono
salarial e financiar programas de desenvolvimento econômico geridos pelo Banco Nacional de De-
senvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Objetivos do FAT
O principal objetivo do FAT é prover recursos para o pagamento do seguro-desemprego e do abono
salarial, além de contribuir para o financiamento de programas de desenvolvimento econômico
executados pelo BNDES. Dessa forma, o fundo tem um papel vital na proteção social dos trabalha-
dores brasileiros e na promoção do desenvolvimento econômico sustentável do país.

Financiamento e Gestão
Os recursos do FAT são provenientes das contribuições do PIS (Programa de Integração Social) e do
PASEP (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público), além de outras fontes de finan-
ciamento definidas por lei. A gestão do fundo é realizada pelo Conselho Deliberativo do Fundo de
Amparo ao Trabalhador (CODEFAT), um órgão colegiado que inclui representantes do governo, dos
trabalhadores e dos empregadores.

Programa do Seguro-Desemprego
Um dos principais usos dos recursos do FAT é o financiamento do Programa do Seguro-Desempre-
go, que oferece uma assistência financeira temporária a trabalhadores desempregados sem justa
causa. O programa também inclui ações de apoio à recolocação no mercado de trabalho e de qua-
lificação profissional.

Abono Salarial
Outra importante aplicação dos recursos do FAT é o pagamento do abono salarial, um benefício
anual equivalente a um salário mínimo concedido aos trabalhadores que recebem, em média, até
dois salários mínimos mensais e que estejam cadastrados no PIS/PASEP há pelo menos cinco anos.

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Financiamento de Programas de Desenvolvimento


Além de suas funções sociais, o FAT também financia programas de desenvolvimento econômico
por meio do BNDES. Isso inclui projetos de investimento em infraestrutura, inovação tecnológica,
fortalecimento do setor produtivo nacional, entre outros, visando a geração de emprego e renda e
o crescimento econômico do país.

Desafios e Perspectivas
O FAT enfrenta o desafio de manter sua sustentabilidade financeira diante das demandas crescen-
tes por recursos, tanto para o pagamento de benefícios sociais quanto para o financiamento de
projetos de desenvolvimento econômico. Discussões sobre reformas e melhorias na gestão dos re-
cursos do fundo são constantes, buscando garantir que o FAT continue a cumprir seu papel essen-
cial na economia e na sociedade brasileira.

Conclusão
O FAT desempenha um papel crucial no amparo aos trabalhadores e no fomento ao desenvolvi-
mento econômico do Brasil. Sua capacidade de adaptar-se às mudanças econômicas e sociais será
fundamental para garantir a continuidade de seus benefícios à população e contribuir para um fu-
turo econômico sustentável e inclusivo para o país.

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AULA 06

6. GARANTIAS BANCÁRIAS

Agora vamos tratar os itens relacionados em “Aspectos Jurídicos” do edital. Item 4, mais precisa-
mente. O Pai vai trabalhar aqui apenas o conteúdo de Garantias (4.3), ficando os demais itens jurí-
dicos, sendo tratado pelos professores da área juridica do GG Concursos.
Garantias nas operações de crédito representam uma segurança adicional para o credor, assegu-
rando que, em caso de inadimplência do devedor, haverá formas de recuperar o valor emprestado.
Elas são essenciais no mundo financeiro por mitigar o risco de crédito, facilitando a concessão de
empréstimos e financiamentos. As garantias dividem-se em duas categorias principais: pessoais (ou
fidejussórias) e reais.

Garantias Pessoais ou Fidejussórias


Neste tipo de garantia, a promessa de pagamento não está vinculada a um bem específico, mas sim
ao compromisso de uma terceira pessoa, que se responsabiliza pelo cumprimento da obrigação na
eventualidade de inadimplência do devedor principal. Isso introduz um elemento de confiança pes-
soal nas transações financeiras, onde o credor depende da solvabilidade e da palavra do garantidor.
As principais formas incluem:
• Aval: Uma declaração formal de um avalista que se compromete a honrar a dívida do devedor,
caso este não o faça.
• Fiança: Semelhante ao aval, mas utilizada em um contexto mais amplo de contratos, onde o
fiador assume a obrigação de pagamento se o devedor principal falhar.
• Fiança Bancária: Uma modalidade em que um banco garante o cumprimento de uma obriga-
ção do devedor perante um terceiro, oferecendo maior segurança ao credor devido à solidez
financeira da instituição bancária.

Garantias Reais
Diferentemente das garantias pessoais, as garantias reais envolvem a vinculação de bens específi-
cos (móveis ou imóveis) à obrigação. Se o devedor não cumprir com o pagamento, o credor pode
recorrer ao bem garantido para satisfazer a dívida. Isso oferece ao credor uma segurança patrimo-
nial concreta, reduzindo o risco do empréstimo. Entre as garantias reais mais comuns, destacam-se:
• Hipoteca: Direito de garantia que recai sobre imóveis (que permanecem em posse do devedor),
permitindo ao credor, em caso de inadimplência, promover a venda do bem para o pagamento
da dívida.
• Penhor: Garantia que incide sobre bens móveis, como veículos ou joias, que são entregues ao
credor ou permanecem em posse do devedor sob promessa de penhor.
• Alienação Fiduciária: Envolve a transferência da propriedade fiduciária do bem ao credor até
que a dívida seja integralmente paga. É amplamente utilizada em financiamentos de bens mó-
veis (como veículos) e imóveis.

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Importância das Garantias


As garantias são fundamentais para o sistema de crédito, pois:
• Reduzem o Risco de Crédito: Ao oferecer uma forma de recuperação em caso de inadimplên-
cia, incentivam a concessão de empréstimos.
• Facilitam Condições de Crédito: Podem possibilitar taxas de juros menores e prazos de paga-
mento mais longos, devido à redução do risco.
• Promovem a Confiança no Mercado Financeiro: A existência de garantias sólidas aumenta a
confiança geral no sistema financeiro, estimulando a atividade econômica.
A escolha entre garantias pessoais e reais geralmente depende da natureza da operação de crédito,
do perfil do devedor, do valor envolvido e das preferências do credor. Em muitos casos, a combina-
ção de diferentes tipos de garantias pode ser utilizada para adequar-se às necessidades específicas
de cada operação de crédito.

6.1 GARANTIAS PESSOAIS – FIDEJUSSÓRIA


As garantias pessoais, também conhecidas como fidejussórias, desempenham um papel crucial nas
operações de crédito, oferecendo uma segurança adicional ao credor, além da confiança na capaci-
dade de pagamento do devedor principal. Este tipo de garantia é baseado no compromisso de uma
terceira pessoa, que se responsabiliza pelo cumprimento da obrigação financeira caso o devedor
principal falhe em sua responsabilidade. As garantias pessoais mais comuns incluem o aval e a fian-
ça, cada uma com características e requisitos específicos

6.1.1 AVAL
O aval é uma garantia muito utilizada no universo do crédito, especialmente em títulos de crédito,
como cheques, duplicatas, letras de câmbio e notas promissórias. Ele se caracteriza pela promessa
feita por um terceiro (o avalista) de honrar a obrigação financeira caso o devedor principal (avali-
zado) não o faça. Esta forma de garantia é especialmente relevante no contexto de negócios e em-
préstimos, por proporcionar uma segurança adicional ao credor.

Características Principais do Aval


• Autonomia: O aval é autônomo em relação à obrigação principal. Isso significa que a responsa-
bilidade do avalista é mantida mesmo que haja problemas legais com a obrigação do avalizado,
como falência, incapacidade ou outros vícios de consentimento.
• Solidariedade: No aval, o avalista assume uma responsabilidade solidária com o avalizado. Isso
quer dizer que o credor pode exigir o pagamento integral do título tanto do devedor principal
quanto do avalista, sem necessidade de seguir uma ordem específica para a cobrança.
• Irrevogabilidade: Uma vez concedido, o aval não pode ser retirado unilateralmente pelo avalis-
ta. Ele permanece válido até a liquidação do título ou o cumprimento da obrigação.
• Necessidade de Outorga Conjugal: Em muitos sistemas jurídicos, o aval pode exigir a autoriza-
ção do cônjuge do avalista, dependendo do regime de bens do casamento e do valor envolvido
na transação.

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TIPOS DE AVAL
• Aval em Branco e Aval em Preto: O aval pode ser classificado conforme a especificação do ava-
lizado. No aval em branco, não se especifica a quem beneficia, sendo presumido em favor do
emitente do título. No aval em preto, o avalizado é expressamente indicado.
• Aval Parcial ou Limitado: Embora tradicionalmente o aval deva garantir o valor total do título,
algumas legislações permitem o aval parcial, que cobre apenas uma parte do valor do título.
Esta é uma exceção importante e se aplica a determinados tipos de títulos de crédito.

Importância do Aval
O aval é uma ferramenta crucial no comércio e no financiamento, pois oferece uma camada adicio-
nal de segurança para o credor. Ele facilita a circulação de títulos de crédito e aumenta a confiança
nas transações comerciais, alavancando as operações de crédito e negócios em geral.

Exemplo Prático de Aval


Imagine uma empresa que emite uma duplicata no valor de R$50.000,00 para financiar a compra
de matéria-prima. Um dos sócios da empresa, como avalista, dá o aval para essa duplicata. Se a
empresa não conseguir pagar a dívida na data de vencimento, o credor pode exigir o pagamento
integral tanto da empresa quanto do sócio avalista, sem precisar acionar primeiro a empresa.
O aval, portanto, é uma garantia de pagamento essencial no mundo dos negócios, oferecendo se-
gurança e flexibilidade nas operações de crédito.

6.1.2 FIANÇA
A fiança é uma forma de garantia pessoal (ou fidejussória) utilizada nas operações de crédito, na
qual uma terceira pessoa, denominada fiador, compromete-se a cumprir a obrigação do devedor
principal, caso este último não o faça. É uma garantia de natureza acessória, dependendo da exis-
tência de uma obrigação principal, e tem grande relevância no direito civil e comercial, especial-
mente em contratos de locação e operações de crédito.

Características da Fiança:
• Natureza Acessória: A fiança é acessória à dívida principal; sua existência depende da obriga-
ção que se pretende garantir.
• Subsidiariedade: O fiador só será acionado após a tentativa de cobrança do devedor principal,
a menos que se renuncie expressamente a esse benefício.
• Unilateralidade: Geralmente, somente o fiador tem obrigações no contrato de fiança.
• Solidariedade (opcional): Pode ser estabelecida solidariedade entre o fiador e o devedor prin-
cipal, fazendo com que o fiador possa ser cobrado diretamente sem necessidade de acionar
primeiro o devedor.
• Limitada ou Ilimitada: A fiança pode ser limitada a um valor específico ou cobrir a totalidade da
dívida, incluindo juros, multas e custas judiciais.

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Aspectos Importantes da Fiança:


• Benefício de Ordem: O fiador tem o direito de exigir que os bens do devedor principal sejam
executados antes dos seus, a menos que tenha renunciado a esse direito.
• Necessidade de Outorga Conjugal: Dependendo do regime de bens do casamento, a fiança
prestada por um dos cônjuges pode necessitar da outorga do outro cônjuge.
• Exoneração da Fiança: O fiador pode exonerar-se da fiança, principalmente se ela foi concedida
sem prazo determinado, mediante notificação ao credor, permanecendo responsável por todas
as obrigações assumidas até 60 dias após a notificação.

Exemplos Práticos:
1. Locação de Imóvel: Um dos usos mais comuns da fiança é no contrato de aluguel, onde o fiador
garante ao locador o pagamento do aluguel e demais encargos caso o inquilino não o faça.
2. Operações de Crédito: Em empréstimos e financiamentos, a fiança serve para assegurar ao cre-
dor o pagamento da dívida, caso o devedor principal falhe.

Tipos de Fiança:
• Fiança Simples: A garantia cobre a dívida principal até um limite estabelecido no contrato de
fiança.
• Fiança Solidária: O fiador renuncia ao benefício de ordem e se compromete como se fosse o
próprio devedor principal.
• Fiança Bancária: Modalidade de fiança em que um banco garante o cumprimento da obrigação
do afiançado perante um terceiro. É amplamente utilizada em garantias de execução contratu-
al, licitações e contratos de grande vulto.

6.1.3 REGIME DE CASAMENTO X AVAL E FIANÇA

REGIME DE CASAMENTO AVAL FIANÇA


Comunhão Universal de Bens Necessita outorga Necessita outorga
Comunhão Parcial de Bens Necessita outorga Necessita outorga
Separação Total de Bens Não necessita outorga Não necessita outorga
Participação Final nos Aquestos Necessita outorga Necessita outorga

Observações:
• Aval: A outorga conjugal é necessária, exceto no regime de separação total de bens, porque a
responsabilidade do avalista pode afetar o patrimônio do casal.
• Fiança: Similarmente ao aval, a fiança geralmente requer a outorga do cônjuge, exceto sob o re-
gime de separação total de bens, devido ao risco de comprometimento do patrimônio comum
ou particular do casal

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Exceções: Em alguns casos, mesmo no regime de separação total de bens, poderá ser considerada
a necessidade de outorga conjugal para atos que possam representar risco financeiro significativo
para o patrimônio familiar, a critério da instituição financeira ou conforme legislação específica

6.1.4 AVAL X FIANÇA

CARACTERÍSTICA AVAL FIANÇA


Garantia cambial, usada Garantia contratual,
Natureza Jurídica
em títulos de crédito. aplicável a diversas obrigações.
Solidária e direta com o devedor. Subsidiária e acessória à obrigação
Tipo de Obrigação O avalista assume a mesma principal. O fiador só responde após a
responsabilidade do avalizado. execução do devedor principal.
O avalista pode ser acionado Em regra, exige-se a prévia execução do
Forma de diretamente pelo credor, sem devedor principal (benefício de ordem),
Execução necessidade de acionar o devedor a menos que haja renúncia a esse
principal primeiro. direito.
Geralmente necessária, dependendo
Necessidade de Geralmente necessária,
do regime de bens e do tipo de dívida
Outorga Conjugal dependendo do regime de bens.
garantida.
Pode ser manifestado Requer contrato de fiança ou cláusula
Instrumento
diretamente no título de crédito. específica em contrato mais amplo.
Não admite aval parcial, exceto em leis Pode ser limitado ao valor especificado
Limitação do Valor
especiais para alguns títulos. no contrato de fiança.
O avalista não pode se exonerar da O fiador pode pedir exoneração da
Exoneração obrigação enquanto o título estiver em fiança, respeitando as condições
circulação. contratuais e legais.
Aplicável, permitindo ao fiador exigir
Benefício
Não se aplica. que primeiro sejam executados os bens
de Ordem
do devedor.

6.1.5 FIANÇA BANCÁRIA


A fiança bancária é uma garantia oferecida por instituições financeiras para assegurar o cumpri-
mento de uma obrigação contratual por parte de um devedor. Trata-se de um mecanismo pelo qual
o banco, como fiador, compromete-se perante um terceiro (o beneficiário da fiança) a cumprir a
obrigação financeira do seu cliente (o afiançado), caso este não o faça.

Conceito e Funcionamento
A fiança bancária é, portanto, uma garantia fidejussória, onde a responsabilidade pelo cumprimen-
to da obrigação é transferida do devedor principal para o banco fiador. Este instrumento é ampla-
mente utilizado em contratos comerciais, licitações, contratos de construção, importações, entre
outros, funcionando como uma forma de assegurar ao beneficiário o cumprimento financeiro das
obrigações assumidas pelo afiançado.

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Vantagens da Fiança Bancária


• Segurança para o credor: oferece uma garantia sólida de que a obrigação será cumprida, já que
o banco tem capacidade financeira para honrar o compromisso, caso necessário.
• Flexibilidade para o devedor: permite ao devedor negociar melhores condições em contratos,
tendo em vista a solidez da garantia apresentada.
• Preservação de capital: o devedor não precisa imobilizar grandes quantias de dinheiro como
garantia, podendo utilizar esses recursos em outras áreas da sua atividade.
• Agilidade nas transações: a aceitação da fiança bancária é geralmente rápida por parte dos
credores, o que pode acelerar a conclusão de negócios.

Modalidades
A fiança bancária pode assumir diversas formas, dependendo do tipo de obrigação que está garan-
tindo. Algumas das modalidades mais comuns incluem:
• Bid Bond: garantia de proposta, utilizada em processos de licitação para assegurar que a em-
presa vencedora assinará o contrato.
• Performance Bond: garantia de performance, assegura a execução do contrato conforme os
termos acordados.
• Advance Payment Bond: garantia de pagamento antecipado, utilizada quando há pagamentos
antecipados ao fornecedor, assegurando a devolução desses valores caso os termos do contra-
to não sejam cumpridos.
• Warranty Bond: garantia de manutenção ou garantia, assegura contra defeitos ou falhas no
produto ou serviço fornecido.
• Refundment Bond: é utilizado para garantir a devolução de um adiantamento recebido por um
fornecedor ou contratado, caso este não cumpra com suas obrigações contratuais. É particular-
mente relevante em contratos internacionais ou em grandes projetos de construção e forneci-
mento, onde grandes somas de dinheiro são pagas antecipadamente para iniciar o trabalho ou
a produção e entrega de bens

Requisitos e Processo
Para obter uma fiança bancária, o afiançado deve apresentar ao banco uma série de documentos
que comprovem sua capacidade financeira e a seriedade da transação. O banco avaliará o risco
envolvido e, se aprovado, emitirá a carta de fiança em favor do beneficiário. O custo dessa garantia
varia conforme o risco, o valor envolvido e o prazo de vigência da fiança.

Exemplo Prático
Imagine uma empresa que vence uma licitação para construir uma obra pública. Para garantir que
cumprirá seu compromisso, a empresa solicita ao seu banco uma fiança bancária de performance.
O banco, após avaliar a saúde financeira da empresa e o contrato de construção, emite a fiança
para o órgão público que conduziu a licitação. Se a empresa não cumprir com suas obrigações, o
órgão público poderá acionar a fiança junto ao banco para receber uma compensação financeira.

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A fiança bancária é, portanto, uma ferramenta financeira poderosa tanto para quem precisa garan-
tir o cumprimento de uma obrigação quanto para quem busca segurança ao assumir compromissos
financeiros.

6.2 GARANTIAS REAIS


As garantias reais constituem um mecanismo de segurança jurídica em operações de crédito, onde
um bem, seja móvel ou imóvel, é utilizado para assegurar o cumprimento de uma obrigação. Ao
contrário das garantias pessoais, que dependem da confiança na capacidade de pagamento de uma
pessoa ou de terceiros, as garantias reais conferem ao credor o direito de se satisfazer prioritaria-
mente com o valor obtido pela execução do bem dado em garantia, em caso de inadimplência do
devedor.

Objetivos
• Proteção ao credor: Assegurar ao credor uma forma efetiva de recuperação do crédito em caso
de não pagamento da dívida pelo devedor.
• Facilitação de crédito: Proporcionar maior confiança às instituições financeiras e outros credo-
res para liberar empréstimos e financiamentos, reduzindo o risco de inadimplência.
• Redução das taxas de juros: Diminuir o custo do crédito para o devedor, visto que a existência
de uma garantia real diminui o risco assumido pelo credor.

Características
• Especificidade: Refere-se a um bem específico, que pode ser identificado e avaliado.
• Publicidade: Para que produza efeitos em relação a terceiros, a garantia real geralmente preci-
sa ser registrada em órgão competente, como o Registro de Imóveis para hipotecas ou o Regis-
tro de Títulos e Documentos para penhores, por exemplo.
• Preferência e sequencialidade: Em caso de execução do bem, o credor com garantia real tem
preferência no recebimento do valor em relação a credores com garantias pessoais ou sem ga-
rantias.
• Indivisibilidade: Mesmo que a dívida garantida pela hipoteca seja parcialmente paga, a garan-
tia permanece sobre o todo do bem até a liquidação total do débito.
• Execução: Em caso de inadimplência, o credor pode promover a execução do bem garantido
para satisfazer o crédito, independentemente de autorização judicial, dependendo do tipo de
garantia e do procedimento legal aplicável.

Tipos de Garantias Reais


• Hipoteca: Direito real sobre imóveis que não despoja o devedor da posse direta do bem, permi-
tindo sua utilização e fruição.
• Penhor: Garantia que recai sobre bens móveis ou direitos, exigindo a transferência da posse do
bem ao credor ou a um terceiro designado.
• Alienação Fiduciária: Transfere a propriedade fiduciária do bem ao credor até que a dívida seja
integralmente quitada.

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6.2.1 HIPOTECA
A hipoteca é uma forma de garantia real muito utilizada no sistema financeiro para garantir ope-
rações de crédito, especialmente aquelas de longo prazo ou de maior volume, devido à segurança
que proporciona ao credor. Ela incide sobre bens imóveis, como terrenos, casas, apartamentos, e
em alguns casos específicos, pode incidir sobre bens móveis registráveis, como navios e aeronaves,
devido à sua elevada valorização e importância econômica.

Conceito e Características
• Natureza: Garantia real que incide sobre imóveis ou bens assimilados por lei (navios, aerona-
ves, etc.), sem transferência de posse ao credor.
• Objeto: Principalmente imóveis, mas também navios, aeronaves, estradas de ferro, entre ou-
tros bens de elevado valor.
• Publicidade e Efetividade: Para que a hipoteca tenha eficácia contra terceiros, é indispensável
o registro no Cartório de Registro de Imóveis competente. A prioridade da hipoteca é determi-
nada pela ordem de registro, e um mesmo imóvel pode ser objeto de múltiplas hipotecas.

Exceções Notáveis
• Possibilidade de Alienação: Apesar da hipoteca, o proprietário mantém o direito de alienar o
imóvel, sendo a cláusula que proíbe tal ato considerada nula.
• Registro Especial: A localização do registro varia conforme o objeto da hipoteca, como nos ca-
sos de estradas de ferro, que são registradas no município da estação inicial, enquanto navios e
aeronaves seguem legislação especial.

Extinção da Hipoteca
A hipoteca pode se extinguir por diversos motivos, como o adimplemento da obrigação principal, o
perecimento do bem, a renúncia do credor, entre outros. Importante ressaltar que o cancelamento
do registro da hipoteca deve ser averbado no Registro de Imóveis, conforme as formalidades legais.

Bens Sujeitos a Hipoteca


De acordo com o Código Civil Brasileiro, especificamente nos artigos 1.473 a 1.505, os bens que po-
dem ser objeto de hipoteca incluem:
1. Imóveis e seus acessórios: Quando hipotecados, os imóveis e seus acessórios (que são bens
que, não constituindo partes integrantes, são destinados, de modo duradouro, ao uso, ao servi-
ço ou ao aformoseamento do imóvel) são considerados conjuntamente.
2. Domínio direto: Refere-se à propriedade plena de um bem, podendo ser hipotecada.
3. Domínio útil: Associado aos direitos de usufruto ou concessão de uso sobre um bem, pode ser
hipotecado separadamente do domínio pleno.
4. Estradas de ferro: A infraestrutura física das ferrovias pode ser hipotecada, incluindo os trilhos,
máquinas e equipamentos associados.

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5. Recursos naturais: Inclui jazidas, minas, recursos minerais e potenciais de energia hidráulica
que, mesmo separados do solo, podem ser hipotecados.
6. Navios e aeronaves: Esses veículos, devido ao seu alto valor e especificidade, podem ser objeto
de hipoteca, regidos por legislação especial.
7. Direito de uso especial para fins de moradia: Direitos concedidos para a utilização de um espa-
ço para moradia podem ser hipotecados.
8. Direito real de uso: Direitos que conferem a alguém o uso de propriedade alheia, com determi-
nadas condições, podem ser hipotecados.
9. Propriedade superficiária: Refere-se ao direito de construir ou plantar em terreno de outrem,
podendo este direito ser objeto de hipoteca.

Exemplo Prático
Um exemplo clássico de hipoteca é o financiamento imobiliário para aquisição de uma casa. O com-
prador obtém o financiamento junto a uma instituição financeira, que exige como garantia a hipo-
teca do imóvel adquirido. O registro da hipoteca é feito no Cartório de Registro de Imóveis, garan-
tindo ao banco o direito de, em caso de inadimplência, executar a garantia para saldar a dívida.

Importância
A hipoteca é fundamental tanto para operações individuais, como a compra de um imóvel residen-
cial, quanto para grandes operações comerciais ou industriais, fornecendo segurança jurídica para o
credor e permitindo ao devedor acessar créditos de maior volume ou com prazos mais estendidos.

6.2.2 ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA


A alienação fiduciária, regulamentada principalmente pelo Decreto-Lei nº 911/69 para bens móveis
e pela Lei nº 9.514/97 para bens imóveis, é uma garantia que tem crescido em popularidade, espe-
cialmente em financiamentos de bens de alto valor, como veículos e imóveis. Esta modalidade de
garantia cria um vínculo direto entre o bem financiado e a dívida contraída, oferecendo segurança
jurídica tanto para o credor quanto para o devedor.

Conceito
A alienação fiduciária em garantia ocorre quando um bem, móvel ou imóvel, é transferido pelo de-
vedor (fiduciante) ao credor (fiduciário) como garantia de uma dívida. Diferentemente do penhor
ou da hipoteca, nesta modalidade, o devedor mantém a posse direta do bem, podendo utilizá-lo,
mas não possui sua plena propriedade até a quitação da dívida.

Características
• Registro: Para que a alienação fiduciária tenha eficácia e oponibilidade frente a terceiros, é
essencial que seja registrada. No caso de bens móveis, como veículos, o registro ocorre no Car-
tório de Títulos e Documentos. Para bens imóveis, o registro é feito no Cartório de Registro de
Imóveis.
• Direito de Propriedade: Enquanto houver saldo devedor, a propriedade do bem pertence ao
credor, embora a posse direta e o uso sejam do devedor.

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• Execução da Garantia: Em caso de inadimplência, o credor pode retomar o bem de forma mais
ágil do que nas hipotecas ou penhores, principalmente por meio da ação de busca e apreensão
para bens móveis ou consolidação da propriedade em nome do credor, no caso de imóveis.

FAQ sobre Alienação Fiduciária


1. Execução por Inadimplência: Se o devedor não cumprir com as obrigações assumidas, o credor
pode acionar a justiça para a retomada do bem, seja por meio de busca e apreensão (bens mó-
veis) ou pela consolidação da propriedade e subsequente leilão (bens imóveis).
2. Quitação e Transferência de Propriedade: Após a quitação total da dívida, o credor é obrigado
a promover a transferência da propriedade plena ao devedor, livrando o bem de quaisquer res-
trições.
3. Venda do Bem Alienado: O bem alienado pode ser vendido antes da quitação total da dívida,
desde que haja concordância do credor e a dívida seja quitada com o produto da venda.
4. Implicações de Multas e Acidentes: As responsabilidades decorrentes do uso do bem, como
multas de trânsito e danos por acidentes, recaem sobre o devedor, mesmo que a propriedade
esteja com o credor.
5. Defesa em Ação de Busca e Apreensão: O devedor pode defender-se em uma ação de busca e
apreensão, podendo, inclusive, questionar cláusulas contratuais e buscar a revisão dos termos
do financiamento.
6. Penhorabilidade de Bens Alienados: Embora raro, bens alienados podem ser penhorados para
satisfação de outras dívidas do devedor, sendo o credor original preferencial no recebimento
do valor proveniente da venda do bem.

Importância da Alienação Fiduciária


A alienação fiduciária é uma garantia que beneficia ambas as partes de uma transação de crédito.
Para o credor, oferece uma segurança robusta e meios ágeis de recuperação do crédito em caso de
inadimplência. Para o devedor, possibilita o acesso a financiamentos para aquisição de bens de alto
valor, com a vantagem de poder utilizar o bem durante o período de pagamento da dívida.
Além disso, sua regulamentação clara e a possibilidade de execução eficiente da garantia contri-
buem para a redução dos juros aplicados ao financiamento, tornando esta uma opção atrativa no
mercado de crédito.

6.2.3 ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA X HIPOTECA – EXECUÇÃO


Vamos considerar um exemplo prático envolvendo um financiamento habitacional em que o clien-
te não conseguiu manter o pagamento das parcelas, ilustrando como seria o processo de cobrança
e execução tanto sob a garantia de hipoteca quanto sob alienação fiduciária. O objetivo é destacar
as diferenças entre esses dois mecanismos de garantia no contexto do inadimplemento.

Financiamento Habitacional com Hipoteca


1. ETAPA 1 – Inadimplência: O cliente deixa de pagar as parcelas do financiamento.
2. ETAPA 2 – Notificação: O credor notifica o cliente sobre a inadimplência, geralmente conceden-
do um prazo para regularização da dívida.

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3. ETAPA 3 – Ação Judicial: Caso a dívida não seja regularizada, o credor pode ingressar com uma
ação de execução da hipoteca. Este processo envolve o Judiciário e pode ser longo, dependen-
do do caso e da jurisdição, podendo levar de 1 a 3 anos.
4. ETAPA 4 – Arrematação do Imóvel: Uma vez que a ação é julgada procedente, o imóvel é leva-
do a leilão. O valor arrecadado é utilizado para quitar a dívida com o banco, e qualquer saldo
remanescente é devolvido ao devedor.

Financiamento Habitacional com Alienação Fiduciária


1. ETAPA 1 – Inadimplência: Semelhante ao caso da hipoteca, o cliente deixa de pagar as parcelas.
2. ETAPA 2 – Notificação: O credor notifica o devedor sobre a inadimplência, exigindo a regulari-
zação da dívida em um prazo determinado (geralmente 15 dias).
3. ETAPA 3 – Consolidação da Propriedade: Caso o devedor não regularize a dívida, o credor soli-
cita ao Cartório de Registro de Imóveis a consolidação da propriedade em seu nome, processo
que é mais rápido e menos burocrático do que a execução da hipoteca, podendo levar no máxi-
mo alguns meses.
4. Venda do Imóvel: Com a propriedade consolidada, o credor pode vender o imóvel diretamente
no mercado para recuperar o valor da dívida. Caso o valor de venda seja superior ao da dívida,
o saldo remanescente é devolvido ao devedor.

Comparação e Tempo Estimado


• Processo Judicial: A hipoteca exige um processo judicial para a execução da garantia, o que
pode ser demorado e incerto. Já a alienação fiduciária permite uma recuperação do crédito
mais rápida, através de procedimentos administrativos.
• Tempo Estimado: Enquanto a execução da hipoteca pode levar anos, a alienação fiduciária pode
ser resolvida em alguns meses, desde a notificação de inadimplência até a venda do imóvel.
• Caminho Jurídico/Administrativo: A hipoteca segue predominantemente um caminho jurídico,
enquanto a alienação fiduciária tem um componente administrativo forte, especialmente na
fase de consolidação da propriedade e venda do imóvel.

Conclusão
A escolha entre hipoteca e alienação fiduciária como forma de garantia em um financiamento habi-
tacional pode ter implicações significativas no caso de inadimplência. Enquanto a hipoteca oferece
um processo mais tradicional e judicial, a alienação fiduciária proporciona ao credor um meio mais
ágil e menos custoso de recuperação do crédito, refletindo uma tendência moderna em operações
de crédito imobiliário.

6.2.4 PENHOR MERCANTIL


O Penhor Mercantil é um tipo de garantia real que permite ao credor a posse de bens móveis ou
semoventes (como animais) ou títulos representativos de mercadorias, como forma de segurança
para o cumprimento de uma obrigação. No contexto industrial e mercantil, o penhor pode abranger
uma variedade de bens utilizados nas atividades de produção ou comercialização, incluindo máqui-
nas, instrumentos, matérias-primas e produtos industrializados, entre outros.

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Características Principais do Penhor Mercantil:


1. Objetos do Penhor: Além dos itens mencionados, o penhor mercantil pode também englobar
produtos agrícolas ainda não colhidos, estoques de mercadorias, e até mesmo direitos sobre
patentes ou marcas registradas, desde que possam ser avaliados monetariamente e possam
ser entregues ao credor em garantia.
2. Registro do Penhor: Para que o penhor tenha eficácia perante terceiros, é necessário que seja
registrado. O local de registro pode variar de acordo com o tipo de bem objeto do penhor: en-
quanto o penhor de bens móveis em geral é registrado no Cartório de Títulos e Documentos, o
penhor de máquinas e equipamentos instalados em imóveis (considerados bens móveis por an-
tecipação) deve ser registrado no Cartório de Registro de Imóveis onde o imóvel está situado.
3. Possibilidade de Posse pelo Credor: Diferentemente da hipoteca, no penhor, o credor pode,
em determinadas situações, tomar posse dos bens dados em garantia, especialmente em casos
onde exista risco de deterioração ou desvalorização do bem penhorado.
4. Execução do Penhor: Em caso de inadimplemento da obrigação garantida pelo penhor, o cre-
dor tem o direito de se apropriar ou vender os bens penhorados para satisfazer a dívida, obser-
vadas as disposições legais e contratuais pertinentes. Importante ressaltar que, para a venda
de bens penhorados, em geral, é necessária a intervenção judicial, a menos que haja previsão
contratual expressa permitindo a venda extrajudicial.

Exemplos Práticos:
• Penhor Industrial: Uma fábrica pode oferecer como garantia de um empréstimo suas máquinas
e equipamentos. O registro do penhor garantirá ao credor o direito de preferência sobre esses
bens em caso de inadimplência.
• Penhor de Estoque: Uma loja pode penhorar seu estoque de mercadorias para obter capital de
giro. O estoque permanece na posse do devedor para venda, mas em caso de não pagamento,
o credor pode apreender os bens penhorados para satisfazer a dívida.

Considerações Importantes:
• A cláusula que proíbe a alienação de bens penhorados é nula, visto que o bem já serve como
garantia da dívida e sua venda não desobriga o devedor da obrigação, podendo o valor ser utili-
zado para quitação da dívida garantida pelo penhor.
• O penhor de máquinas e equipamentos industriais requer atenção especial quanto ao registro,
para garantir a eficácia da garantia.
• O Penhor Mercantil é uma ferramenta valiosa de garantia para operações de crédito, especial-
mente para empresas que necessitam de financiamento mas desejam manter a posse e o uso
de seus bens produtivos.

6.2.5 DIFERENÇA ENTRE AS GARANTIAS REAIS


Para facilitar o entendimento das principais características e diferenças entre Penhor, Hipoteca e
Alienação Fiduciária, segue uma tabela comparativa abordando aspectos cruciais de cada uma des-
sas garantias reais:

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ASPECTO PENHOR HIPOTECA ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA


Bens imóveis e
Natureza Bens móveis, excepcionalmente bens Bens móveis
do Bem semoventes ou títulos. móveis como navios e (ex: veículos) ou imóveis.
aeronaves.
Devedor mantém a posse,
Posse do Credor pode tomar a posse Devedor mantém a
mas o bem fica alienado
Bem dos bens penhorados. posse do bem imóvel.
fiduciariamente.
Registro no Cartório de
Registro no Cartório de
Títulos e Documentos para Registro obrigatório no
Títulos e Documentos
Registro móveis ou Registro de Cartório de Registro de
(móveis) ou Registro de
Imóveis para imóveis em Imóveis do local do bem.
Imóveis (imóveis).
certos casos.
Possibilidade de venda Possibilidade de retomada
Venda do bem hipotecado
Execução dos bens penhorados e venda do bem pelo
exige intervenção judicial,
da pelo credor em caso de credor com procedimentos
salvo disposição contratual
Garantia inadimplência, com ou sem simplificados, especialmente
para venda direta.
intervenção judicial. para imóveis.
Código Civil (Art. 1.473
Lei 9.514/97 para imóveis e
Legislação Código Civil e seguintes) e legislação
Dec. Lei 911/69 para veículos,
Aplicável (Art. 1.431 e seguintes). específica para casos
entre outros bens móveis.
excepcionais.
Nem sempre exigida, Exigida para bens comuns Exigida conforme o regime
Outorga
dependendo do regime de do casal, exceto em regime de bens do casamento e a
Conjugal
bens do casamento. de separação absoluta. natureza do bem alienado.

6.3 FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO


O FGC é uma entidade privada, sem fins lucrativos, que administra o mecanismo de proteção aos
depositantes e investidores no âmbito do Sistema Financeiro Nacional, até os limites estabelecidos
pela regulamentação, contra instituições financeiras a ele associadas, em caso de intervenção e li-
quidação extrajudicial e reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência de
instituição associada. O FGC não exerce qualquer função pública, inclusive por delegação.

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Associados ao FGC

As cooperativas de crédito possuem um FGC próprio, o FGCoop. Simlar ao FGC, mudando apenas os
associados.
Para garantir uma cobertura em caso de liquidação, o FGC exige de seus associados uma contribui-
ção mensal ordinária que, atualmente, é de 0,0125% (cento e vinte e cinco décimos de milésimos
por cento) do montante dos saldos das contas referentes aos instrumentos cobertos pelo fundo.
São objeto da garantia ordinária proporcionada pelo FGC os créditos representados pelos seguin-
tes instrumentos financeiros:

Garantia Especial: Depósito a Prazo com Garantia Especial – DPGE.


Limite de cobertura:

É importante salientar que não estão cobertos pelo FGC as aplicações realizadas em Letras Finan-
ceiras, Fundos de Investimentos, Depósitos Judiciais, entre outros.

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AULA 07

7. ATUALIDADES

Agora chegou ahora de falarmos de atualidades. Antes de entrarmos no conteúdo que irá cair na
sua prova, é super importante te atualizar, que em concurso público todo e qualquer conteúdo co-
brado será de legislação ou validade até a data da publicação do edital.
Então pode parar de ler jornal, que as noticias pós edital, não podem cair em sua prova.
Esse também é um motivo que o PAI constroi sua apostila após a publicação do edital, ela fica 100%
de acordo com o que pode ser cobrado. Ah.. você estava estudando por outro material? E o mate-
rial já estava “pronto” antes mesmo que o edital fosse publicado? Então.. o que eu posso te acnce-
lhar é assistir umas aulas de raciocínio logico e descartar essa porcaria, foca aqui comigo que vamos
dominar o nordeste e o mundo, juntos!

7.1NTERNET BANKING E MOBILE BANKING

7.1.1 INTERNET BANKING


O Internet Banking refere-se ao sistema que permite aos clientes de um banco ou de outra insti-
tuição financeira realizar transações financeiras por meio do site da instituição na internet. Este
sistema oferece uma ampla gama de serviços, incluindo transferências bancárias, pagamentos de
contas, consultas de saldo e extratos, investimentos, entre outros.
Uma das principais vantagens do Internet Banking é a conveniência que oferece, eliminando a ne-
cessidade de visitas físicas à agência bancária para a realização de muitas operações financeiras.
Além disso, muitos bancos oferecem funcionalidades online exclusivas, como a aplicação em pro-
dutos de investimento, personalização de serviços e suporte ao cliente por chat ou e-mail.

7.1.2 MOBILE BANKING


O Mobile Banking, por outro lado, refere-se ao uso de aplicativos móveis fornecidos por instituições
financeiras para permitir que seus clientes realizem transações financeiras e acessem serviços ban-
cários através de dispositivos móveis, como smartphones e tablets. Este serviço inclui as mesmas
funcionalidades do Internet Banking, mas com a vantagem adicional da portabilidade, permitindo
que os usuários acessem seus dados bancários e realizem transações em qualquer lugar.
A ascensão do Mobile Banking é uma resposta direta ao aumento do uso de smartphones e à
demanda por acesso instantâneo e conveniente a serviços financeiros. Os aplicativos de Mobile
Banking são projetados com foco na experiência do usuário, oferecendo interfaces intuitivas e re-
cursos como biometria para login, notificações em tempo real e a possibilidade de bloquear cartões
de crédito ou débito instantaneamente.

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BANCO MÓVEL INTERNET BANKING


O mobile banking se refere a uma instala-
Internet banking implica um serviço que
ção baseada na Internet fornecida por ban-
permite aos clientes realizar as transações
Significado cos que permite que os clientes executem
financeiras eletronicamente, com o uso da
transações bancárias, através de dispositi-
internet.
vos celulares.
Dispositivo Celulares ou tablets Computadores ou Laptops
Serviço de mensagens curtas, aplicativo
Usos Site do banco
móvel ou site
Funções Limitado Comparativamente mais
Fonte (adaptado): https://pt.gadget-info.com/difference-between-mobile-banking

As transações bancárias fornecem perspectivas sobre a movimentação financeira do País, além de


informações valiosas quanto ao comportamento do consumidor. A seguir apresento um gráfico,
também apresentado pela FEBRABAN sobre comportamento do cliente bancário (ultima pesquisa
divulgada em 2023

Note que o mobilie banking, representa 65% das transações (107,1 de 163 bilhões). Além de ter
crescido 54% em relação ao ano anterior, enquanto as operações no geral cresceram apenas 30%.
Se olharmos as transações que acontecem nas agências, pontos físicos como caixa eletrônico, 24hs,
etc, chegamos a conclusão de que Praticamente 8 em cada 10 transações bancárias são digitais
Comparando internet banking x mobile banking, perceba que as transações mobile crescem signifi-
cativamente, enquanto internet permanecem estáveis.

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7.2 STARTUP, FINTECHS E BIG TECHS


As transformações digitais no setor financeiro trouxeram à tona novos termos e conceitos que es-
tão remodelando o mercado global. Entre esses termos, Startups, Fintechs e Bigtechs se destacam,
cada um representando uma faceta distinta da inovação e da tecnologia aplicada ao mundo dos
negócios e finanças.

Startups
Conceito: Startups são empresas emergentes que buscam explorar atividades inovadoras no merca-
do, frequentemente ligadas à tecnologia. Caracterizam-se por seu potencial de crescimento rápido e
modelos de negócios escaláveis. Embora não se limitem ao setor financeiro, muitas startups focam
em soluções tecnológicas para problemas tradicionais de diversos setores, incluindo finanças.
Exemplos: Airbnb (hospedagem), Uber (transporte), Spotify (streaming de música), 4U Ed Tech
(StartUP que o curso GG pertence).

Fintechs
Conceito: Fintechs são um subconjunto de startups focadas especificamente em inovações tec-
nológicas no setor financeiro. Elas buscam oferecer serviços financeiros mais eficientes, baratos e
acessíveis, desafiando as instituições financeiras tradicionais. Fintechs cobrem uma ampla gama de
serviços, incluindo pagamentos, empréstimos, investimentos, seguros e gestão financeira.
Exemplos: Nubank (serviços bancários digitais), Square (pagamentos móveis), Robinhood (investi-
mentos sem taxa).

Bigtechs
Conceito: são gigantes do setor tecnológico conhecidos por seu vasto alcance global, inovações
disruptivas, e domínio em suas áreas de atuação. Eles desempenham papéis centrais em múltiplos
segmentos da tecnologia, incluindo redes sociais, comércio eletrônico, tecnologias de pagamento,
entre outros. As Bigtechs se caracterizam por seus avançados recursos de coleta e análise de dados,
amplas bases de usuários e ecossistemas digitais integrados.
Exemplos: Apple, Amazon, Google etc

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Quadro Comparativo

ASPECTO STARTUPS FINTECHS BIGTECHS


Soluções inovadoras em Inovações tecnológicas no Grandes empresas
Foco
diversos setores. setor financeiro. de tecnologia.

Pagamentos, empréstimos, Suporte, dados, ferramentas,


Variados,
Serviços investimentos, seguros, infraestrutura, softwares, IA
dependendo do setor.
gestão financeira. etc.

Nubank, Square,
Exemplos Airbnb, Uber, Spotify. Apple, Amazon, Google.
Robinhood.

Utilizam sua vasta base de


Desafiam modelos de Desafiam instituições
clientes e avanços tecnológicos
negócios tradicionais financeiras tradicionais com
Impacto para oferecer suporte para
em seus respectivos serviços mais eficientes e
todas empresa que necessitam
setores. acessíveis.
de tecnologia.

7.2.1 FINTECHS
As fintechs no Brasil têm revolucionado o mercado financeiro com a introdução de inovações tec-
nológicas, criando novos modelos de negócios e democratizando o acesso a serviços financeiros.
Estas empresas operam predominantemente online, oferecendo uma ampla gama de serviços digi-
tais, desde plataformas de pagamento até soluções de gestão financeira, empréstimos, investimen-
tos e seguros. A sua atuação tem contribuído significativamente para o aumento da eficiência, da
concorrência no setor financeiro e para a redução de custos para os consumidores.

Categorias de Fintechs no Brasil


As fintechs brasileiras estão segmentadas em várias categorias, incluindo:
• Crédito: Oferecem empréstimos e financiamentos com processos mais ágeis e menos burocrá-
ticos.
• Pagamento: Facilitam transações financeiras, como transferências e pagamentos de contas.
• Gestão Financeira: Provedoras de ferramentas para melhor gestão de finanças pessoais ou em-
presariais.
• Empréstimo: Plataformas de peer-to-peer lending, conectando diretamente credores e deve-
dores.
• Investimento: Tecnologias para facilitar o acesso a investimentos, com opções diversificadas e
acessíveis.
• Financiamento Coletivo: Plataformas de crowdfunding para projetos criativos ou de empreen-
dedorismo.
• Seguros: Inovação no setor de seguros, com propostas personalizadas e processos simplifica-
dos.
• Negociação de Dívidas: Soluções para negociação e quitação de dívidas de forma facilitada.

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• Câmbio: Facilitação de operações de câmbio com taxas competitivas e processos ágeis.


• Multisserviços: Fintechs que oferecem uma gama diversificada de serviços financeiros.

Modelos Permitidos pelo BACEN


O Banco Central do Brasil permite que fintechs de crédito operem sob dois modelos principais:

Benefícios das Fintechs


• Aumento da eficiência e concorrência no mercado de crédito
• Rapidez e celeridade nas transações
• Diminuição da burocracia no acesso ao crédito
• Criação de condições para redução do custo do crédito
• Inovação

Podem ser autorizadas a funcionar no país dois tipos de fintechs de crédito – para intermediação
entre credores e devedores por meio de negociações realizadas em meio eletrônico: a Sociedade
de Crédito Direto (SCD) e a Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP), cujas operações cons-
tarão do Sistema de Informações de Créditos (SCR) e estão regulamentadas desde abril de 2018
pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) – Resoluções 4.656 e 4.657.
Para entrar em operação, as fintechs que quiserem operar como SCD ou SEP devem solicitar auto-
rização ao Banco Central.

Sociedade de Crédito Direto (SCD):


• As SCDs devem ser constituídas como sociedades anônimas.
• Exigência de capital social mínimo de R$1.000.000,00.
• Objeto restrito a operações de crédito, financiamento e aquisição de direitos creditórios com
recursos próprios, exclusivamente via plataforma eletrônica.
• Vedações incluem a captação de recursos do público e a participação no capital de outras insti-
tuições financeiras.

Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP):


• As SEPs também devem ser constituídas como sociedades anônimas, com denominação espe-
cífica.
• Capital social mínimo e autorização do Banco Central do Brasil são requisitos similares aos das
SCDs.
• Foco na intermediação de operações de crédito e financiamento entre pessoas.
• Permissão para oferecer serviços adicionais, como análise de crédito e emissão de moeda ele-
trônica, sempre respeitando as regulamentações vigentes.
• Limitação: A exposição de um credor, por SEP, deve ser de no máximo R$ 15 mil.

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Operações de Empréstimo e Financiamento entre Pessoas:


• Estruturação detalhada dos procedimentos para realização das operações, incluindo a emissão
de instrumentos representativos do crédito e a transferência de recursos.
• Definição de prazos para a transferência de recursos entre credores e devedores.
• Exigência de segregação dos recursos dos clientes dos recursos próprios da instituição.

Vedações e Limites:
• Restrições específicas para SCDs e SEPs, incluindo proibições sobre captação de recursos do pú-
blico (para SCDs) e sobre realização de operações com recursos próprios (para SEPs).
• Limites para as operações de empréstimo e financiamento, visando mitigar riscos associados a
essas atividades.

Prestação de Informações e Transparência:


• Obrigação das SEPs de informar aos clientes sobre a natureza e os riscos das operações, promo-
vendo a transparência e permitindo decisões informadas.
• Divulgação mensal da inadimplência média e realização de análise de perfil dos potenciais cre-
dores, garantindo a adequação dos produtos oferecidos aos clientes.

Importância para o Sistema Financeiro Nacional

Fonte: BACEN

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Mudança Legislação
Atenção, desde o dia 01 de Janeiro de 2023, entrou em vigor a resolução CMN 5.050, que pratica-
mente revoga a legislação anterior, Resoluções CMN 4.656 e 4.657. Então se estiver estudando com
outro material, desatualizado, muito cuidado.
O pai trouxe aqui para você as principais mudanças para SDC e SEP:
1. Poderão emitir moedas eletrônicas;
2. Poderão realizar análise de crédito e cobrança para terceiros;
3. Poderão iniciar transações de pagamento (ITPs);
4. Deverão ser constituídas na forma de sociedade anônima, com integralização de capital social e
manutenção do seu patrimônio líquido no valor de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais);
5. Poderão atuar como representantes de seguros na sua distribuição para as operações contrata-
das (por meio da plataforma digital), nos termos da regulamentação do Conselho Nacional de
Seguros Privados;
6. As sociedades de crédito direto não poderão captar recursos do público (exceto mediante emis-
são de ações), e não poderão participar do capital social de instituições financeiras;
“A Iniciação de Transação de Pagamentos promove a inovação do sistema financeiro e melhora o
ambiente competitivo”, ressalta João André Pereira, chefe do Departamento de Regulação do Siste-
ma Financeiro (Denor) do BC. A inclusão da funcionalidade na rotina das fintechs poderá tornar as
transações ainda mais simples e as jornadas de pagamento mais eficientes.

Como funciona?
Com a iniciadora de transação de pagamento, o usuário não precisará acionar sua conta no banco
para fazer o Pix, pois a instituição financeira faz isso para ele, mediante autorização. Assim, o consu-
midor poderá, por exemplo, ordenar à instituição na qual possui conta que transfira para o lojista o
valor da compra realizada, com apenas alguns cliques.
O recurso está em vigor desde a fase 3 do Open Finance, em 2022. A primeira instituição a atuar
como iniciadora de pagamentos no Brasil foi o Mercado Pago. Atualmente, o Mercado Pago permi-
te que o usuário carregue o cash-in de suas contas pré-pagas via Pix, movimentando suas contas,
sem a necessidade de sair do aplicativo.
Outros bancos oferecem a opção de iniciação de pagamentos com o objetivo de ganhar interface
com o cliente. Por exemplo, o cidadão já pode fazer um pagamento de Pix diretamente do aplica-
tivo do Banco do Brasil usando qualquer outra conta em que tenha saldo. Ou mesmo combinar
saldos para uma transação de Pix.
"Esse aprimoramento, de caráter complementar às atividades das fintechs de crédito, tem poten-
cial para promover inovações no Sistema Financeiro Nacional (SFN) e para aumentar a concorrência
entre os agentes autorizados à prestação desse serviço, além de possuir forte sinergia com o Pix",
explica Nagel Paulino, chefe de subunidade no Departamento de Regulação do Sistema Financeiro
(Denor).

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Diferença entre SEP e SCD


Atualizado conforme a Resolução CMN Nº 5.050, de 25 de novembro de 2022:

SOCIEDADE DE SOCIEDADE DE EMPRÉSTIMO


CARACTERÍSTICA
CRÉDITO DIRETO (SCD) ENTRE PESSOAS (SEP)
Instituições financeiras que realizam
Instituições financeiras que interme-
operações de empréstimo, financiamen-
diam operações de empréstimo e finan-
Definição to e aquisição de direitos creditórios
ciamento entre pessoas, exclusivamente
com recursos próprios, exclusivamente
por meio de plataforma eletrônica.
via plataforma eletrônica.

Capital Social
R$ 1.000.000,00 R$1.000.000,00
Mínimo

Podem captar recursos do público exclu-


Captação de Não podem captar recursos do público,
sivamente vinculados às operações de
Recursos exceto por meio de emissão de ações.
empréstimo e financiamento realizadas.

Operações realizadas com recursos pró- Operações financiadas por recursos co-
Fonte dos prios ou obtidos via repasses ou em- letados dos credores, direcionados aos
Recursos préstimos do BNDES, conforme seu ob- devedores após negociação em platafor-
jeto social. ma eletrônica.

Realização de operações de crédito e fi- Realização de operações de empréstimo


nanciamento com utilização de recursos e financiamento entre pessoas, exclusi-
Objeto
próprios, exclusivamente por meio de vamente por meio de plataforma eletrô-
plataforma eletrônica. nica.

• Análise de crédito para clientes e


terceiros
• Análise de crédito para terceiros • Cobrança de crédito para clientes e
• Cobrança de crédito para terceiros terceiros
Serviços Adicionais
• Emissão de moeda eletrônica • Emissão de moeda eletrônica
Permitidos
• Atuação como iniciadora de transa- • Atuação como iniciadora de transa-
ção de pagamento. ção de pagamento
• Distribuição de seguros relaciona-
dos com as operações concedidas.
• Não podem realizar operações de
crédito com recursos próprios
• Não podem captar recursos do pú-
blico • Não podem coobrigar-se ou prestar
Restrições qualquer tipo de garantia nas ope-
• Não podem participar do capital de rações
outras instituições financeiras
• Não podem participar do capital de
outras instituições financeiras

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SOCIEDADE DE SOCIEDADE DE EMPRÉSTIMO


CARACTERÍSTICA
CRÉDITO DIRETO (SCD) ENTRE PESSOAS (SEP)
Limitação do valor que um credor pode
Limites de emprestar a um mesmo devedor a
Não aplicável
Operação R$ 15.000,00, exceto para investidores
qualificados.

7.3 SHADOW BANKING


O conceito de “Shadow Banking”, ou Sistema Bancário Paralelo, refere-se à intermediação de cré-
dito e outras atividades financeiras realizadas por entidades que operam fora do sistema bancário
tradicional regulamentado. Este sistema inclui uma gama de operações financeiras e entidades,
como fundos de mercado monetário, veículos de investimento estruturado, fundos de hedge, entre
outros, que fornecem crédito e outros serviços financeiros sem estar sujeitos à mesma regulamen-
tação e supervisão que os bancos e instituições financeiras tradicionais.

Características e Participantes
Shadow Banking é caracterizado pela realização de atividades financeiras paralelas ao sistema ban-
cário regulamentado, oferecendo alternativas de financiamento e investimento através de canais
menos regulados. Esses intermediários não-regulamentados podem incluir entidades como secu-
ritizadoras de recebíveis, fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs), e plataformas de
empréstimo peer-to-peer (p2p), que realizam financiamentos de forma indireta, sem passar por
supervisão ou regulação direta.

Riscos e Regulação
A principal preocupação com o shadow banking é a sua menor ou nenhuma regulação, o que pode
representar riscos significativos para o sistema financeiro global, como evidenciado pela crise do
subprime em 2008. A falta de fiscalização implica em maiores riscos tanto para os investidores
quanto para o sistema financeiro como um todo, dada a possibilidade de contágio em momentos
de estresse financeiro.
No Brasil, o ambiente regulatório é robusto e muitas das entidades que poderiam ser classificadas
como parte do shadow banking estão sob a supervisão de autoridades nacionais, como a Comissão
de Valores Mobiliários (CVM). O Banco Central do Brasil, através da Agenda BC#, tem atuado na
identificação e regulação dessas entidades, visando a inclusão financeira e a estabilidade do siste-
ma financeiro. A regulamentação das fintechs de crédito em 2018, incluindo as Sociedades de Cré-
dito Direto (SCD) e Sociedades de Empréstimo entre Pessoas (SEP), é um exemplo de como o país
está avançando na supervisão de novos participantes do mercado financeiro.

Impacto no Sistema Financeiro


Apesar dos riscos, o shadow banking também oferece benefícios, como o aumento da eficiência do
sistema financeiro, ao prover alternativas de financiamento e investimento, e a potencial redução
dos custos de crédito para os consumidores finais. Contudo, é fundamental que exista um equilíbrio
entre a inovação financeira e a mitigação de riscos, garantindo a estabilidade financeira e protegen-
do os consumidores.

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Dentre os intermediários não-regulamentados que podem fazer parte do shadow banking estão os:

A inclusão da indústria de fundos de investimento no conceito de “Shadow Banking” pode, à pri-


meira vista, parecer contraditória, dada a regulação e fiscalização estritas a que estão sujeitos por
órgãos como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no Brasil. A confusão surge principalmente
do entendimento amplo e variado do que constitui o sistema de shadow banking e das diferenças
na abordagem regulatória entre países e regiões.
Por que Alguns Consideram os Fundos de Investimento como Shadow Banking?
1. Atividades Semelhantes a Bancárias: Alguns fundos de investimento realizam atividades que
são semelhantes às praticadas por bancos, como a alavancagem financeira e a transformação
de maturidade, onde os ativos de longo prazo são financiados por passivos de curto prazo. Es-
sas atividades podem aumentar os riscos sistêmicos de forma similar ao observado no shadow
banking tradicional.
2. Intermediação de Crédito: Certos tipos de fundos, como os fundos de mercado monetário e
fundos que investem em dívidas corporativas, participam da intermediação de crédito de ma-
neira indireta, fornecendo financiamento para empresas. Eles podem, assim, complementar ou
competir com o sistema bancário tradicional no fornecimento de crédito.
3. Riscos de Liquidez e Alavancagem: Alguns fundos de investimento utilizam alavancagem ou
possuem perfis de liquidez que podem gerar riscos sistêmicos em situações de estresse de mer-
cado, semelhantes aos enfrentados por entidades do shadow banking.
A inclusão da indústria de fundos de investimento no conceito de shadow banking é mais uma re-
flexão sobre as funções que esses fundos desempenham no sistema financeiro, especialmente em
termos de intermediação de crédito e gestão de risco, do que sobre a falta de regulação ou super-
visão. No contexto brasileiro, a regulação robusta pela CVM assegura que, mesmo desempenhando
funções similares às do shadow banking, os fundos de investimento operam dentro de um marco
regulatório claro, visando a estabilidade do mercado e a proteção dos investidores.

7.4 MOEDA REAL E DIGITAL


A moeda é um elemento fundamental da economia moderna, desempenhando várias funções es-
senciais para facilitar as transações comerciais e financeiras. As principais funções da moeda são:

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1. Meio de Troca
• Conceito: A moeda serve como intermediário nas trocas de bens e serviços, eliminando a ne-
cessidade de coincidência de desejos presente no escambo (troca direta de mercadorias por
mercadorias).
• Exemplo: Quando você vai a um supermercado e compra alimentos usando dinheiro, está uti-
lizando a moeda como meio de troca. O dinheiro facilita a transação, permitindo que você ad-
quira os alimentos sem precisar oferecer algo específico em troca, como seria no sistema de
escambo

2. Unidade de Conta
• Conceito: A moeda proporciona uma unidade comum de medida que permite estabelecer o va-
lor ou preço dos bens e serviços. Facilita a comparação entre os valores de diferentes produtos
e serviços.
• Exemplo: Os preços dos produtos em um catálogo estão todos denominados na mesma unida-
de monetária (por exemplo, reais no Brasil). Isso permite que os consumidores comparem fa-
cilmente os preços dos diversos produtos e tomem decisões informadas sobre o que comprar.

3. Reserva de Valor
• Conceito: A moeda permite que as pessoas guardem poder de compra para usar no futuro.
Idealmente, a moeda deve manter seu valor ao longo do tempo, permitindo que as pessoas
poupem.
• Exemplo: Se você recebe seu salário em dinheiro e decide guardar parte dele para uma viagem
futura, está usando a moeda como reserva de valor. Contudo, a eficácia da moeda como reser-
va de valor pode ser afetada pela inflação, que diminui o poder de compra do dinheiro ao longo
do tempo.

Funções Secundárias:
Além dessas três funções principais, a moeda também pode desempenhar funções secundárias,
como:
• Padrão de Pagamento Diferido: A moeda é um meio aceitável para liquidar dívidas que vencem
no futuro.
• Exemplo: Empréstimos e hipotecas são frequentemente expressos em termos monetários
e pagos em moeda ao longo do tempo.
• Transferência de Riqueza: Facilita a transferência de poder de compra de uma pessoa para ou-
tra ou de uma parte da economia para outra.
• Exemplo: Transferências de dinheiro entre contas bancárias, seja para pagamento de servi-
ços, seja como presente, utilizam a moeda como meio de transferir riqueza.
Cada uma dessas funções é crucial para o funcionamento eficiente da economia, permitindo tran-
sações mais fluidas, planejamento econômico e a acumulação de riqueza. A moeda, em suas diver-
sas formas (física como cédulas e moedas, ou digital como depósitos bancários e moedas virtuais),
continua sendo um pilar central das atividades econômicas em todo o mundo.

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7.4.1 BLOCKCHAIN: TECNOLOGIA DE REGISTRO DISTRIBUÍDO

Origem e Objetivos:
A tecnologia blockchain surgiu em 2008 como a arquitetura subjacente ao Bitcoin, a primeira crip-
tomoeda descentralizada, apresentada por uma pessoa (ou grupo) sob o pseudônimo de Satoshi
Nakamoto. O objetivo principal do blockchain é permitir a transferência digital de valor (como o
Bitcoin) de uma forma completamente segura, sem a necessidade de uma autoridade central ou
intermediário, como um banco. Além disso, visa garantir a integridade e a transparência das transa-
ções, criando um registro imutável e permanente.

Funcionamento:
O blockchain é uma cadeia de blocos que contém informações, vinculadas e seguras por meio de
princípios criptográficos. Cada bloco na cadeia contém um número de transações; cada transação
é verificada pela rede através de algoritmos de consenso e, uma vez verificada, é adicionada a um
bloco. Esse bloco é então ligado ao anterior na cadeia, formando um encadeamento de blocos, ou
"blockchain".

Etapas da Construção do Blockchain:

Exemplo Ilustrativo:
Imagine uma biblioteca digital colaborativa. Sempre que um novo livro digital é adicionado, essa
"transação" é verificada por várias bibliotecas participantes (nós/mineradores) para assegurar a
originalidade e os direitos autorais. Uma vez verificado, o registro desse novo livro é adicionado
a um "bloco" junto com outros registros recentes. Esse bloco é então selado com um código crip-
tográfico único e ligado ao bloco anterior da "cadeia de livros", criando um registro permanente e
inalterável de todas as adições à biblioteca.

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Aplicações e Importância:
• Finanças: Criptomoedas como Bitcoin e platafor-
mas de pagamento digital.
• Contratos Inteligentes: Contratos autoexecutáveis
que operam na blockchain, como na plataforma
Ethereum.
• Cadeia de Suprimentos: Rastreamento seguro e
transparente de produtos desde a produção até a
entrega.
• Identidade Digital: Criação de identidades digitais
seguras e imutáveis.
• Saúde: Registro seguro de prontuários médicos,
acessíveis apenas por entidades autorizadas.

Mineradores:
Os mineradores desempenham um papel crucial no
blockchain, validando e verificando transações para
adicioná-las a blocos. Eles usam poder computacional
para resolver quebra-cabeças criptográficos comple-
xos, um processo conhecido como "prova de traba-
lho". O primeiro a resolver o quebra-cabeça e validar o bloco é recompensado com a criptomoeda
do blockchain (por exemplo, bitcoins no caso do Bitcoin). Esta atividade não só garante a segurança
e a integridade do blockchain mas também cria novas moedas, incentivando a participação na rede.

Conclusão
O blockchain é uma tecnologia revolucionária com o potencial de transformar não apenas o setor
financeiro mas muitos outros setores da economia e da sociedade, oferecendo transparência, se-
gurança e eficiência sem precedentes. As possibilidades de aplicação são vastas, e à medida que a
tecnologia evolui, novos usos continuarão a surgir, expandindo ainda mais seu impacto global.

7.4.2 CRIPTOMOEDAS
Criptomoedas representam uma revolução no mundo financeiro, com o Bitcoin (BTC) liderando
essa mudança desde seu surgimento em 2009. Concebidas como uma alternativa descentralizada
às moedas tradicionais, as criptomoedas operam em uma rede distribuída usando a tecnologia blo-
ckchain. Este mecanismo assegura transações transparentes, seguras, e rastreáveis, sem a necessi-
dade de intermediários, como bancos.

Origem e Desenvolvimento
• Bitcoin: A primeira e mais conhecida criptomoeda, criada por uma pessoa ou grupo sob o pseu-
dônimo Satoshi Nakamoto. Surgiu com o objetivo de permitir transações online diretamente
entre as partes, de forma segura, sem a necessidade de uma instituição financeira como inter-
mediário.

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Como Funcionam
• Descentralização e Rastreamento: Cada transação de criptomoeda é registrada em um bloco
e adicionada a uma cadeia de blocos, ou blockchain, que é pública e imutável. Isso garante que
todas as transações possam ser verificadas e rastreadas por qualquer pessoa, mas sem revelar
identidades reais, garantindo privacidade e segurança.

Exemplos de Criptomoedas Conhecidas


• Além do Bitcoin, existem várias outras criptomoedas importantes, como Ethereum (ETH), Rip-
ple (XRP), Litecoin (LTC), Cardano (ADA) e Polkadot (DOT), cada uma com suas próprias caracte-
rísticas e casos de uso.

Aplicações
• As criptomoedas são utilizadas para uma variedade de propósitos, incluindo transferências de
dinheiro, pagamentos, investimentos, e até como parte de sistemas de contratos inteligentes
(smart contracts), especialmente no caso do Ethereum.

Mineradores
• Os mineradores desempenham um papel crucial no ecossistema das criptomoedas, validando
novas transações e adicionando-as ao blockchain, em troca de uma recompensa na criptomo-
eda em questão. Esse processo, conhecido como mineração, requer um grande poder compu-
tacional.

Regulação no Brasil
• A regulação das criptomoedas no Brasil tem evoluído. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM),
por meio da Resolução 175, esclareceu a posição dos fundos de investimento em relação aos
ativos digitais, permitindo a compra direta desses ativos pelas gestoras. Essa decisão marca um
passo significativo para a integração das criptomoedas no sistema financeiro tradicional e abre
novas possibilidades para investidores.
Quadro Comparativo: Bitcoin vs. Moeda Tradicional

ASPECTO BITCOIN MOEDA TRADICIONAL (FIAT)


Emissão Limitada a 21 milhões de unidades Ilimitada, controlada por governos
Descentralizado, pela
Controle Centralizado, por bancos centrais
comunidade de usuários
Transações Registradas em blockchain Processadas por instituições financeiras
Dependente de medidas
Segurança Criptografia avançada
de segurança física e digital
Acesso Global, sem necessidade de conta bancária Requer acesso a serviços financeiros
Potencial de
Alto, devido à oferta limitada Sujeito à inflação
valorização

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As criptomoedas representam não apenas uma inovação tecnológica, mas também uma proposta
de mudança na forma como entendemos e utilizamos o dinheiro. Com a evolução contínua da tec-
nologia e o aumento da aceitação mundial, as criptomoedas têm potencial para se tornarem uma
parte integral do sistema financeiro global.

7.4.3 DREX

Introdução ao Drex: Democratizando o Acesso aos Serviços Financeiros Inteligentes


O Drex, uma iniciativa do Banco Central do Brasil, visa revolucionar o cenário financeiro ao introdu-
zir uma moeda digital de banco central (CBDC) e uma plataforma de transações financeiras inteli-
gentes. Utilizando a tecnologia de registro distribuído (DLT), também conhecida como Distributed
Ledger Technology, o Drex permitirá a realização de transações seguras com ativos digitais e contra-
tos inteligentes.

Funcionamento do Drex: Uma Nova Era nas Transações Financeiras


A Plataforma Drex do Banco Central será o ambiente onde as transações financeiras ocorrerão. Para
ter acesso a essa plataforma, os usuários precisarão de um intermediário financeiro autorizado,
como um banco. Esse intermediário será responsável por transferir os fundos dos usuários de suas
contas tradicionais para suas carteiras digitais do Drex, possibilitando assim a realização de transa-
ções seguras com ativos digitais.

Contratos Inteligentes: Adaptabilidade e Segurança


Um dos principais atrativos do Drex são os contratos inteligentes, que serão utilizados para efetuar
transações financeiras na Plataforma Drex. Esses contratos podem ser adaptados de acordo com as
necessidades dos clientes, garantindo que as transações sejam concluídas somente quando todas
as condições forem atendidas. Isso proporciona segurança e confiança para todas as partes envol-
vidas.

Benefícios do Drex: Mais Eficiência e Segurança nas Transações Financeiras


O Drex tem como objetivo democratizar o acesso aos benefícios da economia digital, oferecendo
mais eficiência e segurança para as transações financeiras. Ao garantir que as transações só se-
jam concluídas quando todas as condições forem cumpridas, o Drex elimina preocupações comuns,
como o risco de uma das partes não cumprir sua parte no acordo.

Impacto do Drex: Modernização Financeira e Facilidade de Acesso


Com o lançamento do Drex, espera-se uma modernização significativa no setor financeiro, tornan-
do mais fácil e seguro para as pessoas realizarem uma variedade de transações financeiras, desde
investimentos e financiamentos tradicionais até a compra e venda de produtos e serviços por meio
de contratos inteligentes.

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Conclusão: Preparando-se para o Futuro Financeiro com o Drex


O Drex representa um passo importante na evolução do sistema financeiro brasileiro, oferecendo
aos cidadãos acesso a uma ampla gama de serviços financeiros inteligentes. À medida que o pro-
jeto avança, espera-se que mais pessoas possam se beneficiar dos recursos oferecidos pelo Drex,
tornando as transações financeiras mais eficientes, seguras e acessíveis a todos.

7.5 PIX
O Pix é a solução de pagamento instantâneo, criada e gerida pelo Banco Central do Brasil (BC), que
proporciona a realização de transferências e de pagamentos. O Pix é concluído em poucos segun-
dos, inclusive em relação à disponibilização dos recursos para o recebedor.
O Pix é um meio de pagamento assim como boleto, TED, DOC, transferências entre contas de uma
mesma instituição e cartões de pagamento (débito, crédito e pré-pago).
A diferença é que o Pix permite que qualquer tipo de transferência e de pagamento seja realizada
em qualquer dia, incluindo fins de semana e feriados, e em qualquer hora.
O Pix usa estrutura tecnológica centralizada, não utiliza blockchain, na qual a comunicação entre os
diversos participantes e o BC é realizada por meio de mensageria.
A segurança faz parte do desenho do Pix desde seu princípio, e é priorizada em todos os aspectos
do ecossistema, inclusive em relação às transações, às informações pessoais e ao combate à fraude
e lavagem de dinheiro. Os requisitos de disponibilidade, confidencialidade, integridade e autenti-
cidade das informações foram cuidadosamente estudados e diversos controles foram implantados
para garantir alto nível de segurança.

Chaves PIX
A chave é um ‘apelido’ utilizado para identificar sua conta. Ela representa o endereço da sua conta
no Pix. Os quatro tipos de chaves Pix que você pode utilizar são:
1. CPF/CNPJ;
2. E-mail;
3. Número de telefone celular; ou
4. Chave aleatória.
A chave vincula uma dessas informações básicas às informações completas que identificam a conta
transacional do cliente (identificação da instituição financeira ou de pagamento, número da agên-
cia, número da conta e tipo de conta).
Cada conta de pessoa física pode ter até 5 chaves vinculadas à ela, independentemente da quanti-
dade de titulares. Ou seja, se a conta for individual ou conjunta, ela poderá ter, no máximo, 5 cha-
ves Pix. Já no caso de pessoa jurídica, o máximo é de 20 chaves por conta
Você pode usar chaves distintas para vincular as diferentes contas transacionais. Por exemplo, usar
o número de telefone celular vinculado à conta corrente da instituição X, usar o CPF vinculado à
conta poupança da instituição Y, usar o e-mail vinculado à conta de pagamento da instituição Z, etc.
Contudo, não é possível vincular uma mesma chave a mais de uma conta.

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Tarifas PIX

Limite de transações:
Não há limite mínimo para pagamentos ou transferências via Pix. Isso quer dizer que você pode fa-
zer transações a partir de R$0,01. Em geral, também não há limite máximo de valores. Entretanto,
as instituições que ofertam o Pix poderão estabelecer limites máximos de valor baseados em crité-
rios de mitigação de riscos de fraude e de critérios de prevenção à lavagem de dinheiro e ao finan-
ciamento do terrorismo. Os usuários podem solicitar ajustes nos limites estabelecidos, devendo a
instituição acatar imediatamente a solicitação caso o pedido seja para redução de valor.

Novidades PIX
1. Inclusão da conta salário na lista de contas movimentáveis por Pix;
2. Possibilidade de devolução ágil de recursos pela instituição recebedora, em casos de fundada
suspeita de fraude ou falha operacional nos sistemas das instituições participantes;
3. Pix Saque, para dar ao consumidor mais uma opção de obtenção de dinheiro em espécie e para
facilitar a gestão de caixa do lojista;
4. Pix por aproximação, para dar mais facilidade e conveniência na iniciação de um Pix e para
atender casos de uso específicos;

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5. Iniciador de pagamentos no Pix, com desenvolvimentos que seguirão o cronograma estabeleci-


do no Open Banking, para permitir que os iniciadores possam ser participantes do Pix agregan-
do ainda mais competição ao arranjo;
6. QR Code pagador, que viabilizará a realização de Pix mesmo quando o pagador estiver off-line,
ampliando o acesso da sociedade ao Pix;
7. Pix Cobrança para pagamentos com vencimentos em data futura, podendo incluir juros, mul-
tas, acréscimos, descontos e outros abatimentos e, ainda, a integração via padronização de
arquivo de remessa e retorno para viabilizar gestão de cobranças em lote. Ainda no âmbito do
Pix Cobrança, o início do desenvolvimento da duplicata no Pix que permitirá a antecipação de
cobranças do Pix.

PIX Automático
O Banco Central do Brasil está definindo as regras para a implementação do Pix Automático, previs-
to para ser lançado em 28 de outubro de 2024. Essa nova modalidade de pagamento instantâneo
facilitará as cobranças recorrentes, ampliando o leque de possibilidades para empresas de diversos
tamanhos e setores, incluindo concessionárias de serviços públicos, instituições educacionais, aca-
demias, condomínios, entre outros. Para os usuários, o Pix Automático promete trazer mais como-
didade, permitindo o débito automático de pagamentos periódicos diretamente de suas contas,
mediante prévia autorização. Isso não só proporcionará uma forma de pagamento mais eficiente e
sem fricções, mas também poderá contribuir para a redução de custos operacionais e de inadim-
plência para os recebedores. Este avanço representa mais um passo na modernização do sistema
de pagamentos brasileiro, integrando ainda mais a economia digital à vida cotidiana dos cidadãos e
das empresas​​.

Limite para PIX


No início de 2023, o Banco Central do Brasil implementou uma mudança significativa nas regras
de transações via Pix, eliminando a obrigatoriedade de limites de valor por operação e mantendo
apenas restrições baseadas no período de tempo. Esta alteração, que entrou em vigor no dia 2
de janeiro, permite aos usuários realizar transações mais substanciais em um único movimento,
alinhando as operações de Pix com as conveniências já existentes em saques tradicionais de cai-
xas eletrônicos. Para as empresas, os limites de transações via Pix serão definidos pelas próprias
instituições financeiras. A medida também aumentou significativamente os limites para retiradas
de dinheiro utilizando as modalidades Pix Saque e Pix Troco, facilitando ainda mais o acesso e a
flexibilidade para os usuários. Além disso, o Banco Central ajustou regulamentações para permitir o
pagamento de salários e benefícios previdenciários pelo Governo Federal através do Pix, ampliando
a utilidade e a abrangência deste sistema de pagamento instantâneo que se tornou o meio mais
utilizado pelos brasileiros desde seu lançamento em novembro de 2020​​.

O fim do DOC
Após quatro décadas de existência, o serviço de transferência por Documento de Ordem de Crédito
(DOC) chegou ao fim em 15 de janeiro de 2024, às 22h. Nesse horário, os bancos encerraram a ofer-
ta do serviço de emissão e agendamento de transferências entre instituições financeiras distintas,
tanto para pessoas físicas quanto jurídicas. A data máxima para agendamento do DOC foi até 29 de
fevereiro de 2024, quando os bancos concluíram o processamento dos pagamentos, encerrando
definitivamente o sistema.

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Além do DOC, também deixou de ser oferecida a Transferência Especial de Crédito (TEC), modalida-
de em desuso, às 22h do mesmo dia. Nos últimos anos, o DOC e a TEC perderam espaço para o Pix,
sistema de transferência instantânea do Banco Central sem custo para pessoas físicas. Em contras-
te, o Pix permite transferências disponíveis 24 horas por dia, todos os dias da semana, representan-
do a escolha preferida dos brasileiros​​​

Evolução das transações PIX

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7.6 OPEN FINANCE

Introdução
O Open Finance, ou Sistema Financeiro Aberto, é uma inovação promovida pelo Banco Central do
Brasil, destinada a revolucionar o setor financeiro ao promover a concorrência e aprimorar a oferta
de produtos e serviços financeiros aos consumidores. Esta iniciativa garante que você, seja pessoa
física ou jurídica, tenha o poder de decidir quando e com quem compartilhar seus dados financei-
ros, promovendo uma padronização segura e conveniente de compartilhamento de dados e servi-
ços.

O que é Open Finance?


O Open Finance representa a possibili-
dade de compartilhar informações finan-
ceiras entre diferentes instituições auto-
rizadas pelo Banco Central, permitindo
a movimentação de contas bancárias
através de diversas plataformas, não limi-
tando o usuário apenas ao aplicativo ou
site do banco. Esse sistema aberto facilita
operações financeiras de forma segura,
ágil e conveniente, colocando o controle
nas mãos dos consumidores.

Diferenças entre Open Banking e Open Finance


O Open Finance é uma expansão do Open Banking. Enquanto o Open Banking se concentrava em
dados de serviços financeiros tradicionais, o Open Finance abrange um espectro mais amplo, in-
cluindo informações sobre investimentos, câmbio, credenciamento, seguros e previdência. Isso sig-
nifica que em breve será possível, por exemplo, utilizar dados financeiros de um banco para obter
condições mais vantajosas em seguros ou planos de previdência em outras instituições.

Benefícios do Open Finance

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Pilares do Open Finance

Instituições Participantes
A participação no Open Finance é restrita a instituições financeiras e outras entidades autorizadas
pelo Banco Central, com a divisão entre participantes obrigatórios e voluntários baseada no porte
da instituição e no tipo de dado ou serviço compartilhado.

Processo de Compartilhamento de Dados


O compartilhamento de dados no Open Finance ocorre apenas com o consentimento do cliente,
que pode ser concedido e revogado a qualquer momento. Este consentimento é uma manifestação
livre e informada, realizada por meio eletrônico, que permite o compartilhamento de dados para
finalidades específicas.

Requisitos para o Consentimento


O consentimento para o compartilhamento de dados deve
ser específico para finalidades determinadas, incluir a iden-
tificação do cliente, e ser solicitado de forma clara e obje-
tiva. Além disso, deve discriminar quais dados ou serviços
serão compartilhados e qual instituição receberá esses da-
dos.

Conclusão
O Open Finance é uma iniciativa promissora que visa de-
mocratizar o acesso a serviços financeiros, aumentando a
competitividade entre as instituições e oferecendo ao con-
sumidor maior controle sobre seus dados financeiros. Com
isso, espera-se uma maior personalização e eficiência na
oferta de produtos e serviços financeiros, beneficiando to-
dos os envolvidos no sistema financeiro brasileiro.

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7.7 ARRANJO DE PAGAMENTO

Introdução
Arranjos de pagamento são fundamentais para o funcionamento eficiente do sistema financeiro,
permitindo uma ampla gama de transações, desde pagamentos de compras até transferências de
recursos. Este conceito abrange um conjunto de regras e procedimentos estabelecidos para facilitar
esses serviços ao público, sob a supervisão do Banco Central do Brasil (BC).

O que é um Arranjo de Pagamento?


Um arranjo de pagamento define o conjunto de regras e procedimentos utilizados para processar
transações financeiras. Isso inclui a emissão de instrumentos de pagamento, gestão de contas, cre-
denciamento para aceitação de pagamentos, remessas de fundos, e mais, conforme delineado na
Lei 12.865, de 2013.

Instituidor de Arranjo de Pagamento


O instituidor de um arranjo de pagamento é a entidade jurídica responsável pela criação e manu-
tenção do sistema. Isso envolve a definição de regras, monitoramento da aderência dos participan-
tes a essas regras e garantia de conformidade com a regulamentação do BC. Exemplos incluem as
bandeiras de cartões de crédito e o próprio Banco Central, instituidor de arranjos como TED, DOC,
boleto e Pix.

Exceções na Supervisão do BC
Certos arranjos de pagamento não estão sujeitos à regulação e supervisão do BC, incluindo aque-
les com baixa volumetria de transações, arranjos exclusivos de grandes comerciantes, serviços de
pagamento de utilidades públicas, arranjos baseados em moedas virtuais para programas de fideli-
dade, entre outros.

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Exemplos de Arranjos de Pagamento


Arranjos de pagamento são variados e incluem sistemas para:

Função dos Arranjos de Pagamento


Os arranjos de pagamento facilitam transações financeiras entre usuários – incluindo indivíduos,
empresas e governos – que de outra forma não seriam possíveis ou seriam realizadas apenas com
troca física de dinheiro. Eles conectam as partes por meio de uma rede que aceita um instrumento
de pagamento comum.

Autorização e Supervisão pelo BC


Nem todos os arranjos de pagamento necessitam de autorização do BC para operar, mas todos são
sujeitos à supervisão, garantindo segurança e conformidade. Exceções incluem arranjos instituídos
por entidades governamentais e arranjos fechados instituídos por bancos ou instituições de paga-
mento autorizadas pelo BC, onde as transações são liquidadas internamente.

Supervisão dos Arranjos Não Autorizados


Mesmo os arranjos dispensados de autorização pelo BC são supervisionados, assegurando a inova-
ção e eficiência do mercado financeiro. O BC foca na supervisão de arranjos com potencial baixo de
risco ao sistema de pagamentos de varejo, promovendo um ambiente seguro e propício ao desen-
volvimento de novas soluções de pagamento.

Conclusão
Os arranjos de pagamento representam uma parte vital do ecossistema financeiro, proporcionando
a infraestrutura necessária para uma ampla gama de transações financeiras. Através da regulação
e supervisão pelo Banco Central, o sistema assegura a segurança, eficiência e inovação no mercado
de pagamentos, beneficiando todos os participantes do sistema financeiro.

7.8 MARKETPLACE

Conceito e Evolução
O marketplace representa uma evolução significativa no comércio eletrônico, permitindo que di-
versas lojas vendam seus produtos em uma única plataforma. Este modelo facilita a comparação e
escolha de produtos pelos consumidores, potencializando a praticidade e variedade de escolhas.
No Brasil, a adesão a este modelo começou em 2012, com grandes empresas do setor digital, como
B2W, Livraria Saraiva e Walmart, integrando este sistema.

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Marketplace Banking
Especificamente, o Marketplace Banking surge como um ecossistema criado por bancos que in-
tegram serviços de fornecedores terceirizados. Neste modelo, o cliente tem acesso a um pacote
fechado de produtos de terceiros, cuidadosamente selecionados pelo banco. Esta abordagem é
particularmente vantajosa para novos bancos, permitindo-lhes oferecer uma gama completa de
serviços bancários através de parcerias, reduzindo o tempo e capital necessários para estabelecer
sua presença no mercado.

7.8.1 CORRESPONDENTES BANCÁRIOS: EXTENSÃO DOS SERVIÇOS FINANCEIROS

Definição e Papel
Os correspondentes bancários são empresas contratadas por instituições financeiras e autorizadas
pelo Banco Central para oferecer serviços de atendimento aos clientes. Estes serviços incluem des-
de a abertura de contas e realização de pagamentos até operações de câmbio e crédito. Lotéricas
e o banco postal exemplificam bem os correspondentes bancários, que atuam como uma extensão
das instituições financeiras, ampliando o acesso aos serviços bancários.

Serviços Permitidos
A gama de serviços que os correspondentes podem oferecer é ampla, incluindo:
• Abertura de contas de depósito;
• Realização de pagamentos, transferências e recebimentos;
• Encaminhamento de propostas de crédito;
• Operações de câmbio limitadas a valores específicos;
• Entre outros serviços previstos pela regulamentação.

Regulação e Responsabilidades
Os correspondentes são obrigados a informar ao público sua vinculação com a instituição finan-
ceira contratante, bem como os serviços que oferecem. A contratação e a responsabilidade pelos
serviços prestados recaem sobre a instituição financeira, que deve comunicar ao Banco Central a
contratação de correspondentes. Importante destacar que os correspondentes não podem realizar
cobranças adicionais pelos serviços prestados, seguindo as tarifas estabelecidas pela instituição fi-
nanceira.

Conclusão
Tanto o modelo de marketplace quanto o sistema de correspondentes bancários refletem a evolu-
ção contínua do setor financeiro e do comércio eletrônico, buscando oferecer maior comodidade,
eficiência e acessibilidade aos consumidores e clientes de serviços financeiros. Enquanto o market-
place amplia as opções e facilita a escolha do consumidor, os correspondentes bancários estendem
o alcance dos serviços bancários, promovendo a inclusão financeira. Ambos os modelos demons-
tram a importância da inovação e adaptação em um mundo cada vez mais digitalizado.

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