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MATRIZ DE ATIVIDADE INDIVIDUAL

Estudante: Giovanna Finocchiaro Pignalosa

Disciplina: Recuperação Judicial e Falência

Turma:

1. Parecer questão 1
Considerando que a sociedade empresária VFC Comércio e Indústria de Material Esportivo LTDA. está
passando por uma severa crise econômico-financeira e diante do grande risco de encerramento
definitivo das suas atividades, há a necessidade de ingressar com uma medida judicial como solução ao
endividamento apresentado. Neste caso, a melhor opção seria o ajuizamento do processo de
recuperação judicial, em atenção à necessidade de preservação da empresa, tal como estabelece o art.
47 da Lei 11.101/2005. Tal medida possibilitará a manutenção da fonte produtora, dos empregos e da
função social da empresa em crise.

Nas palavras do Prof. Marcelo Sacramone: a preservação da empresa é pretendida pela LREF como um
modo de se conciliar os diversos interesses afetados com o seu desenvolvimento. Como fonte geradora
de bem-estar, a função social da atividade empresarial é justamente se desenvolver e circular riquezas,
de modo a permitir a distribuição de dividendos a sócios, mas também de promover a oferta de bens e
serviços aos consumidores, aumentar a concorrência entre os agentes econômicos, gerar a oferta de
postos de trabalho e o desenvolvimento econômico nacional.

Por meio da apresentação de um Plano de Recuperação Judicial e de aprovação pelos credores sujeitos
ao processo concursal, as dívidas da empresa VFC Comércio e Indústria de Material Esportivo LTDA.
serão novadas nos termos do Plano aprovado e homologado, possibilitando, dessa forma, a efetiva
reestruturação do endividamento apresentado.
Por outro lado, os aspectos negativos vinculados ao ajuizamento do processo de recuperação judicial,
são que (i) as linhas de concessão de crédito no mercado se tornam escassas para as empresas
recuperandas; (ii) há o risco de os credores fornecedores deixarem de fornecer produtos para as
empresas recuperandas; (iii) os ativos permanentes de propriedade das recuperandas só poderão ser
alienados após a devida autorização judicial ou por meio da autorização dos credores em AGC; e (iv) o
Administrador Judicial fiscalizará mensalmente as atividades das recuperandas, bem como seu
desenvolvimento econômico-financeiro por meio da análise de suas contas mensais e fluxo de caixa.

2. Parecer questão 2
Neste caso, considerando a concursalidade de todas as dívidas apresentadas e que não existem créditos
fiduciariamente garantidos (o que ensejaria a extraconcursalidade de tais créditos), a melhor opção

1
para a empresa VFC Comércio e Indústria de Material Esportivo LTDA é o ajuizamento do processo de
recuperação judicial, para que todos os seus credores sejam pagos nos termos do Plano de Recuperação
Judicial a ser estruturado e deliberado.

3. Parecer questão 3
Em virtude do quanto estabele o art. 59 da Lei 11.101/2005, caso os credores aprovem o Plano de
Recuperação Judicial, as dívidas sujeitas ao processo de recuperação judicial serão novadas e deverão
ser pagas exclusivamente nos termos do Plano aprovado e homologado sob pena de violação ao
tratamento paritário que deve ser sempre conferido aos credores.

De acordo com o Prof. Marcelo Sacramone: A concessão da recuperação judicial, ao contrário da


concordata, com a aprovação pela maioria qualificada dos credores (arts. 45 ou 58, § 1º), provoca a
novação de todos os créditos submetidos à recuperação judicial, conforme determinação expressa da
Lei. O crédito existente anterior ao pedido de recuperação judicial é extinto pela aprovação do plano.
Em seu lugar, passam a vigorar as novas condições estabelecidas no plano de recuperação judicial a
cada um dos créditos.

Por outro lado, caso o plano seja rejeitado pelos credores e o processo de recuperação judicial seja
convolado em falência, os credores deverão receber seus créditos de acordo com a ordem de preferência
estabelecida no art. 83 da Lei 11.101/2005.

*Referências bibliográficas
SACRAMONE, Marcelo Barbosa. Comentários à Lei de Recuperação de Empresas e Falência. 2 ed. São
Paulo: Saraiva Educação, 2021.

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