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Consolidação IN nº 608, de 2006; Lei nº 9.317, de 1996.

Versão 3

INSTRUÇÃO NORMATIVA SRF Nº 608, DE 9 DE JANEIRO DE 2006


DOU de 12.1.2006

Dispõe sobre o Sistema Integrado de Pagamento de


Impostos e Contribuições das Microempresas e das
Empresas de Pequeno Porte (Simples).
O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art.
230 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal, aprovado pela Portaria MF nº 30, de 25
de fevereiro de 2005, e tendo em vista o disposto na Lei Complementar nº 109, de 29 de maio de
2001, nas Leis nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996, nº 9.528, de 10 de dezembro de 1997, nº
9.732, de 11 de dezembro de 1998, nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, nº 10.034,
de 24 de outubro de 2000, nº 10.194, de 14 de fevereiro de 2001, nº 10.637, de 30 de
dezembro de 2002, nº 10.684, 30 de maio de 2003, nº 10.833, de 29 de dezembro
de 2003, nº 10.925, de 23 de julho de 2004, nº 10.964, de 28 de outubro de 2004,
nº 11.051, de 29 de dezembro de 2004, e nº 11.196, de 21 de novembro de 2005, e
nas Medidas Provisórias nº 2.189-49, de 23 de agosto de 2001, nº 2.158-35, de 24
de agosto de 2001, e nº 275, de 29 de dezembro de 2005, resolve:

Das Disposições Preliminares


Art. 1º Esta Instrução Normativa regulamenta o tratamento tributário diferenciado,
simplificado e favorecido aplicável às microempresas e às empresas de pequeno porte
optantes pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das
Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte (Simples).
Da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte
Definição
Art. 2º Para os fins do disposto nesta Instrução Normativa, considera-se: (Art. 2º da Lei nº
9.317, de 05.12.1996).
I - microempresa (ME), a pessoa jurídica que tenha auferido, no ano-calendário, receita
bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais); (Inc. I, art. 2º da
Lei nº 9.317, de 05.12.1996, com redação do art. 33 da Lei nº 11.196, de 2005), (o limite era de R$
120.000,00). (Surti efeito a partir de 1º de janeiro de 2006).
II - empresa de pequeno porte (EPP), a pessoa jurídica que tenha auferido, no ano-
calendário, receita bruta superior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e
igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais). (Inc. II, art. 2º
da Lei nº 9.317, de 05.12.1996, com redação do art. 33 da Lei nº 11.196, de 2005); (Lei nº 9.317, de 1996,
redação original, limite de R$ 720.000,00; Lei nº 9.732, de 1998, limite de R$ 1.200.000,00). (Surti efeito
a partir de 1º de janeiro de 2006).
Início de atividade
Art. 3º No caso de início de atividade no próprio ano-calendário, os limites de que
tratam os incisos I e II do art. 2º serão, respectivamente, de R$ 20.000,00 (vinte mil
reais) e de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), multiplicados pelo número de meses
desse período, desconsideradas as frações de meses. (§ 1º, art. 2º da Lei nº 9.317, de
05.12.1996), (o limite era de R$ 10.000,00 e de R$ 100.000,00 respectivamente). (Surti efeito a partir de
1º de janeiro de 2006).
§ 1º Para as pessoas jurídicas que iniciarem suas atividades no mês de dezembro do
ano-calendário, será considerado como limite proporcional o valor equivalente a R$
20.000,00 (vinte mil reais) e 200.000,00 (duzentos mil reais), respectivamente, para a

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microempresa e para a empresa de pequeno porte. (o limite era de R$ 10.000,00 e de R$


100.000,00 respectivamente). (Surti efeito a partir de 1º de janeiro de 2006).
§ 2º Se o valor acumulado da receita bruta no ano-calendário de início de atividade for
superior a R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), multiplicados pelo número de meses
desse período, a pessoa jurídica estará obrigada ao pagamento da totalidade ou
diferença dos respectivos impostos e contribuições, devidos de conformidade com as
normas gerais de incidência, desde o primeiro mês de início de atividade. (o limite era de
R$ 100.000,00). (Surti efeito a partir de 1º de janeiro de 2006).
§ 3º Caso o pagamento a que se refere o § 2º ocorra antes do início de procedimento de
ofício, incidirão apenas juros de mora, determinados segundo as normas previstas para o
imposto de renda.
Receita bruta
Art. 4º Considera-se receita bruta, para os fins de que trata esta Instrução Normativa, o
produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos
serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, excluídas as vendas
canceladas e os descontos incondicionais concedidos. (§ 2º, art. 2º da Lei nº 9.317, de
05.12.1996).
• COMENTÁRIOS:
• Questão nº 116 do Perguntão 2004/2005 – Não se incluem no conceito de receita bruta, com vistas à tributação pelo Simples,
os ganhos líquidos em aplicações de renda fixa ou variável, nem os resultados não-operacionais relativos aos ganhos de capital
obtidos na alienação de ativos.
• Questão nº 118 do Perguntão 2004/2005 – Não compõem a base de cálculo do Simples as receitas oriundas de doações,
bonificações de mercadorias, amostra grátis e brindes, por falta de previsão legal.
• Questão nº 120 do Perguntão 2004 - recebimento de prestações em atraso, nas vendas a prazo, a multa e os juros de mora não
compõem a receita bruta do Simples. Entretanto, se houver o recebimento de prestações antes de seu vencimento e,
conseqüentemente, houver algum desconto no valor da prestação, deverá lançar o valor integral (valor da prestação sem levar
em conta a desconto concedido) como receita, pois só há previsão legal para excepcionar os descontos incondicionais.

§ 1º Ressalvado o disposto no caput, para fins de determinação da receita bruta apurada


mensalmente, é vedado proceder-se a qualquer outra exclusão em virtude da alíquota
incidente ou de tratamento tributário diferenciado (substituição tributária, diferimento,
crédito presumido, redução de base de cálculo, isenção) aplicáveis às pessoas jurídicas
não optantes pelo regime tributário das microempresas e das empresas de pequeno
porte, de que trata esta Instrução Normativa. (Solução de Consulta Cosit nº 7, de 27.05.2003).
• COMENTÁRIO:
• Questão nº 138 do Perguntão 2004 - A impossibilidade de utilização ou destinação de qualquer valor a título de incentivo
fiscal alcançará somente os tributos e contribuições abrangidos pelo Simples. Um incentivo fiscal relativo ao IPTU, por
exemplo, poderá ser usufruído normalmente, ainda que a pessoa jurídica seja optante pelo Simples.

§ 2º Para fins de determinação da receita bruta auferida, poderá ser considerado o


regime de competência ou de caixa, mantido o critério para todo o ano-calendário.
• COMENTÁRIO:
• A Instrução Normativa SRF nº 104, de 24 de agosto de 1998, que estabelece normas para apuração do Lucro Presumido com
base no regime de caixa, está no Anexo I desta consolidação.

Do Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das


Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte (Simples)
Abrangência
Art. 5º A pessoa jurídica enquadrada na condição de microempresa ou de empresa de
pequeno porte, na forma do art. 2º e que não se enquadre nas vedações do art. 20,
poderá optar pela inscrição no Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e

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Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte (Simples). (Art. 3º da


Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
§ 1º A inscrição no Simples implica pagamento mensal unificado dos seguintes
impostos e contribuições: (§ 1º, art.3º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
I - Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ); (Letra “a” do § 1º, art.3º da Lei nº 9.317, de
05.12.1996).
II - Contribuição para o PIS/Pasep; (Letra “b” do § 1º, art.3º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
ADI SRF nº 3, de 27.02.2004, art. 1º.
Nos períodos de apuração relativos aos meses de fevereiro e março de
2004, os comerciantes atacadistas e varejistas dos produtos
relacionados no art. 49 da Lei nº 10.833, de 2003, exceto as que se
refere o art. 2º da Lei nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996, ficam
sujeitos à incidência da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins de
acordo com o disposto nos arts. 1º a 8º da Lei nº 10.637, de 30 de
dezembro de 2002, e nos arts. 1º a 10 da Lei nº 10.833, de 29 de
dezembro de 2003, podendo excluir da base de cálculo dessas
contribuições o valor das notas fiscais de aquisição desses produtos,
emitidas por pessoa jurídica optante pelo regime especial previsto no
art. 52 dessa Lei.
III - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); (Letra “c” do § 1º, art.3º da Lei nº
9.317, de 05.12.1996).
IV - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins); (Letra “d” do § 1º,
art.3º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
ADI SRF nº 3, de 27.02.2004, art. 1º.
Nos períodos de apuração relativos aos meses de fevereiro e março de
2004, os comerciantes atacadistas e varejistas dos produtos
relacionados no art. 49 da Lei nº 10.833, de 2003, exceto as que se
refere o art. 2º da Lei nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996, ficam
sujeitos à incidência da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins de
acordo com o disposto nos arts. 1º a 8º da Lei nº 10.637, de 30 de
dezembro de 2002, e nos arts. 1º a 10 da Lei nº 10.833, de 29 de
dezembro de 2003, podendo excluir da base de cálculo dessas
contribuições o valor das notas fiscais de aquisição desses produtos,
emitidas por pessoa jurídica optante pelo regime especial previsto no
art. 52 dessa Lei.
V - Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); (Letra “e” do § 1º, art.3º da Lei nº 9.317, de
05.12.1996).
• COMENTÁRIOS:
• Questão nº 117 do Perguntão 2004/2005 – A pessoa jurídica que vende apenas produtos não-tributáveis (NT) ficará dispensada
do acréscimo de 0,5% (meio por cento), pelo fato de não ser contribuinte do IPI. Portanto, a totalidade da receita bruta auferida
estará fora do campo de incidência do imposto. De outra parte, em relação aos produtos isentos e com alíquota reduzida a zero,
caberá o acréscimo de 0,5% (meio por cento), por se tratar de contribuinte do IPI. Assim, se além de produtos NT a pessoa
jurídica também produzir produtos isentos ou com alíquota reduzida a zero ou positiva, estará sujeita ao acréscimo de 0,5%
(meio por cento) sobre todo o faturamento, caso faça opção pelo Simples.
• Contribuinte que exerça a atividade de industrialização, por conta própria ou por encomenda, de bebidas, cigarros e demais
produtos classificados nos Capítulos 22 e 24 da Tabela de Incidência do IPI (TIPI), sujeitos ao regime de tributação de que
trata a Lei nº 7.798, de 1989, não podem optar pelo Simples desde 1º/01/2001, mantidas as opções exercidas até 31 de
dezembro de 2000 (alteração da Lei nº 9.317, de 1996, art. 9º, XIX pela MP nº 1.990-29, de 2000, art. 14, atual MP nº 2.189-
35, de 2001, art. 14).
• Questão nº 124 do Perguntão 2004/2005 – O importador, por ocasião do desembaraço aduaneiro, pagará IPI normalmente, em
conformidade com a legislação específica. O percentual de 0,5% (meio por cento) previsto nas normas do Simples incide sobre
a receita bruta, o que não é o caso da importação, pois o IPI vinculado à importação incide na entrada do produto.
• Questão nº 125 do Perguntão 2004/2005 – A empresa que atue exclusivamente na exportação de produtos industrializados
para o exterior estará fora do campo de incidência do IPI, sendo incabível o acréscimo de 0,5%, (meio por cento) à alíquota do

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Simples. A Constituição Federal, em seu art. 153, § 3º, inciso III, dispõe que o IPI não incidirá sobre produtos industrializados
destinados ao exterior. Trata-se de imunidade específica e objetiva.

Solução de Consulta Interna nº 17, de 10.05.2004.


O descumprimento de normas específicas do IPI pelos optantes pelo
Simples enseja a aplicação de penalidades próprias deste imposto,
sobre o adicional devido a título de IPI previsto na legislação do
Simples, sem prejuízo da aplicação de penalidade determinada pela
Lei nº 9.317, de 1996, pelo descumprimento de quaisquer normas
referentes aos optantes por esta forma de tributação.
VI - Contribuições para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de que tratam o
art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, e o art. 25 da Lei nº 8.870, de 15 de abril
de 1994. (Letra “f” do § 1º, art.3º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
Lei nº 9.317, de 05.12.1996
Art. 3º, § 1º, letra “f” (com redação do art. 4º da Lei nº 10.256, de 09.07.2001).
f) Contribuições para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de que tratam a Lei
Complementar no 84, de 18 de janeiro de 1996, os arts. 22 e 22A da Lei no 8.212, de 24 de
julho de 1991 e o art. 25 da Lei no 8.870, de 15 de abril de 1994. (A Lei Complementar nº 84,
de 18.01.1996, foi revogada pelo art. 9º da Lei nº 9.876, de 26.11.1999).
§ 2º O pagamento na forma do § 1º não exclui a incidência dos seguintes impostos ou
contribuições, devidos na qualidade de contribuinte ou responsável, em relação aos
quais será observada a legislação aplicável às demais pessoas jurídicas: (§ 2º, art. 3º da Lei
nº 9.317, de 05.12.1996).
I - Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou
Valores Mobiliários (IOF);
II - Imposto sobre Importação de Produtos Estrangeiros (II);
III - Imposto sobre Exportação, para o Exterior, de Produtos Nacionais ou
Nacionalizados (IE);
IV - Imposto de Renda, relativo aos pagamentos ou créditos efetuados pela pessoa
jurídica e aos rendimentos ou ganhos líquidos auferidos em aplicações de renda fixa ou
variável, bem assim relativo aos ganhos de capital obtidos na alienação de ativos;
Solução de Divergência Cosit nº 10, de 16.07.2003.
Não estão sujeitas à incidência do imposto de renda na fonte as
importâncias pagas ou creditadas por pessoa jurídica a outra pessoa
jurídica, inscrita no Simples, pela prestação de serviços.
V - Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR);
VI - Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF);
VII - Contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS);
VIII - Contribuição para a Seguridade Social, relativa ao empregado.
§ 3º Será definitiva a incidência do imposto de renda na fonte relativa aos rendimentos e
ganhos líquidos auferidos em aplicações de renda fixa ou variável e aos ganhos de
capital, na hipótese do inciso IV do § 2º. (§ 3º, art. 3º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
Lei nº 10.833, de 29.12.2003
Art. 27. O imposto de renda sobre os rendimentos pagos, em cumprimento de decisão da
Justiça Federal, mediante precatório ou requisição de pequeno valor, será retido na fonte pela
instituição financeira responsável pelo pagamento e incidirá à alíquota de 3% (três por cento)

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sobre o montante pago, sem quaisquer deduções, no momento do pagamento ao beneficiário ou


seu representante legal.
§ 1º. Fica dispensada a retenção do imposto quando o beneficiário declarar à instituição
financeira responsável pelo pagamento que os rendimentos recebidos são isentos ou não
tributáveis, ou que, em se tratando de pessoa jurídica, esteja inscrita no SIMPLES.
§ 4º O ganho de capital será tributado mediante a incidência da alíquota de 15% (quinze
por cento) sobre a diferença positiva entre o valor de alienação e o custo de aquisição
diminuído da depreciação, amortização ou exaustão acumulada, ainda que não
mantenha escrituração contábil. (Solução de Divergência Cosit nº 3, de 8.03.2004 e ADI SRF nº
5, de 25.03.2004).
§ 5º Para efeito do disposto no § 4º, a pessoa jurídica optante pelo Simples que não
mantiver escrituração contábil deverá comprovar, mediante documentação hábil e
idônea, o valor e data de aquisição do bem ou direito e demonstrar o cálculo da
depreciação, amortização ou exaustão acumulada. (ADI SRF nº 5, de 25.03.2004).
§ 6º O imposto de renda calculado na forma dos §§ 4º e 5º, decorrente da alienação de
ativos, deverá ser pago até o último dia útil do mês subseqüente ao da percepção dos
ganhos.
§ 7º O imposto a que se refere o § 6º deverá ser recolhido ao Tesouro Nacional, por
meio de Darf, com utilização do código de receita 6297.
§ 8º A inscrição no Simples dispensa a pessoa jurídica do pagamento das demais
contribuições instituídas pela União, inclusive as destinadas ao Serviço Social do
Comércio (Sesc), ao Serviço Social da Indústria (Sesi), ao Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial (Senai), ao Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
(Senac), ao Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), e seus
congêneres, bem assim as relativas ao salário-educação e à contribuição sindical
patronal.
Convênio com Unidades Federadas e Municípios
Art. 6º O Simples poderá incluir o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de
Mercadorias e sobre Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal (ICMS) ou o
Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) devido por microempresa ou
empresa de pequeno porte, ou por ambas, desde que a Unidade Federada ou o
Município em que esteja estabelecida venha a ele aderir mediante convênio. (art. 4º da Lei
nº 9.317, de 05.12.1996).
§ 1º O convênio de que trata este artigo entrará em vigor a partir do terceiro mês
subseqüente ao da publicação de seu extrato no Diário Oficial da União e alcançará,
automática e imediatamente, a pessoa jurídica optante ali estabelecida, relativamente ao
ICMS ou ao ISS, ou a ambos, conforme o caso, obrigando-a ao pagamento dos mesmos
de acordo com o referido Sistema em relação, inclusive, à receita bruta auferida naquele
mês. (§ 2º, art. 4º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
§ 2º Não poderá pagar o ICMS, na forma do Simples, ainda que a Unidade Federada
onde esteja estabelecida seja conveniada, a pessoa jurídica que: (reproduzido do art. 10 da
Lei nº 9.317, de 05.12.1996)
I - possua estabelecimento em mais de uma Unidade Federada;
II - exerça, ainda que parcialmente, atividade de transporte interestadual ou
intermunicipal.

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§ 3º A restrição constante do § 2º não impede a opção pelo Simples em relação aos


impostos e contribuições da União.
§ 4º Não poderá pagar o ISS, na forma do Simples, ainda que o Município onde esteja
estabelecida seja conveniado, a pessoa jurídica que possua estabelecimento em mais de
um Município. (Reproduzido do art. 11 da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
§ 5º A restrição constante do § 4º não impede a opção pelo Simples em relação aos
impostos e contribuições da União e, ao ICMS, ressalvado o disposto no § 2º.
§ 6º A exclusão do ICMS ou do ISS do Simples somente produzirá efeito a partir de 1º
de janeiro do ano-calendário subseqüente ao da denúncia do respectivo convênio. (§ 3º,
art. 4º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
Das Microempresas Optantes pelo Simples
Percentuais aplicáveis
Art. 7º O valor devido mensalmente pelas microempresas, inscritas no Simples nessa
condição, será determinado mediante a aplicação, sobre a receita bruta mensal auferida,
dos seguintes percentuais: (inciso I, art. 5º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
I - até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais): 3% (três por cento);
II - de R$ 60.000,01 (sessenta mil reais e um centavo) a R$ 90.000,00 (noventa mil
reais): 4% (quatro por cento);
III - de R$ 90.000,01 (noventa mil reais e um centavo) a R$ 120.000,00 (cento e vinte
mil reais): 5% (cinco por cento);
IV - de R$ 120.000,01 (cento e vinte mil reais e um centavo) a R$ 240.000,00
(duzentos e quarenta mil reais): 5,4% (cinco inteiros e quatro décimos por cento).
(letra “d”, inc. I, art. 5º, da Lei nº 9.317, de 1996; letra incluída pela Medida Provisória nº 275, de
29.12.2005).
§ 1º O percentual a ser aplicado em cada mês, na forma deste artigo, será o
correspondente à receita bruta acumulada, dentro do ano-calendário, até o próprio mês.
(§ 1º, art. 5º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
§ 2º No caso de microempresa contribuinte do IPI, os percentuais referidos neste artigo
serão acrescidos de 0,5 (cinco décimos) ponto percentual. (§ 2º, art. 5º da Lei nº 9.317, de
05.12.1996).
§ 3º Caso a Unidade Federada em que esteja estabelecida a microempresa tenha aderido
ao Simples, nos termos do art. 6º, os percentuais referidos neste artigo serão acrescidos,
a título de pagamento do ICMS, observado o disposto no respectivo convênio: (§ 3º, art.
5º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
I - em relação à microempresa contribuinte exclusivamente do ICMS: de até 1 (um)
ponto percentual;
II - em relação à microempresa contribuinte do ICMS e do ISS: de até 0,5 (cinco
décimos) ponto percentual.
§ 4º Caso o Município em que esteja estabelecida a microempresa tenha aderido ao
Simples, nos termos do art. 6º, os percentuais referidos neste artigo serão acrescidos, a
título de pagamento do ISS, observado o disposto no respectivo convênio: (§ 4º, art. 5º da
Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
I - em relação à microempresa contribuinte exclusivamente do ISS: de até 1 (um) ponto
percentual;

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II - em relação à microempresa contribuinte do ISS e do ICMS: de até 0,5 (cinco


décimos) ponto percentual.
Percentuais diferenciados
Art. 8º No caso de estabelecimentos de ensino fundamental, de centros de formação de
condutores de veículos automotores de transporte terrestre de passageiros e de carga, de
agências lotéricas e de pessoas jurídicas que aufiram receita bruta acumulada decorrente
da prestação de serviços, de modo exclusivo ou não, em montante igual ou superior a
30% (trinta por cento) da receita bruta total acumulada, inscritas no Simples na
condição de microempresas, o valor devido mensalmente será determinado mediante a
aplicação, sobre a receita bruta mensal auferida, dos seguintes percentuais: (Art. 2º da Lei
nº 10.034, de 24.10.2000 com redação do art. 82 da Lei nº 10.833, de 29.12.2003).
I - até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais): 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por
cento);
II - de R$ 60.000,01 (sessenta mil reais e um centavo) a R$ 90.000,00 (noventa mil
reais): 6% (seis por cento);
III - de R$ 90.000,01 (noventa mil reais e um centavo) a R$ 120.000,00 (cento e vinte
mil reais): 7,5% (sete inteiros e cinco décimos por cento);
IV - de R$ 120.000,01 (cento e vinte mil reais e um centavo) a R$ 240.000,00
(duzentos e quarenta mil reais): 8,1% (oito inteiros e dez décimos por cento).
§ 1º O percentual a ser aplicado em cada mês, na forma deste artigo, será o
correspondente à receita bruta acumulada, dentro do ano-calendário, até o próprio mês.
(§ 1º, art. 5º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
§ 2º No caso de microempresa contribuinte do IPI, os percentuais referidos neste artigo
serão acrescidos de 0,75 (setenta e cinco centésimos) ponto percentual. (§ 2º, art. 5º da Lei
nº 9.317, de 05.12.1996, c/c o art. 2º, Lei nº 10.034, de 24.10.2000 com redação do art. 82 da Lei nº
10.833, de 29.12.2003).
§ 3º Caso a Unidade Federada em que esteja estabelecida a microempresa tenha aderido
ao Simples, nos termos do art. 4º da Lei nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996, os
percentuais referidos neste artigo serão acrescidos, a título de pagamento do ICMS,
observado o disposto no respectivo convênio: (§ 3º do art. 5º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996, c/c
o art. 2º, Lei nº 10.034, de 24.10.2000 com redação do art. 82 da Lei nº 10.833, de 29.12.2003).
I - em relação à microempresa contribuinte exclusivamente do ICMS: de até 1,5 (um
inteiro e cinco décimos) ponto percentual;
II - em relação à microempresa contribuinte do ICMS e do ISS: de até 0,75 (setenta e
cinco centésimos) ponto percentual.
§ 4º Caso o Município em que esteja estabelecida a microempresa tenha aderido ao
Simples, nos termos do art. 4º da Lei nº 9.317, de 1996, os percentuais referidos neste
artigo serão acrescidos, a título de pagamento do ISS, observado o disposto no
respectivo convênio: (§ 4º do art. 5º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996, c/c o art. 2º, Lei nº 10.034, de
24.10.2000 com redação do art. 82 da Lei nº 10.833, de 29.12.2003).
I - em relação à microempresa contribuinte exclusivamente do ISS: de até 1,5 (um
inteiro e cinco décimos) ponto percentual;
II - em relação à microempresa contribuinte do ISS e do ICMS: de até 0,75 (setenta e
cinco centésimos) ponto percentual.

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Consolidação IN nº 608, de 2006; Lei nº 9.317, de 1996. Versão 3

§ 5º O produto da arrecadação gerado pela diferença entre os percentuais aplicáveis às


pessoas jurídicas constantes deste artigo e os percentuais previstos para as demais
pessoas jurídicas optantes pelo sistema (art. 7º) será destinado às contribuições de que
trata o inciso VI do § 1º do art. 5º desta Instrução Normativa. (Parágrafo único do art. 2º da
Lei nº 10.034, de 24.10.2000 com redação do art. 82 da Lei nº 10.833, de 29.12.2003).
§ 6º O disposto no caput também se aplica às:
I - creches e às pré-escolas, no período de 25 de outubro de 2000 a 30 de abril de 2003;
II - agências terceirizadas de correios, no período de 31 de maio a 30 de novembro de
2003; (Art. 2º da Lei nº 10.034, de 24.10.2000 com redação do art. 24 da Lei nº 10.684, de 30.05.2003).
III – pessoas jurídicas de que trata o § 9º do art. 20, a partir de 1º de janeiro de 2004.
(Art. 4º da Lei nº 10.964, de 28.10.2004 com redação do art. 15 da Lei nº 11.051, de 29.12.2004).
(O § 9º do art. 20 trata das pessoas jurídicas que se dedicam a:
I – serviços de manutenção e reparação de automóveis, caminhões, ônibus e outros veículos pesados;
II – serviços de instalação, manutenção e reparação de acessórios para veículos automotores;
III – serviços de manutenção e reparação de motocicletas, motonetas e bicicletas;
IV – serviços de instalação, manutenção e reparação de máquinas de escritório e de informática;
V – serviços de manutenção e reparação de aparelhos eletrodomésticos).
Recolhimento como EPP
Art. 9º A microempresa, optante pelo Simples que, no decurso do ano-calendário,
exceder o limite de receita bruta acumulada de R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil
reais) sujeitar-se-á, em relação aos valores excedentes, a partir, inclusive, do mês em
que verificado o excesso, aos percentuais previstos para as empresas de pequeno porte,
por faixa de receita bruta. (§ 2º, art. 23 da Lei nº 9.317, de 05.12.1996). (O limite era de R$
120.000,00). (Surti efeito a partir de 1º de janeiro de 2006).
ADN nº 19, de 13.07.1999.
III – nos convênios firmados entre a Secretaria da Receita Federal e
Estados ou Municípios, para efeito de pagamento do ICMS e do ISS
na sistemática do SIMPLES pelas microempresas, serão observados,
em relação aos valores excedentes, dentro daquele ano, os percentuais
aplicáveis às empresas de pequeno porte.
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, a microempresa estará, no ano-calendário
subseqüente, automaticamente excluída do Simples nessa condição, podendo,
entretanto, inscrever-se na condição de empresa de pequeno porte, na forma do § 2º do
art. 22, desde que não haja ultrapassado o limite de receita bruta de R$ 2.400.000,00
(dois milhões e quatrocentos mil reais). (O limite era de R$ 1.200.000,00). (Surti efeito a partir
de 1º de janeiro de 2006).
Das Empresas de Pequeno Porte Optantes pelo Simples
Percentuais aplicáveis
Art. 10. O valor devido mensalmente pelas empresas de pequeno porte, inscritas no
Simples, nessa condição, será determinado mediante a aplicação, sobre a receita bruta
mensal auferida, dos seguintes percentuais: (inciso II, art. 5º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996, com
atualização do art. 3º da Lei nº 9.732, de 11.12.1998).
I - até R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais): 5,4% (cinco inteiros e quatro
décimos por cento);

Teresa Alencar – SRRF 4ª RF 8


Consolidação IN nº 608, de 2006; Lei nº 9.317, de 1996. Versão 3

II - de R$ 240.000,01 (duzentos e quarenta mil reais e um centavo) a R$ 360.000,00


(trezentos e sessenta mil reais): 5,8% (cinco inteiros e oito décimos por cento);
III - de R$ 360.000,01 (trezentos e sessenta mil reais e um centavo) a R$ 480.000,00
(quatrocentos e oitenta mil reais): 6,2% (seis inteiros e dois décimos por cento);
IV - de R$ 480.000,01 (quatrocentos e oitenta mil reais e um centavo) a R$ 600.000,00
(seiscentos mil reais): 6,6% (seis inteiros e seis décimos por cento);
V - de R$ 600.000,01 (seiscentos mil reais e um centavo) a R$ 720.000,00 (setecentos e
vinte mil reais): 7% (sete por cento);
VI - de R$ 720.000,01 (setecentos e vinte mil reais e um centavo) a R$ 840.000,00
(oitocentos e quarenta mil reais): 7,4% (sete inteiros e quatro décimos por cento); (inciso
II, art. 5º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996, incluído pelo art. 3º da Lei nº 9.732, de 11.12.1998).
VII - de R$ 840.000,01 (oitocentos e quarenta mil reais e um centavo) a R$ 960.000,00
(novecentos e sessenta mil reais): 7,8% (sete inteiros e oito décimos por cento); (inciso II,
art. 5º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996, incluído pelo art. 3º da Lei nº 9.732, de 11.12.1998).
VIII - de R$ 960.000,01 (novecentos e sessenta reais e um centavo) a R$ 1.080.000,00
(um milhão e oitenta mil reais): 8,2% (oito inteiros e dois décimos por cento); (inciso II,
art. 5º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996, incluído pelo art. 3º da Lei nº 9.732, de 11.12.1998).
IX - de R$ 1.080.000,01 (um milhão, oitenta mil reais e um centavo) a R$ 1.200.000,00
(um milhão e duzentos mil reais): 8,6% (oito inteiros e seis décimos por cento); (inciso II,
art. 5º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996, incluído pelo art. 3º da Lei nº 9.732, de 11.12.1998).
X – de R$ 1.200.000,01 (um milhão, duzentos mil reais e um centavo) a R$
1.320.000,00 (um milhão e trezentos e vinte mil reais): 9% (nove por cento); (letra
“j”, inc. II, art. 5º da Lei nº 9.317, de 1996; letra incluída pela Medida Provisória 275, de 29.12.1005, art.
1º).
XI – de R$ 1.320.000,01 (um milhão, trezentos e vinte mil reais e um centavo) a R$
1.440.000,00 (um milhão e quatrocentos e quarenta mil reais): 9,4% (nove inteiros
e quatro décimos por cento); (letra “l”, inc. II, art. 5º da Lei nº 9.317, de 1996; letra incluída pela
Medida Provisória 275, de 29.12.1005, art. 1º).
XII – de R$ 1.440.000,01 (um milhão, quatrocentos e quarenta mil reais e um
centavo) a R$ 1.560.000,00 (um milhão e quinhentos e sessenta mil reais): 9,8%
(nove inteiros e oito décimos por cento); (letra “m”, inc. II, art. 5º da Lei nº 9.317, de 1996;
letra incluída pela Medida Provisória 275, de 29.12.1005, art. 1º).
XIII – de R$ 1.560.000,01 (um milhão, quinhentos e sessenta mil reais e um
centavo) a R$ 1.680.000,00 (um milhão e seiscentos e oitenta mil reais): 10,2% (dez
inteiros e dois décimos por cento); (letra “n”, inc. II, art. 5º da Lei nº 9.317, de 1996; letra
incluída pela Medida Provisória 275, de 29.12.1005, art. 1º).
XIV - de R$ 1.680.000,01 (um milhão, seiscentos e oitenta mil reais e um centavo) a
R$ 1.800.000,00 (um milhão e oitocentos mil reais): 10,6% (dez inteiros e seis
décimos por cento); (letra “o”, inc. II, art. 5º da Lei nº 9.317, de 1996; letra incluída pela Medida
Provisória 275, de 29.12.1005, art. 1º).
XV – de R$ 1.800.000,01 (um milhão, oitocentos mil reais e um centavo) a R$
1.920.000,00 (um milhão e novecentos e vinte mil reais): 11% (onze por cento); (letra
“p”, inc. II, art. 5º da Lei nº 9.317, de 1996; letra incluída pela Medida Provisória 275, de 29.12.1005, art.
1º).
XVI – de R$ 1.920.000,01 (um milhão, novecentos e vinte mil reais e um centavo) a
R$ 2.040.000,00 (dois milhões e quarenta mil reais): 11,4% (onze inteiros e quatro

Teresa Alencar – SRRF 4ª RF 9


Consolidação IN nº 608, de 2006; Lei nº 9.317, de 1996. Versão 3

décimos por cento); (letra “q”, inc. II, art. 5º da Lei nº 9.317, de 1996; letra incluída pela Medida
Provisória 275, de 29.12.1005, art. 1º).
XVII - de R$ 2.040.000,01 (dois milhões, quarenta mil reais e um centavo) a R$
2.160.000,00 (dois milhões e cento e sessenta mil reais): 11,8% (onze inteiros e oito
décimos por cento); (letra “r”, inc. II, art. 5º da Lei nº 9.317, de 1996; letra incluída pela Medida
Provisória 275, de 29.12.1005, art. 1º).
XVIII - de R$ 2.160.000,01 (dois milhões, cento e sessenta mil reais e um centavo) a
R$ 2.280.000,00 (dois milhões e duzentos e oitenta mil reais): 12,2% (doze inteiros
e dois décimos por cento); (letra “s”, inc. II, art. 5º da Lei nº 9.317, de 1996; letra incluída pela
Medida Provisória 275, de 29.12.1005, art. 1º).
XIX - de R$ 2.280.000,01 (dois milhões, duzentos e oitenta mil reais e um centavo)
a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais): 12,6% (doze inteiros e
seis décimos por cento). (letra “t”, inc. II, art. 5º da Lei nº 9.317, de 1996; letra incluída pela
Medida Provisória 275, de 29.12.1005, art. 1º).
§ 1º O percentual a ser aplicado em cada mês, na forma deste artigo, será o
correspondente à receita bruta acumulada, dentro do ano-calendário, até o próprio mês.
(§ 1º, art. 5º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
§ 2º No caso de empresa de pequeno porte contribuinte do IPI, os percentuais referidos
neste artigo serão acrescidos de 0,5 (cinco décimos) ponto percentual. (§ 2º, art. 5º da Lei nº
9.317, de 05.12.1996).
§ 3º Caso a Unidade Federada em que esteja estabelecida a empresa de pequeno porte
tenha aderido ao Simples, nos termos do art. 6º, os percentuais referidos neste artigo
serão acrescidos, a título de pagamento do ICMS, observado o disposto no respectivo
convênio: (§ 3º, art. 5º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
I - em relação à empresa de pequeno porte contribuinte exclusivamente do ICMS: de até
2,5 (dois inteiros e cinco décimos) pontos percentuais;
II - em relação à empresa de pequeno porte contribuinte do ICMS e do ISS: de até 2
(dois) pontos percentuais.
§ 4º Caso o Município em que esteja estabelecida a empresa de pequeno porte tenha
aderido ao Simples, nos termos do art. 6º, os percentuais referidos neste artigo serão
acrescidos, a título de pagamento do ISS, observado o disposto no respectivo convênio:
(§ 4º, art. 5º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
I - em relação à empresa de pequeno porte contribuinte exclusivamente do ISS: de até
2,5 (dois inteiros e cinco décimos) pontos percentuais;
II - em relação à empresa de pequeno porte contribuinte do ISS e do ICMS: de até 0,5
(cinco décimos) ponto percentual.
§ 5º A empresa de pequeno porte submeter-se-á aos percentuais estabelecidos neste
artigo em relação à totalidade da receita bruta auferida no ano-calendário, não se lhe
aplicando os percentuais estabelecidos para as microempresas, inclusive em relação à
receita bruta até R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais).
Acréscimo de percentuais de EPP
Art. 11. A empresa de pequeno porte cuja receita bruta, no decurso do ano-calendário,
exceder ao limite de receita bruta acumulada de R$ 2.400.000,00 (dois milhões e
quatrocentos mil reais), sujeitar-se-á, em relação aos valores excedentes, a partir,

Teresa Alencar – SRRF 4ª RF 10


Consolidação IN nº 608, de 2006; Lei nº 9.317, de 1996. Versão 3

inclusive, do mês em for que verificado o excesso, aos seguintes percentuais: (§ 3º, art. 23
da Lei nº 9.317, de 05.12.1996; atualizado pela Medida Provisória 275, de 29.12.2005, art. 1º).
I - 15,12% (quinze inteiros e doze centésimos por cento) correspondentes aos impostos
e às contribuições referidos no § 1º do art. 5º; (§ 3º, art. 23 da Lei nº 9.317, de 05.12.1996;
atualizado pela Medida Provisória 275, de 29.12.2005, art. 1º).
II - 0,6% (seis décimos por cento), correspondente ao IPI, caso seja contribuinte desse
imposto; (§ 3º, art. 23 da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
III - dos percentuais máximos atribuídos nos convênios que hajam sido firmados pela
Unidade Federada e pelo Município para as empresas de pequeno porte, acrescidos de
20% (vinte por cento).
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, a pessoa jurídica estará automaticamente
excluída do Simples no ano-calendário subseqüente, podendo retornar ao sistema,
formalizando sua opção no ano-calendário subseqüente àquele em que a receita bruta
anual tenha ficado dentro dos limites a que se refere o inciso I ou II do art. 20,
observadas as demais condições.
Percentuais diferenciados
Art. 12. No caso de estabelecimentos de ensino fundamental, de centros de formação de
condutores de veículos automotores de transporte terrestre de passageiros e de carga, de
agências lotéricas e de pessoas jurídicas que aufiram receita bruta acumulada decorrente
da prestação de serviços, de modo exclusivo ou não, em montante igual ou superior a
30% (trinta por cento) da receita bruta total acumulada, inscritas no Simples na
condição de empresas de pequeno porte, o valor devido mensalmente será determinado
mediante a aplicação, sobre a receita bruta mensal auferida, dos seguintes percentuais:
(Art. 2º da Lei nº 10.034, de 24.10.2000 com redação do art. 82 da Lei nº 10.833, de 29.12.2003).
I - até R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais): 8,1% (oito inteiros e um décimo
por cento);
II - de R$ 240.000,01 (duzentos e quarenta mil reais e um centavo) a R$ 360.000,00
(trezentos e sessenta mil reais): 8,7% (oito inteiros e sete décimos por cento);
III - de R$ 360.000,01 (trezentos e sessenta mil reais e um centavo) a R$ 480.000,00
(quatrocentos e oitenta mil reais): 9,3% (nove inteiros e três décimos por cento);
IV - de R$ 480.000,01 (quatrocentos e oitenta mil reais e um centavo) a R$ 600.000,00
(seiscentos mil reais): 9,9% (nove inteiros e nove décimos por cento);
V - de R$ 600.000,01 (seiscentos mil reais e um centavo) a R$ 720.000,00 (setecentos e
vinte mil reais): 10,5% (dez inteiros e cinco décimos por cento);
VI - de R$ 720.000,01 (setecentos e vinte mil reais e um centavo) a R$ 840.000,00
(oitocentos e quarenta mil reais): 11,1% (onze inteiros e um décimo por cento);
VII - de R$ 840.000,01 (oitocentos e quarenta mil reais e um centavo) a R$ 960.000,00
(novecentos e sessenta mil reais): 11,7% (onze inteiros e sete décimos por cento);
VIII - de R$ 960.000,01 (novecentos e sessenta mil reais e um centavo) a R$
1.080.000,00 (um milhão e oitenta mil reais): 12,3% (doze inteiros e três décimos por
cento);
IX - de R$ 1.080.000,01 (um milhão, oitenta mil reais e um centavo) a R$ 1.200.000,00
(um milhão e duzentos mil reais): 12,9% (doze inteiros e nove décimos por cento);

Teresa Alencar – SRRF 4ª RF 11


Consolidação IN nº 608, de 2006; Lei nº 9.317, de 1996. Versão 3

X – de R$ 1.200.000,01 (um milhão, duzentos mil reais e um centavo) a R$


1.320.000,00 (um milhão e trezentos e vinte mil reais): 13,5% (treze inteiros e cinco
décimos por cento);
XI – de R$ 1.320.000,01 (um milhão, trezentos e vinte mil reais e um centavo) a R$
1.440.000,00 (um milhão e quatrocentos e quarenta mil reais): 14,1% (quatorze
inteiros e um décimo por cento);
XII – de R$ 1.440.000,01 (um milhão, quatrocentos e quarenta mil reais e um
centavo) a R$ 1.560.000,00 (um milhão e quinhentos e sessenta mil reais): 14,7%
(quatorze inteiros e sete décimos por cento);
XIII – de R$ 1.560.000,01 (um milhão, quinhentos e sessenta mil reais e um
centavo) a R$ 1.680.000,00 (um milhão e seiscentos e oitenta mil reais): 15,3%
(quinze inteiros e três décimos por cento);
XIV - de R$ 1.680.000,01 (um milhão, seiscentos e oitenta mil reais e um centavo) a
R$ 1.800.000,00 (um milhão e oitocentos mil reais): 15,9% (quinze inteiros e nove
décimos por cento);
XV – de R$ 1.800.000,01 (um milhão, oitocentos mil reais e um centavo) a R$
1.920.000,00 (um milhão e novecentos e vinte mil reais): 16,5% (dezesseis inteiros e
cinco décimos por cento);
XVI – de R$ 1.920.000,01 (um milhão, novecentos e vinte mil reais e um centavo) a
R$ 2.040.000,00 (dois milhões e quarenta mil reais): 17,1% (dezessete inteiros e um
décimo por cento);
XVII - de R$ 2.040.000,01 (dois milhões, quarenta mil reais e um centavo) a R$
2.160.000,00 (dois milhões e cento e sessenta mil reais): 17,7% (dezessete inteiros e
sete décimos por cento);
XVIII - de R$ 2.160.000,01 (dois milhões, cento e sessenta mil reais e um centavo) a
R$ 2.280.000,00 (dois milhões e duzentos e oitenta mil reais): 18,3% (dezoito
inteiros e três décimos por cento);
XIX - de R$ 2.280.000,01 (dois milhões, duzentos e oitenta mil reais e um centavo)
a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais): 18,9% (dezoito inteiros e
nove décimos por cento).
§ 1º O percentual a ser aplicado em cada mês, na forma deste artigo, será o
correspondente à receita bruta acumulada, dentro do ano-calendário, até o próprio mês.
(§ 1º, art. 5º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
§ 2º No caso de empresa de pequeno porte contribuinte do IPI, os percentuais referidos
neste artigo serão acrescidos de 0,75 (setenta e cinco centésimos) ponto percentual. (§ 2º,
art. 5º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996, c/c o art. 2º, Lei nº 10.034, de 24.10.2000).
§ 3º Caso a Unidade Federada em que esteja estabelecida a empresa de pequeno porte
tenha aderido ao Simples, nos termos do art. 6º, os percentuais referidos neste artigo
serão acrescidos, a título de pagamento do ICMS, observado o disposto no respectivo
convênio: (§ 3º do art. 5º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996, c/c o art. 2º, Lei nº 10.034, de 24.10.2000).
I - em relação à empresa de pequeno porte contribuinte exclusivamente do ICMS: de até
3,75 (três inteiros e setenta e cinco centésimos) pontos percentuais;
II - em relação à empresa de pequeno porte contribuinte do ICMS e do ISS: de até 3
(três) pontos percentuais.

Teresa Alencar – SRRF 4ª RF 12


Consolidação IN nº 608, de 2006; Lei nº 9.317, de 1996. Versão 3

§ 4º Caso o Município em que esteja estabelecida a empresa de pequeno porte tenha


aderido ao Simples, nos termos do art. 6º, os percentuais referidos neste artigo serão
acrescidos, a título de pagamento do ISS, observado o disposto no respectivo convênio:
(§ 4º do art. 5º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996, c/c o art. 2º, Lei nº 10.034, de 24.10.2000).
I - em relação à empresa de pequeno porte contribuinte exclusivamente do ISS: de até
3,75 (três inteiros e setenta e cinco centésimos) pontos percentuais;
II - em relação à empresa de pequeno porte contribuinte do ISS e do ICMS: de até 0,75
(setenta e cinco centésimos) ponto percentual.
§ 5º A empresa de pequeno porte submeter-se-á aos percentuais estabelecidos neste
artigo em relação à totalidade da receita bruta auferida no ano-calendário, não se lhe
aplicando os percentuais estabelecidos para as microempresas, inclusive em relação à
receita bruta até R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais).
§ 6º O produto da arrecadação gerado pela diferença entre os percentuais aplicáveis às
pessoas jurídicas constantes deste artigo e os percentuais previstos para as demais
pessoas jurídicas optantes pelo sistema (art. 10) será destinado às contribuições de que
trata o inciso VI do § 1º do art. 5º desta Instrução Normativa. (Parágrafo único do art. 2º da
Lei nº 10.034, de 24.10.2000 com redação do art. 82 da Lei nº 10.833, de 29.12.2003).
§ 7º O disposto no caput também se aplica às:
I - creches e às pré-escolas, no período de 25 de outubro de 2000 a 30 de abril de 2003;
II - agências terceirizadas de correios, no período de 31 de maio a 30 de novembro de
2003; (Art. 2º da Lei nº 10.034, de 24.10.2000 com redação do art. 24 da Lei nº 10.684, de 30.05.2003).
III – pessoas jurídicas de que trata o § 9º do art. 20, a partir de 1º de janeiro de
2004. (Art. 4º da Lei nº 10.964, de 28.10.2004 com redação do art. 15 da Lei nº 11.051, de 29.12.2004).
(O § 9º do art. 20 trata das pessoas jurídicas que se dedicam a:
I – serviços de manutenção e reparação de automóveis, caminhões, ônibus e outros veículos pesados;
II – serviços de instalação, manutenção e reparação de acessórios para veículos automotores;
III – serviços de manutenção e reparação de motocicletas, motonetas e bicicletas;
IV – serviços de instalação, manutenção e reparação de máquinas de escritório e de informática;
V – serviços de manutenção e reparação de aparelhos eletrodomésticos).
Acréscimo de percentuais
Art. 13. A empresa de pequeno porte, de que trata o art. 12, cuja receita bruta, no
decurso do ano-calendário, exceder ao limite de receita bruta acumulada de R$
2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais), sujeitar-se-á, em relação aos
valores excedentes, a partir, inclusive, do mês em que for verificado o excesso, aos
seguintes percentuais:
I - 22,68% (vinte e dois inteiros e sessenta e oito centésimos por cento) correspondentes
aos impostos e às contribuições referidos no § 1º do art. 5º;
II - 0,9% (nove décimos por cento), correspondente ao IPI, caso seja contribuinte desse
imposto;
III - dos percentuais máximos atribuídos nos convênios que hajam sido firmados pela
Unidade Federada e pelo Município para as empresas de pequeno porte, acrescidos de
20% (vinte por cento).

Teresa Alencar – SRRF 4ª RF 13


Consolidação IN nº 608, de 2006; Lei nº 9.317, de 1996. Versão 3

Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, a pessoa jurídica estará automaticamente


excluída do Simples no ano-calendário subseqüente, podendo retornar ao sistema,
formalizando sua opção no ano-calendário subseqüente àquele em que a receita bruta
anual tenha ficado dentro dos limites a que se refere o inciso I ou II do art. 20,
observadas as demais condições.
Conceito de EPP para fins de convênio
Art. 14. Os convênios de adesão ao Simples poderão considerar como empresas de
pequeno porte tão-somente aquelas cuja receita bruta, no ano-calendário, seja superior a
R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 720.000,00
(setecentos e vinte mil reais). (§ 4º, do art. 4º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996; com redação da
Medida Provisória 275, de 29.12.2005).
Acréscimo de percentuais de EPP nos convênios
§ 1º No caso de convênio com Unidade Federada ou Município, em que seja
considerada como empresa de pequeno porte pessoa jurídica com receita bruta superior
a R$ 720.000,00 (setecentos e vinte mil reais), os percentuais a que se referem: (§ 7º, art.
5º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996, § incluído pelo art. 3º da Lei nº 9.732, de 11.12.1998).
I - os incisos I dos §§ 3º e 4º dos arts. 10 e 12 ficam acrescidos de 1 (um) ponto
percentual;
II - os incisos II dos §§ 3º e 4º dos arts. 10 e 12 ficam acrescidos de 0,5 (cinco décimos)
ponto percentual.
§ 2º Os percentuais de que trata o § 1º aplicam-se à receita bruta acumulada excedente a
R$ 720.000,00 (setecentos e vinte mil reais).
ADN nº 19, de 13.07.1999.
I – o acréscimo nas alíquotas previstas para o ICMS e ISS nos
convênios que hajam sido firmados entre a Secretaria da Receita
Federal e Estados ou Municípios, para efeito de pagamento na
sistemática do SIMPLES pelas empresas de pequeno porte, somente
será exigido quando a receita bruta acumulada for superior a R$
1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais).
II – no caso do inciso anterior, permanecerá, durante o ano-calendário
em que ocorrer o excesso, a cobrança de acordo com a alíquota
prevista para a última faixa de receita bruta acumulada estabelecida no
convênio.
Alteração de EPP para microempresa
Art. 15. A empresa de pequeno porte inscrita no Simples que auferir, no ano-calendário
imediatamente anterior, receita bruta de até R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil
reais) poderá, mediante alteração cadastral, formalizada pela pessoa jurídica, firmada
por seu representante legal e apresentada à unidade da Secretaria da Receita Federal
(SRF) de sua jurisdição, comunicar o seu enquadramento na condição de microempresa.
(ADN Cosit nº 14, de 05.07.2000).
§ 1º A falta de alteração cadastral da condição de empresa de pequeno porte para
microempresa não ensejará a aplicação da multa prevista no art. 35, permanecendo a
pessoa jurídica na condição de empresa de pequeno porte enquanto não efetuada a
alteração.

Teresa Alencar – SRRF 4ª RF 14


Consolidação IN nº 608, de 2006; Lei nº 9.317, de 1996. Versão 3

§ 2º Efetuada a alteração, a pessoa jurídica será enquadrada na condição de


microempresa a partir do mês seguinte àquele em que esta for implementada, no próprio
ano-calendário. (ADN Cosit nº 14, de 05.07.2000).
§ 3º Excepcionalmente, a alteração a que se refere o § 2º, efetuada até o último dia útil
do mês de janeiro, produzirá efeitos a partir do mês de janeiro do próprio ano-
calendário.
• COMENTÁRIO:
• A Instrução Normativa nº 501, de 28 de janeiro de 2005, no art. 3º A. (Art. incluído pelo art. 1º da IN SRF nº 502), permitiu
alteração cadastral até 10 de fevereiro de 2005, produzindo os efeitos a partir de janeiro de 2005.

Das Disposições Comuns às Microempresas e às Empresas de Pequeno Porte


Da opção pelo Simples
Art. 16. A opção pelo Simples dar-se-á mediante a inscrição da pessoa jurídica
enquadrada na condição de microempresa ou de empresa de pequeno porte no Cadastro
Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), quando o contribuinte prestará todas as
informações necessárias, inclusive quanto: (art. 8º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
I - aos impostos dos quais é contribuinte (IPI, ICMS, ISS);
II - ao porte da pessoa jurídica (microempresa ou empresa de pequeno porte).
§ 1º A pessoa jurídica, inscrita no CNPJ, formalizará sua opção para adesão ao Simples,
mediante alteração cadastral. (§ 1º, art. 8º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
ADN nº 30, de 24.12.1997.
I – a pessoa jurídica optante pelo SIMPLES terá aceita sua opção, com
efeitos a partir de 1º de janeiro de 1997, mediante apresentação da
Declaração Anual Simplificada;
II – a não apresentação da referida declaração implica a desistência da
opção pelo SIMPLES, com efeito retroativo a 1º de janeiro de 1997,
sendo válida, contudo, para o ano-calendário de 1998 e posteriores.
Solução de Consulta Interna nº 23, de 18.08.2003.
Os créditos relativos a tributos e contribuições recolhidos em Darf
específicos no ano-calendário de 1997 por pessoa jurídica que,
naquele ano, tenha efetuado a opção pelo Simples com efeitos
retroativos devem ser utilizados pela SRF, de ofício ou a requerimento
do sujeito passivo, na quitação de débitos do Simples da pessoa
jurídica relativos àquele ano-calendário, não havendo que se falar,
nesse caso, em prescrição do direito creditório.
Na hipótese de os débitos da pessoa jurídica optante pelo Simples já
terem sido remetidos à PFN para inscrição em dívida ativa da União, a
unidade competente da SRF deve requerer os respectivos processos de
cobrança, para efeito de retificação, com o respectivo pedido de
suspensão do processo executivo fiscal, caso tenha sido ajuizada ação
nesse sentido.
§ 2º A pessoa jurídica em início de atividade poderá formalizar sua opção para adesão
ao Simples imediatamente, mediante utilização da própria Ficha Cadastral da Pessoa
Jurídica (FCPJ).
§ 3º As opções e alterações cadastrais relativas ao Simples serão formalizadas mediante
preenchimento da FCPJ.
ADI SRF nº 16, de 2.10.2002 e Solução de Consulta Interna nº 21,
de 22.07.2003.

Teresa Alencar – SRRF 4ª RF 15


Consolidação IN nº 608, de 2006; Lei nº 9.317, de 1996. Versão 3

O Delegado ou o Inspetor da Receita Federal, comprovada a


ocorrência de erro de fato, pode retificar de ofício tanto o Termo de
Opção (TO) quanto a Ficha Cadastral da Pessoa Jurídica (FCPJ) para
a inclusão no Simples de pessoas jurídicas inscritas no Cadastro
Nacional das Pessoas Jurídicas (CNPJ), desde que seja possível
identificar a intenção inequívoca de o contribuinte aderir ao Simples.
ADI SRF nº 16, de 2.10.2002.
São instrumentos hábeis para se comprovar a intenção de aderir ao
Simples os pagamentos mensais por intermédio do Documento de
Arrecadação do Simples (Darf-Simples) e a apresentação da
Declaração Anual Simplificada.
§ 4º O indeferimento da opção pelo Simples, mediante despacho decisório de autoridade
da Secretaria da Receita Federal, submeter-se-á ao rito processual do Decreto nº 70.235,
de 6 de março de 1972. (§ 6º, art. 8º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996; § incluído pelo art. 19 da Lei nº
10.833, de 29.12.2003).
Efeitos da opção
Art. 17. A opção exercida de conformidade com o art. 16 será definitiva para todo o
período a que corresponder e submeterá a pessoa jurídica à sistemática do Simples a
partir:
I - do primeiro dia do ano-calendário da opção, na hipótese do § 1º do art. 16, se aquela
for exercida no mês de janeiro;
II - do primeiro dia do ano-calendário subseqüente ao da opção, na hipótese do § 1º do
art. 16, no caso de a opção ser formalizada entre os meses de fevereiro e dezembro;
III - do início de atividade, na hipótese do § 2º do art. 16.
Lei nº 9.317, de 1996.
Art. 8.
§ 2º. A opção exercida de conformidade com este artigo submeterá a pessoa jurídica à
sistemática do SIMPLES a partir do primeiro dia do ano-calendário subseqüente, sendo
definitiva para todo o período.
Parágrafo único. No caso de a empresa iniciar as suas atividades no mês de janeiro e
não exercer a opção pelo Simples quando da inscrição no CNPJ, poderá faze-la
mediante alteração cadastral até o último dia útil do mês de janeiro desse ano-
calendário, retroagindo a opção para a data de início das atividades.
Tributação dos valores diferidos
Art. 18. Os valores dos impostos e contribuições, cuja tributação tenha sido diferida,
deverão ser pagos em até 30 dias, contados:
I - da data da opção, na hipótese do inciso I do artigo 17;
II - da data de início dos efeitos da opção, para os demais casos.
Parágrafo único. Aplica-se ao disposto neste artigo o valor contabilizado como reserva
de reavaliação de que trata o art. 36 do Decreto-Lei nº 1.598, de 26 de dezembro de
1977.
Incentivos fiscais e créditos do IPI e do ICMS
Art. 19. A inscrição no Simples veda, para a microempresa e para a empresa de pequeno
porte, a utilização ou a destinação de qualquer valor a título de incentivo fiscal, bem
assim a apropriação ou a transferência de créditos relativos ao IPI e, quando houver

Teresa Alencar – SRRF 4ª RF 16


Consolidação IN nº 608, de 2006; Lei nº 9.317, de 1996. Versão 3

convênio com a Unidade Federada, os créditos relativos ao ICMS. (§ 5º, art. 5º da Lei nº
9.317, de 05.12.1996).
ADI SRF nº 16, de 22.06.2004.
O regime de suspensão do Imposto sobre Produtos Industrializados
(IPI), de que trata a Instrução Normativa SRF nº 296, de 6 de fevereiro
de 2003, alterada pela Instrução Normativa SRF nº 342, de 15 de julho
de 2003, não se aplica às pessoas jurídicas optantes pelo Sistema
Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das
Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte (Simples), seja em
relação às aquisições de seus fornecedores, seja no tocante às saídas
dos produtos que industrializem.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica relativamente ao ICMS, caso a
Unidade Federada em que esteja localizada a microempresa ou a empresa de pequeno
porte não tenha aderido ao Simples. (reproduzido do § 6º, art. 5º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
Das vedações à opção
Art. 20. Não poderá optar pelo Simples, a pessoa jurídica: (art. 9º da Lei nº 9.317, de
05.12.1996).
I - na condição de microempresa, que tenha auferido, no ano-calendário imediatamente
anterior, receita bruta superior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais); (inciso I,
art. 9º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996; redação do art. 1º da Medida Provisória nº 275, de 29.12.2005).
II - na condição de empresa de pequeno porte, que tenha auferido, no ano-calendário
imediatamente anterior, receita bruta superior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e
quatrocentos mil reais); (inciso II, art. 9º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996, com redação do art. 1º da
Medida Provisória nº 275, de 29.12.2005).
III - constituída sob a forma de sociedade por ações; (inciso III, art. 9º da Lei nº 9.317, de
05.12.1996).
IV - cuja atividade seja banco comercial, banco de investimentos, banco de
desenvolvimento, caixa econômica, sociedade de crédito, financiamento e investimento,
sociedade de crédito imobiliário, sociedade corretora de títulos, de valores mobiliários e
câmbio, sociedade de crédito a microempreendedor, distribuidora de títulos e valores
mobiliários, empresa de arrendamento mercantil, cooperativa de crédito, empresa de
seguros privados e de capitalização e entidade aberta de previdência complementar;
(Inciso IV, art. 9º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996 sem constar sociedade de crédito a
microempreendedor; e, em vez de “entidade aberta de previdência complementar”, consta “entidade de
previdência privada aberta”). (Lei Complementar nº 109, de 29.05.2001, alteração do termo “ previdência
privada aberta” para “ aberta de previdência complementar”).
V - que se dedique à compra e à venda, ao loteamento, à incorporação ou à construção
de imóveis; (inciso V, art. 9º da Lei nº 9.317, de 05.121996).
ADN Cosit nº 30, de 14.10.1999.
A vedação ao exercício da opção pelo SIMPLES, aplicável à atividade
de construção de imóveis, abrange as obras e serviços auxiliares e
complementares da construção civil, tais como:
- a construção, demolição, reforma e ampliação de edificações;
- sondagens, fundações e escavações;
- construção de estradas e logradouros públicos;
- construção de pontes, viadutos e monumentos;
- terraplenagem e pavimentação;

Teresa Alencar – SRRF 4ª RF 17


Consolidação IN nº 608, de 2006; Lei nº 9.317, de 1996. Versão 3

- pintura, carpintaria, instalações elétricas e hidráulicas, aplicação de -


tacos e azulejos, colocação de vidros e esquadrias; e
- qualquer outras benfeitorias agregadas ao solo ou subsolo.
Parecer Cosit nº 46, de 31.10.2000.
As atividades de prestação de serviços de escavação e remoção de
terras em terrenos urbanos e/ou rurais, abertura de valos,
escarificação, preparação e compactação de solos e açudes estão
inseridas no conceito de construção civil, estando, portanto, as pessoas
jurídicas que as exercem impedidas de ingressarem ou permanecerem
no SIMPLES, desde de 1º de janeiro de 1998.
Parecer Cosit nº 43, de 13.12.2001.
É vedada a opção ao Simples às pessoas jurídicas que prestem
serviços de dragagem, quando forem considerados serviços auxiliares
de construção civil ou necessitarem de conhecimento de profissão
regulamentada.
Solução de Divergência Cosit nº 13, de 07.08.2003.
As pessoas jurídicas que têm por objeto social a exclusiva prestação
de serviços de reflorestamento, uma vez obedecidas as vedações
estatuídas pelo art. da Lei 9.317, de 5 de outubro de 1996 e pelo art.
Da Lei 9.528, de 10 de dezembro de 1997, podem optar por serem
tributadas pelo Simples.
VI - que tenha sócio estrangeiro residente no exterior; (inciso VI, art. 9º da Lei nº 9.317, de
05.12.1996).
VII - constituída sob qualquer forma, de cujo capital participe entidade da administração
pública, direta ou indireta, federal, estadual ou municipal; (inciso VII, art. 9º da Lei nº 9.317,
de 05.12.1996).
VIII - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no país, de pessoa jurídica com
sede no exterior; (inciso VIII, art. 9º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
IX - cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra
empresa, optante pelo Simples ou não, desde que a receita bruta global ultrapasse o
limite de que trata o inciso II do art. 2º, observado o disposto no art. 3º; (inciso IX, art. 9º
da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
X - de cujo capital participe, como sócio, outra pessoa jurídica; (inciso X, art. 9º da Lei nº
9.317, de 05.12.1996).
XI - que realize operações relativas a: (inciso XII, art. 9º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
a) locação ou administração de imóveis; (letra “b”, inciso XII, art. 9º da Lei nº 9.317, de
05.12.1996).
b) armazenamento e depósito de produtos de terceiros; (letra “c”, inciso XII, art. 9º da Lei nº
9.317, de 05.12.1996).
c) propaganda e publicidade, excluídos os veículos de comunicação; (letra “d”, inciso XII,
art. 9º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
d) factoring; (letra “e”, inciso XII, art. 9º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
e) prestação de serviço de vigilância, limpeza, conservação e locação de mão-de-obra;
(letra “f”, inciso XII, art. 9º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
Parecer Cosit nº 69, de 10.11.1999.

Teresa Alencar – SRRF 4ª RF 18


Consolidação IN nº 608, de 2006; Lei nº 9.317, de 1996. Versão 3

A pessoa jurídica que se dedica a locação de mão-de-obra, empreitada


exclusivamente de mão-de-obra ou cessão de mão-de-obra está
impedida de exercer a opção pelo SIMPLES.
Solução de Divergência Cosit nº 15, de 10.12.2001.
Pessoa Jurídica que exerce atividade de limpeza e manutenção de
cisternas e caixas d’água, quando estas se caracterizarem como bens
imóveis, não podem optar pelo Simples.
Solução de Divergência Cosit nº 1, de 18.02.2002.
Pessoa Jurídica que exerce atividade de limpeza e manutenção de
reservatórios, cisternas e caixas d’água não podem optar pelo Simples.
Solução de Divergência Cosit nº 11, de 15.07.2002.
Pessoa Jurídica que presta serviços de colheitas e pulverizações
agrícolas terrestres pode optar pelo Simples, a menos que se dedique à
locação, cessão ou empreitada exclusivamente de mão-de-obra.
Solução de Divergência Cosit nº 26, de 22.10.2002.
Pessoas jurídicas que tenham por objeto social o desentupimento de
tubulações não podem optar pelo Simples, uma vez que se enquadram
como sendo de limpeza de bens imóveis.
Solução de Divergência Cosit nº 7, de 30.05.2003.
As pessoas jurídicas que exerçam a atividade de remoção e transporte
de resíduos de ruas, prédios e demais logradouros públicos, desde que
observadas as demais condições estatuídas em Lei, podem optar pelo
Simples, uma vez que seu objeto social não se confunde com a
limpeza de bens imóveis.
XII - que preste serviços profissionais de corretor, representante comercial,
despachante, ator, empresário, diretor ou produtor de espetáculos, cantor, músico,
dançarino, médico, dentista, enfermeiro, veterinário, engenheiro, arquiteto, físico,
químico, economista, contador, auditor, consultor, estatístico, administrador,
programador, analista de sistema, advogado, psicólogo, professor, jornalista,
publicitário, fisicultor, ou assemelhados, e de qualquer outra profissão cujo exercício
dependa de habilitação profissional legalmente exigida; (inciso XIII, art. 9º da Lei nº 9.317, de
05.12.1996).
• COMENTÁRIOS:
• Questão nº 145 do Perguntão 2004/2005 - Uma forma objetiva de identificar possíveis atividades semelhantes ao do
dispositivo em exame, é verificar os serviços elencados no parágrafo 1o do art. 647 do RIR/1999, o qual, ainda que para outro
fim (imposto de renda na fonte em serviços prestados por PJ para outra PJ), identifica serviços que, por sua natureza, revelam-
se inerentes ao exercício de qualquer profissão, regulamentada ou não (PN CST no 8, de 1986), bem como os que lhe são
similares. Nesse sentido para identificar serviços semelhantes aos de corretor ou representante comercial, serão tidos como
assemelhados quaisquer serviços que traduzam a mediação ou intermediação de negócios e que resultem no pagamento de
"comissões, corretagens ou qualquer outra remuneração pela representação comercial ou pela mediação na realização de
negócios civis e comerciais" (RIR/1999, art. 651, inciso I);
• Ver §§ 5º e 9º deste artigo.

ADN Cosit nº 02, de 13.01.2000.


Não podem optar pelo SIMPLES em obediência à vedação do inciso
XIII do art. 9º da Lei nº 9.317, de 05 de dezembro de 1996 e o inciso
XIII do art.12, da Instrução Normativa nº 9, de 10 de fevereiro de
1999, as clínicas médicas, fonoaudiológicas e psicológicas, que
prestem ou vendam serviços.
ADN Cosit nº 04, de 22.02.2000.

Teresa Alencar – SRRF 4ª RF 19


Consolidação IN nº 608, de 2006; Lei nº 9.317, de 1996. Versão 3

Não podem optar pelo SIMPLES as pessoas jurídicas que prestem


serviços de montagem e manutenção de equipamentos industriais, por
caracterizar prestações de serviço profissional de engenharia.
ADN Cosit nº 05, de 06.04.2000.
Não podem optar pelo SIMPLES as pessoas jurídicas que prestem
serviços de regulação, averiguação ou avaliação de sinistros, inspeção
e gerenciamento de riscos para quaisquer ramos de seguros.
ADN Cosit nº 07, de 09.05.2000 e de 23.05.2000.
É permitida a opção pelo SIMPLES às pessoas jurídicas que prestem
serviços de cobranças, desde que essas cobranças sejam extrajudiciais.
ADN Cosit nº 011, de 23.05.2000.
Por se tratar de serviços análogos aos de médicos e enfermeiros, não
podem optar pelo SIMPLES as pessoas jurídicas que prestem serviços
médicos, hospitalares ou assemelhados.
ADN Cosit nº 012, de 23.05.2000.
Não podem optar pelo SIMPLES as pessoas jurídicas que prestem
serviços de prótese dentária, porquanto a prestação desses serviços
depende de habilitação profissional legalmente exigida.
Solução de Divergência Cosit nº 13, de 30.10.2001.
Empresa que explora atividade de montagem e manutenção de
equipamentos eletrônicos e de instalação de sistemas de comunicação
e telecomunicações, por caracterizar prestação de serviço profissional
de engenharia, assemelhados e de outras profissões que dependem de
habilitação profissional legalmente exigida, está impedida de optar
pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições
das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte (Simples).
Parecer Cosit nº 43, de 13.12.2001.
É vedada a opção ao Simples às pessoas jurídicas que prestem
serviços de dragagem, quando forem considerados serviços auxiliares
de construção civil ou necessitarem de conhecimento de profissão
regulamentada.
Solução de Divergência Cosit nº 10, de 15.07.2002.
Empresa que presta serviços de organização de festas ou recepções
pode optar pelo Simples. Fica, entretanto, vedado o seu ingresso e
permanência no sistema se dentre suas atividades incluir a contratação
de atores, cantores, dançarinos ou assemelhados.
Parecer Cosit nº 45, de 17.10.2003.
É facultado às pessoas jurídicas que realizem operações em
consignação por comissão (contratos de comissão, arts. 693 a 709, do
Novo Código Civil, Lei 10.406, de 2002), e às a elas equiparadas, o
ingresso no Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e
Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
(Simples), por não configurarem estas atividades mera intermediação
de negócios.
XIII - que participe do capital de outra pessoa jurídica, ressalvados os investimentos
provenientes de incentivos fiscais efetuados antes da vigência da Lei nº 7.256, de 27 de
novembro de 1984, quando se tratar de microempresa, ou antes da vigência da Lei nº
9.317, de 1996, quando se tratar de empresa de pequeno porte; (inciso XIV, art. 9º da Lei nº
9.317, de 05.12.1996).

Teresa Alencar – SRRF 4ª RF 20


Consolidação IN nº 608, de 2006; Lei nº 9.317, de 1996. Versão 3

XIV - que tenha débito inscrito em Dívida Ativa da União ou do INSS, cuja
exigibilidade não esteja suspensa; (inciso XV, art. 9º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
XV - cujo titular ou sócio que participe de seu capital com mais de 10% (dez por cento),
esteja inscrito em Dívida Ativa da União ou do INSS, cuja exigibilidade não esteja
suspensa; (inciso XVI, art. 9º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
XVI - que seja resultante de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento da
pessoa jurídica, salvo em relação aos eventos ocorridos antes da vigência da Lei nº
9.317, de 1996; (inciso XVII, art. 9º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
Solução de Divergência Cosit nº 2, de 18.02.2002.
...a empresa resultante de cisão está impedida de optar pelo Simples,
tanto no ano de seu desmembramento, quanto nos anos subseqüentes.
A única exceção permitida é para o caso de a cisão ter ocorrido
anteriormente a 1º de janeiro de 1997.
XVII - cujo titular ou sócio com participação em seu capital superior a 10% (dez por
cento) adquira bens ou realize gastos em valor incompatível com os rendimentos por ele
declarados; (inciso XVIII, art. 9º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
XVIII - que exerça a atividade de industrialização, por conta própria ou por encomenda,
de bebidas, cigarros e demais produtos classificados nos Capítulos 22 e 24 da Tabela de
Incidência do IPI (TIPI), sujeitos ao regime de tributação de que trata a Lei nº 7.798, de
10 de julho de 1989; mantidas até 31 de dezembro de 2000, as opções já exercidas.
(inciso XIX, art. 9º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996, inciso incluído pelo art. 14 da MP nº 2.189-49, de
23.08.2001).
Solução de Consulta Interna nº 28, de 20.10.2003.
Pode optar pelo Simples a pessoa jurídica que exerce a atividade de
industrialização, por conta própria ou por encomenda, de charutos,
uma vez que esse produto não está sujeito ao regime de tributação de
que trata a Lei nº 7.798, de 1989.
§ 1º Na hipótese de início de atividade no ano-calendário imediatamente anterior ao da
opção, os valores a que se referem os incisos I e II deste artigo serão, respectivamente,
de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) e de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais),
multiplicados pelo número de meses de daquele período, desconsideradas as frações de
meses. (§ 1º, art. 9º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996 com redação do art. 1º da Medida Provisória nº 275,
de 29.12.2005);
§ 2º Para as pessoas jurídicas que iniciarem suas atividades no mês de dezembro do
ano-calendário será considerado como limite proporcional o valor equivalente a R$
20.000,00 (vinte mil reais) e 200.000,00 (duzentos mil reais), respectivamente, para a
microempresa e para a empresa de pequeno porte.
§ 3º Compreende-se na atividade de construção de imóveis, de que trata o inciso V deste
artigo, a execução de obra de construção civil, própria ou de terceiros, como a
construção, demolição, reforma, ampliação de edificação ou outras benfeitorias
agregadas ao solo ou subsolo. (§ 4º, art. 9º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996; § incluído pelo art. 4º da
Lei nº 9.528, de 10.12.1997).
§ 4º O disposto nos incisos IX e XIII não se aplica à participação em centrais de
compras, bolsas de subcontratação, consórcio de exportação e associações
assemelhadas, sociedades de interesse econômico, sociedades de garantia solidária e
outros tipos de sociedades, que tenham como objetivo social a defesa exclusiva dos

Teresa Alencar – SRRF 4ª RF 21


Consolidação IN nº 608, de 2006; Lei nº 9.317, de 1996. Versão 3

interesses econômicos das microempresas e empresas de pequeno porte, desde que estas
não exerçam as atividades referidas no inciso XI. (§ 2º, art. 9º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
§ 5º O disposto no inciso XII não se aplica:.
I - às pessoas jurídicas que se dediquem exclusivamente às atividades de creche, pré-
escola, estabelecimento de ensino fundamental e agência terceirizada de correios; (§ 5º,
art. 9º da Lei nº 9.317, de 05.12.1996; § incluído pelo art. 23 da Lei nº 10.684, de 30.05.2003).
II - às pessoas jurídicas que se dediquem exclusivamente à atividade de agência de
viagem e turismo; (Art. 26 da Lei nº 10.637, de 30.12.2002).
III - às pessoas jurídicas que se dediquem exclusivamente às atividades de centro de
formação de condutores de veículos automotores de transporte terrestre de passageiros e
de carga e de agência lotérica. (Redação do art. 1º da IN SRF nº 391, de 30.01.2004).
§ 6º O disposto no inciso XVI também se aplica às pessoas jurídicas remanescentes da
cisão, ressalvada a hipótese de esta já ser optante pelo Simples.
§ 7º A vedação a que se referem os incisos IX e XIII do caput não se aplica na hipótese
de participação no capital de cooperativa de crédito.
§ 8º As pessoas jurídicas que prestem serviços de correspondente bancário,
conforme regulamentação do Banco Central, desde que não incorram em nenhuma
das demais hipóteses de vedação previstas na legislação, podem optar pelo Simples.
§ 9º O disposto no inciso XII não se aplica às pessoas jurídicas que se dediquem às
seguintes atividades:
I – serviços de manutenção e reparação de automóveis, caminhões, ônibus e outros
veículos pesados;
II – serviços de instalação, manutenção e reparação de acessórios para veículos
automotores;
III – serviços de manutenção e reparação de motocicletas, motonetas e bicicletas;
IV – serviços de instalação, manutenção e reparação de máquinas de escritório e
de informática;
V – serviços de manutenção e reparação de aparelhos eletrodomésticos.
Da Exclusão do Simples
Art. 21. A exclusão do Simples será feita mediante comunicação da pessoa jurídica ou
de ofício. (art. 12 da Lei nº 9.317, de 1996).
Exclusão por comunicação
Art. 22. A exclusão mediante comunicação da pessoa jurídica dar-se-á: (art. 13 da Lei nº
9.317, de 1996).
I - por opção;
II - obrigatoriamente, quando:
a) incorrer em qualquer das situações excludentes constantes do art. 20;
b) ultrapassado, no ano-calendário de início de atividade, o limite de receita bruta
correspondente a R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), multiplicados pelo número de
meses de funcionamento nesse período. (§ 1º, art. 9º da Lei nº 9.317, de 1996 redação do art. 1º
da Medida Provisória nº 275, de 29.12.2005).

Teresa Alencar – SRRF 4ª RF 22


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§ 1º A exclusão na forma deste artigo será formalizada pela pessoa jurídica, mediante
alteração cadastral, firmada por seu representante legal e apresentada à unidade da SRF
de sua jurisdição. (§ 1º, art. 13 da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
§ 2º A microempresa que ultrapassar, no ano-calendário imediatamente anterior, o
limite de receita bruta correspondente a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais)
estará excluída do Simples nessa condição, podendo, mediante alteração cadastral,
inscrever-se na condição de empresa de pequeno porte. (§ 2º, art. 13 da Lei nº 9.317, de
05.12.1996; com redação do art. 1º da Medida Provisória nº 275, de 29.12.2005).
§ 3º No caso do inciso II do caput e do § 2º, a alteração cadastral deverá ser efetuada: (§
3º, art. 13 da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
I - até o último dia útil do mês de janeiro do ano-calendário subseqüente àquele em que
se deu o excesso de receita bruta, nas hipóteses dos incisos I e II do art. 20; (letra “a”, § 3º,
art. 13 da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
II - até o último dia útil do mês subseqüente àquele em que houver ocorrido o fato que
ensejou a exclusão, nas hipóteses dos demais incisos do art. 20 e da alínea "b" do inciso
II deste artigo. (alínea “b”, § 3º, art. 13 da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
Instrução Normativa nº 501, de 28 de janeiro de 2005.
Art. 4º. As pessoas jurídicas optantes ao Simples obrigadas a
comunicar sua exclusão até 31 de janeiro de 2005, na forma do § 3º do
art. 22 da Instrução Normativa SRF nº 355, de 2003, poderão fazê-lo,
sem a incidência de multa, até 10 de fevereiro de 2005.
§ 4º A alteração cadastral fora do prazo previsto no inciso I do § 3º deste artigo,
conforme o caso, somente será admitida se efetuada antes de iniciado procedimento de
ofício, sujeitando a pessoa jurídica à multa, exigida de ofício, prevista no art. 35,
incidente sobre os valores devidos em conformidade com o Simples no mês de
dezembro do ano-calendário em que se deu o excesso de receita bruta.
§ 5º Iniciado o procedimento de ofício, de que trata o § 4º, a falta de alteração cadastral
implicará a exclusão da pessoa jurídica do Simples, a partir do mês subseqüente ao da
ciência do ato declaratório a que se refere o parágrafo único do art. 23, sem prejuízo da
aplicação da multa prevista no art. 35.
§ 6º Na hipótese do § 4º, fica assegurada a permanência da pessoa jurídica como optante
pelo Simples, na condição de empresa de pequeno porte, a partir do mês de janeiro do
ano-calendário subseqüente àquele em que se deu o excesso de receita bruta.
§ 7º Na hipótese dos incisos XIV e XV do art. 20, será permitida a permanência da
pessoa jurídica como optante pelo Simples mediante a comprovação, junto à
unidade da SRF com jurisdição sobre o seu domicílio fiscal, da quitação do débito
inscrito no prazo de até 30 (trinta) dias contado a partir da ciência do ato
declaratório a que se refere o parágrafo único do art. 23. (§ 5º, art. 15 da Lei nº 9.317, de
1996; § incluído pela Lei nº 11.196, de 2005, art. 33). (surti efeito a partir de 14 de outubro de 2005).
Exclusão de ofício
Art. 23. A exclusão dar-se-á de ofício quando a pessoa jurídica incorrer em quaisquer das
seguintes hipóteses: (art. 14 da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
I - exclusão obrigatória, nas formas do inciso II e § 2º do art. 22, quando não realizada
por comunicação da pessoa jurídica; (inciso I, art. 14 da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
II - embaraço à fiscalização, caracterizado pela negativa não-justificada de exibição de
livros e documentos a que estiver obrigada, bem assim pelo não fornecimento de

Teresa Alencar – SRRF 4ª RF 23


Consolidação IN nº 608, de 2006; Lei nº 9.317, de 1996. Versão 3

informações sobre bens, movimentação financeira, negócio ou atividade, próprios ou de


terceiros, quando intimado, e demais hipóteses que autorizam a requisição de auxílio da
força pública, nos termos do art. 200 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966; (inciso
II, art. 14 da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
III - resistência à fiscalização, caracterizada pela negativa de acesso ao estabelecimento,
ao domicílio fiscal ou a qualquer outro local onde se desenvolvam as atividades da
pessoa jurídica ou se encontrem bens de sua posse ou propriedade; (inciso III, art. 14 da Lei
nº 9.317, de 05.12.1996).
IV - constituição da pessoa jurídica por interpostas pessoas que não sejam os
verdadeiros sócios ou acionistas, ou o titular, no caso de firma individual; (inciso IV, art.
14 da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
V - prática reiterada de infração à legislação tributária; (inciso V, art. 14 da Lei nº 9.317, de
05.12.1996).
Solução de Consulta Interna nº 17, de 10.05.2004.
Para fins de exclusão de empresa\do Simples, considera-se prática
reiterada de infração à legislação tributária como sendo aquela prática
habitual e repetida, de tal forma que fique caracterizado o seu uso
freqüente, consubstanciando-se em um costume.
VI - comercialização de mercadorias, objeto de contrabando ou descaminho; (inciso VI,
art. 14 da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
VII - incidência em crimes contra a ordem tributária, com decisão definitiva. (inciso VII,
art. 14 da Lei nº 9.317, de 05.12.1996).
Parágrafo único. A exclusão de ofício dar-se-á mediante Ato Declaratório Executivo
(ADE) da autoridade fiscal da Secretaria da Receita Federal que jurisdicione o
contribuinte, assegurado o contraditório e a ampla defesa, observada a legislação
relativa ao processo administrativo fiscal da União, de que trata o Decreto nº 70.235, de
1972. (§ 3º, art. 15 da Lei nº 9.317, de 05.12.1996, § incluído pelo art. 3º da Lei nº 9.732, de
11.12.1998).
Efeitos da exclusão
Art. 24. A exclusão do Simples nas condições de que tratam os arts. 22 e 23 surtirá
efeito: (art. 15 da Lei nº 9.317, de 1996)
I - a partir do ano-calendário subseqüente, na hipótese de que trata o inciso I do art. 22;
(inciso I, art. 15 da Lei nº 9.317, de 1996)
II - a partir do mês subseqüente àquele em que incorrida a situação excludente, nas
hipóteses de que tratam os incisos III a XIII e XVI a XVIII do art. 20; (inciso II, art. 15 da
Lei nº 9.317, de 1996, com redação da Lei 11.196, de 2005, art. 33).
III – a partir do ano-calendário subseqüente ao da ciência do ato declaratório a
que se refere o parágrafo único do art. 23 nos casos dos incisos XIV e XV do art.
20; (inciso VI, art. 15 da Lei nº 9.317, de 1996; inciso incluído pela Lei nº 11.196, de 2005, art. 33).
IV – a partir do mês subseqüente ao da ciência do ato declaratório a que se refere o
parágrafo único do art. 23 na hipótese do § 5º do art. 22;
V - a partir do início de atividade da pessoa jurídica, na hipótese prevista no § 2º do art.
3º; (inciso III, art. 15 da Lei nº 9.317, de 1996)
VI - a partir do ano-calendário subseqüente àquele em que foi ultrapassado o limite
estabelecido, nas hipóteses dos incisos I e II do art. 20; (inciso IV, art. 15 da Lei nº 9.317, de
1996)

Teresa Alencar – SRRF 4ª RF 24


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VII - a partir, inclusive, do mês de ocorrência de qualquer dos fatos mencionados nos
incisos II a VII do art. 23; (inciso V, art. 15 da Lei nº 9.317, de 1996)
VIII - a partir de 1º de janeiro de 2001, para as pessoas jurídicas inscritas no Simples até
12 de março de 2000, na hipótese de que trata o inciso XVIII do art. 20.
IX – a partir da data dos efeitos da opção quando nesta data incorrer nas hipóteses
de que tratam os incisos III a XIII e XVI a XVIII do art. 20.
§ 1º Para as pessoas jurídicas enquadradas nas hipóteses dos incisos III a XIII e XVI a
XVII do art. 20, que tenham optado pelo Simples até 27 de julho de 2001, o efeito da
exclusão dar-se-á a partir:
I - do mês seguinte àquele em que se proceder a exclusão, quando efetuada em 2001;
II - de 1º de janeiro de 2002, quando a situação excludente tiver ocorrido até 31 de
dezembro de 2001 e a exclusão for efetuada a partir de 2002.
§ 2º Na hipótese do inciso I do art. 22, se a alteração cadastral a que se refere o § 1º do
referido artigo houver sido efetuada até o último dia útil do mês de janeiro, os efeitos da
exclusão do Simples dar-se-ão, excepcionalmente, a partir de 1º de janeiro desse mesmo
ano.
Tributação como as demais pessoas jurídicas
Art. 25. A pessoa jurídica excluída do Simples sujeitar-se-á, a partir do período em que
ocorrerem os efeitos da exclusão, às normas de tributação aplicáveis às demais pessoas
jurídicas. (art. 16 da Lei nº 9.317, de 1996)
§ 1º Ocorrida a exclusão, a pessoa jurídica deverá apurar o estoque de produtos
acabados e em elaboração, mercadorias, matérias-primas, produtos intermediários e
materiais de embalagem existente no último dia do último mês em que houver apurado
o IPI ou o ICMS de conformidade com aquele sistema e determinar, a partir da
respectiva documentação de aquisição, o montante dos créditos que serão passíveis de
aproveitamento nos períodos de apuração subseqüentes. (§ 1º, art. 15 da Lei nº 9.317, de
1996).
§ 2º O convênio poderá estabelecer outra forma de determinação dos créditos relativos
ao ICMS, passíveis de aproveitamento, na hipótese de que trata o § 1º. (§ 2º, art. 15 da Lei
nº 9.317, de 1996)
RESTITUIÇÃO
Parecer Cosit nº 44, de 20.12.2001.
Cabe a restituição, de retenção efetuada por órgão público, à empresa
que, embora exercesse atividade vedada de opção para o ingresso no
Simples, encontrava-se, á época da retenção, devidamente cadastrada.
Solução de Consulta Interna nº 23, de 18.08.2003.
Os créditos relativos a tributos e contribuições recolhidos em Darf
específicos no ano-calendário de 1997 por pessoa jurídica que,
naquele ano, tenha efetuado a opção pelo Simples com efeitos
retroativos devem ser utilizados pela SRF, de ofício ou a requerimento
do sujeito passivo, na quitação de débitos do Simples da pessoa
jurídica relativos àquele ano-calendário, não havendo que se falar,
nesse caso, em prescrição do direito creditório.
Na hipótese de os débitos da pessoa jurídica optante pelo Simples já
terem sido remetidos à PFN para inscrição em dívida ativa da União, a
unidade competente da SRF deve requerer os respectivos processos de
cobrança, para efeito de retificação, com o respectivo pedido de

Teresa Alencar – SRRF 4ª RF 25


Consolidação IN nº 608, de 2006; Lei nº 9.317, de 1996. Versão 3

suspensão do processo executivo fiscal, caso tenha sido ajuizada ação


nesse sentido.
Representação de outros órgãos
Art. 26. Os órgãos de fiscalização da Secretaria da Receita Previdenciária ou de
qualquer entidade convenente deverão representar à SRF se, no exercício de suas
atividades fiscalizadoras, constatarem hipótese de exclusão obrigatória do Simples, em
conformidade com o disposto no inciso II do art. 22. (§ 4º, art. 15 da Lei nº 9.317, de 1996, §
incluído pela Lei nº 9.732, de 1998, art. 3º)
Da Regularização de Débitos
Do parcelamento
Art. 27. O ingresso no Simples depende da regularização dos débitos da pessoa jurídica,
de seu titular ou sócios, para com a Fazenda Nacional e o INSS, inscritos em Dívida
Ativa.
§ 1º A opção fica condicionada à prévia regularização de todos os débitos referidos no
caput.
§ 2º A regularização dos débitos referidos no caput poderá ser efetuada mediante
parcelamento, a ser requerido junto à PGFN e ao INSS, conforme o caso.
§ 3º Na hipótese de pessoa jurídica que esteja iniciando suas atividades, o pedido de
parcelamento será preenchido, quando for o caso, apenas em relação ao seu titular ou
sócio.
§ 4º Para fins de controle e regularização dos débitos junto ao INSS, a SRF comunicará
a esse órgão todas as inscrições no Simples, ficando a pessoa jurídica sujeita ao
cancelamento de sua opção, na hipótese da não-regularização desses débitos no prazo de
até 60 dias contados da data da opção.
Parcelamento de débitos de optantes (débitos após a Lei nº 9.317, de 1996)
• Ver Anexo II desta consolidação

Da Data e da Forma de Pagamento


Art. 28. O pagamento unificado de impostos e contribuições, devidos pelas
microempresas e pelas empresas de pequeno porte, inscritas no Simples, será feito de
forma centralizada, até o vigésimo dia do mês subseqüente àquele em que houver sido
auferida a receita bruta, mediante utilização do Darf-Simples, com o código 6106. (art. 6º
da Lei nº 9.317, de 1996; com redação do art. 75 da Lei nº 11.196, de 21.11.2005; com vigência a partir
de 1º de janeiro de 2006). (O limite anterior era até o décimo dia).
• COMENTÁRIO:
• Questão nº 173 do Perguntão 2004/2005 Para efeito do recolhimento dos impostos e contribuições incluídos no Simples,
deverá ser adotado o entendimento de que, na hipótese do último dia do prazo de pagamento recair em dia considerado como
não-útil (sábado, domingo, feriado ou em dia que os estabelecimentos bancários não funcionem), o prazo será prorrogado para
o primeiro dia útil subseqüente, sem qualquer acréscimo.

Parágrafo único. Os impostos e contribuições devidos pelas pessoas jurídicas,


determinados de conformidade com o Simples, não poderão ser objeto de parcelamento.
(§ 2º, art. 6º, da Lei nº 9.317, de 05.12.1996);
Parcelamento de débitos de optantes (débitos após a Lei nº 9.317, de 1996)
• Ver Anexo II desta consolidação

Art. 29. Ressalvada a hipótese a que se refere o § 3º do art. 5º, está dispensada a
retenção do imposto de renda na fonte sobre as importâncias pagas ou creditadas a

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pessoa jurídica inscrita no Simples, bem assim a retenção na fonte de que trata o art. 64
da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996.
Das Obrigações Acessórias
Identificação do optante
Art. 30. As microempresas e empresas de pequeno porte, optantes pelo Simples,
deverão manter em seus estabelecimentos, em local visível ao público, placa indicativa
que esclareça essa condição. (§ 5º, art. 8º da Lei nº 9.317, de 1996)
Parágrafo único. A placa indicativa terá dimensões de, no mínimo, 297 mm de largura
por 210 mm de altura e conterá, obrigatoriamente, o termo "Simples" e a indicação
"CNPJ nº .................", na qual constará o respectivo número de inscrição completo do
estabelecimento.
Declaração anual simplificada
Art. 31. A microempresa e a empresa de pequeno porte, inscritas no Simples,
apresentarão, anualmente, declaração simplificada que será entregue até o último dia
útil do mês de maio do ano-calendário subseqüente ao de ocorrência dos fatos geradores
dos impostos e contribuições de que tratam os §§ 1º e 4º do art. 5º. (art. 7º da Lei nº 9.317,
de 1996)
§ 1º Nos casos de extinção, fusão, cisão ou incorporação, as declarações deverão ser
entregues até o último dia útil do mês subseqüente ao do evento.
§ 2º A declaração simplificada poderá ser retificada independentemente de autorização
prévia da autoridade administrativa e terá a mesma natureza da declaração
originariamente apresentada.
Escrituração e livros obrigatórios
Art. 32. A microempresa e a empresa de pequeno porte ficam dispensadas de
escrituração comercial para fins fiscais, desde que mantenham em boa ordem e guarda,
enquanto não decorrido o prazo decadencial e não prescritas eventuais ações que lhes
sejam pertinentes: (§ 1º, art. 7º da Lei nº 9.317, de 1996)
I - livro Caixa, no qual deverá estar escriturada toda a sua movimentação financeira,
inclusive bancária;
II - Livro de Registro de Inventário, no qual deverão constar registrados os estoques
existentes no término de cada ano-calendário;
III - todos os documentos e demais papéis que serviram de base para a escrituração dos
livros referidos nos incisos I e II.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento, por parte da
microempresa e da empresa de pequeno porte, das obrigações acessórias previstas na
legislação previdenciária e trabalhista. (§ 2º, art. 7º da Lei nº 9.317, de 1996)
Da Omissão de Receita
Art. 33. Aplicam-se à microempresa e à empresa de pequeno porte todas as presunções
de omissão de receita existentes nas legislações de regência dos impostos e
contribuições de que trata a Lei nº 9.317, de 1996, desde que apuráveis com base nos
livros e documentos a que estiverem obrigadas aquelas pessoas jurídicas, ainda que
fundamentadas em elementos comprobatórios obtidos junto a terceiros. (art. 18 da Lei nº
9.317, de 1996).

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Dos Acréscimos Legais


Art. 34. Aplicam-se aos impostos e contribuições devidos pelas microempresas e pelas
empresas de pequeno porte, inscritas no Simples, as normas relativas aos juros e multas
de mora e de ofício, previstas para o imposto de renda, inclusive, quando for o caso, em
relação ao ICMS e ao ISS. (art. 19 da Lei nº 9.317, de 1996).
Art. 35. A falta de comunicação, quando obrigatória, da exclusão da pessoa jurídica do
Simples, nos prazos determinados no § 3º do art. 22, sujeitará a pessoa jurídica à multa
correspondente a 10% (dez por cento) do total dos impostos e contribuições devidos de
conformidade com o Simples no mês que anteceder o início dos efeitos da exclusão, não
inferior a R$ 100,00 (cem reais), insusceptível de redução. (art. 21 da Lei nº 9.317, de 1996).
Art. 36. A inobservância da exigência de que trata o art. 30 sujeitará a pessoa jurídica à
multa correspondente a 2% (dois por cento) do total dos impostos e contribuições
devidos de conformidade com o Simples no próprio mês em que constatada a
irregularidade. (art. 20 da Lei nº 9.317, de 1996)(o art. 30 da IN que corresponde ao § 5º do art. 8º da
Lei nº 9.317, de 1996, refere-se a placa indicativa de opção).
Parágrafo único. A multa a que se refere o caput será aplicada, mensalmente, enquanto
perdurar o descumprimento da obrigação de os estabelecimentos afixarem, em lugar
visível, a placa indicativa da condição de Simples. (parágrafo único do art. 20 da Lei nº 9.317,
de 1996).
Art. 37. A imposição das multas de que trata esta Instrução Normativa não exclui a
aplicação das sanções previstas na legislação penal, a que estão sujeitos o titular ou
sócio da pessoa jurídica, inclusive em relação a declaração falsa, adulteração de
documentos e emissão de nota fiscal em desacordo com a operação efetivamente
praticada. (art. 22 da Lei nº 9.317, de 1996).
Da Isenção dos Rendimentos Distribuídos aos Sócios e ao Titular
Art. 38. Consideram-se isentos do imposto de renda, na fonte e na declaração de ajuste
anual do beneficiário, os valores efetivamente pagos ao titular ou sócio da
microempresa ou da empresa de pequeno porte, salvo os que corresponderem a pró-
labores, aluguéis ou serviços prestados. (art. 25 da Lei nº 9.317, de 1996).
Das Disposições Transitórias
Art. 39. Com relação às pessoas jurídicas que aufiram receita bruta decorrente da
prestação de serviços, de modo exclusivo ou não, em montante igual ou superior a 30%
(trinta por cento) da receita bruta total, inscritas no Simples na condição de
microempresas ou de empresas de pequeno porte, os percentuais diferenciados a que se
referem o arts. 8º e 12, respectivamente, aplicar-se-ão a partir de 1º de janeiro de 2004.
Art. 40. O disposto no inciso XII do art. 20, no período compreendido entre 25 de
outubro de 2002 e 18 de dezembro de 2002, não se aplica às pessoas jurídicas que se
dediquem exclusivamente à atividade de agência de viagem.
Art. 41. A opção efetuada no ano-calendário de 2002 ou até o último dia útil do mês de
janeiro de 2003, pelas pessoas jurídicas mencionadas no inciso II do § 5º do art. 20 e no
art. 40 inscritas no CNPJ, submeterá a pessoa jurídica à sistemática do Simples a partir
do primeiro dia do ano-calendário de 2003.
Art. 42. A opção formalizada na Ficha Cadastral da Pessoa Jurídica (FCPJ), submete ao
Simples as pessoas jurídicas de que trata:

Teresa Alencar – SRRF 4ª RF 28


Consolidação IN nº 608, de 2006; Lei nº 9.317, de 1996. Versão 3

I - o inciso II do § 5º do art. 20, no próprio ano-calendário de 2002, no caso de início de


atividade em 31 de dezembro de 2002;
II - o art. 40, no próprio ano-calendário de 2002, no caso de início de atividade no
período compreendido entre 25 de outubro e 18 de dezembro de 2002.
Art. 43. Fica assegurada a permanência no sistema das pessoas jurídicas mencionadas:
I - no inciso II do § 5º do art. 20, que tenham efetuado a opção pelo Simples
anteriormente a 31 de dezembro de 2002 e que, no caso de terem sido excluídas de
ofício, os efeitos da exclusão ocorram após a edição da Lei nº 10.637, de 30 de
dezembro de 2002, desde que atendidos os demais requisitos legais;
II - no art. 40, que tenham efetuado a opção pelo Simples anteriormente a 25 de outubro
de 2002 e que, no caso de terem sido excluídas de ofício, os efeitos da exclusão ocorram
a partir dessa data, desde que atendidos os demais requisitos legais.
Art. 44. A opção formalizada na FCPJ no ano-calendário de 2003 ou até o último dia
útil do mês de janeiro de 2004, pelas pessoas jurídicas que se dediquem exclusivamente
à atividade de agência terceirizada de correios, bem como as mencionadas no inciso III
do § 5º do art. 20, já inscritas no CNPJ, submeterá a pessoa jurídica à sistemática do
Simples a partir do primeiro dia do ano-calendário de 2004.
Art. 45. A opção formalizada na FCPJ, submete as pessoas jurídicas que se dediquem
exclusivamente à atividade de agência terceirizada de correios, bem como as de que
trata o inciso III do § 5º do art. 20 ao Simples no próprio ano-calendário de 2003, no
caso de início de atividade no período compreendido entre 31 de maio e 31 de dezembro
de 2003.
Art. 46. Fica assegurada a permanência no sistema das pessoas jurídicas que se
dediquem exclusivamente à atividade de agência terceirizada de correios, bem como as
mencionadas no inciso III do § 5º do art. 20 que tenham efetuado a opção pelo Simples
anteriormente a 31 de maio de 2003 e que, no caso de terem sido excluídas de ofício, os
efeitos da exclusão ocorram após a edição da Lei nº 10.684, de 30 de maio de 2003,
desde que atendidos os demais requisitos legais.
Art. 47. Pode permanecer no Simples no ano-calendário de 2006, sem necessidade de
efetuar alteração cadastral, desde que não incorra em nenhuma das hipóteses de vedação
previstas na legislação:
I - a microempresa, nessa condição, que tenha obtido receita bruta superior a
R$120.000,00 (cento e vinte mil reais) no ano-calendário de 2005, mas igual ou inferior
a R$240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) nesse mesmo ano-calendário;
II - a empresa de pequeno porte que tenha obtido receita bruta superior a
R$1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais) no ano-calendário de 2005, mas igual
ou inferior a R$2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais) nesse mesmo ano-
calendário.
Das Disposições Finais
Art. 48. Ficam formalmente revogadas, sem interrupção de sua força normativa, as
Instruções Normativas SRF nº 355, de 29 de agosto de 2003, e nº 391, de 30 de janeiro
de 2004.
Art. 49. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
JORGE ANTÔNIO DEHER RACHID

Teresa Alencar – SRRF 4ª RF 29


Consolidação IN nº 608, de 2006; Lei nº 9.317, de 1996. Versão 3

Anexo I
Instrução Normativa SRF nº 104, de 24 de agosto de 1998
Estabelece normas para apuração do Lucro Presumido com base no regime de caixa
O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL, no uso de suas atribuições e tendo em
vista as disposições do parágrafo único do artigo 10 da Lei Complementar n° 70, de 30
de dezembro de 1991, do artigo 44, do parágrafo único do art. 45 e do artigo 57 da Lei
nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, com a nova redação dada pelo art. 1º da Lei nº
9.065, de 20 de junho de 1995, e do artigo 3° da Medida Provisória n° 1676-35, de 29
de julho de 1998, resolve:

Art. 1º A pessoa jurídica, optante pelo regime de tributação com base no lucro
presumido, que adotar o critério de reconhecimento de suas receitas de venda de bens
ou direitos ou de prestação de serviços com pagamento a prazo ou em parcelas na
medida do recebimento e mantiver a escrituração do livro Caixa, deverá:
I - emitir a nota fiscal quando da entrega do bem ou direito ou da conclusão do serviço;
II - indicar, no livro Caixa, em registro individual, a nota fiscal a que corresponder cada
recebimento.
§ 1° Na hipótese deste artigo, a pessoa jurídica que mantiver escrituração contábil, na
forma da legislação comercial, deverá controlar os recebimentos de suas receitas em
conta específica, na qual, em cada lançamento, será indicada a nota fiscal a que
corresponder o recebimento.
§ 2° Os valores recebidos adiantadamente, por conta de venda de bens ou direitos ou da
prestação de serviços, serão computados como receita do mês em que se der o
faturamento, a entrega do bem ou do direito ou a conclusão dos serviços, o que primeiro
ocorrer.
§ 3° Na hipótese deste artigo, os valores recebidos, a qualquer título, do adquirente do
bem ou direito ou do contratante dos serviços serão considerados como recebimento do
preço ou de parte deste, até o seu limite.
§ 4° O cômputo da receita em período de apuração posterior ao do recebimento sujeitará
a pessoa jurídica ao pagamento do imposto e das contribuições com o acréscimo de
juros de mora e de multa, de mora ou de ofício, conforme o caso, calculados na forma
da legislação vigente.
Art. 2º O disposto neste artigo aplica-se, também, à determinação das bases de cálculo
da contribuição PIS/PASEP, da contribuição para a seguridade social - COFINS, da
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido e para os optantes pelo Sistema Integrado de
Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno
Porte - SIMPLES.
Art. 3º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
EVERARDO MACIEL

Teresa Alencar – SRRF 4ª RF 30


Consolidação IN nº 608, de 2006; Lei nº 9.317, de 1996. Versão 3

Anexo II
Medida Provisória n 75, de 24.10.2002
Rejeitada pela Câmara dos Deputados em sessão do dia 18.12.2002
Art. 2º. Poderão ser objeto de parcelamento os débitos relativos aos tributos e
contribuições de pessoa jurídica optante pelo Simples.
§ 1º. O disposto neste artigo aplicar-se-á segundo as normas de parcelamento
aplicáveis aos tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita
Federal do Ministério da Fazenda, ainda que se refiram a débitos administrados
por outros órgãos federais ou da competência de outra entidade federada.

Lei nº 10.684, de 30.05.2003


Art. 1º. Os débitos junto à Secretaria da Receita Federal ou à Procuradoria-Geral da
Fazenda Nacional, com vencimento até 28 de fevereiro de 2003, poderão ser parcelados
em até cento e oitenta prestações mensais e sucessivas.
§ 3o O débito objeto do parcelamento será consolidado no mês do pedido e será dividido
pelo número de prestações, sendo que o montante de cada parcela mensal não poderá
ser inferior a:
I – um inteiro e cinco décimos por cento da receita bruta auferida, pela pessoa jurídica,
no mês imediatamente anterior ao do vencimento da parcela, exceto em relação às
optantes pelo Sistema Simplificado de Pagamento de Impostos e Contribuições das
Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte - SIMPLES, instituído pela Lei no
9.317, de 5 de dezembro de 1996, e às microempresas e empresas de pequeno porte
enquadradas no disposto no art. 2o da Lei no 9.841, de 5 de outubro de 1999, observado
o disposto no art. 8o desta Lei, salvo na hipótese do inciso II deste parágrafo, o prazo
mínimo de cento e vinte meses;
§ 4o Relativamente às pessoas jurídicas optantes pelo SIMPLES e às microempresas e
empresas de pequeno porte, enquadradas no disposto no art. 2o da Lei no 9.841, de 5 de
outubro de 1999, o valor da parcela mínima mensal corresponderá a um cento e oitenta
avos do total do débito ou a três décimos por cento da receita bruta auferida no mês
imediatamente anterior ao do vencimento da parcela, o que for menor, não podendo ser
inferior a:
I – cem reais, se enquadrada na condição de microempresa;
II – duzentos reais, se enquadrada na condição de empresa de pequeno porte.
§ 5o Aplica-se o disposto no § 4o às pessoas jurídicas que foram excluídas ou impedidas
de ingressar no SIMPLES exclusivamente em decorrência do disposto no inciso XV do
art. 9o da Lei no 9.317, de 5 de dezembro de 1996, desde que a pessoa jurídica exerça a
opção pelo SIMPLES até o último dia útil de 2003, com efeitos a partir de 1o de janeiro
de 2004, nos termos e condições definidos pela Secretaria da Receita Federal.
Art. 4o O parcelamento a que se refere o art. 1o:
IV – aplica-se, inclusive, à totalidade dos débitos apurados segundo o SIMPLES;

Teresa Alencar – SRRF 4ª RF 31


Consolidação IN nº 608, de 2006; Lei nº 9.317, de 1996. Versão 3

Lei nº 10.925, de 23.07.2004.


Art. 10 Os débitos junto à Secretaria da Receita Federal ou à Procuradoria-Geral da
Fazenda Nacional, apurados pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e
Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte - SIMPLES,
relativos aos impostos e contribuições devidos pela pessoa jurídica optante nos termos
da Lei nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996, com vencimento até 30 de junho de 2004,
poderão, excepcionalmente, ser objeto de parcelamento em até 60 (sessenta) prestações
mensais e sucessivas.
§ 1º. O parcelamento de que trata o caput deste artigo:
I - deverá ser requerido até 30 de setembro de 2004, não se aplicando, até a referida
data, o disposto no § 2º do art. 6º da Lei nº 9.317 de 5 de dezembro de 1996.

Instrução Normativa SRF nº 444, de 19 de agosto de 2004

Disposições Gerais

Art. 1º Os débitos junto à Secretaria da Receita Federal (SRF) apurados pelo Sistema
Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das
Empresas de Pequeno Porte (Simples), relativos aos impostos e contribuições devidos
pela pessoa jurídica optante nos termos da Lei nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996, com
vencimento até 30 de junho de 2004, poderão, excepcionalmente, ser objeto de
parcelamento em até 60 (sessenta) prestações mensais e sucessivas, observadas as
disposições desta Instrução Normativa.

§ 1º O parcelamento de que trata o caput compreenderá inclusive os tributos e


contribuições administrados por outros órgãos federais ou da competência de outra
entidade federada que estejam incluídos no débito apurado pela sistemática do Simples.

§ 2º A pessoa jurídica excluída na forma do art. 12 da Lei nº 9.317, de 1996, poderá


parcelar os débitos apurados pelo Simples.

§ 3º No caso do parágrafo anterior, o parcelamento abrange os débitos apurados até o


período em que não se processaram os efeitos da exclusão, conforme o disposto no art.
16 da Lei nº 9.317, de 1996.

Competência para Concessão do Parcelamento

Art. 2º A concessão do parcelamento de que trata esta Instrução Normativa compete aos
titulares das Delegacias da Receita Federal (DRF), das Delegacias da Receita Federal de
Administração Tributária (Derat), das Inspetorias da Receita Federal de Classe Especial
(IRF-Classe Especial) e das Alfândegas, e, nos respectivos afastamentos, aos seus
substitutos.

Local e Data do Pedido

Art. 3º No período de 1º a 30 de setembro de 2004, os pedidos de parcelamento deverão


ser formalizados mediante a apresentação do "Pedido de Parcelamento do Simples",
através da páginada SRF na Internet, no endereço www.receita.fazenda.gov.br>.

Teresa Alencar – SRRF 4ª RF 32


Consolidação IN nº 608, de 2006; Lei nº 9.317, de 1996. Versão 3

§ 1º Até 31 de agosto de 2004, os pedidos de parcelamento poderão ser requeridos na


unidade da SRF de jurisdição do devedor.

§ 2º Na impossibilidade de formalização pela Internet, nos termos do caput, o pedido de


parcelamento poderá ser requerido, excepcionalmente, na unidade da SRF de jurisdição
do devedor, até 30 de setembro de 2004.

Art. 4º Aos parcelamentos requeridos nos termos desta Instrução Normativa não se
aplica a vedação do § 2º do art. 6º da Lei nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996.

Pedido de Parcelamento nas Unidades da SRF

Art. 5º O pedido de parcelamento efetuado nas unidades da SRF deverá:

I - ser formalizado mediante o preenchimento do formulário Pedido de Parcelamento de


Débitos (Pepar), aprovado pelo Anexo I da Portaria Conjunta PGFN/SRF nº 2, de 31 de
outubro de 2002;

II - conter a discriminação dos valores relativos ao Simples, mediante o preenchimento


do formulário Discriminação do Débito a Parcelar (Dipar), aprovado pelo Anexo II da
Portaria Conjunta PGFN/SRF nº 2, de 31 de outubro de 2002;

III - conter anexadas duas vias da Autorização para Débito em Conta de Prestações de
Parcelamento, aprovada pelo Anexo III da Portaria Conjunta PGFN/SRF nº 2, de 31 de
outubro de 2002, com os quadros I, III e IV preenchidos, devendo constar do quadro V
o abono da agência bancária onde o débito em conta deverá ser efetivado.

IV - ser assinado pelo devedor ou seu representante legal com poderes especiais, nos
termos da lei, juntando-se o respectivo instrumento;

V - estar instruído com:

a) Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) que comprove o pagamento


da primeira parcela, segundo o montante confessado e o prazo pretendido;

b) cópia do Contrato Social ou Estatuto, com as respectivas alterações, que permita


identificar os responsáveis pela gestão da empresa.

§ 1º Os formulários deverão ser preenchidos de acordo com as instruções próprias,


contendo o valor consolidado dos débitos ou relatório de sistema eletrônico oficial que
calcule os acréscimos legais.

§ 2º Para os fins do disposto no inciso III:

a) somente serão admitidas contas correntes movimentadas em instituições financeiras


credenciadas pela Coordenação-Geral de Administração Tributária (Corat);

b) na hipótese de deferimento, a unidade da SRF providenciará a entrega da Autorização


à instituição financeira indicada, mediante recibo, fazendo constar no campo 5 do
quadro II o número do processo de parcelamento;

Teresa Alencar – SRRF 4ª RF 33


Consolidação IN nº 608, de 2006; Lei nº 9.317, de 1996. Versão 3

c) o abono bancário restringir-se-á à validação, pela agência bancária, das informações


apostas nos campos I, III e IV da Autorização, que identificam o sujeito passivo junto à
instituição financeira.

Pedido de Parcelamento pela Internet

Art. 6º O pedido de parcelamento pela Internet:

I - deve ser formulado em nome do estabelecimento matriz pelo responsável perante o


Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), observado o disposto no art. 3º;

II - exigirá o pagamento da primeira parcela, com valor mínimo de R$ 50,00 (cinqüenta


reais), até 30 de setembro de 2004.

Parágrafo único. Não produzirá efeitos o pedido de parcelamento formalizado sem o


correspondente pagamento tempestivo da primeira parcela.

Art. 7º Após a formalização do pedido de parcelamento pela Internet, será encaminhada


correspondência ao sujeito passivo informando Código de Acesso para que efetue a
negociação do parcelamento.

Parágrafo único. O Código de Acesso permitirá ao sujeito passivo acessar também


informações de seu interesse relacionadas ao parcelamento formalizado pela Internet e
emitir Darf.

Art. 8º Até 30 de dezembro de 2004, o sujeito passivo deverá efetuar a negociação do


parcelamento pela Internet, confirmando os valores do débito consolidado e podendo
incluir débitos ainda não declarados à SRF.

Parágrafo único. Na impossibilidade de negociação nos termos do caput, o sujeito


passivo deverá efetuá-la, excepcionalmente, até 30 de dezembro de 2004, na unidade da
SRF de sua jurisdição.

Disposições Comuns ao Pedido de Parcelamento nas Unidades da SRF e na Internet

Art. 9º O pedido de parcelamento não exime o sujeito passivo de apresentar declaração


a que estiver obrigado pela legislação.

Art. 10. Enquanto não decidido o pedido, o sujeito passivo fica obrigado a recolher
mensalmente, a título de antecipação, até o último dia útil de cada mês, a partir do mês
subseqüente ao do protocolo do pedido, valor correspondente a:

I - uma parcela do débito, no caso de requerimento apresentado nas unidades da SRF;

II - parcela mínima de cinqüenta reais, no caso de formalização pela Internet.

Art. 11. O pagamento das parcelas deverá ser efetuado mediante a utilização do código
de receita 7659.

Teresa Alencar – SRRF 4ª RF 34


Consolidação IN nº 608, de 2006; Lei nº 9.317, de 1996. Versão 3

Art. 12. O não cumprimento do disposto nos arts. 5º ou 6º e 10 implicará o


indeferimento do pedido.

Art. 13. O pedido de parcelamento importa em confissão irretratável do débito e


configura confissão extrajudicial, nos termos dos arts. 348, 353 e 354 do Código de
Processo Civil.

Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se, inclusive, aos débitos ainda não
declarados à SRF e incluídos na negociação pelo sujeito passivo, nos termos do art. 8º.

Art. 14. Sendo necessária a verificação da exatidão dos valores objeto do


parcelamento, poderá ser solicitada diligência para apurar o montante realmente devido,
ainda que já deferido o parcelamento, procedendo-se às eventuais correções.

Art. 15. Considerar-se-ão automaticamente deferidos os pedidos de parcelamento


instruídos com a observância desta Instrução Normativa, após decorridos noventa dias
da data de seu protocolo, no caso de pedido de parcelamento efetuado nas unidades da
SRF, ou da conclusão da negociação, no caso de pedido formalizado pela Internet.

§ 1º A decisão sobre o pedido de parcelamento formalizado nos termos do art. 5º ou 6º


será informada ao interessado.

§ 2º A decisão sobre o pedido de parcelamento apresentado nos termos do art. 6º será


informada pela Internet, mediante o uso do Código de Acesso de que trata o art. 7º,
sendo prescindível a assinatura da autoridade de que trata o art. 2º nesta hipótese.

Prestações e seu Pagamento

Art. 16. Concedido o parcelamento, será feita a consolidação da dívida, tomando-se


como termo final, para cálculo dos acréscimos legais, a data da concessão, deduzidos os
pagamentos efetuados a título de antecipação.

§ 1º Por débito consolidado compreende-se o principal mais os acréscimos legais


vencidos até a data da concessão do parcelamento.

§ 2º A concessão do parcelamento implica suspensão do registro do devedor no


Cadastro Informativo de créditos não quitados do setor público federal (Cadin), nos
termos do disposto no art. 7º, inciso II, da Lei nº 10.522, de 19 de junho de 2002.

Art. 17. O ato de concessão será comunicado ao requerente, devendo constar da


comunicação o valor do débito consolidado, o prazo do parcelamento e, computadas as
parcelas antecipadas, o número de parcelas restantes.

Art. 18. O valor de cada parcela será obtido mediante a divisão do valor do débito
consolidado pelo número de parcelas restantes, observado o limite mínimo de R$ 50,00
(cinqüenta reais).

§ 1º O valor de cada parcela, por ocasião do pagamento, será acrescido de juros


equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic),
acumulada mensalmente, calculados a partir do mês subseqüente ao do deferimento até

Teresa Alencar – SRRF 4ª RF 35


Consolidação IN nº 608, de 2006; Lei nº 9.317, de 1996. Versão 3

o mês anterior ao do pagamento, e de um por cento relativamente ao mês em que o


pagamento estiver sendo efetuado.

§ 2º O disposto no parágrafo anterior aplica-se inclusive para a parcela mínima.

Art. 19. As prestações do parcelamento concedido vencerão no último dia útil de cada
mês, a partir do mês seguinte ao do deferimento.

Rescisão do Parcelamento

Art. 20. O parcelamento estará automaticamente rescindido no caso de falta de


pagamento de duas prestações, consecutivas ou não.

Parágrafo único. Rescindido o parcelamento, apurar-se-á o saldo devedor,


providenciando-se o encaminhamento do débito para inscrição em Dívida Ativa da
União, nos termos da Portaria MF nº 49, de 1º de abril de 2004.

Vedações ao Parcelamento

Art. 21. Não será concedido parcelamento:

I - relativo a débito do Simples:

a) cuja exigibilidade ou cujo valor seja objeto de ação judicial proposta pelo devedor,
com depósito do montante discutido, julgada improcedente ou extinta sem julgamento
do mérito ou, ainda, que seja relativa a precedente definitivo do Supremo Tribunal
Federal ou Superior Tribunal de Justiça, julgado favoravelmente à Fazenda Nacional;

b) enquanto não integralmente pago parcelamento anterior, relativo a débitos apurados


pela sistemática do Simples;

c) que já tenha sido objeto de parcelamento rescindido, inclusive de sujeito passivo


incluído no Programa de Recuperação Fiscal (Refis), ou no parcelamento a ele
alternativo, de que trata a Lei nº 9.964, de 10 de abril de 2000.

II - a sujeito passivo incluído no Refis, ou no parcelamento a ele alternativo.

III - a sujeito passivo incluído no Parcelamento Especial (Paes) de que trata a Lei nº
10.684, de 30 de maio de 2003, ainda que tenha sido excluído do referido parcelamento.

Disposições Finais

Art. 22. O débito consolidado, para fins de parcelamento, resultará da soma:

I - do principal;

II - da multa de mora no valor máximo fixado pela legislação ou da multa lançada, esta
com redução quando cabível; e

III - dos juros de mora.

Teresa Alencar – SRRF 4ª RF 36


Consolidação IN nº 608, de 2006; Lei nº 9.317, de 1996. Versão 3

Parágrafo único. Quando o pagamento da primeira parcela ocorrer no prazo para


impugnação ou interposição de recurso, aplicar-se-ão as reduções de multas previstas no
art. 6º e seu parágrafo único, da Lei nº 8.218, de 29 de agosto de 1991, na proporção do
valor pago.

Art. 23. Os valores denunciados espontaneamente não serão passíveis de procedimento


fiscal, desde que a denúncia seja anterior ao início desse procedimento.

Parágrafo único. A exclusão prevista neste artigo não elimina a possibilidade de


verificação da exatidão do débito constante do pedido de parcelamento e da cobrança de
eventuais diferenças, acrescidas dos encargos legais e das penalidades cabíveis.

Art. 24. O Coordenador-Geral de Administração Tributária poderá editar as normas que


se fizerem necessárias ao cumprimento do disposto nesta Instrução Normativa.

Art. 25. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Teresa Alencar – SRRF 4ª RF 37

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