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Carteira Recomendada

Objetivo

A Carteira Recomendada de Dividendos tem por objetivo buscar empresas


geradoras de caixa e com alta distribuição de dividendos, superando a
performance do IDIV no longo prazo.

Cenário Macro

Cenário Global

O mês de novembro se iniciou com a divulgação da taxa de juros nos EUA. Conforme esperado,
o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) optou pela manutenção da taxa no intervalo entre
5,25% e 5,50% ao ano. Em comunicado, o Federal Reserve (Fed) sinalizou mais uma vez sobre os
dados fortes que têm reforçado o caráter resiliente da economia norte-americana. Reforçou
ainda que o nível atual do mercado de trabalho, apesar de mostrar algum grau de moderação,
segue bastante apertado, o que os tem deixado atentos para os riscos inflacionários no país,
podendo acarretar ajustes adicionais na política monetária caso os riscos se ampliem, mas sem
deixar de lado o aperto acumulado até então. Conforme reforçado pelo presidente do Fed,
Jerome Powell, durante a coletiva de imprensa, o nível atual da política monetária é claramente
restritivo. Apesar de ainda demonstrar alguma falta de confiança sobre o nível ideal para
política monetária, Powell voltou a dizer que a alta nos juros longos da Treasury poderia ser levada
em consideração nas próximas reuniões do Fed, sugerindo que o fim do ciclo de aumento de
juros realmente está próximo. Como de costume, o presidente não se comprometeu com os
próximos passos, apesar das projeções dos membros do Fed apontarem para uma dose
adicional de ajuste.

Na ata, o Fed reforçou a percepção cautelosa dos participantes do comitê em relação ao


progresso que, segundo o documento, é ainda limitado do ponto de vista da redução dos
núcleos de serviços quando excluída a inflação de habitação. Sobre o mercado de trabalho, a
percepção do comitê é de um ambiente ainda apertado, mas com certo grau de evolução
quando comparado às condições no início do ano.

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Ao contrário do último mês, a sequência de dados na primeira semana de novembro foi mais
amistosa. No dia 03, o mercado assistiu à divulgação de um payroll abaixo dos 180 mil postos de
trabalho esperados para outubro, com 150 mil postos criados e uma revisão do número
anteriormente reportado de 336 mil para 297 mil. Ainda em novembro, o mercado reagiu
positivamente à divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de outubro, que veio
estável (0,0%), superando as expectativas de um aumento de 0,1%. Este indicador mostrou
uma forte desaceleração frente aos 0,4% reportados em setembro. O núcleo do CPI avançou
0,2% no mês. No comparativo anual, o CPI cheio subiu 3,2% e o núcleo 4%, ambos 0,1% abaixo das
expectativas do mercado. O Índice de Preços de Despesas de Consumo Pessoal (PCE) de
outubro também mostrou estabilidade, com o núcleo do índice desacelerando, reportando alta
de 0,2% no mês e 3,5% em doze meses.

Os dados ajudaram as bolsas, tanto local quanto nos mercados globais, a iniciarem o mês
corrigindo o pessimismo visto nas últimas semanas. Porém, acreditamos que o movimento de
considerável diluição de riscos na economia norte-americana pode ser exagerado neste
momento. Os alívios na sequência dos principais indicadores parecem ser ainda iniciais,
podendo exigir novamente uma postura mais hawkish do Fed, a despeito do maior aperto nas
condições financeiras e de números mais brandos no mercado de trabalho e nos índices de
inflação. Paralelamente, com um anúncio mais amistoso por parte do Tesouro Americano
quanto à duração das emissões para o 4º trimestre, o mercado aliviou também a pressão no
yield de 10 anos.

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Adicionalmente, olhamos para o cenário fiscal nos EUA como algo pouco trivial nesse momento.
Com desafios de longo prazo do ponto de vista dos gastos, principalmente saúde e previdência, e
um juro estruturalmente mais alto, aumentando sua participação nas despesas, o déficit no país
deve ser crescente (sem considerarmos um escalada ainda mais grave dos conflitos
geopolíticos), salvo se alguma alternativa for encontrada, o que nos parece improvável no curto
prazo diante do cenário político atual e um debate com poucas, ou quase nenhuma, alternativa
viável. De acordo com os dados do Departamento do Tesouro, os custos líquidos com juros
atingirão US$ 659 bilhões ao final de 2023, podendo atingir US$ 1,4 trilhão em 2033. De acordo com
o CBO (Congressional Budget Office), mais de 80% de todo crescimento projetado para
despesas em 2023 virão do aumento dos pagamentos de juros sobre a dívida.

Juros Líquidos

Fonte: Congressional Budget Office /Elaboração: LVNT INSIDE Corp

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Juros Líquidos vs. Gastos com Diversos
Outros Programas em 2023

Fonte: crfb.org/issue-area/budgets-projections/Elaboração: LVNT INSIDE Corp

Como consequência dos elevados níveis de déficit público nos EUA, atualmente entre os mais
altos da história, há uma maior necessidade de emissão de títulos do Tesouro. Esta situação
resultou em uma oferta crescente desses títulos nos últimos anos. Conforme observamos
anteriormente, a demanda por esses títulos tem sido majoritariamente absorvida por
investidores privados, sem participação significativa do Federal Reserve (Fed) e de outros bancos
centrais globais, o que elevou o prêmio de risco para território positivo. Acreditamos que essa
tendência de alta demanda por títulos do Tesouro dos EUA persistirá nos próximos anos,
indicando que o yield (retorno) da Treasury de 10 anos deve permanecer mais elevado do que os
níveis observados desde a crise de 2008. No momento, não vemos espaço para uma redução
significativa nos juros de longo prazo nos Estados Unidos, apenas a possibilidade de algum
ajuste para baixo no futuro. A emissão de títulos deve continuar crescendo, com 2024 projetado
para atingir os níveis mais altos das últimas décadas, com a exceção de 2020, período dos
estímulos econômicos relacionados à Covid-19. Isso limita as possibilidades de uma reversão
da tendência recente nos juros.

Apesar de uma postura cautelosa para o restante do ano, continuamos prevendo uma atividade
econômica mais fraca adiante, refletindo os efeitos da atual política monetária. Isso poderia
ajudar a aliviar a pressão, especialmente nos prazos mais curtos dos juros americanos. Com
um Produto Interno Bruto (PIB) em provável desaceleração, esperamos ver em breve indicadores
de inflação e mercado de trabalho alinhados com condições financeiras mais restritivas.

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Essa relativa redução na pressão inflacionária pode representar desafios maiores para a
geração de lucros nos próximos trimestres. Diante desse cenário, mantemos uma postura
cautelosa em relação aos ativos de risco na bolsa americana, exigindo um stock picking
bastante assertivo por parte dos investidores.

Cenário doméstico

No cenário doméstico brasileiro, o mês também começou com a decisão do Comitê de Política
Monetária (Copom) sobre a taxa Selic, a taxa básica de juros. Como era amplamente esperado,
o comitê decidiu manter o ritmo de redução dos juros em 0,50%. O aspecto mais rígido do
comunicado foi o ajuste nas expectativas do Banco Central do Brasil (BCB) para a inflação de
2025, elevando a previsão em 10 pontos-base para 3,20%. Houve também uma menção às
questões geopolíticas e aos juros longos nos Estados Unidos.

No que diz respeito ao cenário local, a indicação para a continuação do corte de juros foi
influenciada pela atividade econômica mais fraca, com alguma atenção dada às recentes
notícias sobre a situação fiscal brasileira. No entanto, não houve mudança significativa no tom
adotado pelo comitê nas últimas reuniões. O comunicado ainda ressaltou a intenção de manter
o ritmo de redução da taxa Selic em 0,50% nas próximas reuniões, dissipando as expectativas de
mercado de uma postura mais restritiva, ou de cortes menores, em resposta a um cenário de
juros mais altos nos Estados Unidos e a uma dinâmica fiscal mais desafiadora.

Na ata, o Copom adotou um tom mais assertivo, destacando as incertezas em relação ao


cumprimento da meta de inflação estabelecida, em resposta às declarações recentes do
presidente Lula sobre o assunto. O comitê também expressou preocupações mais fortes sobre o
cenário internacional, mencionando a elevação dos juros longos nos EUA e os impactos do
diferencial de juros e do prêmio de risco, além das tensões geopolíticas atuais e os riscos
associados aos preços das commodities.

“O Comitê debateu os múltiplos canais de transmissão da taxa de juros norte-americana para a


economia brasileira, discutindo os efeitos via diferencial de juros, prêmio a termo na curva de juros,
demanda externa, câmbio, taxa neutra de juros, preço das commodities, entre outros.” (fonte: Copom 258ª
Reunião - Banco Central do Brasil)

Não temos dúvidas de que o Banco Central do Brasil (BCB) tem demonstrado firmeza no
monitoramento dos riscos que poderiam impedir um ritmo mais acelerado de redução da taxa
Selic. Essa postura, de certa forma, ameniza alguns dos riscos que identificamos associados a
uma abordagem de corte de juros mais "arrojada". Apreciamos a sinalização contundente do
BCB quanto aos riscos de abandonar as metas de inflação estabelecidas, especialmente após as
recentes declarações do presidente Lula.

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Além disso, o BCB destacou questões que consideramos mais estruturais, como o prêmio de risco
na curva de juros norte-americana e o risco cambial. Essa abordagem mais cautelosa aumenta
nossas expectativas para os juros ao final do ciclo de corte. Acreditamos que muitos dos desafios,
tanto no cenário doméstico quanto global, não sejam temporários e possam afetar o atual ciclo
de flexibilização monetária. Isso pode resultar em um patamar mais elevado para os juros
domésticos no final desse ciclo.

“O Comitê vinha avaliando que a incerteza fiscal se detinha sobre a execução das metas que haviam sido
apresentadas, mas nota que, no período mais recente, cresceu a incerteza em torno da própria meta
estabelecida para o resultado fiscal, o que levou a um aumento do prêmio de risco.” (fonte: Copom 258ª
Reunião - Banco Central do Brasil),

No início do mês, o mercado doméstico reagiu aos números do Índice de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA) de outubro, ganhando fôlego adicional após a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI)
americano na segunda semana. O IPCA brasileiro registrou uma alta de 0,24%, abaixo dos 0,29%
esperados pelo mercado. Em 12 meses, a inflação acumulada foi de 4,82%, também abaixo da previsão de
4,87%. Do lado positivo, a principal contribuição para a moderação da inflação veio da queda nos preços
dos combustíveis, embora tenha sido compensada pelo aumento no preço das passagens aéreas, um dos
pontos negativos do mês. O setor de alimentação e bebidas também contribuiu para a alta dos preços.

Empresa Ticker Setor de atuação Dez/23 Preço alvo Upside/downside

Vale VALE3 Materiais Básicos 10% R$ 100,00 36,99%

Petróleo Gás e
VIBRA VBBR3 10% R$ 30,00 38,19%
Biocombustíveis

Klabin KLBN11 Materiais Básicos 10% R$ 30,00 39,41%

Copel CPLE6 Utilidade Pública 10% R$ 9,50 sob revisão

BB Seguridade BBSE3 Financeiro 10% R$ 38,00 22,38%

Consumo não
JBS JBSS3 10% R$ 30,00 23,20%
cíclico

Engie EGIE3 Utilidade Pública 10% R$ 48,00 8,28%

Consumo não
SLC Agrícola SLCE3 10% R$ 50,00 29,77%
cíclico

Auren AURE3 Utilidade Pública 10% R$ 16,75 26,80%

Bradesco BBDC4 Finaceiro 10% R$ 19,00 12,03%

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Racional de Stock Picking

Vale • VALE3
Uma das maiores mineradoras do mundo, a Vale vem sofrendo com problemas operacionais,
entregando uma produção abaixo do guidance. Com a entrada de um acionista de referência
operacional, como a Cosan, acreditamos que deve haver uma melhora neste quesito.

No curto prazo, sua cotação se movimenta de acordo com as perspectivas chinesas, alternando
entre uma possível reabertura e os lockdowns. Porém, acreditamos que a cotação da commodity
encontrou um suporte na casa dos US$80, mesmo com grande pessimismo com relação à
economia do país asiático. Ainda, com poucos investimentos a serem realizados e uma forte
geração de caixa, a companhia se tornou uma boa pagadora de dividendos. No médio/longo
prazo, medidas de descarbonização devem beneficiar a empresa, aumentando os prêmios por
minério de alta qualidade. Além disso, a Vale é uma grande produtora de níquel e cobre,
minérios essenciais para a transição para uma economia mais verde, e acreditamos que o
mercado parece não precificar esse segmento. A companhia já estuda uma maneira de
monetizar as operações de metais básicos.

Vibra • VBBR3
Uma nova empresa desde sua privatização, a Vibra conseguiu se tornar referência em
rentabilidade no setor, consolidando sua liderança. No curto prazo, as flutuações nos preços dos
combustíveis trazem desafios e oportunidades, mas a companhia já demonstrou que consegue
navegar bem em qualquer cenário, se tornando a maior importadora de combustíveis do Brasil.
Para o longo prazo, o foco da Vibra é se tornar uma empresa completa de energia, visando a
transição energética. Nesta linha, a companhia já realizou suas principais movimentações, como
a aquisição da Comerc, JV com a Copersucar para comercialização de etanol e parceria com a
ZEG Biogás para geração de biometano. Desta forma, a geração de caixa da empresa terá uma
maior destinação para seus acionistas, através de dividendos.

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Klabin• KLBN11
A empresa é produtora de celulose, papéis e embalagens, líder na produção de embalagens de
papel, a Klabin é a única companhia do mercado brasileiro a oferecer os 3 tipos de fibras de
celulose (curta, longa e fluff). Tal flexibilidade dá à empresa uma grande vantagem
competitiva em seu segmento. As receitas da companhia atualmente são 42% das
exportações advindas da celulose branqueada e 58% das vendas de papéis e embalagens
majoritariamente no mercado interno brasileiro, dessa maneira a empresa consegue escolher
o melhor mercado para colocar seus produtos em cada período.

A Klabin realizou o maior investimento de sua história, de R$ 12,9 bilhões. O Projeto Puma II, em
Ortigueira (PR) já teve suas duas fases concluídas com a entrada em funcionamento da
máquina 28 neste mês de junho, dessa forma com o encerramento do projeto a empresa
está aumentando a capacidade de produção de papel cartão em 460 mil toneladas/ano. A
empresa consegue entregar aos seus investidores um mix interessante de crescimento
de sua capacidade produtiva, consequentemente irá crescer suas receitas e geração de
caixa operacional ao longo dos anos e também é uma boa pagadora de dividendos, a
empresa tem um longo histórico de remuneração aos acionistas atualmente seu dividend Yield
é de 7% ao ano, e essa renda deve seguir crescente ao longo do tempo.

BB Seguridade • BBSE3
A empresa reportou um resultado robusto, acima dos guidances propostos para o período.
Aliás, o ritmo de crescimento vem, ao longo de 2022 se mantendo acelerado. Os destaques
ficaram concentrados nos segmentos de Seguros, com volume de crescimento de prêmios
emitidos atingindo 3,7 Bilhões (+35% YoY). Tal crescimento foi suportado majoritariamente pelo
segmento rural. Previdência e Capitalização também foram importantes para o resultado, que
foram afetadas pelos aumentos nas quantidades de planos ativos bem como crescimento de
ticket médio em ambos os segmentos. Os principais pontos de atenção que podem fazer preço
sobre as ações está atrelada ao ritmo de crescimento nos próximos trimestres

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Engie • EGIE3
A Engie Brasil (EGIE3), anteriormente conhecida como Tractebel Energia, é uma subsidiária da
empresa global Engie, focada em energia e serviços. A história da Engie no Brasil começa na
década de 1990, quando a Tractebel, empresa belga, iniciou suas operações no país. Com
aquisições estratégicas e investimentos em diversos segmentos do setor energético, a empresa
consolidou sua presença como uma das maiores produtoras independentes de energia elétrica.

Em 2016, a Tractebel Energia foi oficialmente renomeada como Engie Brasil Energia, refletindo a
identidade global do grupo Engie, uma das líderes mundiais em energia. A transformação
também sinalizou uma ampliação do escopo da empresa no país, passando a atuar em
geração, transmissão, comercialização de energia, além de oferecer soluções integradas em
infraestrutura e serviços relacionados à energia. Ao longo dos anos, a Engie Brasil destacou-se
não apenas pela capacidade de geração, mas também pela diversificação de sua matriz
energética, investindo em fontes renováveis, como hidrelétrica, eólica, solar e biomassa. Essa
postura alinha-se ao compromisso global da Engie com a transição energética para um modelo
mais sustentável e de baixo carbono. Atualmente, a Engie Brasil é uma das maiores geradoras
privadas de energia no Brasil, com uma capacidade instalada significativa e uma presença
geográfica abrangente. A companhia desempenha um papel fundamental no setor energético
brasileiro, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do país e para a inovação no
segmento de energia e serviços.

SLC Agrícola • SLCE3


A SLC Agrícola, fundada em 1977 pelo Grupo SLC, é uma das maiores produtoras mundiais de
grãos e fibras, focada na produção de algodão, soja e milho, e é uma das maiores proprietárias
de terras do Brasil. São 16 Unidades de Produção estrategicamente localizadas em 6 estados
brasileiros que totalizam 448.568 hectares, sendo 52,5% de soja, 28% de algodão, 18,4% de
milho e 1,2% de outras culturas, tais como trigo, milho 1ª safra, milho semente e braquiária. O
modelo de negócio híbrido da SLC Agrícola garante diversificação e diferentes frentes de
crescimento, com potencial de expansão via aquisição de novas fazendas e ampliação do
cultivo. A perspectiva nacional dos grãos é de um crescimento da safra por volta de 27% até
2030, com uma área crescendo 16%, ou seja, com alto crescimento na produtividade. Isso deve
acontecer principalmente por conta do desenvolvimento de novas tecnologias, que deve reduzir
a mão de obra ocupada e aumentar o uso de capital, melhorando a produtividade da área
plantada.

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Auren • AURE3
A Auren Energia é uma das principais empresas no setor de energia renovável no Brasil, com
uma capacidade instalada significativa que abrange fontes hidrelétricas, eólicas e solares,
além de ser uma das maiores plataformas de comercialização no país. Como pilares da sua
tese de investimentos, destacamos: i) Diversificação de Fontes Energéticas: A empresa possui um
portfólio diversificado, o que a torna resiliente a variações sazonais e de mercado. Esta
diversificação é um fator crucial para a geração de valor para os acionistas; ii) Foco em ESG: Com
um compromisso claro com práticas sustentáveis e de boa governança, a Auren Energia atrai
investidores que buscam alocar recursos em empresas com fortes credenciais ESG; iii) Inovação
e Digitalização: Investimentos contínuos em inteligência de mercado e tecnologia posicionam a
Auren Energia como uma empresa inovadora no setor, contribuindo para sua competitividade e
eficiência.

Bradesco • BBDC4
O Banco Bradesco é um dos principais bancos do país, cujo core business, assim como os
pares, se concentra em crédito. Sua carteira de crédito possui, em comparação aos pares, maior
nível de risco, especialmente nos segmentos de Pessoa Física e PMEs (Pequenas e Médias
Empresas). Dada essa característica, além da forte contribuição do segmento de seguros do
banco aos resultados reportados, exprime um nível de rentabilidade histórica atrativo a nível
setorial. No entanto, nosso monitoramento inclui observar qual é a capacidade do banco em
manter os spreads ajustados dados os ciclos econômicos observados no país. Percebemos um
nível de sensibilidade alto a cenários de aperto monetário, que impacta negativamente a
Margem com Mercado, significando que, em diantes destes ciclos, a operação costuma ser
afetada pelos níveis de inadimplência medido pelas PDDs acima de 90 dias, além do processo de
ajuste entre o custo de captação de recursos e taxas médias das carteiras de crédito, mostrando
o principal ponto de risco na tese.

Por outro lado, entendemos que o nível de governança do Bradesco possui alto nível de
qualidade, mensurado pelos níveis de provisão do banco contra as carteiras de crédito, níveis
de capital e índice de Basileia, que apontam para níveis competitivos com seus pares,
considerando o perfil mais arrojado da operação de crédito da cia.

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Esse material é um bônus da parceria entre o Economista Sincero e a Levante e foi preparado pelo time de analistas da Levante.
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