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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALI

DPC IV – PESQUISA LEGISLATIVA – PENHORA – Prof.


Andréa Morgado
Aluno: EVERSON MAURO FELIZARDO

A presente atividade de pesquisa legislativa tem por objetivo


o estudo das peculiaridades sobre a penhora de bens através da
análise dos artigos expostos na legislação processual.

Com exceção das questões 1 e 3, todas as demais devem


conter, além da resposta completa, a indicação do dispositivo
legal pertinente.

ATIVIDADE VALENDO PONTO BONUS EM UMA DAS


PROVAS DA M2 DESDE QUE OBSERVADAS AS ORIENTAÇÕES
ANTERIORMENTE EXPOSTAS

POSTAGEM ATÉ 12h DE 2.05.2023

1. Dispõe o CPC que são considerados impenhoráveis os


móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem
a residência do executado, salvo os de elevado valor ou os que
ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um
médio padrão de vida. Comente o dispositivo com sua
percepção sobre o assunto.
R: Entendo que o devedor não deve ser colocado em uma situação que possa ferir
princípios constitucionais como a dignidade da pessoa humana, em ter sua necessidade
familiar desestruturada, por isso considero como impenhoráveis os bens enquadrados
como indispensáveis ao desenvolvimento da família e que satisfaçam as necessidades
comuns de um padrão de vida mediano..
2. Dispõe o CPC que os vencimentos do devedor são
impenhoráveis. Tal regra aplica-se também na hipótese de
penhora para pagamento de prestação alimentícia?
R: Os bens impenhoráveis são os bens que não estão sujeitos à constrição judicial
e, por causa disso, não estão sujeitos à execução. A impenhorabilidade está prevista
conforme o Art. 833 do Novo CPC, incisos IV e X, aplicáveis nesta questão
3. Ao estabelecer a ordem preferencial dos bens a serem
penhorados, estabelece o CPC: IV - veículos de via terrestre; V -
bens imóveis; VI - bens móveis em geral; VII – semoventes.
Considerando a natureza dos bens em questão, comente a
ordem estabelecida.
R: Considero perfeitamente aceitável a ordem estabelecida, assim tendo mais de
um veículo, mais de um imóvel, bens móveis e semoventes, não são essenciais, sendo
assim não fere a dignidade da sua vida.
4. Quais as informações que deverão estar contidas no auto
ou termo de penhora?
R: Conforme o Art. 838. A penhora será realizada mediante auto ou termo, que
conterá: a indicação do dia, do mês, do ano e do lugar em que foi feita; os nomes
do exequente e do executado; a descrição dos bens penhorados, com as suas
características; a nomeação do depositário dos bens.
5. Em um processo de execução, foi penhorada uma
bicicleta do devedor, avaliada em R$ 2.500,00. De regra, quem
ficará como depositário do bem? Na impossibilidade, quais as
alternativas estabelecidas na legislação processual?
R: Conforme o Art. 840 do Novo CPC, § 1º e §2º estabelecem respectivamente
que, significa, que, exceto quando o executado for nomeado depositário (art. 840, §
2º, Novo CPC), o bem será entregue a outrem responsável por sua guarda e
conservação. (art. 840, § 1º, Novo CPC) se não houver depositário judicial, os bens
ficarão em poder do exequente. Os bens poderão ser depositados em poder do executado
nos casos de difícil remoção ou quando anuir o exequente. As partes, ainda, podem
acordar acerca de um terceiro depositário. Do mesmo modo, pode o juiz determinar
depositário particular, caso não haja auxiliar de justiça a serviço. Todavia, este poderá
recusar o depósito caso não se sinta capaz de manter sua guarda e conservação.
6. Dispõe o CPC que realizada a penhora, dela será intimado
o executado. Referida intimação é pessoal ou se dá na pessoa
do advogado?
R: Conforme Art. 841 do Novo CPC, deverá ser intimado o executado, através
do advogado constituído ou, caso não o tenha, pessoalmente. Todavia, nos casos em
que a penhora fora realizada na presença do executado, este será considerado intimado
do ato.
7. Recaindo a penhora sobre bem imóvel, sendo casado o
devedor, é sempre necessária a intimação do respectivo
cônjuge?
R: Conforme o Art. 842 do Novo CPC - trata da penhora de bens compartilhados
pelo casamento. Assim, quando a penhora recair sobre bem imóvel ou direito real
sobre imóvel, o cônjuge também deverá ser intimado. E o mesmo se aplica, dessa
forma, à união estável. Do contrário, poderão ser considerados nulos os atos posteriores
de constrição.
8. É possível, segundo a legislação processual, a penhora
de bens do devedor que se encontrem sob a guarda de
terceiros?
R: Conforme o Art. 843 do novo CPC - dessa maneira, da penhora, no processo
de execução, de bem indivisível. E, portanto, do tratamento da quota-parte pertencente
ao cônjuge ou coproprietário. Nesses casos, então, o equivalente à quota-parte do
coproprietário ou do cônjuge alheio à execução recairá sobre o produto da alienação do
bem.
9. De que forma é realizada a penhora de um terreno quando
apresentada nos autos a certidão da respectiva matrícula?
R: Conforme o Art. 844 do novo CPC - A averbação dos bens imóveis
penhorados, no registro imobiliário, não é um requisito da penhora no processo de
execução. No entanto, como evidencia o art. 844, Novo CPC, em retomada ao art.
659, CPC/1973, é essencial para que tenha efeitos sobre terceiros. Isto porque, somente
através dela, pode-se argumentar que o terceiro deveria ter conhecimento do ato
constritivo. Desse modo, o exequente deve providenciar a averbação do arresto ou da
penhora, mediante apresentação do auto ou do termo. Deverá, por fim, também
observar as regras do Art. 828, Novo CPC, quanto às averbações anteriores à penhora.
10. Sendo necessário, para a realização da penhora, o
arrombamento da residência do devedor, como se dará o
cumprimento do mandado?
R: Conforme Art. 846 do novo CPC - na hipótese de recusa do executado à
efetuação da penhora. Dessa maneira, nos casos em que o executado fechar as portas
da casa, manifestamente com a intenção de frustrar o ato da penhora, o oficial de
justiça deverá comunicar o juízo e poderá solicitar ordem de arrombamento. Se a
penhora não se realizou em função do fato gerado pelo réu, com suspeita fundada de
que está a se ocultar, o oficial comunicará o fato ao juiz e requisita diretamente a
ordem de arrombamento, por sua vez, o escrivão deverá providenciar o aditamento
ao mandado anterior, para dele fazer a constar a referida ordem, caso seja concedida.
Uma vez que o pedido seja deferido, dois oficiais cumprirão o mandado.
Consequentemente, poderão arrombar o local em que os bens, presumidamente, estejam
e lavrarão o auto de penhora. Contudo, é preciso observar a necessidade de duas
testemunhas, conforme o §1º do Art. 846, Novo CPC.
11. Realizada a penhora de um terreno do devedor, o mesmo
pretende requerer ao juiz a sua substituição por um apartamento
que possui na mesma Comarca, afirmando que tal substituição
seria menos onerosa, não causando prejuízo ao credor. Para
que o juiz autorize a substituição, quais providências devem ser
cumpridas pelo executado?
R: Conforme o Art. 847 do novo CPC - terá até 10 dias, contados da intimação
da penhora, para requer a substituição. Contudo, deverá cumprir os requisitos do §1º
do Art. 847 do novo CPC.
12. Em quais circunstâncias pode o credor requerer a
substituição do bem penhorado?
R: Conforme o Art. 848 do novo CPC – quando a penhora não obedecer à ordem
legal; ela não incidir sobre os bens designados em lei, contrato ou ato judicial para o
pagamento; havendo bens no foro da execução, outros tiverem sido penhorados;
havendo bens livres, ela tiver recaído sobre bens já penhorados ou objeto de gravame;
ela incidir sobre bens de baixa liquidez; fracassar a tentativa de alienação judicial do
bem; ou o executado não indicar o valor dos bens ou omitir qualquer das indicações
previstas em lei.
13. Em quais circunstâncias é admissível a redução ou
ampliação da penhora?
R: Conforme o Art. 850, caput do novo CPC - estabelece que, havendo alteração
significativa no valor de mercado do bem penhorado durante o curso do processo de
execução, a penhora poderá ser reduzida ou ampliada.
14. Em quais circunstâncias é admissível a realização de
uma segunda penhora?
R: Conforme o Art. 851, caput do novo CPC - visa garantir que a modificação
da penhora no processo de execução venha a prejudicar qualquer das partes. Assim,
somente se procederá à segunda penhora: se a primeira já tiver sido anulada; se o
produto da alienação dos bens executados bastarem ao pagamento do exequente; se
houver desistência da primeira penhora, por parte do exequente, por serem bens
litigiosos ou submetidos a constrição judicial.
15. Em quais circunstâncias é admissível a alienação
antecipada dos bens penhorados?
R: Conforme o Art. 852, caput do novo CPC - quando a natureza do bem
torná-lo sujeito à depreciação ou à deterioração, o juiz poderá determinar a alienação
antecipada no processo de execução. Esta é, dessa forma, uma modalidade atípica de
expropriação. Assim, por exemplo, deverá ocorrer quando se tratar de: veículos
automotores; pedras e metais preciosos; outros bens móveis sujeitos à deterioração ou
à depreciação.
16. Em se tratando de penhora de dinheiro em aplicação
financeira, o ato de indisponibilidade do valor deve contar com
a prévia ciência do devedor?
R: Conforme o Art. 854, caput do novo CPC - A ciência do executado antes da
penhora online não é obrigatória. Isto visa, assim, tanto a celeridade do procedimento,
quanto a proteção do crédito.
17. Verificada a indisponibilidade excessiva dos valores,
qual o procedimento a ser adotado?
R: Conforme o Art. 854, caput do novo CPC - deve haver requerimento do
exequente indicando que, havendo recursos do devedor, eles deverão, então, ser
bloqueados. Portanto, inexistentes ou irrisórios os valores, pode-se não proceder à
penhora. Ademais, é vedada a determinação ex officio. E apesar de o credor poder
solicitar a medida já na petição inicial, não há vedações ao pedido posterior no curso
do processo de; após o pedido do exequente, no processo de execução, ser aceito pelo
juiz, então, haverá uma ordem liminar de bloqueio dos ativos financeiros. A ordem
de bloqueio, todavia, ainda não configura a penhora. A partir daí, então, a ordem
judicial é repassada eletronicamente para os bancos, reduzindo o tempo de tramitação
do pedido de informação ou bloqueio e, em consequência, dos processos.
18. De que forma se dá a penhora de créditos do executado?
R: Conforme o Art. 855, do novo CPC - quando a penhora, no processo de
execução, recair sobre crédito do executado, mas o documento de crédito não tiver sido
apreendido ainda, ou seja, enquanto não ocorrer a hipótese prevista no conforme o
Art. 856 do novo CPC, a penhora será considerada efetivada pela intimação; do
terceiro devedor (de cuja dívida seja credor o executado), intimado, contudo, para que
não pague ao executado; do executado, credor de dívida de terceiro ao processo de
execução, intimado, contudo, para que não disponha do crédito.
19. Recaindo a penhora sobre uma aeronave de propriedade
do executado, tal ato impede a sua normal utilização?
R: Conforme o Art. 864, Novo CPC - acerca da penhora de semoventes no
processo de execução, dispõe sobre a penhora de navio ou de aeronave. Nesses casos, a
penhora não obsta a continuidade da navegação ou operação até a alienação. Contudo,
será necessário, antes da autorização de continuidade, que o executado faça seguro
usual contra riscos. Esta é, portanto, uma medida que visa a proteção do bem
semovente até a alienação, mas evitando, também, prejuízos pela interrupção da
eventual produção de valores desses bens.
20. Recaindo a penhora sobre o faturamento de uma
empresa de propriedade do executado, é possível que o ato
recaia sobre a totalidade do faturamento mensal?
R: Conforme o §1º do Art. 866, Novo CPC, então, o juiz fixará percentual que
propicie a satisfação do crédito exequendo em tempo razoável durante o processo de
execução. Todavia, o valor não poderá tornar inviável o exercício da atividade
empresarial. Fica evidente que não poderá utilizar 100% do faturamento o que
inviabilizará a saúde da empresa em permanecer com suas atividades e honrar seus
compromissos mensais.

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