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Ainda preza o art. 831 do mesmo código, “a penhora deverá recair sobre tantos bens
quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, dos juros, das custas e
dos honorários advocatícios.”
b) Bens Impenhoráveis
São bens impenhoráveis, aqueles que tem relação com o princípio da dignidade
humana, e/ou que sejam essenciais para prover o sustento do indivíduo e sua
família, de acordo com o art. 833 do Código de Processo Civil:
Art. 833. São impenhoráveis:
I - Os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à
execução;
II - Os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a
residência do executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem
as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida;
III - Os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado,
salvo se de elevado valor;
IV - Os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações,
os proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios,
bem como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas
ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador
autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2º;
V - Os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou
outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do
executado;
VI - O seguro de vida;
VII - Os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas
forem penhoradas;
VIII - A pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que
trabalhada pela família;
IX - Os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação
compulsória em educação, saúde ou assistência social;
X - A quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40
(quarenta) salários-mínimos;
XI - Os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político,
nos termos da lei;
XII - Os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime
de incorporação imobiliária, vinculados à execução da obra.
5 – Legitimados:
Os embargos à execução devem ser interpostos pelo executado, as outras partes
envolvidas no processo, como o exequente ou terceiros que não sejam diretamente
responsáveis pela dívida, não possuem capacidade para interpor os embargos à
execução. Essa medida processual é reservada exclusivamente ao executado, que
busca impugnar a execução e apresentar argumentos para contestar sua validade.
Pode ainda, de acordo com o art. 884, §1º da CLT, arguir defesa às alegações de
cumprimento da decisão ou do acordo, quitação ou prescrição da dívida.
7 – Prescrição:
A Prescrição poder ser alegada quando a parte executada entende que o direito de
cobrar por parte do credor (na dívida trabalhista) já prescreveu, com esgotamento do
prazo de ajuizamento da ação de cobrança. O art. 11-A da CLT, prevê o prazo de 2
anos, dado na seguinte redação, “Art. 11-A. Ocorre a prescrição intercorrente no
processo do trabalho no prazo de dois anos.”
No caso do embargos a execução, tem o executado prazo de 5 dias para apresentar
embargos, mediante o previsto no art. 884 da CLT, “Art. 884 - Garantida a execução
ou penhorados os bens, terá o executado 5 (cinco) dias para apresentar embargos,
cabendo igual prazo ao exequente para impugnação.”
8 – Impugnação do Exequente:
A Defesa do embargado, recebidos os embargos, será intimada para impugnar os
embargos no prazo de 15 dias. Após a apresentação da impugnação, o juiz poderá
designar audiência ou julgar os embargos, proferindo sentença de acordo com o art.
920, I do CPC, “Art. 920. Recebidos os embargos: I - o exequente será ouvido no
prazo de 15 (quinze) dias”. No decurso do processo trabalhista, pode-se pautar no
art. 884 da CLT, no qual o prazo é de cinco dias, contados a partir da garantia da
execução, cabendo o mesmo prazo ao embargado para a impugnação, “Art. 884 -
Garantida a execução ou penhorados os bens, terá o executado 5 (cinco) dias para
apresentar embargos, cabendo igual prazo ao exequente para impugnação.”
Nos Embargos à Execução, o embargado pode impugnar quanto a três pontos da
execução, o título executivo no qual a execução forçada se funda, a dívida
exequenda, e o procedimento executivo.
Após a avaliação, pode ainda o juiz, caso haja interesse e requerimento da parte e
também ouvida a parte contrária, mandar, de acordo com o art. 874 do CPC:
I - Reduzir a penhora aos bens suficientes ou transferi-la para outros, se o
valor dos bens penhorados for consideravelmente superior ao crédito do
exequente e dos acessórios;
II - Ampliar a penhora ou transferi-la para outros bens mais valiosos, se o
valor dos bens penhorados for inferior ao crédito do exequente.