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Responda, com clareza e objetividade, as questões abaixo. Sempre que precisar transcrever o
enunciado de uma norma, indique a sua fonte ou origem.
Enviar o arquivo de resposta em formato Word ou PDF, e postar no espaço de Atividades das
turmas N7 e D7 no Google Meet: Códigos das Turmas: N7: 242djae - D7: xglt3x7.
Por segurança, enviar o arquivo também para o e-mail do Professor: ivanildo.figueiredo@ufpe.br
ou ivanildo.figueiredo@gmail.com, até as 23:59 horas do dia 23/05/2022 (segunda-feira).
Cada resposta deverá ter, no mínimo 10 (dez) e no máximo, 20 (vinte) linhas, fonte Arial, Calibri
ou Times New Roman 12, espaço 1,00.
Nome dos arquivos: Os arquivos deverão ser nomeados e identificados com o nome abreviado
do(a) aluno(a), a disciplina, turma e semestre, para facilitar a ordenação segundo a lista da turma.
Exemplo: Carlos Lacerda.Empresarial 4.N7.20212.2exercicio.pdf.
Arquivos enviados sem a identificação contendo o nome do(a) aluno(a) serão devolvidos para
correção e a nota não será lançada no Siga, até que sejam reenviados com a identificação
correta.
a) Demonstra-se correto esse entendimento, de que somente a partir da Lei 11.101/2005 passou a
ser permitido às empresas e empresários devedores renegociar suas dívidas perante credores?
c) Qual o dispositivo da Lei 11.101/2005 que melhor expressa a possibilidade legal que assegura
a livre renegociação de dívidas entre devedor e credores, sem que tal ato represente ou
caracterize confissão de falência?
Resposta:
Resposta:
b)
Os credores trabalhistas (classe 1) votam pelo total de seu crédito, independente do valor
(voto por cabeça); Os credores com garantia real (classe 2) votam com a classe respectiva
até o limite do valor do bem gravado e com a classe dos quirografários pelo restante do valor do
crédito. Os credores quirografários (classe 3) votam de acordo com o valor do crédito; Os
credores das micro e pequenas empresas (classe 4) votam pela totalidade do crédito,
independente do valor (voto por cabeça) (LC 147/2014).
Tendo em vista os fundamentos legais para o requerimento da falência de empresa comercial por
mera impontualidade no pagamento de título de crédito, responder:
a) O processo falimentar pode ser manejado pelo credor como procedimento destinado,
exclusivamente, a constranger ou coagir o devedor a pagar uma dívida líquida, certa e exigível,
sob pena de decretação de falência?
b) Nesta hipótese, qual o procedimento a ser adotado pelo empresário devedor como razões de
defesa contra o uso abusivo ou desvirtuado do pedido de falência como substitutivo da ação de
cobrança? Fundamentar com base na legislação e indicar e transcrever, ao menos, duas decisões
de Tribunais sobre essa questão;
Resposta:
b) O art. 96 da lei 11.101/05 estipula uma série de hipóteses que podem elidir a decretação da
falência, constituindo pois os meios de defesa possíveis para tal caso. Temos então que para
evitar a decretação da falência, o devedor poderá alegar e demonstrar uma das seguintes
situações, quais sejam, a falsidade do título, a prescrição, o pagamento da obrigação (que
poderá ser feito em juízo, a partir do que poderá se questionar outros aspectos que afastem a
falência), vício no protesto ou no instrumento, apresentação do pedido de recuperação judicial
no prazo da contestação ou comprovar que a atividade empresarial havia cessado no prazo de
dois anos anteriores à falência. Nesse sentido, temos a decisão do TJ-GO (TJ-GO -
02204262020118090137, Relator: GERSON SANTANA CINTRA, Data de Julgamento:
10/05/2017, Rio Verde - 2ª Vara Cível, Data de Publicação: DJ de 10/05/2017) e, ainda, a
decisão do TJPE PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE FALÊNCIA. UTILIZAÇÃO COMO
SUCEDÂNEO DE AÇÃO DE COBRANÇA. IMPOSSIBILIDADE. INTIMAÇÃO PESSOAL DO
PROTESTO. AUSÊNCIA. SENTENÇA MANTIDA. 1.Revela-se que o protesto levado a efeito
pelo apelante não atendeu a forma prevista no art. 10, § 1º da lei falimentar por nele não ser
identificado o representante da devedora, nem mesmo havendo certeza de que ele tenha sido
pessoalmente dele intimado. Precedente do STJ. 2.A ação falimentar não pode ser utilizada
como sucedâneo de ação de cobrança, como acertadamente decidiu o magistrado singular.
3.Apelo a que se nega provimento. (TJ-PE - APL: XX PE XX-0, Relator: Fernando Ferreira, Data
de Julgamento: 11/04/2012, 1ª Câmara Cível, Data de Publicação: 79/2012).
c) A insolvência civil é o instrumento previsto no artigo 748 do CC para é utilizada para declarar
a situação em que o devedor, pessoa física ou pessoa jurídica não empresarial, possui mais
dívidas do que bens ou capacidade de pagamento. Há a previsão de insolvência real (quando
as dívidas excedem os bens, art. 748) e presumida ou ficta (artigo 750). O sistema falimentar se
diferencia da insolvência civil, pois não está ancorado na insolvência econômica, mas é
caracterizado a partir de situações objetivamente apontadas pelo ordenamento jurídico. No caso
do direito brasileiro, caracteriza a insolvência jurídica, nos termos do art. 94 da Lei n.
11.101/2005, a impontualidade injustificada (inciso I), execução frustrada (inciso II) e a prática
de atos de falência (inciso III).
Resposta:
a) De acordo com Fábio Ulhôa Coelho, “O juízo da falência é universal. Isso significa que todas
as ações referentes aos bens, interesses e negócios da massa falida serão processadas e
julgadas pelo juízo perante o qual tramita o processo de execução concursal por falência. É a
chamada aptidão atrativa do juízo falimentar, ao qual conferiu a lei a competência para
conhecer e julgar todas as medidas judiciais de conteúdo patrimonial referentes ao falido ou à
massa falida”. A universalidade do juízo falimentar consta da disposição legal vertida nos arts.
3º e 76, ambos da Lei nº 11.101/2005.
b) O artigo 141 preceitua que o adquirente de ativos da massa falida está liberado das dívidas
de natureza trabalhista e tributária do empresário devedor. Tratando sobre a realização dos
ativos, o referido texto legal afirma que todos os credores sub-rogam-se na realização dos
ativos; que o objeto da alienação está livre de ônus e o arrematante não sucede as obrigações
do devedor, inclusive as tributárias, trabalhistas e de acidente de trabalho. Entretanto, há
exceções previstas nos incisivos do § único do art. 141, que é a situação na qual o adquirente
seja sócio da sociedade falida ou controlada pelo falido; parente em linha reta ou colateral até o
4º grau, consanguíneo ou afim; e se o adquirente for identificado como agente do falido, a fim
de promover fraude. Nestes casos, o adquirente sucede as dívidas da empresa devedora ou
massa falida.
c) O juízo universal da falência é aquele que, de acordo com o art. 76 da lei 11.101/05 conhece
todas as ações sobre bens, interesses e negócios do falido, considerando, porém, que a própria
lei estipula exceções, quais sejam, para as questões trabalhistas, fiscais e aquelas em que a
massa falida for a autora. O artigo 82, por sua feita, preconiza que nos casos nos quais a massa
falida pretenda a apuração da responsabilidade dos sócios ou a desconsideração da pessoa
jurídica, o juízo da falência persiste sendo o competente para o conhecimento de tais
demandas, conforme o enunciado do referido artigo “a responsabilidade pessoal dos sócios de
responsabilidade limitada, dos controladores e dos administradores da sociedade falida,
estabelecida nas respectivas leis, será apurada no próprio juízo da falência, independentemente
da realização do ativo e da prova da sua insuficiência para cobrir o passivo, observado o
procedimento ordinário previsto no Código de Processo Civil.