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RESOLUÇÃO Nº 1.285

Documento normativo revogado pela Resolução 2551, de 24/09/1998.

O BANCO CENTRAL DO BRASIL, na forma do art. 9º da Lei nº 4.595, de


31.12.64, torna público que o CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL, em sessão realizada em
19.03.87, tendo em vista o disposto no inciso II do art. 12 do Decreto-lei nº 2.292, de 21.11.86,
no parágrafo único do art. 3º do Decreto-lei nº 2.296, de 21.11.86, no parágrafo único do art. 1º e
item III do art. 2º do Decreto-lei nº 2.301, de 21.11.86, e no art. 21 do Decreto-lei nº 2.323, de
26.02.87,

R E S O L V E U:

I - As sociedades de crédito imobiliário, caixas econômicas e associações de pou-


pança e empréstimo ficam autorizadas a acolher depósitos de poupança de pessoas físicas, na
modalidade de caderneta-pecúlio, criada pelo Decreto-lei nº 2.301, de 21.11.86, obedecido o dis-
posto nesta Resolução.

II - As importâncias depositadas durante o ano base nas contas abertas na modali-


dade instituída no item inicial poderão ser abatidas da renda bruta do depositante, desde que seu
total não exceda a Cz$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil cruzados), nem 30% (trinta por cento)
do rendimento bruto do trabalho, observado o limite estabelecido no art. 9º da Lei nº 4.506, de
30.11.64.

III - O crédito dos rendimentos da caderneta-pecúlio nas contas dos depositantes


dar-se-á no 1º (primeiro) dia útil após período de 1 (um) mês corrido de permanência do depósi-
to.

IV - Os depósitos de poupança, na modalidade caderneta-pecúlio, serão remune-


rados à taxa de juros de 0,5% (cinco décimos por cento) ao mês, aplicada sobre seus valores atu-
alizados na forma do Decreto-lei nº 2.311, de 23.12.86.

V - O rendimento de que trata o item precedente será calculado sobre o menor


saldo apresentado pela conta no período imediatamente anterior.

VI - O resgate dos valores da caderneta-pecúlio, depósitos e rendimentos, somente


poderá ser realizado a partir do 2º (segundo) ano contado do ano-base em que constituíram aba-
timento da renda bruta do contribuinte, na forma do inciso I, do art. 2º, do Decreto-lei nº 2.301,
de 21.11.86.

VII - Dos valores resgatados serão excluídas as parcelas acumuladas de juros, pa-
ra efeito do cálculo do rendimento tributável aludido no inciso III, do art. 2º, do citado Decreto-
lei.

VIII - Admitir-se-á o resgate antecipado dos depósitos de caderneta-pecúlio, sem


perda de rendimentos, a qualquer tempo, no caso de morte, aposentadoria ou reforma - reconhe-
cida por Órgão Oficial - ou invalidez permanente do titular da conta.

Resolução n° 1285, de 20 de março de 1987


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IX - O descumprimento, pelo poupador, do prazo de resgate estabelecido no item


VI terá as seguintes conseqüências:

a) não serão abonados juros relativos ao período de permanência dos depósitos;

b) será obrigatório o lançamento do valor resgatado na declaração de imposto de


renda do titular do depósito referente ao ano em que ocorrer o resgate, como rendimento tributá-
vel da cédula H, conforme estabelecido no inciso III, do art. 2º do citado Decreto-lei. (Revogada
pela Resolução 1561, de 23/12/1988).

X - Aplicam-se à caderneta-pecúlio, no que couber, as normas em vigor para os


depósitos de poupança livre de pessoas físicas.

XI - Não será permitida a abertura de conta conjunta na modalidade de caderneta-


pecúlio.

XII - O encaixe compulsório, estabelecido pela Resolução nº 1.220, de 24.11.86,


fica reduzido para 10% (dez por cento) dos saldos dos depósitos de poupança captados junto ao
público, sob a modalidade caderneta-pecúlio. (Revogado pela Resolução 1518, de 21/09/1988).

XIII - Os depósitos mantidos em contas de poupança, sob a modalidade caderne-


ta-pecúlio, têm garantia do Fundo de Garantia dos Depósitos de Poupança e Letras Imobiliárias
(FGDLI), até o limite de 3.500 OTNs.

XIV - Os agentes captadores de depósitos, na forma estabelecida nesta Resolução,


ficam obrigados a prestar, anualmente, à Secretaria da Receita Federal as seguintes informações
relacionadas ao ano imediatamente anterior:

a) relação dos depositantes e o valor nominal das respectivas quantias deposita-


das;

b) relação dos depositantes e o valor nominal das quantias resgatadas.

XV - Os agentes captadores de depósitos, na forma estabelecida nesta Resolução,


ficam obrigados a informar, anualmente, para fins de Imposto de Renda, aos depositantes os ren-
dimentos de juros e de correção monetária creditados nas respectivas contas de caderneta-pecúlio
relacionados ao ano imediatamente anterior.

XVI - Os limites estabelecidos no inciso I do art. 12 do Decreto-lei nº 2.292, de


21.11.86, e no art. 3º do Decreto-lei nº 2.296, de 21.11.86, ficam elevados para Cz$ 150.000,00
(cento e cinqüenta mil cruzados).

XVII - O Banco Central e a Secretaria da Receita Federal, no âmbito das respecti-


vas competências, poderão baixar as normas e adotar as medidas necessárias à execução desta
Resolução.

XVIII - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.

Brasília-DF, 20 de março de 1987

Resolução n° 1285, de 20 de março de 1987


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Francisco Roberto André Gros


Presidente

Este texto não substitui o publicado no DOU e no Sisbacen.

Resolução n° 1285, de 20 de março de 1987

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