A presente atividade de pesquisa legislativa tem por objetivo
o estudo das peculiaridades sobre a penhora de bens através da análise dos artigos expostos na legislação processual.
Com exceção das questões 1 e 3, todas as demais devem
conter, além da resposta completa, a indicação do dispositivo legal pertinente.
ATIVIDADE VALENDO PONTO BONUS EM UMA DAS
PROVAS DA M2 DESDE QUE OBSERVADAS AS ORIENTAÇÕES ANTERIORMENTE EXPOSTAS
POSTAGEM ATÉ 12h DE 2.05.2023
1. Dispõe o CPC que são considerados impenhoráveis os
móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida. Comente o dispositivo com sua percepção sobre o assunto. R: Entendo que o devedor não deve ser colocado em uma situação que possa ferir princípios constitucionais como a dignidade da pessoa humana, em ter sua necessidade familiar desestruturada, por isso considero como impenhoráveis os bens enquadrados como indispensáveis ao desenvolvimento da família e que satisfaçam as necessidades comuns de um padrão de vida mediano.. 2. Dispõe o CPC que os vencimentos do devedor são impenhoráveis. Tal regra aplica-se também na hipótese de penhora para pagamento de prestação alimentícia? R: Os bens impenhoráveis são os bens que não estão sujeitos à constrição judicial e, por causa disso, não estão sujeitos à execução. A impenhorabilidade está prevista conforme o Art. 833 do Novo CPC, incisos IV e X, aplicáveis nesta questão 3. Ao estabelecer a ordem preferencial dos bens a serem penhorados, estabelece o CPC: IV - veículos de via terrestre; V - bens imóveis; VI - bens móveis em geral; VII – semoventes. Considerando a natureza dos bens em questão, comente a ordem estabelecida. R: Considero perfeitamente aceitável a ordem estabelecida, assim tendo mais de um veículo, mais de um imóvel, bens móveis e semoventes, não são essenciais, sendo assim não fere a dignidade da sua vida. 4. Quais as informações que deverão estar contidas no auto ou termo de penhora? R: Conforme o Art. 838. A penhora será realizada mediante auto ou termo, que conterá: a indicação do dia, do mês, do ano e do lugar em que foi feita; os nomes do exequente e do executado; a descrição dos bens penhorados, com as suas características; a nomeação do depositário dos bens. 5. Em um processo de execução, foi penhorada uma bicicleta do devedor, avaliada em R$ 2.500,00. De regra, quem ficará como depositário do bem? Na impossibilidade, quais as alternativas estabelecidas na legislação processual? R: Conforme o Art. 840 do Novo CPC, § 1º e §2º estabelecem respectivamente que, significa, que, exceto quando o executado for nomeado depositário (art. 840, § 2º, Novo CPC), o bem será entregue a outrem responsável por sua guarda e conservação. (art. 840, § 1º, Novo CPC) se não houver depositário judicial, os bens ficarão em poder do exequente. Os bens poderão ser depositados em poder do executado nos casos de difícil remoção ou quando anuir o exequente. As partes, ainda, podem acordar acerca de um terceiro depositário. Do mesmo modo, pode o juiz determinar depositário particular, caso não haja auxiliar de justiça a serviço. Todavia, este poderá recusar o depósito caso não se sinta capaz de manter sua guarda e conservação. 6. Dispõe o CPC que realizada a penhora, dela será intimado o executado. Referida intimação é pessoal ou se dá na pessoa do advogado? R: Conforme Art. 841 do Novo CPC, deverá ser intimado o executado, através do advogado constituído ou, caso não o tenha, pessoalmente. Todavia, nos casos em que a penhora fora realizada na presença do executado, este será considerado intimado do ato. 7. Recaindo a penhora sobre bem imóvel, sendo casado o devedor, é sempre necessária a intimação do respectivo cônjuge? R: Conforme o Art. 842 do Novo CPC - trata da penhora de bens compartilhados pelo casamento. Assim, quando a penhora recair sobre bem imóvel ou direito real sobre imóvel, o cônjuge também deverá ser intimado. E o mesmo se aplica, dessa forma, à união estável. Do contrário, poderão ser considerados nulos os atos posteriores de constrição. 8. É possível, segundo a legislação processual, a penhora de bens do devedor que se encontrem sob a guarda de terceiros? R: Conforme o Art. 843 do novo CPC - dessa maneira, da penhora, no processo de execução, de bem indivisível. E, portanto, do tratamento da quota-parte pertencente ao cônjuge ou coproprietário. Nesses casos, então, o equivalente à quota-parte do coproprietário ou do cônjuge alheio à execução recairá sobre o produto da alienação do bem. 9. De que forma é realizada a penhora de um terreno quando apresentada nos autos a certidão da respectiva matrícula? R: Conforme o Art. 844 do novo CPC - A averbação dos bens imóveis penhorados, no registro imobiliário, não é um requisito da penhora no processo de execução. No entanto, como evidencia o art. 844, Novo CPC, em retomada ao art. 659, CPC/1973, é essencial para que tenha efeitos sobre terceiros. Isto porque, somente através dela, pode-se argumentar que o terceiro deveria ter conhecimento do ato constritivo. Desse modo, o exequente deve providenciar a averbação do arresto ou da penhora, mediante apresentação do auto ou do termo. Deverá, por fim, também observar as regras do Art. 828, Novo CPC, quanto às averbações anteriores à penhora. 10. Sendo necessário, para a realização da penhora, o arrombamento da residência do devedor, como se dará o cumprimento do mandado? R: Conforme Art. 846 do novo CPC - na hipótese de recusa do executado à efetuação da penhora. Dessa maneira, nos casos em que o executado fechar as portas da casa, manifestamente com a intenção de frustrar o ato da penhora, o oficial de justiça deverá comunicar o juízo e poderá solicitar ordem de arrombamento. Se a penhora não se realizou em função do fato gerado pelo réu, com suspeita fundada de que está a se ocultar, o oficial comunicará o fato ao juiz e requisita diretamente a ordem de arrombamento, por sua vez, o escrivão deverá providenciar o aditamento ao mandado anterior, para dele fazer a constar a referida ordem, caso seja concedida. Uma vez que o pedido seja deferido, dois oficiais cumprirão o mandado. Consequentemente, poderão arrombar o local em que os bens, presumidamente, estejam e lavrarão o auto de penhora. Contudo, é preciso observar a necessidade de duas testemunhas, conforme o §1º do Art. 846, Novo CPC. 11. Realizada a penhora de um terreno do devedor, o mesmo pretende requerer ao juiz a sua substituição por um apartamento que possui na mesma Comarca, afirmando que tal substituição seria menos onerosa, não causando prejuízo ao credor. Para que o juiz autorize a substituição, quais providências devem ser cumpridas pelo executado? R: Conforme o Art. 847 do novo CPC - terá até 10 dias, contados da intimação da penhora, para requer a substituição. Contudo, deverá cumprir os requisitos do §1º do Art. 847 do novo CPC. 12. Em quais circunstâncias pode o credor requerer a substituição do bem penhorado? R: Conforme o Art. 848 do novo CPC – quando a penhora não obedecer à ordem legal; ela não incidir sobre os bens designados em lei, contrato ou ato judicial para o pagamento; havendo bens no foro da execução, outros tiverem sido penhorados; havendo bens livres, ela tiver recaído sobre bens já penhorados ou objeto de gravame; ela incidir sobre bens de baixa liquidez; fracassar a tentativa de alienação judicial do bem; ou o executado não indicar o valor dos bens ou omitir qualquer das indicações previstas em lei. 13. Em quais circunstâncias é admissível a redução ou ampliação da penhora? R: Conforme o Art. 850, caput do novo CPC - estabelece que, havendo alteração significativa no valor de mercado do bem penhorado durante o curso do processo de execução, a penhora poderá ser reduzida ou ampliada. 14. Em quais circunstâncias é admissível a realização de uma segunda penhora? R: Conforme o Art. 851, caput do novo CPC - visa garantir que a modificação da penhora no processo de execução venha a prejudicar qualquer das partes. Assim, somente se procederá à segunda penhora: se a primeira já tiver sido anulada; se o produto da alienação dos bens executados bastarem ao pagamento do exequente; se houver desistência da primeira penhora, por parte do exequente, por serem bens litigiosos ou submetidos a constrição judicial. 15. Em quais circunstâncias é admissível a alienação antecipada dos bens penhorados? R: Conforme o Art. 852, caput do novo CPC - quando a natureza do bem torná-lo sujeito à depreciação ou à deterioração, o juiz poderá determinar a alienação antecipada no processo de execução. Esta é, dessa forma, uma modalidade atípica de expropriação. Assim, por exemplo, deverá ocorrer quando se tratar de: veículos automotores; pedras e metais preciosos; outros bens móveis sujeitos à deterioração ou à depreciação. 16. Em se tratando de penhora de dinheiro em aplicação financeira, o ato de indisponibilidade do valor deve contar com a prévia ciência do devedor? R: Conforme o Art. 854, caput do novo CPC - A ciência do executado antes da penhora online não é obrigatória. Isto visa, assim, tanto a celeridade do procedimento, quanto a proteção do crédito. 17. Verificada a indisponibilidade excessiva dos valores, qual o procedimento a ser adotado? R: Conforme o Art. 854, caput do novo CPC - deve haver requerimento do exequente indicando que, havendo recursos do devedor, eles deverão, então, ser bloqueados. Portanto, inexistentes ou irrisórios os valores, pode-se não proceder à penhora. Ademais, é vedada a determinação ex officio. E apesar de o credor poder solicitar a medida já na petição inicial, não há vedações ao pedido posterior no curso do processo de; após o pedido do exequente, no processo de execução, ser aceito pelo juiz, então, haverá uma ordem liminar de bloqueio dos ativos financeiros. A ordem de bloqueio, todavia, ainda não configura a penhora. A partir daí, então, a ordem judicial é repassada eletronicamente para os bancos, reduzindo o tempo de tramitação do pedido de informação ou bloqueio e, em consequência, dos processos. 18. De que forma se dá a penhora de créditos do executado? R: Conforme o Art. 855, do novo CPC - quando a penhora, no processo de execução, recair sobre crédito do executado, mas o documento de crédito não tiver sido apreendido ainda, ou seja, enquanto não ocorrer a hipótese prevista no conforme o Art. 856 do novo CPC, a penhora será considerada efetivada pela intimação; do terceiro devedor (de cuja dívida seja credor o executado), intimado, contudo, para que não pague ao executado; do executado, credor de dívida de terceiro ao processo de execução, intimado, contudo, para que não disponha do crédito. 19. Recaindo a penhora sobre uma aeronave de propriedade do executado, tal ato impede a sua normal utilização? R: Conforme o Art. 864, Novo CPC - acerca da penhora de semoventes no processo de execução, dispõe sobre a penhora de navio ou de aeronave. Nesses casos, a penhora não obsta a continuidade da navegação ou operação até a alienação. Contudo, será necessário, antes da autorização de continuidade, que o executado faça seguro usual contra riscos. Esta é, portanto, uma medida que visa a proteção do bem semovente até a alienação, mas evitando, também, prejuízos pela interrupção da eventual produção de valores desses bens. 20. Recaindo a penhora sobre o faturamento de uma empresa de propriedade do executado, é possível que o ato recaia sobre a totalidade do faturamento mensal? R: Conforme o §1º do Art. 866, Novo CPC, então, o juiz fixará percentual que propicie a satisfação do crédito exequendo em tempo razoável durante o processo de execução. Todavia, o valor não poderá tornar inviável o exercício da atividade empresarial. Fica evidente que não poderá utilizar 100% do faturamento o que inviabilizará a saúde da empresa em permanecer com suas atividades e honrar seus compromissos mensais.